ESTUDOS ECONÓMICOSE FINANCEIROS
Análise Mensal
12 de Fevereiro de 2014
Mercados Financeiros
Paula Gonçalves CarvalhoAgostinho Leal AlvesLuisa Teixeira FelinoNuno André CoelhoTeresa Gil Pinheiro
ALTERAÇÃO DE RISCOS
Continua o movimento de rotação do crescimento, mais assente nas economias desenvolvidas,
não obstante alguma moderação das expectativas desde início do ano. As maiores dúvidasconcentram-se em algumas economias emergentes mais vulneráveis, onde o cenário de expansãotem vindo a enfraquecer reflexo de uma situação de finanças externas fragilizadas, a que sealiou a necessidade de medidas restritivas de política monetária para defender as moedas eimpedir a escalada de pressões inflacionistas, com consequências no crescimento. Adicionalmente,economias mais abertas ao exterior, integradas no ciclo de produção global, apresentam-setambém vulneráveis face à possibilidade de abrandamento da economia da China. Entretanto,as atenções deverão recair também sob os EUA, dada a proximidade de um novo limite deendividamento público e o impasse entre Republicanos e Democratas. Os recursos excepcionaisdo Tesouro terminarão próximo do final de Fevereiro. No entanto, não se antecipa que regresseo temor sobre uma entrada em incumprimento eminente, pois a posição dos Republicanos estásignificativamente menos robusta que no passado recente.
Mantêm-se os argumentos em suporte do euro, designadamente um confortável excedente das
contas externas, o encolhimento da liquidez excedentária em euros, e as perspectivas dereanimação da actividade na região. Todavia, face à perturbação nos mercados financeiros,algumas moedas - franco suíço, libra inglesa e dólar dos EUA - readquiriram alguma atractividade,situação que deverá perdurar no curto prazo.
Apesar da maior atenção aos desenvolvimentos no mercado de trabalho dos EUA, não se antecipa
alteração da postura da Reserva Federal, pelo menos na ausência de sinais mais concretos deenfraquecimento da actividade económica, que não antecipamos. Efectivamente, há indíciosfavoráveis na informação do emprego, nomeadamente o ensaio de estabilização da taxa departicipação ou o ligeiro aumento da taxa de emprego. Na Europa, o BCE tenderá a actuarapenas caso as condições financeiras se deteriorem de forma acentuada pois não existemexpectativas de deflação (não obstante a tendência desinflacionista); a moeda cedeu algumterreno; e há sinais de alívio do grau de fragmentação nos mercados financeiros do euro.Apesar da redução paulatina da liquidez excedentária, configurando um ambiente mais restritivona região, a autoridade monetária não dispõe de margem de manobra suficiente no campo dequantitative easing. No entanto, não se excluem novas medidas de estímulo.
O cenário de aumento gradual das taxas de dívida pública nos mercados benchmark mantém-
se intacto, apesar do movimento de correcção desde início do ano. Em causa está oenquadramento global, que continua favorável em 2014, dadas as perspectivas de fortalecimentoda actividade nas economias desenvolvidas e cenário de inflação equilibrado. O destaque vaipara as economias periféricas, onde o estreitamento dos prémios de risco e a imunidade àperturbação observada nos activos de alguns emergentes evidencia a credibilidade da alteraçãodo quadro de fundamentos.
Entre os activos de maior risco, crescem os argumentos relativamente às perspectivas favoráveisdos mercados bolsistas europeus, sobretudo depois do recente movimento de correcção. Defacto, o atraso na performance comparativa com os índices norte-americanos, e o cenário deretoma da actividade económica e redução dos desequilíbrios estruturais em algumas economiasda região, reforçam o grau de atracção do bloco do euro.
Nesta publicação disponibilizamos como artigo de opinião a segunda parte de uma análise
detalhada do sector do turismo em Portugal.
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ALTERAÇÃO DE RISCOS
Desde início do ano, intensificou-se o nervosismodo mercado relativamente às economias maisvulneráveis. Ao contrário do movimento de vendaque ocorreu em Maio-Junho, desta vez os activosdos países periféricos europeus foram poupados.Têm sido também menos penalizadas as moedas eactivos dos países com maior capacidade deresposta, em que as questões políticas estão maisatenuadas, como é o caso da Índia e Indonésia,com aparente maior resi l iência nesta fase.Efect ivamente, tem vindo a acentuar-se adiferenciação e selectividade de situações, sendomais penalizados os mercados emergentes commaiores desequilíbrios estruturais e entraves aocrescimento (Turquia e África do Sul são exemplos).Não obstante a relevância das economiasemergentes para o crescimento global, acredita-seque a actual situação não ganhará contornossistémicos pois, para além das medidas que estãoa ser tomadas em cada país para fazer face aosdesequilíbrios específicos, a pressão para esteajustamento vem sendo exercida há vários meses,ao contrário da crise asiática ocorrida em finais dosanos 90, quando os câmbios fixos que existiamcontra o dólar impediam ajustamentos maisprogressivos.Neste contexto, os movimentos de correcção nosmercados de activos com maior risco deverão sertemporários, ainda que o regresso a uma tendênciasustentada mais favorável reclame a confirmaçãode crescimento económico robusto nas economiasdesenvolvidas. E diluição dos receios relativamenteà economia da China.
DEPARTAMENTO DEESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS
Paula Gonçalves Carvalho Economista ChefeTeresa Gil PinheiroNuno André CoelhoLuísa Teixeira Felino
ANÁLISE TÉCNICA
Agostinho Leal Alves
Tel.: 351 21 310 11 86 Fax: 351 21 353 56 94Email: [email protected] www.bancobpi.ptwww.bpiinvestimentos.pt/Research
ÍNDICEPág.
Perspectivas Globais e Principais Factores de Risco 03
Principais Mercados: Recomendações 04
TEMAS EM DESTAQUE
MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL CONSOLIDA TENDÊNCIA DE MELHORIA
…AINDA QUE PERSISTAM FRAGILIDADES 05SEC 2010 - EFEITOS POTENCIAIS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO 07EMERGENTES SOB PRESSÃO 11
ECONOMIAS
ECONOMIA GLOBAL - EMERGENTES E CHINA PODEM CAUSAR DANOS
…MODERADOS 15PORTUGAL - REVISÃO DE CENÁRIO 16ESPANHA - ECONOMIA ACELERA NO FIM DO ANO 17BRASIL - O CRESCIMENTO DA SEXTA MAIOR ECONOMIA DO MUNDO
CONTINUOU A DESAPONTAR 18MÉXICO - ECONOMIA RECUPERA MODERADAMENTE NO TERCEIRO TRIMESTRE
FACE AO AUMENTO DA PROCURA EXTERNA 19ANGOLA - DIMINUIÇÃO DAS RECEITAS DO SECTOR PETROLÍFERO CONTRIBUEM
PARA DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA 20MOÇAMBIQUE - ORÇAMENTO DE 2014 REFORÇA COMBATE À POBREZA
E PROMOVE CRESCIMENTO INCLUSIVO 21
MERCADOS
MERCADO CAMBIAL
EURO VERSUS DÓLAR 23
MERCADO MONETÁRIO
BCE POSICIONA-SE EM MODO "ESPERAR PARA VER" 24
MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
MOMENTO DE PAUSA 25
MERCADOS ACCIONISTAS
CAPITAIS REGRESSAM À EUROPA 26
MERCADO DE COMMODITIES
PREÇOS ESTAGNADOS 27
PREVISÕES
Economias DesenvolvidasMercados EmergentesPrevisões Económicas do BPI 29
Taxas de CâmbioTaxas de Juro 30
Taxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais 31
Taxas de Câmbio dos Mercados EmergentesTaxas de Juro dos Mercados Emergentes 32
OPINIÃO
EVOLUÇÃO DO SECTOR DO TURISMO -PARTE II-A SITUAÇÃO EM PORTUGAL 33
BASES DE DADOS 45
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ços
na h
abita
ção
pare
ce i
ndic
iar
a fo
rmaç
ão d
e um
a bo
lha
ness
e m
erca
do q
uepo
derá
lev
ar a
um
ape
rto
da p
olíti
ca m
onet
ária
mai
s ce
do d
o qu
e o
ante
cipa
do.
Da
mes
ma
form
a, a
ráp
ida
redu
ção
da t
axa
de d
esem
preg
o no
s úl
timos
mes
es c
ontr
ibui
par
a le
vant
ar r
ecei
os s
obre
a e
stab
ilida
de d
oní
vel
gera
l de
pre
ços.
De
fact
o, o
s ri
scos
de
infla
ção
pers
iste
m e
pod
em i
nflu
enci
ar a
s ex
pect
ativ
as p
ara
aev
oluç
ão d
o ní
vel
de p
reço
s no
méd
io-p
razo
, o
que
cond
icio
nari
a a
evol
ução
da
polít
ica
mon
etár
ia.
A rá
pida
desc
ida
da t
axa
de d
esem
preg
o te
m s
urpr
eend
ido
o Ba
nco
de I
ngla
terr
a, q
ue p
oder
á an
unci
ar u
m a
pert
o da
sco
ndiç
ões
de p
olíti
ca m
onet
ária
mai
s ce
do d
o qu
e er
a an
teci
pado
..
A ap
rova
ção
de e
mpr
éstim
os,
apes
ar d
e te
r m
elho
rado
ao
long
o do
s úl
timos
mes
es,
cont
inua
bas
tant
ein
feri
or a
os v
alor
es p
ré-c
rise
. N
ote-
se q
ue a
aus
ênci
a de
um
mer
cado
de
créd
ito d
inâm
ico
pode
col
ocar
em
risc
o a
recu
pera
ção
do c
onsu
mo
e do
inv
estim
ento
.
. Es
tão
sobr
etud
o as
soci
ados
ao
final
do
PAEF
e à
tra
nsiç
ão p
ara
um n
ovo
mod
elo
de f
inan
ciam
ento
do
Esta
do,
asse
nte
no r
ecur
so a
o m
erca
do.
O a
ndam
ento
das
eco
nom
ias
exte
rnas
con
stitu
i um
fac
tor
de r
isco
adic
iona
l, pa
ra a
lém
dos
fact
ores
de
natu
reza
pol
ítica
, ass
ocia
dos
sobr
etud
o ao
res
ulta
do d
as e
leiç
ões
euro
peia
sem
alg
uns
país
es m
ais
frag
iliza
dos
polit
icam
ente
.
. R
isco
s pa
ra o
cre
scim
ento
são
neg
ativ
os e
rel
acio
nam
-se
com
a i
ncer
teza
e v
olat
ilida
de n
os m
erca
dos
finan
ceir
os e
pos
sibi
lidad
e de
red
ução
dos
flu
xos
de c
apita
is d
irec
cion
ados
par
a es
tas
econ
omia
s de
riva
da d
eum
a su
bida
das
tax
as d
e ju
ro n
as e
cono
mia
s de
senv
olvi
das.
. O c
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rtam
ento
ser
á di
fere
ncia
do, d
epen
dend
o da
s ca
ract
erís
ticas
intr
ínse
cas
de c
ada
regi
ão, n
um a
mbi
ente
de r
etom
a da
act
ivid
ade
indu
stri
al g
loba
l, pr
eços
das
com
mod
ities
con
tidos
e a
mbi
ente
fin
ance
iro
men
osac
omod
atíc
io n
o m
undo
des
envo
lvid
o.
. O
s ri
scos
pre
ndem
-se
prin
cipa
lmen
te c
om r
eduç
ão d
os e
stím
ulos
mon
etár
ios
da R
eser
va F
eder
al d
os E
UA,
que
pode
rá a
fect
ar n
egat
ivam
ente
os
fluxo
s de
cap
ital p
ara
as e
cono
mia
s m
ais
vuln
eráv
eis
a ch
oque
s ex
tern
os,
nom
eada
men
te a
Áfr
ica
do S
ul,
desv
alor
izan
do a
s su
as m
oeda
s e
cria
ndo
inst
abili
dade
sob
re o
sis
tem
afin
ance
iro.
A r
eacç
ão d
os m
erca
dos
à re
duçã
o do
s es
tímul
os p
oder
á ta
mbé
m d
ificu
ltar
os p
lano
s pa
ra e
mis
sões
de d
ívid
a in
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acio
nal
em v
ário
s pa
íses
da
regi
ão.
. O
cre
scim
ento
pot
enci
al p
erm
anec
e em
mui
tos
país
es l
imita
do p
ela
ausê
ncia
de
refo
rmas
est
rutu
rais
que
reso
lvam
nec
essi
dade
s de
inf
ra-e
stru
tura
s (r
edes
rod
oviá
rias
) e
pela
bai
xa q
ualif
icaç
ão e
ele
vada
pob
reza
das
popu
laçõ
es.
4
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014P
rin
cip
ais
Rec
omen
daç
ões
e Fa
ctor
es d
e R
isco
Rec
om
end
açõ
esFa
ctor
es d
e R
isco
M.
Cam
bia
l
M.
Mon
etár
io
Div
. P
úb
.
Dív
. D
iv.
Acç
ões
Com
mod
itie
s
. O
EU
R/U
SD t
em m
ostr
ado
nos
últim
os d
ias
uma
evol
ução
men
os t
ende
ncia
l, em
bora
a l
ongo
pra
zo a
inda
prev
aleç
a o
bulli
sh t
rend
. O
EU
R te
m e
stad
o su
port
ado
pela
evi
dent
e re
cupe
raçã
o ec
onóm
ica
da Z
ona
Euro
;pe
la c
ontr
acçã
o do
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anço
do
BCE;
pel
o re
gres
so d
o in
vest
imen
to à
s bo
lsas
e à
dív
ida
sobe
rana
; pe
los
reco
rdes
suc
essi
vos
em t
erm
os d
e su
perá
vite
cor
rent
e. P
or s
eu t
urno
, o
USD
tem
gan
ho a
pre
ferê
ncia
dos
inve
stid
ores
por
doi
s as
pect
os q
ue s
e cr
uzam
, pa
ra a
lém
do
bom
mom
ento
eco
nóm
ico:
o p
roce
sso
de t
aper
ing
da F
ed;
a tu
rbul
ênci
a se
ntid
a no
s m
erca
dos
de a
ctiv
os d
as e
cono
mia
s em
erge
ntes
. N
este
con
text
o, o
dól
arre
tom
ou o
seu
pap
el d
e m
oeda
ref
úgio
. Ta
mbé
m G
BP e
CH
F ve
rific
aram
mai
or p
rocu
ra.
Nes
te c
onte
xto,
pare
ce a
dequ
ado
ter
posi
ções
lon
gas
repa
rtid
as e
ntre
EU
R, U
SD,
GBP
e C
HF,
num
a vi
são
de c
urto
pra
zo.
Am
édio
/lon
go p
razo
pod
erá
have
r um
a m
aior
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no d
ólar
, co
m o
fim
da
liqui
dez
extr
aord
inár
ia in
trod
uzid
ape
la F
ed n
o si
stem
a.
. As
tax
as E
urib
or e
stab
iliza
ram
fac
e à
tend
ênci
a de
sub
ida
regi
stad
a ao
long
o de
Dez
embr
o, m
as e
ncon
tram
-se
num
niv
el s
uper
ior
ao d
efin
ido
ante
rior
men
te.
Apes
ar d
a pe
rspe
ctiv
a de
mel
hori
a ec
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ica
da r
egiã
o, o
BCE
tem
man
tido
um t
om a
com
odat
ício
(m
ante
ve a
s ta
xas
de j
uro
na r
euni
ão d
e Fe
vere
iro)
, su
geri
ndo
que
as t
axas
dev
erão
per
man
ecer
pró
xim
as d
e ze
ro a
inda
por
um
lon
go p
erío
do d
e te
mpo
. C
onti
nuam
os a
reco
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dar
o fin
anci
amen
to a
pra
zos
curt
os (
tend
o po
r ba
se a
s pe
rspe
ctiv
as p
ara
as t
axas
de
mer
cado
mon
etár
io)
aten
dend
o à
estr
utur
a ac
tual
da
curv
a de
ren
dim
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s de
cur
to p
razo
e à
pos
sibi
lidad
e de
anú
ncio
de n
ovas
med
idas
de
estím
ulo,
pel
o BC
E..
Qua
ndo
se t
rata
da
deci
são
de a
plic
ação
de
fund
os,
reco
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dam
-se
aplic
açõe
s de
méd
io/l
ongo
-pra
zo c
omo
obje
ctiv
o de
apr
ovei
tar
o pr
émio
de
imob
iliza
ção
de c
apit
al i
mpl
ícit
o na
s ta
xas
das
mat
urid
ades
mai
slo
ngas
.
. O
iní
cio
de 2
014,
fic
ou m
arca
do p
ela
qued
a da
s yi
elds
dos
pri
ncip
ais
títul
os d
e dí
vida
púb
lica,
dad
a a
real
ocaç
ão d
e in
vest
imen
tos
num
cen
ário
de
men
or l
iqui
dez,
poi
s an
teci
pa-s
e qu
e at
é ao
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al d
o an
o, a
Rese
rva
Fede
ral
terá
ter
min
ado
o pr
ogra
ma
de c
ompr
a de
dív
ida
de l
ongo
pra
zo.
No
enta
nto,
o c
enár
ioce
ntra
l par
a o
conj
unto
do
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cont
inua
a s
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e su
bida
gra
dual
das
yie
lds.
Nos
EU
A, o
mov
imen
to s
erá
mai
sac
entu
ado,
pod
endo
as
taxa
s do
s tr
easu
ries
a 1
0 an
os s
ituar
em-s
e em
tor
no d
os 3
.5%
-4%
. N
a U
EM,
asyi
elds
situ
ar-s
e-ão
num
inte
rval
o en
tre
2.5%
-3%
no
mes
mo
praz
o. A
dív
ida
dos
país
es d
a pe
rife
ria
cont
inua
ráa
bene
ficia
r da
pro
cura
de
rent
abili
dade
, m
as s
obre
tudo
da
corr
ecçã
o de
des
equi
líbri
os m
acro
econ
ómic
os.
. Em
201
4, o
mer
cado
de
dívi
da d
iver
sa m
ante
r-se
-á d
inâm
ico,
ben
efic
iand
o de
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xas
taxa
s de
jur
o e
fort
alec
imen
to d
os b
alan
ços
das
empr
esas
. N
um c
enár
io m
ais
posi
tivo
para
o c
resc
imen
to e
mar
cado
por
redu
ção
da in
cert
eza,
ant
ecip
a-se
um
aum
ento
da
activ
idad
e na
áre
a da
s fu
sões
e a
quis
içõe
s, d
ando
sup
orte
ao m
erca
do.
Os
activ
os c
om m
enor
qua
lidad
e de
verã
o co
ntin
uar
a be
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iar
da p
rocu
ra d
e re
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de p
orpa
rte
dos
inve
stid
ores
, m
as o
ritm
o de
em
issõ
es d
ever
á ab
rand
ar f
ace
a 20
13,
já q
ue o
s pr
eços
pra
ticad
os s
etê
m v
indo
a r
eduz
ir.
. D
epoi
s de
um
201
3 co
m v
alor
izaç
ões
bols
ista
s ex
pres
siva
s, e
sper
a-se
um
ano
pos
itivo
em
201
4, m
as m
ais
mod
erad
o. P
ara
além
do
fulg
or i
nici
al d
a no
rmal
rec
ompo
siçã
o da
s ca
rtei
ras
por
inst
ituc
iona
is e
fun
dos
priv
ados
, o
ambi
ente
eco
nóm
ico-
finan
ceir
o m
ostr
a-se
ago
ra r
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ado
com
boa
s ex
pect
ativ
as f
utur
as.
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ropa
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par
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lar,
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um
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al d
e va
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o su
peri
or d
evid
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fac
to d
e a
mai
oria
dos
seu
sín
dice
s ai
nda
esta
r lo
nge
de a
nula
r as
cri
ses
bols
ista
s de
200
8 e
de 2
000.
Dev
em-s
e pr
ivile
giar
sec
tore
s qu
eso
frer
am s
igni
ficat
ivas
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stru
tura
ções
nos
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imos
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s an
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/ou
que
apre
sent
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rese
ntem
ente
um
impo
rtan
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lano
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inve
stim
ento
par
a 20
14 e
ano
s vi
ndou
ros,
abr
indo
per
spec
tivas
de
mai
s cr
esci
men
to:
tecn
ológ
icas
, in
dúst
rias
, fin
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iras,
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.
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ios
aspe
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con
corr
em p
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uma
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preç
os e
m 2
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o m
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terá
um
a pe
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man
ceec
onóm
ica
mel
hor,
mas
não
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cat
egór
ica
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o se
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e si
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rang
imen
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ndân
cia,
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iram
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e pr
eços
; a
poss
ibili
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ãodo
dól
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alm
ente
o r
isco
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lada
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s-pr
imas
.
. N
o dó
lar,
exis
tem
asp
ecto
s qu
e po
derã
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sar
nega
tivam
ente
: m
enor
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rada
de
capi
tais
ext
erno
s no
s ac
tivos
nort
e-am
eric
anos
; o
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lado
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mes
mo
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taxa
s de
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razo
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ontin
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limen
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la s
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izaç
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o pe
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ance
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s pr
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tax
as d
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uzid
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om o
s ef
eito
s de
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ágio
da
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ção
do Q
E pe
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ção
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xces
so d
e liq
uide
z na
zon
a eu
ro.
. As
dec
isõe
s de
inve
stim
ento
têm
que
ser
pon
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torn
os e
pel
os r
isco
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pera
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de in
vest
imen
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rend
imen
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os d
e in
vest
imen
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ofer
ecid
os p
elos
ban
cos.
. Al
tera
ção
nas
expe
ctat
ivas
qua
nto
à ev
oluç
ão d
as p
olíti
cas
mon
etár
ias,
nom
eada
men
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o qu
e se
ref
ere
àre
duçã
o do
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tímul
os n
os E
UA
pode
rá p
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axa
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ris
cos
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duzi
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ade.
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tera
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ica
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etár
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mec
anis
mos
não
con
venc
iona
is n
os d
ois
lado
s do
Atlâ
ntic
o. S
ubid
asin
espe
rada
s do
s ín
dice
s de
incu
mpr
imen
to.
. As
bol
sas
nort
e-am
eric
anas
cos
tum
am d
efin
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ênci
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ral d
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erca
do.
Cont
udo,
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eloc
idad
e do
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erin
ge
a pe
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ção
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inci
pais
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ces
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Por
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
5
Variação do número de empregados por sector deactividade (milhares de indivíduos)
Sector Variação 4T 2013 vs 4T 2012
População empregada 29.7
A: Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca - 52.8
B a F: Indústria, construção, energia e água - 27.3
C: Indústrias transformadoras - 14.1
F: Construção - 12.8
G a U: Serviços 109.7
G: Comércio por grosso e a retalho 23.8
H: Transportes e armazenagem 6.9
I: Alojamento, restauração e similares 22.7
J: Actividades de informação e de comunicação 16.4
K: Actividades financeiras e de seguros - 4.7
L: Actividades imobiliárias 1.9
M: Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 21.4
N: Actividades administrativas e dos serviços de apoio - 7.4
O: Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória 24.7
P: Educação - 16.2
Q: Actividades da saúde humana e apoio social 20.2
R: Actividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas - 0.5
S a U: Outros serviços 0.2
Fonte: INE, BPI.Nota: Variações mais significativas
MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL CONSOLIDA TENDÊNCIA DE MELHORIA…AINDA QUE PERSISTAM FRAGILIDADES
TEMAS EM DESTAQUE
Os indicadores do mercado de trabalho relativos ao 4º trimestre de 2013 surpreenderam pela positiva. A taxa de desempregosituou-se em 15.3%, 0.3 p.p. abaixo dos valores do terceiro trimestre e 1.6 p.p. inferior aos níveis registados no períodohomólogo. Em média, a taxa de desemprego em 2013 situou-se em 16.3%, ainda assim acima dos valores observados em2012: 15.7%.
Efectivamente, no último trimestre do ano passado, aevolução da taxa de desemprego contrariou a tendênciasazonal, que habitualmente dita um agravamento trimestralnos últimos meses de cada ano, dado o fim do emprego sazonalrelacionado com trabalhos temporários do Verão e reflexo daentrada no mercado de trabalho de estudantes, no final dopercurso académico. Desta vez, a evolução foi favorável,contrariando a tendência, pontuando adicionalmente outrossinais positivos:
o número de desempregados desceu quer em termostrimestrais quer homólogos;
o emprego aumentou, em termos homólogos, pela primeiravez desde meados de 2008 (o que é particularmenterelevante);
a criação de emprego ocorreu sobretudo em actividade deserviços mas foi extensiva a diversos sectores, realçando-se os ganhos muito significativos em "Actividades deconsultoria, científicas, técnicas e similares" e "Actividadesde informação e de comunicação"; estes são sectores quehabitualmente englobam actividades com alto valoracrescentado e que são também (potencialmente)transaccionáveis;
a taxa de desemprego de longa duração baixou para 9.7%face a 10% no 3T13;
a população activa encolheu a um ritmo inferior aostrimestres anteriores;
a população inactiva disponível mas que não procuraemprego reduziu por comparação com o trimestre anterior(eventualmente representam os desencorajados);
a taxa de desemprego da população mais jovem diminuiu,entre outros.
Emprego aumenta depois de cinco anos de perdas Mas os índices de actividade da população estão emmínimos desde finais do anos 90
-6.0%-5.0%-4.0%-3.0%-2.0%-1.0%0.0%1.0%2.0%3.0%4.0%
1T99 1T01 1T03 1T05 1T07 1T09 1T11 1T13
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Emprego ELE (y/y) Taxa de desemprego ELDFonte: INE, previsões BPI
Prev.
Emprego - previsões
Apesar do bom desempenho generalizado, importa relembrar que a taxa de desemprego continua em níveis muitoelevados comparativamente à média histórica; recorde-se que no acordo inicial com a Troika, se antecipava que em 2013 ataxa de desemprego se situasse em pouco mais de 13% (13.3%). Este facto ilustra bem a rapidez da degradação no mercadode trabalho nos últimos anos.
4,800
5,000
5,200
5,400
5,600
5,800
1T99 1T01 1T03 1T05 1T07 1T09 1T11 1T13
58
59
60
61
62
63
64
Pop.Activa (Eixo esq)Tx de Activ 15 e mais anos
Milhares de indiv.
Fonte: INE, BPI calc
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
TEMAS EM DESTAQUE
MERCADO DE TRABALHO EM PORTUGAL CONSOLIDA TENDÊNCIA DE MELHORIA…AINDA QUE PERSISTAM FRAGILIDADES
Há ainda que considerar outros factores que sugerem alguma fragilidade nos resultados recentes, nomeadamente o factode esta melhoria dever ter subjacente um aumento dos fluxos de saída de população (emigração líquida); ou o facto de osganhos de emprego se terem feito sentir quase exclusivamente em contratos a termo; facto a que se alia a persistência dataxa de participação em valores mínimos desde finais da década de 90 (ver gráfico acima). Em suma, não é certo que estaevolução estimule o andamento do rendimento disponível ou o consumo privado. Todavia, a melhoria daenvolvente no mercado de trabalho favorece a consolidação de perspectivas globais mais optimistas pelageneralidade dos agentes económicos e confere assim maior probabilidade ao cenário de estabilização da procurainterna.
Face aos sinais consistentes de melhoria da actividade económica, a informação recente do mercado de trabalho sugereum cenário mais optimista para 2014 que o anteriormente esperado. O OE2014 antecipa que o desemprego se situe em17.7% este ano; tudo indica que se quedará por valores em torno de 15.5%, na ausência de choques inesperados.
Paula Gonçalves Carvalho
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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TEMAS EM DESTAQUE
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2014 o enquadramento regulamentar de produção de estatísticas iráalterar-se e tornar-se mais exigente, reflectindo a entrada em vigor do novo Sistema Europeu de Contas - SEC 2010(Regulamentos da UE nos 549 de 21 de Maio de 2013), que terá como base o ano de 2011.Esta nota tem como objectivo analisar o impacto da introdução do SEC 2010 em algumas variáveis macroeconómicas, PIB,saldo orçamental e dívida pública. De uma forma resumida, o impacto estimado sobre o Produto nominal é positivo, emmais de 2%, em 2013; a Dívida Pública deverá aumentar o seu peso no Produto em cerca de 4.6 pontos percentuais; osaldo orçamental de 2014, tudo o resto constante, beneficiaria no máximo cerca de 0.5 p.p. do PIB, fixando-se em 3.5%.Refira-se que estas estimativas têm associado um elevado grau de incerteza, dado o desconhecimento de alguns elementosimportantes. Importa também destacar o facto das novas regras de contabilização aproximarem as contas do SectorPúblico dos valores efectivos, expurgando-os de alguns factores extraordinários importantes, havendo também umreconhecimento de dívida pública, sem que os seus valores aumentem de facto. Pelo que as contas se passarão a regerpor critérios contabilisticamente mais sãos e transparentes. Finalmente refira-se que a divulgação da informação na novabase só deverá ocorrer em Setembro.
O que é o SEC 2010 - "O Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais (a seguir designado por SEC2010) é umquadro contabilístico compatível internacionalmente para uma descrição sistemática e detalhada de uma economia (umaregião, país ou grupo de países), os seus componentes e as suas relações com outras economias. O SEC 2010 tem a mesmoestrutura que o seu antecessor, SEC 95, …incluindo mais onze capítulos adicionais que elaboram os aspectos do sistema emfunção da evolução das economias modernas de medição"2. As alterações introduzidas visam sobretudo a homogeneidadeda informação e do seu tratamento entre os Estados Membros de acordo com a evolução das práticas internacionais,procurando também dar resposta a um conjunto de desafios que resultaram sobretudo do processo de globalização, destacando-se os seguintes:Aumento do comércio internacional através da Internet, tanto para as empresas como para as famílias;Empresas multinacionais organizam os seus negócios para maximizar a eficiência de produção e minimizar a carga tributária,dando por vezes origem a estruturas artificiais das sociedades que podem não reflectir a realidade económica;
A reexportação de mercadorias e, na União Europeia, o transporte das mercadorias entre Estados Membros após a entradana região, intensificaram-se;
Necessidade de identificar os fluxos de IDE, entre outros.
SEC 2010 - EFEITOS POTENCIAIS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO1
Resumo dos impactos mais relevantes decorrentes da alteração das normas de contabilização das ContasNacionais para SEC 2010
Positivas Negativas
No PIB
No saldo orçamental
Na Dívida
Fonte: Imprensa, INE
- Investigação e Desenvolvimento-passa a ser contabilizadocomo Investimento em vez de consumo intermédio- Material militar-passa a ser contabilizado como Investimento emvez de consumo intermédio- Reclassificação de empresas públicas aumenta os gastospúblicos.- SGPS-passam a ser consideradas sociedades financeiras.
- Fundos de pensões-o registo das responsabilidades dos FP(pagamento de pensões) que foram transferidas para o Estado (CTT,RDP, INCM, ANA, NAV, PT, Bancos) terá um efeito neutral no saldo(compensado pela contabilização parcelar de entrada de receitacorrespondente, no mesmo período. - Efeito PIB-Aumento do PIB estimado em mais de 2% compensaráparcialmente os efeitos negativos no saldo orçamental.
- Efeito PIB-Aumento do PIB estimado em mais de 2% compensaráparcialmente os efeitos negativos.
- Entidades com fins especiais-a sua actividade vai contar apenasna medida dos fluxos com agentes locais, reduzindo a sua produção. - Em concreto, vai afectar a forma de contabilização da actividade naZona Franca da Madeira: na última década pesou em média21% do PIB regional.
- Empresas públicas-serão reclassificadas no perímetro orçamentalempresas públicas como os Hospitais EPE, Parpublica, e algumasempresas municipais, cujo saldo contará para o défice público - Fundos de pensões-serão anuladas as receitas resultantes dastransferências dos FP, que passarão a ser registadas em simultâneocom a despesa (pagamento de pensões) respectiva.
- Empresas públicas-reclassificações esperadas no perímetroorçamental aumentarão a dívida pública
- Importações e exportações-Quando um bem é importado, sofre uma transformação sem haver alteração de propriedade e volta a serexportado, estes movimentos deixam de ser contabilizados como importações e exportações, apenas ponderando o serviço prestado; é ocaso dos texteis e medicamentos, segundo o INE, rúbricas que vão perder peso no comércio internacional. É incerto o impacto final destamedida.
Segundo o INE, a passagem para o SEC 2010 implica um alargamento da informação a reportar, que em regra deve abrangero período desde 1995, nomeadamente:Aumento do grau de detalhe da informação sobre produtos e ramos das Contas Nacionais;Aumento de variáveis a reportar (nomeadamente no âmbito dos rendimentos de propriedade, resseguros e contribuiçõessociais);
Alteração nos modos de transmissão da informação (SDMX), permitindo a sua utilização por outros organismos internacionaisalém do Eurostat;
1Nota: Para além das fontes de informação especificadas, o conteúdo desta nota tem por base a recolha de informação nos sítios do Eurostat, Parlamento Europeu e imprensa nacional,que cita o INE, numa conferência de imprensa a jornalistas.2Fonte: Assembleia da República - Comissão de Assuntos Europeus.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
TEMAS EM DESTAQUE
Ampliação dos requisitos no domínio dos ajustamentos de sazonalidade e de efeitos de calendário;Redução de prazos de reporte - contas nacionais trimestrais serão divulgadas 10 dias mais cedo; por sector institucional,cinco dias antes.
Elaboração de novos manuais e de documentos de suporte (inventários de fontes e métodos).Eventual necessidade de desenvolvimento de contas satélite, particularmente no domínio das contas do ambiente e energia.Nova fase de desenvolvimento do Índice de Preços da Habitação relevante para o Procedimento dos DesequilíbriosMacroeconómicos (apropriação da informação fiscal, desenvolvimento de indicadores adicionais relacionados).
Esta alteração terá impacto nas Contas Nacionais desde 2010, inclusive:
Nos pontos seguintes faz-se uma estimativa dos respectivos impactos nas principais variáveis macroeconómicas: PIB, saldoorçamental e dívida pública.
PIB aumenta mais de 2% em 2013
SEC 2010 - EFEITOS POTENCIAIS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO
Aumento do PIB nominal
Milhões de euros
PIB estimado em 2013 165,565
PIB estimado com acréscimo estimado mínimo de 2% 168,876
Fonte: BPI.
De acordo com o INE, as alterações inerentes à entrada emvigor das normas SEC 2010 deverão implicar um aumento doPIB superior a 2% em 2013, reflexo sobretudo de alteraçõesna forma de contabilização dos Gastos em Investigação eDesenvolvimento, que deixam de ser classificados comoconsumo intermédio e passam a integrar a formação bruta decapital fixo; a consequência imediata é o aumento do valor doPIB nominal.
Saldo Orçamental
É incerto o impacto final da introdução da SEC 2010 no saldo orçamental de 2014, dada a falta de informação detalhadasobre o montante respeitante a pagamentos de pensões de todas as entidades cujos FP passaram para a esfera da SegurançaSocial (com excepção dos bancários); e também pela incerteza em torno das EP's que serão reclassificadas e dos seusresultados individuais.
Na tabela seguinte estão resumidas as principais alterações com impacto na metodologia de cálculo dos saldos orçamentais.Sendo certo que os saldos históricos serão revistos, os maiores impactos, desfavoráveis, ocorrerão no ano de contabilizaçãodas receitas provenientes da passagem dos vários fundos de pensões para a esfera da Segurança Social. Em contrapartida,o registo do custo com os pagamentos de pensões terá um impacto neutral, pois passará a ser compensado pela entradade parte correspondente da receita (excepto após esgotamento dessa receita, como já ocorreu com o fundo do BNU,transferido para a Caixa Geral de Aposentações em 1996, que se esgotou em 2012). Em resultado, em 2014, este efeitode forma isolada terá um impacto positivo no saldo orçamental em, pelo menos, 502.2 milhões de euros, correspondenteao custo estimado com as pensões dos bancários transferidas para a esfera da Segurança Social (de acordo com o OE2014). Adicionalmente, há ainda que ponderar os resultados das empresas que irão ser integradas no perímetro. Emborahaja indicações concretas de pelo menos algumas das empresas, não é conhecido o seu resultado mensal de formaindividualizada.
Alteração de regras que definem inclusão das empresas do Sector Empresarial do Estado no perímetroorçamental
Regra do controlo
Rácio de mercantilidade
Fonte: Imprensa, INE.
- Empresas sem autonomia de decisão, que apenas actuam como agente de políticas públicas, canalizando fundos, serão integradas: Parpublicafoi um exemplo dado.
- Define que em regra, as receitas têm de ser suficientes para cobrir pelo menos 50% dos custos. Alterações:- Vão ser abatidas às receitas as resultantes da cobrança de taxas definidas pelo Estado, por não poderem ser consideradas vendas e terem
características de impostos (afectando as entidades reguladoras, com excepção do Banco de Portugal).- Despesa com encargos financeiros passa a ser considerada custo do ponto de vista do critério de mercantilidade (com impacto em algumas
empresas municipais)- Preço administrativo - as entidades que vendem a maior parte dos seus serviços às administrações públicas deverão ser integradas totalmente,
já que o preço não é apurado em ambiente concorrencial. O que tem impacto na classificação dos Hospitais Epe.
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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Tendo em conta a informação conhecida, estimam-se os seguintes impactos:
Ou seja, os efeitos explicitados deverão penalizar particularmente os saldos orçamentais relativos aos anos de 2010 e 2011,quando se utilizaram mais receitas extraordinárias recorrendo à transferência de fundos de pensões da PT e do sectorbancário. Para 2014, embora este efeito deva estar sobrestimado, o saldo orçamental objectivo, passaria para valores emtorno de -3.5% (caso os restantes factores identificados tenham efeito nulo).
Dívida Pública
Os efeitos no stock de Dívida Pública deverão reflectir asalterações aos saldos orçamentais passados; o aumento doPIB, com efeito favorável no rácio Dívida/PIB, diluindo o seupeso no Produto e compensando parcialmente os restantesefeitos desfavoráveis; a inclusão no perímetro de algumasempresas públicas, reconhecendo a dívida dessas empresascomo sendo dívida pública, com garantia directa do Estado.Segundo as informações do INE, veiculadas na imprensa,existe já consenso relativamente à inclusão das seguintesempresas: Hospitais EPE; Parpublica (holding que gere asparticipações empresariais do Estado), Sagestamo (temservido de veículo para escoar imobiliário público e gerarreceitas extraordinárias); EDIA (Empresa de Desenvolvimentode Infra-estruturas do Alqueva); várias empresas municipais.No quadro lateral apresenta-se uma estimativa dos efeitosconjuntos.
Impacto da introdução das normas do SEC10 no rácioda Dívida Pública
Dívida Pública em Nov 2013 (base 2006) 131.2%
1 - Efeito PIB -2.6%
2 - Efeito saldos acumulados 3.8%
3 - Efeito inclusão EPR's 3.4%
Total efeitos 4.6%
Dívida Pública em Nov 2013 (base 2011) 135.8%
Depósitos da AC (estimativa) 12.0%
Dívida Pública em Nov 2013 (base 2011) líquida de depósitosda Admn. Central 123.8%
Fonte: Banco de Portugal, Ministério das Finanças, Cálculos BPI.
SEC 2010 - EFEITOS POTENCIAIS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO
TEMAS EM DESTAQUE
Estimativa do efeito da introdução das normas SEC 2010 no saldo da Administração Pública
2010 2011 2012 2013P 2014P
PIB base 2006 172,859.0 171,126.3 165,106.7 165,564.6 167,968.7
PIB base 2011 (estimado) 176,316.2 174,548.8 168,408.8 168,875.9 171,328.1
Saldo Orçamental apurado (1) -16,982 -7,398 -10,641 -9,778 -6,793
Em % PIB base 2006 -9.8% -4.3% -6.4% -5.9% -4.0%
Em % PIB base 2011 -9.6% -4.2% -6.3% -5.8% -4.0%
Diferencial 0.2% 0.1% 0.1% 0.1% 0.1%
Receitas com transferências de Fundos de Pensões
Portugal Telecom 1,882 477 - - -
Sector bancário 5,993 - - -
Sub-total (2) 1,882 6,470 - - -
Encargos com pensões
Regime substitutivo do sector bancário (*) - - 516 506.9 502.2
Pensões que resultaram da transfer de fundos de CTT, RDP, INCM, ANA, NAV, CGD (**) - - - - 333
Sub-total (3) - - 516 507 835
Saldo Orçamental estimado (1-2+3) -18,864 -13,868 -10,125 -9,271 -5,958
Em % PIB base 2006 -10.9% -8.1% -6.1% -5.6% -3.5%
Em % PIB base 2011 -10.7% -7.9% -6.0% -5.5% -3.5%
Diferencial 0.2% 0.2% 0.1% 0.1% 0.1%
Diferencial PIB base 2011 1.1% 3.7% -0.3% -0.3% -0.5%
Diferencial face valores actuais 0.9% 3.6% -0.4% -0.4% -0.6%
Fonte: DGO; Conta Geral do Estado 2011 e 2012, BPI cálculos, imprensa.Notas (*) - Na óptica de contabilidade pública; - Os cálculos ignoram os resultados apurados das empresas públicas a reclassificar. (**) - Estimativa do Tribunal de Contas em relatório de auditoria publicado em 2005.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
Dívida Pública -óptica de Maastricht, valores brutos
TEMAS EM DESTAQUE
Estimativa do impacto da introdução das normas SEC2010 no stock de Dívida Púb. (óptica de Maastricht)
1) Efeito PIB
Dívida Pública óptica Maastricht Nov-13
em Milhões de euros 217,150
% PIB 2013 (base 2006) 131.2%
% PIB 2013 (base 2011) 128.6%
Impacto positivo decorrente do efeito PIB,considerando stock de Novembro -2.6%
Fonte: Banco de Portugal, Calculos BPI.
2 ) Inclusão de EP's no perímetro orçamental
Endividamento em Setembro 2013
Parpublica 4,940.7
Sagestamo 23.0
EDIA 704.4
Empresas municipais várias n.d
Hospitais EP n.d.
Total (2) 5,668.1
Em % do PIB 2013 (base 2011) 3.4%
3 ) Variação resultante da alteração de saldos orçamentais passados
Efeiro acumulado estimado 2010-2013
Em Milhões de euros (3) 6,493.9
Em % do PIB 2013 (base 2011) 3.8%
= Dívida Pública em SEC 2010
Dívida total (1+2+3) com base em valores de Novembro 2013
Milhões de euros 229,312
Em % PIB base 2006 138.5%
Em % PIB base 2011 135.8%
Diferencial -2.7%
Depósitos da Administ. Central (milhões de euros) em Nov2013 20,306
Dívida Púb. Líq. de depósitos da AC (Milhões de euros) 209,006
Em % do PIB base 2011 123.8%
Fonte: Direcção Geral do Tesouro e Finanças, Banco de Portugal, DGO, Imprensa,Calculos BPI.
SEC 2010 - EFEITOS POTENCIAIS DA SUA IMPLEMENTAÇÃO
Paula Gonçalves Carvalho
217,150
5,668.1
6,494
210,000212,000214,000216,000218,000220,000222,000224,000226,000228,000230,000232,000
divida em
Novembro
Inclusão de
EP's no
perímetro
Variação
acumulada de
déficespassados
Fonte: Banco de Portugal, Minist. das Finanças, cálc. BPI
Milhões de euros
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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TEMAS EM DESTAQUE
Ao longo das últimas semanas têm vindo a suceder-se ondas de turbulência nos mercados de activos daseconomias emergentes, numa dinâmica agora mais de contágio versus um momento inicial mais selectivo,incisivo nas economias mais desequilibradas e expostas solicitando, de um modo geral, actuações pragmáticasdo lado das autoridades locais. Já não são só a Indonésia, a Índia, a Turquia, o Brasil e a África do Sul (apelidadosem 2013 de Fragile 5) a sentir a fuga intensa de capitais externos. A Argentina também fez parte dos atingidos,a que se juntou a Rússia, a República Checa, a Polónia e a Hungria, com bolsas em queda, dívida pouco atractivae moedas sob pressão de desvalorização.
Recentemente, foram divulgados dados relativos ao mêsde Janeiro que confirmam o abrupto movimento de retiradade altos montantes dos fundos de investimento maisvocacionados para os activos dos emergentes, despoletandoa turbulência cambial iniciada este ano a partir da moeda daArgentina. Resgates importantes ocorridos tanto em fundosde acções como de obrigações fizeram recuar de formasignificativa o peso do investimento em grande parte dos paísesemergentes. O Bank of America Merrill Lynch indica que dototal de resgates de 9.1 mil milhões de dólares (mmd) emJaneiro, 6.4 mmd saíram dos fundos de acções (a maiorretirada desde Agosto de 2011) e 2.7 mmd abandonaram osfundos de obrigações (o montante mais elevado desde Junhode 2013). Estas alterações de estratégia levaram a que tantoEUA como Zona Euro beneficiassem de um movimento derefúgio de investimento, prevendo-se que sofram poucos danoscolaterais face à tensão que persiste em afectar os mercadosemergentes.
Alocação geográfica do investimento em acções eobrigações em Janeiro
Acções Obrigações
EUA/Canadá 40.9% 35.6%
Reino Unido 10.7% 13.9%
Zona Euro 18.6% 29.3%
Europa Emergente 2.4% 1.4%
Japão 15.0% 12.2%
Ásia (ex. Japão) 6.8% 2.5%
América Latina 1.4% 1.5%
África e Médio Oriente 0.7% 0.5%
Outros 3.6% 3.1%
Fonte: Reuters.
Calendário de Reuniões da Reserva Federal
Reuniões FOMC Compressão de activos
Janeiro 28/29 65 mmd
Fevereiro
Março 18/19 55 mmd
Abril 29/30 45 mmd
Maio
Junho 17/18 35 mmd
Julho 29/30 25 mmd
Agosto
Setembro 16/17 15 mmd
Outubro 28/29 5 mmd
Novembro
Dezembro 16/17 0
Fonte: Fed, Banco BPI.
De facto, presentemente, os investidores mostram-se cada vez mais sensíveis ao risco dos países que, para além dosdesequilíbrios externos, mostram perspectivas de abrandamento do crescimento económico e experimentam incertezaspolíticas acrescidas. Mas ao cenário doméstico, praticamente comum a todas estas economias, juntou-se a situação externa,com especial destaque para a actual actuação da Reserva Federal norte-americana ao nível da redução dos estímulosmonetários não convencionais introduzidos em Setembro de 2012.
EMERGENTES SOB PRESSÃO
acresce o facto das reformas mais estruturais em curso poderem vir agravar o custo do capital. Ora, com a 1ª economia domundo a prosseguir o caminho de uma política monetária menos expansionista (o tapering mais agressivo pode criarproblemas no crescimento, nomeadamente se o afunilamento da liquidez implicar o encolhimento do crédito), e a 2ª aabrandar a actividade, as economias emergentes mais abertas perguntam quem comprará as suas exportações, necessárioao maior equilíbrio das contas correntes. Por outro lado, também a rentabilidade das matérias-primas, da qual alguns destespaíses são bastante dependentes, mostra-se baixa, dada a queda e estagnação da maioria dos preços.
Com efeito, ao ritmo célere a que está a evoluir o tapering,redução de 10 mil milhões de dólares por reunião do comitémonetário (FOMC), deverá chegar-se ao fim do ano com oprograma de quantitative easing terminado (em Fevereiro,as compras mensais de títulos hipotecários e Treasuries jásão de 65 mil milhões de dólares, com mais 7 reuniões atéfinal do ano, em Dezembro estará terminada esta medidamonetária não convencional). Esta evolução está a gerarapreensão, pois pode ser indicador do início de um ciclo demais aperto de acesso ao crédito e a um custo mais elevado.Situação que poderá tornar incomportável o financiamentodos défices correntes de grande parte das economiasemergentes.
A este choque das taxas de juro norte-americanas juntou-se o risco cada vez mais consistente de abrandamento docrescimento da China, mostrado por alguns indicadoreseconómicos desapontantes, sobretudo depois do pico depujança de actividade alcançada no Verão do ano passado(quatro meses seguidos de crescimento da produção industrialacima dos dois dígitos). O receio da possibilidade de em que
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
TEMAS EM DESTAQUE
Mas a fuga dos activos dos emergentes já tinha ocorrido num passado recente com a generalização da crise económicados últimos anos, agravando-se quando em Maio Ben Bernanke testemunhou no Congresso dos EUA que a Fed poderiainiciar nos meses seguintes a diminuição das compras mensais de títulos hipotecários e Treasuries, na altura fixado em85 mil milhões de dólares mensais. Com a alteração de expectativas acerca da política monetária norte-americana, aperspectiva do fim da era da ultra liquidez levou à fuga de capitais e destapou as vulnerabilidades de algumas destaseconomias emergentes, como já indicámos. Segundo o Institute of Internacional Finance (IIF), depois do regresso decapitais privados aos emergentes em 2012, um valor total líquido de 1215 mil milhões de dólares (mmd), em 2013 omontante reduziu-se em 153 mmd para 1062 mmd. Para 2014, este instituto prevê um valor ainda menor de 1029 mmd.Em consequência, bolsas e dívida deixaram de atrair capitais externos, verificando-se movimentos de depreciação dasmoedas em relação ao dólar e ao euro.
Já em 2013 os investidores tinham-se mostrado mais desconfiados e resguardados relativamente às economias emergentes.No ano passado, o peso argentino (ARS) foi das moedas que mais se depreciou relativamente ao dólar, 32.5%, seguindo-sea rupia da Indonésia com 26% (INR). A primeira seguia um crawling peg definido e a segunda foi das mais prejudicadas como anúncio do início do fim das medidas de estímulo económico por parte da Fed, pois a Indonésia faz parte da lista dos paísesemergentes mais dependentes do financiamento externo para fazer face ao alto défice corrente. Neste contexto, também amoeda sul-africana (ZAR) perdeu em 2013 cerca de 24% do seu valor face ao dólar, o real brasileiro (BRL) desvalorizou-se16% e a rupia da Índia (INR) 13%.
Perante esta evolução, as autoridades monetárias destas economias encetaram processos de intervenção sistemática nomercado cambial de forma a controlar e mesmo estancar os movimentos de depreciação galopantes das suas moedas, comsucesso muito limitado. Destaca-se ainda, nos países da Europa de Leste, a depreciação da coroa checa (CZK) e do rublorusso (RUB) em 9% e 8%, respectivamente. No caso da República Checa, em Novembro, o governo decidiu proceder a umadesvalorização da CZK de modo a permitir que o país conquiste vantagens competitivas e consiga estimular as suas exportações,numa altura em que a inflação se encontra em níveis baixos. Quanto ao rublo é um bom exemplo da perda de valor dasmoedas de países igualmente ligados à produção de matérias-primas, devido à situação de estagnação da procura e dedescida de preços nestes mercados.
Mais recentemente, as pressões de depreciação da rupia indiana e da lira turca levaram os bancos centrais da Índia eda Turquia a subirem significativamente as suas taxas de juro de referência que, para além de pretenderem estancar afuga de capitais, poderão condicionar o crescimento económico. E, para quem detém reservas cambiais com algumaexpressão, sempre pode intervir no mercado cambial na defesa da sua moeda, com efeitos incertos. Contudo, acredita-seque desde as várias turbulências de 2013, houve tempo de algumas destas economias adequarem as suas políticas asituações económico-financeiras mais equilibradas. Com a recuperação económica global em curso, mais manufactura emais exportações poderão alterar o fluxo de capitais que será, de ora avante, mais selectivo. De facto, depois de umapolítica de reformas, países como o México, Polónia, Coreia ou Índia podem estar presentemente menos vulneráveis achoques externos.
EMERGENTES SOB PRESSÃO
Taxas de cambio (1USD=xmoeda) Taxas de cambio (1USD=xmoeda)
6
8
10
12
14
16
Jan-08 Jan-10 Jan-12 Jan-14
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
2.2
2.4
2.6
México África do Sul
Brasil (ELD) Turquia (ELD)Fonte: Bloomberg
8000
9000
10000
11000
12000
13000
Jan-08 Jan-10 Jan-12 Jan-14
30
35
40
45
50
55
60
65
70
Indonésia (ELE) ÍndiaFonte: Bloomberg
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13
Spread CDS USD 5 anos
TEMAS EM DESTAQUE
EMERGENTES SOB PRESSÃO
Balança Corrente - mil milhões de dólares
2000 2005 2012 2013 E 2014 P 2015 P
Brasil -24.2 14.0 -54.2 -74.0 -68.6 -72.9
Índia -2.7 -9.9 -88.2 -77.6 -66.1 -64.7
Turquia -9.9 -21.4 -47.8 -60.7 -61.5 -69.7
Indonésia 8.0 1.6 -24.1 -29.6 -26.8 -26.7
África do Sul -0.2 -8.6 -24.1 -21.5 -22.7 -23.1
…
…
Japão 119.6 166.1 60.4 61.1 91.0 102.6
Rússia 46.8 84.4 74.8 61.2 51.8 33.1
Suíça 30.1 52.4 70.8 68.1 68.1 67.8
Holanda 7.9 47.3 77.8 87.0 91.5 97.7
Alemanha -32.8 140.3 238.5 214.6 214.4 210.5
China 20.5 132.4 193.1 223.7 258.9 317.2
Fonte: FMI.
Agostinho Leal Alves * Teresa Gil Pinheiro
050
100150200250300350400
Abr-
10
Out-
10
Abr-
11
Nov-
11
Mai-
12
Dez-
12
Jun-
13
Jan-
14
Brasil México Indonésia
África do Sul Turquia Fonte: Bloomberg
14
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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ECONOMIA GLOBAL - EMERGENTES E CHINA PODEM CAUSAR DANOS…MODERADOS
ECONOMIAS
Os indicadores globais continuam com tendência positiva….: Na generalidade, nos países desenvolvidos, o teordos indicadores económicos continua a apontar no sentido ascendente. Nos Estados Unidos, o comportamento menos favorávelde alguns índices de confiança e actividade (ISM manufacturas, criação de emprego desapontou, vendas de casas..) justifica-se sobretudo por factores pontuais, relacionados com o clima anormalmente adverso observado no início do ano. Na regiãodo euro, os índices prospectivos, de confiança ou actividade mais recentes mantêm uma trajectória favorável, ainda quemais moderada. O destaque vai para os índices dos directores de compras (PMI), com correlação elevada com o andamentodo Produto, que em Dezembro e Janeiro regressaram a valores acima da média histórica de longo prazo, pela primeira vezdesde meados de 2011. Este é um movimento extensivo pelo menos às quatro maiores economias da região, com excepçãode França, onde o indicador permanece inferior à média histórica, ainda que com tendência positiva.
…mas a crise em algumas economias emergentes e um eventual abrandamento da China pode causar danos:Efectivamente, algumas das economias mais atingidas pelo movimento de fuga de capitais que se instalou praticamentedesde meados do ano passado, pertencem ao grupo dos países que mais contribuem para o crescimento global: destacam-se Índia, Brasil, Indonésia e Turquia. Cada um destes países defronta desafios e situações diversas. Todavia, de uma formageneralizada, pode afirmar-se que a desconfiança do mercado em relação à capacidade de crescimento e de gerar retornospositivos tem estado subjacente à fuga selectiva de activos nestas zonas do globo. Face a constrangimentos e desequilíbriosacentuados - visíveis nas necessidades de financiamento face ao exterior, nos níveis de endividamento externo ou naexposição de residentes em dívida em moeda estrangeira - a fuga de capitais e as respostas dadas geralmente pelasautoridades nacionais (que tipicamente passam por aumentos significativos das taxas de juro), deverão forçar os ajustamentos,a redução de desequilíbrios mas também uma fase de menor ritmo de crescimento. Acresce referir também alguma perturbaçãono sistema financeiro chinês, designadamente devido a problemas no sector de shadow-banking, que tem suscitado tambémreceios de que possa estar em curso um abrandamento económico.
Pelo que o cenário poderá piorar para as economias cujo desempenho está mais assente em exportações.Não obstante, parece-nos que o risco proveniente destes factores é relativamente moderado. As acções de política económicatomadas individualmente aliadas à postura dos bancos centrais dos países desenvolvidos, que continuam atentos e com umapostura cautelosa, não obstante a moderação da política de QE pela Reserva Federal, deverão contribuir para que estesmovimentos não tenham consequências de carácter sistémico.
O espelho dos desequilíbrios - Balança Corrente Dívida Externa (% PIB) em 2013
Variação dos Preços do Imobiliário em 2011-2013 2014 - Nos contributos para o crescimento mundialas economias emergentes continuam a destacar-se
-300
-250
-200
-150
-100
-50
0
50
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
África do Sul
Indonesia
Turquia
Brasil
India
Fonte: FMI
Mil milhões USD
29.621.8
29.8
40.1
49.3
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
Bra
sil
Índia
Indonésia
Méxic
o
Áfr
ica d
o
Sul
Fonte: FMI, BIS
0.88%0.59%
0.16%0.12%
0.09%0.08%0.07%0.07%0.06%0.06%0.06%0.06%0.05%0.05%0.04%0.04%0.04%
ChinaEUAUEM
IndiaRússiaJapãoBrasil
AlemanhaIndonésia
R. UnidoCoreia
AustráliaMéxico
CanadáArab.Sau.
TurquiaFrança
Fonte: FMI, Calc BPI
PIB Mundial em 2014:
+3.6%
Paula Gonçalves Carvalho
51.9
25.5 25.6
13.419.6
30.7
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
Bra
sil
Índia
Indonésia
Méxic
o
Áfr
ica d
o
Sul
Turq
uia
Fonte: FMI, BIS
%
16
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
PORTUGAL - REVISÃO DE CENÁRIO
ECONOMIAS
Consolida-se a trajectória de crescimento: Os indicadores de andamento da actividade económica mantiveram a suatrajectória de gradual melhoria, sugerindo que o crescimento económico se afirmará em 2014. É de destacar o retorno a umpatamar positivo pelos indicadores coincidentes do consumo privado e de actividade1, os quais registaram no passado umarelação estreita com o andamento da economia. Assim, depois do retorno a taxas de crescimento positivas (em termoshomólogos) no quarto trimestre de 2013, e de uma performance para o conjunto do ano melhor que o esperado, antecipa-se que o PIB cresça cerca de 1% em 2014, podendo acelerar ligeiramente em 2015, caso o cenário central se concretize.Ainda que partindo de patamares baixos, é de assinalar o facto da melhoria das perspectivas ser extensível a vários sectoresde actividade. Esta apreciação confirma-se quer pela análise do detalhe do recente relatório do emprego, quer pelocomportamento dos indicadores de vendas, produção ou confiança de vários sectores.
É de relevar a melhoria do saldo externo, apesar da tendência de estabilização da procura interna: Este seráum dos temas que mais despertará a atenção no futuro próximo. Perante a estabilização/ligeira melhoria da procura interna,será que as importações vão de novo aumentar? Até que ponto os ganhos alcançados nos últimos três anos são estruturaisou cíclicos? Importa salientar os ganhos de quota de mercado, reportados pelo Banco de Portugal, sinal de aumento dacompetitividade externa e de reforço da resiliência das exportações portuguesas. Acredita-se também que o conteúdoimportado da procura interna tenderá a ser menor na próxima fase do ciclo, por comparação com a situação anterior à fasede ajustamento. No conjunto de 2013, as exportações de mercadorias cresceram 4.6%, enquanto os serviços se expandiram7% até Novembro. A balança de bens registou um saldo deficitário de 9.2 mil milhões de euros em 2013, -15% face a 2012.
Riscos para o crescimento estão mais equilibrados: em 2014 os riscos concentram-se no processo de transição daforma de financiamento do Estado português, que entre Maio de 2011 e Maio de 2014 tem estado assente no recurso afinanciamento institucional, devendo voltar a assentar no acesso regular ao mercado primário de dívida pública. O desempenhodo comércio internacional e dos mercados financeiros internacionais condicionará também a performance da economiaportuguesa. Internamente, o processo de desalavancagem das empresas e das famílias - cujos níveis de endividamentoainda se encontram elevados - poderá limitar a retoma do investimento e pesar sobre o consumo. Acredita-se que tal comoem 2013, também este ano existe espaço para surpresas positivas assentes não só no bom comportamento continuado dasexportações mas também no regresso do investimento, quer com origem doméstica quer também investimento exterior. Defacto, no rescaldo do período de ajustamento, para além de alteração de expectativas e de atitudes no sentido de uma maiorsustentabilidade (o reforço da taxa de poupança dos particulares é um exemplo) ficará também o tributo do melhor conhecimentono exterior da realidade portuguesa, justificando expectativas positivas para o IDE.
…cenário que é confirmado pela recuperação daconfiança dos consumidores...
Os índices compósitos de actividade apontam nosentido da recuperação…
O andamento da produção industrial confirma ocenário mais positivo
Cenário macroeconómico do BPI
Pesos 2013 2014 2015
Consumo privado 64% -1.6 1.0 0.9
Consumo público 20% -2.2 -2.0 -0.2
Investimento 15% -7.0 3.8 2.0
Exportações 40% 5.6 2.5 3.0
Importações -40% 2.5 2.2 2.0
PIB -1.5 1.0 1.3
Contributo proc.interna (pp) -2.6 0.8 0.8
Contributo proc.externa (pp) 1.1 0.1 0.4
Taxa de desemprego 16.3 15.5 15.0
Taxa de inflação 0.3 0.8 1.7
Saldo da balança corrente 0.6 1.1 1.1
Saldo orçamental -5.1 -4.0 -2.5
Rácio de dívida pública 129.4 129.4 128.4
Fonte: INE, BPI.1 Calculados pelo Banco de Portugal
Paula Gonçalves Carvalho
-0.15
-0.1
-0.05
0
0.05
0.1
Jul-11 Jun-12 Mai-13
Var y/y Var média anualFonte: INE
tvh, %
-5-4-3-2-101234
Mar-02 Mar-05 Mar-08 Mar-11
Ind.Coinc.Act. PIB y/y Fonte: BdP; prev BPI
tvh, %
-70.0
-60.0
-50.0
-40.0
-30.0
-20.0
-10.0
0.0
Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14Ind.confiança consumidores Média (desde 97)
Fonte: BdP; prev BPI
tvh, %
Média 1997-2014
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
17
ECONOMIAS
ESPANHA - ECONOMIA ACELERA NO FIM DO ANO
2013: A primeira estimativa para o crescimento no último trimestre de 2013 aponta para a aceleração do ritmo deexpansão para 0.3% em cadeia, depois de no trimestre anterior ter registado um avanço de 0.1%. Em termos homólogos, avariação do produto foi nulo. A confirmação deste dado certificará que a economia espanhola contraiu 1.2% no conjunto doano. Condições externas mais favoráveis, reduzindo o grau de incerteza, associados à redução da incerteza em torno dosistema financeiro nacional e progresso na correcção de desequilíbrios internos, terão favorecido a melhoria gradual dosentimento dos agentes económicos, com efeitos (ainda que, por enquanto, ténues) ao nível do mercado de trabalho, doconsumo privado e do investimento. Segundo o Banco de Espanha, o consumo privado poderá ter registado um comportamentoidêntico ao observado no trimestre anterior, ou seja próximo dos +0.4% em cadeia. A confirmação deste dado reflectir-se-á numa contracção de 2.4% da despesa privada durante o ano que passou.
Mercado de trabalho: Ao melhor desempenho do consumo não serão estranhos os sinais de melhoria que se têmobservado no mercado de trabalho. De acordo com o Eurostat, Janeiro foi o quinto mês consecutivo em que houve criação deemprego, sugerindo uma melhoria consolidada das tendências no mercado. Contudo, a taxa de desemprego continua emníveis bastante elevados: no último trimestre situava-se em torno dos 26% e uma avaliação mais detalhada indica a permanênciade factores de debilidade. De facto, a ligeira queda da taxa de desemprego na segunda metade do ano tem por detrás nãoapenas a redução do número de desempregados - menos 69 mil no quarto trimestre face ao período homólogo, mas tambéma redução da população activa - menos 267.9 mil pessoas do que em Dezembro de 2012 - pondo em evidência a existênciade um considerável número de desencorajados. A população empregada caiu para 16.7 milhões, menos 198.9 mil do que háum ano atrás, reflexo da diminuição de 121.4 pessoas a trabalhar no sector público - o que não será estranho o esforço deconsolidação orçamental levado a cabo ao longo do ano - e de menos 77.5 mil pessoas no sector privado. Também indicativoda debilidade do mercado de trabalho é o facto de se assistir ao aumento da importância dos contratos a prazo - mais 81.3mil pessoas, enquanto que aquelas com contrato a tempo indeterminado diminuíram em 121.4 mil pessoas.
Taxa de desemprego em máximos, mas com sinaisde estabilização
Previsões macroeconómicas do BPI
2012 2013E 2014P 2015P
PIB -1.4 -1.2 1.0 1.8
Consumo privado -2.2 -2.5 0.5 1.5
Consumo público -3.7 -1.5 -1.5 0.5
Investimento -9.2 -6.0 0.5 3
Exportações 3.1 5.0 4.6 5.5
Importaçõe -5 0.0 2.0 5
Taxa de inflação média 2.4 1.4 1.4 1.5
Taxa de desemprego 24.9 26.4 25.4 -
Défice público, % do PIB -10.6 -6.3 -5.8 -4.1
Fonte: BPI.
Teresa Gil Pinheiro
Mercado de trabalho: principais indicadores
4Trim Var. em cadeia Var. anual2013 mil % mil %
População maior de 16 anos 38,121.7 -19.3 -0.05 -211.3 -0.55
Activos 22,654.5 -73.4 -0.32 -267.9 -1.17
- Empregados 16,758.2 -65.0 -0.39 -198.9 -1.17
- Desempregado 5,896.3 -8.4 -0.14 -69.0 -1.16
Inactivos 15,467.2 54.1 0.35 56.6 0.37
Taxa de actividade 59.43 -0.16 - -0.37 -
Taxa de desemprego 26.03 0.05 - 0.00 -
Fonte: INE Espanha
0
10002000
3000
4000
50006000
7000
Mar-
96
Set-
98
Mar-
01
Set-
03
Mar-
06
Set-
08
Mar-
11
Set-
13
0
5
10
15
20
25
30
Nº desepregados
Taxa de desemprego (ELD) Fonte: INE
Mercado de trabalho: principais indicadores doemprego
4Trim Var. em cadeia Var. anual2013 mil % mil %
Total de empregados 16,758.2 -65.0 -0.39 -198.9 -1.17
Por situação profissional
Trabalhadores por conta própria 3,013.0 -51.5 -1.68 -9.0 -0.30
Trabalhadores por conta de outrém 13,737.3 -10.4 -0.08 -188.2 -1.35
- Com contrato indefinido 10,450.8 45.6 0.44 -269.5 -2.51
- Com contrato a termo 3,286.5 -56.0 -1.68 81.3 2.54
POR SECTORES PÚBLICO / PRIVADO
Empregados no sector público 2,795.8 -34.8 -1.23 -121.4 -4.16
Empregados no sector privado 13,962.4 -30.2 -0.22 -77.5 -0.55
Fonte: INE Espanha
18
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
BRASIL - O CRESCIMENTO DA SEXTA MAIOR ECONOMIA DO MUNDO CONTINUOU A DESAPONTAR
ECONOMIAS
No terceiro trimestre de 2013, o PIB contraiu pela primeira vez desde 2009. A economia apresentou umacontracção de 0.5% em cadeia e em termos homólogos o crescimento abrandou para 2.2%, comparado com 3.3% notrimestre anterior. A queda do PIB resultou essencialmente de uma contracção nas exportações e no investimento enquantoo consumo, tanto no sector privado como no público, aumentou em relação ao trimestre anterior. Do lado da oferta, aactividade económica tinha sido suportado, desde o início do ano, por um forte crescimento da actividade agrícola, o que nãose observou neste trimestre em que contraiu 3.5%, e por outro lado o crescimento da indústria e serviços ficou muito aquémdo esperado, registando um crescimento de 0.1% em cadeia em ambos os sectores. Os indicadores mensais continuaram aapontar para uma fraca performance da economia durante o último trimestre: a produção industrial caiu de uma formaexpressiva em Dezembro (-3.5% em cadeia e -2.2% em termos homólogos), e o indicador PMI compósito registou emDezembro uma queda de 51.7 para 49.9 (sendo que valores abaixo dos 50 indicam contracção da actividade).
A perda de competitividade continua a reflectir-se nas exportações: O Brasil registou em 2013 o pior superavit dabalança comercial desde 2000, com um excedente de 2.6mmd (mil milhões de dólares) comparado com 19mmd em 2012.Para além disso, em Janeiro, a balança comercial voltou a piorar, e apresentou um défice de 4.1mmd, como resultado de umcrescimento anémico nas exportações que têm sido prejudicadas pela desaceleração do crescimento mundial (nomeadamenteda China) e também pelos baixos preços das commodities. De facto, a desvalorização do real não se tem conseguido traduzirnuma melhor performance das exportações, o que se pode dever ao facto de a taxa de câmbio ainda estar sobrevalorizada(dado que o Banco Central tem intervindo no mercado cambial com receios de que a desvalorização da moeda se repercutanos preços), mas também, e o que parece mais preocupante, à perda de competitividade da indústria brasileira (quecontinua a suportar constrangimentos internos nomeadamente: rigidez no mercado laboral, escassez de força de trabalhoqualificada e fraco investimento).
Banco Central mantém ciclo restritivo de política monetária: Em Janeiro, O IPCA (Índice de preços ao consumidoramplo) registou uma taxa de crescimento mensal de 0.67%, abaixo dos 0.75% registados em Dezembro, e cresceu 5.63%em termos homólogos, aquém dos 5.85% em Dezembro 2013. A persistência da taxa de inflação bastante acima do objectivodo Banco Central (estabelecido em 4.5% +/- 2%) levou as autoridades a aumentarem a taxa Selic em 50 pontos base para10.5%, na última reunião de Janeiro de 2014. No entanto, as autoridades continuam com dificuldades em manter o nível docrescimento dos preços num patamar confortável, mesmo considerando as intervenções do governo sobre os preçosadministrados (preços dos serv. púb., transportes e combustíveis que têm um peso de 25% sobre o nível geral de preços).
Investimento e exportações contraem no terceirotrimestre
Real prossegue tendência de desvalorização
Crescimento do PIB continua a desapontar O excedente da balança comercial reduziu-se
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
4T06 3T07 2T08 1T09 4T09 3T10 2T11 1T12 4T12 3T13
Var. anual Var. Trim. Fonte: IBGE
%
-4 -2 0 2 4 6 8
C. Fam.
C. Púb.
FBCF
Exp.
Imp.
PIB
2013T2 2013T3 Fonte: IBGE
% q/q
-80%-60%-40%-20%
0%20%40%60%80%
Mai-
10
Set-
10
Jan-1
1
Mai-
11
Set-
11
Jan-1
2
Mai-
12
Set-
12
Jan-1
3
Mai-
13
Set-
13
Jan-1
4
-6000
-4000
-2000
0
2000
4000
6000
Bal.Com.(mil$) (ELD) Exp.fob (t.v.h.)
Imp. fob (t.v.h.) Fonte: BCB/Bloomberg
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
Jan-0
0
Jan-0
1
Jan-0
2
Jan-0
3
Jan-0
4
Jan-0
5
Jan-0
6
Jan-0
7
Jan-0
8
Jan-0
9
Jan-1
0
Jan-1
1
Jan-1
2
Jan-1
3
Jan-1
4
01000020000300004000050000600007000080000
USD/BRL IBOVESPA Index
Source: BCB/Bloomberg
Luisa Teixeira Felino
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
19
MÉXICO - ECONOMIA RECUPERA MODERADAMENTE NO TERCEIRO TRIMESTRE FACE AO AUMENTO DA PROCURA EXTERNA
ECONOMIAS
Depois de mostrar alguns sinais de desaceleração no início do ano, a actividade económica voltou a crescerno terceiro trimestre, impulsionada sobretudo por um maior dinamismo nas exportações que por sua vezbeneficiaram de um reanimar da procura externa. O Produto Interno Bruto cresceu 0.84% em cadeia (depois de tercontraído em 0.6% no trimestre anterior) e 1.3% em termos homólogos (comparando com um crescimento de 1.6% nosegundo trimestre). O sector externo continuou a impulsionar a economia no final do ano, nomeadamente com as exportaçõesnão petrolíferas a animarem face à recuperação económica nos EUA (as exportações não petrolíferas para os EUA aumentaramem termos homólogos 6.4% em Dezembro e 0.2% para o resto do mundo).
O Banco do México manteve em 2013 uma política monetária acomodatícia, numa tentativa de reanimar ocrescimento económico anémico, que resultou numa redução da taxa de referência num total de 100pb durante o ano. Naúltima reunião de Janeiro, a autoridade decidiu manter as taxas de referência nos 3.5%, apesar dos aumentos da taxa deinflação nos últimos meses, que em Dezembro chegou aos 3.97% em termos homólogos, desviando-se moderadamente doobjectivo dos 3% (apesar de ainda contida dentro do intervalo 2-4% definido pela autoridade monetária). No entanto, osriscos inflacionistas podem continuar a pressionar nos próximos meses devido por um lado às alterações na política fiscal epor outro à volatilidade nos mercados financeiros internacionais que têm pressionado o peso. Desde o anúncio da redução doprograma de estímulos monetários pela Fed, em Maio de 2013, o peso desvalorizou cerca de 12%, com o câmbio nominal acair de 12.4USD/MXN para 13.5USD/MXN em Janeiro de 2014. Contudo, a vulnerabilidade do México a maiores choques nosmercados financeiros parece ser reduzida já que as autoridades dispõem de um nível bastante confortável de reservasinternacionais suficientes para defender a moeda.
O Governo continuou a avançar com importantes reformas estruturais. Foi aprovada na segunda metade do anouma reforma fiscal que se espera que aumente as receitas do governo em cerca de 3% do PIB até 2018 (sendo que oaumento de 1% do PIB deverá ocorrer já em 2014). O Governo aprovou também em Dezembro uma mudança importante nalegislação do sector energético que irá determinar o fim do monopólio da Pemex (empresa pública Petróleos Mexicanos), eabrirá caminho ao investimento privado na indústria petrolífera. Já este ano, foi também promulgada uma reforma dosistema financeiro que pretende promover um maior acesso ao crédito e aumentar a vigilância do sistema bancário. Apesarda desaceleração do crescimento económico, estas reformas serão fundamentais não só para sustentar o crescimentoeconómico no médio e longo prazo, mas também para reforçar a credibilidade do país perante o cenário de volatilidade quese instalou recentemente nos mercados financeiros das economias emergentes.
Crescimento do PIB Balança comercial, exportações e importações
Inflação acelerou mas mantêm-se em níveisestáveis
O peso desvalorizou mas as reservas internacionaismantêm-se elevadas
Luisa Teixeira Felino
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
ECONOMIAS
ANGOLA - DIMINUIÇÃO DAS RECEITAS DO SECTOR PETROLÍFERO CONTRIBUEM PARA DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA
Nuno André Coelho
Segundo dados do Ministério das Finanças, as receitas para o Estado com a exploração de petróleo diminuíramsignificativamente nos últimos meses de 2013. Em Dezembro do ano passado, o Estado arrecadou apenas USD 2,327.1milhões, menos 18.1% do que em Novembro e menos 19.0% do que em Dezembro de 2012. O valor acumulado recebido aolongo do ano fixou-se em USD 35 mil milhões (mm), inferior aos USD 40 mm recebidos em 2012. A quebra das receitasorçamentais com o sector do petróleo foi influenciada sobretudo pela redução do preço médio por barril exportado(USD 107.5 vs. USD 111.0 em 2012), uma vez que o volume de exportações ficou praticamente inalterado (630 milhõesde barris, +0.2% do que no ano anterior). Outros dados divulgados pela Agência Internacional de Energia revelam umadesaceleração da produção de petróleo para 1.72 milhões de barris diários, face a uma produção de 1.74 mbd em 2012.Estes dados são consistentes com a nossa revisão recente em baixa ao crescimento da economia em 2013,perspectivando-se que a produção interna tenha registado uma taxa de variação de 4.5% (que compara com aprevisão oficial de um crescimento de 5.1%), e realçam a elevada dependência da economia do sector petrolífero.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) relativo à cidade de Luanda terminou o ano passado com umavariação anual de 7.69%, contribuindo para manter a tendência de queda na taxa de inflação. Os preços dos bensalimentares (que compreendem cerca de 45% do cabaz) registaram uma variação mensal de 0.73%, contribuindo com 0.34pontos percentuais para a variação global do IPC).
Tem-se criado alguma especulação sobre o efeito da nova pauta aduaneira no nível de preços local. De facto,a nova pauta deverá resultar num agravamento das tarifas de determinados bens importados tendo em conta a defesa daprodução nacional, a criação de incentivos à produção local, a protecção ambiental e razões de ordem social, de saúde esegurança rodoviária. Por outro lado, com o objectivo de promover a industrialização e auto-suficiência da economia local,serão também reduzidas as tarifas de determinados bens intermédios, como as taxas aplicáveis às máquinas e aparelhos,matérias-primas ou veículos de transporte de mercadorias de apoio à produção nacional. Paralelamente, de acordo comdados do Ministério da Indústria, a produção dos sectores cujas tarifas foram aumentadas garante em média 70%das necessidades locais, pelo que o impacto da pauta aduaneira sobre o nível de preços dependerá da capacidade de aprodução local dar resposta à procura. Mesmo no caso de se registar um efeito positivo, esse efeito será sobre o nível depreços, pelo que a inflação (aumento sustentado do nível de preços) não será necessariamente afectada (excluindo o mêsinicial de aplicação da nova pauta).
Receitas fiscais com sector petrolífero caíram em2013
Inflação mantém tendência de queda
Taxas do mercado monetário interbancário estãoem queda
Valor do kwanza face do dólar estabilizou numnível mais baixo
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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Orçamento de Estado: 2013 vs. 2014
OR 2013 (Mil milhões MT) OE 2014 (Mil milhões MT) OR 2013 (% do PIB) OE 2014 (% do PIB)
Receitas 120.5 147.4 25.7% 27.5%
Correntes (inclui receitas fiscais) 117.7 144.2 25.1% 27.0%
Capital 2.8 3.2 0.6% 0.6%
Despesa total 188.7 240.9 40.2% 45.0%
Despesas de funcionamento 100.5 115.7 21.4% 21.6%
Despesas de investimento 80 100.8 17.0% 18.8%
Operações financeiras 8.3 24.4 1.8% 4.6%
Défice orçamental -68.0 -93.6 -14.5% -17.5%
Financiamento do défice:
Crédito interno 3.8 5.9 0.8% 1.1%
Donativos externos 23.5 30.5 5.0% 5.7%
Créditos externos 41.3 57.2 8.8% 10.7%
Fonte: Ministério das Finanças, BPI.Abreviaturas: OR - Orçamento Rectificativo; OE - Orçamento do Estado.
O Orçamento do Estado para 2014 (OE 2014), publicado no início de Janeiro, mantém o enfoque na reduçãodos níveis de pobreza no país em linha com a aposta no investimento público, com prioridade em garantircrescimento económico sustentado, elevado e inclusivo. Desta forma, o OE 2014 projecta um aumento da despesanominal total em cerca de 27% (para 45% do PIB) face ao Orçamento Rectificativo de 2013, em que cerca de 42% correspondea despesas de investimento (mais 26%, em termos nominais) e 56% corresponde a despesas com sectores primários(educação, saúde, infra-estruturas, etc. - um aumento de 15% face ao rectificativo). A receita prevista para 2014 deveráaumentar a um menor ritmo, em cerca de 22% (para 27.5% do PIB), o que deverá resultar num aumento do déficeorçamental para 17.5% (em relação ao PIB), acima dos 14.5% do OR 2013, que deverá ser financiado sobretudo comrecurso a créditos e donativos externos.
O aumento do défice orçamental poderá ter consequências sobre a sustentabilidade da dívida a médio-prazo.De facto, o rácio da dívida pública em relação ao PIB poderá ultrapassar os 50% já em 2016 (este ano deverá fixar-se em46.9%, de acordo com as últimas estimativas do FMI), em que mais de 85% corresponde a dívida externa. Paralelamente, aelevada dependência de donativos (cuja previsão de crescimento - o OE 2014 prevê um aumento de 31% face a 2013 e umaumento de 45% entre 2013 e 2016 - parece optimista, dadas as políticas de contenção orçamental nos países desenvolvidose a factores de ordem política) contribui também para uma elevada exposição externa, o que poderá no médio-prazoconstituir um risco para a capacidade de crescimento da economia.
De acordo com dados preliminares da UNCTAD, o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) líquido em Moçambiqueaumentou para um valor recorde de USD 7 mil milhões em 2013, o que corresponde a um aumento de 34% face a2012 e de quase 600% face a 2010. O IDE no país tem aumentado significativamente com a descoberta de vastas reservasde carvão e gás natural, cuja exploração tenderá a gerar contributos cada vez mais positivos para o crescimento da economia.De acordo com o documento de suporte do OE 2014, a economia deverá ter crescido 7% em 2013 e deverá expandir-se 8%em 2014. O sector agrícola deverá manter-se como o principal motor da produção local (com contributo esperado de 2.1pontos percentuais para o crescimento do PIB), enquanto que o sector da indústria extractiva deverá contribuir com 0.4 pp.
ECONOMIAS
MOÇAMBIQUE - ORÇAMENTO DE 2014 REFORÇA COMBATE À POBREZA E PROMOVE CRESCIMENTO INCLUSIVO
Investimento estrangeiro voltou a aumentar em 2013para valor recorde
Estabilidade da moeda face ao rand permite controloda inflação
0
2
4
6
8
2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013
0%
10%
20%
30%
40%
50%
IDE % do PIB (ELD)
Mil milhões USD
Fonte: FMI, UNCTAD, Banco de Moçambique
Fluxos de IDE líquido para Moçambique
Nuno André Coelho
25
28
31
34
37
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Fev-12 Ago-12 Fev-13 Ago-13 Fev-14
2.5
2.8
3.1
3.4
3.7
Fonte: Bloomberg
ZAR/MZNUSD/MZ
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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MERCADOS MERCADO CAMBIAL
EURO VERSUS DÓLAR
O câmbio âncora tem mostrado nos últimos dias uma evolução menos tendencial, embora a longo prazo aindaprevaleça o bullish trend para o EUR/USD. De facto, desde Julho de 2012, com mais ou menos volatilidade, com mais oumenos movimentos de correcção, o EUR/USD passou do mínimo 1.2040 para o máximo 1.3892 (uma valorização de 15.4%),encontrando-se presentemente no patamar 1.35. Aparentemente, encontramo-nos num período de correcção, ou se quisermos,de reequilíbrio de preço perante os actuais factores de mercado. E cada uma das moedas tem suporte em vários aspectos,que determinam a sua maior ou menor procura, também resultado da preferência dos investidores em activos denominadosou em euros ou em dólares. O EUR tem estado suportado pela evidente recuperação económica da Europa, não só maioractividade e expectativas futuras sólidas, como maior confiança dos diferentes agentes; pela contracção do balanço do BCE(desde o pico máximo de 3100 mil milhões de euros, o total de activos já encolheu mais de 900 mil milhões); pelo regressodo forte investimento na dívida soberana, nomeadamente dos periféricos, visível na diminuição significativa dos spreads; emtermos gerais, os fluxos financeiros externos têm-se reforçado; pelos recordes sucessivos em termos de superávite corrente,tendo a Zona Euro se tornado no bloco económico com maior excedente no mundo, ultrapassando mesmo a China. Por seuturno, o USD tem ganho as preferências dos investidores por dois aspectos que se cruzam, para além do bom momentoeconómico: o processo de tapering da Fed, possivelmente mais rápido do que se esperava inicialmente, e a turbulênciasentida nos mercados de activos de algumas economias emergentes por causa exactamente do risco de que a acção desecagem de liquidez por parte da Fed torne mais difícil e mais caro o acesso ao financiamento dos défices correntes destespaíses. Neste contexto, o dólar retomou o seu papel de refúgio em períodos de turbulência financeira. Contudo, há aspectosque poderão pesar negativamente no dólar: menor entrada de capitais externos nos activos norte-americanos; o déficecorrente, embora o boom do petróleo/gás esteja a ajudar a minorar o desequilíbrio; o balanço da Fed não deverá diminuirpara já, mesmo com o tapering.
Na conjugação de todos estes aspectos é possível que o dólar possa ganhar uma ligeira vantagem, sobretudoem virtude de aspectos mais visíveis e de carácter psicológico mais intenso como a turbulência nos mercadosemergentes e o processo de secagem da liquidez extraordinária introduzida pela Fed. Neste contexto, no curtoprazo, o EUR/USD poderá variar entre 1.36 e 1.35 para, num prazo mais alargado, tentar testar o ponto de suporte em1.3295.
As tendências de subida de EUR/USD e USD/JPYestão a sofrer correcções
A turbulência nos emergentes levou a maiorprocura de GBP e CHF, a par do USD
Voltou a aumentar a volatilidade
31.Jan.14Moedas Jan Últimos Último
6 meses ano
EUR/USD 4.7566 6.1714 7.1098
USD/JPY 9.3715 8.3589 11.6237
EUR/JPY 7.8916 8.8602 11.4922
EUR/GBP 6.1782 6.0001 6.4354
EUR/CHF 3.4551 3.0486 4.1254
Fonte: BPI
Custos de Financiamento em Moeda Estrangeira
05.Fev.14se contraído..... há 3 meses há 6 meses há 1 ano
USD 0.24% 0.26% 0.29%
EUR(1) 0.23% 0.23% 0.22%
YEN 0.14% 0.16% 0.16%
GBP 0.53% 0.51% 0.51%
CHF 0.02% 0.02% 0.02%
Nota: Neste cálculo recorre-se às LIBORs das moedas, excluín-do pagamento de impostos. As taxas apresentadas são anua-lizadas para permitir a comparação entre diferentes prazos.(1) Taxas EURIBORs
Agostinho Leal Alves
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
MERCADOS MERCADO MONETÁRIO
BCE POSICIONA-SE EM MODO "ESPERAR PARA VER"
O Banco Central Europeu manteve as taxas de juro de referência para a zona euro inalteradas na reunião deFevereiro, em linha com a expectativa do mercado (a refi mantém-se em 0.25% e as taxas das facilidades de depósitoe empréstimos em 0.0% e 0.75%, respectivamente). Também não foram anunciadas novas medidas não-convencionais,mas o presidente do banco central, Mario Draghi, garantiu que o BCE continua preparado para usar instrumentos alternativosse os dados económicos continuarem fracos.
A opção por não-acção é justificada por um conjunto de sinais que suportam uma melhoria do ambienteeconómico e financeiro. A persistência da inflação em níveis reduzidos (de acordo com a primeira estimativa do Eurostat,o nível de preços aumentou apenas 0.7% em Janeiro face ao período homólogo, bem abaixo do objectivo do BCE deconseguir variações dos preços próximas, mas inferiores, a 2%) tem sido o principal factor apontado para motivar acção porparte do banco central. No entanto, as expectativas de inflação continuam bem ancoradas nos valores objectivo, e a inflaçãocore, que exclui variações de preços dos bens alimentares e da energia (determinados exogenamente), terá aumentado para0.8% (os preços dos bens energéticos diminuíram 1.2% face a Janeiro de 2013). Paralelamente, começa a formar-se umatendência de redução das taxas de juro cobradas pelo sector bancário nos empréstimos a particulares e empresas nos paísesda periferia, o que sinaliza a menor fragmentação dos mercados financeiros, e as taxas de juro do mercado monetárioinverteram parte da subida registada a partir do final do ano passado (por exemplo a Euribor a 3 meses está agora nos0.286%, que compara com 0.302% em meados de Janeiro).
Ainda assim, a redução do excesso de liquidez (e, por consequência, do balanço do BCE) continuará a causarpressão de subida sobre as Euribor. A redução dos estímulos da Fed constitui também um factor de contágio às taxas dazona euro e a não actuação do BCE poderá colocar em causa a sua credibilidade no controlo da estabilidade de preços. Destaforma, continuamos a esperar que sejam anunciadas novas medidas alternativas de política monetária, tendo como cenáriocentral a realização de um novo leilão de financiamento de longo-prazo para os bancos, condicionado pela garantia deempréstimos à economia real.
Balanço do BCE continua em queda Excesso de liquidez na zona euro está a decrescer
Dívida pública dos EUA e MBS dominam o balançoda Fed
Redução da compra de treasuries e MBS iniciou-seem Janeiro
Nuno André Coelho
0
1,000
2,000
3,000
4,000
Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14
MRO LTRO Outros
Eur mil milhões, média-móvel de 4 semanas
Fonte:BCE
Activos do BCE
0
200
400
600
800
1,000
Fev-09 Fev-10 Fev-11 Fev-12 Fev-13 Fev-14Depósitos no BCE Reservas excedentárias
EUR mil milhões, média-móvel 30 dias
Fonte: BCE, BPI
Fac. depósito=0%
-10
0
10
20
30
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Jan-09 Mar-10 Mai-11 Jul-12 Set-13
Treasuries MBS Fonte:Fed
Usd mil milhões, média-móvel de 8 semanas
Variações semanais de MBS e Treasuries
0
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3,000
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5,000
Jan-09 Jan-10 Jan-11 Jan-12 Jan-13 Jan-14
Treasuries MBS Outros
Usd biliões
Fonte:Fed
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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MERCADOS MERCADO DE DÍVIDA PÚBLICA
MOMENTO DE PAUSA
Mercados desenvolvidos: Desde o início do ano as yields da dívida pública a dez anos norte-americana e alemã, variaramentre 2.62%-3% e 1-62-1.95%, respectivamente. O movimento observado ao longo dos primeiros dias do ano foi descendente,e esteve relacionado com o movimento de fuga para a qualidade associado ao cenário de redução de liquidez via diminuiçãodos estímulos monetários por parte da Reserva Federal. Na Europa, o movimento terá também sido influenciado pelo factoda EBA ter anunciado que nos próximos stress test, as carteiras de dívida soberana irão ter um tratamento equivalente aosrestantes activos. Pese embora este movimento, a divulgação de informação económica tanto nos EUA como na Europaaponta para a consolidação dos cenários de retoma da actividade, continuando a dar suporte a um movimento de subidagradual das taxas de rendibilidade dos benchmarks americanos e europeus. Destes destacam-se o último relatório doemprego nos EUA, indicando uma queda da taxa de desemprego para 6.6% em Fevereiro (pese embora a desilusãorelativamente ao emprego criado). Na zona euro, os indicadores PMI continuam a sugerir o fortalecimento da actividade.
Países da periferia: A percepção mais favorável do risco nestas economias continua a reflectir-se na redução dosprémios de risco da dívida destas economias face ao Bund alemão, sobretudo nas economias ibéricas. Com efeito, deste oinício do ano, os spreads da dívida espanhola e portugueses a 10 anos estreitaram 10 e 64 pontos base, respectivamente. Ossinais de que estas economias já se encontram em ciclo de crescimento, ainda que moderado, e os sinais de que asautoridades continuam empenhadas na correcção dos desequilíbrios internos, são factores que suportam a permanência deum cenário benigno para a evolução dos prémios de risco exigidos à dívida soberana destas economias. A procura derendibilidade por parte dos investidores, numa altura em que as taxas de juro nos principais mercados se mantêm em níveisreduzidos, tenderá a contribuir para a redução dos prémios desta dívida. Este cenário de encolhimento dos spreads da dívidaespanhola e portuguesa deverá consolidar-se durante o ano, contudo, será importante ter presente que momentaneamentea evolução das respectivas yields pode ser afectada por movimentos de fuga de mercados mais arriscados.
EUA: Mercado de Dívida Pública
Curvas de rendimentos
UEM: Mercado de Dívida Pública
UEM: Mercados mais afectados
Teresa Gil Pinheiro
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
MERCADOS MERCADOS ACCIONISTAS
CAPITAIS REGRESSAM À EUROPA
De acordo com a maioria das análises internacionais de início do ano existe unanimidade em reconhecer quea Europa é a região do Mundo com maior potencial de atracção de investimento. E é um facto que têm aumentadoos fluxos de capitais em direcção às bolsas europeias, tendo diminuído significativamente o risco, reflexo de uma maiorconfiança na recuperação económica em curso. Embora ainda seja notória a liderança da bolsa norte-americana em termosda definição da tendência geral do mercado. Mesmo que o cenário seja presentemente de correcção, depois de alcançadosníveis máximos, resultante de dois motivos complementares (porque em parte, um originou o outro): o início do processo deretirada dos estímulos monetários não convencionais introduzidos pela Reserva Federal norte-americana, e que irá decorrerao longo do ano; a turbulência nos mercados de activos dos emergentes, originada pela fuga de capitais externos, devido aofoco da atenção de investidores, analistas e operadores de mercado se ter deslocado para as actuais fragilidades financeirasdestes países e à maior dificuldade em acederem a crédito fácil e barato.
Mas existem outros motivos para o apetite dos investidores, como por exemplo, o facto de as acções europeiasserem ainda consideradas baratas no contexto internacional e serem vantajosas ao nível de avaliações edividend yield. Por outro lado, em termos dos principais índices europeus, a maioria ainda só recuperou cerca de 50% dosell-off ocorrido durante a crise de 2008 e 40% do colapso bolsista de 2000-2002 (o PSI20, por exemplo, ainda está muitomais atrás), enquanto que os índices norte-americanos têm vindo a conquistar consecutivamente níveis máximos recorde aolongo dos últimos meses (contudo existe uma excepção, o NASDAQ ainda não anulou por completo a crise das tecnológicasde 2000-2002). Ou seja, o potencial de valorização em 2014 joga a favor da Europa, embora 2013 tenha sido um ano muitopositivo. Espera-se, por isso, que a Europa consiga maior autonomia face ao "comando" dos EUA, existindo sempre o riscode que uma correcção mais expressiva da bolsa americana arraste igualmente os mercados bolsistas europeus. Embora osíndices norte-americanos estejam em terrenos máximos e possam causar algum desconforto em termos de investimentosadicionais, acredita-se que estejam suportados pelo actual momento económico pujante e pelos bons resultados das empresasnorte-americanas no 4ºT2013. O risco é que o menor crescimento dos emergentes sabote a expansão esperada e desejadanas economias avançadas.
Mesmo assim, a indústria parece continuar a ser uma boa aposta, assim como a banca e os seguros.
Tanto o índice DJI como o EUROSTOXX50desenham um movimento de correcção
PSI20 e IBEX35 consolidam tendência de subida
O momento é de correcção bolsista geral, mas o índice americano tem o melhor comportamento
99.90
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Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
DJI EUROSTOXX 50Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 12
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100.10
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Jan-13 Abr-13 Jul-13 Out-13 Jan-14
IBEX 35 PSI 20 Fonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 12
Agostinho Leal Alves
99.80
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Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14
MSCI Mundo MSCI Emergentes MSCI Europa MSCI América NorteFonte: ThomsonReuters
base 100 =Jan 10
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MERCADOS MERCADOS DE COMMODITIES
PREÇOS ESTAGNADOS
Como temos vindo a referir ao longo das últimas análises, em termos globais, a abundância marcará a situaçãodos mercados de matérias-primas ao longo dos próximos meses: o aumento da capacidade de produção e a faltade constrangimentos importantes do lado da oferta estão a criar condições de alívio nos preços. Por outro, o factodo dólar estar mais forte (havendo mesmo perspectivas de se apreciar ainda mais no futuro) tende a cristalizar os preços.Embora possa trazer rendimentos acrescidos aos produtores, tenderá a encarecer os produtos transformados/refinadosexternamente e fazer aumentar a factura dos consumidores finais (sobretudo, no caso de países que sofreram fortesdesvalorizações das suas moedas). Muitas economias emergentes são fortemente dependentes de matérias-primas externas,nomeadamente combustíveis e energia, o que poderá acentuar os actuais desequilíbrios económico-financeiros. Tudo esteprocesso poderá gerar um ciclo vicioso, em que matérias-primas mais caras na moeda local tornará o seu consumo maiscaro, podendo levar à sua redução e/ou abrandamento da actividade económica.
Para além deste aspecto, existe ainda o facto de muitas economias poderem estar a enfrentar reformasestruturais que trarão num primeiro momento um menor crescimento económico, com especial destaque para aChina. De facto, tem existido alguma preocupação para com a evolução do ciclo económico chinês, embora seja esperadoum crescimento do PIB em 2014 superior a 7%. Recorde-se que a China é dos mais cruciais intervenientes no mercado dasmatérias-primas: simultaneamente um dos principais compradores e fornecedores (no consumo de metais e de bens alimentaresé mesmo o principal cliente). Qualquer alteração na sua procura cria oscilação dos preços. Para já, o FMI (no World EconomicOutlook de Janeiro) prevê que o mundo cresça 3.7% em 2014 (3.0% em 2013) e que as economias avançadas e asemergentes verifiquem uma expansão de 2.2% e 5.1%, respectivamente (1.3% e 4.7% em 2013). Para a China foi avançadoo valor de 7.5% para 2014, depois de 7.7% em 2013.
No petróleo, a Agência Internacional de Energia (AIE) mantém as previsões de um aumento do consumo em2014, acompanhando a recuperação económica. Depois de em 2013 o consumo ter sido de 91.2 milhões de barris pordia (mbd), espera-se em 2014 um valor que ronde os 92.5 mbd. A expectativa é de que EUA, Japão, Rússia e Coreiamantenham os altos valores de consumo confirmados no 3ºT2013. Simultaneamente a oferta aumentará, liderado pelogrupo de países não OPEP. Aguardam-se, por isso, preços estabilizados. Também o preço do ouro estabilizou - o pontode suporte 1180 USD onça troy (28-06-2013) tem, até ao momento, funcionado.
Preços de Brent e WTI mostram-se suportados Aparentemente parou a queda do preço do ouro
Preço do cobre mantém-se volátil, junto a mínimos
Agostinho Leal Alves
Cereais mantêm preços baixos e estáveis
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Milho Soja TrigoFonte: Reuters, BPI
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Fonte: Reuters, BPI
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WTI Brent Fonte: Reuters, BPI
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PREVISÕES
Economias Desenvolvidas
Tx. de Inflação Saldo Orç./PIB Dívida Pública/PIB BTC/PIB Desemprego Crescimento PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015
E.U.A. 1.5 1.9 2.0 -5.1 -4.3 -3.6 102.9 102.7 103.8 -2.6 -2.7 -2.9 7.5 6.9 6.2 1.7 2.7 3.0Japão 0.2 2.5 1.7 -9.7 -7.7 -6.4 233.9 234.8 242.6 0.9 1.4 1.9 4.1 3.9 3.8 1.8 1.5 1.2
UE 1.7 1.6 1.6 -3.5 -2.7 -2.6 89.7 90.2 90.0 1.6 1.7 1.8 11.1 11.0 10.7 0.0 1.4 1.9
UEM 1.4 1.3 1.3 -3.0 -2.5 -2.1 95.1 95.5 95.5 2.1 2.2 2.4 12.1 12.1 11.8 -0.4 1.0 1.3
Alemanha 1.6 1.6 1.8 -0.1 0.1 0.4 80.0 77.5 74.4 6.7 6.3 6.4 6.0 5.9 5.7 0.5 1.7 1.8
França 1.0 1.4 1.3 -4.0 -3.5 -3.3 93.5 95.4 96.1 -1.9 -1.6 -1.7 10.8 11.1 10.9 0.2 0.8 1.4Itália 1.4 1.2 1.2 -3.0 -2.6 -2.5 132.1 133.3 133.1 0.7 1.1 1.5 12.3 12.5 12.1 -1.8 0.5 0.8
Espanha 1.6 0.8 0.8 -6.5 -5.7 -5.3 93.1 98.7 103.4 1.1 2.0 2.8 26.6 26.5 25.4 -1.3 0.5 1.1
Holanda 2.7 1.4 1.3 -3.9 -3.6 -2.9 74.4 75.8 77.1 10.2 10.3 10.7 7.4 8.1 8.0 -1.1 0.3 1.1Bélgica 1.2 1.3 1.5 -2.8 -2.4 -2.1 101.0 101.3 101.5 -1.2 -0.8 -0.5 8.7 8.9 8.6 0.1 1.0 1.3
Áustria 2.1 1.7 1.8 -2.3 -1.9 -1.5 75.1 74.9 73.6 2.6 2.8 3.2 4.8 4.9 4.5 0.4 1.6 1.9
Finlândia 2.2 2.0 1.8 -2.4 -2.2 -1.9 57.5 60.5 61.0 -1.2 -1.2 -0.8 8.2 8.2 8.0 -0.9 0.9 1.6Grécia -0.7 -0.9 -0.6 -6.1 -3.1 -1.5 176.8 180.1 171.5 -0.9 0.1 0.5 27.4 27.6 25.5 -3.9 -0.1 1.4
Irlanda 0.5 0.9 1.2 -7.6 -5.0 -2.9 123.9 121.8 120.1 4.4 4.8 4.4 13.5 12.8 12.1 0.2 1.9 2.3
Reino Unido 2.6 2.3 2.1 -6.4 -5.3 -4.2 93.6 96.6 98.6 -3.6 -3.0 -3.3 7.8 7.5 7.2 1.4 2.4 2.5Suécia 0.1 1.2 1.8 -1.2 -1.1 -0.7 39.2 39.0 41.0 6.2 5.9 5.3 8.1 8.0 7.5 1.0 2.4 2.8
Dinamarca 0.7 1.5 1.9 -1.7 -1.8 -2.4 45.6 45.6 45.1 5.5 5.3 5.8 7.2 7.1 6.8 0.5 1.5 1.8
Luxemburgo 1.8 1.8 1.8 -0.7 -0.8 -1.9 23.7 25.0 28.7 6.3 6.7 5.6 6.3 6.7 6.9 1.4 1.9 1.7Suíça -0.2 0.5 0.8 0.5 0.6 0.5 35.0 33.5 ND 11.9 11.4 12.1 3.1 3.0 4.1 1.9 1.9 2.0
Portugal 0.9 0.7 0.7 -5.9 -4.5 -3.2 128.3 133.1 127.4 0.7 1.3 1.5 16.8 17.0 16.5 -1.8 0.4 1.0Fontes:Média simples de previsões mais recentes: da OCDE, UE, FMI, BdP, Economist, e outras instituições.
Notas: O uso de médias de várias previsões pode gerar valores incongruentes entre si.
Portugal
2013 2014 2015
Consumo privado -1.6 1.0 0.9Consumo público -2.2 -2.0 -0.2
Investimento -7.0 3.8 2.0
Exportações 5.6 2.5 3.0Importações 2.5 2.2 2.0
PIB -1.5 1.0 1.3
Défice Orçamental (PDE) 5.1 4.0 2.5Déf. orçam. s/ medidas extraordinárias n.d. 4.0 2.9
Taxa de inflação média 0.3 0.8 1.7
Taxa média de desemprego 16.3 15.5 15.0
Fonte: INE, Banco BPI.
Previsões Económicas do BPI
EUA&UEM
PIB Taxa de Inflação*
2013 2014 2015 2013 2014 2015EEUA 1.9% 2.4% 2.0% 1.5% 2.0% 2.2%
Zona Euro -0.4% 0.9% 1.5% 1.4% 1.6% 2.0%
Portugal -1.5% 1.0% 1.5% 0.3% 0.8% 1.7%Fonte: INE, Eurostat, Reuters, previsões do Banco BPI.
Nota: * Taxa de Variação Média; IPCH para Zona Euro.
Indicam-se, a laranja, as alterações recentes.
Mercados Emergentes
Tx. de inflação Cresc. do PIB Tx. de Desemp. Dívida Púb./PIB Saldo Orç./PIB BTC/PIB Dívida Externa/PIB
2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015 2013 2014 2015Brasil 5.6 5.6 4.9 2.4 2.2 2.6 5.7 6.1 6.2 57.8 58.8 61.6 -3.1 -3.4 -2.7 -2.9 -2.7 -1.8 18.1 19.3 17.2
México 3.7 3.6 3.4 1.5 3.7 3.9 4.9 4.8 4.5 36.2 33.2 40.9 -2.4 -3.1 -2.9 -1.6 -1.6 -1.6 26.6 26.5 29.2
Argentina 18.2 21.5 25.4 3.0 1.6 2.2 7.6 8.1 7.8 40.2 40.4 47.6 -3.0 -3.2 -2.8 -0.5 -0.5 -0.5 29.3 29.5 27.8Chile 2.3 2.8 3.0 4.3 4.4 4.4 6.4 6.6 6.6 9.8 9.6 13.5 -0.5 -0.4 -0.5 -4.2 -4.2 -4.2 42.7 42.0 46.8
R. Checa 1.6 1.4 1.8 -0.6 1.7 2.1 7.9 8.0 n.a. 48.0 49.5 n.a. -3.2 -2.9 -2.6 -1.5 -1.4 -2.5 52.1 50.6 n.a.Polónia 1.5 2.0 2.6 1.4 2.6 3.6 11.6 11.5 n.a. 56.6 56.2 n.a. -3.7 -2.3 -3.1 -2.7 -2.7 -2.5 74.2 80.3 n.a.
Hungria 2.6 2.5 2.9 0.4 1.7 2.0 10.9 10.9 n.a. 78.8 77.9 n.a. -3.0 -3.1 -2.7 2.0 1.9 0.6 121.1 122.4 n.a.
Russia 6.5 5.6 4.7 2.4 3.0 2.5 5.9 5.8 n.a. 9.6 10.6 n.a. -0.3 -0.9 -1.3 2.2 1.3 1.0 28.5 27.2 n.a.
China 2.7 3.1 3.4 7.8 7.7 7.6 4.1 4.1 4.0 26.8 26.4 n.a. -1.8 -1.8 -1.8 2.4 2.2 2.0 10.3 10.7 n.a.
Fontes: Média simples de previsões mais recentes: FMI, OCDE, CE e outras instituições.
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Taxas de Câmbio10.Fev.14
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
EUR/USD 1.37 1.34 1.31 1.30 1.26
EUR/USD (Prev. BPI) - 1.36 1.33 1.30 1.28USD/JPY 103.57 105.00 107.00 108.00 115.00
USD/JPY (Prev. BPI) - 105.00 110.00 105.00 106.00
EUR/JPY 141.70 140.00 139.00 139.00 143.00EUR/JPY (Prev. BPI) - 142.80 146.30 136.50 135.68
EUR/GBP 0.82 0.82 0.81 0.81 0.80
EUR/GBP (Prev. BPI) - 0.83 0.83 0.82 0.82EUR/CHF 1.23 1.24 1.24 1.25 1.30
EUR/CHF (Prev. BPI) - 1.23 1.23 1.23 1.23
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro10.Fev.14
Taxas de Juro Spreads equivalentes face às taxas americanas
Taxa actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano Spread actual ...a 1 mês ...a 3 meses ...a 6 meses ...a 1 ano
Taxas de juro 3 MEUR 0.30% 0.25% 0.26% 0.28% 0.36% 6 -4 -5 -6 -10
EUR (Prev. BPI) - 0.30% 0.33% 0.35% 0.40% - 5 8 0 -5
USD 0.24% 0.29% 0.31% 0.34% 0.46% - - - - -USD (Prev. BPI) - 0.25% 0.25% 0.35% 0.45% - - - - -
JPY 0.14% 0.17% 0.17% 0.17% 0.18% -10 -12 -14 -17 -28
JPY (Prev. BPI) - 0.15% 0.15% 0.15% 0.15% - -10 -10 -20 -30GBP 0.52% 0.53% 0.55% 0.60% 0.75% 28 24 24 26 29
GBP (Prev. BPI) - 0.52% 0.60% 0.70% 0.75% - 27 35 35 30
CHF 0.02% 0.02% 0.03% 0.04% 0.09% -22 -27 -28 -30 -37CHF (Prev. BPI) - 0.02% 0.02% 0.05% 0.05% - -23 -23 -30 -40
Taxas de juro 10 A
POR 4.96% 4.95% 4.95% 4.95% 4.85% 229 196 183 169 137POR (Prev. BPI) - 4.95% 4.95% 4.95% 4.85% - 205 195 180 135
ALE 1.67% 1.97% 2.11% 2.23% 2.42% -100 -102 -101 -103 -106
ALE (Prev. BPI) - 1.90% 2.00% 2.50% 2.75% - -100 -100 -65 -75EUA 2.67% 2.99% 3.12% 3.26% 3.48% - - - - -
EUA (Prev. BPI) - 2.90% 3.00% 3.15% 3.50% - - - - -
JAP 0.61% 0.70% 0.74% 0.79% 0.90% -206 -229 -238 -247 -258JAP (Prev. BPI) - 0.70% 0.70% 0.70% 0.75% - -220 -230 -245 -275
RU 2.72% 3.02% 3.15% 3.33% 3.63% 5 3 3 7 15
RU (Prev. BPI) - 2.90% 3.00% 3.15% 3.50% - 0 0 0 0SUI 1.03% 1.12% 1.23% 1.33% 1.50% -164 -187 -189 -193 -198
SUI (prev. BPI) - 1.15% 1.25% 1.25% 1.30% - -175 -175 -190 -220
Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.
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PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos CentraisTaxas Oficiais dos Principais Bancos Centrais
TTTTTaxa de raxa de raxa de raxa de raxa de referênciaeferênciaeferênciaeferênciaeferência Nível emNível emNível emNível emNível em Nível actualNível actualNível actualNível actualNível actual Data da últimaData da últimaData da últimaData da últimaData da última Data do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncioData do anúncio PrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisãoPrevisão31.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.1231.Dez.12 10.Fev10.Fev10.Fev10.Fev10.Fev.14.14.14.14.14 alteraçãoalteraçãoalteraçãoalteraçãoalteração da próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisãoda próxima decisão BPIBPIBPIBPIBPI
Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Bancos Centrais G-7Reserva Federal dos EUA 1* Fed Funds Rate 0%-0.25% 0%-0.25% 16-Dez-08 (-75/-100 pb) 19-Mar-14 Sem alteraçãoBanco Central Europeu 2* Minimum Bid Refi Rate 0.75% 0.25% 7-Nov-13 (-25 pb) 06-Mar-14 Sem alteraçãoBanco do Japão 3* O/N Call Rate 0.10% 0.07% 5-Out-10 (-5 pb) - -Banco do Canadá O/N Lending Rate 1.00% 1.00% 8-Set-10 (+25 pb) 05-Mar-14 -Banco de Inglaterra Repo Rate 0.50% 0.50% 5-Mar-09 (-50 pb) 06-Mar-14 Sem alteraçãoOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisOutros Bancos CentraisBanco Nacional da Suíça Libor 3M do CHF 0%-0.25% 0%-0.25% 03-Ago-2011 (-50 p.b) 20-Mar-14 Sem alteraçãoRiksbank (Suécia) Repo Rate 1.00% 0.75% 17-Dez-13 (+25 pb) 13-Fev-14 -Norges Bank (Noruega) Key Policy Rate 1.50% 1.50% 14-Mar-12 (-25 pb) 27-Mar-14 -Banco Nacional da Dinamarca Lending Rate 0.20% 0.20% 2-Mai-13 (-10 pb) 4* -Reserve Bank (Austrália) Cash Rate 3.00% 2.50% 6-Ago-13 (-25 pb) 04-Mar-14 -América LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaAmérica LatinaBACEN (Brasil) Selic 7.25% 10.50% 15-Jan-14 (+50 bp) 26-Fev-14 -BANXICO (México) O/N Interbank Funding Rate 4.50% 3.50% 25-Out-13 (-25 pb) 21-Mar-14 -Europa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteEuropa de LesteNBP (Polónia) Taxa de intervenção - 14 dias 4.25% 2.50% 03-Jul-13 (-25 pb) 05-Mar-14 -NBH (Hungria) Repo Rate - 2 semanas 5.75% 2.85% 21-Jan-14 (-15pb) 18-Fev-14 -CNB (República Checa) Repo Rate - 2 semanas 0.05% 0.05% 2-Nov-12 (-20 pb) 27-Mar-14 -Fonte: Bloomberg.Notas: 1*Normalmente as alterações de taxas são anunciadas nas datas dos FOMC. No entanto poderão ser criadas reuniões intermédias, e as taxas poderão ser alteradas em qualquer altura.
2*De acordo com o BCE, apenas a 1ª reunião de cada mês serve para anunciar alterações na sua política monetária. No entanto, existe a possibilidade de poder alterar essa mesma política emqualquer altura.3*A partir de Abril de 2013, o Banco do Japão passou a adoptar como principal instrumento de política monetária o controlo da base monetária em vez da taxa de juro. A taxa actual apresentadarefere-se à taxa efectiva.4*Sem datas pré-marcadas, podendo ser alterada em qualquer altura.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes Taxas de Câmbio dos Mercados Emergentes10.Fev.14
TTTTTaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbioaxas de Câmbio TTTTTaxa actual...axa actual...axa actual...axa actual...axa actual... a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês... a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses... a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses... a 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoa 1 anoUSD/BRL 2.29 2.39 2.40 2.45 2.50USD/MXN 13.19 13.15 12.95 12.80 12.28USD/ARS 5.70 7.30 7.83 8.36 10.60EUR/CZK 25.77 27.25 27.10 27.00 26.00EUR/PLN 4.28 4.16 4.13 4.09 3.91EUR/HUF 299.82 303.00 300.00 296.00 289.00USD/RUB 33.24 33.60 33.95 34.26 35.40USD/CNY 6.12 6.03 6.01 6.00 5.90Fonte: Médias de previsões de várias instituições de research.Legenda: BRL - Real do Brasil PLN - Zloty da Polónia MXN - Peso Mexicano HUF - Forint da Hungria
ARS - Peso Argentino RUB - Rublo da Rússia CZK - Coroa Checa CNY - Renminbi/Yuan da China
PPPPPREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕESREVISÕES
Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e Taxas de Juro e SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes dos Mercados Emergentes10.Fev.14
TTTTTaxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Juraxas de Jurooooo SpreadsSpreadsSpreadsSpreadsSpreads equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanas equivalentes face às taxas americanasTTTTTaxa act.axa act.axa act.axa act.axa act. ...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês...a 1 mês ...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses...a 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano SpreadSpreadSpreadSpreadSpread act. act. act. act. act. ...a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês......a 1 mês... a 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 mesesa 3 meses ...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses...a 6 meses ...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano...a 1 ano
TTTTTaxas de juraxas de juraxas de juraxas de juraxas de juro de curo de curo de curo de curo de curto-prazoto-prazoto-prazoto-prazoto-prazoBRL 8.79% 10.63% 10.75% 10.75% 11.64% 855 1034 1044 1041 1118MXN 3.97% 3.50% 3.50% 3.58% 3.86% 373 321 319 324 340ARS 12.75% n.d. n.d. n.d. n.d. 1251 n.d. n.d. n.d. n.d.CZK 0.28% 0.40% 0.42% 0.42% 0.48% 4 11 11 8 2PLN 2.60% 2.69% 2.72% 2.85% 3.56% 236 240 241 251 310HUF 3.75% 3.20% 3.24% 3.27% 3.20% 351 291 293 293 274RUB 6.75% 4.96% 4.91% 4.89% 0.00% 651 467 460 455 -46CNY 4.66% 6.02% 6.04% 6.05% 6.08% 442 573 573 571 562TTTTTaxas de juraxas de juraxas de juraxas de juraxas de juro 10 Ao 10 Ao 10 Ao 10 Ao 10 ABRL 4.21% n.d. n.d. n.d. n.d. 239 - - - -MXN 3.59% 6.31% 6.35% 6.78% 7.08% 181 - - - -ARS 14.52% n.d. n.d. n.d. n.d. 1203 - - - -CZK 2.12% 2.48% 2.59% 2.67% 2.78% 47 - - - -PLN 4.12% 4.46% 4.57% 4.65% 4.91% 247 - - - -HUF 6.22% 6.03% 6.08% 6.07% 5.90% 457 - - - -RUB 7.99% n.d. n.d. n.d. n.d. 204 - - - -CNY 4.07% 4.54% 4.61% 4.62% 4.71% 243 - - - -Fonte:Médias de previsões de várias instituições de research.
Nota: A taxa de juro de curto prazo apresentada para o Brasil é a taxa Selic, para o México é a taxa overnight, para a Hungria é a base rate e para a China é a taxa de empréstimo fixada
pelo banco central.
Os spreads de dívida de longo prazo de CZK, PLZ, HUF e CNY resultam da comparação directa entre a yield do benchmark dos Bunds a 10 anos e a yield aqui apresentada.
Os spreads de dívida de longo prazo de BRL, ARS, MXN e RUB são os calculados pela JP Morgan nos índices EMBI.
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EVOLUÇÃO DO SECTOR DO TURISMO - PARTE II-A SITUAÇÃO EM PORTUGAL
"PARTE I - AS GRANDES TENDÊNCIAS INTERNACIONAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS (MERCADOS FINANCEIROS DE DEZEMBRO DE 2013)"
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
A recente evolução do turismo em Portugal, contribuindo para uma melhoria significativa do saldo externo do país, levou-nosa proceder a uma análise detalhada do sector, de modo a ter uma exacta percepção do seu contributo para a riquezanacional. Mas em primeiro lugar quisemos retratar como a indústria do turismo é importante a nível mundial e europeu, nãosó pelo facto de promover importantes movimentos populacionais mas porque é igualmente motor de negócio e criador devalor em várias escalas - local, regional e nacional (Parte I).
Segundo os dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), em 2012, as chegadas de turistas internacionais verificaramum aumento de 4.0%, correspondendo a 39 milhões de turistas, tendo a Europa acolhido mais de metade dos turistasinternacionais (51.6%) e verificado um acréscimo de 3.4%. Contudo, os resultados mais positivos ocorreram na Ásia/Pacífico(+7.0%) e em África (+6.4%). A única região a decrescer foi o Médio Oriente (-5.4%). Deste modo considera-se que, tantonuma análise mais global ou mais diferenciada, a Europa e diversos países europeus mantêm-se atractivos ao turista,oferecendo diferentes tipos de infra-estruturas, ambientes, segurança, preços, etc. No entanto, no futuro irá sofrer aconcorrência cada vez mais agressiva de outras regiões, nomeadamente integradas nas economias emergentes. Nessecontexto, é espectável a perda de peso da Europa no contexto internacional, aumentando a atracção da Ásia/Pacífico, deÁfrica ou mesmo do Médio Oriente.
Segundo a Comissão Europeia, a indústria do turismo na Europa (no conceito mais lato que abarca todas as áreas e serviçosa montante e a jusante) significa cerca de 10% do PIB e deverá empregar entre 12 a 14 milhões de pessoas. Na comparaçãointernacional em termos de chegadas de turistas, a França é líder, seguindo-se os EUA, mas logo a seguir vem a Espanha ea Itália. E as receitas da actividade turística são relevantes em termos de peso relativo no PIB para Portugal, Espanha, Françae Itália (entre 5% e 2%).
Dada a importância económica do sector para o país, nomeadamente no actual momento de necessidade de crescimentoglobal da actividade produtiva, as autoridades nacionais consideraram na resolução do Conselho de Ministros nº24/2013 oturismo como um sector prioritário para a estratégia de desenvolvimento do país. Para além de ser reconhecido que existepotencial para que Portugal mantenha e amplie a sua vertente de destino turístico mundial, benéfico na criação de riqueza eemprego, acresce o contributo desta actividade para o equilíbrio da balança corrente. Neste âmbito, foi considerado prioritárioactualizar o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), desta feita para o período de 2013 a 2015, onde se consideraainda que a marca "Destino Portugal" tem tido um forte contributo no reforço da identidade nacional e coesão do territórioatravés de ideias-chave como o clima, a luz, a história, a cultura e tradição, a hospitalidade e a diversidade.
Assim, foi analisado o período temporal considerado conveniente para se definirem a maior parte das tendências registadasno sector, na tentativa de se chegar a um retrato claro e assertivo.
A importância económica do Turismo
Evolução da Balança de Serviços do Sector doTurismo, 2001-2012
Em primeiro lugar, deve-se realçar que em termos deenquadramento económico tanto a Europa do euro comoPortugal registaram nos últimos dois anos uma situaçãorecessiva, de que estão presentemente a sair,perspectivando-se um ciclo de crescimento. Se em 2012, aZona Euro (onde se concentram os principais clientesturísticos de Portugal) verificou uma contracção deactividade de 0.7%, em 2013 a quebra ainda foi de 0.4%,prevendo o FMI um crescimento de 1.0% e de 1.4% em2014 e 2015, respectivamente. Em Portugal, o cenário decrise ainda foi mais acentuado, pois foi um dos países sujeitoa resgate financeiro e a regras de ajustamento e reequilíbrioorçamental bastante severas. Neste contexto, depois de umacontracção de 1.6% em 2011, o PIB acentuou essa tendênciae caiu 3.2% em 2012, aliviando para -1.8% (projecçãooficial) em 2013. Para 2014, o FMI e a CE já prevêem umaexpansão de 0.8%. Esta situação teve repercussões internas, tendo havido uma redução expressiva de dormidas deresidentes (-7.5% em 2012 perante -2.5% em 2011). Contudo, na vertente externa, os não residentes mantiveramuma evolução favorável (+4.8% em 2012 e +10.1% em 2011).
Segundo os dados do Banco de Portugal relativos à rubrica Viagens e Turismo (bens e serviços adquiridos à economia porviajantes durante visitas inferiores a um ano), as receitas em 2012 mantiveram o crescimento relativo ao ano anterior(+5.6%), correspondendo a 8 606 milhões de euros. No entanto, verifica-se um abrandamento, visto as receitas de 2010para 2011 terem crescido +7.2%.
1500
3500
5500
7500
9500
2001 2003 2005 2007 2009 2011
210%
240%
270%
300%
Tx. Cobertura Receitas
Despesas Saldo Fonte: INE
milhões de euros %
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Por seu turno, as despesas ascenderam a 2 946 milhões de euros, o que mostra um ligeiro decréscimo (-0.9%), situando-seao nível dos valores de 2008. O saldo da balança turística em 2012, 5 660 milhões de euros, é assim superior ao alcançadoem 2011, 5 172 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 9.4%, ou seja, mais 487.6 milhões de euros. Em2011, este saldo aumentou 11.3% e em 2010 o seu crescimento foi de 10.5%.
Em 2012, a taxa de cobertura foi de 292.1%, superior à doano anterior, que se tinha situado em 273.9%. Este ráciosituou-se em 253.8% em 2008 e desde então tem crescidoanualmente, tendo em 2012 ultrapassado os valores altosregistados nos primeiros anos do século XXI.
Entre a 1ª e a 2ª década, as receitas aumentaram mais de40%, passando de valores ligeiramente acima de 6 mil milhõesde euros para 8.6 mil milhões em 2012. E nesta 2ª década,2012 foi o ano em que as receitas do turismo tiveram a suamaior expressão em termos de PIB, com um peso relativo de5.2%. Na década anterior, os valores situaram-se acima dos4%.
Ainda em termos de receitas, em 2012, a França foi o 1ºmercado emissor, representando 17.9% do total (subiu 0.1p.p. em relação a 2011). O seu contributo foi de 1 537 milhõesde euros que, face a 2011, correspondeu a um acréscimo de91 milhões de euros ou +6.3% (em relação a 2010, o aumentoainda é mais relevante, de +16.1%). Em contrapartida, o ReinoUnido, agora no 2º lugar com 1 446 milhões de euros (deixoua liderança), representando 16.8% das receitas deestrangeiros, decresceu face a 2011 (-1.1% ou -16.5 milhõesde euros).
A Espanha, com 1 105 milhões de euros, e a Alemanha,com 872 milhões de euros, ocuparam a 3º e 4º lugares,correspondendo a quotas de 12.9% e de 10.1%,respectivamente. Enquanto a Espanha decresceu 1.6% em2012, ou -18.3 milhões de euros, a Alemanha apresentouo terceiro maior acréscimo do grupo dos Top-5, que setraduziu em +7.1% ou +58.1 milhões de euros. No 5ºlugar surge Angola com 480.1 milhões de euros e umaquota de 5.6%. Esta entrada imediata no Top-5 em 2012resultou de um acréscimo de 40.8% (o maior aumento)de receitas, ou seja, mais 139.1 milhões de euros emrelação a 2011.
Ainda em termos da balança do turismo, de referir que aTurquia, de acordo com a listagem apresentada, é o únicopaís a registar um saldo negativo, já que é um dos destinospreferidos dos portugueses. Nas despesas dos nacionais noestrangeiro, a Espanha lidera com uma quota de 28.4%,seguindo-se a França com 13.6%, o Reino Unido com 11.3%,a Alemanha com 6.3% e os EUA com 5.1%.
Peso das receitas do Turismo no PIB, 2001-2012
Top-5 receitas de turismo por país de origem,milhões de euros
341
814
1124
1462
1446
480
872
1105
1446
1537
0 500 1000 1500 2000
Angola
Alemanha
Espanha
Reino Unido
França
2011 2012 Fonte: Banco de Portugal
Top-5 receitas de turismo por país de origem, 2012(% do total)
3.8%
4.0%
4.2%
4.4%
4.6%
4.8%
5.0%
5.2%
5.4%
2001 2003 2005 2007 2009 2011
5000
5500
6000
6500
7000
7500
8000
8500
9000
Receitas Peso no PIB (eixo esquerdo)
Fonte: INE
milhões de euros%
Outros,
36.7%
França,
17.9%
Angola,
5.6%
Alemanha,
10.1%
Espanha,
12.9%
Reino
Unido,
16.8%
Fonte: Banco de Portugal
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
O peso relativo das receitas de turismo nas exportações debens e serviços apresentou uma tendência decrescente entre2001 e 2008, passando de 16% para 13%, embora acontecesseo aumento progressivo das receitas. Assim, a explicaçãoconsiste no facto de ter havido um aumento ainda superiordas exportações de bens e serviços e não a uma redução dasreceitas do Turismo. A partir de 2009 surgiu uma evoluçãodiferente, com o regresso do maior peso das receitas do turismonas exportações, acompanhando também o valor recordedestas últimas em 2012. De facto, nesse ano, as exportaçõesportuguesas atingiram o valor mais alto da última década, 60mil milhões de euros, onde o Turismo representou cerca de14.3%.
De acordo com os dados da Conta Satélite do Turismo do INE,a contribuição do sector do Turismo (que inclui restauração ebebidas, transporte de passageiros, agências de viagens,operadores turísticos, serviços culturais, recreação e lazer, etc.)para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) nacional aumentouprogressivamente entre 2003 e 2007, passando de 4.6 milmilhões de euros para 6.2 mil milhões. Em 2008 e 2009verificaram-se decréscimos de 2.1% e 2.8%, respectivamente,para em 2010 acontecer uma recuperação de 6.4%. Emboracom oscilações, nos últimos cinco anos, o peso do Turismo noVAB esteve acima dos 4%.
Receitas e Despesas do Turismo, por países de origem/destino, milhares de euros
Receitas variação peso Despesas variação peso Saldos2010 2011 2012 2012/10 2012 2010 2011 2012 2012/10 2012 2010 2011 2012
Total 7,601,272 8,145,557 8,605,539 13.2 100.0 2,952,820 2,973,567 2,945,969 -0.2 100.0 4,648,452 5,171,990 5,659,570
União Europeia 5,937,634 6,214,315 6,393,890 7.7 74.3 2,127,585 2,187,487 2,162,107 1.6 73.4 3,810,049 4,026,828 4,231,783
Alemanha 786,847 813,530 871,667 10.8 10.1 185,132 187,091 184,604 -0.3 6.3 601,715 626,439 687,063
Áustria 55,716 58,672 63,151 13.3 0.7 15,134 15,101 16,621 9.8 0.6 40,582 43,571 46,530
Bélgica/Lux. 274,878 296,881 333,758 21.4 3.9 104,963 113,702 120,258 14.6 4.1 169,915 183,179 213,500
Dinamarca 81,800 67,329 71,564 -12.5 0.8 7,921 8,101 8,148 2.9 0.3 73,879 59,228 63,416
Espanha 1,112,457 1,123,676 1,105,360 -0.6 12.8 917,585 907,290 836,670 -8.8 28.4 194,872 216,386 268,690
França 1,323,441 1,446,336 1,536,858 16.1 17.9 349,345 376,090 399,686 14.4 13.6 974,096 1,070,246 1,137,172
Grécia 10,846 11,880 10,150 -6.4 0.1 8,444 7,935 6,415 -24.0 0.2 2,402 3,945 3,735
Hungria 9,034 9,506 9,693 7.3 0.1 3,373 3,600 4,063 20.5 0.1 5,661 5,906 5,630
Irlanda 178,681 176,985 195,817 9.6 2.3 43,711 66,226 71,285 63.1 2.4 134,970 110,759 124,532
Itália 176,234 176,046 169,817 -3.6 2.0 93,806 93,580 86,780 -7.5 2.9 82,428 82,466 83,037
Holanda 318,880 329,582 348,966 9.4 4.1 51,776 54,537 62,903 21.5 2.1 267,104 275,045 286,063
Polónia 49,645 61,633 55,481 11.8 0.6 6,934 7,817 9,700 39.9 0.3 42,711 53,816 45,781
Reino Unido 1,385,144 1,462,354 1,445,871 4.4 16.8 317,674 323,768 333,691 5.0 11.3 1,067,470 1,138,586 1,112,180
Rep. Checa 14,074 16,870 19,642 39.6 0.2 7,137 6,449 6,506 -8.8 0.2 6,937 10,421 13,136
Suécia 83,965 83,157 84,119 0.2 1.0 7,557 9,021 8,585 13.6 0.3 76,408 74,136 75,534
Restantes 7,141 14,147 15,859 122.1 0.2 3,143 3,880 2,994 -4.7 0.1 3,998 10,267 12,865
Islândia 2,530 2,299 3,332 31.7 0.0 716 580 621 -13.3 0.0 1,814 1,719 2,711
Noruega 79,625 85,998 91,816 15.3 1.1 5,952 5,648 5,724 -3.8 0.2 73,673 80,350 86,092
Suíça 172,509 190,448 207,934 20.5 2.4 54,897 57,641 65,540 19.4 2.2 117,612 132,807 142,394
Turquia 5,163 5,542 3,388 -34.4 0.0 20,882 19,417 16,008 -23.3 0.5 -15,719 -13,875 -12,620
Canadá 102,347 113,888 135,186 32.1 1.6 44,500 40,386 39,893 -10.4 1.4 57,847 73,502 95,293
EUA 300,213 363,259 416,709 38.8 4.8 159,139 146,351 151,691 -4.7 5.1 141,074 216,908 265,018
Fonte: INE, Estatísticas do Turismo de 2010, 2011 e 2012.
Peso do Turismo nas Exportações de bens eserviços, 2001-2012
12.5%
13.5%
14.5%
15.5%
16.5%
2001 2003 2005 2007 2009 2011
20000
35000
50000
65000
Total Exportações
Peso do Turismo nas Exportações Fonte: INE
milhões de euros%
Contribuição do Turismo para o VAB total,2001-2010
3.6%
3.8%
4.0%
4.2%
4.4%
2001 2003 2005 2007 2009
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Cont. do Turismo para o VAB
Peso do Turismo no VAB Fonte: INE
milhões de euros%
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
A evolução da actividade turística
Capacidade de alojamento da hotelaria
Estabelecimentos segundo o tipo, por regiões (31/07/2012)
unidade: nºTotal Hotéis Apartamentos Aldeamentos Aparthotéis Pousadas Outros
Portugal 2028 988 195 45 150 36 614
Continente 1787 881 172 44 112 34 544
Norte 463 250 13 1 7 10 182
Centro 419 252 8 3 7 8 141
Lisboa 322 192 5 4 14 3 104
Alentejo 155 71 10 2 9 10 53
Algarve 428 116 136 34 75 3 64
R.A.Açores 79 44 13 0 4 1 17
R.A.Madeira 162 63 10 1 34 1 53
unidade: %
Portugal 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Continente 88.1% 89.2% 88.2% 97.8% 74.7% 94.4% 88.6%
Norte 22.8% 25.3% 6.7% 2.2% 4.7% 27.8% 29.6%
Centro 20.7% 25.5% 4.1% 6.7% 4.7% 22.2% 23.0%
Lisboa 15.9% 19.4% 2.6% 8.9% 9.3% 8.3% 16.9%
Alentejo 7.6% 7.2% 5.1% 4.4% 6.0% 27.8% 8.6%
Algarve 21.1% 11.7% 69.7% 75.6% 50.0% 8.3% 10.4%
R.A.Açores 3.9% 4.5% 6.7% 0.0% 2.7% 2.8% 2.8%
R.A.Madeira 8.0% 6.4% 5.1% 2.2% 22.7% 2.8% 8.6%
Fonte: INE, Estatísticas do Turismo de 2012.
Em Julho de 2012, a hotelaria dispunha de 2 028 estabelecimentos, divididos entre Hotéis, Apartamentos, Aldeamentos,Aparthotéis, Pousadas e Outros. A oferta total aumentou em 9 unidades comparativamente a igual período do ano anterior,mantendo-se a tendência de relativa estabilidade. Contudo, o número de hotéis continuou a aumentar, a um ritmo semelhanteao do ano anterior (+13.2%), mas beneficiando do processo em curso de reconversão de estabelecimentos com tipologiasextintas. Ainda nos hotéis, todas as categorias aumentaram em número, destacando-se as de 3 e 2 estrelas (em conjunto,+33.0% que em Julho de 2011). De referir que actualmente, em Portugal, 48.7% dos estabelecimentos totais são hotéis:33.5% dos hotéis são de 3 estrelas, 32.1% são de 4 estrelas, 26.9% são de 2 e 1 estrela e 7.5% são de 5 estrelas.
Relativamente aos outros estabelecimentos, seguem-se em termos de importância os outros alojamentos turísticos (30.3%),os apartamentos turísticos (9.6%), os aparthotéis (7.4%), os aldeamentos turísticos (2.2%) e as pousadas (1.8%). Depoisdos hotéis, os outros estabelecimentos que mais aumentaram em 2012 foram os aldeamentos turísticos com +12.5%, osapartamentos turísticos com +6.0% e os aparthotéis com 4.2%. As pousadas e os outros alojamentos turísticos apresentaramreduções relativamente ao período homólogo de -7.7% e de -16.9%, respectivamente.
Capacidade de alojamento por estabelecimento,2012, %
Capacidade de alojamento por região, 2012, %
Alentejo,
4.5%
Lisboa,
18.8%
Centro,
14.0%
Norte,
14.1%
R.A.
Madeira,
9.7%
Algarve,
36.0%
R. A.
Açores,
2.9%
Fonte: INE
Pousadas,
1.1%
Apartamen-
tos, 12.2%
Aparthotéis
, 14.5%
Hóteis,
56.1%
Outros,
10.2%
Aldeamen-
tos, 5.9%
Fonte: INE
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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Em termos do número de estabelecimentos, as regiões com maior oferta turística foram o Norte (22.8% do total), o Algarve(21.1%) e o Centro (20.7%), tal como no ano anterior. Estas três regiões oferecem 64.6% do total de estabelecimentoshoteleiros. Seguem-se Lisboa (15.9%), a R.A. Madeira (8.0%), o Alentejo (7.6%) e a R.A. Açores (3.9%). Norte e Centrodetêm de forma repartida mais de 50% do total de hotéis, seguindo-se Lisboa (19.4%) e Algarve (11.7%). Esta última regiãoé campeã nos aldeamentos (75.6%), nos apartamentos turísticos (69.7%) e nos aparthotéis (50.0%).
Em Julho de 2012, os estabelecimentos hoteleiros dispunham de uma oferta de 131 357 quartos e 296 321 camas, significandoacréscimos homólogos de 2.4% e 2.5%, respectivamente. Como tem sido habitual, o Algarve disponibilizou o maior númerode camas (36.0% do total), seguido por Lisboa (18.8%) e pelo Norte e Centro com pesos iguais (14.1% e 14.0%,respectivamente). Os hotéis representaram 56.1% da capacidade de alojamento, seguindo-se os aparthotéis (14.5%) epelos apartamentos turísticos (+12.2%).
Capacidade média de alojamento nosestabelecimentos hoteleiros, por região, 2012
Número médio de pessoas ao serviço , por tipo dealojamento, 2012
177
108
249
86
174
99
90
0 50 100 150 200 250 300
R.A. Madeira
R. A. Açores
Algarve
Alentejo
Lisboa
Centro
Norte
Fonte: INEPortugal = 146Nº de camas
3035
16
40
21
6
05
1015202530354045
Hóte
is
Apart
hoté
is
Apart
am
ento
s
Ald
eam
ento
s
Pousadas
Outr
os
Fonte: INE
média = 21.1
A totalidade dos estabelecimentos hoteleiros empregava 44 490 pessoas, ligeiramente menos que no ano anterior (-0.8%).Os hotéis concentravam a maior parte do pessoal (67%), seguindo-se os aparthotéis (11.9%) e os apartamentos turísticos(6.9%). Em termos médios, os estabelecimentos hoteleiros empregaram cerca de 21 pessoas. Estavam claramente acimadeste valor médio os aldeamentos turísticos com 40 pessoas em média, os aparthotéis com 35 e os hotéis com 30.
Pessoal ao serviço, segundo o tipo dos estabelecimentos, por regiões
unidade: nºTotal Hotéis Apartamentos Aldeamentos Aparthotéis Pousadas Outros
Portugal 44,490 29,804 3,059 1,807 5,304 755 3,761
Continente 37,174 24,988 2,909 1,777 3,948 726 2,826
Norte 6,069 4,811 71 … 147 … 777
Centro 5,326 4,148 76 67 116 126 793
Lisboa 10,095 8,507 49 116 662 58 703
Alentejo 1,796 1,005 108 … 244 … 240
Algarve 13,888 6,517 2,605 1,583 2,779 91 313
R.A.Açores 1,542 1,290 88 0 49 … …
R.A.Madeira 5,774 3,526 62 30 1,307 … …
unidade: %
Portugal 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Continente 83.6% 83.8% 95.1% 98.3% 74.4% 96.2% 75.1%
Norte 13.6% 16.1% 2.3% … 2.8% … 20.7%
Centro 12.0% 13.9% 2.5% 3.7% 2.2% 16.7% 21.1%
Lisboa 22.7% 28.5% 1.6% 6.4% 12.5% 7.7% 18.7%
Alentejo 4.0% 3.4% 3.5% … 4.6% … 6.4%
Algarve 31.2% 21.9% 85.2% 87.6% 52.4% 12.1% 8.3%
R.A.Açores 3.5% 4.3% 2.9% 0.0% 0.9% … …
R.A.Madeira 13.0% 11.8% 2.0% 1.7% 24.6% … …
Fonte: INE, Estatísticas do Turismo de 2012.
Na análise global, 31.2% dos empregados no sector concentravam-se no Algarve, seguindo-se Lisboa com 22.7%, o Nortecom 13.6% e a R.A. da Madeira com 13.0%. Em Lisboa e no Algarve concentram-se mais os empregados dos hotéis,respectivamente 28.5% e 21.9%. Exceptuando as Pousadas, nos restantes estabelecimentos é no Algarve que o emprego émais significativo (87.6% nos Aldeamentos, 85.2% nos Apartamentos e 52.4% nos Aparthotéis).
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Dormidas
Em termos de dormidas totais no conjunto dos estabelecimentos turísticos, estas ascenderam a 39 681 mil em 2012, mais0.6% do que em 2011, sendo que 27 257 mil tiveram origem no mercado externo (68.7%) e 12 425 mil no mercadodoméstico (31.3%). Mas os dois mercados tiveram evoluções diferentes nos últimos dois anos: se o externo aumento 4.8%em 2012 e 10.1% em 2011, em resultado de uma conjuntura favorável ao nosso país (situações políticas instáveis no MédioOriente e Magrebe, para além do aumento da capacidade de alojamento nacional); internamente verificou-se um decréscimoforte das dormidas, com uma variação negativa de 7.5% em 2012 e de 2.5% em 2011, em consequência provável dadiminuição do rendimento das famílias portuguesas. Segundo, a recolha de dados do INE, os meses de Julho e Junho foramos meses do ano em que se registaram os maiores aumentos absolutos de dormidas de estrangeiros (respectivamente,+203.0 e +170.6 mil dormidas).
Perante os dados dos últimos anos confirma-se que a representatividade dos principais clientes segundo a origem nãosofreu alterações significativas, assim como os destinos de sua preferência. O Reino Unido tem mantido o 1º lugar nasdormidas de estrangeiros, tendo em 2012 registado 6 422 mil. Houve um aumento homólogo de 2.2%, mais 137.3 mildormidas, representando o mercado britânico 23.6% do total das dormidas de estrangeiros em Portugal (16.2% do totalgeral). Do mesmo modo, mantiveram as preferências pelo Algarve e pela Madeira (70.7% e 17.9% das dormidas domercado, respectivamente).
Dormidas segundo o tipo de estabelecimento, por regiões e países de residência habitual, 2012
unidade: milharesTotal % Hotéis % Aparta. % Aldeam. % Aparth. % Pousadas % Outros %
% 100.0% - 61.2% - 10.0% - 4.6% - 16.3% - 0.9% - 7.0% -
TOTAL 39,681 100.0% 24,289 100.0% 3,960 100.0% 1,832 100.0% 6,478 100.0% 355 100.0% 2,768 100.0%
PORTUGAL 12,425 31.3% 7,936 32.7% 1,126 28.4% 422 23.1% 1,521 23.5% 143 40.1% 1,278 46.2%
ESTRANGEIRO 27,257 68.7% 16,354 67.3% 2,834 71.6% 1,409 76.9% 4,957 76.5% 213 59.9% 1,490 53.8%
EUROPA 23,900 60.2% 13,643 56.2% 2,741 69.2% 1,358 74.2% 4,716 72.8% 161 45.2% 1,281 46.3%
UE-27 22,442 56.6% 12,678 52.2% 2,664 67.3% 1,300 71.0% 4,466 68.9% 148 41.7% 1,187 42.9%
Alemanha 3,685 9.3% 2,361 9.7% 265 6.7% 212 11.5% 572 8.8% 27 7.7% 249 9.0%
Áustria 308 0.8% 207 0.9% 9 0.2% 10 0.5% 55 0.9% 3 0.7% 24 0.9%
Bélgica 606 1.5% 419 1.7% 24 0.6% 24 1.3% 89 1.4% 11 3.1% 39 1.4%
Dinamarca 397 1.0% 217 0.9% 49 1.2% 11 0.6% 100 1.5% 2 0.5% 18 0.7%
Espanha 3,077 7.8% 2,241 9.2% 199 5.0% 86 4.7% 353 5.5% 25 7.0% 173 6.3%
Finlândia 311 0.8% 162 0.7% 28 0.7% 7 0.4% 100 1.5% 1 0.2% 14 0.5%
França 2,225 5.6% 1,598 6.6% 77 1.9% 39 2.1% 282 4.4% 21 5.8% 208 7.5%
Irlanda 992 2.5% 375 1.5% 213 5.4% 109 6.0% 277 4.3% 2 0.5% 17 0.6%
Itália 867 2.2% 694 2.9% 20 0.5% 13 0.7% 53 0.8% 6 1.7% 82 3.0%
Holanda 2,137 5.4% 738 3.0% 478 12.1% 246 13.4% 589 9.1% 18 5.0% 69 2.5%
Polónia 392 1.0% 273 1.1% 19 0.5% 9 0.5% 68 1.1% 0 0.1% 23 0.8%
Reino Unido 6,422 16.2% 2,700 11.1% 1,211 30.6% 515 28.1% 1,764 27.2% 29 8.2% 204 7.4%
Rep. Checa 126 0.3% 71 0.3% 13 0.3% 1 0.1% 29 0.4% 0 0.1% 11 0.4%
Suécia 439 1.1% 292 1.2% 37 0.9% 11 0.6% 77 1.2% 2 0.5% 21 0.7%
Outros EU 460 1.2% 331 1.4% 24 0.6% 9 0.5% 58 0.9% 2 0.6% 35 1.3%
Outros Europa 1,458 3.7% 965 4.0% 77 1.9% 59 3.2% 251 3.9% 12 3.5% 94 3.4%
ÁFRICA 339 0.9% 255 1.1% 9 0.2% 4 0.2% 20 0.3% 1 0.2% 51 1.8%
AMÉRICA 2,272 5.7% 1,866 7.7% 58 1.5% 23 1.2% 168 2.6% 42 11.9% 117 4.2%
Brasil 1,139 2.9% 990 4.1% 9 0.2% 3 0.2% 60 0.9% 17 4.7% 60 2.2%
Canadá 286 0.7% 181 0.7% 28 0.7% 9 0.5% 48 0.7% 8 2.2% 13 0.5%
EUA 663 1.7% 547 2.3% 16 0.4% 9 0.5% 47 0.7% 16 4.6% 28 1.0%
Outros 184 0.5% 148 0.6% 4 0.1% 2 0.1% 13 0.2% 1 0.4% 16 0.6%
ÁSIA 519 1.3% 436 1.8% 9 0.2% 9 0.5% 30 0.5% 6 1.7% 29 1.0%
Japão 127 0.3% 112 0.5% 1 0.0% 0 0.0% 5 0.1% 3 0.9% 6 0.2%
Outros 392 1.0% 324 1.3% 9 0.2% 8 0.5% 26 0.4% 3 0.8% 23 0.8%
OCEÂNIA 226 0.6% 154 0.6% 17 0.4% 16 0.9% 22 0.3% 3 1.0% 13 0.5%
Fonte: INE, Estatísticas do Turismo de 2012.
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Dormidas de estrangeiros, segundo a origem, 2012
Espanha,
11.3%
Brasil,
4.2%
Alemanha,
13.5%
Reino
Unido,
23.6%
Outros,
24.7%
França,
8.1%
Itália,
3.2%Holanda,
7.8%
Irlanda,
3.6%
Fonte: INE
A Alemanha surge na 2ª posição, com 3 685 mil dormidas, representando 13.5% do total de dormidas de estrangeiros (9.3%do total global). Em 2012, os alemães verificaram o aumento absoluto mais acentuado no grupo dos nossos cinco principaisclientes, +322.6 mil dormidas, e revelaram igualmente as preferências pelo Algarve e pela Madeira (37.1% e 35.8%,respectivamente).
Os espanhóis surgem no 3º lugar, com 11.3% de representatividade no total de dormidas de estrangeiros (3 077 mil),apresentando o único decréscimo dos principais emissores de dormidas (-10.4%, a que corresponde -358.5 mil dormidas).As preferências dos nossos vizinhos foram para Lisboa (34.8%) e Algarve (23.7%).
A França, com 2 225 mil dormidas, e a Holanda, com 2 137 mil, completam os cinco principais mercados, com umarepresentatividade de 8.1% e 7.8%. Face a 2011 alcançaram aumentos de 15.2% e 7.7%, respectivamente. Se os francesesprivilegiaram Lisboa (30.5%), os holandeses mantiveram-se fiéis ao Algarve (67.0%). Os outros clientes estrangeiros são oBrasil com 4.2%, a Irlanda com 3.6% e a Itália com 3.2%. Se brasileiros e italianos preferem Lisboa como destino (63.6%e 50.2%, respectivamente), os irlandeses viaja para o Algarve (80.5%).
Dormidas, segundo origem de residência habitual,2012
Portugal,
31.3%
Estrang.,
68.7% Fonte: INE
Por estabelecimentos hoteleiros, os ingleses repartem as suaspreferências por apartamentos (30.6% da ocupação),aldeamentos (28.1%) e aparthotéis (27.2%). Já os alemãestêm as suas preferências repartidas de forma mais igualitáriapelas várias classes (ocupam 11.5% aldeamentos, 9.7% hotéis,8.8% aparthotéis, 7.7% pousadas e 6.7% apartamentos).
Analisando as dormidas por região de Portugal nos últimosanos tem havido uma progressão positiva do Algarve e deLisboa (sobretudo). Em 2012, as regiões do Algarve, Lisboa eMadeira, com 29,3 milhões de dormidas, representaram 74%do total, e mostraram variações homólogas positivas em relaçãoao mercado externo, 6.0%, 8.5% e 2.0%, respectivamente.O Algarve, com uma quota total de 36.1%, registou 14 347mil dormidas e superou 2011 em mais 2.6% (+367.5 mil),com os estrangeiros a suportarem o movimento, já que osresidentes diminuíram. A região de Lisboa, com 9 472 mildormidas, apresentou um aumento homólogo de 4.9% (+444.9mil), igualmente devido ao forte suporte do mercado externo.A R.A. Madeira, com 5 510 mil dormidas, decresceu 1.0%,devido à grande quebra de nacionais, pois os estrangeirosmantiveram uma evolução favorável.
Em termos de estada média nos estabelecimentos, como temsido habitual, a R.A. Madeira e o Algarve apresentavam asestadias mais prolongadas, 5.5 e 4.7 noites, respectivamente(média 2.9 noites). Como tem sido prática dos últimos anos,os holandeses são os que permanecem mais tempo nosestabelecimentos hoteleiros (5.2 noites em média), seguindo-se os ingleses e irlandeses (ambos 5.0 noites). Na análise porestabelecimento, as estadias mais prolongadas aconteceram
Evolução das dormidas por região, 2000-2012
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
2000 2005 2010 2011 2012
Norte
Centro
Lisboa
Alentejo
Algarve
R.A.AçoresR.A.Madeira
Fonte: INE
milhares
Estada média nos estabelecimentos hoteleiros porregião, 2012
nos apartamentos (5.4 noites, em média), seguindo-se os aldeamentos turísticos (4.7 noites) e pelos aparthotéis(4.5 noites).
5.5
2.9
4.7
1.82.3
1.8 1.7
0
1
2
3
4
5
6
R.A
.
Madeir
a
R.
A.
Açore
s
Alg
arv
e
Ale
nte
jo
Lis
boa
Centr
o
Nort
e
Fonte: INE
média = 2.9
nº de noites
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Proveitos
Em 2012, os proveitos totais da hotelaria (valores resultantes da actividade, tal como aposento e restauração, a que acresceoutros decorrentes da actividade, tais como aluguer de salas, lavandaria, tabacaria, telefone, etc.) alcançaram os 1 856.4milhões de euros e os de aposento (somente dormidas) 1290.1 milhões. Valores que representaram decréscimos de 2.6% e1.3%, respectivamente, face a 2011. Em 2011, tinha havido uma evolução positiva (+5.4% para os proveitos totais e +6.7%para os de aposento).
A evolução desde 2000, tanto dos proveitos totais como deaposento tem sido bastante positiva, tendo acontecido umaquebra significativa em 2009, reflexo da crise económica efinanceira que se instalou na Europa. Desde então, temacontecido uma recuperação, embora lenta. Pode-se mesmodizer que os valores apresentados para 2012 já estão ao níveldos de 2008.
Na comparação entre 2011 e 2012, o Algarve foi a única regiãoa apresentar resultados positivos em ambos os indicadores(+2.9% para os proveitos totais e +3.8% para os de aposento).Por seu turno, a R.A. Madeira reduziu os proveitos totais (-1.1%) mas aumento os de aposento (+0.8%). As restantesregiões registaram evoluções negativas, com a R.A. Açores amostrar maiores decréscimos (cerca de -10% nos doisindicadores). Lisboa que, no mesmo período teve aumento dehóspedes e dormidas verificou igualmente uma descida dosproveitos, em consequência de uma política de preços maisapelativa.
Evolução dos Proveitos Totais e de Aposento,2000-2012
Na distribuição dos proveitos por região, o Algarve foi responsável por 31.6% do total, seguindo-se Lisboa com 29.2%,Madeira com 13.5% e o Norte com 11.5%. Só Algarve, Lisboa e Madeira representaram mas de 74% do valor global dosproveitos do país (cerca de 1.4 mil milhões de euros). Os hotéis e os aparthotéis originaram conjuntamente 83% dosproveitos, ou seja, 1.6 mil milhões de euros. Este valor foi inferior ao de 2011 em 1.5%, representando menos 23.7 milhõesde euros.
Em termos nacionais, sabe-se também que a média dorendimento médio por quarto disponível (RevPar - RevenuePer Available Room) foi de 25.7 euros em 2012, inferior27.0 euros de 2011 (-4.6%). Individualmente, Lisboa foi aregião com maior rentabilidade média (40.5 euros),seguindo-se o Algarve (31.6 euros) e a R.A. Madeira (31.4euros).
Os hotéis de 5 estrelas (59.5 euros) e as pousadas (39.0 euros)alcançaram as médias de RevPar mais elevadas no conjuntodos estabelecimentos hoteleiros.
Movimentos aéreos e marítimos
Rendimento médio por quarto disponível (RevPar),por região, 2012
Passageiros desembarcados nos Aeroportos Nacionais, milhares
Aeroportos 2009 2010 2011 2012 2012/2009 2012/2011
Lisboa 6,598 7,020 7,384 7,624 15.6% 3.3%
Porto 2,230 2,611 2,963 2,987 33.9% 0.8%
Faro 2,493 2,637 2,775 2,806 12.6% 1.1%
Açores (1) 435 446 449 434 -0.2% -3.3%
Madeira (2) 1,222 1,152 1,193 1,136 -7.0% -4.8%
Total 12,977 13,866 14,764 14,988 15.5% 1.5%
Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal.Notas: (1) Aeroporto de Ponta Delgada; (2) Aeroportos do Funchal e Porto Santo.
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Nos últimos anos tem-se assistido a um importante aumento de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses,que estão muito próximo da barreira dos 15 milhões em 2012. De 2009 a 2012, o aumento foi de 15.5% e, em 2012, foi de1.5%. Em termos individuais destaca-se o aeroporto do Porto que, em 4 anos, registou um crescimento de passageirosdesembarcados de 33.9% (+0.8% em 2012). Seguem-se o de Lisboa e o de Faro que, no mesmo período, verificaramcrescimentos de 15.6% e de 12.6%, respectivamente (em 2012, as variações foram de 3.3% e de 1.1%). Pela negativa,realçam-se as quebras registadas nas Regiões Autónomas, sobretudo na Madeira. De referir que só o aeroporto de Lisboarepresentou em 2012 mais de 50% do movimento global de passageiros aéreos. Tal como nas dormidas, aqui também seconfirmam que ingleses (20%), franceses (14%), espanhóis (12%) e alemães (11%) dominam as chegadas, embora em2012 tanto britânicos como espanhóis registaram quebras de 3% e 5%, respectivamente.
Também o tráfego marítimo de cruzeiros verificou umaevolução muito significativa nos últimos anos, tendo em 2012alcançado o valor recorde de 885 navios entrados nos principaisportos nacionais, o que se traduziu num acréscimo anual de39 cruzeiros (+4.6%). Em termos de passageiros em trânsito,estes ascenderam a 1 254 mil passageiros, assistindo-se aum aumento de 104 mil turistas face a 2011.
O porto do Funchal apresentou não só o maior número decruzeiros do país (336 navios que representaram 38.0% domovimento total, +33 que em 2011), como também o maiornúmero de passageiros em trânsito marítimo, 593 mil. Segue-se Lisboa, com 321 navios, 36.3% do total (menos 11 que em2011). Contudo, o número de passageiros em 2012 aumentou4.0%, para 503 mil. Em 2013, chegou-se a 558 mil, mais6.8% (dado conhecido muito recentemente). De 2009 a 2013a variação foi de 34.2%. Segundo os dados de 2012 do Portode Lisboa, do Reino Unido chegaram 47% dos passageiros,seguindo-se a Alemanha com 17%, a Itália com 11% e osEUA com 10%.
Na comparação internacional, concretamente no movimentode passageiros de cruzeiro no contexto nacional, ibérico e dabacia do Mediterrâneo, conclui-se que os portos portuguesesainda estão aquém dos restantes portos, que detêm quotasmuito superiores.
Movimento de cruzeiros
Portos Marítimos 2012 2012/2011 Peso %
Douro/Leixões 70 +14 7.9%
Lisboa 321 -11 36.3%
Portimão 36 -25 4.1%
Ponta Delgada 122 +28 13.8%
Funchal 336 +33 38.0%
Total 885 +39 100.0%
Fonte: PM-Portos Marítimos.
Movimento de passageiros de cruzeiro no contextonacional, ibérico e da bacia do Mediterrâneo, 2012,
milhares
Barcelona (Espanha) 2,400
Civitavechia/Roma (Itália) 2,390
Portos da Tunísia 2,330
Pireus (Grécia) 2,060
Veneza (Itália) 1,780
Ilhas Baleares (Espanha) 1,270
Livorno (Itália) 1,040
Dubrovnik (Croácia) 980
Marselha (França) 890
Funchal 593
Lisboa 523
Açores 103
Leixões 76
Portimão 19
Cascais 0.7
Porto Santo 0.6
Setúbal 0.2
Fonte: APL-Administração do Porto de Lisboa.
O Plano Estratégico Nacional do Turismo
O Turismo foi e é considerado pelos vários governos como um dos sectores estratégicos do país para o desenvolvimento daeconomia e na criação de emprego. Neste âmbito, o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) foi criado com o objectivode servir de base à concretização de acções definidas para o crescimento sustentado do Turismo nacional. É um documentoestruturante, sinalizador das orientações das políticas públicas para o sector entre 2013 e 2015, que pretende facilitar osprocessos de decisão de investimento e de negócio das empresas.
O PENT 2013-2015 resultou da revisão do anterior documento estratégico, aprovado em 2007, e contempla 8 programas e40 projectos de implementação. O quadro que se segue resume e sistematiza as diferentes áreas de actuação e enuncia osprojectos estratégicos.
Passageiros de navios de cruzeiro no Porto de Lisboa
2009 2010 2011 2012 2013
nº passageiros 415,758 448,497 502,644 522,604 558,040
Fonte: APL-Administração do Porto de Lisboa.
Peso por origem
EUA 10%
R. Unido 47%
Alemanha 17%
Itália 11%
França 2%
Outros 13%
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
OOOOOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃOPINIÃO
Programas estratégicos para o Turismo nacional para o período 2013-2015
Programa Projectos
Promoção e Venda
Conteúdos e experiências
Produtos Estratégicos
Destinos Turísticos
Capacidade financeira e Modernização
Qualificação e Emprego
Plataformas e Canais de Distribuição
Inteligência de Mercado e I&DT
Fonte: Plano Estratégico Nacional para o Turismo (PENT), Resolução do Conselho de Ministros nº24/2013, de 16 de Abril de 2013.
Conclusão
Perante os bons resultados de 2013, a Organização Mundial de Turismo (OMT) reviu em alta as suas previsões para 2014,que são agora de +4.5% de turistas pelo mundo, meio ponto percentual acima da previsão inicial. Este incremento previstopara este ano está acima da média de crescimento previsto até 2020, que aponta para um aumento de 3.5%. E a Europacontinuou a liderar, em 2013 com mais 29 milhões de turistas ou mais 5%.
Neste contexto internacional, o Turismo nacional tem também boas perspectivas, pois é um sector estratégico pelas receitasdirectas e indirectas que gera, contribuindo com cerca de 46% das exportações dos serviços, mais de 14% das exportaçõestotais e 10% do PIB (segundo o AICEP). É igualmente estratégico para o emprego (mais de 400 mil postos de trabalhodirectos), para a requalificação profissional, bem como para a protecção do meio ambiente e valorização do patrimóniocultural.
O país tem uma oferta cada vez mais diversificada e qualificada e tem visto aumentar a sua notoriedade a nível internacional,enquanto destino turístico. Em 2012, a actividade turística em Portugal evoluiu muito favoravelmente, tendência que semanteve em 2013 (segundo os dados acumulados conhecidos), e que deverá passar para 2014.
Em 2012, o saldo da balança turística foi de 5.7 mil milhões de euros, superior ao alcançado em 2011, 5.2 mil milhões deeuros, correspondendo a um crescimento de 9.4%, ou seja, mais 487.6 milhões de euros; em resultado, a taxa de coberturafoi de 292.1%, superior à do ano anterior; 2012 foi também o ano em que as receitas do turismo tiveram a sua maiorexpressão em termos de PIB, com um peso relativo de 5.2%; embora com oscilações, nos últimos cinco anos, o peso doTurismo no VAB esteve acima dos 4%.
-Ancorar a comunicação nas pessoas e no propósito do Destino Portugal-Alinhar a estratégia de comunicação do turismo nacional com as novas tendências-Lançar um novo modelo de intervenção nos mercados alvo-Implementar um programa de marketing dirigido aos agentes que organizam e distribuem o produto no mercado-Diversificar a carteira de mercados turísticos para Portugal
-Desenvolver conteúdos e estratégias de comunicação-Incentivar a criação de experiências inovadores e o empreendedorismo
-Sol e mar-Circuitos turísticos religiosos e culturais-Estadias de curta duração em cidade-Turismo de negócios-Golfe-Turismo de natureza-Turismo náutico-Turismo residencial-Turismo de saúde-Gastronomia e vinhos
-Desenvolver rotas aéreas de interesse turístico - initiative.pt 2.0-Desenvolver o turismo marítimo e implementar um projecto para captação de cruzeiros (Cruise Portugal)-Implementar um projecto para a captação de estágios desportivos-Desenvolver o turismo militar-Desenvolver o turismo científico-Reforçar a competitividade do destino Algarve-Desenvolver destinos turísticos sustentáveis-Promover a implementação de sistemas de qualidade no sector do turismo-Tornar Portugal num destino acessível para todos-Promover a simplificação de processos e a redução de custos de contexto
-Consolidar a estrutura financeira das empresas-Qualificar as empresas por via da modernização-Valorizar a oferta turística
-Organizar a educação e a formação para o sector do turismo-Desenvolver as profissões estratégicas para o turismo-Proporcionar uma base de formação comum e transversal para os profissionais do turismo-Qualificar outros profissionais para o turismo e a interacção com o turista-Promover o emprego jovem no sector do turismo-Disseminar o conhecimento sobre as novas tendências e a inovação no sector
-Criar referencial para representação das empresas na Internet-Preparar as empresas para as redes digitais
-Aprofundar o conhecimento de mercado-Dinamizar projectos de I&DT com incidência no turismo
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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Segundo os dados conhecidos para 2013, até Novembro o saldo da balança do turismo apresenta um valor acumulado de 5.7mil milhões de euros, um valor semelhante à totalidade de 2012. As receitas até Novembro mostraram, igualmente, um valorsemelhante à totalidade de 2012, 8.6 mil milhões de euros.
Em termos de receitas, a França foi o 1º mercado emissor, representando 17.9% do total (subiu 0.1 p.p. em relação a 2011).O seu contributo foi de 1.5 mil milhões de euros que, face a 2011, correspondeu a um acréscimo de 91 milhões de euros ou+6.3% (em relação a 2010, o aumento ainda é mais relevante, de +16.1%); o Reino Unido, agora no 2º lugar com 1.4 milmilhões de euros (deixou a liderança), representando 16.8% das receitas de estrangeiros, decresceu face a 2011 (-1.1% ou-16.5 milhões de euros).
O Reino Unido tem mantido o 1º lugar nas dormidas de estrangeiros, tendo em 2012 registado 6 422 mil. Houve um aumentohomólogo de 2.2%, mais 137.3 mil dormidas, representando o mercado britânico 23.6% do total das dormidas de estrangeirosem Portugal (16.2% do total geral). No total, as regiões do Algarve, Lisboa e Madeira, com 29.3 milhões de dormidas,representaram 74%.
Também a contabilidade das dormidas de estrangeiros entre Janeiro e Novembro de 2013 é bastante positiva, 28.3 milhões,que compara com os 27.3 milhões no total de 2012.
Confirmando todas estas tendências, também aumentaram os passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais (pertode 15 milhões em 2012) e o número de navios de cruzeiro entrados nos principais portos nacionais (885 navios).
Genericamente, o novo PENT dá ênfase à marca "Destino Portugal", agregadora de vários tipo de oferta e que apresentacomo principais factores de atractividade o clima e a luz, o mar, a história, a cultura e a tradição, a hospitalidade e adiversidade. As metas para o período 2013-2015 são: aumentar as receitas e as dormidas a uma taxa média anual de,respectivamente, 6.3% e 3.1%; o saldo da balança turística deverá, por seu turno, crescer 9.5% até 2015, em linha com aaposta no aumento das exportações e sectores com elevado nível de incorporação nacional.
Por fim, deve-se referir que toda a dinâmica que o sector tem verificado nos últimos anos tem dado os seus frutos, destacando-se a qualidade do saber receber: no World Travel Awards de 2013, Portugal foi declarado melhor destino mundial de golfe;vários hotéis individualmente foram considerados melhor resort de lazer e spa, melhor hotel de design, e melhor boutiqueresort do mundo; Lisboa foi declarada a cidade mais cool da Europa e o melhor destino em estadias curtas; a norte, o Douroe o Porto têm ganho igualmente prémios de qualidade; ruas de Lisboa e Porto fazem parte da lista de ruas de cidades domundo a conhecer obrigatoriamente; Sintra e a empresa que gere o património do concelho destacaram-se igualmente noWorld Travel Awards; variados hostels têm ganho prémios internacionais.
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Agostinho Leal Alves
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BASES DE DADOS
Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos em
Fevereiro e Março 2014
CONJUNTURA ECONÓMICA
Indicadores de Conjuntura Macroeconómica em Portugal
Indicadores de Conjuntura Económica Internacional I
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MERCADOS CAMBIAIS
Cotações no mercado Spot
Taxas Oficiais de Conversão para o EURO
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MERCADOS MONETÁRIOS
Taxas de Juro Internacionais
MERCADOS DE OBRIGAÇÕES
Indicadores do Mercado Doméstico de Obrigações
Evolução dos Indexantes
Taxa de Rendimento de Obrigações do Tesouro
MERCADOS DE ACÇÕES
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções I
Indicadores dos Mercados Internacionais de Acções II
COMMODITIES
Índices CRB de Preços de Futuros de Commodities
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Fevereiro e Março de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Fevereiro e Março de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Fevereiro e Março de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Fevereiro e Março de 2014*Calendário de Acontecimentos Políticos e Económicos Esperados em Fevereiro e Março de 2014*
Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Fevereiro 2014Reino Unido 6 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraUEM 6 Decisão de política monetária do BCEUE 13 Cimeira dos líderes da União EuropeiaJapão 18 Decisão de política monetária do Banco do JapãoEUA 19 Fed divulga actas da reunião de 28/29 de Janeiro
Março 2014Março 2014Março 2014Março 2014Março 2014UEM 6 Decisão de política monetária do BCEReino Unido 6 Decisão de política monetária do Banco de InglaterraJapão 11 Decisão de política monetária do Banco do JapãoEUA 19 Decisão de política monetária do FOMCUE 20 Cimeira dos líderes da União EuropeiaNotas: (*) - Este calendário não pretende conter uma enumeração exaustiva de todos os acontecimentos futuros na Europa, Japão e América do Norte, mas sim listar alguns dos eventos que possam ter
um impacto significativo nos mercados financeiros.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
51
Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado Cotações no Mercado SpotSpotSpotSpotSpot
DADADADADATTTTTAAAAA EUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USDEUR/USD EUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPYEUR/JPY EUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBPEUR/GBP EUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHFEUR/CHF USD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPYUSD/JPY02-Jan-14 1.3658 143.82 0.8282 1.2307 105.3003-Jan-14 1.3634 142.46 0.8305 1.2309 104.4906-Jan-14 1.3602 142.28 0.8303 1.2319 104.6007-Jan-14 1.3641 142.43 0.8312 1.2367 104.4108-Jan-14 1.3594 142.33 0.8277 1.2383 104.7009-Jan-14 1.3612 142.92 0.8258 1.2368 105.0010-Jan-14 1.3587 142.67 0.8280 1.2342 105.0013-Jan-14 1.3654 141.37 0.8317 1.2342 103.5414-Jan-14 1.3667 141.62 0.8315 1.2334 103.6215-Jan-14 1.3606 141.86 0.8302 1.2354 104.2616-Jan-14 1.3597 142.21 0.8322 1.2350 104.5917-Jan-14 1.3584 141.80 0.8262 1.2332 104.3920-Jan-14 1.3566 141.05 0.8262 1.2337 103.9721-Jan-14 1.3526 141.58 0.8239 1.2357 104.6722-Jan-14 1.3566 141.57 0.8190 1.2345 104.3623-Jan-14 1.3639 141.99 0.8218 1.2345 104.1124-Jan-14 1.3687 140.18 0.8291 1.2256 102.4227-Jan-14 1.3658 140.39 0.8251 1.2267 102.7928-Jan-14 1.3649 140.61 0.8229 1.2278 103.0230-Jan-14 1.3574 139.28 0.82 1.22 102.6131-Jan-14 1.35 138.13 0.82 1.22 102.20
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Taxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EUROTaxas Oficiais de Conversão para o EURO
Escudo (PTE) 200.482Peseta (ESP) 166.386Franco Francês (FRF) 6.55957Lira (ITL) 1936.27Marco Alemão (DEM) 1.95583Libra Irlandesa (IEP) 0.787564Markka Finlandesa (FIM) 5.94573Florim Holandês (NLG) 2.20371Xelim Austríaco (ATS) 13.7603Franco Belga (BEF) 40.3399Franco Luxemburguês (LUF) 40.3399Dracma Grega (GRD) 340.75Tolar Esloveno (SIT) 239.640Lira Maltesa (MTL) 0.429300Libra Cipriota (CYP) 0.585274Coroa Eslovaca (SKK) 30.1260EEK (Coroa estoniana) 15.6466LVL (Lats letão)* 0.702804Fonte: BCE.Nota: (*) Desde 01/01/2014.
MTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-IIMTC-II
Data deData deData deData deData de TTTTTaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Centralaxa Central Bandas deBandas deBandas deBandas deBandas de BandaBandaBandaBandaBandaentradaentradaentradaentradaentrada face ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EUROface ao EURO VVVVVararararar. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal. Nominal ActualActualActualActualActual
DKK (Coroa dinamarquesa) 01.01.1999 7.46038 +/-2.25% <1%LTL (Litas lituana) 28.06.2004 3.45280 +/-15% 0%Fonte: BCE.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
Taxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro InternacionaisTaxas de Juro Internacionais
05.Fev.14
O/NO/NO/NO/NO/N 1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês1 Mês 3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses3 Meses 6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses6 Meses 1 Ano1 Ano1 Ano1 Ano1 AnoEUR 0.10% 0.20% 0.26% 0.34% 0.51%USD 0.09% 0.16% 0.24% 0.33% 0.56%JPY 0.07% 0.11% 0.14% 0.20% 0.36%GBP 0.47% 0.48% 0.52% 0.61% 0.89%CHF -0.01% -0.01% 0.02% 0.08% 0.19%Fonte: BPI, Reuters.Nota: Taxas de juro Libor para todas as moedas.
E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
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1) Ex-taxa de desconto do BP. De acordo com a Portaria nº 1227/2001, esta taxa passa a ser igual à taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento pelo BCE.(2) Desde 1/2/99 a TBA passou a ser fixada segundo a seguinte fórmula: 0.52xL3 + 0.47xL12 - 0.12, em que L3 e L12 representam as médias móveis das últimas 20 observações da Lisbor a3 e 12 meses, respectivamente, terminadas no penúltimo dia útil ao dia a que se refere o cálculo.
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E.E.F. Mercados Financeiros Fevereiro 2014
Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de Índices CRB de Preços de Futuros de CommoditiesCommoditiesCommoditiesCommoditiesCommodities
PreçoPreçoPreçoPreçoPreço VVVVVariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoariaçãoPesoPesoPesoPesoPeso FevFevFevFevFev.14.14.14.14.14 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12Dez.12 1 mês1 mês1 mês1 mês1 mês 3 meses3 meses3 meses3 meses3 meses 6 meses6 meses6 meses6 meses6 meses 12 meses12 meses12 meses12 meses12 meses ytdytdytdytdytd
CRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosCRC FuturosÍndice Global 100% 287.2 322.6 322.6 322.6 322.6 322.6 -11.0% -11.0% -11.0% -11.0% -11.0%CRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaCRB EnergiaPetróleo 97.5 93.7 94.2 104.4 95.8 98.4 4.0% 3.5% -6.6% 1.7% -1.0%Heating oil 300.2 295.9 283.9 296.4 320.0 307.7 1.4% 5.7% 1.3% -6.2% -2.4%Gas natural 4.8 4.3 3.5 3.2 3.3 4.2 12.0% 36.8% 48.3% 46.5% 13.8%CRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososCRB Metais PreciososOuro 1260.3 1229.6 1308.5 1286.1 1670.4 1202.3 2.5% -3.7% -2.0% -24.6% 4.8%Platina 1383.8 1412.7 1456.8 1438.3 1722.3 1371.1 -2.0% -5.0% -3.8% -19.7% 0.9%Prata 19.8 19.8 21.7 19.5 31.4 19.3 0.1% -8.6% 1.4% -37.0% 2.3%CRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaCRB AgrícolaMilho 441.3 426.0 420.5 468.3 710.8 422.0 3.6% 4.9% -5.8% -37.9% 4.6%Sementes de soja 1325.3 1299.5 1278.8 1327.8 1486.8 1312.5 2.0% 3.6% -0.2% -10.9% 1.0%Trigo 583.8 602.5 653.0 643.5 756.0 605.3 -3.1% -10.6% -9.3% -22.8% -3.6%CRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCRB AlimentaresCacau 2886.0 2675.0 2676.0 2442.0 2238.0 2709.0 7.9% 7.8% 18.2% 29.0% 6.5%Café 136.1 117.3 104.0 121.1 140.3 110.7 16.0% 30.9% 12.4% -3.0% 22.9%Sumo de laranja 145.5 143.4 124.1 138.5 121.1 136.5 1.5% 17.2% 5.1% 20.1% 6.6%Açúcar 15.7 16.1 18.0 16.8 18.2 16.4 -2.2% -13.0% -6.4% -13.5% -4.3%CRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCRB IndustriaisCobre 324.4 336.0 324.9 317.3 372.7 339.7 -3.5% -0.2% 2.2% -13.0% -4.5%Algodão 86.7 84.7 76.8 88.5 81.4 84.6 2.4% 13.0% -2.0% 6.6% 2.5%CRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoCRB GadoBovino 139.5 136.5 131.7 121.2 127.6 134.5 2.2% 5.9% 15.1% 9.3% 3.7%Suíno 86.2 85.5 87.6 100.2 87.0 85.4 0.7% -1.6% -14.0% -0.9% 0.8%Fonte: Bloomberg, BPI.
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