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Atendendo ao chama-do do Papa Francisco, a diocese deu início a um projeto missionário na África.

VOCAÇÃO

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Outubro de 2015 | Ano XXVI No 224www.diocesedeosasco.com.br

Tu és sacerdotepara sempre

IGREJA EM MISSÃO

Mais dois sacerdotes foram ordenados em uma cerimônia marcada pela oração, alegria e louvor a Deus. A soleni-dade aconteceu na Catedral Santo Antônio, no dia 12 de setembro.

TESTEMUNHO DA FÉ IGREJA EM AÇÃO

Diocese de Osasco, uma Igreja Missionária

Mães rezam o terço, ou-vem a pregação da Pa-lavra, clamam por seus fi lhos e partilham teste-munhos.

Um grito a Deus pelos nossos fi lhos

Abraçando a comunhãomissionária8º Plano de Pastoral: assumamos com ardor nossa tarefa de evangeli-zadores.

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EXPEDIENTE/ EDITORIAL

É com grande alegria que a Diocese de Osasco retoma a publicação do Boletim Informativo de Osasco, o BIO. Em um novo formato e com o objetivo de le-var ao leitor conteúdo de valor e formação sobre a comunidade e vida cristã,

o novo BIO configura-se como um meio de comunicação relevante na ação evangeli-zadora, que deve levar a atualidade da Igreja aos fiéis de toda a diocese.

Nesta primeira nova edição,o BIO destaca a preparação para o 8º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora. Padre Daniel Bispo comenta sobre a comunhão missionária proposta para este tempo importante na diocese.

Falando em comunhão missionária, Dom Luiz Fernando Lisboa, que foi ordenado diácono, presbítero e bispo na Catedral Santo Antônio de Osasco e hoje é o atual bispo da Diocese de Pemba, em Moçambique, concedeu uma entrevista exclusiva à Pastoral da Comunicação Diocesana e comentou sobre a experiência e os desafios da missão e evangelização na África. Sobre este assunto, trazemos também depoimentos de ou-tros missionários que vivem em Moçambique. Além disso, você vai saber mais sobre a parceria inédita que a Diocese de Osasco estabeleceu com a Diocese de Pemba, para promover um projeto de missão além-fronteiras.

Durante sua visita ao Brasil, Dom Luiz comentou em entrevista que uma Igreja que sai em missão em todos os âmbitos alcança maturidade, e aqui em nossa diocese, um exemplo disso é a Pastoral dos Surdos, que tem caminhado em direção aos que estão na periferia da sociedade. Aos poucos a pastoral tem desenvolvido um trabalho de integração e evangelização e nesta edição, Rafael Ferreira, coordenador diocesano do trabalho conta como funcionam as atividades.

Em um tempo em que a família está no centro dos debates na Igreja, não podemos deixar de envolvê-la em todas as formas de evangelização. Sobre este assunto, Padre Daniel Vitor Cardoso explica como é importante alcançar as famílias no desenvolvi-mento de uma catequese mais acolhedora. Ainda sobre a família, Padre Marcos Fun-chal responde sobre o que muda no processo de nulidade matrimonial após o decreto do Papa Francisco.

Ainda nessa edição, você vai conhecer um grupo de mães que tem alcançado mila-gres para suas famílias por meio da oração. Além disso, confira como foi a ordenação sacerdotal dos Padres Luiz Rogério Gemi e Marcelo Fernandes de Lima, um momento de grande celebração em nossa diocese.

Com satisfação falamos sobre o Serviço de Animação Vocacional de nossa diocese que tem como propósito incentivar e orientar os fiéis no discernimento de suas voca-ções. Por fim, falando em vocação, agradecemos a todos que participaram da grande festa das vocações, o ComVocação que foi celebrado com muita dedicação e amor em mais um ano de edição.

Desejamos a você uma boa leitura, e até a próxima edição!

“A missão é ter paixão por Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, paixão pelas pessoas.” Papa Francisco

Boletim Informativo de Osasco

Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Natália Paula PereiraColaboração: Pe. Henrique S. Silva, Pe. Daniel B. Cruz, Pe. Daniel Vitor Cardoso, Pe. Douglas Pinheiro, Pe. Marcos A. Funchal.E-mail: [email protected]

Diagramação: Iago Andrade VieiraTiragem: 12.500 exemplaresImpressão: Jornal Última Hora do ABC | (11) 4226-7272

Cúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 Osasco/SPTel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005E-mail: [email protected]: http://www.diocesedeosasco.com.br

Crédito: Pascom Santa Isabel.

Padre HenriqueCoordenador do ComVocação e Vice-Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia

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PALAVRA DO BISPO

Pouco mais de um ano faz que cheguei à Diocese de Osasco para caminharmos juntos. Celebrávamos, na época, o Jubileu de Prata da Diocese, e o último

dos quatro anos de vigência do 7º Plano Diocesano de Pas-toral. Para mim foi, e tem sido, uma experiência alegre e de-safiadora fazer parte desta história escrita por tantas mãos, na direção apontada pelo dedo divino de nosso Bom Pastor.

Este último ano pastoral contou com o empurrão do Papa Francisco, e sua “Evangelii Gaudium”, verdadeiro programa de ação evangelizadora de todo o seu pontificado. Francisco mudou a linguagem interna e externa da Igreja: internamen-te, nos fez amar ainda mais a nossa Igreja, para sairmos em missão, com rosto alegre e misericordioso. Externamente, fez o mundo olhar para a nossa Igreja com simpatia e res-peito, deixando de insistir no ranço de repetidas denúncias, infelizmente fundadas, para dirigir mais o olhar para o lado belo e corajoso de uma Igreja serva e humilde, voltada para as periferias onde estão os indefesos e humilhados, pronta a conduzir os homens da escuridão de um mundo em crise para a vida luminosa da graça de Deus.

Estamos entre dois Sínodos dedicados à família. Há com-portamentos novos que precisam ser avaliados segundo o Evangelho e a sapiente doutrina da Igreja. Há pontos que geram muita polêmica, porém a Igreja buscou ouvir as fa-mílias do mundo inteiro e oferece à humanidade uma con-tribuição preciosa para o seu presente e futuro. Somos mo-tivados a entrar no Ano Santo da Misericórdia, no jubileu áureo do encerramento do Concílio Vaticano II. A proposta do Papa Francisco, acompanhada por seus gestos e palavras de transparente profecia, devem provocar em nós uma nova consciência, aberta à generosa acolhida de todos, uma sen-sibilidade mais voltada a quem é excluído e discriminado, uma atenção ao mundo de sofrimentos que assolam uma geração que promoveu, segundo o Papa, a globalização da indiferença. As reflexões que começam a brotar da Encíclica “Laudato Si” e a convocação do Ano Santo da Misericórdia completam esse quadro vivo de uma conversão missionária da nossa Igreja.

No Brasil, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE 2015-2019) refletem todos esses novos contextos da Igreja e do mundo, mas mantêm, para os próximos quatro anos as cinco urgências das diretrizes passadas.

É tempo de construir o nosso futuro

Nosso trabalho, até a Assembleia Diocesana de 2015, é planejar a ação evangelizadora diocesana, com os olhos no Evangelho e à luz desse contexto novo da Igreja e do mun-do. Os passos que faremos neste semestre, começando pelas paróquias e comunidades, depois nas Regiões e, por fim, na Assembleia Diocesana, se houver empenho de todos em par-ticipar do processo, resultará em maior comprometimento e comunhão.

A verdadeira comunhão, no entanto, não resulta de es-tratégia nem de acordo de lideranças. Supõe o nosso esforço de planejamento, mas o fruto é maior do que o nosso esfor-ço. É dom do Espírito, a quem devemos com humildade e

Planejar juntos para assumir juntos

confiança pedir. Isso lembrou o Papa Francisco no final da Evangelii Gaudium, no capítulo que ele chamou de “Evange-lizadores com espírito”. O Papa traduz essa expressão: trata-se de evangelizadores que não têm medo de abrir-se à ação do Espírito Santo (EV 259). O Papa pede a esses evangeliza-dores “oração e trabalho”. E afirma: “A Igreja não pode dis-pensar o pulmão da oração, e alegra-me imensamente que se multipliquem, em todas as instituições eclesiais, os gru-pos de oração, de intercessão, de leitura orante da Palavra, as adorações perpétuas da Eucaristia”. Ao mesmo tempo – continua ele citando São João Paulo II – “é preciso rejeitar a tentação de uma espiritualidade intimista e individualista, que dificilmente se coaduna com as exigências da caridade, com a lógica da encarnação” (EG 262).

Penso que esses dois pulmões a que se refere o Papa: a oração e a caridade devem nortear o nosso planejamento em todas as etapas, desde os encontros paroquiais. Um Instru-mento de Trabalho para a elaboração do 8º Plano está sendo entregue aos Coordenadores das Regiões Pastorais para que cheguem às paróquias e suas comunidades. É a realidade lo-cal o nosso ponto de partida. Nossa diocese é rica de realida-des, com variedades e contradições. Temos campo e cidade, áreas planejadas e áreas de ocupação, condomínios fechados e bairros populares, famílias tradicionalmente estabelecidas e recém-chegados, convivência pacífica e extremos de vio-lência. Qual o olhar do Bom Pastor para esta realidade? A quem Ele olha com especial atenção? O que ele pede a nós que somos sua Igreja, seus missionários, nestes próximos

O 8o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora

O novo BIO

Dom João BoscoBispo Diocesano | [email protected]

quatro anos? Temos uma grande his-

tória, iniciada como Região Episcopal da Arquidiocese de São Paulo, recordada es-pecialmente na comemo-ração do nosso jubileu de prata, e expressa nos sete planos anteriores. É sempre bom ter presente que somos fruto dessa história. O Ins-trumento de Trabalho que vai orientar a reflexão dioce-sana em vista do novo Plano Diocesano lembra essa his-tória como ponto de partida, acentua a participação dos leigos e leigas no processo de confecção do plano e sugere passos a serem desenvolvi-dos nas diversas instâncias, nas comunidades, nas Regi-ões e em toda a Diocese.

Nos sulcos abertos pela Evangelii Gaudium, pela Encíclica Laudato Si, e mais ainda o Ano Jubilar Extra-ordinário, dedicado à Mise-ricórdia, além das DGAE, temos inspirações abundan-tes para uma intensa e par-ticipada reflexão, até a As-sembleia Diocesana de 7 de novembro.

Saúdo a chegada do novo Boletim Informativo de Osasco, após alguns meses de pausa. Repaginado, espe-ro que seja um instrumento valioso para todas as comu-nidades, principalmente na ação evangelizadora. Deve-mos ir crescendo em parti-cipação, em apoio, em troca de experiências. O BIO de-verá ser sempre expressão do dinamismo e da vitalida-de da nossa vida diocesana.

Que este semestre de estudo e elaboração do 8º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora comece a produzir imediatos frutos de criatividade e entusiasmo missionário, caminho para um futuro luminoso e santo.

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TESTEMUNHO DA FÉ

A Paróquia Santo Antônio de Santana Galvão, de Vargem Grande Paulista, se deparou com diver-sas situações diante das quais somente a cruz do

Senhor é a única proposta possível. Dentre elas se destaca o sofrimento das mães com os filhos. Quantas “mães das do-res” nos nossos tempos estão vendo seus filhos crucificados pelo mundo.

Diante disso, padre Douglas Pinheiro de Lima começou a orar, suplicando ao Senhor uma estratégia pastoral para

Um grito a Deus pelos nossos filhos

lidar com este problema. Em resposta à sua oração, uma de suas paroquianas, Roseli Benevides, procurou-o para orga-nizar um grupo para lutarem por seus filhos em oração e, em conjunto com Vera e Adélia, iniciaram o Grupo de Mães Orantes. “Há mais de um ano nós começamos, e foi a partir da necessidade dos nossos filhos, da necessidade de orar pe-los nossos filhos”, esclarece Vera.

A primeira reunião começou a ser anunciada nas missas

e, para a surpresa de todos, a cada encontro tem aumen-tado o número de mães, até mesmo de outras religiões. As mães rezam o terço, ou-vem a pregação da Palavra, clamam por seus filhos, par-tilham testemunhos e for-mam uma cadeia de oração umas pelas outras durante todo o mês.

Não demorou muito para surgir os primeiros teste-munhos nesta rede de in-tercessão. “A gente percebe as graças que acontecem na vida dessas mães orando pelos filhos e na mudança dos nossos próprios filhos. Tem as dificuldades? Tem, mas também tem a força pra passar por tudo aquilo que a gente necessita”, testemunha Roseli.

Padre Douglas explica que após os primeiros meses de encontro teve a inspira-ção para realizar um retiro com orações de cura inte-rior, amortização e encora-jamento. “Reunimos mais de 120 mães na Casa de Retiros Nossa Senhora das Vitórias, aqui em Vargem Grande Paulista. O dobro de mães ficou sem poder ir por falta de vagas. Faremos em no-vembro um novo retiro para priorizar a participação da-quelas que não puderam ir neste primeiro. Agradeço a Deus e à Santíssima Virgem Maria por nos ter agraciado com este grupo”, conta o pa-dre.

As reuniões acontecem toda primeira quarta-feira de cada mês, às 15h, na Ma-triz de Frei Galvão que fica na Avenida Bela Vista, 139, no Jardim Bela Vista, Var-gem Grande Paulista.

“A gente percebe as graças que acontecem na

vida dessas mães”

Crédito: Lucinéia Dote, Pascom Frei Galvão.

Crédito: Lucinéia Dote, Pascom Frei Galvão.

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IGREJA EM AÇÃO

A partir do mês de setembro, nossas paróquias, re-giões pastorais e toda a nossa diocese passarão pelo momento de elaboração do oitavo plano de

pastoral, com a proposição de metas, visando nossa neces-sidade principal de evangelizar com um ardor missionário sempre renovado, atento aos ensinamentos de Jesus como verdadeiros discípulos.

É de suma importância compreendermos que esta tare-fa é dever de todos, não apenas dos clérigos ou religiosos. Todos somos Igreja, todos somos Povo de Deus “em saída” (Evangelii Gaudium, 20). Importa-nos manter fixa a meta de evangelização que devemos alcançar, independentemente da velocidade empregada para chegar até aqui.

Como Igreja Diocesana “corramos, portanto, com per-severança para a corrida que nos é proposta” (cf. Hb 12,1), acolhendo com generosidade os desafios propostos para o nosso crescimento eclesial, bem como nosso aperfeiçoamen-to espiritual pessoal, cada um segundo seu estado de vida, sua vocação específica, pois “o horizonte para o qual deve tender todo o caminho pastoral é a santidade” (Novo Mille-nio Ineunte, 30).

Entendemos, portanto, que o objetivo da santidade passa pelas vias da evangelização. Sendo assim, “cada um dos bati-zados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangeli-zação (...).” (Evangelii gaudium, 20). É necessário que todos tomemos consciência de nossa corresponsabilidade na obra evangelizadora da Igreja, entendendo-a como parte essen-cial de nossa caminhada rumo à santidade.

8o Plano de Pastoral da Diocese de OsascoCaminhando para tal meta, olhamos com especial cari-

nho para os fiéis leigos, entendendo-os não como agentes passivos de todo este movimento. Todos eles, junto com os clérigos e religiosos, devem ser entendidos como parte do Povo de Deus, o “sujeito evangelizador” (Doc. 107, 4).

Ser sujeito evangelizador é aderir inteiramente à consci-ência missionária que visa o posicionamento de todo o Povo de Deus diante das realidades dentro e fora da Igreja. Trata-se de uma atitude de discernimento que deve ser comum a todos os fiéis, de modo que saibam “examinar tudo e ficar com o que é bom” (1Ts 5,21), a fim de “assumir uma postura proativa que diz não e que seja capaz de ações afirmativas transformadoras da realidade dentro e fora da Igreja” (Doc 107, 44).

Os fiéis leigos devem ser valorizados em todos os traba-lhos, inclusive nas instâncias decisivas do trabalho pastoral, num espírito de verdadeira corresponsabilidade que deve conduzir à comunhão de todos os sujeitos eclesiais. Entre-tanto, é preciso superar visões reducionistas da ação evan-gelizadora, tais como o clericalismo (concepção do serviço como poder exercido a partir de uma hierarquia centrali-zadora), o individualismo (a organização eclesial partindo do eu, com experiências intimistas e individualizantes) e o comunitarismo (fechamento nos próprios grupos em oposi-ção aos demais).

O caminho da superação destas visões parciais está na consideração da grande riqueza da Igreja em conjugar toda a variedade de carismas, vocações e espiritualidades sem se-gregações (cf. Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora, 61). Todos os grupos, pastorais, movimentos, associações, ministérios e carismas, devem ser postos a serviço da causa comum de evangelização, como caminho de santidade para todos. Tais grupos não podem ser vistos como fins em si mesmos, como se não houvesse a necessidade de comunhão com os demais irmãos, mas todos devem contribuir com

suas especificidades para o crescimento da Igreja.

A formação dos leigos, então, assume grande im-portância neste processo, le-vando também em conside-ração a especificidade de sua vocação em atuar em todos os ambientes da sociedade na busca do bem comum, articulando fé e vida, para serem discípulos-missioná-rios de Jesus na comunhão e na missão.

Todos os fiéis, clérigos leigos e religiosos, assuma-mos com ardor nossa tarefa de sermos evangelizadores e com amor vivamos este momento especial de nossa Diocese de Osasco, em pre-paração ao nosso 8o plano de pastoral. Que a Virgem San-tíssima, Nossa Senhora Apa-recida, padroeira do Brasil nos proteja, e nosso padro-eiro Santo Antônio, prega-dor do Evangelho, nos ajude a sermos evangelizadores no Espírito!

Assim Seja!

Pe. Daniel Bispo da Cruz

Abraçando a comunhão missionária

Osasco terá 3ª Caminhada Ecumênica em Defesa da Vida

A caminhada faz parte da 5ª Semana Diocesana de Bioética em Defesa da Vida – Ecumênica, cujas atividades neste ano se estenderão durante todo o

mês de outubro, com o tema da Hora da Vida da CNBB: “O Evangelho da Vida: Anunciar, Celebrar e Servir”.

No dia 31 de outubro, será realizada a 3ª Caminhada Ecu-mênica em Defesa da Vida, contra o aborto, drogas, violên-cias, pedofilia, corrupção, Ideologia de Gênero e Eutanásia. A caminhada terá início na Praça Duque de Caxias, em fren-te à Catedral Santo Antônio, a partir das 8h30, com saída pelas ruas do centro de Osasco às 10h. Logo após haverá um ato ecumênico e político em defesa da vida no calçadão.

A coordenadora da Comissão Diocesana de Bioética em Defesa da Vida (CDBDV), Maria Isabel de Oliveira Panaro (Bel), lembra que a união das pessoas em torno do mesmo ideal fortalece a luta. “Estamos defendendo o direito do nas-cituro, da criança que está sendo gerada, para que ela possa ter o direito de nascer e ter políticas públicas para garantir seu desenvolvimento integral. Este é o primeiro e fundamen-

tal direito humano e que deve ser garantido desde o ventre materno. É hora de esquecermos as diferenças políticas ou religiosas, para que ressoe a voz deste bebezinho - nascituro - que não pode gritar, mas nós podemos gritar bem alto por ele“.

No dia 8 de outubro é celebrado nacionalmente o Dia do Nascituro, ou o Dia da Criança que vai nascer. Nesta data será realizada missa solene na Catedral Santo Antônio, às 19h.

A CDBDV orienta aos interessados que entrem em con-tato pelo e-mail [email protected] para mais infor-mações, e organizem seus grupos nos municípios.

Contatos:Bel Panaro – 9 7150-4767Cida Diniz – 9 6397-4491

Fonte:Comissão Diocesana de Bioética em Defesa da Vida –

CDBDVCrédito: CDBDV.

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ENTREVISTA

PASCOM DIOCESANA (PD): Dom Luiz, como é voltar para Catedral Santo Antônio, um lugar que é tão especial na sua vida?

D. LUIZ: É uma alegria muito grande voltar para cá, por-que a Catedral Santo Antônio foi onde eu participei desde os meus 9 anos de idade, quando ainda era Matriz Santo Antô-nio. Logo que cheguei com minha família do Estado do Rio de Janeiro eu fui coroinha na Matriz Santo Antônio e partici-pei de muitos grupos de adolescentes, muitos movimentos e grupo de jovens. Depois, passei a participar da comunidade Santa Maria Gorete, que pertencia aqui à Catedral. Então, voltar para cá é sempre emocionante, porque revejo pessoas que eu conheço há muitos anos e relembro a história. Nós não podemos desprezar nossa história, ao contrário, então eu lembro com muito carinho tudo que eu passei aqui, as pessoas que eu conheci e a Catedral Santo Antônio. Além de tudo, ela é importante para mim porque aqui eu fui ordena-do três vezes - diácono, presbítero e bispo.

PD: Hoje o senhor é bispo da Diocese de Pemba, em Mo-çambique. Como foi o primeiro convite para o senhor ir para África, como missionário, quando o senhor ainda era padre?

D. LUIZ: Essa é uma história interessante! Eu sempre tive o sonho de trabalhar na África, desde jovem. Uma vez fiz um curso de Missiologia, aqui em São Paulo, e nesse curso co-nheci um colega padre africano, de Moçambique. E eu per-guntei a ele: “Escuta, como é teu país? Como é a necessidade da Igreja lá? ”. E ele começou a me contar. Ele disse: “Olha, a Diocese mais necessitada é uma diocese chamada Pemba, cujo o bispo está em São Paulo nesse momento. É da minha congregação (era um bispo dehoniano), está em São Paulo fazendo um tratamento e ele precisa muito de missionários, porque é uma diocese muito grande com poucos padres”. E eu como já tinha esse sonho, pedi a ele: “Escuta, é possível você me passar o telefone desse bispo?”. E ele na hora me passou. Eu tentei envolver o meu provincial, na época, o pa-dre Gabriel que já faleceu, e falei: “Padre Gabriel vamos lá vi-sitar esse bispo e conhecê-lo”. O padre Gabriel ficou um pou-co desconfiado disso né, porque não havia um plano nesse sentido, mas nós fomos lá visitar o bispo . O bispo nos agar-rou com as duas mãos: “Vocês têm que ir para lá, eu preciso de vocês”. Fez o convite veemente, pedindo, implorando para gente ir para lá. E foi isso que aconteceu, em 2001 eu fui para lá sozinho como passionista. Fiquei seis meses, voltei para

Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba

Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba, esteve em Osasco no mês de agosto e durante sua visita concedeu entrevista à Pascom (Pastoral da Comunicação) Dioce-sana. Ele falou sobre os desafios da vida na África e de sua missão em Moçambique.

o Capítulo da congregação para contar o que eu vi, mas já deixei minhas coisas todas lá. E depois, a congregação me permitiu voltar, eu fi-quei mais 8 meses sozinho, morava com o bispo, aliás. E depois foi mais um colega. Hoje nós temos duas comu-nidades passionistas lá.

PD: Nos fale um pouco dos desafios que o senhor encontra lá, como bispo hoje?

D. LUIZ: Bom, em todo lugar há muitos desafios hoje na igreja. Qualquer diocese tem muitos desafios porque a evangelização é um desafio. Lá, temos pouquís-simos missionários, padres, religiosos e religiosas. É uma diocese muito grande, com 82.625 km², quase do tama-nho de Portugal. Para você ter uma ideia, na semana retrasada eu estava fazendo visita numa paróquia que fica a 450km da sede da dio-cese. Então, visitar uma pa-róquia dessas é mais do que ir ao Rio de Janeiro, mais do que ir à Curitiba. Um dos desafios é este - uma dio-cese muito grande geogra-ficamente para apenas 24 padres, entre esses temos padres doentes. Os nossos padres praticamente todos ficam sozinhos porque te-mos 22 paróquias. Não te-mos 50 paróquias, porque não temos padres, outro de-

safio é esse: os padres ficam sozinhos, com áreas geográfi-cas muito grandes para atender. Semana passada eu visitava uma paróquia com 142 comunidades, então o padre passa pelas comunidades a cada dois ou três anos. E outro desafio é a falta de meios, alguns padres não têm ainda transporte para fazer o seu trabalho de evangelização e, além disso, são poucos os recursos humanos e materiais. Moçambique é um dos países mais pobres do mundo e a região norte, onde está a nossa diocese, é a mais pobre do país. Há muita pobreza, muita necessidade, falta de água, falta dos recursos básicos para população. A educação é muito precária. Faltam esco-las. As crianças estudam debaixo das mangueiras. O governo tem feito um esforço pra melhorar, tanto a saúde quanto a educação, mas é muito lento.

PD: O Papa Francisco pede que a Igreja saia em missão, e aqui na Diocese de Osasco está acontecendo uma articu-lação em prol da ação missionária por meio das Comissões Missionárias Diocesana e Regional, que estão desenvolven-do um projeto em parceria com a Diocese de Pemba. Como o senhor vê essa parceria?

D. LUIZ: Essa parceria é maravilhosa! Em primeiro lugar, ser missionário é para todo batizado. No documento da As-sembleia de Aparecida, o Papa Francisco tem insistido nisso – todo cristão é missionário, e há muitas formas de ser mis-sionário. É possível ser missionário na própria comunidade, nos grupos que você frequenta, dentro das pastorais, etc. É importante e é preciso ser missionário nos ambientes de tra-balho, não só para dentro da Igreja, mas principalmente para fora. Ser missionário nos ambientes que você frequenta, na escola, em qualquer lugar, e é possível ser missionário tam-bém além das fronteiras. Fronteiras não só geográficas, mas existenciais. Há muitos lugares que hoje são comparados ao areópago, onde São Paulo foi, onde ninguém tinha coragem de ir, e São Paulo foi. Nós somos chamados hoje a ver quais são os areópagos, onde a Igreja é desafiada, onde há pessoas que precisam de uma palavra, de uma presença. Aí a Igreja deve estar. Então ser missionário é isso, é estar aberto às ne-cessidades do mundo atual. E essa parceria que você pergun-tou eu vejo com muito bons olhos, porque nós precisamos de ajuda, mas também as igrejas que estão melhor situadas, que tem mais gente, precisam amadurecer, então a parceria missionária ajuda e faz crescer os dois lados. Nós precisamos de gente, é verdade, mas uma igreja quando sai, uma igre-ja quando é bem estruturada e sai em missão mostra que é madura e ajuda a enriquecer os seus membros. Então quem vai, aprende. Missão hoje não é ir para ensinar, missão é uma troca, você dá e recebe, você ensina e aprende. E nós, lá, te-mos muito para aprender e também temos muito para dar.

PD: Deixe uma mensagem para quem tem o desejo no coração de viver uma experiência missionária, mesmo que não precise atravessar o oceano.

D. LUIZ: A minha mensagem é essa: que cada um, cada uma, assuma o seu batismo, procure viver intensamente a sua fé, servindo da melhor maneira que pode na sua comu-nidade, na sua paróquia, em alguma organização, em algum grupo organizado que tem objetivo, que luta por algo bom pelas pessoas. E quem tem esse desejo missionário de ir além-fronteiras, que fique unido ao seu bispo, ao seu pastor, à sua diocese, porque é muito importante que ninguém vá em seu nome próprio. A Igreja é sempre comunhão, então eu não vou em meu nome, eu vou em nome da Igreja, eu faço em nome da Igreja, eu represento a Igreja. Para isso é importante cada um se sentir Igreja e assumir a tarefa que é de todos.

Confira a entrevista completa no Youtube (Diocese de Osasco).

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Diocese de Osasco, uma Igreja Missionária

IGREJA EM MISSÃO

Atendendo ao chamado do Papa Francisco para ser cada dia mais uma Igreja Missionária, a Dioce-se de Osasco iniciou um projeto missionário na

África. O projeto prevê uma pré - missão no período de ju-lho a dezembro de 2015, que tem como objetivo específico a ajuda direta na organização da estrutura administrativa da Diocese de Pemba, conforme solicitação de Dom Luiz Fer-nando Lisboa,cp, missionário Passionista que foi nomeado para assumir a diocese, em Moçambique, no dia 12 de junho de 2013.

Em saudação enviada à Diocese de Osasco, Dom Luiz re-lembra que São João Paulo II nos convidou a “dar de nossa pobreza” e, agora, Francisco nos convida a “ir aos pobres”, a sermos uma Igreja em saída. “Para fazer isso precisamos, em primeiro lugar, sair de nós mesmos. Todo batizado é um missionário, e há várias formas de exercer a missão. Peça-mos a luz do Espírito Santo para iluminar o nosso coração e discernir qual é esta missão a qual Deus nos chama. Pode ser aqui na Diocese de Pemba”. E deixa o seguinte questio-namento. “Por que não ousar e avançar para as águas mais profundas? ”.

Carla Dias, que é paroquiana da Catedral Santo Antônio da Diocese de Osasco, recebeu o envio para uma experiên-cia de missão por seis meses, em missa celebrada pelo bispo diocesano, Dom João Bosco Barbosa de Sousa, no dia 26 de junho. Nesse período será observada a realidade local nos seus aspectos pastorais e administrativos. A previsão inicial de duração do projeto é de dez anos, com formação de equi-pes missionárias a cada dois ou três anos.

“Estar aqui é reinventar-se! É ter certeza de que a Igreja que vai para as periferias, como pede o Papa Francisco, é chamada a abrir-se a esse verdadeiro dom do Espírito Santo, que é o entendimento de que há coisas que não podemos mudar, há outras que precisamos ter a coragem para mudá--las, e de que precisamos da sabedoria para discernir entre as duas”, afirmou a missionária.

O Diácono Gutemberg Pereira, brasileiro do Estado de Alagoas que está há um ano em Pemba, comenta sobre sua experiência. “Muitos de nós brasileiros temos o desejo de ser missionários dentro e fora do nosso país, de podermos ser úteis para o povo de Deus, que busca muitas vezes no mis-sionário uma esperança de dias melhores. Nossa missão na Diocese de Pemba é procurar testemunhar uma vida trans-formada por meio de Cristo”.

Gutemberg define a missão como uma atuação do movi-mento salvífico, que tem sua autenticidade na tarefa que o próprio Cristo nos incumbe - Ide e batizai todas as nações (Mt 28,19), para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste (Jo 17,21). “Caso você deseje sair em missão, não tenha medo de ser missionário, não deixe de caminhar, de comprometer-se na missão e pela missão aos pobres. Que Nossa Senhora Aparecida seja sem-pre intercessora pela edificação do serviço missionário e vo-cacional da Diocese de Osasco”, encoraja Gutemberg.

A Diocese de Pemba abrange toda a província de Cabo Delgado e possui 82.625 km². Com apenas 24 padres, aten-

de 22 paróquias, algumas delas imensas, com 70, 80, 120 e até 150 comunidades. Há vários distritos sem paróquias e várias paróquias sem a devida assistência. Existem também 16 ilhas, sendo que, em nenhuma delas, há presença mis-sionária. A pouca presença de padres, religiosos e religiosas é acompanhada também por infraestruturas precárias. A grande maioria dos padres, por exemplo, não tem carro para atender suas grandes paróquias, o que dificulta e até inviabi-liza o trabalho. Estão presentes somente duas congregações religiosas masculinas (Passionistas e Beneditinos missioná-rios) e algumas congregações femininas, como a das Irmãs de Jesus Bom Pastor, conhecidas como Irmãs Pastorinhas (pastorelas em Moçambique), da qual faz parte a Irmã Ra-quél Mariano de Souza que é natural de Aquidauna – MS, na Diocese de Jardim. Irmã Raquél chegou em Pemba com a

missão de colaborar na for-mação das jovens, onde as-sumiu a etapa do noviciado. “Ser missionária em Pemba é conviver com as diferen-ças: línguas, cores, menta-lidades, cultura. É ser você mesma, mas vivendo a par-tir da realidade de outros”, conta Irmã Raquel.

A Congregação das Ir-mãs Mercedárias do Santís-simo Sacramento também está presente em Pemba e a Irmã Maria Magdalena Mal-donado Valladares, natural da Guatemala, fala sobre sua oferta de vida na África. “Hoje e sempre quero seguir a meu esposo Jesus com meu exemplo de vida e sair ao en-contro de cada homem, mu-lher, criança, jovem, e da hu-manidade inteira que clama por uma vida digna de filhos de Deus. Todos aqueles que queiram encontrar-se aqui com Jesus e Maria, venham a esta terra de Missão. Os esperamos com os braços abertos. Desde já, bem-vin-dos”, saúda a Irmã Maria, que está em Pemba desde março deste ano.

“Nossa missão é testemunhar uma vida transformada por Cristo”

Missionária Carla Dias, Osasco.

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VOCAÇÃO

No dia 12 de setembro, a Igreja de Osasco celebrou a alegria da ordenação de dois novos sacerdotes - Luiz Rogério Gemi e Marcelo Fernandes de

Lima. O rito, muito bem preparado, proporcionou uma lin-da cerimônia com clima de oração, alegria e louvor a Deus. A missa solene aconteceu na Catedral Santo Antônio, pre-sidida por Dom João Bosco Barbosa de Sousa, sendo esta a primeira ordenação presbiteral realizada pelo bispo, desde a

Diocese em festa por seus novos sacerdotes

Crédito: Rosemeire Santos, Pascom Diocesana.

sua posse em julho de 2014.Em sua homilia, Dom

João falou da alegria da dio-cese em celebrar duas novas ordenações, mas, sobretudo, do sentimento contido no coração de Luiz Rogério e Marcelo. “A alegria expres-

sada do lado de fora não é suficiente para descrever a alegria que vai no coração”, disse Dom João.

Fazendo analogia à Maria que, ao dar o seu ‘sim’, igual-mente desconhecia o cami-nho proposto, ele declarou que sabemos quem nos cha-ma, e continuou dizendo que isto é um alento que nos ajuda a superar as dificulda-des e nos fortalece. O bispo concluiu advertindo aos no-vos sacerdotes que é preci-so sair da acomodação dos templos, da Igreja que “dá alegria, mas não dá cruz”. E aconselhou ser necessário abraçar a proposta que o Papa Francisco nos faz, viver uma Igreja em saída.

“A Igreja é de natureza missionária, nossos olhares também devem estar volta-dos para aqueles que ainda não fizeram a sua experi-ência de um contato mais profundo com Jesus, é uma Igreja em saída, que acolhe os que chegam, mas que também saem em procura

Crédito: Irmã Letícia Perez, Pascom Diocesana.

dos afastados, sem esquecer os que já estão dentro dela”, disse padre Luiz Rogério.

Pela imposição das mãos de Dom João foi conferida aos, então diáconos, a Sagra-da Ordem do Presbiterato, seguida da imposição das vestes sacerdotais, unção das mãos, entrega do cálice e pa-tena e a acolhida dos neo-sa-cerdotes pelo bispo e sacer-dotes, ritos que compõem a celebração da ordenação presbiteral.

A leitura do documento de Uso da Ordem foi profe-rida por Padre Odair José, Chanceler do Bispado. Con-celebraram a Santa Missa Dom Ercílio Turco – bispo emérito, Monsenhor Clau-demir José – vigário geral, padres diocesanos e reli-giosos, familiares, e muitos amigos vindos das paró-quias por onde realizaram trabalhos pastorais ao longo do período de formação.

Dias após a ordenação, em entrevista ao BIO, pa-dre Luiz Rogério comen-tou sobre a participação de amigos e companheiros de caminhada pastoral em suas celebrações eucarísticas. “É possível ver a alegria es-tampada em seus rostos, e ofereço no altar do Senhor a vida de cada um deles que ofertam suas vidas pela evangelização”. E diz que agradece imensamente a Jesus, o Sumo e Eterno Sa-cerdote, por tê-lo chamado a participar do sacerdócio e poder colaborar com o projeto de salvação. Os neo-sacerdotes falaram, ainda, da preparação para viver o ministério, trazendo aos fi-éis a Igreja que o Papa tem proposto aos sacerdotes. “É através da oração, em comu-nhão com o bispo diocesano e toda a diocese, tentando sempre ser disponíveis para as pessoas”, declarou padre Marcelo, que traduz todas as sensações e alegrias vividas, até o momento, em uma pa-lavra: gratidão.

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ESPAÇO MOVIMENTOSVOCAÇÃO

Embora procurem diversos meios de orientação vo-cacional, alguns jovens ainda se encontram “per-didos” ao responder ao chamado de Deus que os

interpelam. O mesmo ocorre nas “vocações maduras”, isto é, de adultos que, quando jovens, ouviram o chamado do Pai para uma vocação específica, mas não deram uma resposta naquele período da vida.

Nesse sentido, vê-se a importância de um Serviço de Ani-mação Vocacional diocesano, que estimule, incentive e pro-mova as diversas vocações da Igreja e ajude os vocacionados em seu caminho particular de discernimento, segundo a vontade de Deus.

Ao longo dos anos o número de vocações em seminários diocesanos e congregações diminuíram. O modo de vida permanente é um agravante, sobretudo em um ambiente so-cial que oferece elementos e modos de vida “mais atrativos”.

Por isso, é de grande valia a integração do seminário diocesano, das congregações, de leigos – consagrados e não consagrados – e de casais unidos pelo vínculo matrimonial para esse trabalho, buscando o crescimento do Reino e su-plicando ao Senhor que envie operários à sua messe (cf. Lc

Vocação: um projeto de vida

10,2).Pensando nisso, a Diocese de Osasco se mobilizou para

a criação do SAV (Serviço de Animação Vocacional) que tem como objetivo principal promover as diversas vocações,

como: religiosa, sacerdotal, matrimonial e laical, favore-cendo e auxiliando o voca-cionado a encontrar dentro de si sua verdadeira vocação.

Segundo o autor do pro-jeto, Padre Marcelo Fernan-des de Lima, é preciso mos-trar que a nossa vida não é um acaso. “Não estamos no mundo sem nenhum moti-vo, mas o Senhor tem pro-jetos para cada um dos seus filhos, e toda vida humana é um projeto nascido do amor de Deus por nós”, disse o padre. Entre as atividades promovidas pelo SAV estão encontros comunitários pa-roquiais, regionais e dioce-sanos, gincanas e jornadas vocacionais, retiros espiri-tuais, acompanhamento do itinerário vocacional em suas diferentes etapas, além da presença de psicólogo no processo de discernimento.

Crédito: Lucas Oliveira.

Mãos que anunciam a Boa Nova de Jesus

A comunidade dos surdos tem conquistado seu es-paço na Igreja e na sociedade em geral. Com o aumento constante da divulgação da Língua de

Sinais e de profissionais intérpretes, o surdo não se sente mais uma pessoa que precisa fazer gestos para se comunicar, ele se sente um brasileiro usuário de outra língua. No entan-to, apesar de a Igreja Católica ser a precursora das línguas de sinais, está muito atrasada neste sentido, motivo pelo qual muitos surdos católicos passam a frequentar igrejas de outras denominações. As igrejas protestantes têm feito um trabalho muito mais profundo e frutuoso do que os católi-cos, que enfrentam o drama do trabalho voluntário (pasto-ral), o qual depende do tempo e do empenho das pessoas e dos párocos, que às vezes não compreendem a importância, a necessidade e a urgência da causa, além disso existem as dificuldades pessoais dos agentes de pastoral. Atualmente, existe um número pequeno de surdos atuantes na Diocese de Osasco, porém são extremamente participativos e com-prometidos com a fé católica.

Libras ou Língua Brasileira de Sinais não é o mesmo que mímica, é o meio oficial de comunicação da comunidade surda, por isso não apenas aos surdos é importante o apren-dizado da linguagem, mas a todos os cidadãos a fim de pro-mover uma cultura de inclusão universal.

É difícil saber o número de surdos em todos os municí-pios da diocese. O Censo 2010 elenca a surdez e a deficiência auditiva no mesmo item. Ou seja, na variável ‘pessoas com alguma dificuldade auditiva’ vão estar enquadrados os de-ficientes auditivos usuários de Libras, mas também aqueles que não usam a Linguagem de Sinais. Estão sendo feitos grá-

ficos por paróquia para servir de orientação para a pastoral.A vida sacramental dos surdos acontece com o auxílio

dos intérpretes. Eles confessam, participam da missa, cate-quese, crismam, se casam. Essas pessoas apenas precisam de alguém que as entenda e as façam entender.

Até o momento, na diocese existem oito paróquias nas quais já estão implantadas a pastoral: em Carapicuíba, São Lucas, São Pedro e São Paulo e Paróquia S. Paulo Apóstolo; em Cotia, Nossa Senhora de Fátima; em Barueri, Santa Cruz; na Catedral Santo Antônio, onde tudo começou; Santa Isa-bel, onde existe o trabalho de catequese; e mais recentemen-te, na Paróquia São José da Vila São José, em Osasco.

O intérprete destaca como uma das iniciativas principais o curso de Libras, carro chefe da pastoral, pro-movido nas paróquias. É por ele que formamos membros ativos para ajudar a inserir os surdos na comunidade. E temos também mantido horários fixos de missa in-terpretada em Libras nas pa-róquias citadas. Se você tem parentes surdos ou conhece algum amigo ou vizinho que seja surdo usuário da Libras, fale conosco e iremos visitá-lo! Procure a pastoral mais próxima e ore por nós, para que tenhamos como meta apenas obedecer ao Senhor Jesus, para que toda língua e toda mão proclame: Jesus Cristo é o Senhor.

Rafael FerreiraCoordenador Diocesano da

Pastoral dos Surdos

Crédito: André Fraga, ComVocação Press.

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FORMAÇÃO PERMANENTE

Com a proximidade do Sínodo dos Bispos sobre a família, todos os olhares se voltam para essa ques-tão. E com a catequese não poderia ser diferente.

Mas a preocupação e o engajamento da família na cate-quese deveria ser algo independentemente do fato de ser o tema do Sínodo. Deveria ser sim um dos focos do trabalho catequético. O catequista, em todos os níveis de catequese, deve ser o catequista não somente do catequizando, mas sim de toda a sua família, pois é na família que será continuada a catequese, é lá que a catequese vai ganhar corpo e o onde o catequizando passa a maior parte de seu tempo.

É preciso viver a Catequese acolhedora Devemos ter um novo olhar de como atingir também

à família na nossa catequese, e o acolhimento é o primeiro passo a ser dado rumo a este engajamento, de modo que, verdadeiramente, a família se sinta abraçada, e mais impor-tante, consolada e animada.

Alguns exemplos práticos já podem ser tirados das sa-gradas escrituras. A família de Lázaro (Jo 11,1-46) sofre pela sua morte e confia que a presença de Jesus não teria deixado que ele morresse, mas Jesus se compadece, sente as dores das suas irmãs e traz Lázaro de volta à vida, ou seja, ele precisou estar junto, sentir o sofrimento das irmãs de Lázaro. Se for utilizar de figuração, Jesus as acolhe, as abraça, está com elas no momento de sofrimento e lhes dá o conforto da presença de seu irmão novamente.

O próprio Jesus, acompanhado de sua família, aos doze anos vai ao templo (Lc 2,42-51) para cumprir o preceito ju-deu, o que deixa bem claro a nós que seus pais (Maria e José) conhecem a sua religião e não deixam de cumprir esses pre-ceitos. Mas o conhecimento e obediência somente podem ser realizados por pessoas que, de alguma forma, tenham sido abraçados pela comunidade cristã e, assim, entendam o que a sua religião lhes pede.

É urgente que os catequistas tenham um ardor missioná-rio, que saíamos do espaço físico da igreja e que busquemos esse contato maior com as famílias. No caso dos mais jovens e adolescentes, precisamos atuar junto a seus pais e irmãos para que a catequese chegue aos seus corações e seja um trabalho missionário, de forma que leve a família unida de volta à comunidade cristã. Com os adultos, além das figuras

paternas, podemos ter tam-bém o esposo(a) ou compa-nheiro(a) que nem sempre apoia a busca do outro pela religião ou sacramentos. Nesses casos um trabalho forte em conjunto com a Pastoral Familiar é de extre-ma importância, de forma que a catequese seja uma luz para o amadurecimento da vida conjugal e familiar.

Para finalizar, é impor-tante lembrar o que o Dire-tório Nacional de Catequese (296) nos pede: “A família hoje exige uma catequese acolhedora, criativa e encar-nada, que dê esperança, que mostre como viver o amor dentro das condições objeti-vas de cada pessoa”. E a cate-quese precisa buscar novos meios de ir ao encontro das famílias.

Padre Daniel Vitor Cardoso

Crédito: Pastoral Familiar Patriarcado de Lisboa.

Papa Francisco altera as regras para nulidade matrimonial

No dia 08 de setembro o Papa Francisco reformou algumas leis do Código de Direito Canônico, do processo de declaração de Nulidade dos matri-

mônios fracassados. Padre Marcos Funchal, especialista em direito canônico, explica quais foram as principais alterações da lei canônica e benefícios que em pouco tempo serão sen-tidos por todos.

O que mudou com o Moto próprio Mitis Iudex Dominus Iesus?

Ele alterou os cânones que regem o processo para declarar a nulidade de um matrimônio na Igreja. Esta possibilidade

já existe há muitos séculos. Não houve mudança na doutrina da indissolubilidade do matrimônio e nem as razões para declarar a sua nulidade. O objetivo do papa foi torná-lo mais célere e acessível aos fiéis, pois este cuidado pastoral é indis-pensável para a Salvação das Almas, lei suprema da Igreja (c.1752). O Papa Gregório IX, sec. XIII, dizia que “justiça retardada é justiça negada”. Até então quando um fiel duvida da validade do seu casamento pode entrar com um processo no tribunal eclesiástico. Para a decisão final era necessário de duas sentenças concordes em 1ª e 2ª instância. Agora bas-tará uma única sentença afirmativa para que se torne firme a decisão. Com isso o processo já se agiliza e fica mais eco-nômico. Em caso de uma nulidade muito evidente se prevê agora um processo mais breve, cuja sentença deverá ser dada pelo bispo em no máximo 60 dias. Por exemplo, quando um casal de jovens, ao se depararem com uma gravidez inespe-rada, são obrigados a se casar.

Com isso não se corre o risco de se cometerem erros?É claro que nas causas trabalham pessoas humanas que

podem errar. Por isso mesmo, permanece a possibilidade de uma apelação contra a decisão do tribunal ou do bispo. Pois o matrimônio goza do favor do direito e sua presunção é de validade, até que se prove o contrário. Também temos o De-fensor do Vínculo, que é aquele que argumenta em favor da validade do matrimônio. O que se busca é a verdade, por isso ele deverá apelar para o tribunal metropolitano quando, por razões sérias, se opõe a uma sentença afirmativa de nulidade

matrimonial. É verdade que os proces-

sos agora serão gratuitos?Muito tem se falado na

imprensa que agora todos os processos serão gratuitos por determinação do Papa Francisco. Devemos ler o que o Papa afirma: “Tan-to quanto possível, cuidem as conferências episcopais, salvo as justas e dignas re-munerações dos membros dos tribunais, que se asse-gure a gratuidade dos pro-cessos” (cf. Preâmbulo do Moto próprio). Portanto, fica claro que o árduo traba-lho realizado nos tribunais pelos funcionários e oficiais (juízes, notários, auditores, advogados, etc) deve ser re-conhecido e salvaguardado a justa remuneração destes trabalhadores.

Pe. Marcos A. FunchalJuiz Eclesiástico

Crédito: Blog Comshalom.

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PAPA FRANCISCO

Mensagem para 89º Dia Mundial das Missões“A missão não é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da gramática da fé, é algo de imprescindível para quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra:vem e vai”

Queridos irmãos e irmãs,

O Dia Mundial das Missões 2015 se realiza no con-texto do Ano da Vida Consagrada e recebe um estímulo para a oração e a reflexão. Na verdade,

se todo batizado é chamado a testemunhar o Senhor Jesus proclamando a fé recebida como um presente, isso vale, de modo particular, para a pessoa consagrada, pois entre vida consagrada e missão existe uma ligação forte. O seguimento a Jesus, que determinou o surgimento da vida consagrada na Igreja, responde ao chamado a tomar a cruz e segui-Lo, a imitar a sua dedicação ao Pai e seus gestos de serviço e amor, e a perder a vida para reencontrá-la. Como a existência de Cristo tem um caráter missionário, os homens e mulheres que o seguem mais de perto assumem plenamente esse mes-mo caráter.

A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca a todas as formas de vida consagra-da, e não pode ser negligenciada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo im-prescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missioná-rio» (EG, 266).

A missão é ter paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tem-po paixão pelas pessoas. Quando nos colocamos em oração diante de Jesus crucificado, reconhecemos a grandeza do seu amor que nos dá dignidade e nos sustenta; e no mes-mo momento percebemos que aquele amor que parte de seu coração transpassado se estende a todo o povo de Deus e a toda a humanidade; e assim sentimos também que Ele quer servir-se de nós para chegar cada vez mais perto de seu povo amado (cf. ibid., 268) e de todos aqueles que o procuram de coração sincero. No mandamento de Jesus: “ide”, existem ce-nários e sempre novos desafios para a missão evangelizadora da Igreja. Nela, todos são chamados a anunciar o Evangelho por meio do seu testemunho de vida; e os consagrados, es-pecialmente, são convidados a ouvir a voz do Espírito que os chama para ir rumo às grandes periferias da missão, entre as pessoas que ainda não receberam o Evangelho.

O quinquagésimo aniversário do Decreto conciliar Ad gentes nos convida a reler e a meditar esse documento que despertou um forte impulso missionárionos Institutos de vida consagrada. Nas comunidades contemplativas, retomou luz e eloquência à figura de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões, como inspiradora da ligação íntima da vida contemplativa com a missão. Para muitas congrega-

ções religiosas de vida ativa, o anseio missionário que surgiu do Concílio Vaticano II se concretizou com uma abertura extraordinária para a missão ad gentes, muitas vezes acom-panhada pelo acolhimento a irmãos e irmãs provenientes de terras e culturas encontradas na evangelização, de modo que hoje se pode falar de uma interculturalidade difundida na vida consagrada. Por esse motivo, é urgente repropor o ideal da missão em seu centro: Jesus Cristo, e em sua exigência: o dom total de si ao anúncio do Evangelho. Não pode haver tratativa sobre isto: quem, pela graça de Deus, acolhe a mis-são, é chamado a viver de missão. Para essas pessoas, a pro-clamação de Cristo nas várias periferias do mundo se torna o modo de como viver o seguimento a Ele e a recompensa de muitas dificuldades e privações. Toda tendência que des-via dessa vocação, mesmo que acompanhada por motivos nobres relacionados com as muitas necessidades pastorais, eclesiais e humanitárias, não é coerente com o chamado pes-soal do Senhor para servir o Evangelho. Nos Institutos mis-sionários, os formadores são chamados tanto a indicar com clareza e honestidade essa perspectiva de vida e ação, quanto a influir no discernimento de vocações missionárias autên-ticas. Dirijo-me de modo especial aos jovens, que ainda são capazes de testemunhos corajosos e atitudes generosas e por vezes contracorrentes: não deixem que lhes roubem o sonho de uma missão verdadeira, de doar-se ao seguimento a Jesus que requer o dom total de si. No segredo de sua consciên-cia, pergunte-se o motivo pelo qual escolheu a vida religiosa missionária e meça a disponibilidade em aceitá-la por aquilo que é: dom de amor a serviço do anúncio do Evangelho, lem-brando que, antes de ser uma necessidade para aqueles que não o conhecem, o anúncio do Evangelho é uma necessidade para quem ama o Mestre.

Hoje, a missão enfrenta o desafio de respeitar a necessi-dade de todos os povos poderemrecomeçar de suas raízes e salvaguardar os valores de suas respectivas culturas. Trata-se de conhecer e respeitar as outras tradições e sistemas filo-sóficos e reconhecer, em cada povo e cultura, o direito de fazer-se ajudar por sua tradição na inteligência do mistério de Deus e no acolhimento ao Evangelho de Jesus, que é luz para as culturas e sua força transformadora.

Dentro dessa dinâmica complexa nos perguntamos: “Quem são os destinatários privilegiados do anúncio evan-gélico?” A resposta é clara e a encontramos no próprio Evan-

O Dia Mundial das Missões é celebrado em 18 de outubro de 2015.

gelho: os pobres, os peque-nos e os enfermos, aqueles que muitas vezes são despre-zados e esquecidos, aqueles que não podem te retribuir (cf. Lc 14,13-14). A evangeli-zação dirigida preferencial-mente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer: «Existe um vínculo inseparável en-tre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos nunca so-zinhos» (EG, 48). Isso deve ser claro, especialmente para as pessoas que abraçam a vida consagrada missioná-ria: com o voto de pobreza se escolhe seguir Cristo nes-sa sua preferência, não ideo-logicamente, mas como Ele, identificando-se com os po-bres, vivendo como eles na precariedade da existência cotidiana e na renúncia de todo o poder para se tornar irmãos e irmãs dos últimos, levando-lhes o testemunho da alegria do Evangelho e a expressão da caridade de Deus.

Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os pequenos e os pobres, os consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a pre-sença dos fiéis leigos.

Trecho da Mensagem do Santo Papa - Vaticano, 24 de Maio – Solenidade de Pentecostes – de 2015

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PROGRAME-SE

Agenda Diocesana

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07/10

Audiência Pública - Dia do Nascituro em Barueri - CDBDV

08/10

De 8 a 11/10: Workshop em defesa da Vida, no Osas-co Plaza Shopping

14/10

Audiência Pública - Dia do Nascituro em Mairinque - CDBDV

16/10

Audiência Pública - Dia do Nascituro em Osasco - CDBDV

16/10

De 16 a 18/10 Assembleia das Igrejas - Itaici

17/10

Encom Região Barueri - local a definir

18/10

Assembleia Ordinária RCC Diocesana - Espaço Elena Guerra

18/10

5º Firmes na Fé - Barueri

19/10

Audiência Pública - Dia do Nascituro em Carapicuíba - CDBDV

20/10

Audiência Pública - Dia do Nascituro em Cotia - CDBDV

23/10

De 23 a 25/10 : Retiro Diocesano de Liturgia - CTE/ São Roque

27/10

De 27 a 29/10 : Semana de Fé e Compromisso Social - Salão de Atos da Cúria

31/10

3ª Caminhada Ecumênica contra o aborto

01/11

12ª Assembleia Diocesana do Apostolado da Oração - Cotolengo São Luis Orione

03/11

De 03 a 06/11: Semana dos Ministérios Extraordinários - Regiões

07/11

Assembleia Diocesana - Centro Pastoral