Nome: Marquês Kōichi Kido
Data de nascimento: 18 de julho de 1889
Cargo: Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Kōichi Kido tem a política em seu sangue, tendo o seu avô
participado ativamente da restauração da Era Meiji. Formou-se
com grandes distinções pela Universidade de Kyoto e logo entrou
para a política. Começou com pequenos cargos no governo local.
Sua carreira foi crescendo até que, em 1937, tornou-se
ministro da educação. Dentro do governo, Kido tornou-se muito
próximo ao imperador, crescendo em sua estima e confiança. Em
1938, tornou-se ministro do Bem Estar e, um ano depois, Ministro
de Assuntos Domésticos. Quando do início da guerra, já se
tornara o principal conselheiro do imperador, sendo nomeado
Lorde Protetor do Selo Imperial do Japão. Apoiou a indicação de
Tojo ao cargo de Primeiro Ministro como sucessor do pacifista
Fumimaro Konoe. É um homem de grande lealdade e que faz de tudo
para proteger o Japão e, principalmente, o imperador e sua
honra.
Patente e Nome: General Hideki Tōjō
Data de nascimento: 30 de dezembro de 1884
Arma: Exército do Japão
Cargo: Primeiro Ministro e Ministro da Guerra do
Império do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Tojo foi criado em Tóquio por um tenente-general do Exército
Imperial Japonês e logo se graduou com láureas na Escola Militar
como segundo tenente, em 1905. Sempre descrito como um oficial
ambicioso, ele também sempre partilhou ideais militaristas,
supremacistas e expansionistas com o Imperador. Após alguns
cargos burocráticos e após o comando da 24ª Brigada de
Infantaria, assumiu o comando do Exército da Manchúria em 1935,
hoje sob a batuta do general Umezu. A expansão para a Mongólia
foi sua única experiência efetiva em campos de batalha até hoje.
Na tentativa de golpe de Estado em fevereiro de 1936, o
deplorável incidente na capital, Tojo manteve-se fiel ao
Imperador e tomou parte da repressão aos militares revoltosos.
Já como Vice-Ministro da Guerra, Tojo esteve na liderança da
Segunda Guerra Sino-Japonesa e de seu planejamento estratégico,
para logo em seguida comandar por dois anos a Aviação de Guerra
do Japão, introduzindo modernizações a fim de equiparar o Japão
ao que o Ocidente tinha de melhor. Em 1940, Tojo foi nomeado
Ministro do Exército pelo governo Konoe, o qual Tojo sucedeu
como Primeiro Ministro em outubro de 1941. O imperador estava
convicto de que uma guerra com os EUA não somente seria
inevitável, como necessária, portanto nomeou um gabinete que
refletisse esta posição, no lugar de Konoe, que sempre foi visto
como um negociador da paz, e não um estrategista da guerra. Tojo
foi visto como a conexão entre o gabinete e as Forças Armadas
necessária para a condução de uma operação militar que
desferisse um golpe decisivo na frota americana do Pacífico:
Pearl Harbor. Agora Tojo terá em suas mãos o destino das
vontades de Sua Majestade no Pacífico.
Nome: Shigenori Tōgō
Data de nascimento: 10 de dezembro de 1882
Cargo: Ministro das Relações Exteriores do Império
do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Filho de uma tradicional família japonesa, Shigenori Togo
saiu de Kagoshima para estudar letras na Universidade Imperial
de Tóquio e alemão na Universidade Meiji, onde ele iniciou sua
carreira, entrando para o Ministério das Relações Exteriores
após algumas tentativas frustradas.
Em 1913 recebeu o seu primeiro cargo fora do Japão, no
consulado de Mukden na região da Manchúria. Nos anos que se
seguiram, trabalhou na Alemanha, nos Estados Unidos e na Suíça,
retornando ao Japão para fazer parte do Escritório para Assuntos
Norte Americanos. Em 1932, fez parte da missão japonesa para a
Conferência Mundial de Desarmamento em Genebra.
No período pré-guerra, Togo serviu como embaixador japonês
em Berlim e em Moscou, tendo um papel importante na conclusão do
Pacto de Neutralidade Nipônico-Soviético, em 1941, após as
batalhas de Khalkhin Gol. No mesmo ano, voltou ao Japão para
assumir o Ministério das Relações Exteriores.
Togo havia se declarado contrário à guerra antes que essa de
fato se iniciasse, porém vem, desde então, buscando alianças e
tentando políticas que causem menores tensões entre as potências
– inclusive declarando à comunidade internacional que o Japão
respeitaria as Convenções de Genebra sobre a guerra, apesar de
seu país não ser signatário. Recentemente manifestou-se contra a
criação de ministérios especiais dedicados aos territórios
ocupados.
Patente e Nome: Marechal Naval Isoroku Yamamoto
Data de nascimento: 4 de abril de 1884
Arma: Marinha do Japão
Cargo: Comandante da Frota Combinada do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Nascido em Niigata, Isoroku Yamamoto já é considerado como o
maior militar japonês dos mares da história. Responsável pela
modernização da Marinha nipônica após as vitórias sobre os
russos no começo do século XX, ele se formou na Academia Naval
Imperial Japonesa em 1904. Filho adotado da família Yamamoto, de
samurais leais ao imperador, Isoroku serviu em um cruzador
durante a Guerra Russo-Japonesa. Após a guerra, o jovem militar
estudou na Universidade de Harvard nos EUA e tornou-se adido
naval no mesmo país, o que certamente influenciou sua política
pacifista em relação aos ianques. Já no fim dos anos 1920, em
virtude de suas experiências no exterior, Yamamoto trocou de
especialização, deixando de lado a artilharia naval e se
dedicando à aviação embarcada: seu primeiro comando do tipo foi
o porta-aviões Akagi.
Apesar de deter o importante posto de comandante da 1ª
Divisão de Porta Aviões, e apesar de sempre ter sido fiel às
políticas imperiais, o almirante se contrapôs à invasão da
Manchúria em 1931 e à guerra com a China em 1937. Como se não
bastasse, Yamamoto se opôs à aliança Tripartite com Roma e
Berlim e mesmo assim continuou escalando na hierarquia, uma
prova de seu talento, popularidade entre a tropa e a família
real: foi promovido a comandante da Frota Combinada, um posto de
comando naval direto, mais relevante na prática que o Chefe do
Estado-Maior da Marinha.
Conhecido por repetir nos corredores do poder em Tóquio que
as chances de vitória japonesas na guerra seriam limitadas pelo
tempo e pelo petróleo, o almirante foi o planejador do ataque a
Pearl Harbor: a ideia era destruir a frota americana logo no
início, juntamente à tomada de regiões do Sudeste Asiático ricas
em recursos naturais, como Borneo, Malásia e as Filipinas.
Yamamoto se dedica agora aos seus planos de ataque ao resto da
frota americana, adotando a tática de agrupar todas as frotas
japonesas em uma única frota, engrossando o caldo de batalha. O
almirante definitivamente não aprecia as velhas batalhas navais
entre linhas de navios; a tática de uma batalha única e decisiva
– pelos ares do profundo Pacífico - parece ganhar força. Há
boatos de que, após os ataques a Pearl Harbor, o almirante teria
dito que “teme ter acordado um gigante adormecido”.
Patente e Nome: Almirante Matome Ugaki
Data de nascimento: 15 de fevereiro de 1890
Arma: Marinha do Japão
Cargo: Chefe do Estado Maior da Frota Combinada
do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Ugaki nasceu na província de Okayama. Formou-se na Academia
Imperial Naval Japonesa em 1912 e em 1924 no Colégio Naval de
Guerra, após assumir posições em alguns navios. Lecionou na
Escola de Artilharia Naval até 1928, quando foi promovido a
Comandante e enviado em missão à Alemanha. Retornou ao Japão em
1932 e, nomeado Capitão, assumiu seu primeiro comando, o
cruzador Yakumo e o encouraçado Hyuga. Antes apenas tinha
servido como oficial comandante de artilharia nos navios de
guerra.
Ascendeu ao posto de Contra-Almirante em 1938 e, logo depois
do início da Segunda Grande Guerra, tornou-se Chefe do Estado-
Maior da Frota Combinada da Marinha Imperial Japonesa sob o
comando do Almirante Yamamoto. Auxiliou a planejar e realizar o
ataque à Frota Americana do Pacífico em Pearl Harbor no dia 7 de
dezembro de 1941. A autorização ao ataque se deu quando as
perspectivas de negociação com os EUA pareciam esgotadas; a
guerra mostrava-se iminente. Ugaki também terá um papel
estratégico no planejamento das movimentações no Mar de Coral.
Patente e Nome: Almirante Shigetarō Shimada
Data de nascimento: 24 de setembro de 1883
Arma: Marinha do Japão
Cargo: Ministro da Marinha do Império do Japão
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Shimada nasceu em Tóquio e graduou-se na Academia Naval em
1904, onde teve Yamamoto como colega de classe, e no Colégio
Naval de Guerra em 1913. Serviu a bordo de um submarino na
batalha de Tsushima, durante a Guerra Russo Japonesa. Em 1916,
foi enviado à Itália como adido naval, onde serviu até o fim da
Primeira Guerra Mundial. Nomeado chefe de um esquadrão de
treinamento em 1919, permaneceu na Europa. Retornou ao Japão em
1920 no cargo de chefe da Equipe Geral da Marinha e depois
ocupou diversos cargos administrativos. No ano 1929 tornou-se
Contra-Almirante e foi nomeado Chefe do Estado Maior da Segunda
Frota e participou do incidente de Shanghai em janeiro de 1932,
uma escaramuça contra os chineses. Logo depois, foi transferido
para o comando do Departamento de Operações e para o comando do
distrito naval de Kure e Yokosuka.
Comandante em chefe da Segunda Frota em 1937, sucedeu o
Almirante Oikawa em maio de 1940 como Comandante em chefe da
Frota da China, sendo promovido ao posto de Almirante. Novamente
sucedeu Oikawa, como seu indicado, desta vez como Ministro da
Marinha, tendo sido nomeado um pouco antes dos ataques a Pearl
Harbor. Shimada não pretendia aceitar o cargo, havia passado
anos no mar, onde servira a maior parte da vida, de modo que
desconhecia as questões internas do Japão, especialmente as
políticas, com as quais não tinha interesse em se envolver.
Favorável às políticas expansionistas do gabinete do Primeiro
Ministro Tojo, o almirante aceitou o cargo sob a condição de que
a guerra teria início apenas caso as possiblidades de negociação
com os EUA fossem completamente esgotadas.
É importante ressaltar que as questões operacionais de
guerra ficavam a cargo da Marinha Imperial Japonesa, não sendo
da competência do Ministro da Marinha interferir nas operações
em si.
Patente e Nome: Almirante da Frota Osami Nagano
Data de nascimento: 15 de junho de 1880
Arma: Marinha do Japão
Cargo: Chefe do Estado-Maior da Marinha Imperial
Japonesa
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Vindo de uma tradicional família samurai de Kochi, Osami
Nagano sempre se destacou dentro das Forças Armadas pela pró-
atividade no comando de ações. Apresentando-se como um dos
poucos militares de alta patente imperial japonesa que prefere
os recursos práticos aos teóricos, Nagano teve o início de sua
carreira na Marinha durante a guerra russo-japonesa de 1904,
oportunidade em que desenvolveu inúmeros trabalhos em nível
estratégico. Após ter estudado artilharia naval e navegação como
especializações, Nagano se formou em 1909 no Colégio de Guerra
Naval do Japão.
Em meados de 1915, Nagano trabalhou e estudou nos Estados
Unidos, cursando a Faculdade de Direito da Universidade de
Harvard. Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, tornou-se
Comandante após servir no famoso cruzador Iwate, da Segunda
Frota do Japão, combatendo as forças alemãs pela Aliança Anglo-
Japonesa. A participação do jovem militar japonês no cenário de
guerra ao lado dos Estados Unidos ficou ainda mais frequente
quando ele foi indicado para o posto de adido militar em
Washington, em dezembro de 1920.
De volta ao Japão, Nagano logo ingressou para a Terceira
Seção do Estado Maior da Marinha Imperial, já com a patente de
contra-almirante, integrando o alto serviço de inteligência da
Marinha de Guerra nipônica. Após grandes e memoráveis
participações em conferências internacionais sobre forças navais
de guerra, principalmente sediadas na Europa e nos Estados
Unidos, Nagano solidificou sua participação na política japonesa
quando nomeado Ministro da Marinha pelo então Primeiro-Ministro
Koki Hirota, em 1936; logo depois ele acumulou o cargo de
comandante-em-chefe da Frota Combinada do Japão, um cargo
eminentemente de campo, hoje sob o comando do almirante
Yamamoto. Segundo Jon Parshall em sua obra Shattered Sword,
Nagano assumiu o timão de muitas empreitadas na Marinha Imperial
como Chefe do Estado Maior, apesar de nunca ter expressado
grande comprometimento com o planejamento estratégico da
instituição. Após desentendimentos com Yamamoto sobre os ataques
a Pearl Harbor, paira no ar a dúvida sobre seu comprometimento,
uma vez que Nagano sempre se posicionou contrário à guerra com
os americanos.
Patente e Nome: Almirante Chūichi Nagumo
Data de nascimento: 25 de março de 1887
Arma: Marinha do Japão
Cargo: Comandante da Kido Butai – Força de Ataque
Combinada de Navios Aeródromos
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Nagumo solidificou sua importância na Marinha do Japão por
ter comandado a esquadra que atacou base americana de Pearl
Harbor, apesar de alguns o culparem por não ter ordenado uma
terceira onda de ataque aéreo, que provavelmente teria
inutilizado por completo a base aeronaval. Nascido em Yonezawa
em 1887, graduou-se em oitavo lugar numa sala de 191 cadetes
pela Academia Naval Imperial do Japão já em 1908. Ainda como
tenente em 1917, já comandava destroieres da marinha japonesa, e
em 1920 formou-se no Colégio de Guerra Naval. Como vários de
seus colegas, Nagumo também estudou tática e estratégia de
guerra naval na Europa e nos Estados Unidos. Começou trabalhos
administrativos na Marinha no início da década de 1930 e,
durante a invasão japonesa da China, atuou no Mar Amarelo como
Comandante de uma Divisão de Cruzadores. Alinhava-se com o grupo
dentro da Marinha japonesa que se opunha às restrições de
armamentos e tonelagens impostas pelo Tratado Naval de
Washington.
Às vésperas da Guerra do Pacífico, em 1939, Chuichi Nagumo
foi promovido a vice-almirante. Apesar de ocupar uma posição
arcaica no comando da Marinha, Nagumo foi escolhido, sob
diversas críticas do Almirante Tsukahara, para chefiar a
Primeira Frota Aeronaval da Marinha Japonesa, corpo estratégico
com alguns dos principais porta-aviões do Oceano Pacífico à
época. Segundo Tsukahara, Nagumo era “um oficial da antiga
escola, um especialista de torpedo e manobras de superfície
[...] Ele não tinha a menor ideia da capacidade e potencial da
aviação naval”.
Sofrendo seriamente de artrite e cansaços pela velhice
aliada ao serviço incansável, Nagumo ainda seguiu seus trabalhos
pela flâmula imperial do Japão com características louváveis
reconhecidas por todos os seus companheiros de guerra: mesmo sob
os efeitos do passar do tempo, dedicava-se inteiramente aos
planos táticos das operações que encabeçava, avaliando de forma
quase que interminável seus trabalhos antes de completá-los. Por
fim, em fevereiro Nagumo comandou o bombardeio a Darwin.
Chuichi Nagumo é tido pela alta esfera das Forças Armadas
japonesas como uma referência da integração entre as forças
navais e aeronáuticas do Japão, firmando sua importância
singular para a vitória marítima do Império no Pacífico.
Patente e Nome: Marechal de Campo Hajime Sugiyama
Data de nascimento: 1º de janeiro de 1880
Arma: Exército do Japão
Cargo: Chefe do Estado Maior do Exército Imperial
Japonês
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Nascido em uma antiga família de samurais de Fukuoka, Hajime
Sugiyama serviu na Guerra Russo-Japonesa após sua formatura na
Academia do Exército Imperial do Japão, após a qual graduou-se
no Colégio de Oficiais do Exército. Na sequência foi postado
como adido militar nas Filipinas, Singapura e na Índia
Britânica, período no qual se dedicou aos estudos do emprego de
aeronaves em combate. Foi recompensado com uma promoção a
tenente-coronel em 1918 e recebeu o comando do Segundo Batalhão
Aéreo, tornando-se quatro anos depois o primeiro chefe do
Serviço Aéreo do Exército Imperial do Japão, o predecessor da
Força Aérea nipônica. Em 1930 ele se tornou o Vice-Ministro da
Guerra e após alguns anos voltou ao comando do braço aéreo do
Exército, quando logo depois foi promovido a general.
Sugiyama sempre foi considerado um hábil político
nacionalista, e foi um dos maiores responsáveis pela escalada do
conflito com a China, principalmente após a invasão da província
de Shanxi. Nomeado Ministro da Guerra em 1937, foi um dos
principais comandantes das forças japonesas na Segunda Guerra
Sino-Japonesa, que ainda transcorre. Já em setembro de 1940,
Sugiyama recebeu o fundamental cargo de Chefe do Estado-Maior do
Exército Imperial do Japão, sendo um dos principais defensores
da guerra com os Estados Unidos e seus aliados, além de defender
o expansionismo no Sudeste Asiático, uma política de Estado.
Após ter recebido reprimendas do imperador pela campanha ter-se
prolongado em demasia na China, ele é ainda prestigiado nos
círculos internos de poder da Terra do Sol Nascente.
Patente e Nome: General Yoshijirō Umezu
Data de nascimento: 4 de janeiro de 1882
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do Exército do Kwantung (Manchukuo
ou Manchúria)
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Nascido em Nakatsu, Umezu graduou-se na Academia do Exército
Imperial Japonês em 1903, servindo na infantaria. Poucos anos
depois, formou-se no Colégio de Oficiais do Exército com
distinção, sendo enviado para a Europa para continuar seus
estudos e, durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como
observador militar. Ao fim da guerra, foi para a Suíça como
adido militar da missão diplomática.
Tornou-se membro da chamada Tōseiha, - ao lado de Tojo e
Sugiyama – uma facção política conservadora dentro do Exército.
Durante o período entre guerras, cresceu em sua carreira militar
e lecionou no Colégio de Oficiais do Exército, após ter
comandado regimentos de infantaria. Durante a década de 1930,
participou de campanhas na China, até que, em 1936, foi chamado
de volta ao Japão para tornar-se Vice-Ministro da Guerra. Dois
anos depois, voltou à China com o comando do 1º Exército e, logo
depois, assumiu como comandante-em-chefe do Exército do
Kwantung, sendo, também, promovido a general. É um homem de
estratégias agressivas e pulso firme.
Patente e Nome: General Conde Hisaichi Terauchi
Data de nascimento: 8 de agosto de 1879
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do Grupo de Exército Expedicionário
do Sul
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Terauchi nasceu Yamaguchi, filho do Primeiro Ministro
Terauchi Masatake. Graduou-se, em 1900, na Academia do Exército
Imperial do Japão, na sequência serviu na Guerra Russo-Japonesa
e logo depois novamente graduou-se no Colégio de Oficiais do
Exército. Antes de ser condecorado com o título de nobreza de
conde, Terauchi serviu como adido militar na Alemanha e alguns
anos depois já ostentava a patente de major-general.
Em 1927, Terauchi assumiu a chefia do Estado-Maior do
Exército Chosen, que ocupava a Coréia. Logo em seguida foi
promovido a tenente-general e tornou-se comandante da 4ª, 5ª
Divisões de Infantaria do Exército e do Exército Japonês de
Taiwan. Em 1935, já como general, Terauchi se envolveu com a
facção política Kodoha, promotora de ideias militaristas,
fascistas e expansionistas. Após o incidente de 1936, ele
assumiu o comando do Exército do Norte da China, onde serviu
bravamente na Segunda Guerra Sino-Japonesa, onde foi condecorado
com a Ordem do Sol Nascente, primeira classe.
Já no fim de 1941, Terauchi assumiu seu atual comando, o
Grupo de Exército Expedicionário do Sul, que atuará em toda a
área do Sudeste Asiático na Guerra do Pacífico.
Patente e Nome: Marechal de Campo Shunroku Hata
Data de nascimento: 26 de julho de 1879
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do Exército Expedicionário da
China
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Filho de um samurai de Fukushima, Shunroku Hata também
estudou na Academia do Exército Imperial do Japão. Logo cedo
lutou na Guerra Russo-Japonesa e, em 1912, serviu como Adido
Militar na Alemanha. Permaneceu na Europa como observador até o
fim do conflito, quando, em 1919, integrou a delegação japonesa
no Tratado de Versalhes. Hata acreditava que uma cooperação
entre a Europa e a Ásia levaria a comunidade internacional a uma
Nova Ordem Mundial. Foi em sua experiência no continente europeu
que Hata desenvolveu ideias e inclinações a um radicalismo
militar extremamente ligado ao discurso nacionalista e imperial,
armas preciosas que o militar utilizaria em sua retórica durante
toda a sua carreira.
Quando retornou ao Japão foi promovido a major-general e
comandou a Quarta Brigada de Artilharia de Campo Pesada no ano
de 1926. Logo ingressou na área estratégica das Forças Armadas
e, passando por diferentes escritórios, trabalhou no comando de
planejamentos do Estado Maior do Exército Imperial Japonês. Em
1928 foi nomeado Chefe do Primeiro Bureau do Estado Maior do
Exército. Às vésperas da Guerra do Pacífico foi promovido a
tenente-general e, paralelamente, iniciou trabalhos como
Inspetor Geral da Formação de Artilharia. No curto período entre
1939 e 1940 quando Hata assumiu o Ministério da Guerra, teve
papel importante na queda do governo Yonai por ter renunciado ao
seu cargo.
Em 1941 comandou a Força Expedicionária do Japão na China, e
por ter feito parte do planejamento desse grupo de ações das
Forças Armadas Japonesas, Shunroku Hata esteve intimamente
envolvido com crimes gravíssimos contra a população chinesa
durante a invasão.
Mantendo a característica de obter rápidas promoções no
exercício de trabalhos estratégicos, Hata também ficou conhecido
pelo seu radicalismo no processo de tomadas de decisões. Segundo
o Marechal, “não devemos perder a oportunidade para sermos
culpados na posteridade”.
Patente e Nome: Marechal de Campo Príncipe Naruhiko
Higashikuni
Data de nascimento: 3 de dezembro de 1887
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do Comando Geral de Defesa Nacional
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Naruhiko Higashikuni nasceu em Kyoto e foi o nono filho na
linhagem de herdeiros do Príncipe Kuni Azahiko, sendo também
meio irmão do príncipe Kuniyoshi, o pai da imperatriz Kojun,
mulher do imperador Hirohito. Iniciou seus estudos na Academia
do Exército Imperial do Japão em 1908. No início da década de
1920 ingressou na Politécnica de Paris e na Escola Militar
Especial de Saint-Cyr, também na França. Há registros históricos
que afirmam que, na Europa, o Príncipe investiu em uma vida de
luxo e de distrações, escolha que o impediu de regressar ao
Japão até mesmo após a morte de seu segundo filho. Naruhiko foi
buscado à força por oficiais diplomáticos japoneses em Paris, e
quando retornou ao Japão ingressou no Estado Maior do Exército
Imperial Japonês como major-general.
Durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa obteve destaque após
trabalhar para o Serviço Aéreo do Exército Imperial Japonês até
1938, ano em que, segundo o historiador japonês Yoshiaki
Yoshimi, o Príncipe autorizou o uso de gases tóxicos contra
militares e civis chineses em agosto.
Ao início da Segunda Guerra Mundial, Naruhiko foi apontado
pelo então Primeiro Ministro Fumimaro Konoe para assumir o cargo
e primeiro ministro. Apesar de ter sido apoiado pela Marinha e
pelo Exército, Naruhiko não foi o preferido do Imperador
Hirohito e do Lorde Protetor do Selo Imperial, que encontraram
no General Tojo a melhor indicação para o ofício, além do que
indicar para o posto um membro da família real exporia a realeza
a críticas diretas pela condução da guerra.
Durante a Guerra do Pacífico, Naruhiko trabalha no Comando
Geral de Defesa Nacional, cargo encarregado da proteção e
segurança, mostrando ao Japão que a Casa Real de Higashikuni
lutou, durante a guerra, pela proteção de seu selo e de seus
súditos.
Patente e Nome: General Hitoshi Imamura
Data de nascimento: 28 de junho de 1886
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do 16º Exército (Índias Orientais
Holandesas)
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Filho de um juiz de Sendai, Imamura se graduou na Academia
Imperial Militar do Japão em 1907 e no Colégio de Guerra do
Exército em 1915. Logo em seguida foi enviado ao Reino Unido
como adido militar, e em 1927 assumiu o mesmo posto na Índia,
protetorado britânico. No incidente de janeiro de 1932 na China,
Imamura comandou o 57º Regimento de Infantaria na repressão aos
chineses. Na volta ao Japão, foi nomeado comandante da Escola do
Exército de Narashino, e em seguida foi promovido a major-
general, podendo comandar brigadas. Em 1936 assumiu o vice-
comando do Exército do Kwantung, mas foi convocado de volta ao
Japão para comandar outra escola militar. Já na Segunda Guerra
Sino-Japonesa, Imamura comandou a 5ª Divisão de Infantaria.
Imamura subiu no prestígio dentro do Exército ao ser nomeado
vice-inspetor geral de treinamento militar. Antes de assumir o
16º Exército, o general comandou o 23º. Liderou o ataque às
Índias Orientais Holandesas em 1941, mas, em um episódio muito
conhecido, teve que nadar até a praia após seu navio ter sido
afundado. Agora, Imamura também está envolvido nos planejamento
da operação de ataque à Nova Guiné.
Patente e Nome: General Tomoyuki Yamashita
Data de nascimento: 8 de novembro de 1885
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do 25º Exército (Malásia e
Filipinas)
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Natural de Osugi, e formado tanto na Academia Militar de
Hiroshima como na Faculdade de Guerra Japonesa, Tomoyuki era um
oficial bastante habilidoso. Serviu como adido militar nas
capitais suíça e alemã. Entretanto, por conta de sua leniência
com os oficias rebeldes em 1936, perdeu parte da confiança do
imperador Showa. Mais tarde, por conta da sua campanha pelo fim
da guerra com a China e relações pacíficas com os Estados Unidos
e Reino Unido, o oficial foi enviado para o Exército do Kwantung
como comandante de brigada, onde combateu insurgentes chineses
contra a ocupação nipônica. Logo depois foi enviado para as
potências europeias do Eixo, onde se encontrou com Mussolini e
Hitler, carregando despachos do imperador.
No final de 1941, já tendo assumido o comando do 25º
Exército, liderou a vitória sobre as possessões britânicas no
Sudeste Asiático, derrotando os soldados da Commonwealth e
fazendo diversos prisioneiros. Por conta dessa vitória, ficou
conhecido como o “Tigre da Malásia”. Sua missão será manter a
ocupação japonesa da área.
Patente e Nome: Major-General Tadamichi Kuribayashi
Data de nascimento: 7 de julho de 1891
Arma: Exército do Japão
Cargo: Comandante do 23º Exército (Hainan, China e Iwo
Jima)
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Tadamichi Kuribayashi foi parte da quinta geração de sua
família a servir ao imperador como samurai. Desde muito cedo,
mostrou sua aptidão para a literatura, mas quando se formou, em
1911, foi persuadido a seguir a carreira militar e entrou para a
Academia Imperial do Exército Japonês.
Formado com distinção na Academia do Exército, na Escola
Militar de Cavalaria e no Colégio Militar de Guerra, Kuribayashi
foi designado, em 1928, para ser um adido militar à missão
diplomática em Washington. Durante os três anos nos quais esteve
nos EUA, viajou por todo o país em pesquisas e chegou a estudar
em Harvard. De volta ao Japão, foi promovido a major e, pouco
depois, foi para o Canadá, novamente como adido militar. Em
1933, novamente de volta a casa, tornou-se tenente-coronel e
passou a servir no Estado Maior do Exército Imperial Japonês.
Em 1941, já com a patente de major-general, Kuribayashi foi
designado como Comandante do 23º Exército, tendo importante
papel na invasão de Hong Kong.
Patente e Nome: Major-General Kiyotomi Okamoto
Data de nascimento:
Arma: Exército do Japão
Cargo: Chefe da Seção Central Especial de Inteligência
Influência dentro das forças armadas:
Influência no governo japonês:
Tática e Estratégia:
Okamoto já representou os interesses militares do Império do
Japão em Berna, na Suíça, como adido militar no período
imediatamente anterior ao início da Segunda Guerra Mundial.
As principais tarefas de seu Bureau de Inteligência são
manter um canal de comunicação efetivo com os aliados alemães e
italianos e, principalmente, interceptar comunicações, quebrar
códigos e criar distrações entre a comunicação dos Aliados na
área do Pacífico. Quando da criação do Bureau, havia o intento
de conseguir uma paz duradoura entre soviéticos e alemães,
objetivo que foi abandonado em junho de 1941 quando do início da
Operação Barbarossa.
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