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INFLUÊNCIA DA EXPOSIÇÃO À POLUIÇÃO VEICULAR EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS REGULARES NO PARQUE DO POVO NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP.

JULIANA FELIPEOrientadora:Dra. Alba Regina Azevedo Arana

Co-Orientadores: Dr.Marcus Vinicuis e Renata Calciolari Rossi e Silva

Presidente Prudente – SP2015

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Resumo

A poluição veicular interfere na prática de exercícios físicos e na qualidade de vida das pessoas no ambiente urbano. O Parque do Povo em Presidente Prudente – SP, apesar de ser um local com boa infraestrutura que proporciona a prática de exercícios físicos, é também um grande concentrador de tráfego de veículos. Acredita-se que este fator possa interferir na qualidade da saúde em geral, mais especificamente na saúde respiratória dos praticantes de exercícios físicos. Este trabalho discorrerá sobre os efeitos orgânicos da inalação dos agentes poluentes encontrado no ar e o rendimento do individuo na pratica dos exercícios físicos em lugares abertos, como no Parque do Povo de Presidente Prudente – SP. Com essa prática regular de exercícios físicos, quais são os benefícios para saúde da população como saúde física, social e afetiva. A metodologia utilizada recairá na pesquisa bibliográfica em literaturas selecionadas e pesquisa aplicada com praticantes de atividades físicas no parque do Povo em Presidente Prudente, as informações serão coletadas através de entrevistas, observação sistemática, será usada uma bomba de evasão para captar os poluentes inalados pelos participantes e o COEX para a mensuração de monóxido de carbono no ar expirado dos participantes antes e depois do exercício físico nos dias de coleta de dados.

Palavras-chave: Exercício físico, poluição do ar, saúde.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA......................................................

2. OBJETIVOS............................................................................................................

2.1 Objetivo Geral.................................................................................................... ...

2.2 Objetivos Específicos............................................................................................

3. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................

4.MATERIAL E

METODOS..................................................................................................

5. RESULTADOS ESPERADOS

6. CRONOGRAMA .................................................................................................

REFERÊNCIAS

ANEXOS

1-INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Atualmente a população apresenta cada vez mais consciência de que a

prática de exercício físico é necessária não só para aqueles que desejam manter a

boa aparência, mas para todos os indivíduos, de todas as classes e faixas etárias.

As pessoas entendem que ao se exercitarem estão contribuindo para a melhoria da

qualidade de vida. Estudo vem demonstrando expressivamente associação entre

estilo de vida ativo menor possibilidade de morte, ou seja, aumento a qualidade de

vida. Os malefícios do sedentarismo superam em muito as eventuais complicações

decorrentes da prática dos exercícios físicos, os quais, portanto, apresentam uma

interessantíssima relação de benefício e risco, por isso a importância de onde será

praticado o exercício aeróbico, e em qual ambiente essa atividade será realizada.

(BOOTH & LAYE, 2009).

A poluição atmosférica é hoje um problema de saúde pública,

principalmente nas grandes metrópoles, onde a poluição é ainda mais presente, mas

vamos nos atentar mais na cidade de Presidente Prudente – SP, especificamente ao

Parque do Povo, se a poluição veicular e o impacto sobre a saúde, na prática de

exercícios físicos em ambientes urbano e aberto.

A exposição à poluição atmosférica é uma das grandes causadoras de

doenças respiratórias crônicas, sendo a maior causadora da asma e de doenças

pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), influenciando o aparecimento de doenças

que incluem o aumento de insuficiência respiratória aguda, inflamação e irritação de

brônquios e diminuição da função pulmonar, (LEBOWITZ, 1996).

No caso especifico deste trabalho, será abordada à prática do exercício

físico no Parque do Povo, um estudo da influência da poluição veicular e seus

sintomas respiratórios, serão abordados os fatores poluentes, quais os melhores

horários para prática de atividade física no ambiente aberto especificamente no

Parque do Povo, também será utilizado o aparelho de capacidade respiratória, para

mensurar o monóxido de carbono do ar exalado pelo praticante de exercício físico

no Parque do Povo em horários pré-estabelecidos; será analisado o fluxo de

veículos no que corresponde o Parque do Povo.

Num segundo momento será realizado levantamento de dados através

de pesquisa de campo junto aos frequentadores do Parque do Povo, com um

questionário semiaberto, e para conclusão deste trabalho será necessário uma

analogia entre as literaturas selecionadas na revisão bibliográfica e as informações

coletadas através de entrevista realizadas aos usuários do Parque do Povo e o

levantamento de campo.

2.OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral

Analisar a influência a exposição da poluição veicular em indivíduos

praticantes de exercícios físicos regulares no Parque do povo na cidade de

Presidente Prudente-SP.

2.2 Objetivos Específicos Apresentar o processo de urbanização em Presidente Prudente e a

estruturação do Parque do Povo em seu contexto histórico e urbano;

Discutir os aspectos da concentração de tráfego e poluição veicular no Parque

do Povo;

Analisar com aparelhos específicos como o coex e a bomba de evasão os

principais impactos à saúde advindos poluição veicular de indivíduos

frequentadores do parque, em especial impactos sobre o aparelho respiratório;

Discutir a contribuição do Parque do Povo em Presidente Prudente para a

realização de exercícios físicos pela população;

Apresentar os índices de emissão de poluição veicular no quadrilátero x do

Parque do Povo;

Avaliar o perfil dos praticantes de exercícios físicos regulares no Parque Povo;

Relacionar o perfil dos praticantes com os pontos de maior fluxo veicular e

horários de realização das atividades;

Identificar as possíveis queixas respiratórias segundo a auto percepção dos

praticantes de exercícios físicos regulares no Parque do Povo;

Mensurar o monóxido de carbono do ar exalado de praticantes de exercícios

físicos regulares e relacionar com os índices de poluentes atmosféricos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

POLUIÇAO ATMOSFERICA

Serão abordados nos próximos capítulos quais são os poluentes

atmosféricos relacionados com o tráfego veicular, os efeitos adversos da prática de

atividade física em lugares abertos com concentração de frota veicular.

Parâmetros de qualidade do ar

O nível de poluição atmosférica é determinado pela quantificação das

substâncias poluentes presentes no ar. Conforme a Resolução CONAMA Nº 3 de

28/06/1990, considera-se poluente atmosférico “qualquer forma de matéria ou

energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características

em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar

impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso

aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da

propriedade e às atividades normais da comunidade”(PORTAL DO MEIO

AMBIENTE, 1996).

Com relação à sua origem, os poluentes podem ser classificados como

(CETESB, 2012):

• Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão;

• Secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação

química entre poluentes e/ou constituintes naturais na atmosfera.

Quando se determina a concentração de um poluente na atmosfera,

mede-se o grau de exposição dos receptores (seres humanos, outros animais,

plantas, materiais) como resultado final do processo de lançamento desse poluente

na atmosfera a partir de suas fontes de emissão e suas interações na atmosfera, do

ponto de vista físico (diluição) e químico (reações químicas). O sistema pode ser

visualizado da seguinte forma:

FONTES DE POLUIÇÃO → PROCESSOS ATMOSFÉRICOS →

RECEPTORES (POLUENTES) (DILUIÇÃO E/OU REAÇÕES

QUÍMICAS)

É importante frisar que, mesmo mantidas as emissões, a qualidade do

ar pode mudar em função das condições meteorológicas que determinam uma maior

ou menor diluição dos poluentes. É por isso que a qualidade do ar piora com relação

aos parâmetros monóxido de carbono, material particulado e dióxido de enxofre

durante os meses de inverno, quando as condições meteorológicas são mais

desfavoráveis à dispersão dos poluentes. Já o ozônio apresenta maiores

concentrações na primavera e verão, por ser um poluente secundário que depende,

dentre outros fatores, da intensidade de luz solar para ser formado.

A determinação sistemática da qualidade do ar deve ser, por questões

de ordem prática, limitada a um restrito número de poluentes, definidos em função

de sua importância e dos recursos materiais e humanos disponíveis. De forma geral,

o grupo de poluentes consagrados universalmente como indicadores mais

abrangentes da qualidade do ar é composto pelos poluentes já citados, monóxido de

carbono, dióxido de enxofre, material particulado e ozônio, mais o dióxido de

nitrogênio. A razão da escolha desses parâmetros como indicadores de qualidade

do ar está ligada a sua maior frequência de ocorrência e aos efeitos adversos que

causam ao meio ambiente.

Poluição veicular e a exposição humanaA poluição atmosférica há muito têm sido alvo de abordagem e

discussão, assim como os seus efeitos adversos provocados na saúde humana

(URIARTE, et al 2009).

Estudos realizados em países em desenvolvimento mostram a

influência negativa que a poluição atmosférica exerce na saúde da população

(MARINHO, et al, 1991).

Segundo Braga (2003), a convivência dos seres vivos, em especial a

do homem com a poluição atmosférica tem trazido consequências sérias para a

saúde. Os efeitos dessa exposição têm sido marcantes e plurais quanto à

abrangência. Em países desenvolvidos e em desenvolvimento, crianças, adultos e

idosos, previamente doentes ou não, sofreram e ainda sofrem seus malefícios, como

citado anteriormente.

As principais fontes poluidoras, os veículos automotivos e as indústrias,

estão presentes em todos os grandes centros urbanos. Nas últimas três décadas, o

melhor conhecimento das origens, composições, comportamentos, interações e, do

ponto fulcral, os mecanismos de ação desses verdadeiros inimigos da saúde pública

têm mobilizado esforços e recursos tecnológicos e financeiros diversos.

As vias aéreas estão constantemente expostas aos microrganismos

provenientes da inalação de poluentes e gases tóxicos nocivos ao sistema

respiratório. Entre os poluentes a população pode estar exposta, aos gasosos, como

NO2 e O3, e o MP estes, têm sido associados ao aumento na mortalidade e na

admissão hospitalar por doenças respiratórias e cardiovasculares, tanto em estudos

que avaliam efeitos agudos como crônicos dos poluentes.

Sabe-se que material particulado (MP) é o maior componente da

poluição atmosférica, e que ele exerce um efeito negativo sobre a saúde humana. A

deposição deste poluente no trato respiratório está relacionada com o tamanho das

partículas e da eficiência dos mecanismos de defesa das vias aéreas, conforme

representado na Figura 1 abaixo (D’AMATO, G. et al., 2010).Figura 1 – Diferentes diâmetros de partículas do material particulado e sua deposição

no trato respiratório.

Fonte: http://qnint.sbq.org.br/qni/visualizarTema.php?idTema=76

Deste modo, a maior parte do conhecimento sobre a morbidade e

mortalidade associadas à poluição atmosférica deriva de estudos sobre a exposição

a poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis e instalações de

indústrias nas grandes cidades (BROOK et al., 2004). Os efeitos adversos dos

poluentes atmosféricos, como o MP, sobre o epitélio respiratório de seres vivos pode

manifestar-se de forma aguda – horas ou dias após a exposição – ou de forma

crônica – após longos períodos de exposição (OLIVEIRA, 2006).

Em condições normais, o mecanismo de defesa pulmonar efetivo

consegue evitar a infiltração de MP e gases tóxicos no organismo. Tal mecanismo

de defesa é realizado por reações da imunidade inata (barreiras físico-químicas) e

mais tardiamente pelas respostas da imunidade adquirida (respostas imunológicas)

(NAKAGAWA et al., 2006).

Uma vez que esse sistema de proteção não é efetivo, ocorrem os

efeitos adversos a partir da inalação de poluentes atmosféricos. Tais poluentes

ocasionam aumento da incidência de infecções do trato respiratório e sintomas das

vias aéreas superiores, piora da função pulmonar e agravamento de doenças

crônicas pré-existentes (ARBEX, et al., 2012).

A explicação mais aceita sobre os mecanismos dos efeitos adversos

dos poluentes sobre o sistema respiratório ressalta que, altas concentrações de

substâncias oxidantes e pré-oxidantes contidas dos poluentes atmosféricos

provocam a formação de radicais livres que por deficiência imunológica, induzindo

assim uma resposta inflamatória com a liberação de células e mediadores

inflamatórios (citocinas, quimiocinas e moléculas de adesão). Essas células atingem

a circulação sistêmica, levando a uma inflamação com repercussão não somente no

sistema respiratório, mas também causando efeitos sistêmicos no organismo

humano (ARBEX et al., 2011).

O estudo de Riechelmann et. al (2003), deixou evidente que a

exposição aguda por um período de três horas ao MP em concentrações ambientais

leva a um aumento no transporte mucociliar (TMC), diminuição do fluxo de ar na

cavidade nasal e aumento da sensação de obstrução nasal em indivíduos

saudáveis, prejudicando, dessa maneira, as funções desempenhadas pelo nariz.

Há evidências que a inalação aguda ao MP desencadeia desconforto

respiratório, crises de espirro, dores de cabeça e ardência nos olhos em indivíduos

saudáveis (FISHMAN et al., 2008). Nos indivíduos vulneráveis (doentes crônicos,

idosos e crianças asmáticas) ocorre o agravamento dos sintomas e da doença.

Outros estudos relatam que os efeitos dos poluentes atmosféricos,

tanto a curto quanto a longo prazo, causam também efeitos adversos sobre a função

pulmonar (CANÇADO et al., 2006). A função pulmonar é um preditor objetivo,

quantitativo e precoce dos efeitos da poluição do ar na população exposta

(EUROPEAN RESPIRATORY SOCIETY; 2010).

Ribeiro e Assunção (2002), evidenciaram que indivíduos com asma ou

doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são mais suscetíveis à poluição

atmosférica de que indivíduos normais e que a exposição em curto prazo se associa

a exacerbações agudas no DPOC (RIBEIRO, et al., 2002).

Um outro estudo de coorte, realizado na Suíça entre 1991 e 2002, com

adultos não fumantes, mostrou que aqueles que residiam em localidades mais

poluídas apresentavam maiores riscos de desenvolver asma (KÜNZLI N, et al.,

2009).

A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-

responsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo,

reversível espontaneamente ou com tratamento. Sua manifestação clínica é

marcada por episódios recorrentes de sibilância, dispneia (falta de ar), aperto no

peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. A doença resulta

de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos

que levam ao desenvolvimento e à manutenção dos sintomas, (KREBS, 2007).

A DPOC se caracteriza pela limitação do fluxo aéreo não totalmente

reversível, geralmente progressiva e associada à resposta inflamatória anormal do

pulmão a partículas ou gases nocivos (SCHWELA, GOLDAMMER, MORAWSKA,

SIMPSON, 1999). Além do comprometimento pulmonar, a doença envolve múltiplos

órgãos e sistemas . As complicações extrapulmonares da DPOC incluem disfunção

do sistema músculo esquelético, diminuição da tolerância ao exercício, doenças

cardiovasculares, caquexia, osteoporose e inflamação sistêmica (BRAGA, 1988).

Especificamente em relação a intolerância ao exercício, a literatura

evidencia que essa é uma manifestação bastante comum em indivíduos com DPOC.

Embora a limitação ventilatória contribua para este quadro, essa intolerância pode

ser atribuída também à disfunção muscular esquelética. A redução de força e massa

muscular, além da concentração de enzimas oxidativas associadas à diminuição do

metabolismo de fosfocreatina, provocam lactacidose precoce nos pacientes com

DPOC (SILVA, 2008).

A disfunção do sistema muscular esquelético e caracterizada pela

diminuição significativa da forca e da massa muscular, sendo que a redução da

massa muscular e fator de previsão independente para a mortalidade em pacientes

com DPOC, especialmente nos pacientes com volume expiratório forcado no

primeiro segundo (VEF1) < 50% do previsto. Embora essas alterações musculares

tenham causa multifatorial, diversos autores apontam a diminuição crônica do

condicionamento como fator mais importante (SILVA, 2008).

Algumas evidencias suportam esta afirmativa: 1) a fraqueza muscular

encontra-se, preferencialmente, nos membros inferiores provavelmente devido a

maior quantidade de atividades de vida diária realizada com os membros superiores;

2) a redução da concentração de enzimas oxidativas no vasto lateral dos pacientes

com DPOC não se confirma em músculos mais solicitados em atividades de vida

diária tais como deltoide e tibial anterior; 3) a redução de forca muscular do

quadríceps em pacientes com DPOC não se confirma nos músculos abdominais

devido a grande atividade deste grupo muscular na expiração forcada e na tosse,

(SILVA, 2008).

O exercício físico e considerado a conduta mais efetiva na reabilitação

pulmonar e, dentre as modalidades de exercício, o treinamento aeróbio pode ser

efetivo na reversão dos prejuízos funcionais; entretanto, apresenta pouco ou

nenhum efeito sobre a redução de forca e atrofia muscular. Nesse sentido, o

treinamento de forca e opção racional no processo de reabilitação pulmonar de

pacientes com DPOC, (COOPER, apud, SILVA, 2008).

As prescrições do treinamento de força para pacientes com DPOC são

baseadas em extrapolações das recomendações de indivíduos idosos

assintomáticos e em experiências bem sucedidas em pacientes com DPOC. Alguns

benefícios desse tipo de treinamento já são evidentes, (SILVA, 2008).

Exercício físico e a poluição atmosférica

As pessoas que se exercitam regularmente têm a oportunidade de

promover as condições adaptativas para fortalecimento do coração, pulmões e

músculos, melhorando a performance. Quando isto ocorre ao ar livre nos grandes

centros urbanos, também são aspirados litros de ar pelos pulmões que podem

conter poluentes perigosos. Na verdade, devido ao aumento do volume de ar que se

necessita para respirar durante a realização de exercícios físicos, os praticantes

urbanos estão expostos a quantidades muito maiores de poluentes do ar do que os

sedentários (MIRANDA e BAPTISTA 2009).

De acordo com Guyton e Hall (1998, p.282):

o volume respiratório por minuto é a quantidade total de ar fresco que se movimenta pelas vias respiratórias a cada minuto; este é igual ao volume corrente multiplicado pela frequência respiratória. O volume corrente normal de um homem adulto jovem é aproximadamente de 500 mililitros e a frequência respiratória normal é em média de 12 ciclos por minuto. Portanto, o volume respiratório por minuto é, em média, de seis litros por minuto. A frequência respiratória, ocasionalmente, aumenta para 40 a 50 por minuto, enquanto o volume corrente pode atingir a capacidade vital, aproximadamente 4.600 mililitros no homem adulto jovem, sendo o volume respiratório por minuto total maior que 200 litros.

Sabe-se que as pessoas que fazem exercícios regularmente no ar

poluído, podem sofrer alterações na função pulmonar (MIRANDA e BAPTISTA,

2009). O comprometimento pulmonar decorrente da poluição aérea pode ser em

função do contato com agentes químicos, como o monóxido de carbono, ou

biológicos a exemplo de fungos e bactérias. O nosso organismo dispõe de alguns

meios para remover esses agentes agressores: (a) físicos: sistemas de filtração nas

vias aéreas superiores e reflexos como o espirro, a tosse e o transporte muco-ciliar;

(b) celulares: fagócito via macrófagos alveolares, neutrófilos, linfócitos T e B, e (c)

humorais: por meio de imunoglobulinas IgA e IgG. Entretanto, quando esses

mecanismos não se mostram capazes de bloquear a lesão, surge inflamação, que

pode ter um caráter agudo ou crônico. Em consequência, pode decorrer daí um

remodelamento da estrutura pulmonar, reversível ou não, podendo levar, portanto, a

um distúrbio passageiro ou permanente da função do órgão. Por fim, a lesão

inflamatória pulmonar pode se estender a outros órgãos, agredindo-os também (ZIN,

2008).

De acordo com a literatura, enquanto o exercício físico regular tem

importante e positivo papel na saúde, a piora da qualidade do ar pode ser uma

barreira e afetar negativamente a saúde de quem se exercita ao ar livre

(CAMPBELL, et al., 2005). Ainda nesse sentido, Martin et al. (2000), evidenciou que

o exercício extenuante associado a exposição de locais em trafego veicular intenso

por 30 minutos causou aumento dos níveis de monóxido de carbono ligado a

hemoglobina, a qual é equivalente ao fumo de dez cigarros.

A pratica de exercício em área verdes urbanas.

Considera-se de maneira geral que a qualidade de vida urbana está

diretamente ligada às condições do meio ambiente nas cidades. Sendo assim,

(Oliveira 1983, apud GOMES, SOARES, 2004) salienta que a qualidade ambiental

está intimamente ligada à qualidade de vida, pois vida e meio ambiente são

inseparáveis, o que não significa que o meio ambiente determina as várias formas e

atividades de vida ou que a vida determina o meio ambiente. Na verdade, o que há é

uma interação e um equilíbrio entre ambos que variam de escala em tempo e lugar.

Medir a qualidade ambiental de um determinado local é um desafio

complexo, já que qualidade ambiental é um aspecto que muitos autores afirmam ser

subjetivo. Nesse sentido, Dubus (1971 apud MACHADO, 1997) ressalta que a

dificuldade de se definir o que se entende por qualidade ambiental “reside no fato de

que qualidade envolve gostos, preferências, percepções, valores, o que torna difícil

de chegar a um consenso”.

A despeito dessa dificuldade, há, porém, um consenso quando se

relaciona qualidade ambiental urbana e vegetação. “Considera-se que para que

determinado espaço urbano possa apresentar qualidade ambiental satisfatória,

torna-se condição necessária uma composição paisagística que privilegie,

sobretudo, mas não somente, a vegetação; vista desde um simples gramado às

mais frondosas espécies arbóreas. Nessas condições, a vegetação constitui

componente chave da qualidade ambiental, embora outros componentes também

sejam necessários ao alcance de um padrão mínimo de qualidade do ambiente

como os espaços livres públicos destinados ao lazer e a coerência entre os padrões

de edificações desse ambiente” (GOMES, SOARES, 2004).

A circunstância dos fatores gerados pela crescente urbanização

mundial trouxe efeitos negativos ao longo dos anos de crescimento populacional e

econômico que provocaram o desequilíbrio ecológico. A população passa a sentir

esses efeitos e começa a haver uma “revalorização” dos ambientes verdes. “O

distanciamento do chamado “mundo natural” com relações conflituosas homem –

natureza, pois as matas improdutivas e não cultivadas eram consideradas um

obstáculo para o progresso da humanidade e a supervalorização do mundo citadino

provocou, com o passar do tempo, um movimento, de sentido inverso, de “retorno à

natureza”, presente em obras da literatura neoclássica e em outras artes e nas

viagens e estadas em locais que evocavam a natureza, como áreas campestres e

litorais de oceanos e margens de rios e lagos” (CORBIN, 2010).

A partir desse cenário, pode-se tentar compreender a importância que

assume a preocupação com a qualidade urbana ambiental, visto como elemento

fundamental para a melhoria da qualidade de vida. Devido à preocupação com a

compreensão da diversidade dos aspectos do espaço urbano e sua relação com

dimensões socioambientais, a vegetação intraurbana ganhou destaque durante os

últimos anos nas discussões de planejamento e gestão urbana, observadas as

funções que esta pode oferecer na melhoria das condições de um ambiente urbano.

De acordo com Díaz (2010) a presença de vegetação abundante é um dos fatores

mais importantes que influencia o uso dos espaços abertos e se encontra

indissociavelmente vinculado à qualidade do projeto. A autora chama a atenção para

a importância desses espaços verdes urbanos na umidificação e purificação do

ambiente das cidades, produção de oxigênio, proteção da fauna, amortecimento de

efeitos sonoros e seu papel essencial como reguladores de iluminação e microclima,

além de outras vantagens ambientais e estéticas.

Jim e Chen (2003, apud BENINI, 2009) consideram que as áreas

verdes urbanas são “universalmente avaliadas como locais de recreação, refúgio de

vida selvagem e ingrediente essencial para uma cidade habitável”.

De acordo com Benini (2009), em síntese, essas áreas verdes

contribuem para o conforto ambiental dos locais onde estão inseridas. Somam-se a

estas funções a de embelezamento da cidade, bem como, a função do lazer, onde o

homem pode afastar a angustia da cidade de concreto, permitindo que o indivíduo

venha a se integrar com a natureza. Em uma tese que objetiva conceituar o termo

“área verde pública”, a autora Considera “área verde pública todo espaço livre (área

verde / lazer) que foi afetado como de uso comum e que apresente algum tipo de

vegetação (espontânea ou plantada), que possa contribuir em termos ambientais

(fotossíntese, evapotranspiração, sombreamento, permeabilidade, conservação da

biodiversidade e mitigue os efeitos da poluição sonora e atmosférica) e que também

seja utilizado com objetivos sociais, ecológicos, científicos ou culturais”.

Parques Verdes Urbanos e a importância do exercício físico

Áreas verdes são locais de relaxamento, recreação, alívio do stress do

dia-a-dia. Uma série de estudos tem mostrado que a vida em ambientes mais

naturais influencia positivamente a auto percepção de saúde das pessoas e levam a

um menor risco de mortalidade (MAAS, et al 2008). A vegetação torna o ambiente

mais atrativo e pode estimular as pessoas a realizarem atividades físicas.

A inatividade física aumenta o risco para doenças cardíacas, diabetes,

cancro, hipertensão, obesidade, osteoporose e sintomas de ansiedade e depressão

(US DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICE, 1995). A atividade física

exercida ao longo da vida pode ser um dos fatores que ajudam a promover um

aumento na expectativa de vida, de forma independente e produtiva, principalmente

frente às inovações tecnológicas que tendem a facilitar a vida do ser humano

proporcionando o sedentarismo (SOUZA, 2007).

O sedentarismo, de maneira global é classificado como um dos

predominantes problemas de saúde deste milênio e, em contrapartida, estudos

demonstram que a atividade física regular ao longo da vida tem auferido efeitos

benéficos, proporcionando um envelhecimento saudável. A prática regular de

atividade física possibilita a manutenção ou até mesmo a melhora do estado de

saúde físico e psíquico das pessoas, contribuindo para uma melhor qualidade de

vida nas cidades (TAKENAKA et al, 2012).

Desde os anos 70 que se sabe que os serviços de saúde são

insuficientes, por si sós, para obter ganhos em saúde. A declaração de Alma-Ata há

pouco mais de 30 anos, chamava a atenção para o papel das várias instituições e

setores de atividade na prevenção da doença e promoção da saúde, principalmente

nos países de maior vulnerabilidade econômica e social. De fato, tem-se vindo a

verificar ser necessário expandir a avaliação, o planejamento e as ações de saúde

pública para além do campo restrito do setor da saúde (SANTANA, et al 2010).

A sociedade contemporânea é cada vez mais controlada e monótona.

Esta situação faz com que o risco e a aventura passe a ser uma necessidade na

vida do cidadão. As atividades ao ar livre têm um componente de incerteza e

imprevisibilidade, tornando-se assim particularmente especiais (BETRÁN, 1999,

apud SOUZA, 2007).

A inexistência de limites é uma característica do novo terreno

desportivo, tomando a natureza como referência e as dimensões do espaço como

padrões. Os limites materiais desse espaço abrem o horizonte e liberam o

imaginário no ritmo de cada segundo (PIGEASSOU, 1997, apud SOUZA, 2007). O

desporto praticado ao ar livre é baseado numa concepção mais aberta e

multidimensional. Deixa de ser reservado só para alguns e passa para uma atividade

de várias opções, tornando-se assim um desporto para todos, com um sentido

subjetivo (PIRES, 1998).

A oferta de Espaços Verdes Urbanos (EVU) seguros, limpos e

confortáveis tem impactos na saúde, medidos de forma direta, através do estado de

saúde auto avaliado e longevidade e, de forma indireta, através da melhoria da

qualidade ambiental. Por exemplo, a proximidade dos EVU às áreas residenciais

contribui para a melhoria da qualidade do ar, atenua o efeito da poluição e a “ilha de

calor urbano” e proporciona aos residentes um ambiente físico que incentiva a

prática de atividade física, incluindo a marcha (SANTANA, COSTA, SANTOS,

LOUREIRO, 2010).

É necessário oferecer às pessoas condições para a prática esportiva e

ocupação do tempo livre de uma forma autônoma, livre de horários. Os parques

urbanos possibilitam essa prática, abrangendo todas as faixas etárias e sociais, e

dão condições necessárias para um desenvolvimento individual (NUNES, 2000).

O parque do povo em Presidente Prudente

O Parque do Povo, localizado na porção sudoeste da cidade de

Presidente Prudente, constitui um faixa linear, de cerca de 3 km de extensão que

possui em seu interior, além dos grandes gramados e bom número de árvores,

áreas de múltiplo uso, que incluem pistas e quadras para práticas desportivas,

lanchonetes, postos policiais e até serviço de fotocópias. Em seu entorno, altamente

valorizado do ponto de vista do mercado imobiliário, existe um grande número de

restaurantes, bares, academias de ginástica e lojas. Ele é delimitado e cruzado

pelas principais vias arteriais da cidade. Todos esses atrativos aliados à localização

estratégica fazem do Parque do Povo uma área de lazer dentro do espaço urbano

(SAWADA, et al 2007). O parque é intensamente frequentado para o uso de suas

pistas de cooper, quadras esportivas, pistas de skate, gramados e calçadas que o

circundam.

A Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, no ano de 1976,

apresentou à população da cidade um projeto denominado “Fundo de Vale”

(COSTA, 2009). O projeto consistia na implantação de um parque em uma região de

fundo de vale por onde passa o Córrego do Veado, justificado pela necessidade de

recuperação dessa área que era bastante degradada e constituía uma barreira física

para a circulação entre a parte central da cidade e os bairros além dele localizados,

em direção à rodovia Raposo Tavares (SAWADA, et al 2007).

Inicialmente, a obra consistiu na implantação de duas avenidas,

atualmente 11 de Maio e 14 de Setembro, fazendo uma ligação entre a Avenida

Brasil e a Avenida Manoel Goulart, ladeando o Córrego do Veado, em uma distância

que possibilitaria a implantação de uma série de equipamentos de lazer para a

população entre as duas avenidas. O projeto previa, também, a canalização do

Córrego do Veado entre a Avenida Brasil e Avenida Manoel Goulart, até se

encontrar com o Córrego da Colônia Mineira (próximo ao Prudenshopping) (SILVA,

1994).

Parcialmente construído, o parque do povo foi inaugurado em 1982.

Mas, um ano depois, foi abandonado pela administração municipal por constituir-se

uma obra demasiadamente onerosa e por não ter solucionado o problema das

inundações nessa área. Além disso, a ocorrência da queda das placas de proteção

das margens do córrego agravou ainda mais a situação. Segundo a Secretaria de

Planejamento da Prefeitura, os projetos que financiaram essas obras iniciais

endividaram a prefeitura até o ano de 2019 (VAZ, 1999).

Em 1995, a Prefeitura, com apoio da Companhia Prudentina de

Desenvolvimento (PRUDENCO), iniciou as obras referentes à substituição da

canalização do Córrego do Veado, no Parque do Povo, pela canalização fechada,

constituída por tubos ármicos corrugados. As 14 obras foram executadas em etapas

e tiverem custo estimado em cinco milhões de reais (SILVA, 1994). Em 1997 um

desmoronamento de parte da Avenida Tancredo Neves ocasionou a paralisação das

obras.

Segundo Sobarzo (2005, apud COSTA, 2009), no ano de 2001 a

Prefeitura Municipal lançou a “campanha de revitalização do parque”, pedindo à

população sugestões por meio de um encarte distribuído por um jornal da cidade:

“Esta campanha visa tornar mais bela a maior área urbana e de lazer do município.

Vamos transformá-la num cartão postal. Participe!”.

Houve então em 2002 o reinício da revitalização do parque, com

ampliação das calçadas, dos estacionamentos e do parque infantil e implantação

dos campos de areias, pista para bicicletas e circuitos de exercícios. Em 2005,

iniciaram-se as obras de finalização, que incluíram a implantação de um “posto da

Policia Militar para maior segurança dos frequentadores.

Como decorrência dos investimentos realizados pelo Poder Público,

tanto a área do parque, como o seu entorno vieram a sofrer transformações bastante

significativas na sua configuração espacial, fazendo do local uma importante região

de escoamento de trânsito e uma área bastante promissora para empreendimentos

imobiliários devido a sua localização e proximidade do centro da cidade (SAWADA,

et al 2007).

O parque do povo para uso de exercícios físicos.

O lugar é o produto das relações humanas, entre homem e natureza,

tecido por relações sociais que se realizam no plano do vivido (CARLOS, 1994).

O Parque do Povo é uma área utilizada pela população prudentina em

geral como área de lazer e para a realização de seus esportes; o lazer é hoje um

elemento do processo de reprodução, um tempo que se organiza em função da

reprodução das relações sociais e este tempo tem a mesma propriedade do espaço

que organiza toda a vida social e que também organiza a sociedade de consumo

igualmente os ambientes de lazer afirma (CARLOS, 1994). Esse espaço deve ser

vislumbrado como um espaço de possibilidades como vislumbra Sobarzo (2005),

cujas diversas ações são produzidas e consumidas neste espaço público. Indo do

Figura 1- Localização do Parque do Povo de Presidente Prudente - SP.

simples ato de realizar uma caminhada como também de um espaço para a

manifestação popular em um momento de realizações da sociedade político-social

prudentina.

HIPOTESE

A hipótese adotada neste trabalho é que a poluição veicular interfere na

pratica de exercício físico as pessoas no ambiente urbano. O Parque do Povo em

Presidente Prudente apesar de ser um local com infraestrutura que proporciona a

pratica de exercício físico também é um grande concentrador de trafego de veículos

e isto interfere na qualidade respiratória do praticante de exercício físico.

Contudo, a prática regular de exercícios físicos traz inúmeros benefícios à

saúde da população e ainda muitos determinantes de saúde física, social e afetiva.

A hipótese do presente estudo é de que indivíduos que realizam exercício

físico aeróbio em ambiente aberto no parque do povo na cidade de Presidente

Prudente, durante os períodos de maior concentração veicular, relatarão mais

sintomas respiratórios.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa será baseada na investigação quali-

quantiitativa, utilizando-se da pesquisa de levantamento bibliográfico, da pesquisa

documental e da observação direta intensiva.

Segundo Cervo e Bervian (1978, apud LAKATOS e MARCONI, 1991, p.39)

“método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para

atingir um fim dado ou um resultado desejado.” Nas ciências, denomina-se método a

junção de processos que devem ser empregados na investigação e na

demonstração da verdade. (Ibidem).

A abordagem qualitativa visa relacionar a teoria e os dados, a teoria e a ação,

através da compreensão dos fenômenos a partir da descrição e interpretação bem

como das experiências pessoais do pesquisador (TEIXEIRA, 2000). Assim a

pesquisa qualitativa utiliza-se do método dedutivo.

Na abordagem quantitativa as informações serão coletadas por meio de um

questionário estruturado com perguntas claras e objetivas.

Através do levantamento bibliográfico devem-se buscar inicialmente os

principais estudos e produções na área, levando em conta as particularidades da

área que constitui o objeto de estudo. A pesquisa deverá aprofundar a linha teórica

onde serão elaborados os conceitos, pressupondo uma avaliação lógica da

problemática.

Na etapa seguinte da pesquisa será aplicado questionário e a observação

direta sistemática e intensiva, com visitas ao local. As coletas serão realizadas no

parque do Povo em Presidente Prudente/SP. As coletas serão realizadas no final de

agosto estendendo para 15 semanas, serão realizadas uma vez por semana, no

período das 18h00min as 19h00min. Os dados serão coletados em pontos

específicos no parque do povo.

Um grupo de praticantes de exercícios físicos usarão um equipamento

chamado de COEx durante a prática de exercício físico que medirá sua absorção

de monóxido de carbono inalado e demais poluidores inalados. O COEX será

medido antes e depois da atividade física realizada pelos praticantes.

Um outro grupo de praticantes de exercícios físicos usará a bomba de evasão destinada a mensurar a inalação de CO2 na prática de exercício físico no

Parque do Povo, durante aproximadamente 45 minutos de exercício físico. A bomba

sera inserida no praticante, onde tal ira fazer um percurso de caminhada em pontos

estratégicos de mais poluição.

Numa etapa seguinte, após o termino das medições com COEX e Bomba de

evasão, será aplicado o questionário de Sintomas respiratórios; o da Escala de Born

e do IPAC. Serão utilizados alguns critérios de inclusão e exclusão para aplicação

dos questionários (Anexos ) com os praticantes de exercícios físicos no Parque do

Povo. Os critérios de inclusão serão: participantes possuírem idade entre 18 anos e

40 anos; praticarem exercícios físicos pelos menos três vezes na semana por no

mínimo 50 minutos no parque do povo, serem tabagistas ou não tabagistas. Os

critérios de exclusão serão: ter histórico de doenças pulmonares crônicas e

apresentarem episódios recentes (menos de um mês) de infeções nas vias áreas

superiores.

Etapas metodológicas A determinação dos poluentes atmosféricos será realizada através da rede de

monitoramento automática da CETESB denominada UGRHI: 22 (Unidade de

Gerenciamento de Recursos Hídricos) – Pontal do Paranapanema; localizada na

cidade de Presidente Prudente – SP na Rua Roberto Simonsen, 464, UNESP –

Laboratório de Climatologia. Esta rede, ligada a uma central de computadores

através do sistema de telemetria, registra ininterruptamente as concentrações, em

ambiente externo, dos poluentes na atmosfera. Estes dados são processados com

base nas médias estabelecidas por padrões legais e nas previsões meteorológicas,

que indicam as condições para a dispersão dos poluentes.

Os poluentes controlados por esta estação foram o material particulado menor

que 10μm (MP10), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o ozônio (O3). As concentrações

diárias dos poluentes atmosféricos em estudo como o material particulado com um

perfil aerodinâmico de 10 µm (MP10) e o dióxido de nitrogênio (NO2) serão

fornecidas pela Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de

São Paulo (CETESB), juntamente com os valores diários de temperatura, umidade

relativa do ar, precipitação, direção e velocidade do vento.

A CETESB dispõe de uma única estação de monitoramento localizada no

campus da estação meteorológica da Faculdade de Ciências e Tecnologia (UNESP)

de Presidente Prudente/SP. Para cada média diária de poluente, será adotada como

uma estimativa das taxas de exposição para toda a cidade. Também os dados

climáticos como temperatura e umidade relativa vão ser monitorados.

Será utilizado o aparelho de capacidade respiratória junto a praticantes de

exercício físico no Parque do Povo em horários pré-estabelecidos e também, será

verificado o fluxo de veículo no Parque do Povo em local estratégico e horário pré-

estabelecidos.

A mensuração de monóxido de carbono no ar expirado (COex) dos

participantes será realizada antes e depois do exercício físico nos dias de coleta de

dados. A aplicação da técnica será padronizada da seguinte forma: o indivíduo será

orientado a inspirar profundamente e então permanecer em apneia por 20 segundos.

Em seguida deverá acoplar o aparelho (Micro Medical Ltd., Rochester, Kent, Reino

Unido) em sua boca e realizar uma expiração completa de maneira lenta e suave.

Os valores acima de 6 partes por milhão (ppm) de COex serão considerados como

indicativos de tabagismo detectável (SANTOS, 2001).

Para avaliação dos sintomas nasais, será utilizado o questionário de Sintomas

respiratórias (Anexo I). O instrumento é constituído de oito questões de fácil

interpretação, e rápida aplicação. As questões são referentes à queixas

respiratórias, assim como alergias, espirros frequentes, coceiras no nariz entre

outros (OLIVEIRA, 2007). O questionário será aplicado como entrevista, sem induzir

o entrevistado às respostas.

Inicialmente será aplicada a Escala de Borg ou Tabela de Borg (Anexo II) é

uma escala criada pelo fisiologista sueco Gunnar Borg.  Para a classificação da

percepção subjetiva do esforço. Numa escala numérica de 0 a 12 readaptada da

original que ia de 0 a 20, o indivíduo utiliza a escala para apontar sua própria

percepção de esforço. A escala não invalida os outros métodos conhecidos sendo

mais um para somar à segurança da prática da atividade física. Os números de 6-20

são baseados na Frequência Cardíaca de 60-200 bpms por minuto. Sendo que o

número 12 corresponde aproximadamente 55% e o 16 a 85% da Frequência

Cardíaca Máxima (Borg GAV, 1974).

Portanto, para ultima avaliação será feita a aplicação de outro questionário, o

IPAC (anexo III) para mensuração do nível de atividade física em grandes grupos

populacionais relacionado com gasto energético durante a atividade. O IPAQ é um

instrumento que permite estimar o tempo semanal gasto na realização de atividades

físicas de intensidade moderada a vigorosa e em diferentes contextos da vida

(exercício físico, trabalho, tarefas domésticas, transporte e lazer). A versão do

formato curto apresenta sete questões, contudo será utilizada somente as 4

primeiras questões relacionadas a intensidade do exercício físico cujas informações

estimam o tempo despendido por semana em diferentes dimensões de atividade

física, como caminhadas e esforço físico entre as intensidades leve, moderada e

vigorosa. O questionário será aplicado na forma de entrevista individual.

(BENEDETTI et al 2007).

Forma de Análise dos dados

Na última etapa da pesquisa serão feitas as análises de maneira

sistemática, considerando a relação das ações levantadas com as políticas urbanas

e setoriais definidas para o território municipal; e a elaboração do corpo de

argumentação.

Não existindo imparcialidade no trabalho científico conforme afirma

(LEME, 2007), seu mérito se dá na maior parte em função da transparência em que

as informações que o originam são obtidas e analisadas. Logo se acredita ser de

grande importância tanto à análise dos resultados da pesquisa quanto o revelar dos

elementos ou perspectiva a partir dos quais ela foi realizada.

Num segundo momento, será realizado levantamento de dados através

de pesquisa aplicada junto aos frequentadores do Parque do Povo em Presidente

Prudente-SP, onde será aplicado questionário tipo semiaberto. O objetivo de se

aplicar esses tipos de questionários é de complementar o corpo de argumentação,

dando condições de se fazer uma análise mais estruturada.

O aprofundamento do assunto exigirá não só a revisão de estrutura

sobre o assunto mais principalmente o recurso a outros trabalhos que enfocam a

problemática a nível regional e/ou a nível nacional, verificando exemplos.

Para a análise sistemática dos resultados, será necessária uma

analogia entre as literaturas selecionadas na revisão bibliográfica e as informações

coletadas através de entrevistas realizadas e levantamento de campo.

CRONOGRAMA

ANO/MÊS 2014 2015 2016

ATIVIDADES AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

Reuniões de orientação sobre projeto de pesquisa e dissertação.Levantamento de referências sobre o tema.Elaboração de pesquisa de campoLevantamento e análise dos documentos no contexto estudado.Elaboração da dissertação.

Exame de qualificação.

Revisão do material.

Defesa da dissertação

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ANEXO I - Questionário de sintomas respiratórios

Nome:____________________________________________________________ Sexo: ( ) M ( ) F Idade: _______ Peso: ________ Altura: ________IMC: ________Endereço: _______________________________________ Fone: ___________________Ocupação: ________________________________________________________

Tabagismo: ( ) Não ( ) Sim ( ) Ex-fumante ( ) Mora com fumantesCigarros por dia: __________________

Medicações gerais em uso: ___________________________________________________________________________________________________________________________

Queixas respiratórias freqüentes:

Apresenta coceira no nariz com freqüência? ( )Sim ( ) NãoSe sim em que situações: _____________________________________________________________________________________________________________________________

Apresenta crises de espirros freqüentes? ( ) Sim ( ) NãoSe sim em que situações: _____________________________________________________________________________________________________________________________

Sente o nariz entupido com freqüência? ( ) Sim ( ) NãoSe sim em que situações: _____________________________________________________________________________________________________________________________

Sente o nariz escorrer com freqüência? ( ) Sim ( ) NãoSe sim em que situações: _____________________________________________________________________________________________________________________________

Você já foi diagnosticado com alguma patologia nasal ou de garganta? (ex: desvio de septo, rinite, sinusite, hipertrofia de adenóides)._________________________________________________________________________

Fez uso de algum medicamento para tratar problemas respiratórios?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Respira com mais dificuldade em lugares que tenham muita poeira, ou quando o clima muda?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Você sabe se tem alergia a alguma coisa em específico? (alimento, animais, pólen...).

ANEXO II

Monitorando a Intensidade do Exercício Percepção Subjetiva do Esforço - PSE - Escala de Borg (Borg &

Noble, 1974)   A tabela abaixo facilita a compreensão da alteração da Frequência Cardíaca através de nossa própria percepção corporal, durante a prática da atividades fïsicas. Ela pode ser utilizada para qualquer atividade aeróbia, sendo recomendada como uma opção prática na observação da Intensidade de esforço.

   Os números de 6-20 são baseados na Frequência Cardíaca de 60-200 bpms por minuto . Sendo que o número 12 corresponde aproximadamente 55% e o 16 a 85% da Frequência Cardiaca Máxima.

6 -7 muito fácil8 -9 fácil10 -11 relativamente fácil12 -13 ligeiramente cansativo14 -15 cansativo16 -17 muito cansativo18 -19 exaustivo20 -

Como Usar a Tabela Durante os Exercícios

   Durante exercícios aeróbios nossa Frequência Cardíaca tende a subir e nosso maior temor é passar dos limites máximos suportados por nosso coração. Foi pensando nisso que Borg & Noble, 1974, desenvolveram esta tabela, relacionando nosso cansaço durante o exercício com o aumento da F.C., tornando fácil nosso controle da intensidade nos exercícios.

   Geralmente, quando somos sedentários e inexperientes não temos muita noção do que seja um exercício fácil , exaustivo etc... achamos que tudo está cansativo. É mais dificil no início identificarmos esta diferença , mas com o tempo e a prática vamos estabelecendo uma sensação adequada para cada um deles . 

   Segundo AFAA, 1995, se mantivermos nosso exercício dentro da faixa vermelha estaremos nos exercitando consequentemente na Zona Alvo de Treinamento , independente da idade. Como isso ocorre?Para sentirmos que nosso exercício aeróbio está dentro de uma intensidade segura e ao mesmo tempo estamos adquirindo os efeitos positivos do mesmo, necessitamos mantê-lo dentro desta faixa, 12-16.    Se sentirmos que o exercício está ficando muito cansativo, devemos diminuir a velocidade e intensidade de esforço no exercício e se por outro lado, sentimos que está relativamente fácil, é sinal que devemos acelerar mais ou intensificar mais nossa qualidade de esforço se quisermos obter os benefícios da atividade. Então mãos a obra e ouça seu corpo para obter saúde e segurança !

OBS: É importante lembrar que este teste não tem a pretensão de ser infalível por se tratar de uma medida subjetiva. Existem formas mais precisas de se monitorar a F.C como aparelhagens do tipo frequencímetros (ex: pollar) e métodos manuais 

Escala de Borg Adaptada - (Vivaqua, 1992)[editar | editar código-fonte]

Nível de intensidade Condição de Esforço Frequência Cardíaca

0 Repouso 60

70

80

1 muito leve 90

2 100

3 110

4 leve 115

5 120

6 moderado 130

7 140

8 Intenso 160

9 180

10 Exaustivo 200

Esta tabela foi adaptada a partir da original que se usa uma escala de 6-20 para uma mais simples, a fim de facilitar o entendimento da criança. O ideal é que a criança se mantenha dentro de uma condição leve à moderada progredindo com o passar dos anos.

Outra opção:

Escala subjetiva de graduação do esforço exercido(Brennan, 2005)

Escala sugerida pelo consultor Prof. Fabrício Madureira

 

1 muito leve2 leve3 pouco difícil4 difícil5 muito difícil

Frequência Cardíaca e o Universo AquáticoEquação de Karvonen

Ft = { (F.C.máx – F.C.min ) x % esforço } + F.C.min

Anexo III

QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA (IPAQ v.6)

Nome: ________________________________________Data: ___/ ___ / ___ Idade : ____Sexo: F ( ) M ( )Ocupação: ________________ Cidade: ________

Nós queremos saber quanto tempo você gasta fazendo atividade física em uma semana NORMAL. Por favor, responda cada questão mesmo que considere que não seja ativo. Para responder considere as atividades como meio de transporte, no trabalho, exercício e esporte.

1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades LEVES ou MODERADAS por pelo menos 10 minutos, que façam você suar POUCO ou aumentam LEVEMENTE sua respiração ou batimentos do coração, como nadar, pedalar ou varrer:(a) _____ dias por SEMANA(b) Não quero responder(c) Não sei responder

1b. Nos dias em que você faz este tipo de atividade, quanto tempo você gasta fazendo essas atividades POR DIA?(a)_____ horas _____ minutos(b) Não quero responder(c) Não sei responder

2a . Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS por pelo menos 10 minutos, que façam você suar BASTANTE ou aumentem MUITO sua respiração ou batimentos do coração, como correr e nadar rápido ou fazer jogging:(a) _____ dias por SEMANA(b) Não quero responder(c) Não sei responder

2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo essas atividades POR DIA?(a)_____ horas _____ minutos(b) Não quero responder(c) Não sei responder