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Boletim Informativo Aquaviário 2° Trimestre - 2017
Hidrovia Tietê-Paraná
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Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), 2017
SEPN Quadra 514 Conjunto E Edifício ANTAQ
CEP: 70760-745
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade (SDS)
Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho (GEA)
Equipe Técnica
Arthur Yamamoto - Superintendente de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade
Fernando Antônio Correia Serra - Gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho
Richard Moreira Cortes - Especialista em Regulação – Coordenação
Leopoldo Heitor Capelini Kirchner - Especialista em Regulação - Revisão
Ricardo de Lima Teixeira – Técnico em Regulação – Revisão
Wesley Alves Mesquita - Especialista em Regulação – Colaboração GDE
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Sumário
CENÁRIO ECONÔMICO ........................................................................................................................................................ 4
ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS ..................................................................................................................... 5
PORTOS ORGANIZADOS ................................................................................................................................. 6
TERMINAIS DE USO PRIVADO (TUP) ............................................................................................................... 8
ANÁLISE POR PERFIS DE CARGAS ..................................................................................................................................... 9
GRANÉIS SÓLIDOS ........................................................................................................................................... 9
GRANÉIS LÍQUIDOS ....................................................................................................................................... 10
CARGA GERAL ............................................................................................................................................... 11
i) Carga Geral Solta .............................................................................................................................. 11
ii) Movimentação de Contêineres ......................................................................................................... 11
TIPOS DE NAVEGAÇÃO .......................................................................................................................... 13
LONGO CURSO.........................................................................................................................................................................13
CABOTAGEM...............................................................................................................................................14
INTERIOR.....................................................................................................................................................15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................................................16
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CENÁRIO ECONÔMICO
O Fundo Monetário Internacional prevê, na
atualização de seu Panorama Econômico Mundial,
assim como ocorreu em abril, um crescimento mundial
de 3,5% este ano, além de ter mantido uma projeção
de 3,6% para o ano de 2018. Contudo, a entidade
adverte para uma leve diferenciação nas contribuições
de cada economia nacional.
Para o FMI, os EUA devem apresentar uma expansão de 2,1% em 2017, com baixa de 0,2 ponto percentual em comparação à sua previsão de abril. Para 2018, espera um crescimento de 2,1%, ante os 2,5% previstos anteriormente, uma queda de 0,4pp.
Em sua revisão das estimativas feitas em abril, o FMI indicou que sua expectativa de menor crescimento nos Estados Unidos e no Reino Unido se equilibra pelo bom desempenho da zona do euro e do Japão, bem como a continuidade da trajetória da economia na China. Dessa forma, o Fundo revisou para baixo a previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2017 e 2018, ao presumir que a política fiscal será menos expansiva do que o previsto.
No relatório "Perspectivas Econômicas Globais",
divulgado em julho deste ano, o FMI elevou, de 0,2%
para 0,3%, a previsão de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2017. De acordo com
a entidade, a melhora na projeção para a economia
brasileira em 2017 se justifica pelo "forte" resultado do
PIB no segundo trimestre, atingindo um crescimento de
1% quando comparado ao quarto trimestre de 2016.
Segundo o IBGE, a alta do PIB brasileiro, no
primeiro trimestre de 2017, foi puxada principalmente
pelo resultado do setor agropecuário, que apresentou
crescimento de 13,4% entre janeiro e março, o que
representa a maior expansão em mais de 20 anos.
Em relação a 2018, contudo, o relatório aponta
que "a fraca demanda doméstica e o aumento da
incerteza política e de políticas, vão se refletir em um
ritmo mais moderado de recuperação e, portanto, na
projeção de um crescimento menor em 2018." Dessa
forma, a estimativa baixou de 1,7% para 1,3% a
previsão para a alta do PIB em 2018.
Já em relação à inflação, o FMI reduziu todas
as estimativas. A projeção do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) baixou de 4,4%
para 4% em 2017, além de uma redução de 4,3% para
4% no ano de 2018. Para o período de 2019 a 2022, o
órgão estima inflação oficial também de 4% ao ano.
De acordo com o FMI, a recessão abriu espaço
para a queda da inflação, por causa da redução da
demanda, e para a melhoria das contas externas,
porque o Brasil passou a importar menos nos últimos
anos. A desinflação, ressaltou o Fundo, abre espaço
para que o Banco Central continue a reduzir os juros
básicos da economia.
Já o Relatório de Mercado Focus, divulgado na
manhã do dia 17 de julho pelo Banco Central, mostra
que o mercado baixou a previsão do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial
do país – de 3,38% para 3,29%. Foi a sétima queda
seguida do indicador.
Para 2018, a previsão do mercado financeiro
para a inflação caiu de 4,24% para 4,20%, sendo a
sexta redução consecutiva. Na prática, as projeções de
mercado divulgadas agora no Boletim Focus indicam
que a expectativa é que a inflação fique abaixo do
centro da meta, de 4,5%, tanto em 2017 quanto em
2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5
ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).
Ainda de acordo com a pesquisa Focus, a
mediana das expectativas para a expansão do Produto
Interno Bruto (PIB), em 2017, se mante em 0,34%. Em
abril a perspectiva era de avanço de 0,43%. Para 2018,
a estimativa para o crescimento da economia
permaneceu em 2%.
Com exportações no valor de US$ 57,3 bilhões e importações de US$ 35,4 bilhões, a balança comercial brasileira registrou um superávit para o segundo trimestre do ano, no valor aproximado de US$ 21,8 bilhões, conforme informou o MDIC. O saldo comercial positivo nos seis primeiros meses deste ano foi puxado por uma alta de 19,3% nas exportações, que fecharam o mês em US$ 107,7 bilhões. As importações subiram menos e fecharam o semestre em US$ 71,5 bilhões, alta de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. O perfil da balança comercial demonstra que a alta das exportações é resultado, principalmente, de um aumento nos preços dos produtos brasileiros no mercado externo. No primeiro semestre, o valor exportado subiu 17,6%, em média, enquanto o volume exportado aumentou 1,8%. Já nas compras brasileiras no exterior, os preços subiram menos. O valor médio dos produtos desembarcados cresceu 4,2%, enquanto o volume importado subiu 2,9%. No acumulado do ano, houve aumento dos embarques de produtos básicos (27,2%), semimanufaturados (17,5%) e manufaturados (10,1%). Entre os principais produtos com alta nas receitas, segundo o MDIC, estão o petróleo, minério de ferro, açúcar, óleos combustíveis, veículos de carga e automóveis de passeio.
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Entre janeiro e junho deste ano, os principais compradores dos produtos brasileiros com aumento de embarques foram os países da Ásia, do Oriente Médio e da América Central e Caribe. Na comparação com o segundo semestre de 2016, as importações também continuam subindo. Os principais produtos comprados pelo Brasil, com aumento nas importações, foram combustíveis e lubrificantes, bens intermediários e bens de consumo. O Brasil comprou principalmente da Oceania, dos Estados Unidos e de países da África. Além da balança comercial, a produção
industrial também é um bom indicador de como se
comportarão as estatísticas de movimentação
portuária. No relatório Focus, agora divulgado, as
projeções para a produção industrial para este ano
tiveram uma leve piora. O avanço projetado para 2017
recuou de 0,97% para 0,83%. Há um mês, estava em
0,55%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento
da produção industrial saiu de 2,30% para 2,26%, ante
o índice de 2,30% de quatro semanas antes.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) aumentou a estimativa de colheita da safra de
grãos para 2017. A produção de grãos na safra agrícola
de 2017 pode chegar a 240,3 milhões de toneladas,
com um aumento de 30,1% ou 55,6 milhões de
toneladas frente às 184,7 milhões de toneladas da safra
passada.
A área a ser colhida também deve ser maior, com
61 milhões de hectares, o que representa um
acréscimo de 7% frente à área colhida em 2016, que
foram de 57,1 milhões de hectares. São esperados
recordes na produção da soja, com aumento de 19,5%,
totalizando 114,8 milhões de toneladas, além do milho
(97,7 milhões de toneladas), com aumento de 53,5%
frente ao ano de 2016.
A Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) também divulgou a 10ª estimativa da atual
safra 2016/2017, na terça-feira (11/07). A expectativa é
que a produção de grãos chegue a 237,2 milhões de
toneladas, com um aumento de 27,1% ou 50,6 milhões
de toneladas frente às 186,6 milhões de toneladas da
safra passada.
De acordo com a Conab, a supersafra atual se
deve a condições climáticas favoráveis e ao aumento
da produtividade média de todas as culturas, com
destaque para soja e milho, que tiveram alto nível de
aplicação tecnológica.
ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS
O cenário nacional demonstrou sinais de melhora quanto a expectativa de inflação e a atividade econômica nesse segundo trimestre de 2017. O desempenho do setor portuário brasileiro, nesse segundo trimestre, foi afetado principalmente quanto a movimentação de commodities, com crescimento de 4,4% no grupo de Minérios e 2,9% em Sementes e Frutos oleaginosos.
As estatísticas de movimentação portuária
mostram que os Portos Organizados e os Terminais Privados (TUPs) movimentaram 270,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período de 2016, totalizando um acréscimo de 11,3 milhões de toneladas. (Figura 1).
Em relação aos TUPs, houve um aumento de
7,1%, nesse segundo trimestre, quando comparado ao
mesmo período do ano passado, encerrando uma
sequência de duas quedas consecutivas em sua
movimentação. No primeiro trimestre de 2017, o
aumento havia sido da ordem de 8,8% frente ao mesmo
período de 2016.
Já os portos organizados apresentaram queda
de 0,5% no segundo trimestre de 2017, quando
comparado com o mesmo trimestre de 2016.
A figura 1 nos mostra a evolução da
movimentação de cargas nas instalações portuárias
brasileiras, onde podemos observar um crescimento de
5,4% desde o segundo trimestre de 2015 até o atual.
Figura 1. Total Geral de Cargas – Evolução trimestral da
Movimentação (em milhões de toneladas): 2015-2017.
Fonte: SDP.
256,8
267,9259,3
234,9259,3
261,7
244,8 246,9
270,6
89,7 93,7 89,6 82,793,6 89,8
76,8 81,393,2
167,1174,2
169,7152,2
165,7
171,9
168 165,6177,4
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
Total Movimentado Portos Organizados
Terminais Privados
6
No segundo trimestre de 2017, os destaques entre os grupos de mercadorias de maiores movimentações no período continuam sendo: o grupo de Minérios (107,7 milhões de toneladas, acréscimo de 4,4%) e Combustíveis Minerais (56,8 milhões de toneladas, acréscimo de 2,9%).
Por outro lado, surgiram também destaques
negativos: a movimentação de Contêineres (24,9 milhões de toneladas, recuo de 0,9%) e os Resíduos do óleo de soja (3,7 milhões de toneladas, queda de 9%).
O granel sólido continua com sua participação
significativa na movimentação total de cargas do país, da ordem de 65,2%, conforme se pode observar na Figura 2. Ao se analisar os dez principais grupos de mercadorias movimentados nas instalações portuárias do país, vemos que eles responderam por 93,9% da tonelagem de cargas no trimestre, sendo que o minério de ferro, sozinho, correspondeu a 39,8% do total.
Figura 2. Participação por perfil de carga (%) – 2º trimestre
de 2017. Fonte: SDP.
Conforme citado inicialmente, observou-se um recuo por parte dos portos organizados, em termos de tonelagem movimentada, no comparativo trimestral, de 0,4 milhões de toneladas.
No caminho contrário, houve um acréscimo de
11,7 milhões de toneladas nos terminais de uso privado, responsáveis pela maior parte da movimentação de cargas no Brasil. Dada a movimentação do trimestre, 65,6% se concentrou nessas instalações, enquanto que 34,4% ocorreu nos portos organizados (Figura 3).
Figura 3. Distribuição da movimentação de carga por tipo de
instalação – 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
PORTOS ORGANIZADOS
No segundo trimestre de 2017, os portos
organizados movimentaram aproximadamente 93,2
milhões de toneladas de carga bruta, recuo de 0,5% em
relação ao mesmo período do ano de 2016.
O bom desempenho do grupo de Cereais
(+63,9%) e Adubos (+15,4%), não foram suficientes
para equilibrar as perdas de movimentação que
ocorreram nos grupos de Minérios (-18,1%);
Combustíveis Minerais (-0,8%) e Açúcares (-1,9%).
Os dez principais portos organizados, em
movimentação, conforme listados na Tabela 1,
movimentaram aproximadamente 81,2 milhões de
toneladas, o que corresponde a 87,2% da
movimentação total dos 31 portos organizados que
registraram operação nesse segundo trimestre.
Podemos destacar, desta forma, o crescimento
da movimentação nos portos organizados de
Paranaguá, com crescimento de 3,9%; Itaqui, que
registrou um avanço da ordem de 4% e São Francisco
do Sul, que obteve uma alta de 7% na comparação
entre os segundos trimestres de 2016 e 2017.
O Porto de Paranaguá movimentou 11,7
milhões de toneladas. O destaque fica com a
movimentação de Cereais, que somou 0,7 milhões de
toneladas, acréscimo de 132% em relação ao mesmo
trimestre de 2016.
O Porto de Itaqui, no segundo trimestre,
registrou a 5ª colocação no ranking de movimentação
dos portos organizados, atingindo a marca de 5,6
milhões de toneladas, devido especialmente ao
desempenho positivo de alguns grupos de
mercadorias, tais como Sementes e Frutos oleaginosos
(+36,7%), Adubos (+35,5%) e Cobre (+14,5%),
conforme pode ser observado na tabela 1.
Um dos destaques negativos ficou para Itaguaí,
que na comparação com o mesmo trimestre de 2016
registrou queda de 14,9%. Essa redução pode ser
explicada pela queda acentuada no grupo de Minérios
(-19,8%), principal mercadoria que passa por esse
porto.
O porto de Suape também apresentou recuo na
movimentação de cargas do segundo trimestre de 2017
(-13,5%), puxada pela queda no grupo de Combustíveis
Minerais (-19,5%), que corresponde a praticamente
70% da movimentação total do porto.
20,5%
65,2%
5,1% 9,2%
Granel Líquido Granel SólidoCarga Geral Contêiner
34,4%
65,6%
Portos Organizados Terminais Privados
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Tabela 1. Principais Portos Organizados em Movimentação -
2°T 2017. Fonte: SDP.
PORTOS Milhões de toneladas
Var % 2016-II / 2017-II
SANTOS 27,4 6,5%
ITAGUAÍ (SEPETIBA) 13,0 -14,9%
PARANAGUÁ 11,7 3,9%
RIO GRANDE 7,3 1,8%
ITAQUI 5,6 4,0%
SUAPE 5,4 -13,5%
VILA DO CONDE 3,7 -17,8%
SÃO FRANCISCO DO SUL 3,5 7,0%
SANTARÉM 2,0 -0,5%
ARATU 1,6 -0,2%
TODOS OS PORTOS 93,2 -0,5%
Em relação ao porto de Santos, conforme pode
ser observado na Figura 4, a movimentação total
alcançou 27,4 milhões de toneladas de cargas brutas
movimentadas. Destaque para o grupo de
Combustíveis (+28,6%), Adubos (+39,3%) e Cereais
(+203%). Já o grupo de Açucares, apresentou, no
segundo trimestre, queda de 4,2% em sua
movimentação.
No agregado, o porto de Santos teve um
avanço de 6,5% na movimentação total de cargas
brutas, continuando com larga vantagem na liderança
do ranking de movimentação dos portos organizados.
Figura 4. Evolução trimestral das principais mercadorias
movimentadas no porto de Santos (em milhões de toneladas).
Fonte: SDP.
As 10 principais mercadorias movimentadas,
apresentadas na figura 5, representam 92% do total da
movimentação nos Portos Organizados. O maior
destaque, nesse trimestre, vai para o grupo de Cereais,
o qual teve crescimento de 63,9% na comparação com
o mesmo período de 2016.
Figura 5. Principais mercadorias movimentadas nos Portos
Organizados (em milhões de toneladas) - Comparação
Trimestral: 2016/2017. Fonte: SDP.
No segundo trimestre de 2017, a
movimentação de contêineres, por parte dos portos
organizados, registrou aproximadamente 18,2 milhões
de toneladas, avanço de 1,9% em relação ao mesmo
período do ano passado. Quando a medida se dá em
TEUs (unidade equivalente a 20’), ocorre uma leve
queda de 0,04%.
Dentre os principais portos que movimentaram
contêineres no período, destacam-se 3 que obtiveram
desempenho positivo: Santos (+10,5%), Suape (+8,2%)
e Rio Grande (+7,3%). Cabe destacar que, juntos, os
seis principais portos representam 87,5% de toda a
movimentação de contêineres em portos organizados,
em termos de tonelagem de carga bruta (Figura 6).
Figura 6. Movimentação de Contêineres (em milhões de
toneladas) e Participação individual dos Portos Organizados
(%) – 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
C O N T Ê I N E R E S
S E M E N T E S E G R Ã O S
A Ç Ú C A R E S
C O M B U S T Í V E I S
R E S Í D U O S
D E M A I S G R U P O S
8,4
6,6
4,0
1,7
0,8
3,9
7,6
5,5
3,2
1,9
1,2
3,7
8,4
6,5
3,1
1,8
1,2
3,0
7,9
6,9
4,4
1,7
1,4
3,4
8,7
6,9
4,3
2,2
1,4
3,9
2013 - II 2014 - II 2015 - II 2016-II 2017-II
0 3 6 9 12 15 18 21
Sal
Prod. Quí. Inorgânicos
Resíduos
Cereais
Adubos (fertilizantes)
Açucares
Combustíveis
Minérios
Contêineres
Semestes e Grãos
2016 - II 2017 - II
47,9%
11,6% 11,2%7,0% 4,9% 4,9%
12,4%
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
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TERMINAIS DE USO PRIVADO (TUP)
A movimentação de cargas nos Terminais de
Uso Privado registrou 177,5 milhões de toneladas brutas, como pode ser visto na tabela 2; valor 7% maior do que o registrado no segundo trimestre de 2016. Essa maior movimentação foi impulsionada pela elevação na movimentação do grupo de Minérios (+8,5%) e Combustíveis Minerais (+4%).
Um dos destaques entre os Terminais Privados
é o Terminal Aquaviário de São Sebastião, que na comparação com o 2º trimestre de 2016 teve alta de 19,1%, um incremento de aproximadamente 2 milhões de toneladas.
Outro destaque positivo fica para o Terminal
portuário do Pecém, que obteve 57,9% de aumento em comparação ao segundo trimestre de 2016. Assim como no primeiro trimestre de 2017, a operação da Companhia Siderúrgica do Pecém continua promovendo crescimento na exportação de placas de aço, impactando positivamente o grupo de Ferro fundido Ferro e Aço, que registrou aumento de 578,4% nesse segundo trimestre (tabela 2). Tabela 2. Principais Terminais Privados em movimentação
de cargas – 2°Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
Quanto a desempenhos negativos para o trimestre, o Terminal De Tubarão – segundo colocado no ranking de movimentação dos TUPs – registrou queda de 4,3% no trimestre. Além disso, também houve recuo do Terminal Trombetas (-2,7%), que é um terminal de Minérios, além do Terminal Aquaviário de Madre de Deus (-16,5%), que movimenta combustíveis minerais, predominantemente.
Mantendo a alta concentração dos trimestres
anteriores, percebe-se que a participação dos 10 principais TUPs ficou em 67,7% da movimentação total dos terminais privados, o equivalente a 120 milhões de toneladas. Essa quantidade expressiva pode ser explicada, principalmente, pelo peso do minério de ferro, principal produto movimentado por 7 dos 10 TUPs apresentados na tabela 2.
Em relação as mercadorias mais movimentadas nos TUPs, durante o segundo trimestre de 2017, o grupo de Minérios representou 53,4% do total movimentado, o equivalente a 94,8 milhões de toneladas. As seis principais mercadorias representaram 93,9% da movimentação dos TUPs, destacando a natureza mais especializada dessas instalações. A relação das cargas mais movimentadas pode ser vista na Figura 7.
Figura 7. Distribuição da Tonelagem Movimentada por Carga
– Terminais Privados – Comparação entre 2º trimestres: 2016/2017. Fonte: SDP.
Quanto ao perfil de carga, é possível verificar que, na comparação entre trimestres 2016/2017, o granel sólido ganhou participação entre os Terminais de uso Privado, ficando com uma fatia de 67,1% da movimentação no segundo trimestre de 2017.
+6,2%
+12,2%
-7,6%
+5,2%
+4,0%
+8,5%
0 20 40 60 80 100
Pastas de madeira
Ferro fundido, ferro e aço
Contêineres
Sementes e grãos
Combustíveis minerais
Minérios
2016 - II 2017 - II
Terminais de Uso Privado Milhões de toneladas
Var % 2016-II / 2017-II
Terminal Marítimo De Ponta Da Madeira 38,8 13,3%
Terminal De Tubarão 26,5 -4,3%
Terminal Aquaviário De São Sebastião 12,3 19,1%
Terminal Da Ilha Guaíba - Tig 11,6 2,1%
Terminal Aquaviário De Angra Dos Reis 9,7 4,2%
Terminal Trombetas 4,4 -2,7%
Porto Do Açu - Terminal De Minério 4,4 35,6%
Terminal Aquaviário De Madre de Deus 4,0 -16,5%
Terminal Portuário Privativo Da Alumar 3,9 14,4%
Terminal Portuário do Pecém 3,5 57,9%
Todos os Terminais Privados 177,4 7,1%
9
Seguindo uma tendência de crescimento, o segundo trimestre de 2017 registrou, para os granéis sólidos, 119,1 milhões de toneladas, maior valor para os últimos cinco períodos analisados.
Figura 8. Evolução da movimentação por perfil de carga (em
milhões de toneladas) – TUPs – comparativo de 2º trimestres: 2013-2017. Fonte: SDP. ANÁLISE POR PERFIL DE CARGAS
Uma outra visão, na análise da movimentação
portuária, relaciona-se com o perfil de carga nos
embarques e desembarques feitos nas instalações
portuárias. Isso permite melhor conhecer as
características que tipificam portos organizados e
demais instalações portuárias.
GRANÉIS SÓLIDOS
No segundo trimestre deste ano, foram
movimentados nos portos organizados e terminais
privados 176,4 milhões de toneladas brutas de granéis
sólidos (Figura 9), avanço de 5,1% quando comparado
ao mesmo período do ano anterior. Cabe destacar que
os granéis sólidos foram responsáveis por 65,2% da
tonelagem de cargas movimentadas no Brasil nesse
trimestre, fato relacionado à pauta de exportações
brasileira, concentrada principalmente nas
commodities agrícolas e minerais.
Figura 9. Granel Sólido - Evolução da Movimentação
Trimestral: 2015-2017 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
Dentre os segmentos de carga, os minérios,
escórias e cinzas continuam sendo o grupo de maior
relevância, com participação de 61% de toda a
movimentação dos granéis sólidos, seguido por
Sementes e Frutos Oleaginosos (19,9%) e
Combustíveis Minerais (3,8%), que nesse caso é
composto principalmente por carvão mineral, conforme
pode ser observado na Figura 10.
Figura 10. Granel Sólido - Principais Mercadorias
Movimentadas (em milhões de toneladas) – 2° Trimestre de
2017. Fonte: SDP.
A produção de minério de ferro da mineradora
brasileira Vale, entre abril e junho, foi recorde para um
segundo trimestre, produzindo 91,8 milhões de
toneladas, avanço de 5,8% ante o mesmo período do
ano passado. Essa alta se deve principalmente à
aceleração das atividades no projeto S11D, em Canaã
dos Carajás, no Sudeste do Pará, que entrou em
operação comercial neste ano.
91,2 97,8 108,7 110,1 119,1
42,644,5
44,5 40,442,47,0
7,67,8 7,8
9,25,2
6,56,1 7,3
6,7
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
200,0
Carga Conteinerizada Carga Geral
Granel Líquido e Gasoso Granel Sólido
162,7
171,0
165,2
146,6
167,8166,4
149,6
156,5
176,4
120,0
130,0
140,0
150,0
160,0
170,0
180,0
107,6
35,1
6,7
6,6
5,8
3,7
3,7
3,0
2,5
0 20 40 60 80 100 120
Minérios
Sementes e Grãos
Combustíveis Minerais
Adubos (Fertilizantes)
Açúcares
Resíduos
Cereais
Prod. Quí. Inorgânicos
Sal
10
Cabe destacar que a cotação do minério de
ferro no mercado internacional saiu de U$80,8
(janeiro/2017) para U$57,9 (junho/2017), conforme
pode ser visto na figura 11.
Figura 11. Cotação do Minério de Ferro (62% spot) no Porto
de Tianjin/China – Histórico: Preço (U$) por tonelada. Fonte:
indexmundi.
A elevação de 5,1% na movimentação de
granéis sólidos, nesse segundo trimestre, pode ser
explicada pelo avanço dos principais grupos de
commodities: Sementes e Frutos Oleaginosos (+2,9%),
Minérios (+4,8%) e Cereais (+79,8%).
A alta observada na movimentação do grupo de
Cereais (+79,8%), nesse segundo trimestre de 2017, é
explicada pelo aumento de 238,9% na movimentação
da sua principal mercadoria, o milho. Tal aumento pode
estar atrelado: primeiro, à maior disponibilidade interna
do produto devido ao avanço da colheita na segunda
safra, além da maior competitividade do milho brasileiro
no mercado internacional, o que colaborou para esse
cenário de alta.
A movimentação de fertilizantes (Adubos) nas
instalações portuárias brasileiras continua em alta, com
sucessivos avanços na movimentação desde o
segundo trimestre de 2016. No segundo trimestre de
2017, o grupo apresentou crescimento de 11,9%, um
acréscimo de 0,7 milhões de toneladas, quando
comparado com o mesmo trimestre do ano passado.
Cabe destacar que esse é o melhor resultado obtido na
movimentação de adubos para um segundo trimestre.
Os terminais privados movimentaram 67,5%
da fatia dos granéis sólidos, enquanto os portos
organizados tiveram participação de 32,5% (Figura 12).
A alta concentração na movimentação dos granéis
sólidos, pelos terminais privados, se justifica pela
verticalização das grandes empresas, que operam com
as principais commodities minerais.
Figura 12. Granel Sólido – Distribuição da Carga por Tipo de
Instalação portuária (%) – 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
GRANÉIS LÍQUIDOS
No segundo trimestre de 2017 foram
movimentadas 55,5 milhões de toneladas de granéis
líquidos, valor 2,2% superior ao montante movimentado
no mesmo período do ano passado (Figura 13).
Figura 13. Granel Líquido – Evolução da Movimentação
Trimestral: 2015-2017 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
A Petrobrás aumentou sua produção de
petróleo e gás natural no Brasil em 1,3% no segundo
trimestre deste ano em comparação com o mesmo
período do ano passado. Aliado ao avanço na
produção de petróleo, a movimentação de
combustíveis minerais registrou alta de 1,7%. Essa alta
pode ser explicada pelo aumento na movimentação de
combustíveis minerais, no segundo trimestre deste ano,
tanto nas exportações (+19,8%), quanto nas
importações (+10,5%). A seguir, é possível verificar a
cotação do barril de petróleo para os últimos anos
(figura 14).
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jun
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16
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6
de
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6
fev/
17
abr/
17
jun
/17
32,5%
67,5%
PORTOS ORGANIZADOS TERMINAIS PRIVADOS
57,858,3
55,7
53,3 53,3
56,555,8
53,5
55,5
50,0
52,0
54,0
56,0
58,0
60,0
11
Figura 14. Cotação do contrato futuro do Barril de Petróleo
(WTI) na Bolsa de Nova York – Histórico: Preço (U$) por
barril. Fonte: indexmundi.
Nos granéis líquidos, há predominância de
movimentação por parte dos terminais privados. Como
pode ser visto na Figura 15, aproximadamente 76,4%
do total movimentado no trimestre ocorreu através dos
TUPs.
Os principais terminais privados na
movimentação de combustíveis são os explorados pela
Transpetro S.A., tais como o Terminal Aquaviário de
São Sebastião (Almirante Barroso), Terminal
Aquaviário de Angra dos Reis, Madre de Deus,
Terminal Aquaviário da Ilha D'Água e Terminal
Aquaviário de Osório – responsáveis por 50,8% do total
movimentado no perfil de carga dos granéis líquidos.
Figura 15. Granel Líquido – Distribuição da Carga por Tipo
de Instalação portuária (%) – 2º Trimestre 2017. Fonte: SDP.
CARGA GERAL
A Carga Geral (Solta + Conteinerizada), no
segundo trimestre, alcançou a marca de 38,7 milhões
de toneladas, o que representou um acréscimo de 3,8%
frente ao trimestre equivalente de 2016. (Figura 16).
Figura 16. Carga Geral – Evolução da Movimentação
Trimestral: 2015-2017 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
i) Carga Geral Solta
A movimentação de carga geral solta, no
segundo trimestre, alcançou 13,8 milhões de toneladas
(Figura 17), nível 13,5% acima do mesmo período do
ano anterior. Esse crescimento é devido ao bom
desempenho do grupo de Ferro Fundido (+11,9%);
Pastas de Celulose (+9%); além do grupo de Madeiras,
que apresentou alta de 28,9%. Juntas, essas
mercadorias representam cerca de 70,4% do peso
bruto das cargas soltas nesse segundo trimestre do
ano.
Figura 17. Carga Geral Solta – Evolução da Movimentação
Trimestral: 2015-2017 (milhões de toneladas). Fonte: SDP.
ii) Movimentação de Contêineres
No período de abril a junho de 2017, foram
movimentados cerca de 2,2 milhões de TEU’s,
representando um decréscimo de 0,8% em relação ao
mesmo período de 2016.
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jun
/16
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6
mar
/17
jun
/17
23,6%
76,4%
PORTOS ORGANIZADOS TERMINAIS PRIVADOS
36,2
38,6 38,4
34,9
37,2
38,9 39,3
36,8
38,7
32,0
33,0
34,0
35,0
36,0
37,0
38,0
39,0
40,0
11,4
12,812,5
11,8
12,1
12,8
13,613,2
13,8
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
12
Já em termos de peso bruto, a movimentação
de contêineres atingiu a marca de 24,9 milhões de
toneladas, queda de 0,9% em relação ao segundo
trimestre de 2016. Houve crescimento nas importações
(+7,1%), mas em contrapartida, nas exportações,
houve recuo (-8,3%) na movimentação de cargas
conteinerizadas pelas instalações portuárias
brasileiras.
Figura 18. Evolução trimestral dos Contêineres
Movimentados (TEUs): 2015-2017. Fonte: SDP.
No segundo trimestre, aproximadamente
72,9% dos contêineres embarcados e desembarcados,
em milhões de toneladas, esteve sob responsabilidade
dos portos organizados brasileiros (Figura 19).
Figura 19. Distribuição dos Contêineres por tipo de instalação
(%) – Em milhões de toneladas – 2° Trimestre de 2017. Fonte:
SDP.
Importante observar que, nesse segundo
trimestre, após uma tendência de alta, os terminais
privados reduziram a sua fatia de participação na
movimentação de contêineres (Figura 20). Essa
redução é reflexo direto de uma queda de 7,6% na
movimentação de contêineres desses terminais,
enquanto os portos organizados registraram aumento
de 1,9% nesse perfil de carga.
Figura 20. Evolução trimestral da participação na
movimentação de contêineres (em TEUs) nas Instalações
Portuárias: 2014-2017. Fonte: SDP.
Os terminais privados de Chibatão e Portonave
são exemplos claros da situação descrita. O TUP de
portonave movimentou 1,6 milhões de toneladas em
mercadorias conteinerizadas nesse segundo trimestre,
o que representou um decréscimo de 31,4%, ante o
mesmo período de 2016. O Terminal de Portonave, que
até recentemente era responsável pela segunda maior
movimentação de contêineres do Brasil, foi ultapassado
pelo porto organizado de Paranaguá, em termos de
movimentação, bem como pelo terminal privado
Embraport, passando a ocupar a terceira colocação no
ranking (Tabela 3).
Já o terminal de Chibatão movimentou 0,7
milhões de toneladas em contêineres, queda de 36,3%
em relação ao mesmo trimestre de 2016, mas se
manteve na quarta colocação de movimentação de
contêineres do Brasil.
Tabela 3. Ranking dos maiores movimentadores de
contêineres: 2° trimestre de 2017 (em toneladas). Fonte:
SDP.
Instalação Portuária Movimentação de Contêiner
Santos 8.703.626
Paranaguá 2.109.366
Rio Grande 2.041.664
Porto De Itapoá 1.724.847
Embraport 1.648.417
Portonave 1.571.990
Suape 1.272.001
Salvador 898.333
Rio de Janeiro 883.046
Vitória 688.144
24,8
25,8 25,9
23,1
25,1
26,125,7
23,6
24,9
21,0
22,0
23,0
24,0
25,0
26,0
27,0
72,9%
27,1%
PORTOS ORGANIZADOS TERMINAIS PRIVADOS
73
,8%
75
,4%
74
,3%
73
,7%
75
,2%
73
,9%
71
,1%
70
,8%
70
,9%
68
,9%
69
,5%
69
,8%
72
,9%
26
,2%
24
,6%
25
,7%
26
,3%
24
,8%
26
,1%
28
,9%
29
,2%
29
,1%
31
,1%
30
,5%
30
,2%
27
,1%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
20
14
- II
20
14
- II
I
20
14
- IV
20
15
- I
20
15
- II
20
15
-III
20
15
- IV
20
16
- I
20
16
-II
20
16
-III
20
16
- IV
20
17
- I
20
17
- II
PORTOS ORGANIZADOS TERMINAIS PRIVADOS
13
TIPOS DE NAVEGAÇÃO
Como visto anteriormente, a movimentação de
cargas nas instalações portuárias brasileiras avançou
4,3% no segundo trimestre de 2017, alcançando 270,6
milhões de toneladas.
A Figura 21 mostra que a navegação de longo
curso é a mais representativa dos tipos de navegação,
com 74,5% do total de cargas movimentadas no
segundo trimestre de 2017. Em seguida, tem-se a
cabotagem (19,5%), navegação interior (5,7%) e apoio
marítimo e portuário (0,3%).
Figura 21. Tipo de Navegação – Participação na
Movimentação (%) – 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
LONGO CURSO
Pela análise da Figura 22, a navegação de cargas ligadas ao longo curso, na comparação com o segundo trimestre de 2016, teve aumento de 4,3%, movimentando 201,7 milhões de toneladas.
Figura 22. Evolução Trimestral da Movimentação de Longo
Curso (milhões de toneladas): 2015-2017. Fonte: SDP.
A principal explicação para o acréscimo no
segundo trimestre se deve ao bom desempenho registrado na tonelagem exportada de Combustíveis Minerais (+20,1%), bem como na importação de Fertilizantes (+10,2%). Vale destacar que as exportações corresponderam a 82,1% da movimentação de longo curso nesse segundo trimestre.
A movimentação do grupo de Minérios foi responsável por 58,7% do volume total de exportações, tendo, comparativamente ao segundo trimestre de 2016, crescido 3,4% (Figura 23). Já nas importações, a participação de Combustíveis Minerais fica com uma fatia de 41,2%.
Figura 23. Comparativo das Principais Mercadorias
Movimentadas na Exportação (em milhões de toneladas) – Comparativo entre 2° Trimestres: 2016/2017. Fonte: SDP.
As importações, seguindo tendência do trimestre anterior, apresentaram uma alta na movimentação de 11,6% em relação ao mesmo período de 2016. Com exceção do grupo de Cereais (-2,3%), os principais grupos de mercadorias registraram alta no volume movimentado nesse segundo trimestre de 2017, quando comparado ao mesmo período do ano passado (Figura 24).
Figura 24. Principais Mercadorias Movimentadas na
Importação (em milhões de toneladas) – Comparativo entre 2° Trimestres: 2016-2017. Fonte: SDP.
74,5%
19,5%
5,7%0,3%
Longo Curso Cabotagem Interior Apoio
192,9
201,1195,7
171,5193,3
198,2
169,6181,1
201,7
155,1
165,3162,7
140,7
160,9 159,8
139,2147,4
165,6
37,8 35,8 33,0 30,8 32,4 38,4 30,4 33,7 36,1
2015-II
2015-III
2015-IV
2016-I
2016-II
2016-III
2016-IV
2017-I
2017-II
0,0
30,0
60,0
90,0
120,0
150,0
180,0
210,0
240,0
Total de Longo Curso Exportação Importação
0 20 40 60 80 100
Minérios
Sementes e Frutos
Contêineres
CombustíveisMinerais
Açúcares
2º T 2016 2º T 2017
0 3 6 9 12 15 18
Combustíveis Minerais
Contêineres
Adubos
Prod. Quí. Inorgânicos
Cereais
2º T 2016 2º T 2017
14
As Tabelas 4 e 5 mostram os principais parceiros comerciais, em termos de volume de carga, na navegação de longo curso, nesse segundo trimestre. O Brasil exporta primordialmente produtos básicos, como minério de ferro (56,6%), soja (16,3%) e petróleo (3,7%). A China é o principal destino das mercadorias brasileiras, representando 50,6% das nossas exportações. Já quanto as importações, o principal parceiro comercial são os EUA, responsáveis por 23,5% da movimentação que chega aos portos brasileiros, sendo Petróleo (20,9%) e Fertilizantes (17,4%) as principais cargas importadas.
Tabela 4. Principais Parceiros Comerciais – Movimentação
na exportação - 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
PAÍS DE DESTINO Toneladas %
1º China
83.797.379 50,6%
2º Holanda
8.886.698 5,4%
3º Malásia
7.024.861 4,2%
4º Estados Unidos
6.785.166 4,1%
5º Japão
5.925.992 3,6%
6º Coréia Do Sul
3.537.002 2,1%
7º Índia
2.988.519 1,8%
8º França
2.918.499 1,8%
9º Espanha
2.841.295 1,7%
10º Singapura
2.480.220 1,5%
OUTROS PAÍSES
38.351.703 23,2% Tabela 5. Principais Parceiros Comerciais – Movimentação
na importação - 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
PAÍS DE ORIGEM Toneladas %
1º Estados Unidos 8.516.836 23,6%
2º Argentina
2.276.887 6,3%
3º China
2.134.366 5,9%
4º Colômbia
1.745.498 4,8%
5º Rússia
1.626.334 4,5%
6º Arábia Saudita
1.305.661 3,6%
7º Austrália
1.254.362 3,5%
8º Espanha
1.239.936 3,4%
9º Argélia
1.214.300 3,4%
10º Canadá 1.064.683 2,9%
OUTROS PAÍSES
13.479.237 38,1%
CABOTAGEM
Em relação à cabotagem, houve uma leve alta
de 0,8% na movimentação do segundo trimestre de 2017, tendo sido da grandeza dos 52,7 milhões de toneladas. Se tratando do transporte de cargas, efetuado via navegação de cabotagem, ocorreu um ligeiro avanço da ordem de 1% em relação ao mesmo período de 2016. As principais mercadorias movimentadas na cabotagem, em participação, no segundo trimestre de 2017, foram Petróleo (61,7%), Bauxita (11,2%) e Contêineres (11%). Importante destacar que das três principais mercadorias, que representam aproximadamente 84% de toda a movimentação na cabotagem, apenas o grupo de Contêineres registrou acréscimo, nesse tipo de navegação, da ordem de 4,9% no segundo trimestre. (Figura 25).
Figura 25. Principais Mercadorias movimentadas na
Cabotagem (em milhões de toneladas) – Comparativo entre 2° Trimestres: 2016-2017. Fonte: SDP.
No gráfico abaixo (figura 26) também é possível ver a distribuição percentual por perfil de carga na cabotagem, no segundo trimestre desse ano. Nesse tipo de navegação, o Granel líquido é o mais representativo, com uma fatia de 66%.
Figura 26. Participação por Perfil de carga na navegação de
cabotagem (%) - 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Petróleo Bauxita Contêineres
2º T 2017 2º T 2016
66%17%
11%6%
Granel Líquido e Gasoso Granel Sólido
Carga Conteinerizada Carga Geral
15
A movimentação de contêineres na cabotagem registrou alta de 4,9% no segundo trimestre desse ano, quando comparado com o mesmo período de 2016. Das principais instalações portuárias que movimentaram esse perfil de carga, na cabotagem, apresentaram alta, no segundo trimestre, o porto de Santos (+28%) e Suape (+5%), conforme figura 27. Além disso, houve alta de 9,4% nos portos organizados e uma queda de 3,3% nos terminais privados.
Figura 27. Principais Instalações portuárias na
movimentação de Contêineres na Cabotagem (em milhões de toneladas) - Comparativo entre 2° Trimestres: 2016-2017. Fonte: SDP.
INTERIOR
Já a movimentação portuária, via navegação interior, apresentou 15,4 milhões de toneladas, aumento de mais de 20%. Esse bom desempenho se deve ao crescimento de 5,4% no grupo de Sementes e grãos, bem como a boa performance do grupo de Minérios, que registrou aumento de 114,1% no segundo trimestre desse ano, quando comparado ao mesmo período de 2016. A tabela 6 mostra a quantidade de toneladas movimentadas, além da participação de cada grupo de mercadoria na navegação interior.
Tabela 6. Principais Mercadorias movimentadas na
navegação interior (em milhões de toneladas) - 2° Trimestre de 2017. Fonte: SDP.
Mercadorias Toneladas %
1º Sementes e grãos 7.239.896 46,9%
2º Minérios 2.220.073 14,4%
3º Combustíveis Minerais 1.989.276 12,9%
4º Pastas de Madeira 775.856 5,0%
5º Prod. Químicos Orgânicos 635.359 4,1%
6º Semirreboque Baú 607.532 3,9%
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
Santos PortoChibatão
Suape Embraport Rio Grande
2º T 2016 2º T 2017
16
Referências Bibliográficas
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<http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/mercado-estima-inflacao-menor-em-2017-e-2018-e-ve-juros-
mais-baixos.ghtml >. Acesso em: 17 de julho 2017
<http://exame.abril.com.br/economia/focus-volta-a-reduzir-projecao-para-a-selic-em-2017/>. Acesso em: 18 de
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Agronegócio. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/mercado-ve-china-mais-aberta-a-importacoes-de-
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<http://exame.abril.com.br/economia/ue-e-brasil-propoem-sistema-de-subsidios-agricolas-a-omc/>. 19 de julho
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<http://exame.abril.com.br/economia/projetos-de-ferrovia-disputam-a-safra-do-centro-oeste/>. 19 de julho 2017.
<https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/39655-paranagua-investe-forte-para-supersafra-
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Fundo Monetário Internacional (FMI). Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/noticia/fmi-eleva-previsao-de-alta-do-pib-do-brasil-em-2017-e-ve-crescimento-
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Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) / Produção Industrial. Disponível em:
<http://g1.globo.com/economia/noticia/balanca-comercial-tem-superavit-de-us-13-bilhao-na-2-semana-de-
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<http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/petrobras-aumenta-producao-no-1o-semestre-acima-da-meta-
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<http://exame.abril.com.br/economia/producao-industrial-da-china-cresce-76-acima-da-expectativa/>. Acesso
em: 17 de julho 2017.
17
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<https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/39744-porto-do-pecem-completa-2-milhoes-de-
toneladas-de-placas-de-aco-movimentadas-e-consolida-o-setor-siderurgico-no-estadol>. Acesso em: 18 de julho 2017.
<https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/39653-hidrovias-sao-estrategicas-diz-presidente-da-
antaq>. Acesso em: 17 de julho 2017.
<https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/39741-transporte-ferroviario-de-cargas-no-brasil-
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<https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/39650-em-15-dias-porto-de-santos-perde-r-73-mi-com-
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Sistema de Desempenho Portuário (SDP). Disponível em:
<http://web.antaq.gov.br/Anuario/>. Acesso em 31 de julho 2017.
¹A partir de 2016 o Anuário Estatístico Aquaviário (EAQ) deixou de ser um instrumento estático e passou a ser atualizado no sítio da ANTAQ
mensalmente. Assim, na construção do Boletim Informativo Aquaviário foram utilizados dados atualizados até setembro desse ano. Dessa forma,
dado a dinâmica do Anuário (EAQ), poderão surgir pequenas alterações constantes nos números do Boletim.
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