ESTUDOS ECONÓMICOSE FINANCEIROS
Análise Mensal
03 de Abril de 2014
Mercados Financeiros
Paula Gonçalves CarvalhoAgostinho Leal AlvesLuisa Teixeira FelinoNuno André CoelhoTeresa Gil Pinheiro
A DIFERENTES VELOCIDADES
O primeiro trimestre de 2014 encerra com uma nota de optimismo, pois a informaçãoeconómica tem comprovado o cenário de melhoria gradual. Em particular, nos EUA,parece confirmar-se que o movimento de arrefecimento foi temporário, pois osindicadores de oferta continuam a apontar para expansão e o mercado de trabalhoevidencia maior robustez. Na região do euro, não obstante o ritmo ainda lento derecuperação, é animador que esta tendência favorável ocorra num contexto de menordivergência entre as várias economias. Na China, as autoridades mostram estar atentasà necessidade de evitar um arrefecimento abrupto, ao anunciarem várias medidas deestímulo, em particular no que se refere ao financiamento a sectores específicos. OJapão enfrenta um período de alguma incerteza relacionada com o efeito do aumentodo IVA sobre a procura interna. Todavia, os resultados trimestrais dos inquéritos àsempresas (Tankan) sugerem que o efeito será moderado. Finalmente, nas economiasemergentes tudo indica que o processo de ajustamento em curso será gradual. Apesarde comportamentos distintos, algumas economias enfrentam procura doméstica maisfraca graças a políticas económicas mais restritivas. Todavia, taxas de câmbio maisfracas e o reforço esperado da procura proveniente das economias avançadas deverãoajudar este processo de ajustamento.
A posição confortável e relativamente forte do euro face às principais moedas congénerese, em particular, ao dólar, encontra justificação no fluxo de capitais que continua a fluirpara activos da região, reflectindo uma renovada confiança no futuro da União Monetária.Todavia, este movimento de suporte poderá estar prestes a esgotar-se configurandoum cenário mais favorável ao dólar, assente na expectativa de melhoria sustentada doenquadramento económico do outro lado do Atlântico e de evolução dos diferenciais detaxas de juro, favorável ao dólar.
Não se antecipam grandes surpresas no âmbito da política monetária, que continuaráfavorável ao crescimento. Taxas de inflação e expectativas inflacionistas em níveishistoricamente baixos retiram espaço de manobra às autoridades monetárias. Por outrolado, a ausência de intenções de investimento mais fortes dificulta políticas de saídamais agressivas nos países anglo-saxónicos. Pelo que se antecipa que a Reserva Federalmantenha o ritmo de afunilamento da liquidez, embora reafirmando que o momento desubida de taxas será determinado por um conjunto largo de factores. Na região doeuro, o BCE permanecerá atento ao enquadramento económico-financeiro e continuaráa mostrar disponibilidade para actuar, mas sem grande capacidade de concretização demedidas com eficácia garantida.
As expectativas de inflação ancoradas em níveis historicamente baixos conferem umimportante suporte às taxas de juro de longo prazo, nomeadamente na região do euro,onde o mercado antecipa a manutenção da inflação abaixo de 1% num horizonte de 2anos. Efectivamente, o diferencial das yields de 10 anos em relação aos US Treasuriescristalizou em níveis mais elevados que no passado histórico. A velocidade deestreitamento de spreads dos mercados periféricos relativamente ao referencial (Bund),deverá abrandar reflectindo alguma incerteza política em torno das eleições Europeias.Num contexto de inflação baixa, só a confirmação de uma trajectória de crescimentomais robusta conferirá suporte à trajectória de consolidação orçamental futura, dinâmicade dívida pública favorável e respectivo encolhimento do prémio de risco.
Os mercados de activos de maior risco continuam a beneficiar do contexto de amplaliquidez, baixas taxas de juro e melhoria do enquadramento económico. Por ora, acredita-se que o período de arrefecimento nos EUA foi temporário e que o crescimento daChina não será inferior a 7%. O mercado de commodities manterá performancesrelativamente diferenciadas, dependentes de factores fundamentais, num contexto emque a ausência de uma procura marginal mais forte (vinda da Ásia, sobretudo), retirapressão de subida aos preços.
Nesta publicação disponibilizamos um artigo de opinião que analisa o crescimentoeconómico potencial em Portugal e Espanha, e os principais factores condicionantesrespectivos. Destaque ainda para breves notas sobre os potenciais impactos de umagravamento das tensões políticas Rússia/Ucrânia/Ocidente e os desenvolvimentos daUnião Bancária na UEM.
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A DIFERENTES VELOCIDADES
O cenário mais positivo para a economia globalparece ganhar forma, embora as diferentes regiõesevoluam a velocidades distintas e persistam algunsfactores de risco não despiciendos. Pela positiva, aeconomia norte-americana parece estar a emergirde um abrandamento pontual e temporário,induzido pelo clima adverso que se verificou natransição do ano. A região do euro emite tambémsinais positivos, embora o ritmo de crescimento nãopareça suficiente para se reflectir numa reduçãomais forte do desemprego e restaurar condiçõeseconómico-sociais mais benignas. Dois factores derisco a curto médio prazo: por um lado, a taxa deinflação na UEM, que tem vindo sustentadamentea descer, sugerindo que permanecerá em níveisanormalmente baixos por um período prolongado.Por outro, os factores de ordem política, que emFrança já começaram a surtir impacto na estruturagovernativa. Em contrapartida, da Ásia emergemsinais de arrefecimento; do lado da China, emtransição para um modelo de crescimento maisequilibrado; no Japão, em reflexo do aumento dataxa de IVA, medida que se teme possa vir adescarrilar a recuperação económica.
Nos mercados f inanceiros, os catal isadorestransitam de uma fase alimentada pela liquidezabundante para a procura de justificação nocrescimento económico e na actividade. E com baseneste cenário destacam-se algumas tendências: oalargamento de spreads entre as taxas longas doeuro e dos EUA, por manutenção sustentada dastaxas de 10 anos do Bund em níveis historicamentebaixos, reflexo de expectativas de inflação tambémmuito baixas; taxa de câmbio do euro forte eesbatimento acelerado dos prémios de risco dosperiféricos suportado pela diluição do risco deruptura da União Monetária, demonstrandoconf iança no reforço da sua arquitectura;sentimento mais contido nos mercados de activoscom maior risco, com os mercados bolsistasprocurando confirmar tendências de crescimentomais acentuadas e os mercados de dívida registandospreads mínimos desde a crise de 2008.
DEPARTAMENTO DEESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS
Paula Gonçalves Carvalho Economista ChefeTeresa Gil PinheiroNuno André CoelhoLuísa Teixeira Felino
ANÁLISE TÉCNICA
Agostinho Leal Alves
Tel.: 351 21 310 11 86 Fax: 351 21 353 56 94Email: [email protected] www.bancobpi.ptwww.bpiinvestimentos.pt/Research
ÍNDICEPág.
Perspectivas Globais e Principais Factores de Risco 04
Principais Mercados: Recomendações 05
TEMAS EM DESTAQUE
AS CONTAS DO SECTOR PÚBLICO EM 2013 07MELHORES PERSPECTIVAS PARA O CRESCIMENTO 09PROGRESSOS NA UNIÃO BANCÁRIA - SEGUNDO PILAR GANHA CONTORNOS 10CONFLITO OESTE-RÚSSIA: UMA SITUAÇÃO LOSE-LOSE? 13
ECONOMIAS
GLOBAL - RETOMA SUPORTADA PELOS PAÍSES DESENVOLVIDOS 17PORTUGAL - NOTA POSITIVA NOS PRIMEIROS MESES DE 2014 18ESPANHA - CRESCIMENTO GANHA TRACÇÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE 19BRASIL - CRESCIMENTO ECONÓMICO RECUPERA MAS
PREOCUPAÇÕES MANTÊM-SE 21MÉXICO - ACTIVIDADE ECONÓMICA SINALIZA RECUPERAÇÃO E REFORMAS
PROSSEGUEM 22ANGOLA - FMI ELOGIA CRESCIMENTO DE ANGOLA, MAS ALERTA PARA
RISCOS DE POLÍTICA ORÇAMENTAL 23MOÇAMBIQUE - PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO RELATÓRIO
"CARVÃO E GÁS - NOVOS FACTORES DE CRESCIMENTO" 24
MERCADOS
MERCADO CAMBIAL
MERCADO MENOS TENDENCIAL 25O DIFÍCIL REGRESSO DO INVESTIMENTO… 26
MERCADO MONETÁRIO
FED PROSSEGUE NORMALIZAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA 27
MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
INFLAÇÃO LIMITA AVANÇO DAS YIELDS 28
MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA
SECTOR BANCÁRIO ANIMA EMISSÕES DE DÍVIDA NO MERCADO PRIMÁRIO 29
MERCADOS ACCIONISTAS
O IMPREVISTO AMEAÇOU TOLDAR A EUROPA (DE LESTE) 30
MERCADO DE COMMODITIES
PREÇOS DA ENERGIA MENOS PRESSIONADOS PELO DIFERENDO RÚSSIA/UCRÂNIA 31
PREVISÕES
Economias DesenvolvidasMercados EmergentesPrevisões Económicas do BPI 33
Taxas de CâmbioTaxas de Juro 34
Taxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais 35
Taxas de Câmbio dos Mercados EmergentesTaxas de Juro dos Mercados Emergentes 36
OPINIÃO
CRESCIMENTO POTENCIAL NAS ECONOMIAS IBÉRICAS 37
BASES DE DADOS 49
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ncia
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efle
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onis
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ação
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desd
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perf
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ance
mai
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cert
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nec
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scos
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e co
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acel
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e co
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s co
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ões
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rest
ritiv
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mod
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rês
mes
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13 e
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sin
ais
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icio
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s m
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nsid
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ina.
. O
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reita
men
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ondi
ções
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ciam
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glo
bais
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erá
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ulta
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finan
ciam
ento
das
bal
ança
s de
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te.
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gent
ina
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zuel
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paí
ses
mai
s fr
agili
zado
s, e
ncon
tran
do-s
e pe
rto
de e
nfre
ntar
cri
ses
deba
lanç
a de
pag
amen
tos,
e p
oder
ão m
esm
o en
trar
em
rec
essã
o.
. O
s ri
scos
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ndem
-se
prin
cipa
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os e
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etár
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tura
s e
rede
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ária
s e
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xa q
ualif
icaç
ão e
ele
vada
pob
reza
das
popu
laçõ
es.
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
5
Pri
nci
pai
s R
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end
açõe
s e
Fact
ores
de
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om
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méd
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as
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long
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as,
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com
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a no
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ço,
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ra t
enha
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o um
mov
imen
to m
uito
lige
iro.
Par
ece
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e qu
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ão d
e no
vas
med
idas
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ica
mon
etár
ia,
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nha
com
a r
ecup
eraç
ão e
conó
mic
a da
reg
ião.
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sua
vez
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pode
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nov
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/lon
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miu
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flaçã
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ção
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e-á
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ndo
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prea
ds a
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os e
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ular
nas
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ões
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ever
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.
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s de
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3 co
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alor
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s, e
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um
ano
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itivo
em
201
4, m
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mod
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o. P
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além
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8 e
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Dev
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s cr
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to:
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ológ
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.
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bito
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ivid
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adeq
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e-am
eric
anos
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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AS CONTAS DO SECTOR PÚBLICO EM 2013
TEMAS EM DESTAQUE
No final de Março, o Instituto Nacional de Estatística publicou os valores (ainda provisórios) das contas do Estado, em sedede Contabilidade Nacional, no âmbito do reporte à Comissão Europeia relativa ao Procedimentos dos Défices Excessivos(PDE).
Destacamos os principais resultados:
>O défice orçamental encerrou 2013 em 4.9% do PIB, 6 décimas abaixo dos valores objectivo no âmbito do acordocom a Troika (5.5%). Este valor engloba vários efeitos extraordinários ou não repetíveis, designadamente, do lado dareceita, as receitas extraordinárias do Regime Excepcional de Regularização de Dívidas Fiscais e à Segurança Social(RERD), em vigor no final de 2013, que ascendeu a 1 280 milhões de euros; inclui também os custos com o aumentode capital do BANIF, de 700 milhões de euros. Excluindo estes dois efeitos, o défice ter-se-ia situado em 5.3%, aindaassim inferior ao valor máximo. Para efeitos do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o saldoorçamental situou-se em -4.5% do PIB, dado que exclui a despesa com a capitalização do BANIF, 0.4%.
>O défice orçamental excluindo os juros da dívida pública (défice primário) decresceu cerca de 2.4 milmilhões de euros, passando de -2.1% para -0.7% do PIB. Ainda assim, o saldo primário foi negativo em 2013.Este ano, o Orçamento de Estado antecipa que o saldo primário alcance valores positivos, de 0.5% do PIB, implicandoum esforço adicional na ordem de 1.7 mil milhões de euros.
>A dívida pública encerrou 2013 em 129% do PIB enquanto o seu custo implícito decresceu de 3.8% para 3.4%,um nível mínimo histórico.
>Desde 2010 registaram-se vários movimentos extraordinários ou não repetíveis quer nas receitas quer nadespesa da Administração Pública. No quadro final estão explicitados estes efeitos que agregam do lado das receitas astransferências dos fundos de pensões da Portugal Telecom e dos bancos; a colecta derivada da RERD; a despesa coma capitalização da CGD, Sagestamo e Banif. Estes são os valores mais expressivos, reunidos no quadro final. Excluindoestes montantes, verifica-se que o saldo total da Administração Pública encolheu cerca de 11 mil milhões de euros,sendo 9 mil milhões respeitantes à queda da despesa e 1.9 derivados do aumento da receita.
>Analisando apenas as rúbricas da despesa, verifica-se que a despesa primária recuou cerca de 10 mil milhões deeuros entre 2010 e 2013 (não efectuando qualquer ajuste), não obstante no último ano terem sido repostos os subsídiosde férias e Natal aos funcionários públicos e pensionistas. Refira-se que esta é a primeira vez, desde 1995, que seregista uma queda da despesa pública, em termos absolutos.
>Relativamente à receita, esta atingiu praticamente os níveis de 2010, pese embora no último ano se tenha beneficiadoda colecta extraordinária de cerca de 1.3 mil milhões de euros no âmbito da RERD, para além do efeito derivado doaumento da carga fiscal, no início de 2013, no âmbito das medidas de consolidação (OE 2013).
Despesa primária
(1T99=100)
Variação das principais rúbricas ajustadas em2010 - 2013 (*)(milhões EUR)
1,942
-9,068
11,011
-15000
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
Receita Despesa Saldo
Fonte: INE, BPI calc
Nota (*) Ajustamentos excluindo receitas não recorrentes das transferências de fundos da PT,bancos, RERD e custos com capitalização da CGD, Sagestamo e Banif
6.2%
5.5%
4.9%4.6%
4.2%4.3%4.6%4.6%
3.9%
3.5%
4.2%
3.4%
3.8%
0
50
100
150
200
250
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012
3.0%
3.5%
4.0%
4.5%
5.0%
5.5%
6.0%
6.5%
Total Taxa Implícita (ELD)Fonte: Banco de Portugal, INE, OE2014
8
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
Contas Públicas - Principais Agregados
(milhões de euros)
2010 2011 2012 2013
Receita Total 71,991 77,043 67,574 72,410
Receita corrente 67,079 69,229 65,077 70,907
da qual
Impostos sobre a produção e importação 23,040 23,499 22,539 22,568
Contribuições sociais 21,270 21,048 19,135 20,140
Impostos correntes s/ rendimento, património, etc. 15,222 16,882 15,272 19,522
Receita de capital 4,912 7,814 2,497 1,503
Despesa Total 89,019 84,423 78,244 80,651
Despesa corrente 79,070 77,641 73,358 76,508
da qual
Remuneração dos empregados 21,157 19,422 16,510 17,789
Contribuições e prestações sociais (totais) 37,949 37,775 37,139 38,834
Despesa de capital 9,902 6,801 4,857 4,024
Saldo global -17,028 -7,380 -10,669 -8,241
Saldo primário -12,132 -509 -3,515 -1,058
Receitas não recorrentes (mais significativas)
Transferência Fundo Pensões PT 2804
Transferência Fundo Pensões instituições bancárias 5950
Regime Excepcional de Reg. Dívidas fiscais e à Segurança Social 1280
Despesas não recorrentes (mais significativas)
Aumento de capital da CGD e Sagestamo 1500
Recapitalização BANIF 700
Valores corrigidos de efeitos one-off
Receita Total 69,187 71,093 67,574 71,130
Despesa Total 89,019 84,423 76,744 79,951
Saldo Orçamental -19,832 -13,330 -9,169 -8,821
Em % do PIB -11.5% -7.8% -5.6% -5.3%
Fonte: INE, BPI.
Paula Gonçalves Carvalho
TEMAS EM DESTAQUE
Receita pública
(milhões EUR; % do PIB)
AS CONTAS DO SECTOR PÚBLICO EM 2013
Despesa primária
(1T99=100)
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
0.3
0.32
0.34
0.36
0.38
0.4
0.42
0.44
0.46
0.48
0.5
Impostos & SS Outra Receita % Pib (ELD)Fonte: INE, OE2014
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013Fonte: INE, OE2014
M enos 10.6 M M E
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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TEMAS EM DESTAQUE
Evolução das projecções de crescimento do Bancode Portugal(%)
MELHORES PERSPECTIVAS PARA O CRESCIMENTO
O Banco de Portugal publicou novas projecções para o crescimento da economia portuguesa no período de 2014-16.Depois de três anos de contracção do produto, Portugal entra num novo ciclo de expansão, marcado ainda por crescimentomoderados: 1.2% em 2014, 1.4% em 2015 e 1.7% em 2016. Os valores agora estimados reflectem revisões em alta faceàquelas publicadas há três meses atrás. Para 2014, a previsão actual é superior em 0.4 pontos percentuais (pp) à anteriore a de 2015 é superior em 0.1 pp.
A retoma da actividade reflectirá contributos mais balanceados entre procura interna e externa, ainda que esta últimacontinue a ser o principal factor de crescimento, através do bom desempenho e fortalecimento das exportações portuguesas.De facto, de acordo com o banco central nacional, o ritmo de crescimento das exportações manter-se-á acima dos 5% emcada um dos anos, contribuindo com mais de 2 pontos percentuais para o incremento do produto interno bruto. Os contributosda procura interna voltarão a ser positivos, beneficiando da expansão do consumo privado e do investimento. O primeirocrescerá pouco mais de 1% anualmente ao longo dos próximos três anos e o investimento deverá acelerar para crescimentosacima dos 4% anuais a partir de 2015. Em 2014, a estimativa de crescimento para a Formação Bruta de Capital Fixo é deapenas 1.8%, o que provavelmente reflectirá ainda a necessidade de desalavancagem do sector empresarial. O consumopúblico continuará a pesar negativamente no crescimento, evidenciando a necessidade de redução do desequilíbrio orçamentalde forma a permitir a construção de um cenário credível para a sustentabilidade da dívida pública.
A entrada num novo ciclo económico, marcado pelo crescimento, não está isento de riscos e de desafios. Externamente,os riscos continuam a ser desfavoráveis, relacionando-se, primordialmente, com a possibilidade de que a procura global serevele menos forte do que o projectado. A possibilidade de que a crise ucraniana se reflicta em menos crescimento emdiversas economias europeia poderá limitar a capacidade de crescimento das exportações nacionais. Por seu turno,internamente, de acordo com o Banco de Portugal, os riscos apontam em sentido ascendente, estando associados à possibilidadede um maior crescimento do consumo e do investimento, reflectindo os efeitos das reformas estruturais realizadas nos anosanteriores. Internamente, o facto de os níveis de endividamento permanecerem elevados tenderá a constituir um factorlimitativo do crescimento.
No campo da reestruturação da economia nacional, são evidentes avanços importantes, por exemplo, no ajustamento doscustos unitários do trabalho e na regulação do mercado de produto e trabalho. No mercado de trabalho, o indicador da OCDEque avalia o grau de rigidez da legislação laboral aponta para uma significativa redução do grau de rigidez entre 2008 e 2013.No entanto, estudos recentes da Comissão Europeia indicam que Portugal tem ainda espaço de manobra para actuar nadinamização do mercado de trabalho, com impacto no crescimento e no emprego, através da redução da tributação sobre otrabalho, compensada por aumento dos impostos sobre o consumo (de forma a que o efeito orçamental seja nulo, nãoafectando o processo fundamental de equilíbrio das contas públicas). Ao nível do mercado do produto foram dados passosimportantes na redução de factores de rigidez, evidente no posicionamento favorável do indicador de regulação do mercadode produto calculado pela OCDE para Portugal no conjunto dos países europeus. Permanece, contudo, a necessidade deajustamentos adicionais, nomeadamente ao nível da redução das margens de lucro nas denominadas indústrias de rede, oque permitirá a redução dos custos de diversos inputs utilizados por sectores transaccionáveis, beneficiando a sua capacidadede penetração em outros mercados.
Teresa Gil Pinheiro
Projecções do Banco de Portugal (%)
2013 2014 2015 2016
PIB -1.4 1.2 1.4 1.7
Consumo privado -1.7 1.3 1.1 1.2
Consumo público -1.7 -0.9 -0.5 0.3
Investimento -6.6 1.8 4.4 4.5
Exportações 6.1 5.3 5.1 5.4
Importações 2.8 5.4 4.7 5.1
Contributos:
Procura interna -2.6 1.2 1.2 1.5
Procura externa 1.2 0 0.2 0.2
Saldo da balança corrente e de capital em % do PIB 2.6 3.3 3.7 4.2
Saldo da balança de bens e serviço em % do PIB 1.7 2.6 3.1 3.6
Taxa de inflação 0.4 0.5 1 1.1
Fonte: Banco de Portugal.
1.7
1.1
-1.4
1.41.2
-1.5
1.3
0.8
-2
0.3
-2.3-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2013 2014 2015 2016
M ar-14 Dez-13 Jun-13 M ar-13
Fonte: Banco de Portugal
10
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
No final de Março, o Parlamento Europeu, o Conselho Europeu e a Comissão Europeia chegaram a acordo sobre o segundopilar da União Bancária: o Mecanismo Único de Resolução, MUR (SRM, Single Resolution Mechanism, no acrónimo inglês).Em conjunto com o Mecanismo Único de Supervisão, MUS (SSM, Single Supervisory Mechanism, no acrónimo inglês) jádefinido, estes serão os dois pilares nevrálgicos para a arquitectura da União Bancária, cujo desenvolvimento possibilitaráreduzir a fragmentação financeira na UEM, estimular o regresso da confiança ao mercado interbancário e fomentar acanalização de recursos e financiamento para actividades produtivas, contribuindo, desta forma, para a recuperação daactividade económica e do emprego.
…Porquê uma União Bancária
Os gráficos seguintes ilustram alguns dos aspectos subjacentes à relevância da União Bancária. Por um lado, o sistemabancário desempenha, na Europa, um papel fundamental de intermediação financeira, pelo que é um pilar desustentação para o desenvolvimento das restantes actividades económicas; por comparação, nos Estados Unidos, as empresastipicamente recorrem com mais frequência ao mercado de capitais (emitindo obrigações ou acções) para o seu financiamento;na Europa, seja por uma questão de dimensão, de ausência de ratings ou por uma questão de tradição, o sector financeirocontinua a ser mais procurado quando se trata de acesso ao financiamento. Como está reflectido no primeiro gráfico, naEuropa a componente de dívida tem vindo a assumir sempre uma posição maioritária relativamente ao capital, ao contráriodos EUA.
Em segundo lugar, o sistema financeiro tem vindo a assumir uma dimensão significativa, em termos relativos, aolongo das últimas décadas. Apesar do encolhimento que se tem vindo a verificar em praticamente todas as geografiasdesde a crise financeira internacional de 2008, a sua dimensão é ainda expressiva, configurando mais do que qualquer outrosector, possibilidade de risco sistémico; isto é, de alastramento e contágio a outros sectores e à economia como um todo emcaso de rupturas ou situações problemáticas. Esta é uma das razões para este ser um sector tão regulado e com actuação tãocondicionada. O segundo gráfico reflecte o peso dos activos do sector financeiro relativamente ao PIB. Verifica-se que estetem diminuído nos últimos anos. Todavia, continua com uma dimensão significativa em Chipre, onde representa mais de 5vezes o Produto Interno Bruto, ou na Irlanda, onde ainda excede os 600%. Em Portugal, em Setembro de 2013 o activo dosistema bancário ascendia a cerca de 300% do PIB, valor em linha com o observado noutros países europeus, designadamenteFrança, Espanha ou Itália.
PROGRESSOS NA UNIÃO BANCÁRIA - SEGUNDO PILAR GANHA CONTORNOS
TEMAS EM DESTAQUE
Sector empresarial não-financeiro - dívida/capital
(em % do PIB)
Activos so Sistema bancário
(em % do PIB)
Recapitalização pública da banca entre 2008 e2011(1), em % do PIB(em % do PIB, em % do PIB)
Activo do sistema bancário: peso da dívida pública
(em % do PIB)
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
11
TEMAS EM DESTAQUE
PROGRESSOS NA UNIÃO BANCÁRIA - SEGUNDO PILAR GANHA CONTORNOS
Um terceiro aspecto relacionado com a dimensão do sector, tem a ver com a forma de resolução de problemas e orespectivo impacto nas contas do Estado caso haja necessidade de recurso a fundos públicos. Na sequência da crisefinanceira e da crise de dívida soberana, houve necessidade de recapitalização do sistema bancário Europeurecorrendo a fundos públicos, facto ilustrado no terceiro gráfico. Na maior parte dos casos, a dimensão dos fundospúblicos utilizada não foi significativa ou determinante - em Portugal, ascendeu a cerca de 3.3% do PIB; recorda-se quedos 12 mil milhões de euros consignados a este fim pela Troika, apenas foram utilizados 5.6 mil milhões, tendo já ocorridoreembolsos - oscilando entre 0.3% em Itália, 4.7% no Reino Unido, 6.1% no Luxemburgo, 7% em Espanha. Neste últimocaso, o processo de recapitalização e reestruturação do sistema bancário foi mesmo objecto de um programa com contornosespecíficos pelo FMI/EU. Finalmente, no caso da Irlanda, a ajuda ao sistema financeiro ascendeu a mais de 40% do PIB,com um impacto muito expressivo na dívida pública e nas contas públicas anuais desde 2010, altura em que se concretizouo plano de ajuda irlandês. No caso de Chipre, a solução alcançada foi mais complexa, envolvendo apenas parcialmentefundos públicos.
Finalmente, o último gráfico ilustra um dos reflexos da crescente inter-conectividade e relação que se temvindo a observar entre os bancos e os estados soberanos: em particular nos países periféricos do euro, afragmentação financeira e as regras vigentes, conduziram ao aumento da proporção de activos no sistema bancáriosob a forma de dívida pública. Facto que tem implicações nos dois sentidos, criando uma situação de maiorvulnerabilidade em cada estado membro. Esta é uma das principais razões para a União Bancária, cuja concretizaçãopretende gradualmente quebrar o elo de ligação entre o estado e o sistema bancário, que expõe ambos os sectores amaiores riscos e vulnerabilidades.
…O Mecanismo Único de Resolução
Com base em informação disponibilizada pela Comissão Europeia, alguns dos passos na construção da União Bancária foramos seguintes:
Julho de 2013 - A Comissão Europeia (CE) faz uma proposta relativamente à constituição do MUR para a União Bancária(UB). O MUR constitui um complemento ao MUS, proposto pela Comissão em Dezembro de 2012. Deverá centralizarcompetências chave e os recursos para lidar com a necessidade de resolução de qualquer banco na UEM e noutrosestados membros participantes na UB.
Dezembro de 2013 - o Conselho Europeu acorda linhas gerais do MUR, a ser negociado com o Parlamento Europeu.
Março de 2014 - O Parlamento Europeu e o Conselho chegam a acordo preliminar relativamente aos contornos do MURda UB.
O MUS tornar-se-á totalmente operacional em finais de 2014, momento a partir do qual o BCE passará a supervisionardirectamente os bancos da UEM. O MUR assegurará que se um banco enfrentar sérias dificuldades, a sua resolução poderáser gerida de forma eficiente, com custos mínimos para a economia e o contribuinte.
Objectivo do MUR - Aplicar-se-á a todos os bancos abrangidos pela supervisão do MUS; no caso de bancos apenas sujeitosà supervisão nacional, será o supervisor nacional a detalhar os planos de resolução, excepto se houver utilização de fundosdo MUR, caso em que a decisão será tomada a nível do quadro directivo (Board) do MUR.
Processo de decisão - será centralizado, formalizado em torno do quadro directivo (Board), envolvendo membrospermanentes, a Comissão, o Conselho Europeu, o BCE, as autoridades de resolução oficiais. O quadro directivo avalia aexistência de risco sistémico e a possibilidade de existência de uma solução privada. Se não houver essa possibilidade,adoptará um esquema de resolução, incluindo o eventual uso do Fundo.
Fundo - O Fundo Único de Resolução (FUR) será constituído no futuro, contribuindo para a sua formação todos os bancosnos Estados Membros participantes. O montante objectivo do Fundo serão EUR 55 mil milhões, podendo também o FURfinanciar-se no mercado se tal for decidido pelo Board em sessão plenária. Durante um período de transição de 8 anos oFundo será composto por compartimentos nacionais, correspondentes a cada estado membro. Os recursos acumuladosnesses compartimentos serão progressivamente mutualizados, durante um período de 8 anos, sendo 40% logo no primeiroano.
Para se tornar Lei, a proposta da Comissão Europeia deverá ser adoptada conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelosEstados Membros, no Conselho Europeu. O MUR estará operacional a partir de 1 de Janeiro de 2015 e os fundos bail-in e deresolução estarão disponíveis a partir de 2016.
Os principais pontos e características da UB estão condensados no esquema seguinte:
12
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
TEMAS EM DESTAQUE
PROGRESSOS NA UNIÃO BANCÁRIA - SEGUNDO PILAR GANHA CONTORNOS
Conclusão
O acordo tripartido agora alcançado surge na sequência de uma resolução preliminar do Conselho Europeu em Dezembro de2013, e a tempo de ser aprovado antes da interrupção de trabalhos do Parlamento Europeu, antes das eleições de Maio. Éuma decisão importante na medida em que possibilita a formação de um mecanismo de actuação perante a eventualidade deum problema no sistema bancário, antes da realização dos testes de stress e da revisão à qualidade dos balanços (AssetQuality Review, AQR no acrónimo inglês). De acordo com o calendário recentemente definido pelo BCE, o processo de revisãoda qualidade dos activos deverá estar finalizado em Outubro, altura em que serão divulgados os resultados dos testes destress realizados em conjunto com a Autoridade Bancária Europeia (EBA, no acrónimo inglês).
Numa primeira análise, o detalhe do acordo agora alcançado parece responder a algumas das críticas suscitadas pelosprincípios orientadores que emanaram da resolução de Dezembro. Em particular quanto à complexidade do processo deresolução e o acordo pouco satisfatório quanto ao Fundo de Resolução. O processo de decisão foi simplificado e acelerado:o BCE, actuando em conformidade com o seu papel de supervisor, despoletará o processo de resolução, que aparentementenão será tão susceptível de ser influenciado por questões de ordem política, assegurando assim, condições de maior equilíbrioe igualdade entre as instituições europeias. Por outro lado, a mutualização dos fundos disponíveis no âmbito do FUR foiantecipada (antes, 10 anos) e feita de uma forma progressiva (front-loaded). O facto de o FUR poder também recorrer afinanciamento no mercado também constitui um factor importante, na medida em que reforça a sua capacidade de actuação.
Paula Gonçalves Carvalho
Pilares da União bancária na zona euro
União bancária
Fonte: Comissão Europeia, Paribas, Bruegel
Mecanismo único
de supervisão (MUS)
Mecanismo único
de resolução (MUR)
Regras únicas para a
resolução
Fundo comum de
resolução
Autoridade para a
resolução
BCE assume supervisão em Out 2014. Até lá deverão estar completos a Revisão da
avaliação da qualidade dos activos (AQR) e os stress tests.
BCE despoleta processo de resolução; as regras comuns para lidar com bancos em
dificuldades estarão efectivas a partir de 01/01/2015.
Fundo de 55 mil milhões de euros, subscrito pelos bancos, que estará disponível dentro de 8 anos (antes, 10 anos). Compartimentos nacionais mas mutualização
progressiva, froant-loaded , sendo 40% no 1º ano, 20% no 2º ano e o restante distribuido ao longo de 6 anos seguintes.
Possibilidade de recurso adicional a financiamento no mercado, reforçando o seu poder de actuação.
Operacional a partir de 01/01/2015, tendo uma componente supra-nacional
(membros permanentes do Board, BCE, Comissão, Conselho) e representantes
nacionais (autoridade de resolução nacional). Tem como finalidade decidir na
recuperação e/ou resolução de bancos em dificuldades com base nas recomendações
do MUS.Fundo comum de
garantia de
depósitosProbabilidade de estabelecimento de um regime comum continua a ser limitada.
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
13
CONFLITO OESTE-RÚSSIA: UMA SITUAÇÃO LOSE-LOSE?
TEMAS EM DESTAQUE
A União Europeia e os EUA avançaram com a imposição de sanções económicas à Rússia no seguimento do conflito entreesta e a Ucrânia, que terminou com a anexação da Crimeia. Em resposta, a Rússia tem ameaçado reduzir a dependênciado sistema financeiro dos EUA e procurar novos parceiros económicos. Independentemente do tipo de ameaça em causa,o resultado tem sido uma quebra da confiança nas relações entre a Rússia e os países ocidentais. A interdependência dosistema económico global significaria que a suspensão por completo das relações comerciais e financeiras teria custoselevados para as duas regiões (Rússia e Ocidente), para além de poder resultar numa quebra na confiança global e naapetência por risco.
A Rússia, cuja economia corresponde a 3% da economia mundial (em paridades do poder de compra), é o segundo maiorprodutor de gás natural (de acordo com dados da US Energy and Information Administration) com uma produção de 21.7biliões de pés cúbicos (tcf) em 2012, correspondendo a cerca de 18% da produção total mundial. As reservas provadas degás natural ascendiam em 2012 a 1,680.0 tcf, as maiores a nível mundial. É também o terceiro maior produtor de petróleoem crude, contando em Outubro de 2013, com uma produção média diária de 10.5 milhões de barris (quase 12% daprodução mundial), e possui as nonas maiores reservas provadas, equivalentes a 60 mil milhões de barris.
Rússia é o 3º maior produtor de petróleo…
(milhares de barris/dia em Outubro 2013)
… e o 2º maior produtor de gás natural
(biliões de pés cúbicos em 2012)
Dito isto, não é surpreendente que grande parte dasnecessidades energéticas externas da União Europeia sejasatisfeita através de importações da Rússia. De acordo comdados do Eurostat, cerca de 10.2% das importações da UEno ano passado (num total importado no valor de EUR 4,443.8mil milhões) corresponderam a fontes primárias de energia(carvão, petróleo e gás natural) e destas cerca de 30%tiveram origem na Rússia. De facto, a Rússia foi responsávelpor 22% das importações de carvão da UE, por 29% dasimportações de petróleo e por 20% das importações de gásnatural (cerca de 16% do gás natural consumido pela UE éexportado da Rússia através da Ucrânia, de acordo com aEIA).
A dependência energética das exportações da Rússia teminclusive aumentado nos últimos anos, não obstante a ideiade reduzir a dependência do país ter sido desenvolvida em2008 após a invasão da Geórgia. Se no ano 2000 asimportações de carvão, gás natural e petróleo da Rússiaequivaliam a 20.4% das importações totais destas matérias-primas para a UE, em 2013 essa percentagem foi de 27.0%.Ou seja, a Rússia não só tem sido um dos principaisfornecedores de fontes de energia primária para a UE, como oseu peso no fornecimento total destes produtos tem vindo aaumentar.
Rússia é o principal fornecedor de principaismatérias primas para a UE(peso das importações de cada país nas importações da UE por produto, em 2013)
0 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000 14,000
EUA
Aráb. S.
Rússia
China
Canadá
Irão
EAU
Iraque
Brasil
M éx.
Fonte: EIA
0 5 10 15 20 25 30
EUA
Rússia
Irão
Qatar
Canadá
Noruega
China
Aráb. S.
A lgéria
Holanda
Fonte: EIA
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%
AngolaAzerb.
A lgéria
Reino Un.Guiné E.
Iraque
Cazaq.Líbia
M éxico
NigériaHo landa
Noruega
RússiaAráb. S.
Outros
Austr.Bélgica
Canadá
ColômbiaR. Checa
Indonésia
PolóniaUcrânia
EUA
Áfr. SulÁustria
Alemanha
EspanhaQatar
Carvão Petró leo Gás natural Fonte: Eurostat
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
CONFLITO OESTE-RÚSSIA: UMA SITUAÇÃO LOSE-LOSE?
TEMAS EM DESTAQUE
Dependência energética da UE face à Rússia temaumentado(importações oriundas da Rússia / total de importações, por produto)
Heterogeneidade na exposição dos exportadoresEuropeus à Rússia(% das exportações de cada país para a Rússia)
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
2003 2005 2007 2009 2011 2013
Carvão Gás natural Petró leo (crude) Total
Fonte: Eurostat
0% 3% 5% 8% 10% 13% 15% 18% 20%
Portugal
Irlanda
Luxemburgo
Reino Unido
M alta
Bélgica
Grécia
Holanda
Chipre
França
Dinamarca
Suécia
Bulgária
UE-28
Itália
Roménia
Hungria
Croácia
Áustria
Alemanha
Rep. Checa
Eslováquia
Eslovénia
Polónia
Finlândia
Letónia
Lituânia
Fonte: Eurostat
A Rússia é inclusive um importante parceiro comercial paravários países da UE, principalmente para a Lituânia, Letónia eFinlândia, onde o peso das exportações para aquele paísrepresenta 20%, 16% e 10%, respectivamente, nasexportações totais. Na média dos 28 países que constituem aregião, a quota de mercado da Rússia fixa-se em 2.6%.Portugal e Irlanda surgem como os países em que osexportadores estão menos expostos à intensificação do conflitoentre a Rússia e o Ocidente.
Se, por um lado, a UE (e os EUA) teriam muito a perdercom a redução das trocas comerciais com a Rússia(mantendo tudo o resto constante), o inverso também seriaverdade. De facto, a UE (destacando-se principalmente aHolanda, Alemanha e Itália) e os EUA são importantesparceiros comerciais da Rússia, tendo sido destino para51.4% das exportações deste país em 2012 (USD 270 milmilhões) e tendo fornecido 45.2% do total de bensadquiridos ao exterior ( USD 143 mi l mi lhões).Considerando que as exportações representam umaimportante componente do PIB (29.4% em 2012), conclui-se que as exportações para a UE e EUA representem(directamente, ie, excluindo efeitos spill-over sobre criaçãode emprego, produção intermédia e receitas orçamentais)cerca de 15% da economia local. O peso das importaçõesdestas regiões no PIB da Rússia é também considerável(cerca de 10%), o que significa que a redução dasimportações também teria custos elevados, caso a economialocal não fosse capaz de dar resposta às necessidadesacrescidas ou não fossem encontrados mercados externosalternativos.
Países da UE são os principais investidores naRússia(Stock de investimento estrangeiro por país, em mil milhões USD)
Por último, acresce o elevado domínio dos países da UE para o investimento na Rússia, que no final do terceiro trimestrede 2013 eram responsáveis por quase 70% do stock de investimento estrangeiro no país (os EUA detinham 3%). O stockde investimento estrangeiro total até Setembro estava avaliado em USD 379 mil milhões (equivalente a cerca de ¼ doPIB).
Sumariamente, os fluxos comerciais com a UE e os EUA têm um peso considerável na economia da Rússia, pelo que aimposição de sanções poderá resultar num abrandamento do crescimento económico do país. Por outro lado, o fornecimentode fontes primárias de energia da Rússia ainda assume um papel central no abastecimento da UE, pelo que esta tambémseria negativamente afectada pelo aumento das tensões com a Rússia. Ou seja, uma situação de intensificação do clima detensão entre a Rússia e os países do Ocidente é um jogo em que ambas as partes perdem.
0 10 20 30 40 50 60 70
Chipre
Holanda
Luxemburgo
China
Reino Unido
Alemanha
Irlanda
França
EUA
Japão
Fonte: Federal State Stat istics Service
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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CONFLITO OESTE-RÚSSIA: UMA SITUAÇÃO LOSE-LOSE?
TEMAS EM DESTAQUE
UE e EUA são importantes parceiros comerciais da Rússia
(exportações por destino, em % do total)
Nuno André Coelho
UE, 49.0%
Países CIS*;
14.9%
China, 6.8%
Turquia, 5.2%
Japão, 3.0%
Coreia do Sul,
2.6%
EUA, 2.5%
Outros, 16.0%
UE, 40.3%
China; 16.4%Países CIS*;
13.8%
Japão, 5.0%
EUA, 4.8%
Coreia do Sul,
3.5%
Turquia, 2.2%
Outros, 14.1%
Fonte: Federal State Statistics Service
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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GLOBAL - RETOMA SUPORTADA PELOS PAÍSES DESENVOLVIDOS
ECONOMIAS
Global: Os indicadores de actividade no sector das manufacturas apontam para um abrandamento no ritmo de expansãoda produção industrial a nível global. Todavia, importa ter presente que este movimento reflecte o comportamento doindicador chinês, que em Março caiu para um mínimo dos últimos 8 meses. Perante um cenário de arrefecimento maisacentuado da actividade, as autoridades chineses planeiam adoptar medidas de incentivo ao investimento, possivelmenteatravés de medidas de política monetária mais expansionista. Nas economias desenvolvidas, os indicadores que avaliam aactividade no sector das manufacturas abrandaram em ambos os lados do Atlântico, mantendo-se, no entanto, em níveiscompatíveis com expansão da actividade. E algumas das suas subcomponentes apontam para aceleração nos meses seguintes.Nos EUA, o indicador PMI caiu para 55.5 em Março face aos 57.1 observados em Fevereiro, mas situou-se claramente acimado nível de Janeiro, sugerindo que o comportamento no primeiro mês do ano foi fortemente influenciado pelas condiçõesclimatéricas adversas que se registaram. De facto, a componente novas encomendas, sugere uma evolução positiva daprodução no início do segundo trimestre de 2014. Na zona euro, o mesmo indicador abrandou para 53 pontos, menos 0.2pontos do que em Fevereiro, mas também neste bloco económico o comportamento da sub-componente novas encomendasaponta para a aceleração da produção nos meses mais próximos. O PMI Output relativo ao sector das manufacturas -baseado na questão: a sua empresa espera aumentar/manter/reduzir a produção - aumentou ligeiramente para 55.4, mais0.1 pontos do que um mês antes.
EUA: A economia norte-americana cresceu 2.6% (anualizados) no último trimestre de 2013, mais do que estimadoanteriormente, colocando o crescimento anual de 2013 em 1.9%. A revisão em alta do crescimento nos últimos trêsmeses do ano reflecte revisões no ritmo de expansão do consumo privado (3.3% vs 2.6%) e das exportações de bense serviços, que avançaram 9.5%, mais 0.1 pontos percentuais do que o publicado anteriormente. A confiança doconsumidor mantém a tendência positiva observada nos últimos meses, indicando optimismo dos consumidores quantoao andamento da economia. A este facto, não será estranho a recuperação das condições no mercado de trabalho - emFevereiro foram criados 175 mil novos postos de trabalho -, dando suporte à permanência de um cenário de retomamoderada da actividade.
Zona euro: Os indicadores de sentimento continuam a suportar o cenário de retoma, embora alguns apresentem umaevolução mais cautelosa, reflectindo incertezas quanto ao desenvolvimento da actividade nos próximos meses em resultadodas tensões em torno da questão ucraniana. Destes, refere-se a queda do indicador IFO de Março, via componente expectativas,em consequência de receios de que a crise ucraniana se reflicta negativamente na actividade do sector empresarial alemão.Com efeito, mais de um terço dos gás e petróleo consumido na Alemanha tem origem na Rússia, pelo que a deterioração dasrelações com este país reflecte-se em maior incerteza no sector empresarial alemão. Por seu turno, a componente que avaliaas condições correntes continuou a melhorar, subindo para 115.2 contra 114.4 há um mês atrás. No bloco do euro, ocomportamento da inflação continua a desapontar, dada a permanência da tendência de abrandamento. Em parte este factoresulta do facto da moeda única estar muito apreciada, reflectindo-se na queda dos preços dos bens importados; e em partereflectirá ajustamentos nos preços associados a alterações estruturais em alguns mercados - trabalho, produto e serviços -de forma a melhorar a competitividade de alguns dos seus membros.
Teresa Gil Pinheiro
Índices PMI & ISM (manufacturas)
(pontos percentuais)
Variação do emprego e taxa de desemprego
(mil, %)
42
46
50
54
58
M ar-12 Jul-12 Nov-12 M ar-13 Jul-13 Nov-13 M ar-14
China Alemanha EUA Fonte: Bloomberg
-1,000
-800
-600
-400
-200
0
200
400
600
Fev-08 Fev-09 Fev-10 Fev-11 Fev-12 Fev-13 Fev-14
4
5
6
7
8
9
10
11
Variação do Emprego Taxa de desemprego (ELD)
Fonte: Bloomberg
18
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
1995 1996 1998 1999 2001 2002 2004 2005 2007 2008 2010 2011 2013
Construção M áquinas e Equipamento
7.6%
5.2%
Fonte: INE, BPI calc
2.4%
0.0%
-2.9%
1.9%
-1.3%
-3.2%
-1.4%
1.0% 1.4%2.1%
-0.08
-0.06
-0.04
-0.02
0
0.02
0.04
0.06
2007 2009 2011 2013 2015 P
Procura interna Procura ext liq PIB pr mercFonte: INE, BPI calc
Previsões
PIB anual - principais contributos
%
PORTUGAL - NOTA POSITIVA NOS PRIMEIROS MESES DE 2014
ECONOMIAS
Actividade surpreende favoravelmente no 4º trimestre de 2013: O perfil de evolução da actividade económicatraduz contributos favoráveis das exportações e do consumo privado. Depois de uma retracção acentuada da procura interna,cerca de menos 14% desde o pico de 2008, é desejável uma estabilização ou mesmo o aumento do consumo das famílias.Por outro lado, o sector exportador continua a evoluir de forma bastante positiva, reflexo dos ganhos de competitividade ede estratégias agressivas de procura por novos mercados ou aumento da penetração em mercados já explorados.
Cenário conservador: Face ao desempenho económico nos últimos três meses de 2013 e aos sinais auspiciosos registadosnos indicadores mais recentes, consideramos a nossa actual previsão - crescimento de 1% - conservadora, podendo vir a serrevista em alta se a tendência se mantiver. Este resultado contribui para a queda sustentada do prémio de risco do soberano,sendo um elemento crucial para assegurar o pleno regresso ao financiamento no mercado pela República portuguesa.Contribui também favoravelmente para o esforço de consolidação orçamental em 2014: recorde-se que no Orçamento deEstado para 2014, o Ministério das Finanças estimava que o regresso a crescimento previsto de 0.8% (previsão oficial doOE14) reduzisse o esforço de consolidação em 0.5 p.p. do PIB; pelo que um maior ritmo de expansão reforçará estecontributo, permitindo mais facilmente alcançar a meta para o défice.
Necessidade de mais investimento: Apesar deste bom desempenho, para assegurar um processo sustentado nofuturo seria também necessário o regresso a crescimento da Formação Bruta de Capital. Esta componente foi particularmenteafectada durante o processo de ajustamento nos últimos três anos, sendo necessária a sua recuperação para reforçar ocrescimento potencial do PIB e aumentar o emprego sustentadamente. Neste capítulo, é de destacar a redução do peso doinvestimento em construção para valores historicamente baixos e próximos dos registados nos pares europeus (ver gráfico),enquanto o investimento em equipamento dá sinais de reanimação.
Actividade na indústria avança sustentadamente: Em Janeiro, a produção industrial aumentou de novo acima de4%, em termos homólogos, tendo para tal contribuído a produção de bens de consumo não duradouros, bens intermédios ebens de investimento. Por sectores, são de destacar as indústrias alimentares, madeira, cortiça, produtos químicos efarmacêuticos, artigos de borracha e plástico, fabricação de maquinaria eléctrica, automóveis e partes.
Índices prospectivos confirmam cenário mais favorável: entretanto, os indicadores compósitos calculados peloBanco de Portugal e INE (de actividade e de confiança) mantêm tendência positiva, sustentando cenário mais optimista.
Paula Gonçalves Carvalho
Produção industrial cresce de forma sustentada
(Taxa de variação homóloga, média móvel de 3 meses (%))
Investimento em Construção e Maquinaria - Pesono PIB
Peso do PIB (%)
PIB (%): Óptica da oferta
Peso no VAB Variação Anual (real)2013 2010 2011 2012 2013
VAB 100% 1.9% -0.6% -2.3% -1.2%
Agricultura, silvicultura e pesca 2.7% 1.6% 0.4% -1.1% 3.0%
Indústria 14.7% 7.0% 2.4% -2.0% -0.5%
Energia, água e saneamento 3.4% 9.2% -3.3% -2.3% 1.1%
Construção 4.1% -5.4% -8.0% -14.8% -13.9%
Comércio e reparação de veículos;restauração e alojamento 19.4% 2.5% 0.4% -1.3% 0.8%
Transportes; actividades de informaçãoe comunicação 9.1% 0.4% 1.1% -1.4% -0.5%
Actividades financeiras e imobiliárias 16.4% 1.1% -0.2% -0.6% -1.6%
Outras actividades de serviços 30.2% 0.8% -1.6% -2.1% -1.4%
Fonte: INE.
-10%
-8%
-6%
-4%
-2%
0%
2%
4%
6%
M ar-11 Set-11 M ar-12 Set-12 M ar-13 Set-13
Jan 14: 4.3%
Fonte: INE, BPI calc
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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ECONOMIAS
ESPANHA - CRESCIMENTO GANHA TRACÇÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Indicadores relativos ao primeiro trimestre, sugerem a aceleração da actividade: do lado da oferta, omomento de retoma ganha tracção na melhoria do indicador PMI manufacturas, o qual desde Dezembro se situa emníveis indicativos de expansão da produção, consolidando a expectativa de que a produção industrial manterá atendência positiva registada nos últimos meses, evolução da capacidade instalada e, num momento posterior, doinvestimento. A aceleração do indicador PMI tem ainda maior relevância, dada a sua significativa correlação com ocrescimento do PIB. O comportamento dos indicadores de procura interna e externa corroboram esta perspectiva: osindicadores de sentimento revelam-se, genericamente, mais positivos do que no último trimestre de 2013; e asvendas de automóveis ligeiros aceleraram em Fevereiro, em parte reflexo da aprovação do PIVE-5 (5º programa deincentivo à troca de veículos por outros mais eficientes do ponto de vista energético, no montante de 175 milhões deeuros) no final de Janeiro, na sequência do esgotamento do pacote anterior. Relativamente à procura externa, nosmeses de Dezembro e Janeiro voltou a registar-se um movimento de aceleração das exportações, sugerindo que oabrandamento em Outubro e Novembro tenha sido pontual. Por fim os dados relativos ao mercado de trabalhosugerem melhorias: o número de inscritos na segurança social está a aumentar e o número de desempregados adiminuir.
Banco de Espanha divulga cenário macroeconómico 2014-15: Os progressos da actividade económica, beneficiandoda melhoria das condições financeiras reflectem-se na perspectiva de que o ciclo de crescimento iniciado nos últimos mesesde 2013 se consolide em 2014-15. Com efeito, o Banco de Espanha, estima que a economia cresça 1.2% e 1.7, respectivamente,em 2014 e 2015, beneficiando de contributos mais balanceados entre procura interna e externa. Todavia, os níveis decrescimento avançados para o próximo biénio contrastam com os elevados ritmos de crescimento no período pré-crise,reflectindo a necessidade de prosseguir com o ajustamento dos desequilíbrios acumulados, nomeadamente no que se refereao endividamento e ao esvaziar da bolha imobiliária. O Banco de Espanha chama, também, a atenção para a existência deriscos significativos, sobretudo relacionados com o andamento da procura global e com a possibilidade de que em 2015 apolítica fiscal possa ter que adoptar um cariz mais restritivo de forma a cumprir com as metas orçamentais inscritas noprocedimento dos défices excessivos.
Projecções do Banco de Espanha (%)
2013 2014 2015
PIB -1.2 1.2 1.7
Consumo privado -2.1 1.1 1.2
Consumo público -2.3 -1.5 -2.5
Investimento -5.1 0 4.2
Construção -9.6 -4.4 1.7
Bens de equipamento 2.2 6.3 7.5
Exportações 4.9 5.1 6.1
Importações 0.4 3 4.4
Contributos:
Procura interna -2.7 0.3 0.9
Procura externa 1.5 0.8 0.7
Taxa de desemprego 26.4 25 23.8
Taxa de poupança das famílias 10 9.5 9.7
Saldo externo em % do PIB 1.5 2.1 2.5
Saldo orçamental em % do PIB -7.1 -5.8 -5.5
Fonte: Banco de Espanha.
PIB e PMI Manufacturas
(% var.homóloga, percentagem)
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
M ar-00 M ar-02 M ar-04 M ar-06 M ar-08 M ar-10 M ar-12 Fev-14
25
30
35
40
45
50
55
60
PIB, tvh PM I M anuf.Fonte: BdE, Bloomberg
20
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
ESPANHA - CRSECIMENTO GANHA TRACÇÃO NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Teresa Gil Pinheiro
ECONOMIAS
Indicadores económicos
2013 2014Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
Consumo privado
Indicador de confiança dos consumidores -26.0 -23.0 -21.0 -17.0 -21 -21 -17 -12 -15 -
Indicador de confiança do retalho -12.5 -9.3 -6.5 -5.3 -5 -2.6 5.5 6.6 1.1 -
Índice de vendas no retalho, deflacionado 83.3 93.1 84.4 81.0 83.6 81.6 97.7 87.0 nd -
Vendas de automóveis ligeiros -0.7 14.9 -18.3 28.5 34.39 15.15 18.2 7.57 17.8 -
Carteira de encomendas de bens de consumo -23.0 -19.0 -13.0 -22.0 -18 -21 -14 -9 -17 -
Índice de Produção de bens de consumo -8.4 0.2 -3.4 2.9 -0.46 -1.3 6.05 1.47 nd -
Importação de bens de consumo 5.9 0.1 5.5 14.5 10.13 7.8 11.54 17.21 nd -
Investimento
Índice de produção industrial de bens de equipamento -0.1 1.8 -5.6 9.8 6.39 3.63 4.66 1.69 nd -
Carteira de encomendas de bens de equipamento -30.0 -25.0 -32.0 -24.0 -35 -40 -32 -16 -31 -
Importações de bens de equipamento 22.0 9.8 17.1 32.6 18.83 19.44 15.71 11.75 nd -
Indicador de disponibilidades de bens de equipamento 40.3 -2.7 -46.9 22.0 11.86 29.83 16.42 -21.75 nd -
Vendas de automóveis comerciais -4.6 9.4 -2.8 12.9 13.5 13.21 34.61 46.2 35 -
Procura externa
Exportações de bens e serviços 7.5 -0.1 1.9 11.4 1.2 -0.9 5.5 5.4 nd -
Importações de bens e serviços 0.0 -0.7 3.1 8.66 8.41 2.45 9.34 6.49 nd -
Actividade Industrial
Indice de produção industrial -1.8 -1.1 -2.6 1.0 -1.12 2.45 2.16 1.06 - -
Indicador de confiança na indústria -14.2 -14.2 -12.7 -11.4 -14.2 -11.7 -8.8 -9.5 -8.1 -
Carteira de encomendas à indústria -35.1 -33.2 -28.5 -29.0 -32 -27.3 -25.4 -16.4 -20.1 -
Utilização da capacidade instalada 74.6 nd nd 76.2 nd nd 73.5 nd nd 77
Índice PMI manufacturas 50.0 49.8 51.1 50.7 50.9 48.6 50.8 52.2 52.5 -
Construção
Consumo de ciemento -24.1 -17.2 -23.4 -9.1 -14.35 -5.73 -7.03 -13.62 -9.83 -
Indicador de confiança na construção -52.4 -61.1 -69.3 -51.4 -64.8 -60.4 -46.9 -52.9 -51.3 -
Carteira de encomendas -48.4 -65.1 -72.9 -56.8 -70.6 -65.4 -51.2 -67.4 -54.8 -
Mercado de trabalho
Inscritos na segurança social -3.7 -3.5 -2.5 -3.3 -2.22 -0.43 -0.46 0.11 0.46 -
Desempregados 3.2 2.4 1.6 0.4 -0.46 -2.02 -3.04 -3.34 -4.52 -
Taxa de desemprego 26.3 nd nd 26.0 nd nd nd nd nd -
Fonte: Banco de Espanha, Markit Economics.
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
21
0
1
2
3
4
5
6
7
Jan-10 Jul-10 Jan-11 Jul-11 Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14
CPI Inflação Núcleo - M étodo exclusão
Inflação
objectivo
do BCB
Fonte: BCB
BRASIL - CRESCIMENTO ECONÓMICO RECUPERA MAS PREOCUPAÇÕES MANTÊM-SE
ECONOMIAS
A actividade económica recuperou moderadamente no início do ano: em Janeiro, o índice IBC-Br registou umcrescimento de 1.26% em termos homólogos, depois de uma contracção de 1.4% em Dezembro. Por seu turno, a produçãoindustrial cresceu em Janeiro 2.9% m/m, enquanto o indicador compósito PMI ultrapassou em Fevereiro a barreira dos 50(que separa a zona de crescimento de contracção), aumentando para 50.8 comparado com 49.9 no mês anterior, sugerindoque a economia se fortaleceu no início do ano. No entanto, estes resultados ainda devem ser vistos com alguma precaução.Por um lado, salienta-se o facto de o indicador IBC se ter apresentado bastante volátil nos últimos trimestres, e nem sempreconsistente com a evolução do PIB (note-se que os dois indicadores são reportados por diferentes instituições). Para alémdisso, a recuperação do PIB que se observou no último trimestre de 2013 foi suportada essencialmente num aumento dasexportações, sendo que ainda se aguardam reformas que possam resolver os problemas estruturais internos e que estimulemo investimento.
No sector externo, o Brasil apresenta-se como uma das economias mais vulneráveis à desaceleração docrescimento da China, que entretanto se tem tornado mais evidente. No entanto, espera-se que as exportações aindapossam beneficiar dos efeitos desfasados da desvalorização do real, mas até agora tem-se continuado a assistir a umadeterioração das contas externas. Em Fevereiro, a balança comercial registou um deficit de USD2.1 mil milhões, comoresultado de um crescimento mais acelerado das importações do que das exportações (importações +7% y/y e exportações+2% y/y). Por sua vez, o saldo da balança corrente registou um deficit de USD 7.5 mil milhões em Fevereiro, enquanto oinvestimento directo estrangeiro foi mais moderado (caiu para USD 4.1 mil milhões no mesmo mês). Ainda assim, asreservas internacionais mantiveram um nível robusto, totalizando em Fevereiro USD 363 mil milhões (aumentaram USD 1.8mil milhões em relação ao mês anterior).
A S&P baixou o rating da dívida soberana do Brasil (referente à divida de longo prazo denominada em moedaestrangeira) de forma a reflectir a derrapagem nas contas fiscais, o crescimento económico fraco e a deterioração nas contasexternas. A agência apontou nomeadamente o facto de os saldos primários se terem deteriorado mas também a deterioraçãoda credibilidade da política fiscal (já que os objectivos para o saldo primário têm sido frequentemente revistos em baixa etêm sido cumpridos com recurso a medidas pontuais). Por outro lado, o relatório mencionou alguns pontos mais positivosnomeadamente o facto de a dívida pública, apesar de elevada, manter uma composição sólida (essencialmente denominadaem moeda local e com taxas de juro fixas ou indexadas à inflação) e de o governo ter reduzido a velocidade do aumento docrédito através dos bancos públicos.
Luisa Teixeira Felino
Evolução da actividade económica
(variação anual)
Inflação
(percentagem)
Investimento Directo Estrangeiro vs Saldo daBalança Corrente(mil milhões de dólares, acumulado de 12 meses)
Produção industrial
(% variação anua)
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
MÉXICO - ACTIVIDADE ECONÓMICA SINALIZA RECUPERAÇÃO E REFORMAS PROSSEGUEM
ECONOMIAS
A produção industrial subiu 0.5% m/m em Janeiro (+0.7% y/y), recuperando face a uma contracção de0.5% m/m no mês anterior. Este aumento foi suportado fundamentalmente por um forte ganho na indústria transformadora(+2.5% y/y) enquanto que o sector da construção continuou a contrair-se (-2.5% y/y). Estes dados sugerem que a economiaMexicana (que continua bastante dependente do sector externo) está a beneficiar da recuperação da procura externa,nomeadamente por parte dos EUA. Entretanto foram também publicados os dados do PIB do lado da procura para o quartotrimestre, que indicaram que a dinâmica do sector externo da economia acabou por compensar a desaceleração da procurainterna. Foi confirmado que o PIB no 4T 2013 cresceu 0.7% y/y, resultado de um crescimento do consumo de 1.6% y/y e deuma contracção de 3% y/y no investimento, enquanto as exportações subiram 6.7% y/y.
Entretanto, o México prossegue com as reformas estruturais que se espera que aumentem a competitividadedo país. A Pemex (empresa petrolífera estatal que beneficiou de um monopólio durante 76 anos) enviou ao Ministério daEnergia a lista dos campos de petróleo e gás que pretende manter, um passo importante no contexto da reforma do sectorde energia aprovada em Dezembro. De acordo com o Ministro da energia, a Pemex terá requerido manter 83% das reservasprovadas e prováveis de petróleo e 31% das reservas potenciais, de forma a manter a grande maioria dos campos que temexplorado e todas as áreas que estão actualmente em produção. O resultado desta solicitação será divulgado em Setembro,e esta será uma fase crucial para determinar a atractividade do sector para as grandes empresas multinacionais, que seprevê que entrem no mercado a partir de meados de 2015.
O Banco Central na sua reunião de Março manteve as taxas de juro (tasa de fondeo) em 3.5%. A autoridademonetária demonstrou confiança na recuperação da actividade económica e enfatizou o facto de o aumento das taxas deinflação no inicio de Janeiro, ter sido concentrado apenas num determinado número de bens como resultado das alteraçõesfiscais, sendo que este efeito deverá ser temporário e tal como tinha sido antecipado já começou a ser revertido emFevereiro. Por seu turno, os investidores têm mantido confiança na economia mexicana muito devido às expectativasrelativamente à repercussão das reformas na actividade económica. Neste contexto, o peso manteve-se resiliente numcontexto de alguma volatilidade nos mercados das economias emergentes, e as oscilações no spread da dívida soberanatambém foram contidas. Para além disso, depois de a agência Moody's ter elevado o rating do México, a República lançouuma emissão de títulos soberanos a 100 anos de 1.7 mil milhões de libras esterlinas.
Luisa Teixeira Felino
Produção Industrial
(variação anual)
Crescimento do PIB pela óptica da despesa
(variação anual)
Inflação
(variação anual)
USD/MXN & spread EMBI
(pontos base; USD/MXN)
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Jan-11 Jul-11 Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14
Total Ind. Transformadora Construção
Fonte: INEGI/Bloomberg
0.61.6 1.4
0.7
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
2013 T1 2013 T2 2013 T3 2013 T4
PIB Consumo Investimento Exportações Importações
Fonte: Banxico
0
1
2
3
4
5
6
7
Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14
IPC IPC subjacenteFonte: INEGI/Bloomberg
50
100
150
200
250
300
350
400
Fev-09 Dez-09 Out-10 Ago-11 Jun-12 Abr-13 Fev-14
11
12
13
14
15
16
Spread EM BI USD/M XN (eld)Fonte: INEGI/Bloomberg
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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ANGOLA - FMI ELOGIA CRESCIMENTO DE ANGOLA, MAS ALERTA PARA RISCOS DE POLÍTICA ORÇAMENTAL
ECONOMIAS
O Fundo Monetário Internacional concluiu a "Segunda Monitorização Pós-Programa" com Angola - o segundoprograma implementado desde 2009, quando a queda do preço do petróleo levou a um défice orçamental e da balançacorrente e levou o país a recorrer a ajuda externa - destacando o sucesso do país em regressar a uma trajectória decrescimento sólido com inflação controlada em níveis de um dígito.
De acordo com as novas estimativas, a economia deverá ter crescido 4.1% em 2013 (o que contrasta com aprevisão anterior, 5.6%), inferior ao crescimento de 5.2% em 2012. A desaceleração do crescimento económicoficou a dever-se sobretudo à quebra da produção petrolífera (em função de problemas operacionais nos principais campos deprodução) e à reduzida execução do investimento público. Por outro lado, a produção não-petrolífera continuou a crescer deforma sustentada, apoiada pelo investimento nos sectores da construção e energia, embora um crescimento mais elevadotenha sido contido pela recuperação lenta da produção agrícola face às cheias que afectaram o país em 2012. As novasprevisões apontam para um crescimento de 5% em 2014, suportado pela recuperação da produção de petróleo.
Ainda de acordo com o relatório do FMI, Angola deverá ter apresentado um défice orçamental no ano passadoequivalente a cerca de 1.5% do PIB. Embora se tenha verificado uma degradação das contas públicas face ao excedenteequivalente a 5.1% do PIB em 2012, o défice foi inferior ao que tinha sido projectado no orçamento do Estado para 2013(3.7%). A produção petrolífera evoluiu em linha com o orçamentado mas o preço médio por barril foi bastante superior àprevisão conservadora inserida no orçamento (USD 107 vs. USD 96), justificando o diferencial do défice efectivo face aoestimado (as receitas foram superiores ao orçamentado). Nesta área, o FMI alerta para a necessidade de se reforçar a gestãodas contas públicas no sentido de evitar a acumulação de pagamentos em atraso do governo aos fornecedores (que se têmverificado principalmente no sector da construção e no final de 2013 ainda equivaliam a USD 1.6 mil milhões) e para seincorporarem as despesas parafiscais da Sonangol no orçamento do Estado (a diferença entre o valor resultante das receitaspetrolíferas e o valor efectivamente depositado na conta do governo tem divergido sobretudo devido à utilização de partereceitas para financiar despesas parafiscais da Sonangol - despesas em nome do governo mas efectuadas pela empresapública, de modo a que ficam excluídas do OE).
A acumulação de reservas externas e a estabilidade cambial têm também contribuído para reforçar a posiçãomacroeconómica de Angola, conferindo maior protecção contra choques externos como o de 2009. No entanto, asreservas têm diminuído nos últimos meses devido à sua utilização para financiamento do Fundo Soberano de Angola (criadocom o objectivo de utilizar as receitas do petróleo para apoiar o desenvolvimento do país).
Inflação mantém tendência de queda
(Variação do IPC da cidade de Luanda)
Receitas com exportação de petróleo caíram nofinal do ano(crescimento anual real do PIB)
FSA tem absorvido reservas de moeda estrangeira
(reservas internacionais líquidas em USD mil milhões)
Câmbio face ao USD estabilizou
(x kwanzas por dólar americano)
Nuno André Coelho
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
ECONOMIAS
MOÇAMBIQUE - PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO RELATÓRIO "CARVÃO E GÁS - NOVOS FACTORES DE CRESCIMENTO"*
Nuno André Coelho
Crescimento da economia mantém-se robusto
(taxa de crescimento homóloga do PIB real, ajustada pela sazonalidade)
Inflação continua controlada
(Variação homóloga no índice de preços do consumidor)
Sustentabilidade da dívida pública em risco
(mil milhões MZN billions; % do PIB)
Apreciação do MZN contra o ZAR contribui paramanter inflação sob controlo
(x meticais por rand)
A economia de Moçambique cresceu 8.0% em termos homólogos no terceiro trimestre de 2013, confirmando a tendênciade crescimento robusto, sugerindo também que o conflito armado entre a Frelimo e a Renamo teve pouco efeito sobre aactividade económica, pelo menos até ao final de Setembro. O sector agrícola, que corresponde a cerca de um quarto daprodução total, continua o principal dinamizador do PIB, recuperando da diminuição da produção causada pelo mau tempono primeiro trimestre. A produção no sector de extracção de minérios (principalmente com a exploração de carvão e gásnatural) continua em franca expansão e tem gerado contributos positivos para outros sectores. Os mega-projectos deinvestimento continuam a desempenhar um importante papel no desenvolvimento do país, apesar do seu peso nas receitasorçamentais ser ainda diminuto.
O fraco posicionamento nos rankings de actividade empresarial sublinha a prevalência de constrangimentos estruturaisrelacionados com a excessiva burocracia, elevadas restrições à obtenção de empréstimos bancários, quadro legal ineficiente,reduzidas qualificações da população e fraca dotação de infra-estruturas.
O orçamento do Estado para 2014 mantém a enfâse no combate à pobreza e na promoção de crescimento elevado,sustentável e inclusivo através de investimento público. Desta forma, a despesa será maioritariamente orientada parasectores prioritários do Plano de Acção para a Redução da Pobreza.
A dívida pública permanece elevada por comparação com os países da África Subsariana e o elevado peso da dívidaexterna na dívida do Estado torna-se numa fonte de vulnerabilidade face a choques com origem no exterior. No médio prazo,à medida que se inicia a produção de gás natural liquefeito, o rácio da dívida pública em relação ao PIB deverá decrescerdevido ao esperado aumento da receita fiscal proveniente da exploração de recursos naturais. No entanto, a produção deLNG não deverá iniciar-se antes de 2018 dado que as fábricas estão agora a começar a ser construídas.
O crescimento do nível de preços tem sido contido pela apreciação do metical face ao rand sul-africano, pela recuperaçãoda produção agrícola depois das cheias e pela desaceleração do crescimento dos preços das commodities. No entanto,existem alguns riscos para a estabilidade de preços no curto-prazo, designadamente os relacionados com o impacto nomercado cambial da recente crise nos países emergentes.
* Relatório "Carvão e Gás - novos factores de crescimento", publicado em Março de 2014; que resume os principais desenvolvimentos económicos e financeiros de Moçambique.
8.0%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
Q1
2010
Q2 Q3 Q4 Q1
2011
Q2 Q3 Q4 Q1
2012
Q2 Q3 Q4 Q1
2013
Q2 Q3
Fonte: INE
0
50
100
150
200
250
300
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014
0
25
50
75
100
125
150
Dívida pública (stock) % do PIB (ELD) Fonte: FM I
2.5
2.7
2.9
3.1
3.3
3.5
3.7
M ar-12 Sep-12 M ar-13 Sep-13 M ar-14
ZAR/M ZN Source: Bloomberg
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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MERCADOS MERCADO CAMBIAL
MERCADO MENOS TENDENCIAL
No último mês assistiu-se ao esbatimento das principais tendências cambiais, havendo uma aparenteestabilização em níveis considerados de maior equilíbrio. A principal referência do mercado, o EUR/USD, depois de teralcançado o valor máximo desde final de Outubro de 2011, 1.3967, verificou um normal movimento de correcção associadoa um processo de tomada de proveitos (venda de euros contra a compra de dólares), chegando ao patamar 1.37. Estaevolução (apreciação do dólar contra o euro) surgiu após os resultados da última reunião da Fed, onde foi decidido prosseguiro processo de tapering, tendo o montante total de recompra mensal de títulos passado de 65 para 55 mil milhões de dólares.Por outro lado, ficou definido que, para além do objectivo da taxa de desemprego (abaixo de 6.5%), será importante aanálise da situação geral do mercado de trabalho, assim como da envolvente económico-financeira, para a decisão de subira taxa de juro de referência da Fed, presentemente perto do zero. Embora tenha sido igualmente referido que as taxasmanter-se-ão em níveis mínimos durante mais algum tempo, o mercado começou a descontar o início da subida dos juros apartir da Primavera de 2015. Entretanto, recentemente o indicador avançado e o Philly Fed dos EUA confirmaram a presentefase de retoma económica mais forte. Por outro lado, a agência de notação Fitch subiu a perspectiva da dívida pública norte-americana de "negativa" (que se mantinha desde Novembro de 2011) para "estável". Mas também surgiram dados positivosque conferiram firmeza ao euro - o superávite corrente da Zona Euro, ajustado sazonalmente, alcançou o valor recorde de25.3 mil milhões de euros em Janeiro, que compara com 20.0 mil milhões em Dezembro. Neste contexto, parece adequadoconsiderar uma previsão de curto prazo que varie em torno de 1.37.
Desde o início do ano, temos assistido a uma evolução errática e lateral do USD/JPY (até ao momento houveum ganho acumulado de 3% do iene em relação ao dólar, a partir do câmbio máximo registado logo no início doano, 105.44, quando em 2013 o iene desvalorizou-se 22% face ao dólar), tendo o mercado perdido interesse natransacção deste câmbio. Com esta evolução pouco tendencial desapareceram os especuladores que previam uma constantedepreciação do iene (ganho fácil), tal como aconteceu em 2013 quanto o Banco do Japão decidiu ser mais pragmático einiciou uma política monetária ultra-expansionista através de instrumentos quantitativos. Acção que não se repetiu aindaeste ano, embora as autoridades tenham afirmado tudo fazer para assegurar crescimento económico. Entretanto, em Abrilserá aumentado o imposto sobre o consumo de 5% para 8%, de acordo com a promessa de reforma fiscal, havendo receiosde algum impacto económico. Contudo, só com alguma degradação económica e um novo pacote de liquidez (possivelmentesó no final do ano) se podem esperar novas vendas de ienes.
Agostinho Leal Alves
EUR/USD persiste numa tendência de alta; USD/JPY prossegue numa vertente mais estável
(x doláres por EUR; x ienes por USD)
EUR/GBP corrige a partir de níveis mínimos; EUR/CHF mostra uma ligeira tendência de queda
(x libras por EUR; x francos suíços por EUR)
Custos de Financiamento em Moeda Estrangeira
31.Mar.2014
se contraído..... há 3 meses há 6 meses há 1 ano
USD 0.24% 0.24% 0.28%
EUR(1) 0.28% 0.23% 0.21%
YEN 0.15% 0.15% 0.16%
GBP 0.53% 0.52% 0.51%
CHF 0.02% 0.02% 0.02%
Fonte: BPI.Notas: Neste cálculo recorre-se às LIBORs das moedas, excluíndo pagamento de impostos. As taxasapresentadas são anualizadas para permitir a comparação entre diferentes prazos.(1) Taxas EURIBORs
Cotações a Prazo
31.Mar.2014
Moedas 3 Meses 6 Meses 1 Ano
EUR/USD 1.3786 1.3785 1.3790
EUR/JPY 142.37 142.28 142.13
EUR/GBP 0.8287 0.8292 0.8312
EUR/CHF 1.2185 1.2175 1.2151
Fonte: BPI.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
MERCADOS MERCADO CAMBIAL (moedas emergentes)
O DIFÍCIL REGRESSO DO INVESTIMENTO…
Surgiram recentemente factos adicionais que podem tornar as moedas emergentes ainda menos atractivas,embora não se possa colocar todas elas ao mesmo nível, havendo a percepção no mercado de que não sãoiguais. Contudo, dois aspectos externos recolocaram a aversão ao risco - a questão político-militar Ucrânia/Rússia/Crimeia e as alterações promovidas na China ao nível da sua política cambial. Relativamente ao primeiroaspecto, estamos perante um factor geopolítico que cria incerteza e tolda as perspectivas económicas em várias zonas doglobo, fazendo regressar investimentos de alto rendimento, mas também de alto risco, a activos considerados mais segurose que se centram basicamente nas economias avançadas. A segunda questão, relativa à China e ao seu interesse em tornara sua moeda mais integrada num sistema financeiro que funciona segundo as regras do mercado, é pertinente já queacontece num momento em que a economia chinesa mostra sinais de menor crescimento, sendo adequada uma moedamenos valorizada e livre de especuladores apoiados num processo sistemático de apreciação do yuan, que tem vindo aacontecer desde 2010 (2ª fase). A evolução do câmbio da moeda chinesa é muito relevante para as economias emergentesda Ásia, pois esta moeda não deixa de ser um pilar para as restantes moedas, dada a importância económica da China emtermos regionais e mundiais.
Há menos de 1 mês, o Banco Central da China anunciou o alargamento do intervalo de flutuação diária da suamoeda de 1% para 2%, seja no sentido da apreciação como da depreciação em relação ao dólar (em vigor apartir de dia 17 de Março). Segundo o comunicado desta instituição, pretende-se com esta medida melhorar a eficiênciada colocação de capital, da reestruturação económica e do papel do mercado na distribuição dos recursos. Há no entanto doisaspectos práticos a ter em conta: a actual fraca performance das exportações faz apelo a uma moeda mais fraca; ao invés,uma moeda demasiadamente fraca faz fugir tanto capitais indesejados como os necessários, importantes quando a economiapode estar a passar por algumas dificuldades. Desde o nível mínimo do USD/CNY de 6.0395 (14 de Janeiro) ao valor máximodesta nova tendência 6.2321 (20 de Março), o yuan já se desvalorizou cerca de 3.2% em relação ao dólar. Acreditamos queao longo das próximas semanas este câmbio posso estabilizar em volta de 6.2 yuans por cada dólar.
A disputa política entre Rússia e Ucrânia, que incluiu a anexação da Crimeia, é factor destabilizador dosmercados, nomeadamente ao nível dos activos dos países em questão (fuga de capitais). Neste âmbito, o BancoCentral da Rússia viu-se obrigado a alargar por várias vezes ao longo do último mês a banda de variação da sua moeda paracom o cabaz formado pelo dólar (0.55) e o euro (0.45). O intervalo largo está compreendido presentemente entre 33 e 40rublos. Desde Janeiro, o rublo já perdeu perto de 12% para o dólar.
Agostinho Leal Alves
Aparentemente, o processo de depreciação de yuan(CNY) e rublo (RUB) estancou e estabilizou
(x yuan por USD; x rublo por USD)
Há um decréscimo da volatilidade dos câmbios dopeso (MXN) e do real (BRL) face ao dólar(x pesos por USD; x reais por USD)
A tendência de alta de USD/ZAR (rand) e USD/TRY(lira turca) regista presentemente uma correcção(x rand por USD; x lira turca por USD)
A rupía da Índia (INR) mantém-se firme, enquantoque a rupía da Indonésia recupera valor perdido(x rupia indiana por USD; rúpia indonésia por USD)
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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MERCADOS MERCADO MONETÁRIO
FED PROSSEGUE NORMALIZAÇÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA
Em linha com o esperado, a Reserva Federal dos EUA voltou a reduzir o programa de compra de activos (QE)em USD 10 mil milhões, estando agora a adquirir treasuries (títulos de dívida pública) e mortgage-backed securities(activos garantidos por créditos hipotecários) no montante de USD 55 mm. por mês. O processo de tapering continua emcurso para terminar em Outubro / Dezembro (prosseguindo a actual redução de USD 10 mm. por mês, em Outubro restarão15 mm.).
O forward-guidance (sinalização) para a taxa de juro foi também revisto para alterar a ligação entre a primeira subida paraa fed funds (a partir do intervalo-objectivo actual fixado entre 0 e 0.25%) e a taxa de desemprego. A rápida recuperação domercado de trabalho tem aproximado a taxa de desemprego do valor 6.5%, inicialmente condicionante para a alteração dataxa de juro. O novo statement da Fed garante que "será provavelmente apropriado manter o objectivo actual para ointervalo da taxa fed funds por um período considerável depois do programa de compra activos terminar". Mais ainda,"mesmo depois do emprego e inflação atingirem valores consistentes com o mandato [pleno emprego], as condições económicaspoderão, por algum tempo, justificar que o Comité mantenha a taxa fed funds inferior aos níveis considerados normais nolongo prazo". Quando questionada na conferência de imprensa sobre o que queria dizer com "período considerável", JanetYellen respondeu "é difícil definir, mas provavelmente significa algo na ordem dos 6 meses". Na expectativa de que o taperingdo QE prossiga gradualmente, estas indicações sugerem que a Fed poderá aumentar a taxa na Primavera de 2015. Comoconsequência, esta alteração foi imediatamente incorporada no mercado de futuros, onde a expectativa implícita para aprimeira subida da taxa foi antecipada.
Na reunião de Março foram também divulgadas as novas projecções dos membros da Fed para a taxa de juro principal (fedfunds) - dos 16 membros do FOMC, 13 esperam que o primeiro aumento da taxa directora face ao intervaloactual (fixado entre 0 e 0.25%) poderá ocorrer em 2015. A mediana das novas projecções coloca a taxa nos 1% nofinal de 2015 (0.75% nas projecções anteriores) e em 2.25% no final de 2016 (vs. 1.75%).
Nuno André Coelho
Mercado antecipou subida da Fed Funds
(expectativas para a Fed Funds implícitas nos contratos de futuros, %)
Fed continua a comprar MBS e Treasuries
(valor em USD mil milhões no balanço da Fed)
Mercado de trabalho continua a ser determinantepara alteração da Fed Funds(média-móvel 4 semanas; %)
Alguns bancos centrais continuam a expandir obalanço agressivamente(activos do banco central, 2007=100)
0
500
1000
1500
2000
2500
M ar-06 M ar-07 M ar-08 M ar-09 M ar-10 M ar-11 Abr-12 Abr-13
Treasuries M BSFonte: Fed, BPI
QE1 QE2 QE3
0
0.5
1
1.5
2
M ar-14 Jul-14 Nov-14 M ar-15 Jul-15 Nov-15 M ar-16 Jul-16 Nov-16
Fonte: Bloomberg
a: 28-M arço
a: 17-Dezembro
0
100
200
300
400
500
Fev-07 Fev-08 Fev-09 Fev-10 Fev-11 Fev-12 Fev-13 Fev-14Fed BCE BoE BoJ SNB
Fonte: bancos centrais
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
INFLAÇÃO LIMITA AVANÇO DAS YIELDS
Mercados desenvolvidos: As yields dos títulos de dívida pública nos principais mercados desenvolvidos mantêm-serelativamente estabilizadas em níveis reduzidos. Nos EUA e na Alemanha, as respectivas taxas de rendibilidade dos títulos a10 anos variaram num intervalo relativamente estreito entre 2.62-2.80% e 1.52-1.63%, respectivamente, no mês de Março.Este comportamento, apesar dos sinais de retoma da actividade, reflecte em grande parte expectativas de que a inflaçãocontinuará em níveis reduzidos no médio prazo. Em particular, na zona euro, as expectativas inflacionistas implícitas noInflation swap a 2 anos, indicam que os investidores esperam que, no horizonte de dois anos, a inflação permaneça abaixode 1%, abaixo da meta do BCE de 2%. Mesmo a cinco anos, as perspectivas são de que a inflação se situe pouco acima de1%. Nos EUA, os níveis implícitos nos respectivos swaps também sugerem que a inflação terá uma evolução benigna, masmais próximo do nível considerado óptimo pelo banco central, ie em torno dos 2%. Do outro lado do Atlântico, a dois anos asexpectativas são de que os preços cresçam a um ritmo próximo de 1.8%, e a cinco anos em torno, mas ligeiramente superior,de 2%. A divergência de expectativas no comportamento das taxas de inflação nos EUA e na zona euro justificará tambémo alargamento do spread entre a dívida pública norte-americana e alemã. No final de Março, o diferencial entre as respectivasyields situava-se próximos dos 120 pontos base (pp) (a média mensal foi de 113 pp), o que contrasta com uma média de 100pp em Janeiro e Fevereiro e de 77 pp em 2013. Até ao final do ano, antecipamos movimentos de subida destas yields, masrelativamente contidos face à ausência de pressões inflacionistas. Neste sentido apontam também as declarações da ReservaFederal de que num cenário de normalização do desemprego e do ritmo de crescimento dos preços, é admissível pensar queas taxas longas se situarão num nível mais baixo do que o observado em ciclos anteriores.
Países da periferia: Mantém-se o movimento de compressão dos prémios de risco, em grande parte face à redução dosreceios quanto às capacidades destas economias se financiarem no mercado, associada aos sinais de compromisso naredução dos desequilíbrios, mas também perante movimentos de procura de rentabilidade. Genericamente o movimento épositivo, mas não isento de riscos, atribuindo-se alguma probabilidade de quase esgotamento da folga para que se mantenhao movimento de quebra acentuada dos prémios exigidos.
Teresa Gil Pinheiro
Mercado de dívida pública: UST & Bund
(%)
Curvas de rendimentos
(pontos base)
Expectativas inflacionistas ímplicitas nos swaps
(%)
UEM: Mercados mais afectados
(Spread face ao Bund alemão 10 anos (p.b.))
-3.0
-2.0
-1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
M ar-08 Dez-08 Set-09 Jun-10 M ar-11 Dez-11 Set-12 Jun-13 M ar-14UEM Inflation swap 2y EUA Inflation swap 2y
Fonte: Bloomberg
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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MERCADO DE DÍVIDA DIVERSA MERCADOS
SECTOR BANCÁRIO ANIMA EMISSÕES DE DÍVIDA NO MERCADO PRIMÁRIO
O início de 2014, foi marcado pelo regresso das instituições financeiras ao mercado primário de dívida diversa,emitindo montantes elevados de dívida de forma a aproveitar os baixos custos de financiamento e o aumento da procura dosinvestidores por activos de maior qualidade. Nos EUA, algumas das maiores instituições financeiras (Bank of América, JPMorgan Chase, Bank of Tokyo e HSBC) emitiram cerca de USD143 mil milhões desde o início do ano, um aumento deaproximadamente 15% comparado com o mesmo período do ano anterior. Similarmente, as emissões de divida por instituiçõesbancárias europeias aumentaram para cerca de USD158 mil milhões, face a USD109 mil milhões, durante o mesmo períodode 2013. Para além disso, destaca-se o facto de as condições de mercado para as instituições financeiras nos países periféricoseuropeus terem estabilizado à medida que a pressão sobre a dívida soberana diminuiu e que a sua qualidade creditíciamelhorou (considerando os esforços que foram feitos para melhorar a qualidade dos seus balanços no contexto de aperto daregulação bancária).
A dívida diversa nos países da periferia tem beneficiado, por um lado, de uma melhor percepção de risco faceà queda das taxas de juro da dívida soberana e por outro de uma maior procura pelos investidores por activoscom maior retorno face ao sell-off nos mercados emergentes. Nomeadamente no mercado português, várias empresasavançaram com emissões de dívida de forma a aproveitar as descidas relevantes nos spreads de crédito. Desde o início doano, as empresas portuguesas emitiram cerca de 2.3 mil milhões de euros no mercado primário de divida diversa, realçando-se a elevada colocação por parte do sector bancário. Dos participantes no mercado destacam-se: o BES que voltou aosmercados com uma emissão de EUR750 milhões de divida sénior a 5 anos a uma taxa de juro implícita de 4%; o BCP que feza primeira emissão de dívida não garantida pelo estado desde 2010, de EUR500 milhões, a 3 anos; a CGD que emitiu EUR750milhões de obrigações hipotecárias a 5 anos com a uma taxa de juro implícita inferior a 3% e a Brisa que emitiu EUR300milhões a 7 anos com uma taxa de juro de 3.875%. O ambiente no mercado apresentou-se assim favorável para osemitentes de dívida, e evidenciou-se um aumento da procura por parte de investidores estrangeiros.
O mercado de dívida diversa manteve-se assim dinâmico desde o início do ano, num contexto de liquidez aindaabundante, taxas de juro em níveis baixos e perspectivas de recuperação económica nas principais economias avançadas. Deacordo com as agências de rating, também se verifica globalmente uma percepção mais positiva da qualidade do risco,evidente em menores rácios de incumprimento, o que contribui para aumentar a confiança dos investidores. Paralelamente,os índices iTraxx na Europa, continuaram a oscilar em níveis historicamente reduzidos, tanto no índice principal (iTraxxmain), composto por CDS referentes a crédito com rating de investimento, como no índice composto por CDS de empresasde carácter especulativo (iTraxx Crossover).
Luísa Teixeira Felino
Emissões em mercado primário
(mil milhões de euros)
Spreads da dívida diversa face ao swap (EUR)
(pontos base)
CDS do sector bancário europeu
(pontos base)
Índices iTraxx
(índice, xxx)
010
2030
4050
6070
8090
100
Jan Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2012 2013 2014 Fonte: Bloomberg
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Jan-07 Jan-08 Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14
AA A BBB Fonte: Bloomberg
0
100
200
300
400
500
600
700
Set-11 M ar-12 Set-12 M ar-13 Set-13 M ar-14
Sénior Subordinada Fonte: Bloomberg, M arkit
200
250
300
350
400
450
500
550
Jan-13 Jul-13 Jan-14
5060708090100110120130140150
iTraxx Crossover iTraxx Europe (eld)Fonte: Bloomberg, M arkit
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
MERCADOS MERCADOS ACCIONISTAS
O IMPREVISTO AMEAÇOU TOLDAR A EUROPA (DE LESTE)
Por momentos, o surgimento de um conflito político-militar na Europa (Ucrânia/Crimeia/Rússia) trouxeapreensão às opiniões públicas, mas sobretudo aos investidores, com reflexo na formação imediata de ummovimento de fuga de capitais dos activos destes países e seus vizinhos economicamente mais importantes.Presentemente, algumas das perdas ocorridas nos mercados bolsistas foram reduzidas, mas o alívio não fez regressar atranquilidade anterior e os maiores investidores mundiais têm agora uma atitude mais defensiva relativamente a esta zonado globo. Contudo, na restante Europa (Ocidental) a situação tem sido bem diferente, mantendo-se a expressiva atracçãodos últimos meses. E as bolsas dos países periféricos do Sul da Europa mostram mesmo uma importante captação derecursos, no seguimento da análise de que os activos destes países foram demasiadamente castigados pelos investidores nodecurso da crise do euro, devendo beneficiar com a acalmia da turbulência na Zona Euro, mas também porque as perspectivasde ganho são superiores, igualmente de acordo com previsões económico-financeiras bem mais favoráveis.
De facto, as bolsas portuguesa, espanhola, grega e italiana têm vindo a mostrar performances acima da médiaeuropeia, com valorizações acumuladas de 16%, 6%, 14% e 13%, respectivamente. Em termos comparativos, abolsa alemã e francesa apresentam até ao momento ganhos de 3% e 5%, respectivamente, e a inglesa uma perda de 1%.Já o índice que mede o desempenho global das acções europeias, o EuroStoxx500, mostra uma valorização de 4%. A bolsanacional destaca-se tanto em termos europeus como mundiais, suportada nos mais variados sectores que vão desde a bancaaos correios, dos media à construção, passando pelas energias renováveis. Com economia e empresas numa situação demelhoria financeira, prevê-se um desempenho promissor ao longo de 2014.
Tem contribuído (mas também é reflexo) para a formação deste sentimento que rodeia a bolsa portuguesanão só o facto de estar prestes a terminar o programa de ajustamento introduzido na nossa economia e o factode ter havido uma resposta positiva por parte das empresas, mas igualmente a retoma do mercado de fusões eaquisições (M&A) e o surgimento de novas ofertas em bolsa. Temos como exemplo a privatização da Caixa Seguros,com a venda à chinesa Fosun (80% do capital por 1.2 mil milhões de euros), no último caso, a operação mais importante foia entrada em bolsa da Espírito Santo Saúde, avaliada em mais de 166 milhões de euros. Em termos mundiais, o sector dastelecomunicações mantém-se como o mais activo.
Agostinho Leal Alves
Nas últimas semanas os activos europeus tiveramuma maior procura e valorização face aos EUA(base 100=Jan 12)
A forte tendência de alta do PSI20 confirma ganhosacumulados superiores ao IBEX35(base 100=Jan 12)
Enquanto se assiste a uma paragem na valorização das bolsas americanas, os mercados europeus eemergentes destacam-se pela positiva
(base 100=Jan 10)
99.90
100.00
100.10
100.20
100.30
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
DJI EUROSTOXX 50 Fonte: ThomsonReuters
99.80
100.00
100.20
100.40
100.60
Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14
M SCI M undo M SCI Emergentes M SCI Europa M SCI América Norte Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 10
99.80
99.90
100.00
100.10
100.20
100.30
100.40
Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
IBEX 35 PSI 20 Fonte: ThomsonReuters
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MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES
PREÇOS DA ENERGIA MENOS PRESSIONADOS PELO DIFERENDO RÚSSIA/UCRÂNIA
O actual debate ao nível do sector da energia prende-se com a dependência da Ucrânia e da restante Europado gás natural produzido na Rússia. Por outro lado, a Rússia depende igualmente das vendas para a Europa, passandouma importante rede de gasodutos pelo território ucraniano (a Rússia fornece um terço do gás que a Europa necessita e maisde 50% desse gás exportado passa em território ucraniano). Embora o impacto do desentendimento político e da anexaçãoda Crimeia pela Rússia tenha levado o preço do gás natural a aumentar para o valor mais alto desde 2008, a situação é agoramais tranquila depois da ocorrência de um normal movimento de correcção. Muito recentemente e em resposta à crise, tantoEUA como União Europeia acordaram em trabalhar no sentido da Europa deixar de estar tão dependente do gás russo. Nestecontexto, encaixa na perfeição a actual situação do sector nos EUA: a capacidade de produção tem vindo a aumentar com aconstrução de novas estruturas de exploração e de novos gasodutos, gerando-se internamente uma renovada dinâmica deconsumo público, para além do aumento da procura externa. Desta forma, o preço parece estar suportado.
Do lado do petróleo, os preços mostram-se igualmente mais tranquilos, com os mercados atentos aocomportamento do consumo das principais potências económicas. Embora os dados económicos mais recentes apontempara uma queda sucessiva da produção industrial na China, as informações do consumo mostram uma realidade diferente:existem previsões que indicam um fluxo de crude para a China em Março de 26 milhões de toneladas métricas (mt), +2.75%em relação aos 23.06 milhões mt de Fevereiro e +12.8% em relação ao volume do mesmo mês no ano passado. Nos EUAtem-se vindo igualmente a confirmar um gradual aumento do consumo ao longo dos últimos meses.
Nos metais para a indústria, o preço do cobre tem vindo a confirmar a pior performance das matérias primasdesde o início do ano (-10%), reflexo de uma quebra na procura e de perspectivas económicas menos optimistaspara a China (principal cliente de metais base). Neste contexto está formado um sentimento de mercado negativo quedeverá perdurar durante mais algum tempo.
Globalmente, os preços dos bens agrícolas têm mostrado pressão de subida, deixando para trás níveis mínimosdos últimos meses, numa das melhores performances em termos de rendimento dos últimos anos. Contudo, asexpectativas são de boas colheitas na actual campanha, havendo um aumento das áreas cultivadas (nos EUA está previstoum aumento da área cultivada de soja; a anexação da Crimeia vai trazer aumento das colheitas para a Rússia). Neste âmbitoprevê-se uma estabilização futura dos preços.
Agostinho Leal Alves
Está esbatido o risco Ucrânia/Crimeia/Rússia epreços do crude aparentam estabilidade/firmeza(USD por barril)
Preço do gás estável depois da pressão introduzidapelo desentendimento entre Rússia e Ucrânia(dólar por milhão BTV)
Preço do cobre em queda, reflexo de menorprodução industrial da China, testa mínimos(cêntimos de dólar por libra)
Verifica-se ligeira pressão de subida dos preços doscereais, dada a dependência climatérica(cêntimos de dólar por bushel)
85
90
95
100
105
110
115
120
Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
WTI Brent Fonte: Reuters, BPI
2
3.5
5
6.5
Jul-13 Set-13 Nov-13 Jan-14 M ar-14
Fonte: Reuters, BPI
290
300
310
320
330
340
350
Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
Fonte: Reuters, BPI
200
600
1000
1400
1800
Abr-13 Jun-13 Ago-13 Out-13 Dez-13 Fev-14
M ilho Soja TrigoFonte: Reuters, BPI
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PREVISÕES
Economias Desenvolvidas
Tx. de Inflação Saldo Orç./PIB Dívida Pública/PIB BTC/PIB Desemprego Crescimento PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
E.U.A. 1.5 1.7 2.0 -5.3 -4.3 -3.7 97.5 99.3 94.0 -2.4 -2.4 -2.4 7.5 6.7 5.9 1.9 2.9 3.0Japão 0.3 2.6 1.8 -9.4 -7.7 -6.4 233.5 234.4 233.2 0.8 0.9 1.0 4.1 3.9 3.7 1.7 1.4 1.2
UE 1.6 1.3 1.7 -3.5 -2.7 -2.7 89.4 89.7 89.5 1.7 1.7 1.7 10.9 10.7 10.4 0.1 1.5 1.8
UEM 1.4 1.0 1.3 -3.0 -2.5 -2.1 95.3 96.0 96.0 2.2 2.3 2.4 12.1 12.0 11.7 -0.4 1.1 1.5
Alemanha 1.6 1.5 1.9 -0.1 0.0 0.2 79.5 77.2 74.2 6.9 6.6 6.3 5.9 5.8 5.7 0.5 1.9 2.0
França 1.0 1.2 1.3 -4.1 -3.6 -2.8 93.7 95.9 97.1 -1.7 -1.7 -1.6 10.8 10.8 10.7 0.2 0.9 1.4Itália 1.3 0.9 1.0 -3.0 -2.6 -2.4 132.0 133.7 134.1 0.7 1.1 1.3 12.2 12.6 12.4 -1.9 0.6 1.0
Espanha 1.5 0.6 0.8 -6.7 -5.7 -5.2 93.3 98.5 102.8 0.9 1.6 1.9 26.5 25.8 24.9 -1.2 0.8 1.2
Holanda 2.6 1.2 1.2 -3.8 -3.4 -2.6 74.3 75.3 75.6 10.2 10.2 10.2 7.3 7.8 7.8 -1.0 0.5 1.1Bélgica 1.2 1.1 1.4 -2.7 -2.4 -2.1 99.9 100.6 100.2 -1.3 -0.6 -0.5 8.5 8.6 8.4 0.2 1.2 1.4
Áustria 2.1 1.7 1.8 -2.0 -2.1 -1.4 74.8 75.1 74.2 2.9 3.1 3.5 4.8 4.8 4.7 0.4 1.6 1.9
Finlândia 2.3 1.9 1.8 -2.4 -2.3 -2.0 57.4 60.7 62.9 -0.8 -0.8 -0.3 8.2 8.3 8.1 -1.3 0.7 1.6Grécia -0.8 -1.2 -0.8 -7.2 -2.8 -1.7 176.3 180.3 179.6 -0.2 0.7 1.0 27.3 26.9 26.1 -3.7 0.1 1.7
Irlanda 0.6 0.7 1.1 -7.3 -4.8 -3.1 123.6 121.0 119.9 5.5 5.4 5.8 13.3 12.2 11.1 0.1 1.9 2.4
Reino Unido 2.6 2.0 2.0 -6.4 -5.3 -4.2 90.2 92.8 91.4 -3.7 -3.1 -3.0 7.7 7.0 6.5 1.7 2.7 2.5Suécia 0.1 0.8 1.8 -1.5 -1.4 -0.8 40.3 40.3 38.7 6.0 5.7 5.8 8.0 7.9 7.5 0.9 2.3 2.9
Dinamarca 0.7 1.5 1.8 -1.1 -1.8 -2.2 44.6 44.6 45.1 6.0 5.7 5.8 7.0 6.9 6.6 0.3 1.6 1.8
Luxemburgo 1.7 1.7 1.9 -0.5 -0.7 -1.6 23.6 25.0 27.3 6.3 6.6 6.0 6.6 6.7 6.6 1.5 2.0 2.3Suíça -0.2 0.3 1.0 0.3 0.6 0.7 36.2 34.9 31.4 11.6 11.3 11.8 3.5 3.3 3.0 1.9 2.1 2.3
Portugal 0.8 0.6 0.6 -5.7 -4.2 -3.1 127.9 129.0 128.1 0.8 1.4 1.8 16.3 15.9 15.4 -1.7 0.9 1.2Fontes:Média simples de previsões mais recentes: da OCDE, UE, FMI, BdP, Economist, e outras instituições.
Notas: O uso de médias de várias previsões pode gerar valores incongruentes entre si.
Portugal
2013 2014 2015
Consumo privado -1.7 0.8 1.2Consumo público -1.7 -1.5 -0.2
Investimento -7.3 3.0 3.0
Exportações 6.1 3.8 3.0Importações 2.8 2.9 2.2
PIB -1.4 1.0 1.5
Défice Orçamental (PDE) 4.9 4.0 2.5Déf. orçam. s/ medidas extraordinárias n.d. 4.0 2.7
Taxa de inflação média 0.3 0.5 1.7
Taxa média de desemprego 16.3 15.5 15.0
Fonte: INE, Banco BPI.
Previsões Económicas do BPI
EUA&UEM
PIB Taxa de Inflação*
2013 2014 2015 2013 2014 2015EUA 1.9% 2.4% 2.5% 1.5% 2.0% 2.2%
Zona Euro -0.4% 1.1% 1.5% 1.4% 1.6% 2.0%
Portugal -1.6% 0.5% 1.2% 0.3% 0.5% 1.7%Fonte: INE, Eurostat, Reuters, previsões do Banco BPI.
Nota: * Taxa de Variação Média; IPCH para Zona Euro.
Indicam-se, a laranja, as alterações recentes.
Mercados Emergentes
Tx. de inflação Cresc. do PIB Tx. de Desemp. Dívida Púb./PIB Saldo Orç./PIB BTC/PIB Dívida Externa/PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015Brasil 5.4 5.4 4.9 2.4 2.2 2.5 5.7 6.0 6.2 60.8 61.5 61.1 -3.0 -3.2 -2.7 -2.5 -2.4 -2.1 18.2 19.4 17.6
México 3.7 3.5 3.4 1.2 3.5 3.8 4.9 4.7 4.5 38.1 33.1 40.9 -2.3 -3.1 -2.9 -1.6 -1.6 -1.6 27.8 28.3 30.0
Argentina 19.7 23.3 25.4 2.7 1.3 2.2 7.6 8.2 7.8 44.9 45.3 47.6 -3.1 -3.3 -2.8 -0.6 -0.6 -0.6 29.1 29.0 27.8Chile 2.2 2.9 3.0 4.3 4.3 4.4 6.1 6.4 6.4 10.6 11.0 13.5 -0.6 -0.8 -0.5 -4.1 -4.1 -4.1 43.3 43.8 46.8
R. Checa 1.6 1.4 1.8 -0.6 1.7 2.1 7.9 8.0 n.a. 48.0 49.5 n.a. -3.2 -2.9 -2.6 -1.5 -1.4 -2.5 52.1 50.6 n.a.Polónia 1.5 2.0 2.6 1.4 2.6 3.6 11.6 11.5 n.a. 56.6 56.2 n.a. -3.7 -2.3 -3.1 -2.7 -2.7 -2.5 74.2 80.3 n.a.
Hungria 2.6 2.5 2.9 0.4 1.7 2.0 10.9 10.9 n.a. 78.8 77.9 n.a. -3.0 -3.1 -2.7 2.0 1.9 0.6 121.1 122.4 n.a.
Russia 6.5 5.6 4.7 2.4 3.0 2.5 5.9 5.8 n.a. 9.6 10.6 n.a. -0.3 -0.9 -1.3 2.2 1.3 1.0 28.5 27.2 n.a.
China 2.7 3.1 3.4 7.8 7.7 7.6 4.1 4.1 4.0 26.8 26.4 n.a. -1.8 -1.8 -1.8 2.4 2.2 2.0 10.3 10.7 n.a.
Fontes: Média simples de previsões mais recentes: FMI, OCDE, CE e outras instituições.
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Taxas de Câmbio02.Abr.14
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
EUR/USD 1.38 1.35 1.33 1.30 1.28
EUR/USD (Prev. BPI) - 1.37 1.35 1.32 1.28USD/JPY 103.53 105.00 107.00 110.00 115.00
USD/JPY (Prev. BPI) - 102.00 105.00 105.00 110.00
EUR/JPY 142.84 142.00 142.00 142.50 145.00EUR/JPY (Prev. BPI) - 139.74 141.75 138.60 140.80
EUR/GBP 0.83 0.82 0.81 0.81 0.80
EUR/GBP (Prev. BPI) - 0.83 0.83 0.82 0.82EUR/CHF 1.22 1.23 1.24 1.25 1.30
EUR/CHF (Prev. BPI) - 1.22 1.22 1.23 1.23
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro02.Abr.14
Taxas de Juro Spreads equivalentes face às taxas americanas
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano Spread actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
Taxas de juro 3 MEUR 0.31% 0.28% 0.29% 0.32% 0.35% 8 -3 -6 -9 -29
EUR (Prev. BPI) - 0.30% 0.33% 0.35% 0.40% - 5 8 0 -5
USD 0.23% 0.31% 0.35% 0.41% 0.64% - - - - -USD (Prev. BPI) - 0.25% 0.25% 0.35% 0.45% - - - - -
JPY 0.14% 0.15% 0.15% 0.15% 0.17% -9 -16 -20 -26 -47
JPY (Prev. BPI) - 0.15% 0.15% 0.15% 0.15% - -10 -10 -20 -30GBP 0.53% 0.54% 0.59% 0.65% 0.90% 30 23 24 24 26
GBP (Prev. BPI) - 0.52% 0.60% 0.70% 0.75% - 27 35 35 30
CHF 0.02% 0.03% 0.03% 0.05% 0.16% -21 -28 -32 -36 -48CHF (Prev. BPI) - 0.02% 0.02% 0.05% 0.05% - -23 -23 -30 -40
Taxas de juro 10 A
POR 4.04% 4.05% 4.25% 4.55% 4.75% 129 105 109 121 116POR (Prev. BPI) - 4.05% 4.25% 4.55% 4.75% - 125 125 130 125
ALE 1.58% 1.87% 2.04% 2.20% 2.48% -118 -113 -112 -114 -111
ALE (Prev. BPI) - 1.65% 1.90% 2.25% 2.50% - -115 -110 -100 -100EUA 2.76% 3.00% 3.16% 3.34% 3.59% - - - - -
EUA (Prev. BPI) - 2.80% 3.00% 3.25% 3.50% - - - - -
JAP 0.62% 0.66% 0.72% 0.81% 0.90% -213 -234 -244 -253 -269JAP (Prev. BPI) - 0.65% 0.70% 0.70% 0.75% -215 -230 -255 -275
RU 2.75% 3.08% 3.29% 3.41% 3.65% 0 8 13 7 6
RU (Prev. BPI) - 2.80% 3.00% 3.25% 3.50% - 0 0 0 0SUI 0.95% 1.15% 1.27% 1.35% 1.60% -180 -185 -189 -199 -199
SUI (prev. BPI) - 1.00% 1.25% 1.25% 1.30% - -180 -175 -200 -220
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
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PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais
Taxa de referência Nível em Nível actual Data da última Data do anúncio Previsão
31.Dez.12 02.Abr.14 alteração da próxima decisão BPIBancos Centrais G-7
Reserva Federal dos EUA 1* Fed Funds Rate 0%-0.25% 0%-0.25% 16-Dez-08 (-75/-100 pb) 30-Abr-14 Sem alteração
Banco Central Europeu 2* Minimum Bid Refi Rate 0.75% 0.25% 7-Nov-13 (-25 pb) 08-Mai-14 Sem alteraçãoBanco do Japão 3* O/N Call Rate 0.10% 0.07% 5-Out-10 (-5 pb) - -
Banco do Canadá O/N Lending Rate 1.00% 1.00% 8-Set-10 (+25 pb) 16-Abr-14 -
Banco de Inglaterra Repo Rate 0.50% 0.50% 5-Mar-09 (-50 pb) 10-Abr-14 Sem alteraçãoOutros Bancos Centrais
Banco Nacional da Suíça Libor 3M do CHF 0%-0.25% 0%-0.25% 03-Ago-2011 (-50 p.b) 19-Jun-14 Sem alteração
Riksbank (Suécia) Repo Rate 1.00% 0.75% 17-Dez-13 (+25 pb) 09-Abr-14 -Norges Bank (Noruega) Key Policy Rate 1.50% 1.50% 14-Mar-12 (-25 pb) 08-Mai-14 -
Banco Nacional da Dinamarca Lending Rate 0.20% 0.20% 2-Mai-13 (-10 pb) 4* -
Reserve Bank (Austrália) Cash Rate 3.00% 2.50% 6-Ago-13 (-25 pb) 06-Mai-14 -América Latina
BACEN (Brasil) Selic 7.25% 11.00% 02-Abr-14 (+25 bp) 28-Mai-14 -
BANXICO (México) O/N Interbank Funding Rate 4.50% 3.50% 25-Out-13 (-25 pb) 25-Abr-14 -Europa de Leste
NBP (Polónia) Taxa de intervenção - 14 dias 4.25% 2.50% 03-Jul-13 (-25 pb) 09-Abr-14 -
NBH (Hungria) Repo Rate - 2 semanas 5.75% 2.60% 25-Mar-14 (-10pb) 29-Abr-14 -CNB (República Checa) Repo Rate - 2 semanas 0.05% 0.05% 2-Nov-12 (-20 pb) 07-Mai-14 -
Fonte: Bloomberg.
Notas: 1*Normalmente as alterações de taxas são anunciadas nas datas dos FOMC. No entanto poderão ser criadas reuniões intermédias, e as taxas poderão ser alteradasem qualquer altura.
2*De acordo com o BCE, apenas a 1ª reunião de cada mês serve para anunciar alterações na sua política monetária. No entanto, existe a possibilidade de poder
alterar essa mesma política em qualquer altura.3*A partir de Abril de 2013, o Banco do Japão passou a adoptar como principal instrumento de política monetária o controlo da base monetária em vez da taxa de
juro. A taxa actual apresentada refere-se à taxa efectiva.
4*Sem datas pré-marcadas, podendo ser alterada em qualquer altura.
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Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes02.Abr.14
Taxas de Câmbio Taxa actual... a 1 mês... a 3 meses... a 6 meses... a 1 ano
USD/BRL 2.40 2.40 2.40 2.47 2.51
USD/MXN 13.25 13.10 13.00 12.82 12.57USD/ARS 7.90 8.50 9.28 10.05 12.92
EUR/CZK 27.51 27.30 27.20 27.20 26.15
EUR/PLN 4.19 4.15 4.10 4.08 3.95EUR/HUF 307.89 310.00 310.00 304.00 295.00
USD/RUB 34.67 36.05 36.50 36.51 36.99
USD/CNY 6.06 6.10 6.05 6.00 5.90Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.Legenda: BRL - Real do Brasil PLN - Zloty da Polónia MXN - Peso Mexicano HUF - Forint da Hungria
ARS - Peso Argentino RUB - Rublo da Rússia CZK - Coroa Checa CNY - Renminbi/Yuan da China
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro e Spreads dos Mercados Emergentes02.Abr.14
Taxas de Juro Spreads equivalentes face às taxas americanas
Taxa act. ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano Spread act. ...a 1 mês... a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 anoTaxas de juro de curto-prazo
BRL 10.50% 10.97% 10.99% 11.04% 11.88% 1027 1066 1064 1063 1124
MXN 3.50% 3.50% 3.51% 3.59% 3.82% 327 319 316 318 318ARS 12.75% n.d. n.d. n.d. n.d. 1252 n.d. n.d. n.d. n.d.
CZK 0.37% 0.39% 0.39% 0.40% 0.56% 14 8 4 -1 -8
PLN 2.61% 2.73% 2.77% 3.11% 3.83% 238 242 242 270 319HUF 2.85% 2.61% 2.63% 2.75% 3.32% 262 230 228 234 268
RUB 6.50% 5.03% 5.03% 4.93% 5.25% 627 472 468 452 461
CNY 6.00% 6.00% 6.00% 6.00% 6.02% 577 569 565 559 538Taxas de juro 10 A
BRL 4.21% n.d. n.d. n.d. n.d. 239 - - - -
MXN 3.59% 6.43% 6.50% 6.88% 7.10% 181 - - - -ARS 14.52% n.d. n.d. n.d. n.d. 1203 - - - -
CZK 2.12% 2.50% 2.58% 2.64% 2.84% 47 - - - -
PLN 4.12% 4.67% 4.76% 4.91% 5.21% 247 - - - -HUF 6.22% 5.60% 5.53% 6.01% - 457 - - - -
RUB 7.99% n.d. n.d. n.d. n.d. 204 - - - -
CNY 4.07% 4.50% 4.47% 4.48% 4.50% 243 - - - -Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.Nota: A taxa de juro de curto prazo apresentada para o Brasil é a taxa Selic, para o México é a taxa overnight, para a Hungria é a base rate e para a China é a taxa de
empréstimo fixada pelo banco central.Os spreads de dívida de longo prazo de CZK, PLZ, HUF e CNY resultam da comparação directa entre a yield do benchmark dos Bunds a 10 anos e a yield aquiapresentada.
Os spreads de dívida de longo prazo de BRL, ARS, MXN e RUB são os calculados pela JP Morgan nos índices EMBI.
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CRESCIMENTO POTENCIAL NAS ECONOMIAS IBÉRICAS
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
O PIB potencial nas economias ibéricas apresentou, desde a década de 90, um comportamento desfavorável, reflectidofragilidades de carácter estrutural relacionadas com a baixa qualidade dos factores produtivos. Nos anos mais recentes,posteriores à crise financeira internacional, as duas economias têm enfrentado importantes desafios que implicam aalteração dos respectivos modelos de crescimento de forma a reduzir o impacto de futuros choques negativos nodesenvolvimento da actividade. As mudanças têm-se focado na alteração da regulação dos mercados de trabalho eproduto de forma a reduzir-lhes o grau de rigidez, com benefícios para a competitividade. Neste capítulo referem-se osavanços já observados ao nível da redução dos custos no início de um novo negócio, mas importantes desafios aindapermanecem na redução das margens de lucro no mercado de produto nos sectores não transaccionáveis (em determinadossegmentos) de forma a reduzir os custos de contexto para o sector transaccionável. No mercado de trabalho, a redução dograu de rigidez da regulação é, por exemplo, evidente na redução dos custos unitários do trabalho (sobretudo em Portu-gal). Adicionalmente, reformas ao nível do sistema fiscal, nomeadamente através da redução da tributação sobre otrabalho compensado por aumento da tributação do consumo, são apontadas como indutoras do crescimento.
A discussão em torno do crescimento potencial nas economias europeias e, sobretudo, em Portugal e Espanha, éparticularmente relevante depois de um período em que se efectuaram esforços importantes, sobretudo ao nível doesbatimento dos desequilíbrios externos; no entanto, persistem importantes desequilíbrios internos, nomeadamente aonível do endividamento público e privado. O alcance de patamares de crescimento mais elevados possibilitará a diluiçãodos níveis de alavancagem, sendo para tal determinante perceber os principais factores constrangedores do crescimento.Efectivamente, nos próximos três anos, as actuais projecções de crescimento potencial realizadas pelo FMI apontam parataxas pouco acima de 1% no caso de Portugal e ligeiramente inferior a 1% no caso de Espanha, inferior ao nível decrescimento desejável face às actuais condicionantes.
Neste artigo procura analisar-se a evolução de um conjunto de indicadores que apontam as fragilidades, bem como osavanços já realizados por Espanha e Portugal na dinamização do crescimento, tendo por base, de forma simplista, afunção produção que relaciona o produto com o nível tecnológico e os principais factores produtivos, capital e trabalho.
EVOLUÇÃO DO PIB POTENCIAL NOS PAÍSES IBÉRICOS
A segunda metade da década de 90 foi marcada pelo processo de globalização, que se traduziu num aumento da competitividadea nível mundial, cujo principal choque surgiu com a entrada da China na cadeia das trocas comerciais mundiais, e pelaintegração dos países do leste europeu na União Europeia caracterizadas pela prática de custos produtivos muito competitivosnos sectores das manufacturas e agrícola. Face às economias do Leste europeu, as economias ibéricas tiveram também deenfrentar níveis de capital humano mais elevados. O choque resultante do baixo grau de competitividade das economiasibéricas, traduziu-se no desenvolvimento de sectores não transaccionáveis - comércio, imobiliário e construção - e elevadasmargens de lucros em indústrias de rede - electricidade, comunicações - agravando os custos de produção nos sectorestransaccionáveis, reduzindo-lhe capacidade de concorrência a nível internacional. Paralelamente, os efeitos da adesão aoeuro em 1999 - redução dos custos de financiamento - facilitou a canalização dos fluxos de capital para sectores nãotransaccionáveis, favorecendo a formação de desequilíbrios. Adicionalmente, a carência ao nível do desenvolvimento docapital humano dificultou o salto na cadeia de valor acrescentado. O nível de educação da população activa apresentava-sereduzido face à média da União Europeia, limitando o processo de convergência do PIB per capita e da Produtividade totaldos factores. A não adaptação das economias ibéricas reflectiu-se na redução do PIB potencial em ambos os países, bemcomo a observação de um crescimento real inferior à capacidade produtivas das duas economias.
ConceitoO PIB potencial refere-se a uma medida indicativa do nível de crescimento sustentável de uma economia no médio-longoprazo utilizando todos os factores produtivos existentes sem que se criem pressões inflacionistas. O PIB potencial e a suataxa de crescimento são afectados por diversos factores, incluindo o quadro institucional em que a actividade se desenvolve;da mesma forma, as políticas estruturais adoptadas têm implicações na sua determinação1.
Não sendo uma variável observável, a estimativa do PIB potencial é efectuada com base em variáveis observáveis, comrecurso a diferentes métodos. Os mais utilizados para a medição do PIB potencial agrupam-se em duas categorias principais:métodos estatísticos e o método da função de produção. Os métodos estatísticos subdividem-se em univariantes emultivariantes: os primeiros permitem a obtenção de uma estimativa com base na decomposição das séries que formam oPIB, permitindo identificar as componentes com maior impacto na evolução do PIB: os segundos permitem a obtenção deestimativas através da utilização de informação contida em mais do que uma série, mediante o emprego de relações económicasconhecidas. Por seu turno, o método da função de produção relaciona o produto com o nível tecnológico e os principaisfactores produtivos, capital e trabalho, permitindo decompor o crescimento potencial nas contribuições resultantes da variaçãono uso de capital e trabalho, bem como variações na produtividade desses factores. Este último factor é conhecido como aprodutividade total dos factores, cujo contributo para o crescimento potencial é percebido como uma medida aproximada da1 BCE, Boletim mensal, Janeiro 2011, Trends in Potential Output.
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-0.02
-0.01
0
0.01
0.02
0.03
0.04
0.05
92 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12 14
União Europeia Zona euro Espanha Portugal
Fonte: Ameco
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
taxa de progresso tecnológico da economia. Na função de produção, a produtividade total dos factores refere-se, genericamente,aos aumentos obtidos através de alterações tecnológicas, mantendo os inputs estáveis. Este método é muito usado pelosprincipais organismos internacionais, sendo considerado uma forma abrangente no cálculo do PIB, permitindo dispor deprevisões para as componentes mais relevantes que determinam o crescimento2.
ConceitoO output gap é definido como a diferença entre o nível de crescimento real da economia e aquele potencial, medindo o graude utilização dos factores produtivos, constituindo um bom indicador do ciclo económico e da formação ou não de pressõesinflacionistas3.
Factores demográficos, nomeadamente a evolução da população activa, e o stock de capital são aqueles que mais condicionama evolução do crescimento. A introdução de factores de rigidez e insuficiência no funcionamento dos mercados ou a suaresolução, surgem como importantes na capacidade de crescimento óptimo de uma economia. Factores como o sistemafiscal, o direito de propriedade, a eficiência dos sistemas jurídicos e educacionais, a regulação dos mercados de produtos,factores demográficos, mercado de trabalho e o stock de capital, ou a existência de uma estrutura monetária e económicaestável, condicionam o potencial de crescimento de uma economia. (BCE, Boletim mensal, Janeiro 2011, Trends in PotentialOutput)
Evolução do PIB potencial
(%)
Gap entre o crescimento real e o crescimentopotencial(% do PIB potencial a preços constantes, 2005)
A evolução do PIB per capita, sobretudo em Portugal, põe em evidência os choques que atingiram a economia, exacerbandoas respectivas fragilidades estruturais no contexto de maior concorrência internacional. Desde o final da década de 90, oprocesso de convergência estagnou em torno dos 15 mil euros per capita. Em Espanha, o processo de convergência foiinterrompido no período pós crise financeira internacional e rebentamento da bolha do imobiliário.
Como forma de medição da eficiência de uma economia, utilizam-se geralmente indicadores de produtividade, na medida emque estes consideram a quantidade de produto obtida por unidade de factor de produção empregue, o que de formasimplificada pode ser medido pelo produto gerado por hora trabalhada. No caso de Portugal, embora apresentando umaconsistente tendência positiva desde 2005, este indicador ainda se situa muito abaixo dos níveis observados na zona do euro,sugerindo que a criação de riqueza e de melhores perspectivas para o crescimento do PIB potencial dependerá em grandeparte de uma melhoria da qualidade dos factores de produção, incluindo o factor tecnológico medido pela PTF. Em Espanha,o crescimento da produtividade nos últimos anos explica-se pelo contexto de forte perda de emprego.
2 BCE, Boletim mensal, Outubro 2010 e Janeiro 2011, FMI.3 BCE, Boletim mensal, Janeiro 2011, Trends in Potential Output.
Evolução do PIB nominal per capita
(euros por habitante em ppc)
Crescimento do PIB
(% da UE27 em ppc)
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Os cálculos dos contributos para o crescimento do PIB real do trabalho, capital e PTF, realizados pelo Conference Board,confirmam que o crescimento das economias ibéricas tem sido afectado por perdas ao nível da produtividade total dosfactores, indicando a ausência de ganhos relacionados com o desenvolvimento tecnológico destas economias e por reduzidoscontributos das componentes relacionadas com actividades de maior valor acrescentado.
Portugal: Os ritmos de expansão superiores a 3% observados na década de 90 reflectem contributos favoráveis do capitale da produtividade total dos factores (PTF), sugerindo ganhos tecnológicos no processo de convergência com a UniãoEuropeia. Contudo, esta tendência inverteu-se no início da primeira década do novo século, observando-se reduções noscontributos do capital e declínio da PTF. De facto, neste período, o ouput gap, que mede se uma economia está a cresceracima ou abaixo da sua capacidade óptima, indica folga na capacidade produtiva.
Espanha: Entre 1995 e 2004, o ritmo de crescimento foi muito elevado, próximo de 4%. Todavia, a análise dos contributosdo capital, trabalho e tecnologia (avaliada com base na produtividade total dos factores), mostra que a expansão da actividadenaquele período esteve muito centrada em factores produtivos de menor valor acrescentado. No caso do factor trabalho, oscontributos para o crescimento beneficiaram da expansão demográfica associada ao forte fluxo de imigrantes Os contributosdo factor trabalho com maior qualificação e capital com mais elevada componente tecnológica foram mais reduzidos e ocontributo da produtividade total dos factores foi sempre negativa.
Contributos para o crescimento do PIBEspanha
PIB Emprego Composição Capital Capital IT PTF do emprego não IT
1990-94 1.65 -0.22 0.69 1.42 0.29 -0.53
1995-99 3.92 2.07 0.41 1.17 0.41 -0.13
2000-04 3.56 2.03 0.48 1.47 0.49 -0.92
2005-09 1.64 0.29 0.44 1.49 0.43 -1.01
2010-13 -0.77 -1.63 0.27 0.38 0.23 -0.03
Fonte: Conference Board Total Economy Database, FMI, calc. BPI
Contributos para o crescimento do PIBPortugal
PIB Emprego Composição Capital Capital IT PTFdo emprego não IT
1990-94 3.03 -0.52 0.67 1.93 0.64 0.30
1995-99 3.91 1.20 -0.34 1.14 0.72 1.19
2000-04 1.46 0.37 0.97 1.11 0.61 -1.60
2005-09 0.33 -0.36 0.56 0.51 0.71 -1.08
2010-13 -1.00 -1.60 0.50 -0.06 0.66 -0.50
Fonte: Conference Board Total Economy Database, FMI, calc. BPI
Portugal: Contributos para o crescimento do PIB
(contributos em %, taxa de variação em %)
Espanha: Contributos para o crescimento do PIB
(contributos em %, taxa de variação em %)
POPULAÇÃO E MERCADO DE TRABALHO
O crescimento ou declínio da população total (com impacto no desempenho da despesa) e sobretudo da população activa(com maior impacto na alteração da capacidade produtiva de uma economia) tendem a reflectir-se em maior ou menorcrescimento. Tanto Portugal como Espanha apresentam desde o eclodir da crise financeira de 2008, tendências regressivasna população total e activa. O crescimento populacional em Espanha desde finais da década de 90 - relacionados comsignificativas entradas de imigrantes - explica, em grande parte do crescimento económico espanhol na primeira década donovo século; da mesma forma, o fluxo de saída de imigrantes no período nos anos pós crise, justifica o facto de a populaçãoactiva espanhola apresentar uma tendência mais acentuada de queda (no quarto trimestre de 2013, cerca de 80% dadiminuição observada na população activa explica-se pela saída de emigrantes). Adicionalmente, as duas economias apresentamestruturas etárias envelhecidas e o reduzido peso das faixas etárias mais baixas aponta para que a tendência de envelhecimentose mantenha, afectando a evolução da população activa.
Sobretudo em Portugal, mas também em Espanha, o nível de instrução da população activa apresenta deficiências, namedida em que uma parcela significativa dos indivíduos entre os 15 e os 64 anos apresentam reduzidos níveis de educação.Este facto, explicará, em parte, a evolução da taxa de desemprego desde os finais da década de 90, altura da entrada daChina no comércio internacional e a maior integração das economias do leste europeu na União Europeia se traduziu emperda de capacidade de penetração de produtos de menor valor acrescentado produzidos internamente no comércio
-6
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90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12
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10
Emprego Composição do empregoCapital não IT Capital ITPTF PIB
Fonte: Conference Board Total Economy Database, FM I, calc. BPI
-8
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-20
24
68
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90 92 94 96 98 00 02 04 06 08 10 12
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10
Emprego Composição do empregoCapital não IT Capital ITPTF PIB
Fonte: Conference Board Total Economy Database, FM I, calc. BPI
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Evolução da população total
(Taxa de crescimento anual)
internacional. Em Espanha, a deterioração da taxa de desemprego observou-se a partir de 2008, coincidindo com o rebentarda bolha imobiliária.
Note-se contudo, que as economias ibéricas, com destaque para Portugal, têm registado avanços importantes na educação.Com efeito, em 2010, último ano para que o Eurostat disponibiliza informação, o número de licenciados em matemáticas,ciências e tecnologias por 1000 habitantes era de 14.4 em Portugal, 13.9 em Espanha, o que compara com 14.5 na zona euroe 15.2 na União Europeia. Segundo a OCDE, em 2005 33% dos trabalhadores em Portugal e Espanha eram sobre-qualificadoso que compara com 25% no conjunto da OCDE, enquanto os sub-qualificados representavam 11% dos trabalhadores emPortugal e 31% em Espanha (22% na OCDE). O desencontro entre procura e oferta de trabalho justificará, parcialmente, aevolução do desemprego nas duas economias. Informação mais recente sugere melhorias entre oferta e procura de trabalho,sobretudo em Portugal que apresenta um tempo de transição entre escola e trabalho menor que o conjunto da UniãoEuropeia.
Evolução da população activa (15-64)
(Taxa de crescimento anual)
Portugal: Estrutura etária
(milhares, % da população)
Espanha: Estrutura etária
(milhares, % da população)
Taxa de desemprego*
(%)
Nível de educação atingido
(% da população activa)
Nota:*taxa consistente com ausência de pressões salariais
-894
-654
-2,305
-599
-824
821
579
2,261
685
1,192
-3000 -2000 -1000 0 1000 2000 3000
0-14 anos
15-24 anos
25-54 anos
55-64 anos
65 anos
Homens M ulheres Fonte: CIA
18.4%
18.6%
42.2%
11.4%
15.9% -3,792
-2,370
-11,158
-2,662
-3,583
3,575
2,213
10,752
2,799
4,833
-15000 -10000 -5000 0 5000 10000 15000
0-14 anos
15-24 anos
25-54 anos
55-64 anos
65 anos
Homens M ulheres Fonte: CIA
17.5%
17.6%
45.9%
9.6%
15.4%
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Tempo médio de transição entre escola e trabalho, 2009
(meses)
Emprego por sector de actividade
(% do emprego total)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Total
Pre-primary, primary, secondary and post-secondary non-tertiary education
(levels 0-4)
Até secundário inferio r
Upper secondary, post-secondary non-tertiary, first and second stage o f tertiary
education (levels 3-6)
Secundário superio r e pós secundário não superio r
Bacharelato e superio r
União Europeia Espanha Portugal Fonte: Eurostat
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
União Europeia
Zona euro
Espanha
Portugal
Agricultura
M anufacturas
Construção
Comércio , rep.veíc
Transportes, armazenagem
Hotelaria, restauração
Informação, comunicação
Sect.financeiro e seguros
Act.cientificas e técnicas
Act Serv.admin.,apoio
Ad.Pública, defesa, SS
Educação
Saúde e act. Sociais
OutrosFonte: Eurostat
Para além dos factores populacionais e educacionais, a estrutura do mercado de trabalho é também afectada pelas políticasdo mercado de trabalho, sendo consensual que políticas mais activas tendem a reduzir os custos não salariais do factortrabalho e facilitam o encontro entre oferta e procura; pelo grau de rigidez do mercado, que influencia a velocidade deajustamento nos ciclos económicos; pelo comportamento da produtividade total dos factores, na medida em que, por exemplo,uma queda na PTF pode implicar maior desemprego enquanto não há um ajustamento dos trabalhadores e das empresas aonovo ambiente. Por exemplo, o rebentamento de uma bolha no mercado imobiliário, como ocorreu em Espanha, implica anecessidade de realocações no mercado de trabalho, o que se pode revelar demorado, prolongando a observação de períodosde elevado desemprego. O ajustamento lento dos salários face, por exemplo, a inadequação de competências, resultante doaumento do número de desempregados com baixas qualificações, tende a reflectir-se num aumento do desemprego de longaduração.
Indicador de protecção do mercado de trabalho: Portugal reduziu o grau de rigidez do mercado detrabalho, mas ainda se situa em pior posição face aos parceiros. Espanha em linha com a média da OCDE(escala 0-6)
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
USA CAN GBR CHL AUS EST IRL HUN JPN CHE FIN KOR ISR SVK ESP NOR DNK POL GRC AUT ISL TUR SWE MEX CZE SVN PRT LUX ITA FRA NLD BEL DEU
2008 2013 M édia OCDE 2013 Fonte: OCDE
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0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
GRCDNK NORGBR BELNLDSWE FIN IRL FRA ESPDEUAUTPRT CHE LUX POL ITA HUNSVN SVKCZE EST USA
2004 2011 Fonte: OCDE
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Políticas activas no mercado de trabalho: Portugale Espanha gastam menos do que os parceiros(% do PIB)
Carga fiscal: custos elevados para o empregadordesencorajam a criação de emprego(dif. entre custos trabalho empregador e recebimento líquido a pagar em %)
Tx. de substit.: Portugal e Espanha em melhorposição, c/maior encorajamento à procura de trab.(subsídio de desemprego, % do último salário)
Produtividade total do trabalho: Portugal e Espanhadesfavorável à média europeia(1995=100)
Salários a preços correntes: ajusta/o em Portugalbeneficia competitiv. e ajustamento no emprego(2000=100)
Custos unitários do trabalho: ajusta/o em Portugalbeneficia competitividade e ajusta/o no emprego
(1Q00=100)
STOCK DE CAPITAL E INVESTIMENTO
Stock de capital: Espanha e Portugal c/crescimentomais lento desde meados da 1ª década(taxa de variação anual)
Stock de capital: Espanha reflecte o elevado pesodo imobiliário(% do PIB)
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Stock de capital: Portugal com piores desemp.,Espanha forte destruição de emp. desde 2007(por pessoa empregada)
Produtividade do Capital: Portugal e Espanhadesfavoráveis em relação à média europeia(1995=100)
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
1995 1998 2001 2004 2007 2010 2013
União Europeia Zona euro Espanha Portugal
Fonte: Ameco
90
92
94
96
98
100
102
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
União Europeia Zona euro Espanha Portugal
Fonte: Ameco
Valor Acrescentado Bruto por sector de actividadePortugal
Agricultura Ind.Mineira Manufacturas Construção Comércio, Transp., armaz.rest. e hotéis e comunicações Outros
1980 17.7 2.1 18.6 6.6 21.2 6.9 26.9
1990 8.7 3.6 19.0 6.3 19.6 7.5 35.3
1995 5.5 3.7 18.1 7.0 18.8 7.5 39.3
2000 3.6 3.2 17.1 8.2 18.8 7.8 41.3
2005 2.7 3.4 14.6 7.5 18.8 8.2 44.8
2006 2.7 3.8 14.3 7.3 18.6 8.4 44.9
2007 2.4 3.9 14.1 7.3 18.3 8.7 45.3
2008 2.4 3.6 13.7 7.3 18.2 8.6 46.2
2009 2.3 4.0 12.6 6.7 18.9 8.8 46.8
2010 2.3 4.3 13.4 6.3 18.7 8.5 46.6
2011 2.2 4.4 13.8 5.8 19.1 8.8 45.8
2012 2.3 4.6 13.9 5.1 19.6 9.1 45.4
Fonte: Base de dados das Nações Unidas.
Valor Acrescentado Bruto por sector de actividadeEspanha
Agricultura Ind.Mineira Manufacturas Construção Comércio, Transp., armaz.rest. e hotéis e comunicações Outros
1980 7.3 4.5 24.6 8.0 16.9 7.0 31.8
1990 5.5 3.8 20.7 8.6 17.7 7.4 36.4
1995 4.5 3.4 18.5 7.5 19.0 7.9 39.2
2000 4.2 2.8 17.9 10.3 20.2 7.9 36.6
2005 3.1 2.9 15.3 13.6 20.1 7.6 37.4
2006 2.7 2.9 14.9 14.2 19.9 7.6 38.0
2007 2.7 2.9 14.4 13.9 19.7 7.5 38.9
2008 2.5 3.1 13.8 13.6 19.8 7.4 39.8
2009 2.4 3.1 12.3 13.0 20.1 7.6 41.5
2010 2.6 3.5 13.0 10.7 20.7 7.8 41.7
2011 2.5 3.8 13.3 9.5 20.9 7.9 42.1
2012 2.5 4.0 13.3 8.6 21.4 8.1 42.1
Fonte: Base de dados das Nações Unidas.
De acordo com o Banco de Portugal, a medição do stock de capital numa economia é uma tarefa difícil, dependendo dashipóteses assumidas para a taxa de depreciação do capital. Contudo, o abrandamento da taxa de crescimento (via investimento),como se verifica em Portugal e Espanha e no conjunto da União Europeia, reflectir-se-á em perda de potencial de crescimentoda economia, também através de uma evolução menos favorável da produtividade total dos factores.
Na ausência de informação disponível para a composição do stock de capital em Portugal, analisa-se a evolução do investimento,o qual, na óptica de contabilidade nacional, se divide em Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e variação de existências,sendo que a primeira componente diz respeito à aquisição de meios de produção (máquinas, equipamentos, infra-estruturas)com o objectivo de manter ou aumentar a capacidade produtiva.
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Variável importante na análise do stock de capital e do investimento é a capacidade de captação de investimento directoestrangeiro, dada a sua importância na dinamização do crescimento no longo prazo e do emprego. Para além dos efeitosdirectos, o valor do IDE é reconhecido no desempenho de um importante papel na obtenção de ganhos tecnológicos ealteração da estrutura produtiva, no desenvolvimento da capacidade de gestão e no aprofundamento da formação da populaçãopertencente ao país receptor. Todavia, de certa forma, este processo foi relativamente limitado em Portugal, já que houveuma significativa canalização para sectores não transaccionáveis: Comércio, actividades financeiras e imobiliárias representavam45% do IDE total em 1996 e 65% em 2011 (62% em 2012).
Formação Bruta de Capital Fixo, por sector de actividade e sector institucional
1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
UE28 Inv, % do PIB 20% 21% 20% 20% 20% 20% 20% 21% 21% 21% 19% 18% 19% 18% 17%
Peso no investimento 94%
Construção 59% 54% 55% 56% 57% 57% 58% 59% 59% 58% 60% 58% 57% 57% -
Residencial 29% 26% 26% 27% 28% 29% 29% 30% 29% 28% 28% 27% 27% 27% -
Não residencial 29% 27% 29% 29% 29% 29% 29% 29% 30% 31% 32% 31% 31% 30% -
Equipamento 35% 38% 36% 36% 35% 34% 33% 33% 33% 34% 31% 33% 33% 33% -
Transportes 8% 9% 9% 9% 10% 10% 9% 9% 10% 9% 8% 9% 9% - -
Prod. Metálicos e maq. 27% 29% 27% 26% 25% 24% 24% 23% 24% 24% 23% 24% 25% - -
Outro 6% 8% 9% 9% 9% 9% 9% 8% 8% 8% 9% 9% 9% 10% -
Privado 87% 89% 88% 88% 87% 87% 88% 87% 87% 87% 84% 85% 86% 87% 87%
Público 13% 11% 12% 12% 13% 12% 11% 12% 12% 13% 16% 15% 14% 13% 13%
Z.euro Inv, % do PIB 20% 21% 21% 20% 20% 20% 21% 21% 22% 22% 19% 19% 19% 18% 18%
Peso no investimento
Construção 61% 55% 56% 57% 58% 59% 59% 59% 59% 59% 60% 58% 57% 58% -
Residencial 32% 29% 29% 30% 30% 31% 31% 32% 31% 30% 30% 30% 29% 29% -
Não residencial 29% 26% 27% 27% 28% 28% 28% 27% 27% 28% 30% 29% 28% 29% -
Equipamento 34% 38% 37% 36% 35% 34% 34% 34% 35% 35% 32% 34% 35% 34% -
Transportes 8% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 9% 9% 10% 9% -
Prod. Metálicos e maq. 26% 28% 28% 26% 25% 24% 24% 24% 24% 25% 24% 24% 25% 25% -
Outro 5% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 7% 8% 8% 8% 8% -
Privado 87% 88% 88% 88% 87% 88% 88% 88% 88% 88% 85% 87% 88% 88% 88%
Público 13% 12% 12% 12% 13% 12% 12% 12% 12% 12% 15% 13% 12% 12% 12%
Espanha Inv, % do PIB 22% 26% 26% 26% 27% 28% 29% 31% 31% 29% 24% 22% 21% 19% 18%
Peso no investimento
Construção 71% 64% 66% 69% 70% 71% 72% 73% 71% 71% 71% 67% 62% 60% 57%
Residencial 30% 35% 36% 38% 39% 40% 41% 41% 40% 38% 36% 33% 29% 27% 25%
Não residencial 39% 29% 30% 31% 31% 31% 31% 32% 31% 33% 35% 34% 33% 33% 32%
Equipamento 28% 32% 29% 26% 25% 24% 23% 23% 24% 24% 23% 26% 30% 31% 33%
Transportes 8% 10% 9% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 6% 7% 8% 8% -
Prod. Metálicos e maq. 20% 21% 20% 18% 17% 16% 15% 15% 16% 17% 17% 19% 21% 22% -
Outro 1% 4% 5% 5% 5% 5% 5% 4% 5% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
Privado 83% 88% 87% 87% 87% 88% 88% 88% 87% 86% 81% 82% 86% 91% 91%
Público 17% 12% 13% 13% 13% 12% 12% 12% 13% 14% 19% 18% 14% 9% 9%
Portugal Inv, % do PIB 23% 28% 27% 26% 24% 23% 23% 22% 22% 22% 21% 20% 18% 16% 15%
Peso no investimento
Construção 64% 61% 62% 64% 64% 63% 63% 62% 61% 60% 61% 61% 61% 59% 56%
Residencial 32% 30% 29% 29% 26% 26% 26% 25% 23% 21% 19% 18% 17% 16% 14%
Não residencial 32% 31% 33% 35% 38% 37% 37% 37% 38% 39% 42% 44% 44% 43% 42%
Equipamento 31% 35% 33% 31% 30% 31% 31% 32% 33% 34% 31% 31% 30% 31% 34%
Transportes 10% 12% 10% 9% 9% 9% 9% 9% 10% 9% 8% 7% 6% 6% -
Prod. Metálicos e maq. 22% 23% 23% 21% 21% 22% 22% 22% 23% 25% 23% 23% 23% 25% -
Outro 5% 5% 5% 6% 6% 6% 6% 6% 7% 7% 7% 8% 9% 10% 10%
Privado 82% 85% 84% 84% 84% 84% 84% 87% 88% 87% 85% 81% 85% 90% 87%
Público 18% 15% 16% 16% 16% 16% 16% 13% 12% 13% 15% 19% 15% 10% 13%
Fonte: Base de dados das Nações Unidas.
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Produtividade Total do Factores
(1995=100)
Despesas em I&D
(% do PIB)
De acordo com informação disponível na base de dados das Nações Unidas (UNCTAD), o IDE em Portugal e Espanha empercentagem do PIB compara menos bem face a outros países europeus. Segundo aqueles dados o IDE em Portugal representava55% do PIB em 2012 e 47% em Espanha, abaixo dos níveis observados na Eslováquia (61%), República Checa (70%),Chipre (91%) e Irlanda (142%). Em termos de quota de mercado, Portugal e Espanha absorvem 0.5% e 2.8%, respectivamentedo total mundial de IDE, muito próximo da média de longo prazo.
A análise da composição do Valor Acrescentado Bruto e da FBCF nas duas economias sugere que a evolução menos favorávelda componente capital na produtividade total dos factores, espelha a maior canalização do investimento para sectores nãotransaccionáveis. Tanto em Portugal como em Espanha apresentam maior peso do investimento canalizado para o sector daconstrução quando comparado com a média da União Europeia. Por seu turno, o investimento em equipamento e maquinaria,tipicamente mais produtivo, surge como menos importante nas duas economias.
Constrangimento ao crescimento do investimento, com impacto no crescimento económico potencial é o facto dos paísesibéricos ainda apresentarem elevados níveis de endividamento do sector privado.
PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FACTORES
O crescimento da PTF é definida como "progresso tecnológico", espelhando os efeitos de um conjunto heterogéneo defactores, incluindo a capacidade da economia inovar e o impacto da qualidade do ambiente institucional e empresarial, taiscomo regulação dos mercados de trabalho e produto, utilização produtiva do capital e trabalho, entre outros. A inovação éuma fonte de progresso tecnológico e as despesas em I&D dão uma indicação do esforço de inovação de uma economia.Graficamente, é visível um melhor desempenho de Portugal, enquanto que Espanha ainda se encontra abaixo do nível médioda União Europeia. Este desempenho, em parte pode ser explicado pela menor despesa em investigação e desenvolvimentoem Espanha do que em Portugal, sobretudo desenvolvida pelo sector empresarial.
Factores explicativos da menor produtividade total dos factores prendem-se com factores de regulação, nomeadamenteo custo e tempo necessários para iniciar um negócio, ineficiência no sistema judicial. Em termos de regulação domercado de trabalho, como já referido na análise da população e do emprego, Espanha fez progressos significativos,reduzindo o grau de rigidez para níveis em média com os observados na OCDE; mas Portugal continua ainda a apresentarmaior grau de rigidez, apesar dos avanços já obtidos. Na regulação do mercado de produto, Portugal e Espanha encontram-se em posições idênticas, sendo evidente, no caso de Portugal, a melhoria significativa a redução da rigidez ao longodos últimos dez anos.
Paralelamente, no mercado ibérico a avaliação das barreiras ao empreendedorismo coloca Espanha numa posiçãodesfavorável no que concerne à obtenção de licenças e barreiras ao sector dos serviços e custos em iniciar um negócio;Portugal apresenta-se menos competitivo nos encargos administrativos para empresas no processo de início de actividade.A melhor posição comparativa de Portugal é visível em todos os indicadores que avaliam a competitividade, com excepçãodo publicado pelo world economic fórum, que coloca Portugal numa posição mais desfavorável tendo em conta deficiênciaao nível da confiança na classe política e na eficiência governativa. No entanto, chama a atenção para melhorias deprodutividade e competitividade através da liberalização dos mercados de trabalho e de produto. Na educação, o relatóriochama a atenção para a permanência de deficiências ao nível da concordância entre os graus académicos e as necessidadesprodutivas do país. No caso de Espanha, o mesmo relatório evidencia a posição favorável do nível educacional dapopulação e a implementação de reformas no mercado de trabalho, financeiro e de produtos.
0
1
1
2
2
3
2000
União
Europeia
2000
Zona euro
2000
Espanha
2000
Portugal
Empresarial Público OutrosFonte: Eurostat
90
95
100
105
110
115
120
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
União Europeia Zona euro
Espanha Portugal Fonte: Ameco
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Regulação do mercado de produto
(escala 0-6)
Barreiras ao empreededorismo (2013)
PT ES
Barreiras ao empreendedorismo 1.3 2.1
Complexidade dos procedimentos regulamentares 0.4 2.8
Obtenção de licenças 0.0 4.7
Comunicação e simplificação das regras e procedimentos 0.8 1.0
Encargos administrativos para as startups 2.5 2.3
encargos administrativos para as empresas 1.8 1.6
Barreiras no sector dos serviços 3.6 4.0
Regulação da protecção de emp. Incubentes 1.1 1.1
Barreiras legais à entrada 1.4 1.3
Barreiras as ind de rede 1.9 2.1
Fonte: OCDE, indicador de regulação do mercado de produto.
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
NLDEUAAUT DEUDNK ITA AUS FINPRT HUN SVK EST BRA CZE FRA IRL ESP ISL CHLNORCHE SWEGRC SVN
2003 20130 menos restritivo ; 6 mais restrit ivo
Fonte:OCDE
IMPACTO DAS REFORMAS ESTRUTURAIS NO CRESCIMENTO
Recentemente, a Comissão Europeia publicou um estudo dos impactos de reformas estruturais nos mercados de produto,trabalho e estrutura fiscal. Foram também apresentados resultados relativamente ao impacto no crescimento e no empregodo aumento da despesa em I&D e do aumento do grau de formação dos trabalhadores. A dimensão das medidas propostasno estudo tem como finalidade aproximar as economias analisadas da média dos três países da EU com melhores desempenhosem cada um dos campos. Os resultados apresentados apontam para ganhos potenciais no crescimento e no emprego nomédio e longo prazo, enquanto que os ganhos num horizonte entre 1-2 anos são relativamente reduzidos.
Indicadores de competitividade
Portugal Espanha Leitura do indicador2005 2010 2013 2014 2005 2010 2013 2014
Índice de liberdade económica 62.4 64.4 - 63.5 67 69.6 - 67.2 Classificação entre 69.9-60 pontos equivale aeconomias moderadamente livres (quanto maisbaixa a classificacaão for, maior o grau deliberdade).
Índice competitividade, WFE 24 43 49 51 23 42 36 35 Posicionamente num conjunto de 148 países.
Doing business 42 48 29 31 30 62 46 52 Posicionamente num conjunto de 189 países.
Abertura de empresas - - 25 32 - - 136 142 Posicionamente num conjunto de 189 países.
Custo iniciar negócio % RNB 13.4 - 2.4 - 16.5 - 4.7 -
Fonte: Heritage Foundation, Banco Mundial.
Comissão Europeia: Impactos de reformas estruturaisPortugal
Efeito no PIB Efeito no Emprego(% do desvio face ao período base) (% do desvio face ao período base)
Dimensão 1 2 5 10 LP(ready 1 2 5 10 LP(readyda medida1 state) state)
Mercado de Produto
Redução das margens no mercadode produto (serviços e ind. de rede) -9.7p.p. -0.3 0.3 2.8 6.0 14.3 -0.2 0.3 2.0 3.3 5.4
Redução de barreiras à entrada de empresasintermediárias (sobretudo startups inovação) -1.9p.p. 0.0 0.0 0.0 0.1 0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Mercado de Trabalho
Redução do peso dos impostos sobre o tarbalhoe aumento dos do consumo -8.6p.p. 0.6 0.6 0.5 0.9 1.9 0.5 0.7 0.9 1.4 1.8
Conhecimento e inovação
Subsídios a I&D 0.0p.p. 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Redução da % de trabalhadores c/baixas qualificações -52.6p.p. 0.2 0.1 0.0 0.7 28.4 0.1 0.1 -0.1 0.1 5.8
Aumento da % de trabalhadores c/qualificaçõesmais levadas 6.6p.p. 0.0 0.0 0.1 0.2 5.8 0.0 0.0 0.1 0.1 0.4
Total 0.4 1.1 3.5 7.9 50.5 0.5 1.1 2.9 4.8 13.4
Nota: % do desvio desde o período base. O PIB per capita em Portugal era 57% da média ponderada dos três países da zona euro com PIB per capita mais elevado em 2012 (Luxemburgo, Áustria e Holanda). Esta medida contapara cerca de 67% do desvio de rendimento actual.1A dimensão da medida refere-se ao desvio face à média dos três paises da zona euro com melhor desempenho.
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Comissão Europeia: Impactos de reformas estruturaisEspanha
Efeito no PIB Efeito no Emprego(% do desvio face ao período base) (% do desvio face ao período base)
Dimensão 1 2 5 10 LP(ready 1 2 5 10 LP(readyda medida1 state) state)
Mercado de Produto
Redução das margens no mercado de produto(sobretudo serviços e ind. de rede) -9.7 p.p. -0.3 0.3 2.8 6.1 16.4 -0.2 0.2 1.9 3.1 6.4
Redução de barreiras à entrada de empresasinetrmediárias (sobretudo startups inovação) -4.3 p.p. 0.0 0.0 0.0 0.2 0.7 0.1 0.0 0.0 0.0 0.2
Mercado de Trabalho
Redução do peso dos impostos sobre o tarbalhoe aumento dos do consumo -12.6 p.p. 1.0 1.1 1.0 1.7 3.6 1.0 1.4 1.9 2.6 3.7
Conhecimento e inovação
Subsídios a I&D 6.5 p.p. 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 -0.1
Redução da % de trabalhadores c/baixas qualificações -35.8 p.p. 0.2 0.2 0.2 0.5 14.9 0.2 0.2 0.1 0.5 10.1
Aumento da % de trabalhadores c/qualificaçõesmais levadas 1.0 p.p. 0.0 0.0 0.1 0.2 0.3 0.0 0.0 0.1 0.1 -0.4
Total 0.9 1.6 4.1 8.7 36.0 1.0 1.9 4.0 6.3 19.8
Nota: % do desvio desde o príodo base. O PIB per capita em Espanha era 73% da média ponderada dos três países da zona euro com PIB per capita mais elevado em 2012 (Luxemburgo, Áustria e Holanda). Esta medida contapara cerca de 99% do desvio de rendimento actual.1A dimensão da medida refere-se ao desvio face à média dos três paises da zona euro com melhor desempenho.
No horizonte de 1-2 anos, a aproximação dos indicadores portugueses da média dos três países da zona euro com melhoresimplicaria uma melhoria entre 0.4%-1.1% do PIB. Por tipo de medida, destaca-se a alteração da estrutura fiscal, através daredução do imposto sobre os rendimentos do trabalho compensada pelo aumento dos impostos sobre o consumo, que setraduziria numa melhoria de 0.6% no PIB no primeiro e segundos anos. Num horizonte mais longo, entre 5-10 anos, osavanços do PIB associados a esta medida seriam de 0.5% e 0.9%, respectivamente. No horizonte mais longo, são tambémimportantes os resultados obtidos pela redução das margens nos serviços e indústrias: aumento de 2.8% do PIB ao fim decinco anos e de 6% ao fim de dez anos. Todavia, no curto prazo o impacto seria de uma redução de 0.3% do produto noprimeiro ano. As alterações na estrutura educacional dos trabalhadores apensa se traduziria em resultados em horizontestemporais mais distantes.
Em Espanha, os resultados apresentados são idênticos aos de Portugal, mas os impactos no PIB seria superiores. A aproximaçãode todos os indicadores das práticas dos três países com melhores desempenhos reflectir-se-ia em acréscimos do PIB entre0.9-1.6% nos primeiro e segundo anos e de 4.1-8.7% ao fim de 5 anos e de 10 anos, respectivamente. A redução dasmargens no mercado de produto teria impactos semelhantes ao de Portugal; no caso das alterações fiscais os impactos sãomais significativas: acréscimo de 1% do produto no primeiro ano, 1.1% no segundo; 1% no quinto e 1.7% ao fim de dezanos.
CONCLUSÃO
Portugal: A análise dos indicadores apresentados reflecte as fragilidades estruturais associadas a um modelo de crescimentoassente na produção de baixo valor acrescentado e mais direccionado para o mercado interno. Isto é evidente no andamentodos indicadores no início do novo século, quando o processo de convergência com a média europeia reflectiu os efeitos daentrada da China na cadeia do comércio internacional e dos países do leste europeu na União Europeia. O menor contributodo factor tecnológico para o crescimento põe em evidência a fragilidade do modelo de crescimento, assente em sectoresnão transaccionáveis. Mais recentemente, têm sido evidentes os sinais de maior flexibilidade na adaptação a novosdesafios, evidente, por exemplo, no ajustamento dos custos unitários do trabalho e na regulação do mercado de produtoe trabalho. Ao nível do mercado do produto foram dados passos importantes na redução de factores de rigidez, evidenteno posicionamento favorável do indicador de regulação do mercado de produto calculado pela OCDE para Portugal noconjunto dos países europeus. Permanece, contudo, a necessidade de ajustamentos adicionais, nomeadamente ao nívelda redução das margens de lucro nas denominadas indústrias de rede, o que permitirá a redução dos custos de diversosinputs utilizados por sectores transaccionáveis, beneficiando a sua capacidade de penetração em outros mercados. Nocampo da educação foram também dados passos importantes, principalmente na qualificação da população estudantil,evidente na aproximação das médias europeias do número de licenciados em áreas científicas e tecnológicas. No mercadode trabalho, a informação disponível aponta ainda para espaço de manobra disponível no campo fiscal, através da reduçãodo peso dos impostos sobre o trabalho compensadas por um aumento da tributação sobre o consumo. Mais preocupantessão os resultados associados ao factor capital, essencial para o crescimento da riqueza de uma economia. De facto, o pesodo capital no PIB apresenta-se bastante reduzido quando comparado com a média europeia. A agravar esta, está o factodo investimento se ter centrado em sectores não transaccionáveis e de se terem gerado elevados níveis de endividamento,ainda por corrigir, reduzindo a capacidade de investimento da economia no médio prazo. O FMI estima um crescimentomédio anual entre 2014-18 de 1.5%.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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Teresa Gil Pinheiro
Espanha: A economia espanhola mostra-se melhor posicionada no que respeita ao processo de convergência com a médiaeuropeia. O forte crescimento do stock de capital face ao PIB é certamente, explicativo da evolução do PIB per capita nasúltimas décadas. Contudo, a acumulação de riqueza esteve, essencialmente, assente em activos geradores de menorprodutividade, evidente, por exemplo, nos contributos negativos da produtividade total dos factores. Segundo informaçãodisponível na Fundação BBVA, em 2011 44% do stock de capital é residencial e cerca de 27% respeita a construção nãoresidencial. No que se refere ao factor trabalho, o indicador de regulação calculado pela OCDE, coloca Espanha num bomposicionamento, sendo que o grau de rigidez da regulação laboral se encontra em linha com a média da OCDE. No entanto,o ajustamento dos custos unitários do trabalho ficou aquém do observado em Portugal e na Irlanda e os ganhos de produtividadeobservados justificam-se, essencialmente, pela forte destruição do emprego. Tal como em Portugal, a informação disponívelaponta ainda para espaço de manobra disponível no campo fiscal, através da redução do peso dos impostos sobre o trabalhocompensadas por um aumento da tributação sobre o consumo. No âmbito da liberalização do mercado de produto e serviços,a informação disponível aponta para a necessidade de esforços adicionais na redução da sua rigidez, evidente no posicionamentoda maioria dos indicadores de competitividade. Contra a economia espanhola joga ainda os efeitos do rebentamento da bolhaimobiliária em 2007/08. O FMI estima um crescimento médio anual entre 2014-18 de 0.7%.
Bibliografia:BCE, Boletim mensal, Outubro 2010 e Janeiro 2011FMI, How Fast Can Portugal Grow?Vanda Almeida, Gabriela Castro e Ricardo Mourinho Félix, A economia portuguesa no contexto europeu: estrutura,choques e políticasOCDE, An Analysis of Productivity Performance in Spain Before and During the CrisisRelatório do Banco de Portugal 2012
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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BASES DE DADOS
Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos em
Abril e Maio 2014
CONJUNTURA ECONÓMICA
Indicadores de Conjuntura Macroeconómica em Portugal
Indicadores de Conjuntura Económica Internacional I
Indicadores de Conjuntura Económica Internacional II
MERCADOS CAMBIAIS
Cotações no mercado Spot
Taxas Oficiais de Conversão para o EURO
MTC-2
MERCADOS MONETÁRIOS
Taxas de Juro Internacionais
MERCADOS DE OBRIGAÇÕES
Indicadores do Mercado Doméstico de Obrigações
Evolução dos Indexantes
Taxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro
MERCADOS DE ACÇÕES
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções I
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções II
COMMODITIES
Índices CRB de Preços de Futuros de Commodities
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Abril e Maio de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Abril e Maio de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Abril e Maio de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Abril e Maio de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Abril e Maio de 2014*
Abril 2014Abril 2014Abril 2014Abril 2014Abril 2014UE 1 Reunião dos ministros das finanças (Ecofin) e banqueiros centraisZona Euro 3 Decisão de política monetária do BCEMundo 3 FMI divulga primeiros capítulos do novo World Economic OutlookJapão 8 Decisão de política monetária do Banco do JapãoReino Unido 9 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraEUA 9 Fed divulga actas da reunião de política monetária de 18-19 de MarçoMundo 11 Encontro de Primavera do FMI e do Banco MundialJapão 11 Banco do Japão divulga actas da reunião de 13-14 de MarçoReino Unido 23 Banco de Inglaterra divulga actas da reunião de 9-10 de AbrilEUA 30 Decisão de política monetária do FOMC
Maio 2014Maio 2014Maio 2014Maio 2014Maio 2014Zona Euro 8 Decisão de política monetária do BCEReino Unido 8 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraEUA 21 Fed divulga actas da reunião de política monetária de 29-30 de AbrilUE 22-25 Eleições para o Parlamento EuropeuNotas: (*) - Este calendário não pretende conter uma enumeração exaustiva de todos os acontecimentos futuros na Europa, Japão e América do Norte, mas sim listar alguns dos eventos que possam ter
um impacto significativo nos mercados financeiros.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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VVVVVararararar. Mês %. Mês %. Mês %. Mês %. Mês % 0.15 2.09 0.63 0.54 1.94VVVVVararararar. em 2014 %. em 2014 %. em 2014 %. em 2014 %. em 2014 % 0.95 -0.97 0.00 -0.92 -1.91Média mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensalMédia mensal 1.38 141.54 0.83 1.22 102.38Fonte: BPI, BCE.
Taxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EURO
Escudo (PTE) 200.482Peseta (ESP) 166.386Franco Francês (FRF) 6.55957Lira (ITL) 1936.27Marco Alemão (DEM) 1.95583Libra Irlandesa (IEP) 0.787564Markka Finlandesa (FIM) 5.94573Florim Holandês (NLG) 2.20371Xelim Austríaco (ATS) 13.7603Franco Belga (BEF) 40.3399Franco Luxemburguês (LUF) 40.3399Dracma Grega (GRD) 340.75Tolar Esloveno (SIT) 239.640Lira Maltesa (MTL) 0.429300Libra Cipriota (CYP) 0.585274Coroa Eslovaca (SKK) 30.1260EEK (Coroa estoniana) 15.6466LVL (Lats letão)* 0.702804Fonte: BCE.Nota: (*) Desde 01/01/2014.
MTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-II
Data deData deData deData deData de TTTTTaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Central Bandas deBandas deBandas deBandas deBandas de BandaBandaBandaBandaBandaentradaentradaentradaentradaentrada face ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EURO VVVVVararararar. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal ActualActualActualActualActual
DKK (Coroa dinamarquesa) 01.01.1999 7.46038 +/-2.25% <1%LTL (Litas lituana) 28.06.2004 3.45280 +/-15% 0%Fonte: BCE.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
Taxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro Internacionais
31.Mar.14
O/NO/NO/NO/NO/N 1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês 3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses 6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses 1 Ano1 Ano1 Ano1 Ano1 AnoEUR 0.58% 0.21% 0.28% 0.38% 0.55%USD 0.09% 0.15% 0.23% 0.33% 0.56%JPY 0.05% 0.10% 0.14% 0.19% 0.34%GBP 0.45% 0.49% 0.52% 0.62% 0.91%CHF -0.01% -0.01% 0.02% 0.07% 0.19%Fonte: BPI, Reuters.Nota: Taxas de juro Libor para todas as moedas.
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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Ago.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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(2) Desde 31/12/2002 a TBA passou a ser fixada segundo a seguinte fórmula: 0.52xL3 + 0.47xL12 - 0.12, em que L3 e L12 representam as médias móveis das últimas 20 observações da Euribora 3 e 12 meses, respectivamente, terminadas no penúltimo dia útil ao dia a que se refere o cálculo.
E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
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Taxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do TesouroTaxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro01.Abr.1401.Abr.1401.Abr.1401.Abr.1401.Abr.14
Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc.Admitidas a negoc. VVVVVidaidaidaidaida ModifiedModifiedModifiedModifiedModifiedTítuloTítuloTítuloTítuloTítulo MaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidadeMaturidade (10(10(10(10(1033333 EUR) EUR) EUR) EUR) EUR) AnosAnosAnosAnosAnos MesesMesesMesesMesesMeses CupãoCupãoCupãoCupãoCupão PreçoPreçoPreçoPreçoPreço DurationDurationDurationDurationDuration YTMYTMYTMYTMYTMObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TObrig. do TesouresouresouresouresouroooooOTs 10 Anos 03 2014-06-16 4,469,000.00 0 2 4.375% 100.70 0.21 0.840%OTs 5 Anos 09 2014-10-15 5,607,000.00 0 6 3.600% 101.48 0.53 0.790%OTs 10 Anos 05 2015-10-15 9,242,000.00 1 6 3.350% 103.74 1.49 0.877%OTs 5 Anos 11 2016-02-15 3,500,000.00 1 10 6.400% 109.27 1.79 1.341%OTs 10 Anos 06 2016-10-15 6,185,000.00 2 6 4.200% 106.35 2.39 1.616%OTs 10 Anos 07 2017-10-15 11,258,000.00 3 6 4.350% 106.91 3.23 2.290%Ots 10 Anos 08 2018-06-15 10,853,000.00 4 2 4.450% 107.18 3.72 2.619%Ots 10 Anos 09 2019-06-14 10,915,000.00 5 2 4.750% 108.68 4.47 2.923%Ots 10 Anos 10 2020-06-15 8,551,000.00 6 2 4.800% 108.90 5.20 3.192%OTs 15 Anos 05 2021-04-15 7,510,000.00 7 0 3.850% 102.84 5.89 3.389%OTs 15 Anos 08 2023-10-25 7,228,000.00 9 6 4.950% 107.90 7.48 3.939%Ots 10 Anos 13 2024-02-15 6,000,000.00 9 10 5.650% 112.87 7.61 4.041%OTs 30 Anos 06 2037-04-15 6,973,000.00 23 0 4.100% 92.95 13.77 4.603%Fonte: BPI, IGCP, Reuters.Nota: O YTM é uma taxa anual.
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E.E.F. Mercados Financeiros Abril 2014
Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de CommoditiesCommoditiesCommoditiesCommoditiesCommodities
PreçoPreçoPreçoPreçoPreço VVVVVariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoPesoPesoPesoPesoPeso AbrAbrAbrAbrAbr.14.14.14.14.14 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses ytdytdytdytdytd
CRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosÍndice Global 100% 300.8 322.6 322.6 322.6 322.6 322.6 -6.8% -6.8% -6.8% -6.8% -6.8%CRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaPetróleo 99.3 102.6 99.6 103.0 96.3 98.4 -3.2% -0.2% -3.6% 3.1% 0.9%Heating oil 292.7 312.8 309.5 300.4 288.1 307.7 -6.4% -5.4% -2.5% 1.6% -4.9%Gas natural 4.4 4.9 4.4 3.5 4.0 4.2 -9.3% -0.7% 25.9% 10.8% 4.1%CRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososOuro 1314.9 1328.2 1214.1 1323.6 1595.7 1202.3 -1.0% 8.3% -0.7% -17.6% 9.4%Platina 1421.7 1429.1 1362.7 1410.7 1566.0 1371.1 -0.5% 4.3% 0.8% -9.2% 3.7%Prata 20.0 21.3 19.9 21.7 28.6 19.3 -6.1% 0.4% -8.1% -30.3% 3.2%CRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaMilho 486.3 455.5 426.3 456.8 730.3 422.0 6.8% 14.1% 6.5% -33.4% 15.2%Sementes de soja 1424.5 1407.3 1318.8 1316.8 1447.8 1312.5 1.2% 8.0% 8.2% -1.6% 8.5%Trigo 708.3 600.0 606.0 678.3 731.5 605.3 18.0% 16.9% 4.4% -3.2% 17.0%CRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCacau 2957.0 2909.0 2783.0 2597.0 2146.0 2709.0 1.7% 6.3% 13.9% 37.8% 9.2%Café 173.6 177.1 115.5 115.7 137.6 110.7 -2.0% 50.3% 50.1% 26.1% 56.8%Sumo de laranja 148.4 146.2 141.4 127.8 139.0 136.5 1.5% 5.0% 16.2% 6.8% 8.8%Açúcar 17.1 17.3 16.3 17.5 17.8 16.4 -1.3% 4.8% -2.5% -4.0% 4.0%CRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCobre 304.8 324.5 345.0 330.4 343.3 339.7 -6.1% -11.6% -7.7% -11.2% -10.3%Algodão 94.9 85.4 82.9 84.5 88.0 84.6 11.2% 14.5% 12.3% 7.8% 12.1%CRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoBovino 145.6 148.7 132.7 127.7 126.0 134.5 -2.1% 9.7% 14.0% 15.6% 8.2%Suíno 122.0 101.0 85.3 92.8 79.5 85.4 20.8% 43.0% 31.5% 53.5% 42.8%Fonte: Bloomberg, BPI.
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