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número 87 | 1ª edição | março de 2012

Matérias

América Latina e Caribe devem ficar alertas para risco de recessão mundial e insegurança alimentar. pág 02

ARTIGO >> Consumo diário de carne vermelha aumenta risco de morte. pág 03

Promover uma alimentação de qualidade nas escolas. Esta é a finalidade do Projeto de Lei n° 135/11, de autoria do deputado Betinho Gomes (PSDB), aprovado, com um substitutivo, na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe. A matéria prevê a presença de nutricionista nas instituições educacionais de Ensinos Fundamental e Médio.

O novo texto, sugerido pelo relator, deputado Aluísio Lessa (PSB), torna a iniciativa obrigatória apenas para a rede privada. O argumento é que os bons níveis educacionais também são resultantes de alunos bem alimentados e aptos a desenvolver todo o potencial de aprendizagem.

O objetivo é incentivar hábitos alimentares saudáveis. Segundo Betinho Gomes, quando

Fonte: Diário Oficial do Estado de Pernambuco

Já experimentou o serviço de Autoatendimento que o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região oferece através do site www.crn6.com.br? A partir dessa ferramenta on-line, é possível realizar inscrições, emissões de certidões e boletos, consulta de cadastros, negociações e parcelamento de débitos.

o consumo destes nutrientes é adequado, isto é, ajustado às necessidades individuais, as crianças apresentam melhor desempenho escolar e mais facilidade de assimilar conhecimentos.

Durante o encontro, realizado no último dia 6, os parlamentares também distribuíram dez proposições e aprovaram outras oito.

Na opinião do presidente da Comissão, deputado Raimundo Pimentel (PSB), as proposições analisadas e acatadas são de grande relev ância. O Projeto n° 135/11 é muito importante, uma vez que, com a presença dos nutricionistas nas instituições educacionais, os alunos podem ser orientados a prevenir a obesidade. Atualmente, temos observado um crescimento epidêmico no que se refere ao número de pessoas obesas, alertou Pimentel.

Presença de nutricionista pode se tornar obrigatória em colégiosMatéria recebeu parecer favorável na Comissão de

Constituição, Legislação e Justiça

Serviço de Autoatendimento

Boletim eletrônicoquinzenal do Conselho Regional

de Nutricionistas - 6ª região

Diretoria do CRN-6Presidente

Nancy AguiarVice-PresidentePatrícia Santos

TesoureiroRodrigo Silveira

SecretáriaIvany Amaral

Redação e Projeto GráficoMulti Comunicação Corporativa

número 87 | 1ª edição | março de 2012

América Latina e Caribe devem ficar alertas para risco de recessão mundial e insegurança alimentar

A incerteza marca o cenário econômico mundial e coloca os governos da América Latina e Caribe em estado de alerta sobre a ameaça que uma recessão poderia representar para a segurança alimentar, informa o Escritório Regional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Segundo o boletim trimestral de segurança alimentar da FAO, menos postos de trabalho e geração de renda estão afetando o acesso da população aos alimentos. As projeções de crescimento da economia mundial foram revistas para baixo em 2012. O crescimento mais lento da economia global implicará em uma redução do ritmo do comércio internacional, o que provavelmente terá efeitos sobre os preços dos produtos básicos.

Na Argentina, devido à seca, a expectativa de queda na produção de cereais é de cerca de 12%. No Brasil também se observa uma redução significativa na safra de trigo: a queda na produção chegou a 16% entre 2011/12 e 2010/11, por causa de geadas e reduções das áreas plantadas.

Também há previsão de queda da produção de milho na América Central e no México, onde as geadas do ano passado causaram reduções de 9% nas colheitas.

As recentes enchentes registradas em Honduras, na Nicarágua e em El Salvador também podem afetar a produção.

O estoque de cereais no ano passado registrou 10 milhões de toneladas a mais do que em 2010. A produção também aumentou: as estimativas da FAO apontam para um nível recorde de produção de 2,3 milhões de toneladas, 3,5% a mais do que 2010/11.

Segundo o boletim, os governos da América Latina e Caribe estão enfrentando corretamente a alta volatilidade dos preços dos alimentos. Muitos conseguiram ampliar seus programas de transferência de renda, os quais garantem o acesso aos alimentos de boa parte da população pobre da região. O bloco registra inflação relativamente baixa e estável, na casa dos 7%.

Fonte: http://www.onu.org.br/fao-america-latina-e--caribe-devem-ficar-alertas-para-risco-de-recessao--mundial-e-inseguranca-alimentar/

Segundo o boletim trimestral de segurança alimentar da FAO, menos postos de trabalho e geração de renda estão afetando o acesso da população aos alimentos.

número 87 | 1ª edição | março de 2012

O artigo está disponível em inglês no http://archinte.ama-assn.org/cgi/content/full/archinter-nmed.2011.2287.

Os artigos publicados neste boletim são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião do Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª região.

Artigo

Um estudo realizado pela Universidade de Harvard e publicado no jornal Archives of Internal Medicine, na última segunda-feira (12), apontou que a ingestão de uma porção diária de carne vermelha processada pode aumentar o risco de morte prematura nas pessoas em até 20%. Para quem se alimenta com frequência das carnes vermelhas que não são processadas, o risco de óbito passa a ser de 13%, segundo a publicação.

A pesquisa norte-americana também divulgou que a carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas e do câncer. Ao todo, o levantamento se baseou em um banco de dados referentes a mais de 120 mil pessoas residentes nos Estados Unidos. Ao longo de 22 anos, os especialistas acompanharam 37.698 homens. Já as 83.644 mulheres foram estudadas durante 28 anos.

A cada quatro anos, os participantes foram observados e responderam questionários sobre seus hábitos alimentares. A partir desse acompanhamento, os pesquisadores constataram que de sete a nove por cento das mortes contabilizadas poderiam ter sido evitadas se todos os participantes consumissem menos de 0,5 porção diária de carne vermelha.

O estudo da Universidade de Harvard também apontou que a carne vermelha processada demonstrou conter ingredientes como gorduras saturadas, sódio, nitritos e outras substâncias, vinculadas a muitas doenças crônicas, inclusive doenças cardíacas e câncer. Assim, a pesquisa sugere que a população substitua a carne vermelha em suas dietas por peixe e carne de aves, de forma a diminuir o risco de mortalidade.

Outros números apresentados pelo levantamento dizem respeito à substituição da carne vermelha por nozes, o que representou a queda de 19% nas taxas de mortalidade, enquanto o consumo de aves e grãos inteiros diminui em 14%. Por fim, os pesquisadores defenderam que a ingestão de peixes reduziu em 7% os riscos de morte.

A pesquisa foi realizada pelos cientistas An Pan, Adam M. Bernstein, Qi Sun, Matthias B. Schulze, Joann E. Manson, Meir J. Stampfer, Walter C. Willett e Frank B. Hu.

Consumo diário de carne vermelha

Departamento de Nutrição e Epidemologia da Universidade de Saúde Pública de Harvard

aumenta risco de morte