Edição:SUPERINTENDÊNCIA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL – CE
Coordenação:SUPERINTENDÊNCIADE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL – SE
Projeto Gráfico:18 COMUNICAÇÃO
Consultoria para elaboração do Relatório:KEY ASSOCIADOS
Fotos: ANTÔNIO CARREIROACERVO CEMIGDÁRIO ZALISEUGÊNIO PACCELLIFERNANDO MARTINSNITRO AGÊNCIA DE IMAGENSPERCIO LIMAROGÉRIO REIS
Informações Corporativas:COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIGAv. Barbacena, 1.200Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131CNPJ: 17.155.730/0001-64Telefone: 116 ou 0800 7210 116Cemig Distribuição S.A.Av. Barbacena, 1.200 – 17º andar – Ala A1Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131CNPJ n° 06.981.180/0001-16 Cemig Geração e Transmissão S.A.CNPJ n° 06.981.176/0001-58Av. Barbacena, 1.200 – 12º andar – Ala B1Belo Horizonte – MG – CEP: 30190-131
www.cemig.com.br
GOVERNO DE MINAS GERAIS
RELA
TÓRI
O D
E SU
STEN
TABI
LIDA
DE
2008
P R I N C I P A I S I N D I C A D O R E S D E S U S T E N T A B I L I D A D E D A C E M I G
Os dados financeiros (em R$) são consolidados segundo as normas contábeis brasileiras. Das demais informações, foram excluídas Gasmig,
Infovias, TBE e Light, conforme metodologia da Global Reporting Initiative – GRI.1
D e s c r i ç õ e s 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 2 0 0 8
D a d o s G e r a i s
Número de consumidores – em milhares2 5.875 6.010 6.240 6.440 6.602
Número de empregados 10.668 10.271 10.658 10.818 10.422
Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774
Área de concessão – km2 567.478 567.478 580.626 580.626 580.626
FEC – número de interrupções (EU28) 6,58 6,78 6,43 6,39 6,53
DEC – horas (EU29) 10,93 12,21 13,03 13,14 13,65
Número de usinas em operação 52 54 56 57 58
Número de subestações 434 440 444 453 6.579
Capacidade instalada – MW (EU1)3 5.949 6.113 6.523 6.566 460
Linhas de transmissão – km (EU4) 4.856 4.892 4.897 4.957 4.957
Linhas de subtransmissão – km (EU4) 16.086 16.040 16.376 16.376 16.539
Linhas de distribuição – km (EU4)
Urbana 83.527 84.585 85.479 85.815 87.086
Rural 283.910 294.815 308.689 337.987 349.819
D i m e n s ã o E c o n ô m i c a
Receita operacional – R$ milhões 9.748 11.703 13.431 15.790 16.488
Lajida ou Ebitda – R$ milhões 2.480 3.058 3.222 4.073 4.099
Lucro líquido (prejuízo) – R$ milhões 1.385 2.003 1.719 1.735 1.887
Salários e benefícios dos empregados 919 1.087 1.625 1.405 1.599
Patrimônio líquido – R$ milhões 7.251 7.185 7.522 8.390 9.352
Endividamento do patrimônio líquido – % 131,15 175,55 206,03 189,23 160,29
D i m e n s ã o A m b i e n t a l
Recursos aplicados em meio ambiente(1) 141,7 85,4 58,1 44,1 70,5
Total de resíduos gerados – t métricas 2.193 3.418 3.971 5.063 7.599
Resíduos reciclados, reutilizados ou dispostos – t métricas 1.716 3.145 3.518 4.685 6.845
Consumo total de energia – GJ 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265
Consumo total de água – m3 335.921 274.064 292.060 350.913 423.590
Alevinos para soltura – milhares 547 722 445 484 616
Produção de mudas – milhares 415 190 392 350 416
Emissões de CO2 – t métricas 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657
D i m e n s ã o S o c i a l
Média de horas de treinamento por empregado (LA10) 53,46 49,03 59,34 50,73 71,25
Total de recursos – R$ milhões(2) 3.941 5.920 6.448 7,268 7,797
Taxa de freqüência – empregados próprios(3) 0,754 0,534 0,370 0,485 0,434
Taxa de freqüência – empregados contratados(3) 2,236 1,906 2,168 1,342 0,937
(1) Somatório dos Recursos Aplicados em Meio Ambiente destinados à Operação e Manutenção e aos Novos Empreendimentos (2) Somatório do Total Indicadores Sociais Externos e Total Indicadores Sociais Internos, para mais detalhes vide Balanço Social (3) Número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200.000 horas trabalhadas.
1 Para mais informações sobre a metodologia da GRI, favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org 2 O grá� co com o número de consumidores por categoria está descrito no item Mercado, página 30 3 Capacidade instalada por fonte encontra-se descrita no item Emissões Atmosféricas, página 62.
R E L AT Ó R I O D E
S U S T E N T A B I L I D A D E
R E L AT Ó R I O D E
S U S T E N T A B I L I D A D E
M E N S A G E M D A
A D M I N I S T R A Ç Ã O
3
CEMIG 2008
A Organização das Nações Unidas – ONU elegeu 2008 como o “Ano Internacional do Planeta Terra”, direcionando as ações humanas em favor da preservação ambiental, da conservação dos recursos natu-rais e da qualidade de vida. Assim, alinhada ao calendário global, a Cemig contribuiu para fomentar as discussões em busca de uma nova consciência, que considere em conjunto as questões econômicas, ambientais e sociais, com o envolvimento de clientes, empregados, investidores e sociedade.
A Cemig auxiliou na promoção do Seminário Internacional de Susten-tabilidade, que teve a participação de analistas de mercado e investi-dores; participou do 49º Encontro Anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, em Miami, com um estande sobre energias renováveis e eficiência energética; coordenou o “III Seminário Brasi-leiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico – Cigré-Brasil”; realizou a Semana do Meio Ambiente com o tema “O Ano Internacional do Planeta Terra e a Eficiência Energética”; participou do Seminário Arquitetura Contemporânea, com o tema “Sustentabilidade na Arquitetura”; e comemorou o Natal com um estande temático sobre Sustentabilidade.
A busca pela melhoria da sustentabilidade empresarial continuou como uma prioridade, reforçando a necessidade de se considerar o equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e social, de forma integrada com a sua estratégia. Os empreendimentos da Companhia são conduzidos com a realização de uma análise adequada de seus impactos socioeconômicos e ambientais, considerando-se os anseios dos diversos públicos envolvidos, expressos por meio de diálogos e canais de comunicação disponíveis.
Em 2008, os investimentos da Cemig alcançaram R$1,4 bilhão. Desses, mais de R$500 milhões foram aplicados na ampliação da participação no capital da empresa TBE, formada por empresas trans-missoras de energia, o que dobrou a participação da Companhia em seu capital. Estão atualmente em construção as Usinas Hidrelétricas de Baguari (49% de participação da Cemig), Santo Antônio (10% de participação da Cemig), além da participação em pequenas centrais hidrelétricas. Outro investimento foi a aquisição de 49% da partici-pação societária de três parques eólicos, com potência total de 100 MW, no estado do Ceará, no valor de R$213 milhões, com início de atividades operacionais previstas para 2009. Esse investimento veio resgatar o pioneirismo da Cemig, que, em 1994, construiu o primeiro
parque eólico com geração comercial no Brasil, a usina do Morro do
Camelinho, em Minas Gerais.
Atualmente, a Cemig atende mais de 6,5 milhões de consumidores
e conta com 10.442 empregados. Em relação ao meio ambiente,
destaca-se o Programa Peixe Vivo, implementado para buscar solu-
ções que evitem e mitiguem impactos sobre a ictiofauna (peixes),
além de ampliar os programas de conservação, com o envolvimento
das comunidades, pescadores e universidades.
A Companhia também desenvolve outros projetos de grande alcance
socioeconômico, destacando-se o programa de universalização da
energia elétrica “Luz para Todos”, que já beneficiou, desde o seu
início, 855 mil consumidores. Além disso, foram investidos recursos
em projetos sociais, culturais e educacionais. O Projeto Conviver, que
orienta clientes de baixa renda sobre medidas de eficiência energé-
tica, realizou em 2007/2008 o atendimento a 18 comunidades,
visitas e atendimento a 70 mil famílias com doações de lâmpa-
das compactas, recuperadores de calor e refrigeradores eficientes.
Por nove anos consecutivos, a Cemig foi incluída no Índice Dow Jo-
nes de Sustentabilidade – DJSI World, além de ter sido selecionada
para compor todas as quatro edições do Índice de Sustentabilidade
Empresarial – ISE da Bovespa, desde 2005. Em 2008, a Compa-
nhia foi incluída no The Global Dow Index – GDOW, com outras 149
empresas consideradas líderes nos seus setores e voltadas para o
futuro. Fechando o ano de 2008 com mais uma conquista, em de-
zembro a Companhia e suas duas subsidiárias Cemig Geração e Trans-
missão S.A. e Cemig Distribuição S.A. foram elevadas ao nível de
“investment grade” na escala global pela agência de classificação de
riscos Moody’s.
Tais resultados só foram possíveis devido a um programa eficiente de
gestão com metas e diretrizes sustentáveis. Sustentabilidade, para
a Cemig, é a busca de melhores condições de vida para a geração
atual e para as gerações futuras. É a condução ética, transparente e
rentável de seus negócios, respeitando o meio ambiente e atuando
com responsabilidade social. Agindo dessa forma, a Cemig gera valor
para os seus acionistas, consumidores e para toda a sociedade, forta-
lecendo a rede social em prol da sustentabilidade.
Diretoria Executiva
C O N S E L H O S D E
A D M I N I S T R A Ç Ã O , F I S C A LE D I R E T O R I A
5
CEMIG 2008
DIRETORIA*
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MEMBROS EFETIVOS*
PRESIDENTESérgio Alair Barroso
VICE-PRESIDENTEDjalma Bastos de Morais
Eduardo Lery VieiraAlexandre Heringer LisboaAntônio Adriano Silva Francelino Pereira dos SantosMaria Estela Kubitschek LopesJoão Camilo PennaWilton de Medeiros DaherBritaldo Pedrosa SoaresEvandro Veiga Negrão de LimaRoberto Pinto Ferreira Mameri AbdenurAndré Araújo FilhoThomas Anthony Tribone
CONSELHO FISCAL MEMBROS EFETIVOS*
PRESIDENTE
Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond
Luiz Guaritá NetoLuiz Otávio Nunes West Thales de Souza Ramos Filho
* Posição em 8 de abril de 2009.
Obs.: o Conselho Fiscal é composto por 5 membros efetivos e 5 membros suplentes. Em 2008, um membro efetivo renunciou ao cargo não tendo sido eleito, até 8 de abril de 2009, o novo membro. O respectivo suplente está participando das reuniões.
DJALMA BASTOS DE MORAISDiretor-Presidente
ARLINDO PORTO NETODiretor Vice-Presidente
BERNARDO AFONSO SALOMÃO DE ALVARENGADiretor Comercial
FERNANDO HENRIQUE SCHÜFFNER NETODiretor de Distribuição e Comercialização
JOSÉ CARLOS DE MATTOSDiretor de Desenvolvimento de Novos NegóciosDiretor de Gás (cumulativamente)
LUIZ HENRIQUE DE CASTRO CARVALHODiretor de Geração e Transmissão
MARCO ANTONIO RODRIGUES DA CUNHADiretor de Gestão Empresarial
LUIZ FERNANDO ROLLADiretor de Finanças, Relaçõescom Investidores e Controle de Participações
S U M Á R I O
7
CEMIG 2008
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 3
CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO,
FISCAL E DIRETORIA 5
PERFIL DA EMPRESA 9
Empresas Controladas e Col igadas 11
Mercado e Regulação Setorial 12
Visão, Missão e Valores 12
Principais Impactos, Riscos
e Oportunidades 12
DIMENSÃO ECONÔMICA
Governança Corporativa 15
Estratégia e Gestão 20
Evolução do Mercado e Tarifas 28
Resultados e sua Distr ibuição 35
Investimentos 37
Tecnologia e Inovação 42
DIMENSÃO AMBIENTAL
Comprometimento
com o Meio Ambiente 45
Gestão Ambiental 47
Esforços para a Biodiversidade 57
Emissões Atmosféricas 62
Energias Alternativas 68
DIMENSÃO SOCIAL
Gestão do Capital Humano 73
Relacionamento com Clientes e Consumidores 84
Cidadania e Cultura 89
Saúde, Segurança Ocupacional
e Bem-estar – SSO&BE 94
Relacionamento com Fornecedores
e Contratados 100
PARTICIPAÇÕES 105
RECONHECIMENTOS 115
Balanço Social Consol idado 118
SOBRE ESTE RELATÓRIO 119
Estabelecimento dos Limites do Relatório 120
Principais Mudanças em 2008 120
Índice de Conteúdo da GRI 121
Anexo 1 125
GLOSSÁRIO 129
P E R F I L D A
E M P R E S A
9
CEMIG 2008
A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig foi
fundada em 1952 por Juscel ino Kubitschek de Oliveira,
nessa época governador de Minas Gerais, e atua no se-
tor brasi leiro de energia, com destaque para a energia
elétr ica. Atualmente, atende mais de 6,5 milhões de
consumidores, o que a torna a maior concessionária de
distr ibuição de energia elétr ica do Brasi l .
A Cemig é hoje considerada l íder mundial em sustenta-
bi l idade, tendo sido selecionada, pela nona vez conse-
cutiva, para compor o Dow Jones Sustainabi l i ty World
Index (DJSI World) e, pelo quarto ano consecutivo,
para compor o grupo de empresas l istadas no Índice
de Sustentabi l idade Empresarial da Bolsa de Valores de
São Paulo (ISE/Bovespa). Em novembro de 2008, foi
selecionada para compor a carteira do The Global Dow
Index – GDOW4 com outras 149 empresas de 25 países,
sendo uma das três empresas brasi leiras a fazer parte
desse índice internacional, e a única do setor elétr ico da
América Latina. A Companhia também foi considerada
Gold Class no setor de Eletr ic idade pela publicação The
Sustainabi l i ty Year Book 20095.
As ações da Cemig são l istadas nos seguintes mercados
de valores mobil iár ios:
Bolsa de Valores de São Paulo Bovespa (Nível 1 de Governança Corporativa):
Ações Preferenciais – CMIG4;
Ações Ordinárias – CMIG3.
New York Stock Exchange – NYSE
ADRs Nível 2 das Ações Preferenciais – CIG;
ADRs Nível 2 das Ações Ordinárias – CIG.C.
Madrid, Mercado de Valores Latino-americanos Latibex – XCMIG
A propriedade de suas ações, em 31 de dezembro de
2008, se distr ibuía conforme i lustrado a seguir:
4 Para mais informações sobre o The Global Dow Index, acesse www.globaldow.com. 5 The Sustainability Yearbook é uma publicação do Sam Group e pode ser acessada por meio do link: http://www.emarsys.net/custloads/125736536/md_175445.pdf.
CEMIG – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL – 31 DE DEZEMBRO DE 2008
2%
68%
30%
51%
6%
43%
42%
23%
35%
Ações Totais
Ações Preferenciais
Ações Ordinárias
Setor Público Setor Privado Interno Setor Privado Externo
10
CEMIG 2008
O sócio controlador, com 51,0% das ações ordinárias
(ações com direito a voto), é o Governo do estado de
Minas Gerais. Em 31 de dezembro de 2008, o valor de
mercado da Cemig era de R$14 bi lhões (gráfico abaixo).
VALOR DE MERC ADO DA CEMIG EM 31 DE DEZEMBRO (R$ MILHÕES)
2004
9.951
2005
14.335
2006
16.039
2007
16.084
2008
14.026
11
CEMIG 2008
A Cemig atua em diversos estados do Brasi l na distr ibui -
ção, geração, transmissão e comercial ização de energia
elétr ica. O Grupo é controlado por uma holding, com
suas duas subsidiárias: a Cemig Distr ibuição S.A. e a
Cemig Geração e Transmissão S.A. Adicionalmente, pos-
sui part ic ipações em concessionárias de distr ibuição de
energia (Light) e em diversas empresas de transmissão
de energia elétr ica, investimentos em distr ibuição de
gás natural (Gasmig), transmissão de dados (Infovias),
além de estar construindo duas seções de Linha de
Transmissão nas Subestações – SEs Charrúa e Nueva
Temuco, local izadas no Chile (organograma a seguir).
EMPRESAS CONTROLADAS E COLIGADAS
EMPRESAS E CONSÓRCIOS DO GRUPO CEMIG (POSIÇÃO EM DEZEMBRO DE 2008)
ConsórcioCapim BrancoEnergia
STC – Sistema de Transmissão Catarinense S.A.
Lumitrans Companhia Transmissora de Energia Elétrica
Empresa Brasileira deTransmissãode Energia S.A.
Consórcio PCH Lajes
Consórcio PCH Paracambi
Usina Térmica Ipatinga S.A.
Cemig PCH S.A.
HorizontesEnergia S.A.
Sá Carvalho S.A.
Rosal EnergiaS.A.
Cemig Capim BrancoEnergia S.A.
Consórcio UHEItaocara
Cia. de Gás deMinas Gerais
Effi cientia S.A.
Axxiom Soluções Tecnológicas S.A.
Cemig Trading S.A.
Centro de GestãoEstratégicade Tecnologia
Empresa de Infovias S.A.
Cemig Serviços S.A.
Consórcio da UHE Aimorés
Consórcio AHE Funil
Consórcio da UHE Igarapava
Consórcio AHE PortoEstrela
Consórcio AHEQueimado
Hidrelétrica Cachoeirão S.A.
GuanhãesEnergia S.A.
MadeiraEnergia S.A.
Santo AntônioEnergia S.A.
Hidrelétrica Pipoca S.A.
Cemig Baguari S.A.
Baguari Energia S.A.
Cemig Geração e Transmissão S.A.
CemigDistribuição S.A.
ConsórcioUHE Baguari
EBL Companhiade Efi ciência Energética S.A.
LIR Energy Ltd.
Instituto Light de DesenvolvimentoSocial e Urbano
Light Esco Prestação de Serviços Ltda.
Light Serviços de EletricidadeS.A.
Lighthidro Ltda.
Light Energia S.A.
Light S.A.
Lightger Ltda.
ItaocaraEnergia Ltda.
Cia. Transleste de Transmissão
Cia. Transirapé de Transmissão
Cia. de Transmissão Centroeste de Minas
Cia. Transudeste de Transmissão
TranschileCharrúaTransmisión S.A.
Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.
Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.
Empresa Paraense deTransmissão de EnergiaS.A.
Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.
Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.
Rio Minas Energia Participações S.A.
Usina TermelétricaBarreiro S.A.
Central HidrelétricaPai JoaquimS.A.
Central Termelétricade Co-geraçãoS.A.
Empresas de Transmissão
Empresas de Distribuição
Empresas de Geração
Consórcios de Geração
Operações Financeiras
Sem Fins Lucrativos Distribuição de Gás
Telecomunicações
Comercialização
Holding Serviços
49 EMPRESAS • 10 CONSÓRCIOS
100%
100%
100%
100%
100%
21,5%
100%
GT49%
Ita. energ.51%
GT49%
Lightger51%
GT49%
Light energ.51%
55,2%
100%
49%
100%
100%
100%
100%
49%
49%
14,5%
33,33%
82,5%
49%
49%
10%
100%
49%
69,39%
100%
100%100%
33%
100%
100%
100%
100%
100%
100%
52,1%
100%
100%
25%
24,5%
51%
24%
49%
7,49%
18,35%
CV 25%
CT 19,25%
18,35%
CV 25%
CT 17,17%
80%
80%
GT 49% EATE 51%
25%
100%
100%
100%
49%
12
CEMIG 2008
A Cemig Distr ibuição S.A. é a maior concessionária de
distr ibuição de energia elétr ica do Brasi l em número de
consumidores, que já ultrapassam 6,5 milhões. Abran-
gendo 96,7% do terr itór io do estado de Minas Gerais, a
área de concessão da Companhia chega a 567.478 km2.
A Cemig é o terceiro maior grupo de transmissão e o ter-
ceiro maior grupo de geração de energia elétr ica do Brasi l .
MERCADO E REGULAÇÃO SETORIALO setor e lét r ico nac ional é formado pelos segmentos
de geração, t ransmissão e d is t r ibu ição, at iv idades de
concessão públ ica que operam de manei ra inter l igada,
const i tu indo o Sistema Inter l igado Nacional – SIN.
O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e
par te das regiões Centro -Oeste e Nor te. As demais lo -
ca l idades das regiões Centro -Oeste e Nor te não estão
inter l igadas ao SIN e const i tuem s is temas iso lados. Os
segmentos de comerc ia l ização e mercado l iv re com-
pletam o setor, que é regulamentado e super v is ionado
pelas seguintes inst i tu ições6:
Conselho Nacional de Política Energética – CNPE;
Ministério de Minas e Energia – MME;
Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE;
Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel;
Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS;
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE;
Empresa de Pesquisa Energética – EPE.
Existem no mercado dois ambientes de contratação de
energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR e
Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o seg-
mento no qual se real izam as operações de compra e
venda de energia elétr ica precedidas de l ic itação. O ACL
é o segmento no qual se real izam operações de compra
e venda de energia elétr ica, objeto de contratos l ivre-
mente negociados7.
VISÃO, MISSÃO E VALORESVisão: “A Cemig será a melhor empresa de energia
do Brasi l”.
Missão: “Atuar no setor de energia com rentabi l idade,
qualidade e responsabil idade social”.
Valores: “Integridade, ética, r iqueza, responsabil idade
social, entusiasmo no trabalho, espír i to empreendedor”.
Em seus quase 57 anos, a Cemig vem trabalhando em nome
desses objetivos, o que torna seu negócio economicamen-
te viável, socialmente justo e ambientalmente correto8.
PRINCIPAIS IMPACTOS, RISCOS E OPORTUNIDADESA Cemig considera que a produção de energia elétr ica,
sua transmissão e distr ibuição representam uma impor-
tante contr ibuição ao desenvolvimento e à melhoria da
qualidade de vida da sociedade.
Devido à magnitude de seus empreendimentos, a Cemig
mobil iza uma grande quantidade de recursos monetá-
r ios, humanos e naturais e, portanto, adota posturas
que asseguram o cuidado necessário com os impactos
resultantes desses empreendimentos. Nesse sentido, a
Companhia desenvolve análises detalhadas com o obje-
t ivo de quantif icar os impactos e minimizá- los, além de
real izar consultas às partes interessadas por meio de
pesquisas e de negociações.
Do ponto de vista econômico-f inanceiro, a Cemig está
crescendo de forma equil ibrada nos três segmentos:
6 Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1.7 Para mais detalhes sobre a regulação setorial, veja o Anexo1. 8 Detalhes sobre Visão, Missão e Valores estão disponíveis na internet: http://www.cemig.com.br/institucional/missao.asp.
13
CEMIG 2008
geração, transmissão e distr ibuição de eletr ic idade.
Além disso, considera que a minimização dos impactos
socioambientais reduz os r iscos econômico-f inanceiros
e possibi l i ta uma convivência mais harmoniosa com o
meio ambiente e a sociedade.
Em dezembro de 2008, a empresa de classif icação de
r iscos Moody’s América Latina elevou o rat ing corpora-
t ivo da Cemig Distr ibuição S.A. e da Cemig Geração e
Transmissão S.A., na escala global, de Ba2 para Baa3
em moeda local, e na escala nacional, de Aa3.br para
Aa1.br. Ao elevar o rat ing da Cemig para o nível Baa3,
a Moody’s colocou a Companhia e suas duas subsidiá-
r ias no nível de “ investment grade9” na escala global.
9 Grau de investimento: classificação que indica que o título da Companhia tem um risco relativamente baixo de inadimplência. Esta classificação é concedida por agências independentes de ratings, tal como a Moody´s.
D I M E N S Ã O
E C O N Ô M I C A
15
CEMIG 2008
A Cemig pauta o re lac ionamento com as par tes in -
teressadas pelos pr inc íp ios: t ransparênc ia, eqüidade
e prestação de contas. Para tota l c lareza quanto à
condução dos negócios, são bem def in idos no Estatuto
Soc ia l 10 os papéis e responsabi l idades das Assemblé ias
Gera is , do Conselho de Administ ração, do Conselho
F isca l e da Di retor ia Execut iva na formulação, aprova-
ção, super v isão e execução de pol í t i cas, d i ret r izes e
empreendimentos da Companhia. A Companhia busca
o desenvolv imento sustentável pela assoc iação equi l i -
b rada dos aspectos econômico- f inancei ros, ambienta is
e soc ia is em seus empreendimentos.
Desde 2001, as ações preferenc ia is e ord inár ias da
Cemig estão l i s tadas no Nível 1 de Governança Cor -
porat iva da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa),
garant indo aos ac ionistas melhor ias na prestação de
informações e maior d ispersão ac ionár ia. Por ter Ame-
r ican Deposi tar y Receipts – ADRs l i s tados na Bolsa de
Nova York – NYSE, a Cemig também está su je i ta à
regulamentação da Secur i t ies and Exchange Commis -
s ion – SEC e ao Manual de Companhias L is tadas na
Bolsa de Valores de Nova York. A Cemig possui , tam-
bém, ações preferenc ia is (XCMIG) l i s tadas na Bolsa de
Madr i – Lat ibex desde 2002.
A est rutura de Governança Corporat iva da Cemig tem a
seguinte composição:
Assembléias Gerais
As Assemblé ias Gera is Ord inár ias (AGOs) ocor rem até
o f inal do mês de abr i l de cada ano, conforme legis la -
ção v igente. Já as Assemblé ias Gera is Ext raord inár ias
podem ocor rer ao longo do ano, quantas vezes se f ize -
rem necessár ias. As assemblé ias são convocadas com
antecedência mínima de 15 dias, por meio de avisos
publ icados em jornais de grande c i rcu lação no Bras i l .
Podem par t ic ipar das assemblé ias todos os ac ionistas
que detenham ações ordinárias ou preferenciais, pessoal-
mente ou representados por seus procuradores. Ape-
nas as ações ord inár ias da Cemig dão di re i to a voto.
Em 2008, a lém da Assemblé ia Gera l Ord inár ia re -
a l izada em 25/4/08, foram real izadas t rês As -
semblé ias Gera is Ext raord inár ias em 13/6/2008,
24/7/2008, 8/8/2008 e 1º/9/2008 (Assemblé ia
in ic iada em 8/8/2008 e f inal izada em 1º/9/2008).
Administração A Administ ração da Cemig é const i tu ída pelo Conselho
de Administ ração e pela Di retor ia Execut iva.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração reuniu-se 24 vezes durante
o exercício de 2008, incluindo reuniões extraordinárias
para análise e aprovação de planejamento estratégico,
projetos de expansão, aquisições de novos ativos, entre
outros assuntos. O mandato dos conselheiros é de três
anos e expira na Assembléia Geral Ordinária de 2009.
Dos 14 membros do Conselho de Administração, oito
são eleitos pelo acionista estado de Minas Gerais, cin-
co pela acionista Southern Electr ic Brasi l Part ic ipações
Ltda. – SEB e um pelos acionistas minoritár ios detento-
res de ações preferenciais. Dentre os conselheiros, sete
são independentes, segundo a definição do “Código das
Melhores Práticas de Governança Corporativa” do Insti -
GOVERNANÇA CORPORATIVA
10 O Estatuto Social da Cemig está disponível por meio do link: http://v2.cemig.infoinvest.com.br/static/ptb/estatutosocial.asp.
ECON
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ONÔM
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CEMIG 2008
tuto Brasi leiro de Governança Corporativa – IBGC. No
início de cada reunião, os Conselheiros são convidados
a se manifestarem caso haja confl i to de interesse com
as matérias a serem deliberadas.
O Conse lho de Admin i s t ração é mul t id i s c ip l ina r, in -
teg rado por membros com fo rmações d ive rsas (ad -
min i s t ração de empresas , engenhar ia , advocac ia e
out ras) e vas ta exper iênc ia na ges tão de negóc ios .
A remuneração dos conse lhe i ros é f i xada em 20% da
méd ia receb ida pe los d i re to res e não inc lu i opção de
compra de ações .
As at iv idades do Conselho de Administ ração são sub-
s id iadas pelos seguintes comitês11, que anal isam e
d iscutem prev iamente as matér ias per t inentes.
Comitê de Apoio ao Conselho de Administ ração;
Comitê de Governança;
Comitê de Recursos Humanos;
Comitê de Est ratégia;
Comitê F inancei ro;
Comitê de Audi tor ia e Riscos.
Sugestões ou recomendações podem ser enviadas ao
Conselho de Administ ração por meio dos canais indi -
cados em sua página de Relações com Invest idores12.
Diretoria Executiva
A Di retor ia Execut iva é composta por o i to membros13
que, em 2008, se reuni ram 54 vezes. Suas responsa-
b i l idades e at r ibu ições inc luem a gestão dos negócios
da Companhia, atendendo ao Plano Di retor, P lano Plu -
r ianual e Est ratégico e Orçamento Anual . Sua remune-
ração é estabelec ida anualmente pela AGO e não inc lu i
opção de compra de ações.
Conselho Fiscal
O Conselho F isca l tem caráter permanente e esta -
tutár io e é composto por c inco membros efet ivos e
respect ivos suplentes14, e le i tos anualmente pela AGO,
sendo um pelos ac ionistas minor i tár ios detentores das
ações preferenc ia is ; um pelos ac ionistas minor i tár ios
t i tu lares de ações ord inár ias e t rês pelo ac ionista ma-
jor i tár io. Em 2008, foram real izadas 10 reuniões do
Conselho F isca l . A lém das funções def in idas na legis -
lação bras i le i ra, o Conselho F isca l exerce as funções
do Comitê de Audi tor ia*.
Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional
Para discipl inar os comportamentos, atuação e decisões
profissionais, a Cemig adota a Declaração de Princípios
Éticos e Código de Conduta Profissional15, que define os
valores, princípios e responsabil idades a serem segui-
dos por seus colaboradores, gerentes e administrado-
res, bem como contratados e prestadores de serviços. O
cumprimento dos valores, princípios e responsabil idades
é monitorado pela Comissão de Ética da Cemig, que:
é composta por gerentes da Companhia, sendo a fer ra-
menta de encaminhamento de denúncias sobre práticas
contrárias ao interesse da Companhia e de seus acionis-
tas, tais como: (I) fraudes f inanceiras, inclusive adulte-
ração, falsif icação ou supressão de documentos f inancei -
ros, f iscais e contábeis; (II) apropriação indevida de bens
e recursos; (II I) recebimento de vantagens indevidas por
dir igentes e empregados; (IV) contratações ir regulares;
aval ia e del ibera sobre as denúncias recebidas pelo Ca-
nal de Denúncia Anônima, Ouvidoria da Cemig ou e-mail
da Comissão de Ética;
instaura procedimentos para apurações relativas aos
11 Mais detalhes disponíveis em http://v2.cemig.infoinvest.com.br/static/ptb/nossas_praticas.asp#e | 12 http://v2.cemig.infoinvest.com.br/| 13 Para mais detalhes acerca das atribuições das Diretorias da Cemig, favor verificar o Estatuto, disponível em http://v2.cemig.infoinvest.com.br/estatic/ptb/estatutosocial.asp | 14 A composição do Conselho Fiscal da Cemig pode ser vista no item: “Conselhos de Administração, Fiscal e Diretoria” | 15 Disponível na internet, no site http://cemig.infoinvest.com.br/ptb/s-8-ptb.html. | *Obs.: conforme isenção permitida pelo Exchange Act, regra 10-3 regulamentada pela publicação da SEC, release 82-1234, segundo a qual o Conselho Fiscal pode figurar como alternativa ao Comitê de Auditoria.
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CEMIG 2008
descumprimentos da “Declaração de Princípios Éticos e
Código de Conduta Profissional” da Cemig;
aval ia necessidades de revisão da “Declaração de Princí -
pios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig.
Po r s u a n a t u r e z a j u r í d i c a d e s o c i e d ade d e e c ono -
m i a m i s t a , a C ompanh i a t ambém s e s u bme t e a o
Cód i g o d e Condu t a É t i c a d o Se r v i d o r P úb l i c o e d a
A l t a A dm i n i s t r a ç ão d o e s t a do d e M i na s Ge r a i s .
Auditoria Independente
Os auditores independentes da Cemig são trocados a cada
cinco anos. Atualmente, a auditoria das Demonstrações
Financeiras é real izada pela KPMG Auditores Independen-
tes, selecionada por meio de processo de l ic itação pública.
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Relacionamento com as Partes Interessadas
O re lac ionamento da Cemig com as par tes interessadas cons idera as seguintes or ientações:
Partes Interessadas Política de Relacionamento Canal de Relacionamento
Autoridades governa-mentais e do setor elétr ico
Atender aos princípios legais regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel.
Superintendência de Relacionamento Institucional e Assun-tos Regulatórios.
Investidores Obedecer às determinações e regulamentos das Bolsas de Valores nacionais, internacio-nais e da legislação correspondente.
Página da internet de Relações com Investidores http://cemig.infoinvest.com.br e Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Part ic ipações; Relatório Anual, Carta ao Acionista, reuniões, conference-cal ls e alertas por e-mail.
Cl ientese consumidores
Orientar-se pela regulamentação setorial es-tabelecida pela Aneel e por meio da “Polít ica da Qualidade” e da “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig.
Internet www.cemig.com.br, Cemig Agência Vir tual http://agenciavir tual.cemig.com.br / Cemig Atende, telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail [email protected], Ouvidoria, pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail [email protected], “Dicas de Segurança e Economia de Energia”, disponível na internet http://www.cemig.com.br/noticias/dicas.asp.
Comunidade científ ica Desenvolver e participar de projetos de coope-ração com o objetivo de fomentar a criação de Centros de Excelência Tecnológicos, por meio de convênios e parcerias com universidades e instituições de pesquisa.
Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas, Projetos de pesquisa, participação em seminários e congressos.
Fornecedores e prestadores de serviços
Uti l izar cr itér ios para cadastramento, se-leção e procedimentos l ic itatórios para for-necedores de materiais e serviços, os quais estão disponíveis na página da internet www.cemig.com.br, i tem Portal de Compras e obedecem à Lei Federal número 8.666, de 21 de junho de 1993.
Portal de compras http://compras.cemig.com.br/publico/ e Superintendência de Material e Serviços.
Público interno (colaboradores)
Orientar-se pela “Polít ica de Recursos Huma-nos” e pela “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig, além de atender à legislação trabalhista.
Intranet Portal de RH, RH Interativa, RH Informa, Programa RH no Campo, Pesquisa de Satisfação, Canal de Denúncia Anônima, Comissão de Ética, Página “Recursos Humanos” na internet http://www.cemig.com.br/institucional/rh.asp.
Sociedade e comunidades
Orientar-se pela “Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profissional” da Cemig, que encontra-se disponível, em três idiomas – português, inglês e espanhol – na página da internet http://cemig.infoinvest.com.br/areas/not ic ias.asp?area=cod_eti&language=ptb, pelos Contratos de Concessão e pela legislação.
Pagina da internet www.cemig.com.br, ouvidoria, na in-ternet “Pesquisa Escolar” http://www.cemig.com.br/pesquisa_escolar/index.asp, Relatório Anual, Relatório de Sustentabi l idade, Ouvidoria pelo telefone: (31) 3506-3838 ou pelo e-mail [email protected], Cemig Atende telefones 116 ou 0800-721-0116 ou e-mail [email protected].
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CEMIG 2008
DIME
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DIME
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Controles Internos e Lei Sarbanes-Oxley (SOX)
Seguindo as or ientações da SEC, órgão regulador e
f isca l izador do mercado de capi ta is nor te -amer icano, e
com base nos cr i tér ios do Publ ic Company Account ing
Overs ight Board – PCAOB, do Committee of Sponso-
r ing Organizat ions of the Treadway Commiss ion (Coso)
e do Contro l Object ives for Informat ion and Related
Technology (Cobi t), a Cemig cumpre um papel adic io -
nal ao dos audi tores independentes, monitorando os
r iscos, documentando e testando a efet iv idade de seus
contro les, inc lus ive aqueles que são supor tados pela
tecnologia da informação.
Além de atender à SOX, as at iv idades re lac ionadas
à Cer t i f i cação dos Contro les Internos contr ibuem para
a eficácia dos processos de gerenciamento de r iscos,
controle e governança corporativa.
Desde o exerc íc io de 2006, a Cemig obtém, anualmen-
te, a Cer t i f i cação dos Contro les Internos para mit iga-
ção dos r iscos assoc iados à e laboração e d ivu lgação
das Demonstrações F inancei ras emit ida por audi tores
independentes, conforme pareceres emit idos de acor -
do com a seção 404 da Lei Sarbanes -Oxley e normas
do PCAOB, que integram os re latór ios anuais segundo
o formulár io 20-F arquivados na SEC.
Políticas Internas
Entre as pol í t i cas internas da Cemig, destacam-se:
Política Descrição
AmbientalPublicada em 1990, contém os princípios que orientam as atividades da Companhia em relação à proteção do meio ambiente.
QualidadeDiretr izes para o fornecimento de produtos e serviços que atendam às necessidades dos cl ientes e aos requisitos da qualidade.
DivulgaçãoAprovada em 2002 pelo Conselho de Administração, tem como objetivos básicos assegurar o pleno acesso do público a todas as informações divulgadas pela Companhia e tratar de forma transparente e clara todos os assuntos de interesse do público e do investidor.
DividendosExpressa no Estatuto Social, estabelece os cr itér ios de distr ibuição e pagamento de dividendos aos acionistas, as garantias mínimas para ações preferenciais e os dividendos mínimos assegurados pela Cemig.
Recursos HumanosBusca nortear as relações de trabalho, com o objetivo de assegurar a disponibi l idade de pessoas qualif icadas, saudáveis e seguras, motivadas e satisfeitas que agreguem valor aos negócios da Companhia.
Segurança, Saúde e Bem-estar
Define cr itér ios para que a Companhia alcance a segurança, saúde e bem-estar dos seus empregados próprios, contratados, de empresas contratadas, bem como da comunidade, direta ou indiretamente afetada por seu sistema operacional.
Segurança da Informação
Define um conjunto de normas e instruções baseado na NBR ISO/IEC 17.799, que visa reduzir e administrar os r iscos relacionados à segurança e à proteção da informação.
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CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
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ICA
A estratégia da Cemig atende ao Plano Diretor v igente
de 2005 a 2035, o qual estabelece as bases para o
planejamento estratégico da Companhia.
Para isso, foca-se em ampl iar a área de atuação (ener -
gia elétr ica e gás) em todo o ter r i tór io brasi le i ro, res-
peitando os l imites estabelecidos na regulação setor ia l ,
além de inic iar os pr imeiros invest imentos em projetos
internacionais. Além disso, a Companhia busca a gera-
ção de valor para seus acionistas e a comunidade do
entorno, por meio de uma pol í t ica de div idendos, esta-
belecida no Estatuto Social ; responsabi l idade social e
ambiental; lucrat iv idade dos negócios; gestão integra-
da de r iscos; gerenciamento do desempenho de suas
at iv idades operacionais e gestão do capital humano.
Outra at iv idade importante é o apr imoramento da ges-
tão da estratégia corporat iva. No ano de 2008, des-
ESTRATÉGIA E GESTÃO
20
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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tacam-se a consol idação de um processo cont ínuo de
planejamento e gestão da estratégia, além da cr iação
do Plano de Comunicação da Estratégia, que objet iva
tornar a estratégia da Cemig conhecida por todos os
seus colaboradores, est imulando assim seu envolvi -
mento com a entrega dos resultados.
Com relação à gestão da marca Cemig, a Companhia
conta com um painel de indicadores integrado ao Ba-
lanced Scorecard – BSC, além de um processo interno
de gestão. Em 2007, a marca Cemig (incluindo todas
as empresas do Grupo) foi est imada pela Brand Finance
entre R$792 e R$890 milhões. Já em 2008, uma nova
aval iação resultou em um valor entre R$1,1 e R$1,3
bi lhão. Pela importância do tema, ainda em 2008, foi
cr iado um grupo de trabalho formado por representan-
tes de todas as di retor ias, responsável pela gestão da
marca e reputação da Companhia e pelo al inhamento
interno dos projetos de for talecimento da marca com os
públ icos de relacionamento.
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CEMIG 2008
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Comitês Internos
A Cemig possui uma est rutura de comitês internos que garante a tomada de dec isões est ratégicas a par t i r de
cr i tér ios técnicos e mult id isc ip l inares, dentre os quais destacam-se:
Nome do Comitê Características
Comitê de Planejamento
Estratégico
Promove a interação entre as diversas áreas da Cemig, com o intuito de viabi l izar o Plano Plurianual e
Estratégico da Companhia. É constituído por todos os superintendentes da Companhia.
Comitê de Prior ização do
Orçamento
Assessora a Diretoria Executiva nas del iberações e gerenciamento de projetos de investimento. É cons-
t i tuído por cinco representantes da Diretoria de Finanças, Relações com Investidores e Controle de
Part ic ipações, dois representantes da Diretoria de Novos Negócios e um representante de cada uma das
demais diretorias.
Comissão de Ética Coordena as ações da Companhia em relação à gestão da “Declaração de Princípios Éticos e Código de
Conduta Profissional” da Cemig.
Comitê de Controle e Gestão Promove o comparti lhamento das melhores práticas, uniformização de procedimentos de controle interno
e gestão, análise e aval iação dos orçamentos e dos resultados dos diversos negócios da Companhia.
Comitê de Gerenciamento de
Riscos Corporativos
Coordena o funcionamento do processo de gerenciamento de r iscos corporativos.
Comitê de Gerenciamento de
Risco de Energia
Propõe pol ít icas e procedimentos com o objetivo de minimizar os r iscos nas contratações de compra e
venda de energia.
Comitê de Gerenciamento de
Risco Financeiro
Implementa diretr izes para controlar o r isco f inanceiro de operações que possam comprometer a l iquidez
e a rentabi l idade da Companhia.
Comitê de Segurança da
Informação
Define pol ít icas e ações visando à Segurança da Informação.
Comitê de Negociação
Sindical
Coordena as atividades de representação da Cemig nas negociações com as entidades sindicais.
Comitê de Gestão Estratégica
de Tecnologia
Visa consol idar o processo de gerenciamento da tecnologia na Cemig e o desenvolvimento das atividades
correlatas.
Comitê de Normalização de
Equipamentos e Materiais
Estabelece os cr itér ios e os procedimentos para a normalização técnica interna e externa de métodos,
processos, padrões, materiais e equipamentos.
Comitê de Acompanhamento
do Programa de Adequação
Ambiental
Acompanha e promove as ações para adequação da Companhia à legislação ambiental constantes do
Programa Corporativo de Adequação Ambiental.
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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Gestão de Materiais, Serviços e Informática
Apesar da redução do seu quadro de pessoal e aumento
da demanda por seus clientes, a Cemig vem conseguindo
melhorar seus prazos de atendimento e reduzir os custos
de aquisições de materiais e serviços. Esse resultado po-
sitivo é fruto de melhoria nos processos, principalmente
pela inclusão da licitação por pregão eletrônico e estabe-
lecimento de contratos de fornecimento “guarda-chuva”.
Foi aprovado, em 2008, o pro jeto de locação e gestão
de veícu los de carga e de passagei ros, que promove-
rá a subst i tu ição, no pr imei ro semestre de 2009, de
1.193 veícu los com idade média super ior a 10 anos.
A lém disso, a apl icação de novas tecnologias na lo -
g ís t ica, como automação do Centro de Dist r ibu ição de
Mater ia l – CDM Jatobá, t raz vantagens como redu-
ção de custos e aumento na ef ic iênc ia dos processos.
Baseada no pr inc íp io de ecoef ic iênc ia, a Companhia
obteve um ganho R$27,87 mi lhões com recuperação
de mater ia is/equipamentos por meio de reapl icação.
Todo o mater ia l recuperado é 100% anal isado e en-
sa iado após o processo de recuperação, dando ass im
maior conf iabi l idade quanto à sua qual idade e segu-
rança. A inda nesse contexto, por meio de reformas em
insta lações espec í f i cas da Sede (sani tár ios, copas e
vest iár ios), a Cemig at ingiu uma redução no consumo
de água de 2.000 m³ em 2008, redução est imada em
6.000 m³/ano a par t i r de 2009.
Na esfera de s is temas, a Companhia está implemen-
tando o Pro jeto GEOMAP, com o objet ivo de mapear
deta lhadamente áreas invadidas e pass íve is de inva-
são nas fa ixas de segurança de l inhas de t ransmissão,
o que permit i rá uma gestão cor ret iva e prevent iva de
ta is invasões.
Também em 2008, in ic iou-se a implementação de me-
lhor ias no novo por ta l de compras, que deverão ser
conc lu ídas em 2009 e buscam impr imir agi l idade e
ganhos nos processos de negócios.
A inda na esfera de s is temas, o SAP contr ibu i for temen-
te para a ef ic iênc ia dos processos internos da Compa-
nhia, poss ib i l i tando a implementação da Consol idação
Contábi l das empresas do Grupo Cemig nos pr inc íp ios
contábeis bras i le i ros, cons iderando a nova Lei das
S.A. e o Novo Mercado da BM&FBOVESPA e a ut i l iza -
ção dos pr inc íp ios contábeis do Internat ional F inanc ia l
Repor t ing Standards – IFRS. O SAP está atualmente
sendo aval iado para redesenho de a lguns processos, o
que deverá ser conc lu ído em 2009.
Gestão de Riscos
Os riscos inerentes às atividades empresariais da Cemig
são aval iados por sua probabil idade de ocorrência e por
seu impacto nos diversos negócios da cadeia de valor.
A Companhia atua sobre os r iscos: ( I) d iminuindo seu
impacto e/ou sua probabi l idade mediante o ref ina-
mento dos contro les; ( I I) implementando planos de
ação; ( I I I) t ransfer indo-os por meio de contratação de
seguros de patr imônio; ( IV) acei tando-os (devido à
efet iv idade do ambiente de contro les e ao n íve l per -
mit ido de expos ição f inancei ra) ou; (V) ev i tando-os,
sa indo do negócio.
A implantação da gestão de r iscos corporat ivos ocor -
reu em 2003 e vem sendo cont inuamente apr imorada.
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CEMIG 2008
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A gestão é feita por processos e está al inhada ao Plano
Diretor e ao planejamento estratégico, sendo gerencia-
da de forma descentral izada pelos gestores de r iscos e
monitorada de forma central izada pelo Comitê de Ge-
renciamento de Riscos Corporativos.
Em 2008, teve início a terceira revisão da matriz de
r iscos corporativos, permitindo a aval iação da magni-
tude e a agregação das ameaças mais contundentes,
prior itar iamente discutidas no âmbito do Comitê de Ge-
renciamento de Riscos Corporativos. A Companhia tam-
bém está aprimorando sua “Matriz de fatores de r iscos
sob a ótica dos stakeholders”, com o refinamento dos
fatores de r isco.
Com relação às Mudanças Cl imáticas, a Companhia
identif icou as principais fragi l idades frente ao tema e
tem adotado uma gestão dos r iscos associados que en-
volve ações como:
contabilização das emissões geradas anualmente e
comunicação das medidas e ações tomadas para con-
tribuir para a redução de emissão de Gases de Efei-
to Estufa – GEE, de forma a minimizar os efeitos que
novas legislações nacionais ou internacionais mais
restritivas possam representar para a Companhia;
as previsões de alterações climáticas indicadas no rela-
tório realizado pelo Painel Intergovernamental sobre Mu-
danças Climáticas (IPCC) podem afetar as atividades da
Cemig, considerando que a maior parte da energia gerada
pela Companhia provém de hidrelétricas (cerca de 97%).
A Companhia mantém um acompanhamento constante
das alterações climáticas, o qual está relacionado ao pla-
nejamento da geração de energia elétrica, e também a
tempestades e eventos climáticos que possam causar da-
nos às redes de distribuição e transmissão da Companhia;
manutenção em operação de extensa rede de monito-
ramento hidrometeorológico, que até o momento não
identif icou evidências de alterações hidrológicas corre-
lacionadas com as alterações no cl ima;
monitoramento, reparação e diminuição de danos na
transmissão e distr ibuição de energia elétr ica, ativida-
des cujos r iscos podem ser ampliados em vir tude de
alterações cl imáticas16.
16 Mais detalhes sobre as ações da Companhia com relação à gestão dos riscos associados às mudanças climáticas podem ser encontrados no Relatório CDP – Carbon Disclosure Projetct da Cemig.
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CEMIG 2008
DIME
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DIME
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Gestão do Endividamento
A Cemig administ ra e minimiza os r iscos at re lados ao
seu endiv idamento reduzindo sua expos ição a moedas
est rangei ras e gerenc iando seu prazo de maturação.
Com essa postura, em 2008, os resul tados da Cemig
não sofreram impactos s igni f icat ivos decor rentes da
acentuada desvalor ização do real f rente ao dólar, já
que boa par te da parce la indexada ao dólar estava
protegida, em contrato, por operações de t roca de in -
dexadores (swap) e havia, também, uma proteção na-
tura l proporc ionada por contratos de venda de energia
indexados ao dólar.
PRINCIPAIS INDEXADORES DA DÍV IDA – 31/12/2008
Dívida Original
6% 1%1%6%
4%
5%
6%1%
70%3%
6%4%
5%
6%
1%
74%
1%
Dívida com Efeito de Swaps
A despei to da ut i l idade do hedge e cons iderando o
gerenc iamento de r isco f inancei ro da Companhia, a
Administ ração busca fazer a gestão da d ív ida com foco
no a longamento do seu prazo, na l imitação do endiv i -
damento aos n íve is preconizados pelo Estatuto Soc ia l ,
na redução do custo da d ív ida e na preser vação da
capac idade de pagamento.
A Moody’s Amér ica Lat ina, em dezembro de 2008,
e levou o rat ing corporat ivo da Cemig Dist r ibu ição e
da Cemig Geração e Transmissão, na escala g lobal , de
Ba2 para Baa3 em moeda local , e na escala nac ional ,
de Aa3.br para Aa1.br, ou se ja, a Companhia apre -
senta menor r isco a invest idores e credores. E levar o
rat ing da Cemig para o n íve l Baa3 s igni f ica pos ic io -
nar a Companhia e suas duas subs id iár ias no n íve l de
“ investment grade” na escala g lobal .
Sistemas de Gestão
Os sistemas de gestão com os quais a Cemig trabalha
são: Sistemas de Gestão da Qualidade – SGQ (NBR ISO
9001:2000), Ambiental – SGA (NBR ISO 14001:2004
e Sistema Interno – SGA Nível 1) e de Saúde e Segu-
rança – SGS (conforme a especif icação OHSAS 18001).
Em 2008, o foco no programa de cer t i f i cações corpo-
rat ivas cont inuou intens ivo. Durante o ano, 21 novos
processos obt iveram a cer t i f i cação em um ou mais
Sis temas de Gestão Qual idade, Ambienta l e Saúde e
CDI Dólar Yen Tr RGR/Finel URTJ IGPM IPCA Outros25
CEMIG 2008
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A Cemig faz par te do grupo de t rabalho para a cr iação
da ISO – 26000 – Responsabi l idade Soc ia l , a convi -
te da Internat ional Organizat ion for Standardizat ion
(ISO), do Inst i tuto Ethos de Empresas e Responsa-
b i l idade Soc ia l e da Assoc iação Bras i le i ra de Normas
Técnicas (ABNT). Pela pr imei ra vez, a coordenação
mundia l de um trabalho da ISO é l iderada em conjunto
por dois países, nesse caso por Bras i l e Suéc ia, o que
torna essa par t ic ipação a inda mais re levante.
Gestão de Clientes
Por meio do “Projeto Evolução” a Cemig implantou, em
maio de 2008, seu novo Sistema de Gestão de Cl ientes,
que subst i tu iu a lguns dos pr inc ipais s is temas de infor -
mação da Cemig, re lac ionados aos seguintes processos:
medição;
faturamento;
emissão e impressão de notas f isca is de energia;
ar recadação e cobrança;
atendimento e re lac ionamento comerc ia l .
Os pr inc ipais benef íc ios do Sistema são:
para a Cemig
maior qual idade dos dados cadast ra is dos c l ientes,
contro le e segurança dos processos de faturamento,
ar recadação e atendimento;
maior integração e substituição de diversos sistemas;
atualização tecnológica e substituição do mainframe;
maior aderência aos requisitos da Lei Sarbanes-Oxley – SOX.
para o Cl iente
regist ro do h is tór ico de todos os contatos, proporc io -
nando agi l idade no atendimento e melhor ia na qual i -
dade das informações;
maior interação entre os diversos canais de comunicação
com o cliente: e-mail, telefone, mensagens na conta de ener-
gia, etc., além de ampliação dos serviços disponibilizados;
Segurança (SGQ, SGA, SGA In te rno e SGS), abrangendo
a s segu in t e s ge rênc i a s e emp reend imen to :
Tr ansm i s são – OHSAS 18001: uma ge rênc i a ;
Ge ra ção – NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS
18001: uma ge rênc i a e Us i na de I ga rapé ;
D i s t r ibu i ção – NBR ISO 14001 e OHSAS 18001:
Ge rênc i a de Manu tenção da D i s t r i bu i ção Cen t r o ;
Gerênc ias de Re lac ionamento Comerc ia l e Ser v i ços
de Cur ve lo e de Ipa t inga;
Gerência de Planejamento e Expansão Norte.
Em 2008, a Cem ig p romoveu 35 t r e i namen tos
vo l t ados pa ra a imp lan ta ção ou manu tenção dos
S i s t emas de Ges tão , que a tende ram ce r ca de 800
pa r t i c i pan te s , t o t a l i zando 482 ho ra s de t r e i na -
men to . Fo ram rea l i zadas t ambém 128 aud i t o r i a s
ex te r nas , s endo 40% de l a s r e f e r en te s à manu ten -
ção do s i s t ema .
NÚMERO DE EMPREGADOS TRABALHANDO COM SISTEMAS DE GESTÃO
Sistemas 2004 2005 2006 2007 2008
SGQ 3.812 3.909 4.296 6.052 6.993
SGA 1.024 1.084 1.694 2.056 2.307
SGS 27 27 785 926 1.473
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
ge r a ç ão d e um p r o t o c o l o ú n i c o d e a t e nd imen t o
por ser v iço;
n o va c on t a d e e ne r g i a , c om me l ho r v i s u a l i z a ç ão
das informações;
n o vo s i s t ema d e g e s t ã o d e l e i t u r a d e med i d o r e s ,
com impressão s imultânea da conta de energia.
Com relação à gestão do relacionamento comercial com
os cl ientes corporativos, geradores e distr ibuidores que
acessam o sistema de distribuição da Companhia, a Cemig
mantém uma estrutura diferenciada de forma a respei -
tar a part icularidade deste mercado. Faz parte também
do escopo deste atendimento atuar, em cooperação
com os órgãos de desenvolvimento do estado (Secreta-
r ia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas
Gerais – Sede, Instituto de Desenvolvimento Integrado
de Minas Gerais – Indi, Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais – BDMG e Companhia de Desenvolvimento
Econômico de Minas Gerais – Codemig), para promover
o desenvolvimento socioeconômico e alavancar o cres-
cimento de seu mercado, uti l izando de sua capi lar idade
nas diversas regiões do estado.
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CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
Mercado
O mercado consol idado da Cemig compreende o
mercado da Cemig Dist r ibu ição S.A., Cemig Geração
e Transmissão S.A., e das empresas contro ladas/co-
l igadas Hor izontes, Ipat inga, Sá Car valho, Bar re i ro,
Cemig PCH, Rosal e Cachoei rão, e l iminando-se as
t ransações entre essas companhias. Esse mercado
cor responde às vendas de energia real izadas para
os consumidores cat ivos e l iv res (dentro e fora do
estado), a comerc ia l ização de energia para outros
agentes do setor e lét r ico, as vendas de energia no
Cur to Prazo (CCEE) e as operações no Mecanismo
de Realocação de Energia – MRE.
A venda de energia para consumidores f inais e no ata-
cado total izou 54,1 TWh no ano de 2008, com um
acréscimo de 2,4% em relação ao ano anterior, ape-
sar de os impactos da cr ise f inanceira internacional
terem afetado o mercado a part ir de outubro de 2008.
EVOLUÇÃO DO MERCADO E TARIFAS
ENERGIA ELÉTRICA FATURADA POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO
Discriminação2007 2008 Variação
MWh (%) MWh (%) (%)
Total(1) 52.833.879 100,0 54.102.455 100,0 2,4
Venda a consumidores finais 40.078.821 75,9 42.939.935 81,3 7,1
Residencial 6.812.662 12,9 7.163.793 13,6 5,2
Convencional 5.051.448 9,6 5.263.888 10,0 4,2
Baixa Renda 1.761.214 3,3 1.899.905 3,6 7,9
Industr ial 24.183.469 45,8 26.212.267 49,6 8,4
Cativo 4.830.462 9,1 5.562.687 10,5 15,2
Livres 19.353.007 36,6 20.649.580 39,1 6,7
Comercial 4.110.503 7,8 4.422.932 8,4 7,6
Cativo 4.078.425 7,7 4.390.742 8,3 7,7
Livres 32.078 0,1 32.189 0,1 0,3
Rural 2.200.198 4,2 2.295.897 4,3 4,3
Outras(2) 2.771.989 5,2 2.845.046 5,4 2,6
Vendas no atacado 12.755.058 24,1 11.162.520 21,1 (12,5)
Vendas no ACR (lei lão) 6.483.318 12,3 7.650.983 14,5 18,0
Vendas o ACL (comercial izadores) 6.271.740 11,9 3.511.537 6,6 (44,0)
(1) Não inclui mercado da Light.(2) Inclui poder público, i luminação pública, serviço público e consumo próprio.
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Na venda a consumidores f ina i s , a energ ia fa tu -
rada em 2008 to ta l i zou 42,9 TWh, vo lume 7,1%
super io r ao va lo r ve r i f i cado em 2007. O compor ta -
mento das p r inc ipa i s c lasses de consumo es tá de -
ta lhado a segu i r :
Residencial – Cresc imento de 5,2% no volume
de energia faturada em 2008, com acrésc imo de
211.610 consumidores. O consumo médio por con-
sumidor c resceu 2,1% em re lação a 2007. Esse
desempenho pode ser expl icado pelo aumento no
número de consumidores faturados e pela inf luênc ia
pos i t iva da conjuntura soc ioeconômica, ver i f i cada
até outubro de 2008.
Industr ia l – Com par t i c ipação de 61,0% nas
vendas a consumidores f ina i s , reg i s t rou um c res -
c imento de 8,4% se comparado o ano de 2008
em re lação a 2007. Esse c resc imento deveu - se ao
aumento de 15,2% no fo rnec imento de energ ia
aos c l i en tes ca t i vos e pa rc ia lmente l i v res (c l i en tes
h íb r idos) ; vendas pa ra c l i en tes l i v res , que apresen -
ta ram aumento de 6,7% exp l i cado pe lo c resc imen -
to da a t i v idade indus t r ia l a té outubro de 2008 e
pe lo es fo r ço despend ido pe las equ ipes comerc ia i s ,
ao ap rove i ta r opor tun idades pa ra fo rma l ização de
novos negóc ios no ambiente de l i v re cont ra tação,
inc lus ive fo ra do es tado.
Comercial – Seu desempenho expl ica -se pela va-
r iação pos i t iva de 7,7% no mercado cat ivo, cu jo re -
su l tado deveu-se à conjuntura econômica favorável ,
espec ia lmente até outubro de 2008.
Rural – Crescimento de 4,3% no consumo faturado de-
vido ao bom desempenho da atividade agropecuária no
estado, evidenciado no resultado do PIB do agronegó-
cio, com crescimento de 15% até novembro de 2008.
Com re lação às vendas no atacado, a parce la de
venda às empresas comerc ia l izadoras de energia
apresentou redução de 44,0%, face à dec isão es -
t ratégica empresar ia l de d i rec ionamento da energia
para negociações com c l ientes l iv res. O aumento
de 18,0% nos volumes negociados no ACR (CCEAR)
deveu-se ao in íc io de v igênc ia de contratos com en-
t rega a par t i r de 2008 e também da venda no Lei lão
de Ajuste. O montante de energia t ranspor tada, re -
ferente aos contratos de acesso às redes de d is t r i -
bu ição por c l ientes l iv res e outras concess ionár ias,
apresentou em 2008 um decrésc imo de 0,7% com-
parado a 2007. Os fatores que contr ibu í ram para
essa redução foram a redução do consumo a par t i r
de outubro de 2008; a l to preço da energia e lét r ica
no mercado de cur to prazo (PLD) no 1º t r imestre
de 2008, levando as indúst r ias e let ro intens ivas a
para l isar e/ou diminui r a produção.
ENERGIA FATURADA DE TRANSPORTE POR CLASSE DE CONSUMO – CEMIG CONSOLIDADO
Discriminação2007 2008 Variação
MWh (%) MWh (%) (%)
Total 17.539.285 100,0 17.410.734 100,0 (0,7)
Industr ial 17.255.062 98,4 17.186.137 98,0 (0,4)
Comercial 56.762 0,3 95.446 0,5 68,15
Concessionárias 227.461 1,3 129.151 0,7 (43,2)
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CEMIG 2008
Balanço de Energia ElétricaOs recursos consol idados de energia, que compreendem
a soma da energia produzida e comprada, tota l izaram
68.318 GWh. Desse montante, a geração do Grupo
Cemig representou 48,4%; as compras compulsór ias
de I ta ipu e do Pro infa, 13,8%; as compras no ACR
(CCEAR), 18,2%; e as t ransações na CCEE e no MRE,
16,3%. Além disso, a Cemig contou com recebimentos
da ordem de 2.850 GWh de contratos b i latera is e ou-
t ros recebimentos, o que representa 4,5% dos recur -
sos tota is , e que supr i ram cargas l igadas d i retamente
na malha de d is t r ibu ição.
Dos recursos d isponíveis , 65,7% foram repassados a
consumidores f ina is , sendo 32,6% para atendimento
ao mercado cat ivo e 33,1% di rec ionados para o merca-
do l iv re. A lém disso, 10,6% foram transac ionados na
CCEE e no MRE, e 11,8%, negociados no ACR (venda
às d is t r ibu idoras).
Por meio do Balanço de Energia Elétr ica, verif ica-se que
8,5% do total de recursos, equivalentes a 5.790 GWh, re-
ferem-se a perdas de energia. Desse montante, 5.411 GWh
são relativos às perdas na malha de distr ibuição, e
378 GWh às perdas na rede básica.
Foram faturados 6,6 mi lhões de consumidores em de-
zembro de 2008, cor respondendo a uma var iação de
2,5% em re lação a 2007. O maior acrésc imo de consu-
midores ocor reu na Classe Res idenc ia l , com incremen-
to de 4,1%. Além do cresc imento vegetat ivo, houve a
rec lass i f i cação de consumidores da Classe Rura l para
esta C lasse. Foram l igadas 10 mi l novas unidades
consumidoras por meio do Programa Luz Para Todos,
per fazendo 190 mi l l igações desde sua implantação,
ocor r ida em 2004.
A tabela a segui r apresenta o número de consumidores
faturados por c lasse de consumo:
CONSUMIDORES FATURADOS POR CLASSE – CEMIG CONSOLIDADO
ClasseDezembro/2007 Dezembro/2008 Variação
Unidade (%) Unidade (%) Acréscimo (%)
TOTAL 6.440.259 12,2 6.602.213 12,5 161.954 2,5
Residencial 5.188.604 9,8 5.400.214 10,2 211.610 4,1
Industr ial 73.600 0,1 74.489 0,1 889 1,2
Cativo 73.452 0,1 74.344 0,1 892 1,2
Livres 148 0,0 145 0,0 (3) (2,0)
Comercial 560.913 1,1 578.021 1,1 17.108 3,1
Cativo 560.909 1,1 578.017 1,1 17.108 3,1
Livres 4 0,0 4 0,0 0 0,0
Rural 554.269 1,0 482.952 0,9 (1.317) (12,9)
Outras(1) 62.826 0,1 66.537 0,1 3.711 5,9
Vendas no atacado 47 0,0 46 0,0 (1) (2,1)(1) Inclui poder público, i luminação pública, serviço público e consumo próprio.
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Como as usinas do Grupo Cemig pertencem ao MRE e
sua operação é coordenada pelo Operador Nacional do
Sistema Elétr ico – ONS, o montante de Geração Pró-
pria é o resultado da decisão estratégica definida pelo
ONS para o atendimento ao mercado do sistema. Assim,
por conta da estratégia de recuperação dos níveis dos
reservatórios do sistema, a geração f ís ica das usinas
hidrelétr icas foi reduzida.
Com relação aos contratos de compra e venda de ener-
gia, no ano de 2008 houve acréscimo na venda de ener-
gia no Ambiente de Contratação Regulado – ACR, com o
início de atendimento ao contrato de CCEAR proveniente
do 2º lei lão de energia existente do Ministério de Minas
e Energia – MME, real izado em 2005.
Uma alteração signif icativa em 2008 aconteceu tam-
bém na energia recebida da UHE Itaipu. Por meio da
resolução Aneel nº 218, de 11 de abri l de 2006, as
cotas-parte da UHE Itaipu a serem uti l izadas no ano de
2008 foram atual izadas, e a Cemig Distr ibuidora teve
a sua cota-parte reduzida de 17,29% do ano de 2007
para 13,59% para o ano de 2008, da energia disponi-
bi l izada pela Itaipu Binacional para o sistema brasi leiro.
A f igura a seguir apresenta o Balanço de Energia Elétr i -
ca Consol idado da Cemig. Esse balanço não contempla
informações do consórcio RME/Light.
Qualidade da Energia
O sistema de distr ibuição, representado pelas l inhas,
redes e subestações de distr ibuição, está sujeito a in-
ter rupções. Essas interrupções têm origem na atuação
de agentes externos e internos ao sistema elétr ico, tais
como fenômenos naturais, interferências do meio am-
BALANÇO DE ENERGIA ELÉTR ICA – 2008 – MERCADO CEMIG CONSOLIDADO
Perdas(RD + RB)5.790 GWh
Requisitos Totais – 68.318 GWhRecursos Totais – 68.318 GWh
Energia Comprada 34.777Itaipu 9.021CCEAR(1) 12.428CCEE(2) 8.860MRE(3) 2.294Contratos Bilaterais 1.245Recebimento na RD(4) 394Proinfa(5) 386Co-geração 149
Energia Produzida 33.541Geração Própria 31.769Energia Autoprodução 1.062Energia Empresas Coligadas 1.316Perdas Geração RB(4) (606)
Energia Total62.528 GWh
Vendas da Cemig D no Mercado C ativo22.258 GWh
Vendas da Cemig GT às Distribuidoras8.046 GWh
Vendas da Cemig GT no Mercado Livre22.609 GWh
(6)
(7)
(8)
(9)
Vendas da Cemig Holding ao MRE391 GWh
Vendas das empresas coligadas1.392 GWh
Vendas da Cemig Holding na CCEE6.850 GWh
Repasse a autoprodutores982 GWh
(1) Contratos de comercialização de energia no ambiente regulado (2) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (3) Mecanismo de Realocação de Energia (4) RD – Rede de Distribuição Própria da Cemig e RB – Rede Básica de Transmissão (5) Programa de incentivo às fontes alternativas de energia (6) Liquidação das Energias de Curto Prazo (7) Contratos Bilaterais – Sá Carvalho, Horizontes, Pai Joaquim, Rosal, UTE Barreiro e Ipatinga (8) Vendas MRE – Cemig, Sá Carvalho, Rosal, Capim Branco e Consórcio Igarapava (9) Venda no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).
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CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
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ICA
biente, falhas, atuação dos equipamentos de proteção e
necessidades operacionais. A qualidade de fornecimento
de energia é medida por meio de dois indicadores: DEC
(Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Con-
sumidora) e FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção
por Unidade Consumidora), que são monitorados pela
Companhia e pela Agência Nacional de Energia Elétr i -
ca – Aneel. Os indicadores de continuidade DEC e FEC
apurados em 2008 foram 13,65h e 6,53 interrupções,
respectivamente. O indicador de DEC ultrapassou a meta
da Aneel17 em 3,0%. Já o indicador de FEC apresentou
uma melhoria de 33,5% em relação à meta Aneel.
No ano de 2008, foram registradas 302.089 inter-
rupções sustentadas18. Dessas, 51% foram acidentais
com origem em causas externas ao sistema (fenômenos
naturais e meio ambiente), 36% acidentais de origem
interna (falhas de equipamentos, falha humana, erros
de manobra, etc.) – total izando 87% de interrupções
acidentais, e 13% programadas. As interrupções progra-
madas, cujo objetivo é a manutenção e adequação do
sistema aos padrões de qualidade definidos pela Aneel,
em geral são precedidas de avisos, de forma a minimi-
zar o impacto do desl igamento ao consumidor.
TarifasAs tarifas de energia elétrica da Cemig Distribuição são
reajustadas anualmente e revisadas a cada cinco anos.
A metodologia para esses reajustes e revisões é definida
pela Aneel e foi objeto de Audiência Pública no ano de 2008.
Em abri l de 2008, a Cemig Distr ibuição passou pela sua
segunda revisão tarifár ia. As novas tarifas entraram em
vigor a part ir do dia 8 de abri l de 2008, quando foi
publ icada a Resolução Homologatória nº 626/2008. A
Nota Técnica nº 092/2008-SRE/Aneel e seus anexos
fornecem informações mais detalhadas sobre os valores
reconhecidos pela Aneel.
As tarifas vigentes até 7 de abril de 2008 foram rea-
justadas em -7,14%, sendo -18,09% relativos ao índice
de reposicionamento tarifário, e 10,95% relativos aos
componentes financeiros externos à revisão tarifária
periódica. O efeito médio da revisão foi de -12,24% e
está sendo aplicado de forma diferenciada por classe de
consumo. O efeito na fatura dos consumidores de baixa
tensão foi de -17,11%, enquanto as tarifas dos consu-
midores de alta tensão variaram de -13,85% a -7,97%.
2005
12,21
6,78
2006
13,03
6,46
2008
13,65
6,53
2007
13,14
6,39
DEC Apurado FEC Apurado C
INDICADORES DEC E FEC
17 As metas da Aneel para a Cemig, em 2008, eram DEC 13,24 e FEC 9,84 18 Interrupção sustentada é aquela que dura mais de 3 minutos.
32
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Para a definição dos valores considerados na compo-
sição das tarifas, a Aneel fez o levantamento da base
de ativos a ser remunerada e dos custos com base na
empresa de referência, a definição do custo médio de
capital, além de outros custos da concessionária. Esse
percentual foi provisório e poderá ainda ser alterado em
função da aprovação da nova metodologia definida na
Resolução nº 388/2008 e será corr igido no reajuste
tarifár io anual de 2009.
A Cemig Distribuição possuía, em dezembro de 2008, cerca
de 2,36 milhões de consumidores classificados como resi-
dencial baixa renda. Esses consumidores são beneficiados
pela tarifa subsidiada de baixa renda19. Para os consumido-
res com consumo até 30 kWh mensais, o benefício resulta
num desconto aproximado de 59%; 48% para o consumo
entre 80 kWh e 90 kWh; 47% para a faixa até 100 kWh;
e 35% de desconto para consumo até 180 kWh. Os consu-
midores que consomem até 90 kWh por mês também são
beneficiados com a isenção do ICMS.
Em 27 de junho de 2008, data do reajuste anual das
receitas permitidas das concessionárias de transmissão,
a Aneel publ icou os valores das receitas permitidas
reajustados20, com vigência a part ir de 1º de julho de
2008 até 30 de junho de 2009 para a Cemig Geração
e Transmissão.
A recei ta anual tota l da t ransmissora sof reu um rea-
juste de 8,09%.
19 Para receber o benefício, o consumidor deve se enquadrar em todos os critérios seguintes: pertencer à Classe Residencial atendida por circuito monofásico; ter consumo médio mensal entre 80 e 220 kWh; ser titular de apenas uma unidade consumidora; ter cadastramento no NIS – Número de Inscrição Social – ou autodeclaração; Cadastro de Pessoa Física – CPF e Identidade – RG (ou outro documento de identificação oficial com foto) cadastrados e ser pessoa física responsável pelo domicílio. Para receber o Número de Identificação Social (NIS), as famílias devem se cadastrar na prefeitura e possuir renda per capita inferior a R$120,00. 20 Por meio da Resolução Homologatória nº 670, de 24 de junho 2008.
33
CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
Gerenciamento pelo Lado da Demanda – GLD
O consumo de energia elétrica exige um volume grande
de investimentos para ser atendido. O comportamento
do consumo ao longo do dia não é constante, podendo
se concentrar em alguns momentos do dia e alguns dias
da semana. A curva de carga do consumo é a expressão
gráfica deste comportamento e, caso ocorra uma con-
centração do consumo em alguns momentos, o sistema
elétrico tem que ser todo dimensionado para atender a
este momento. Isto acarretaria uma redução da eficiência
do investimento e um desperdício de recursos. O geren-
ciamento da curva de carga visa evitar este desperdício.
A cu r va de ca rga do consumo da Cemig, cons ide rando
os seus ma is de 6,5 mi lhões de consumidores , tem
como ca rac te r í s t i ca o p i co máx imo aos sábados . Es te
fa to deve - se à e levada par t i c ipação dos consumido -
res indus t r ia i s no seu mercado e pe la in t rodução da
Ta r i fação Horo -Sazona l – THS, que induz ia a redução
de consumo des ta c lasse nos horá r ios de p i co de d ias
ú te i s po r me io da ap l i cação de ta r i fas d i fe renc iadas
de consumo de energ ia e lé t r i ca e de demanda de
potênc ia de aco rdo com as horas de u t i l i zação do d ia
e dos pe r íodos do ano.
A Tarifação Horo-Sazonal, cr iada em fevereiro de 1998,
deslocou a ponta semanal da Cemig para os sábados,
originalmente dia l ivre de horário de ponta, que pas-
saram a registrar demanda 10% superior às demandas
máximas de dias úteis.
34
CEMIG 2008
Desde o início da apl icação da THS, a Cemig promoveu
a alocação do horário de ponta de seus consumidores
industr iais de forma escalonada, uti l izando toda a faixa
de horário permitida, para se evitar a coincidência da
saída e retorno dos blocos de carga desl igados durante
o horário de ponta. Atualmente, na área de atuação
da Cemig, há uma redução contratual superior a 1.290
MW no horário de ponta provocada pela THS. Este valor
elevado de carga industr ial sendo desl igada chegou a
provocar a ocorrência de cargas mínimas entre 17 e
18 horas, principalmente durante o horário de verão.
Desde 1992, com o objetivo de reduzir a demanda má-
xima semanal aos sábados e equalizar a ponta semanal,
foi oferecida a alguns consumidores industr iais de con-
sumo intensivo a opção de adotarem o sábado como dia
de modulação em troca por outro dia da semana. Esta
atuação permitiu a redução do pico da demanda máxi-
ma desde então. Em 2008, estavam nesta situação 24
consumidores industr iais que total izaram uma redução
de 665 MW no sistema da Cemig.
O Brasi l possui estações cl imáticas pouco definidas na
região Sudeste, onde se local iza o estado de Minas Ge-
rais e a área de concessão da Cemig. Nesta região, a
estação chuvosa começa em novembro e prolonga-se
até março do ano seguinte, compreendendo parte da
primavera e quase todo o verão. Nesse período, em
2008, a demanda máxima verif icada do sistema da
Cemig foi de 6.932 MWh/h. Por outro lado, a estação
seca é verif icada entre os meses de abri l e outubro, pe-
r íodo no qual acontecem as maiores demandas do siste-
ma. Em 2008, foi verif icada uma demanda máxima de
7.521 MWh/h, recorde histórico e anual de demanda
horária. Considerando que a carga reduzida de 665 MW
permaneceu constante durante o ano de 2008, temos
as seguintes reduções percentuais:
REDUÇÃO DA DEMANDA OBTIDA POR MEIO DE PROGRAMAS DE GLD – CEMIG 2008
Verão Inverno
Demanda máxima da Cemig – MWh/h 6.932 7.571
Total reduzido – MWh/h 665 665
% 9,6 8,8
RESULTADOS E SUA DISTRIBUIÇÃOResultados Econômico-financeiros
Em 2008, o lucro l íqu ido consol idado da Cemig a lcan-
çou R$1.887 mi lhões, o que representa um aumento
de 8,3% se comparado aos R$1.743 mi lhões do exer -
c íc io de 2007. Esse resul tado é f ruto da ef ic iênc ia
do Plano Di retor da Companhia e da est ratégia a e le
l igada que, focando a sustentabi l idade no longo pra -
zo, confere so l idez à Cemig e reaf i rma sua l iderança
no cenár io nac ional .
Mesmo com a dete r io ração das cond i ções econô -
micas mund ia i s no segundo semest re de 2008, a
Companh ia manteve seu p lane jamento econômico -
f inance i ro , inc lu indo inves t imentos , amor t izações de
d ív ida e pagamento de d iv idendos a seus ac ion i s tas .
Dessa fo rma, a Companh ia cont inua sua t ra je tó r ia de
c resc imento equ i l i b rado em todos os se to res . Sempre
pautada pe la exce lênc ia operac iona l , mi t iga r i s cos e
ap rove i ta todas as s ine rg ias que a in teg ração de seus
negóc ios poss ib i l i ta , ag regando va lo r aos seus negó -
c ios e cons t r u indo um re lac ionamento de conf iança
com seus s takeho lde rs .
35
CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
Uma anál ise extens iva dos resul tados econômico- f inancei ros pode ser acessada pelo websi te de Relações com
Invest idores da Companhia, por meio do l ink : ht tp://v2.cemig. info invest .com.br/ptb/s-13-ptb.html.
A contr ibuição comparativa das empresas do Grupo para o lucro l íquido consol idado está demonstrada no quadro abaixo:
2007 Partic ipação (%) 2008 Partic ipação (%)
Cemig – Controladora (175) -10,0 (189) -10,0
Cemig Distr ibuição S.A. 774 44,4 709 37,6
Cemig Geração e Transmissão S.A. 752 43,1 986 52,2
Gasmig 46 2,6 47 2,5
Rio Minas Energia (Light) 148 8,5 129 6,8
Outras 198 11,4 205 10,9
Lucro Líquido Consol idado 1.743 100,0 1.887 100,0
Distribuição do Valor Agregado
O Va l o r E c onôm i c o Ge r a do 21 p e l a C em i g c h egou ,
em 2008 , a R$17 ,5 b i l h õ e s , r e p r e s en t a ndo um
aumen t o d e 2 ,7 % em r e l a ç ão a 2007 ( t a be l a a
s e gu i r ) . Embo r a a R e c e i t a B r u t a t e nha c r e s c i d o
5% , uma queda d e 15% da s r e c e i t a s f i n a n c e i r a s
r e d u z i u o e f e i t o d e s s e c r e s c imen t o s o b r e o Va l o r
E c onôm i c o Ge r a do .
2006 2007 2008
Valor econômico direto gerado
Receitas(1) 14.712 16.996 17.502
Valor econômico distr ibuído
Custos operacionais(2) 3.614 4.663 5.021
Salários e benefícios de empregados(3) 1.625 1.405 1.599
Pagamentos para provedores de capital (4) 2.815 2.600 2.287
Pagamentos ao Governo(5) 5.667 7.029 7.012
Investimentos na comunidade 54 45 45
Valor econômico acumulado(6) 937 1.254 1.538
Obs.: a distr ibuíção do Valor Agregado de 2007 foi recalculada devido à reapresentação dos dados contábeis relativos àquele exercício. Notas relativas a 2008: (1) Inclui Receita Bruta + PDD + Prejuízo com Alienação de Ativos + Receita Financeira (2) Inclui Insumos Adquir idos de Terceiros (-) Prejuízo com Alienação de Ativos (3) Inclui Custeio Administrat ivo da Forluz (4) Inclui a despesa f inanceira, os dividendos pagos e part ic ipação de minoritár ios (5) Inclui Impostos Taxas e Contr ibuições e Imposto Retido (6) Todos os anos incluem o Lucro Retido, Depreciação e IR Difer ido. Obs.: dados apurados segundo metodologia da GRI – indicador EC1. Para mais detalhes, ver protocolos da GRI (dimensão econômica EC1) em www.globalreport ing.org.
Nos ú l t imos t r ê s anos , ob se r va - se uma manu tenção da
pa r t i c i pa ção pe r cen tua l do s Pagamen tos ao Gove r no ,
em to r no de 40%, uma g radua l e l e vação dos Cus -
t o s Ope ra c i ona i s , que pas sa ram de 25% pa ra 29%,
e no Va lo r E conômi co A cumu lado , que pas sou de 6%
pa ra 9% em de t r imen to dos Sa l á r i o s e Bene f í c i o s
de Emp regados e dos Pagamen tos pa ra P rovedo re s
de Cap i t a l .
21 O Valor Econômico Gerado é composto por: Receita Bruta + Provisão par Devedores Duvidosos (PDD) + Prejuízo com a Alienação de Ativos + Receita Financeira.
36
CEMIG 2008
Foi organizado, no f inal dos anos 1990, o Comitê
de Pr ior ização do Orçamento, que vem atuando na
anál ise dos pro jetos de expansão constantes do p la -
no qüinqüenal de negócios, recomendando à Di retor ia
Execut iva a execução desses pro jetos e garant indo que
o retorno mínimo exig ido pelo Conselho de Administ ra -
ção se ja atendido.
Os pr inc ipais invest imentos da Cemig, l íqu idos de a l ie -
nação de par t ic ipação soc ietár ia, foram como segue:
2007 2008 Var. %
Geração 279 206 (26,2)
Distr ibuição 861 883 2,6
Transmissão 78 105 34,6
Venda da Way TV (49) - -
Gás e Outros 16 159 893,8
Total 1.185 1.353 14,2
INVESTIMENTOS
EVOLUÇÃO DA DISTR IBUIÇÃO DO VALOR ADIC IONADO 2006/2008
Valor Econômico Acumulado Pagamentos ao Governo Pagamentos a Provedores de Capital Salários e Benefícios de Empregadoss Custos Operacionais
2006 20082007
6%
39%
19%
11%
25%
7%
41%
15%
8%
27%
9%
40%
13%
9%
29%
37
CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
Geração
A Cemig, suas subsidiárias integrais e suas col igadas
possuem 58 usinas, sendo 53 hidrelétr icas, quatro ter-
melétr icas e uma eólica, com uma capacidade instalada
total de 6.579 MW.
Investimentos em Geração
Revitalização do parque gerador da Cemig
A Cemig vem real izando amplo programa de revital iza-
ção de suas usinas. O objetivo é restabelecer a vida úti l
das plantas, estimada em 30 anos pós-revital ização.
O projeto de revital ização inclui a atual ização tecnoló-
gica dos sistemas de regulação, excitação e proteção,
além das reformas dos geradores e turbinas. A revital i -
zação das plantas de geração possibi l i ta, além do res-
tabelecimento da vida úti l , aumento da confiabi l idade
operativa, maior efic iência da proteção f ís ica e elétr ica
e melhor resposta às osci lações do sistema.
Em 2008, foi concluída a revital ização da Usina de Ja-
guara. Até 2011 está prevista a conclusão do processo
de revital ização das Usinas de Três Marias, Volta Grande
e Salto Grande. O investimento total previsto das revita-
l izações é de R$36 milhões até 2011.
No período de 2009 a 2013, estão previstas as revi -
tal izações de 4 unidades geradoras da Usina de Volta
Grande e 6 unidades geradoras da Usina de São Simão,
com investimentos previstos de R$46 milhões e R$58
milhões, respectivamente.
Expansão da Geração de Energia Elétrica
Os principais empreendimentos com início de operação a
partir de 2008 e em construção estão demonstrados abaixo:
Empreendimentos Potência Participação Cemig %
Investido até 2008
R$ milhões
Início previsto da operação
Usina de Baguari 140 MW 34,0 140 2º sem/2009
PCHs Dores de Guanhães, Senhora do Porto, Fortuna II e Jacaré 44 MW 49,0 10 2º sem/2009
Usina de Santo Antônio 3.150 MW 10,0 - 1º sem/2012
PCH Pipoca 20 MW 49,0 4 1º sem/2010
38
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Empreendimentos Participação Cemig %
Investido até 2008
R$ milhões
Início previsto da operação
LT Furnas – Pimenta 51,0 7 2º sem/2009
LT Charrúa – Nueva Temuco 49,0 34 1º sem/2009
LT EBTE 49,0 7 1º sem/2010
Transmissão
A rede de transmissão da Cemig é composta por 4.957
km de l inhas de transmissão de extra-alta tensão,
11.676 estruturas bem como 37 subestações com total
de 94 transformadores e capacidade de transformação
de 15.506 MVA. A seguir, destacamos os principais in-
vestimentos em 2008:
Aumento da participação da Cemig na TBE (Transmissoras Brasileiras de Energia)
A Cemig adquir iu, junto com a Alupar Investimentos
S.A., na proporção de 95% e 5%, respectivamente, as
ações que a Brookfield detinha do capital votante das
seguintes empresas:
Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A.
EATE (17,16%)
Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A.
ETEP (19,26%)
Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A.
ENTE (18,35%)
Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A.
ERTE (18,35%)
Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.
ECTE (7,49%)
Sistema de Transmissão Catarinense S.A.
STC (13,51%)
Companhia Transmissora de Energia Elétrica
Lumitrans (13,51%)
Empresa Brasileira de Transmissão de Energia S.A.
EBTE (57,11%)
A conc lusão da operação e a efet iva aquis ição das
ações pela Cemig estão su je i tas à aprovação da t rans -
ferênc ia das ações das empresas ac ima c i tadas pela
Agência Nacional de Energia E lét r ica – Aneel , pelo
Banco Nacional de Desenvolv imento Econômico e So-
c ia l – BNDES e outros órgãos f inanc iadores.
Investimentos em Linhas de Transmissão (LT) – R$ milOs principais empreendimentos em construção estão
demonstrados abaixo:
–
–
–
–
–
–
–
–
39
CEMIG 2008
Distribuição
Em 2008, a Cemig Distr ibuição S.A. investiu na ex-
pansão do seu sistema elétr ico de alta, média e baixa
tensão o montante de R$601,8 milhões. Dentre os pro-
gramas executados, destacam-se os seguintes:
Programa Luz para Todos – Universalização do acesso e uso da energia elétrica
Para a universal ização do acesso e uso da energia elé-
tr ica, o Governo Federal inst ituiu, em 2003, o progra-
ma denominado “Luz para Todos”. O mercado atendido
pelo Programa, além dos produtores e estabelecimentos
rurais, abrange as populações atingidas por barragens,
escolas municipais e estaduais, poços de abastecimento
d’água comunitários, assentamentos rurais, comunida-
des remanescentes de qui lombos e minorias raciais.
Na primeira fase do Programa (finda em 2008), foram
l igadas cerca de 190 mil propriedades rurais, benefi -
c iando uma população de aproximadamente 855 mil
pessoas. A Cemig executou l igações nos 774 municípios
da sua área de concessão, o que coloca a Companhia
em posição de grande destaque na execução do Progra-
ma, entre as concessionárias brasi leiras.
Entre meados de 2004 e dezembro de 2008, foram
construídos quase 65 mil km de redes e instalados 116
mil transformadores e 491 mil postes. Além disso, cerca
de 1.700 painéis fotovoltaicos foram instalados em luga-
res onde não foi possível construir redes convencionais.
Para execução da segunda fase do Programa a part ir de
2008, foi celebrado com a Eletrobrás um contrato de
f inanciamento para atendimento a 55 mil beneficiár ios,
até o f inal de 2010. Vinte mil l igações serão executa-
das via Cemig, aproveitando-se de projetos e materiais
remanescentes da primeira etapa e 35 mil l igações via
empreitada integral.
Projetos de Melhoria da Iluminação Pública – ReLuz
O Programa Nacional de I luminação Pública Efic iente
– ReLuz, é um programa do Governo Federal, de f i -
nanciamento para as prefeituras por meio das conces-
sionárias, e engloba projetos de melhoria, extensão e
obras especiais de i luminação pública, com previsão de
duração até 2010.
Desde a implantação do Programa ReLuz, em 2001, a
Cemig Distr ibuição já real izou a modernização de 215
mil pontos de i luminação pública, em 290 municípios,
com investimentos de cerca de R$60 milhões.
Em 2008, foram real izados projetos em Belo Horizonte,
substituindo as luminárias e lâmpadas a vapor de mer-
cúrio por conjuntos a vapor de sódio em cerca de 20 mil
pontos22, com investimentos de R$7 milhões.
Projeto Cresceminas
O Projeto Cresceminas, caracterizado também como um
dos Projetos Estruturadores do Governo do estado, tem
como principal objetivo a ampliação da disponibi l idade
de infra-estrutura de distr ibuição de energia elétr ica
para atendimento ao crescimento do mercado no estado
de Minas Gerais.
Destacam-se no Pro jeto, as obras de reforço em subes -
tações, l inhas e redes de d is t r ibu ição, compreenden-
do um conjunto de 687 km de l inhas de d is t r ibu ição,
11 novas subestações, 101 obras de ampl iações em
22 Para mais detalhes, ver o item Eficiência e Conservação Energética, página 65 do capítulo Dimensão Ambiental.
40
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
diversas subestações existentes, 2.052 km de novas
redes de d is t r ibu ição e melhor ias e reforços em 2.750
km de redes de média tensão. O conjunto de obras
benef ic iará aproximadamente 241 munic íp ios (34%
do tota l do estado), uma população aproximada de
4 mi lhões e cerca de 1,1 mi lhão de consumidores em
todo o estado.
Estão previstos investimentos da ordem de R$759 mi-
lhões para o período 2006 a 2010, sendo que des-
se montante já foram completados investimentos de
R$312,6 milhões.
Des tacam-se em 2008 inves t imentos da o rdem de
R$120 mi lhões em l i nhas de d i s t r i bu i ção e subes ta -
ções (SE) , a ene rg i zação da SE Iga rapé 2 , na reg ião
Cen t ra l , e a conc lusão das ob ras da SE A raçua í 2 ,
na reg ião Les te .
Programa de Eletrificação Urbana – Clarear
O Programa Clarear constitui -se de obras de l igação, ex-
tensão, modif icação e reforço de rede de distr ibuição de
média e baixa tensão para atendimento a consumidores
situados em área urbana, continuando a manter anual-
mente a área urbana da concessão Cemig universal izada.
No ano de 2008, foram atendidos 188.070 consumi-
dores em área urbana com investimentos de R$87 mi-
lhões, com a instalação de 9.467 postes e extensão de
350 km de redes ao sistema elétr ico de distr ibuição.
Planos de Expansão de Alta Tensão
A Cemig Distribuição realizou no ano de 2008 investimen-
tos da ordem de R$36 milhões em expansão da subtrans-
missão, além do Projeto Cresceminas, sendo que, deste
montante, R$15 milhões foram investidos em linhas de
distribuição de alta tensão e o restante em subestações.41
CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
23 Para mais detalhes, ver itens Estações Ambientais e Pesquisas, página 57, e Energias Alternativas, página 68.
A Cemig continuou a estabelecer parcerias e intercâm-
bios com universidades, centros de pesquisa e empre-
sas. Tais parcerias visam o desenvolvimento conjunto de
projetos que envolvam desde a pesquisa de tecnologias
de ponta, na forma de protótipos, passando por convê-
nios para l icenciamentos das tecnologias desenvolvidas
até o estabelecimento de centros de excelência tecno-
lógica para real ização de pesquisa básica e apl icada.
Destacam-se, em 2008:
a implementação de acordo para a construção de quatro
protótipos de veículos movidos exclusivamente a energia
elétr ica, o que contr ibui para as iniciat ivas mundiais de
aplicação de tecnologias l impas em meios de transporte;
a aval iação de negócios sobre a tecnologia de Veículos
Aéreos Não Tripulados – VANT;
o estabelecimento das condições para o pagamento de
royalt ies à Cemig pela Nansen, decorrentes da comer-
cial ização do medidor f iscal de energia ativa (kWh).
No âmbito dos programas de P&D – Pesquisa e Desenvolvi-
mento Cemig/Aneel23, o portfolio de projetos é composto
por metodologias, softwares, dispositivos e equipamentos
necessários à operação da Companhia, além de pesquisa
de alternativas energéticas. Os valores aportados nos
42
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
projetos, de 2002 a 2008, alcançam mais de R$81 mi-
lhões. Atualmente, estão em andamento 95 projetos, nos
quais foram investidos R$7,2 milhões ao longo de 2008.
Foi realizado, por meio de consultoria externa, o
levantamento e análise das diversas tecnologias em uso
ou em desenvolvimento pela Companhia e elaborado
o benchmarking para cada uma. Desse modo, foram es-
tabelecidos os distanciamentos tecnológicos (gaps) da
Cemig nas tecnologias de interesse e que servirão como
subsídio à elaboração do Plano Estratégico de Tecnologia.
Ainda em 2008, foram criados fóruns tecnológicos
permanentes, compostos por especial istas das várias
áreas da Companhia. Esses profissionais deverão atuar
em conjunto para a consecução do Plano Estratégico
de Investimentos em P&D, bem como para a contínua
atual ização do mapeamento tecnológico real izado.
O Escr i tór io de Marcas e Patentes da Cemig atuou,
em 2008, com o Inst i tuto Nacional de Propr iedade
Indust r ia l – INPI no regist ro e acompanhamento de
9 car tas patentes, 44 pedidos de pr iv i lég io sobre in -
venções, 54 marcas e 21 programas de computador.
A inda em 2008, dois novos pedidos de patente foram
protocolados no INPI, sendo um deles o pedido de
proteção internac ional .
43
CEMIG 2008
ECON
ÔMIC
AEC
ONÔM
ICA
D I M E N S Ã O
A M B I E N T A L
A Cemig possui uma Polít ica Ambiental, publ icada desde
1990, da qual constam sete princípios que orientam
as atividades e direcionam os esforços relacionados à
proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento sus-
tentável (http://www.cemig.com.br/meio_ambiente/
infor.asp). Tais princípios são traduzidos em ações que
buscam imprimir nos empregados e parceiros a cons-
cientização para a questão ambiental.
A Cemig atua em seus negócios com foco na respon-
sabi l idade socioambiental, buscando novas soluções
e tecnologias que integrem a geração, transmissão e
distr ibuição de energia elétr ica à conservação do meio
ambiente, minimizando os impactos decorrentes de
suas atividades na sociedade. Mais informações sobre
os programas ambientais da Cemig podem ser obtidas
no website http://www.cemig.com.br/meio_ambien-
te/meioambiente.asp.
Relacionamento com a Sociedade
O relacionamento com a sociedade compreende a part i -
c ipação em Conselhos e Comitês de Meio Ambiente e de
Recursos Hídricos, a real ização de programas ambien-
tais e reuniões com órgãos e organizações ambientais,
a part ic ipação em atividades e seminários e a disponibi -
l ização de informações sobre o meio ambiente.
A Cemig patrocinou o Seminário Internacional de Sus-
tentabi l idade real izado pelo Instituto Brasi leiro de Re-
lações com Investidores – Ibri e pela Associação dos
Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de
Capitais – Apimec-MG, que contou com a presença de
analistas especial izados em sustentabi l idade da Suíça,
da Alemanha e do Brasi l .
Em parceria com o Cigré-Brasi l , a Cemig real izou o II I
Seminário Brasi leiro de Meio Ambiente e Responsabil i -
dade Social no Setor Elétr ico. O evento teve o objetivo
de reunir empresas do setor elétr ico e lançar discussões
sobre a demanda e oferta de energia, as dif iculdades
nas operações de geração e transmissão de energia, e a
necessidade de as empresas assumirem as responsabil i -
dades socioambientais.
Com o tema “Sustentabi l idade na Arquitetura”, a Cemig
part ic ipou do Seminário Arquitetura Contemporânea,
dentro da programação da Casa Cor Minas Gerais 2008,
levando conceitos ecológicos, ambientais e de uti l iza-
ção racional de energia elétr ica para um projeto de uma
residência montada na Casa Cor.
Pelo segundo ano consecutivo, a Cemig real izou deco-
ração de Natal no Edif íc io-Sede da Companhia voltada
para o tema Sustentabi l idade. Foi montado um estande
temático em que o Papai Noel conversava com um pi-
nheiro falante sobre consumo, biodiversidade e meio
ambiente, divulgando para as cr ianças conceitos sobre
a preservação da vida no planeta.
A Cemig part ic ipou do 49º Encontro Anual do Banco In-
teramericano de Desenvolvimento – BID, em Miami, no
mês de abri l de 2008, sendo convidada a montar, no lo-
cal do evento, um estande para apresentar as iniciat ivas
da Companhia em termos de energia renovável, fontes
alternativas, efic iência energética e sustentabi l idade.
45
CEMIG 2008
COMPROMETIMENTO COM O MEIO AMBIENTE
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
Anualmente, a Abradee real iza pesquisa para medir a
satisfação dos consumidores com as empresas. Dentre
os atr ibutos aval iados, destaca-se a preocupação da em-
presa com o meio ambiente. Nesse atr ibuto, a aval iação
dos consumidores em relação à Cemig foi de 86,8 pon-
tos, muito próximo da empresa melhor aval iada, que
obteve 87,5 pontos, e bem superior à pontuação média
das companhias da região Sudeste, de 80,8 pontos.
Educação Ambiental Desde 2001, a Cemig, em parceria com a Fundação Bio-
diversitas, desenvolve o Programa Cemig de Educação
Ambiental nas Escolas – O Terra da Gente (para mais de-
talhes, consultar http://www.cemig.com.br/meio_am-
biente/terra_gente/index.htm), que já contemplou até
2008, numa primeira etapa, 364 escolas da região do
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o que corresponde
a 87,7% das escolas da região com alunos do 2º ciclo
do Ensino Fundamental. Mais de 130 mil alunos rece-
beram materiais pedagógicos especialmente elaborados
para o Programa e mais de 7,8 mil professores foram
treinados nessa etapa. A segunda etapa do Programa,
agora direcionado para a região do Campo das Verten-
tes e do Sul de Minas, espera atingir 247 mil alunos de
774 escolas, local izadas em 235 municípios da região.
O Programa de Educação Ambiental desenvolvido nas Es-
tações ambientais e usinas recebeu, em 2008, 18.127
alunos de diferentes escolas da capital e interior. Duran-
te essas visitas, foram transmitidas informações sobre
geração de energia e sua relação com o meio ambiente,
bem como mensagens sobre o desenvolvimento susten-
tável e a necessidade de conservação dos ecossistemas.
A edição de 2008 da Semana do Meio Ambiente teve
como tema “O Ano Internacional do Planeta Terra e a
Efic iência Energética”. A Organização das Nações Uni-
das – ONU elegeu 2008 como o “Ano Internacional
do Planeta Terra”, direcionando as ações humanas em
favor da preservação ambiental, da conservação dos
recursos naturais e da qualidade de vida. Assim, al i -
nhado com o calendário global, a Cemig real izou seu
evento enfatizando o conceito da Terra como a fonte
vital para as necessidades diárias dos seres vivos, para
os al icerces da sociedade e das economias globais, aler -
tando sempre para o cuidado com os recursos naturais.
EVOLUÇÃO DA AVAL IAÇÃO DO ATRIBUTO ‘ ‘ EMPRESA PREOCUPADA COM A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ’’ NOS ANOS DE 2004 A 2008 (0 A 100 PONTOS)
2004
80,7
2005
85,6
2006
86,2
2007
92,3
2008
86,8
46
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
MEIO AMBIENTE – OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (R$ MILHÕES)
20,0
2006
36,8
20072005
24,1
2004
19,9
2008
42,2
MEIO AMBIENTE – IMPLANTAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS (R$ MILHÕES)
38,1
2006
7,3
2007
28,3
20082005
61,3
2004
121,8
Esse evento foi real izado no período de 16 a 27 de
junho de 2008 e contou com a part ic ipação de mais de
4.000 estudantes do Ensino Fundamental de 40 escolas
da rede pública, estadual e municipal de Belo Horizonte.
GESTÃO AMBIENTALRecursos e Programas
Em 2008, o valor apl icado em meio ambiente foi de
R$70,5 milhões, sendo R$28,3 milhões em cuidados e
ações ambientais relacionadas à implantação de novos
empreendimentos e R$42,2 milhões na operação e ma-
nutenção de instalações e na real ização de estudos e
monitoramentos. Desse total, foram investidos R$476
mil em projetos de pesquisa relacionados ao meio am-
biente. A elevação dos recursos apl icados na operação
e manutenção das instalações da Companhia deve-se
à melhoria nos processos de adequação ambiental das
instalações, bem como no monitoramento dos progra-
mas ambientais implementados.
A implantação de novos empreendimentos motivou um
aumento signif icativo de investimentos em relação ao
ano anterior, devido principalmente às obras de implan-
tação das Usinas Hidrelétr icas de Baguari e de Santo
Antônio e da Pequena Central Hidrelétr ica Cachoeirão.
47
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
Com relação aos programas de geração de energia elétri-
ca, houve avanços na metodologia de segurança de barra-
gens da Cemig, com o atendimento integral dos requisitos
de monitoramento das estruturas civis inseridos no Plano
de Segurança de Barragens. Foram elaborados os Planos
de Ação Emergenciais preliminares para o caso de ruptu-
ra de barragens, contendo os fluxogramas de comunica-
ção, os responsáveis pelas ações de resposta, a forma
de detecção da emergência e o nível de alerta, além de
iniciada a elaboração dos mapas de inundação a jusante.
Foram executadas mais de 100 obras de manutenção de
barragens, de adequação da infra-estrutura de geração e de
adequação ambiental, com ênfase nas obras de reavaliação
e restabelecimento das condições de segurança estrutural
e funcional de barragens e estruturas civis associadas.
Na operação e manutenção de l inhas de transmissão, fo-
ram adotadas ações preventivas e corretivas constantes
em áreas degradadas por processos erosivos. Em 2008,
a Cemig manteve o convênio de cooperação com o Ins-
t i tuto Estadual de Florestas – IEF para apoio ao com-
bate a incêndios f lorestais no estado de Minas Gerais.
A Cemig recebeu, em novembro de 2008, a primeira
Subestação – SE móvel do mundo, cuja f inal idade é
atender emergências e manutenções programadas nas
subestações convencionais, agi l izando a prestação de
serviços e o atendimento a áreas afetadas pela subes-
tação defeituosa. A SE móvel é totalmente isolada a
óleo vegetal e tem potência de 15 MVA, sufic iente para
atender a uma população de aproximadamente 50 mil
habitantes. Ao contrário do óleo mineral isolante, o óleo
vegetal é biodegradável, portanto, sua uti l ização reduz
signif icativamente os possíveis impactos ambientais de-
correntes de eventuais vazamentos. Além disso, traz
vantagens técnicas como a redução do r isco de incêndio
e o aumento da vida úti l do equipamento.48
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Na distr ibuição de energia elétr ica, destaca-se o de-
senvolvimento de Rede de Distr ibuição Aérea Isolada
Monofásica – RDIM, uma alternativa que está sendo
adotada pela Companhia para locais densamente arbo-
r izados e com cargas de baixa tensão monofásicas. A
RDIM impede a ocorrência de desl igamentos acidentais,
seja por interferência de árvores, descargas atmosféri -
cas ou animais, permitindo o deslocamento dos animais
pelo cabo entre um poste e outro, sem se acidentarem
com choque elétr ico.
Em 2008, a Cemig adquir iu para o Programa Luz Para
Todos 5.743 transformadores monofásicos com potên-
cias variando entre 5 kVA e 15 kVA, padronizados com
núcleo de metal amorfo. Esses equipamentos propor-
cionam uma redução de até 80% das perdas em vazio,
aumentando a efic iência e gerando uma economia anual
de energia calculada em 280 MWh, o sufic iente para
atender 300 consumidores de baixa renda por um ano.
O banco de dados do Pro jeto Verde Minas, que conso-
l ida o geor referenc iamento das unidades de conser va-
ção local izadas no estado de Minas Gera is , cont inua
sendo atual izado. Em 2008, o Inst i tuto Estadual de
F lorestas – IEF, órgão ambienta l responsável pela
ident i f i cação dessas unidades, forneceu à Cemig os
mapas geor referenc iados de novas áreas ambienta is
para inc lusão no Pro jeto.
Recursos Hídricos A estratégia usada pela Cemig na gestão dos recursos hídri-
cos no ano de 2008 foi de manutenção e ampliação de sua
participação nos Conselhos Estadual e Nacional de Recur-
sos Hídricos e nos Comitês de Bacias Hidrográficas – CBHs
onde a Companhia possui aproveitamento hidrelétrico.
Ao longo do ano de 2008, foram pagos pela Cemig
R$131,4 milhões referentes a Compensação Financeira
pela Uti l ização de Recursos Hídricos para a Geração de
Energia Hidroelétr ica – CFURH, o equivalente a 6,75%
do va l o r da ene rg i a p roduz i da . Des se mon tan te ,
R$14,6 milhões (parcela de 0,75% dos 6,75%) foram
destinados exclusivamente à implementação da Pol ít ica
Nacional de Recursos Hídricos, ao custeio do Sistema
Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e à preserva-
ção, recuperação e manutenção dos recursos hídricos,
conforme a Lei Federal nº 9.984, de julho de 2000.
A Cemig continuou com as ações do Plano de Comuni-
cação nas comunidades das áreas de influência de seus
reservatórios e com os veículos de comunicação locais,
objetivando apresentar o funcionamento das usinas e a
operação dos reservatórios, principalmente no período
chuvoso, dessa forma criando uma parceria empresa-po-
pulação-imprensa para troca de informações e atuação
durante eventos cr ít icos.
A Companhia, com o objetivo de manter a população in-
formada, disponibi l iza para a imprensa falada e escr ita as
informações atual izadas sobre os reservatórios, sobre o
nível dos r ios e quantidade de chuva em pontos de controle.
Desde 2003, a Cemig vem real izando at iv idades pre -
vent ivas contra a presença do mexi lhão dourado em
suas us inas e também promovendo encontros com as
comunidades s i tuadas no entorno dos reser vatór ios.
Esse molusco afeta a qual idade da água, compet indo
por a l imentos com algumas espéc ies de peixes, o que
at inge d i retamente a v ida da comunidade e o t rabalho
dos pescadores. Em 2008, foram real izados t rês en-
contros, com o objet ivo de d iscut i r com a população as
formas de infestação pelo mexi lhão dourado nos r ios
e reser vatór ios.
49
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
Novos Empreendimentos Hidrelétricos
A Cemig, par t ic ipante do consórc io UHE Baguar i , em
parcer ia com o Grupo Neoenergia e Furnas Centra is
E lét r icas, tem dado prosseguimento à const rução da
Usina Hidre lét r ica de Baguar i , de 140 MW no muni -
c íp io de Governador Valadares. Estão em andamento
as ações ambienta is necessár ias à implantação do em-
preendimento, em atendimento às exigênc ias do Plano
de Contro le Ambienta l e o cronograma ambienta l . A
obtenção da L icença de Operação da us ina está pre -
v is ta para 2009.
Foram concluídas as obras de implantação pela Cemig,
em parceria com a Santa Maria Energética, da primeira
usina construída por meio do Programa Minas PCH24, a
pequena Central Hidrelétr ica – PCH Cachoeirão, local i -
zada nos municípios de Pocrane e Alvarenga, no Leste
mineiro. Com 27 MW de potência, a PCH obteve a Licen-
ça de Operação com a conclusão dos projetos ambien-
tais previstos no Plano de Controle Ambiental relativos
à esta etapa do l icenciamento ambiental.
Por meio do consórc io Madei ra Energ ia, a Cemig está
par t ic ipando da const rução da Usina Hidre lét r ica de
Santo Antônio, de 3.150 MW, que será erguida no Rio
Madei ra, no estado de Rondônia. As ações soc ioam-
bienta is necessár ias à implantação dessa us ina com-
preenderam, em 2008, programas de conser vação da
f lora, resgate da fauna, programas de monitoramento
da ic t iofauna, ações de comunicação e programas so-
c ia is , entre outros. A Cemig par t ic ipa desse empre-
endimento com a parce la de 10%, sendo o in íc io da
operação da us ina prev is to para 2012.
Licenciamento Ambiental
O l i cenc iamento ambienta l é conduz ido de fo rma a
assegura r a aná l i se adequada de todos os es tudos e
re la tó r ios desenvo lv idos e o p ronto a tend imento aos
ó rgãos competentes pe la ques tão ambienta l . Des ta -
ca - se em 2008, a rea l i zação de reun iões com as Su -
pe r in tendênc ias Ambienta i s Reg iona i s do es tado de
Minas Gera i s (Suprams) das nove Reg iona i s , com o
ob je t i vo de esc la rece r e ident i f i ca r in fo rmações ne -
cessá r ias pa ra conc lusão do L i cenc iamento Cor re t i vo
24 Para mais detalhes, ver o item Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas, página 68.
50
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
nas ins ta lações da Geração e Transmissão da Cemig,
regu la r izando os empreend imentos de aco rdo com o
requ i s i to lega l .
Em 2008, a área da Cemig responsável pelo l icencia-
mento ambiental da geração e transmissão foi cert if ica-
da na ISO 9001:2000 (Sistema de Gestão da Qualida-
de) no escopo de Serviço de Licenciamento de Geração
e Transmissão e Consultorias Ambientais em Empreendi-
mentos e Instalações.
A Cemig obteve as seguintes licenças ambientais em 2008:
l i c e n ç a d e o p e r a ç ã o c o r r e t i v a ( e m p r e e n d i m e n -
t o s c o n s t r u í d o s a n t e s d a l e g i s l a ç ão amb i e n t a l d e
1986) – PCHs Joasa l , Pac iênc ia e Gafanhoto , S i s te -
ma de Transmissão Les te ;
l icença de operação da PCH Cachoeirão, que entrou em
operação no f inal de 2008;
autorização ambiental de funcionamento da Usina Eól i -
ca do Morro do Camelinho e de Descarga de Fundo de
todas as PCHs.
Gestão de Materiais e Resíduos
A Cemig possui uma área cert if icada em conformidade
com o Sistema de Gestão Ambiental e da Qualidade, que
é responsável pela tr iagem, separação do material para
reuti l ização, reaproveitamento, al ienação e destinação
f inal. Em 2008, foram reciclados ou al ienados 6.845
toneladas de materiais e equipamentos, 32% a mais
do que em 2007. Dentre os materiais reciclados estão
isoladores de porcelana e lâmpadas. Foram al ienados
transformadores, sucatas metál icas de medidores, reato-
res, cabos, f ios, pneus e baterias. Ressalta-se que os ar-
rematantes desses materiais e equipamentos atendem à
habil i tação cadastral da Cemig, conforme requisitos am-
bientais e de segurança baseados na legislação vigente.
Além disso, foram tratados e reuti l izados, pela própria
Cemig, 130 mil l i t ros de óleo mineral isolante retirados
dos equipamentos elétr icos.
Receberam destinação f inal adequada 754 toneladas de
resíduos, 100% a mais que em 2007. A elevação desse
número se deve, principalmente, à substituição de apro-
51
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
2004
1.716
477
2005
3.145
273
2006
3.518
453
2007
4.685378
2008
6.845
754
TOTAL DE MATERIA IS REC ICLADOS OU REUT IL IZADOS E DE RES ÍDUOS ENCAMINHADOS PARA DEST INAÇÃO F INAL – 2004/2008 (TONELADAS)
Materiais reciclados ou reutilizados Destinação fi nal adequada de resíduos
ximadamente 40% do isolamento térmico da caldeira da
Usina Térmica de Igarapé, o que gerou um maior volume
de resíduos, como lã de vidro, ful igem, plástico, sucatas
de alumínio e de fer ro.
Foram incineradas 57 toneladas de pequenos equipamen-
tos contaminados com ascarel, óleo isolante composto por
Bifenila Policlorada (PCB). A legislação brasileira proíbe
comercialização de PCBs desde 1981 e, apesar de permitir
sua utilização em equipamentos que ainda estejam em ope-
ração, na Cemig todos os equipamentos de grande porte,
com data de fabricação anterior a 1981, foram retirados
do sistema e encaminhados para incineração em 2001. Os
pequenos equipamentos estão sendo identificados, retira-
dos e encaminhados para incineração.
Foram co-processadas 507 toneladas de resíduos im-
pregnados e/ou contaminados com óleo (luvas, estopas
e serragem) e 19,2 toneladas de óleo mineral isolante
impróprio para uti l ização em equipamentos elétr icos.
As lâmpadas f luorescentes de suas instalações e de
i luminação pública provenientes da área de concessão
da Companhia são recolhidas e encaminhadas para des-
contaminação e reciclagem. Em 2008, cerca de 300
mil lâmpadas usadas e 5,4 toneladas de lâmpadas
quebradas foram descontaminadas e recicladas. Foram
encaminhadas também para a reciclagem mais de 157
mil lâmpadas incandescentes provenientes da troca do
t ipo de i luminação no contexto do Programa Luz para
Todos, que leva eletr ic idade às comunidades carentes
do estado de Minas Gerais.
No gráfico a seguir, constam os totais de materiais recicla-
dos ou reutilizados e os resíduos que receberam destinação
final (co-processamento, incineração e aterro licenciado).
O aumento da quantidade de materiais reciclados ou
reuti l izados é reflexo da evolução na gestão e no pro-
cesso de tr iagem dos materiais ocorr ida nos últ imos
anos. Considera-se que a al ienação é parte do processo
de destinação f inal de resíduos e/ou materiais e gera
receita, destacando-se que 6.571 das 6.845 toneladas
de materiais foram al ienadas, proporcionando uma re-
ceita de R$10,1 milhões para a Cemig.
52
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
CONSUMO TOTAL DE ÁGUA 2004/2008 (M 3)
2004
335.921
2005
274.064
2006
292.060
2007
350.913
2008
423.590
A operacionalização da Impressão Corporativa na Cemig,
nos escr itór ios do Edif íc io-Sede e Prédio Itambé, ambos
situados em Belo Horizonte, possibi l i tou a padronização
dos serviços de impressão (cópia, fax e digital ização),
por meio da instalação de 76 impressoras com recurso
de impressão frente e verso, possibi l i tando assim a re-
dução do consumo de papel em 51,8%, no ano de 2008
e, também, a logíst ica de retorno de 98% dos tonners de
impressão para destinação adequada pelo fornecedor.
A campanha de Coleta Seletiva nas maiores instalações
da Cemig, local izadas na Região Metropolitana de Belo
Horizonte, proporcionou em 2008 o recolhimento de
cerca de 109 toneladas de material reciclável, sendo 63
toneladas de papel, 31 toneladas de papelão e 15 tone-
ladas de plástico. Todo esse material foi repassado para
a Organização Não-Governamental – ONG, Associação
dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaprovei -
táveis de Belo Horizonte – Asmare.
Consumo de Água
A busca pela redução do consumo de água nas insta-
lações da Cemig está orientada nas áreas por meio de
campanhas de conscientização e acompanhamento de
indicadores.
Visando maior efic iência e redução do consumo de água,
ocorreu a reforma dos 70 banheiros do Edif íc io-Sede da
Cemig, com a instalação de 536 peças (incluindo senso-
res automáticos e de presenças) que proporcionaram uma
economia de aproximadamente 2.000 m³ de água num
período de três meses (setembro a dezembro de 2008).
O gráfico acima exibe o consumo total de água das áreas
operacionais e administrativas l igadas à geração prove-
niente de usinas hidrelétr icas, transmissão e distr ibuição
de energia elétr ica. O consumo total de água uti l izada no
processo industr ial nas usinas térmicas da Cemig (Igara-
pé, Barreiro e Ipatinga) foi de 1.078.370 m3 em 2008.
Consumo de Energia
O consumo de ene rg i a na Cem ig r e su l t a do consumo
to ta l de ene rg i a e l é t r i c a nas i n s t a l a ções i ndus t r i a i s
e e s c r i t ó r i o s e dos combus t í ve i s u t i l i z ados em sua
f r o t a de ve í cu l o s e ae ronaves e na Us i na Té rm i ca
de I ga rapé .
53
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA (GIGAJOULE – GJ) NOS ANOS DE 2004 A 2008
2004 2005(4) 2006(4) 2007 2008
Energia Elétr ica(1) 196.826 115.239 121.315 172.295 166.266
Combustíveis(2) 366.250 326.109 301.135 279.978 281.999
Igarapé(3) 256.000 177.000 1.282.800 2.370.000 2.450.000
Total 819.076 618.348 1.705.250 2.822.273 2.898.265
(1) Consumo próprio das instalações e escr itór ios. (2) Gasol ina, óleo diesel e querosene de aviação da frota da Cemig. (3) Óleo combustível uti l izado na Usina
Térmica de Igarapé. (4) Os dados de 2005 e 2006 de consumo de energia elétr ica não incluem o consumo das instalações da Cemig GT.
Ao se aval iar o período 2004/2008, ocorreu uma redu-
ção no consumo de energia elétr ica de 15,5%, resulta-
do principalmente da conscientização dos empregados e
dos projetos de efiencientização energética.
A consol idação do Controle Total de Frota – CTF está per-
mit indo a gestão do processo de abastecimento dos veí -
culos da Companhia, obtendo-se no período 2004/2008
uma redução no consumo de combustíveis de 23%.
Além disso, a Pol ít ica de Renovação e Adequação da
Frota de Veículos adotada pela Companhia estabelece
um teto de cinco anos para a idade média da frota. Em
2008, foi aprovado o projeto de locação e gestão de
veículos de carga e de passageiros, total izando 1.193
veículos a serem substituídos em 2009.
A Usina Térmica (UTE) de Igarapé, colocada em ope-
ração para atendimento às contingências no sistema
elétr ico interl igado e, em 2008, para exportação de
energia para Argentina e Uruguai, mais uma vez foi
a principal consumidora de energia na Cemig, sendo
responsável por 84,5% da energia consumida. Com ca-
pacidade instalada de 131 MW, uti l iza como insumo
energético óleo combustível e funcionou por 2.985 ho-
ras em 2008. A Cemig possui duas usinas térmicas que
uti l izam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases
residuais gerados nos processos industr iais siderúrgicos.
São elas a Usina Térmica Ipatinga (40 MW) e a Usi -
na Térmica do Barreiro (12,9 MW), em parceria com
duas siderúrgicas integradas, respectivamente, Usinas
Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – Usiminas e Side-
rúrgica Vallourec&Mannessman. Em 2008, elas consu-
miram, juntas, 6.644.967 GJ de insumos energéticos.
Entretanto, essa energia não é contabi l izada no cálculo
do Consumo Total de Energia da Cemig, pois os com-
bustíveis uti l izados – os gases residuais de processos
industr iais – geram energia elétr ica para uti l ização nas
próprias plantas industr iais.
Convivência com a Arborização Urbana
A queda de árvores sobre redes elétr icas é a segunda
maior causa de interrupções acidentais da distr ibuição
de energia, sendo que na Cemig esses números atin-
giram aproximadamente 26 mil ocorrências em 2008.
Diante desse fato, é necessário aprimorar as técnicas
de manejo de árvores urbanas, bem como estimular o
plantio de espécies adequadas próximo à rede elétr ica.
Para promover uma convivência harmoniosa entre as re-
des de distr ibuição e a arborização urbana, a Cemig rea-
54
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
l iza podas direcionais, consideradas a técnica mais ade-
quada para ser uti l izada próxima às redes de distr ibuição
aéreas, e ministra cursos de arboricultura e poda de árvo-
res para diversas prefeituras do estado de Minas Gerais.
Com o ob je t i vo de es t imu la r o p lan t io de espéc ies
ap ropr iadas às cond i ções u rbanas , tan to do ponto
de v i s ta ambienta l e pa i sag í s t i co quanto técn i co , a
Companh ia fo rneceu às p re fe i tu ras 26 mi l mudas e
300 kg de sementes adequadas ao p lan t io p róx imo a
redes de d i s t r ibu i ção.
Em 2008, a Cemig promoveu o II Seminário de Manejo
de Arborização Urbana junto a Sistemas Elétr icos, em
parceria com a Sociedade Brasi leira de Arborização Ur-
bana – SBAU e com a International Society of Arboricul -
ture – ISA. O evento, que contou com a part ic ipação de
especial istas nacionais e internacionais, representantes
de prefeituras e de concessionárias de energia elétr ica
de todo o país, teve como objetivo discutir e aprimorar
as técnicas de manutenção de árvores junto a redes de
distr ibuição de eletr ic idade, a part ir do intercâmbio de
informações entre os profissionais dessa área, além de
estreitar o relacionamento entre prefeituras e concessio-
nárias de energia elétr ica.
A Companhia adotou, desde março de 1999, a Rede
de Distr ibuição Protegida – RDP como seu novo padrão
mínimo de atendimento urbano em substituição definit i -
va às redes convencionais nuas, tornando-se a primeira
Concessionária do Brasi l a adotar a RDP como padrão
mínimo de atendimento urbano.
Atualmente, a Cemig possui 5.750 km de redes protegidas
e isoladas no sistema primário, representando 17,8% do
total de redes urbanas primárias. Em relação às redes ur-
55
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
banas secundárias, 23.955 km são de redes isoladas, re-
presentando 43,8% do total de redes urbanas secundárias.
Sistema de Gestão Ambiental Na Cemig, as áreas podem se cert if icar em Sistema de
Gestão Ambiental – SGA, conforme a Norma NBR ISO
14001:2004, ou adotar um Sistema de Gestão Interno
denominado SGA Nível 1, desenvolvido considerando-se
os princípios e requisitos da Norma NBR ISO 14001.
Possuem cert if icação conforme a NBR ISO 14001:2004
as Usinas Hidrelétr icas de Nova Ponte, Itutinga, São
Simão, Miranda e Rosal, a Estação Ambiental de Ga-
lheiro, a Gerência de Usinas do Oeste e a Gerência de
Segurança de Barragens.
São cert if icadas em SGA Nível 1 as seguintes áreas:
geração: UHEs de Camargos, Três Marias, Volta Grande,
Jaguara, Emborcação, Salto Grande e a UTE de Igarapé;
transmissão: Gerências de Operação e Manutenção da
Transmissão do Leste, do Sudeste e do Triângulo;
distr ibuição: Planejamento, Expansão, Operação e Ma-
nutenção do Norte, Sul e Oeste; Relacionamento Co-
mercial e Serviços de Ipatinga, João Monlevade, Pouso
Alegre, Montes Claros, Divinópolis e Uberlândia;
materiais, logística e serviços – Logística e Armazenamen-
to (Centros de Distribuição de Material Jatobá e Centro de
Distribuição Avançado de Igarapé) e a área de Qualidade
de Material e de Fornecedores.
Em 2008, foram certificadas conforme a NBR ISO
14001:2004 a Usina Hidrelétrica de Irapé e a Gerência
das Usinas do Leste com o escopo: gestão de operação,
manutenção e administração das usinas da região Leste.
Na área de distribuição de energia elétrica, receberam certi-
ficação conforme NBR ISO 14001:2004 as seguintes áreas:
Gerência de Manutenção da Distr ibuição Centro, com
o escopo: execução de manutenção de 28 subestações;
Gerências de Relacionamento Comercial e Serviços de
Curvelo e de Ipatinga, abrangendo 11 municípios, com
o escopo: atendimento a cl ientes em agência e por agen-
tes; l igação de unidades consumidoras; restauração da
i luminação pública; restabelecimento de energia; corte
e rel igação; manutenção do sistema elétr ico em redes
de distr ibuição por meio das atividades de l inha viva e
inspeção de rede; construção de redes de distr ibuição;
Gerência de Planejamento e Expansão Norte, abrangen-
do 116 municípios, com o escopo: expansão, mapea-
mento e cadastro; planejamento do sistema elétr ico de
distr ibuição e gestão econômico-f inanceira.
Na área de materiais e logíst ica, foi cert if icado em SGA
Nível 1 o Centro de Distr ibuição Avançado local izado no
município de Governador Valadares.
Com as cert if icações obtidas em 2008, a capacidade
instalada de geração de energia cert if icada nos Siste-
mas de Gestão Ambiental passou de 5.407 MW para
5.767 MW, o que representa 89% da capacidade insta-
lada de geração da Cemig. No que se refere às Linhas
de Transmissão acima de 230 kV, atualmente 63% do
parque da Companhia está cert if icado.
Um aspecto relevante é que todas as unidades da
Cemig com interferências no meio ambiente, indepen-
dentemente da implantação de um Sistema de Gestão
Ambiental, devem atender a um conjunto de diretr izes
dos “Requisitos Mínimos de Adequação Ambiental”,
56
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
patamar inicial do Sistema de Gestão Ambiental da Ce-
mig estabelecido para o controle e a proteção do meio
ambiente, incluindo a aval iação de seus impactos e pla-
nos de ação para correção das questões identif icadas.
ESFORÇOS PARA A BIODIVERSIDADE Estações Ambientais e Pesquisas
As estações ambientais da Cemig são áreas uti l izadas
para a real ização de estudos sobre a fauna e a f lora,
atividades de educação ambiental e visitas programa-
das. Essas estações ambientais possuem mais de 4.000
hectares de áreas protegidas estando distr ibuídas nas
Reservas Ambientais de Galheiro e de Jacob (ambas Re-
servas Part iculares do Patr imônio Natural – RPPNs), de
Volta Grande, de Peti (cr iada em 1983), de Itutinga,
de Machado Mineiro e a área protegida de Taquari l .
Em relação à fauna, na Estação Ambiental de Peti
desenvolve-se, em parceria com Instituto Brasi leiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –
Ibama, o Projeto Asas – Área de Soltura de Animais
Si lvestres, recebendo, recuperando e reintroduzindo
animais provenientes de apreensões real izadas pela
Pol íc ia de Meio Ambiente e Ibama. Em 2008, foram
recebidos 581 animais de 61 espécies diferentes, a
exemplo do jacu, canário-chapinha, pintassi lgo, coleiro,
azulão, tr inca-fer ro, bigodinho, sabiá- laranjeira, curió,
sabiá-poca, pássaro-preto, arara canindé, canário-da-
ter ra, papa-capim, t iziu, i rerê, pato-do-mato, ananaí,
sabiá-barranco, dentre outras. Além dos animais recebi -
dos nesta estação ambiental, reproduziu também, por
meio do Projeto Profauna, animais das espécies irerê,
pato-selvagem, cutia, ananaí, mutum-do-sudeste. Ao
todo, foram l iberados 377 animais nas estações am-
bientais da Companhia.
A Cemig vem desenvolvendo diversos projetos na área
ambiental dentro do Programa de Pesquisa e Desenvol-
57
CEMIG 2008
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ENTA
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TAL
vimento P&D, gerenciados pela Agência Nacional de
Energia Elétr ica – Aneel, com universidades e inst itui -
ções de pesquisas.
Com recursos provenientes do programa Cemig/Aneel,
seis projetos de P&D relativos a meio ambiente estão
em andamento nas áreas de ict iofauna, l imnologia e
aspectos ambientais afetos à operação de usinas, siste-
mas de transposição de peixes e recursos hídricos.
Iniciado em 2004, por meio de convênio entre a Cemig
e Fundação Zoobotânica, o Programa de Monitoramento
do Lobo-Guará visa à preservação do maior canídeo da
América Latina. Por esse programa desenvolveu-se um
Projeto de pesquisa sobre a ecologia do lobo-guará, uti -
l izando tecnologia de telemetria via satél ite na Estação
Ambiental de Galheiro.
Como resultados do Projeto foram identif icados 15 lo-
bos na Estação Ambiental de Galheiro, sendo que quatro
foram monitorados no período de 2004 a 2008 uti -
l izando a metodologia de Radiotelemetria, permitindo
assim estudar o comportamento desses animais, tais
como: al imentação, reprodução e ocupação na Reser-
va. Ainda no âmbito do Programa, estão previstas ati -
vidades voltadas para a divulgação do Projeto para a
sociedade, o envolvimento dos proprietários rurais e a
educação ambiental.
Programa para a Ictiofauna (peixes)
Visando assegurar conhecimento e melhoria das práticas
de manejo da ict iofauna das bacias do baixo e médio
r io Grande, r io Araguari e r io Paranaíba, a Cemig iniciou
a contratação das obras do “Centro de Excelência em
Ict iologia de Volta Grande”, a ser implantado em 2010.
Esse Centro tem como meta ser referência nacional em
gestão de recursos pesqueiros, desenvolvendo e transfe-
r indo tecnologia na área para demais concessionárias de
energia e centros de pesquisa. Pretende-se, com isso,
que os r iscos ambientais para a Cemig associados aos
impactos envolvendo peixes se reduzam nos próximos
anos, à medida que formas de manejo mais efetivas
sejam desenvolvidas pelo Centro.
Com o objetivo de repovoar e manter a biodiversidade dos
reservatórios da Cemig e dos rios de Minas Gerais, foram
realizados em 2008, com a participação de alunos e repre-
sentantes de diversos setores da sociedade, 114 peixamen-
tos em mais de 47 municípios do estado de Minas Gerais.
A Cemig produziu e foram soltos cerca de 616 mil ale-
vinos de diferentes espécies de peixes nativas das ba-
cias dos r ios Grande, Paranaíba e Pardo. Para garantir
essa produção de alevinos e cr iar oportunidades para
a geração de renda, um sistema de parceria entre a
Cemig e produtores rurais prevê assistência técnica e
fornecimento de larvas por parte da Companhia, que
recebe o equivalente a 50% dos peixes produzidos nos
tanques das fazendas. Em 2008, a parceria garantiu a
destinação para a Cemig de 234 mil alevinos.
Além dos alevinos produzidos pela Cemig, seja em suas
estações ambientais ou da parceria com produtores
rurais, foram produzidos e soltos na bacia do r io São
Francisco outros 36.100 alevinos por meio do convênio
Cemig e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do
São Francisco e Parnaíba – Codevasf, na Estação de
Hidrobiologia e Piscicultura da Usina de Três Marias,
pertencente à Codevasf.
58
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Destaque também para o trabalho realizado com a re-
produção do Jaú (Paulicea lutkeni), espécie ameaçada
de extinção e de valor comercial significativo para os
pescadores. O cultivo e o manejo de populações do Jaú
em sistemas de cultivo semi-intensivo e outros sistemas
artificiais ainda são pouco conhecidos. Em parceria com
universidades, estão sendo desenvolvidos estudos sobre a
história de vida inicial, alevinagem e hábito alimentar do
Jaú, que permitirão compreender vários aspectos de sua
biologia, dentre os quais destacam-se os desenvolvimen-
tos embrionários e larval, aspectos de seu crescimento
e mortalidade e as inter-relações na cadeia alimentar.
PRODUÇÃO DE ALEV INOS PARA SOLTURA NAS ESTAÇÕES DA CEMIG – 2004/2008 (MILHARES)
2004
547
2005
719
2006
445
2007
484
2008
616
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CEMIG 2008
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TAL
Programa Peixe Vivo
A Cemig lançou, desde 2007, o Programa Peixe Vivo
(http://www.portalpeixevivo.com.br/), com o com-
promisso de aumentar esforços na busca e implantação
de soluções para evitar/mitigar impactos sobre a ictio-
fauna e ampliar os programas de conservação de peixes,
em parceria com as comunidades, pescadores e univer-
sidades. Esse programa conta com uma equipe compos-
ta de profissionais das áreas de biologia, engenharia
e comunicação social. A junção dessas áreas permite
desenvolver medidas mais eficientes para prevenção
e mitigação de impactos causados ao meio ambiente
por construções e operação de usinas hidrelétricas.
O Programa real iza, por meio de uma equipe espe-
cial izada, o monitoramento sistemático da ict iofauna
a jusante das usinas, em procedimentos programados
que possam fornecer r isco para a ict iofauna. As in-
formações geradas nesses monitoramentos subsidiam
as programações das operações nas usinas para que
sejam real izadas com maior segurança ambiental, ou
seja, menos impacto para a ict iofauna.
Em 2008, a Cemig realizou um intenso trabalho de re-
lacionamento com as comunidades situadas nas bacias
hidrográficas onde a Companhia tem empreendimen-
tos, no âmbito do Programa Peixe Vivo. O objetivo
foi estabelecer canais de comunicação e envolver os
públicos locais, pesquisadores, órgãos ambientais e
autoridades no desenvolvimento de parcerias, visan-
do à preservação e melhoria da ictiofauna da região.
Diversas atividades foram desenvolvidas no ano de
2008 junto com a comunidade, por meio do Progra-
ma Peixe Vivo, dentre elas:
Projetos:
Linha Viva – Criado para ser um contato direto com
a operação da usina para comunicar as alterações
do nível do r io aos r ibeir inhos e receber informações
sobre movimentação de cardumes, auxi l iando no pla-
nejamento operativo, e demais demandas;
Tecendo a Rede – Criado para que o público conheça a
usina interagindo com as atividades do Programa Peixe
Vivo. O diferencial deste Projeto é que um represen-
tante do grupo de visitantes passa a ser o orientador
do grupo de visitas seguinte, e assim sucessivamen-
te, constituindo uma rede de contatos e informações.
Eventos:
peixamentos inéditos nos r ios Jequit inhonha e Paraíba
do Sul, além da soltura nas bacias dos r ios São Fran-
cisco, Paranaíba, Pardo e Grande;
real ização de concursos específ icos para cr ianças,
que receberam material informativo e lúdico, como o
l ivro vir tual Peixinho Dourado;
reedição de duas publicações – os guias de peixes do
r io São Francisco e r io Grande e uma edição especial
da Revista Ação Ambiental, de responsabil idade da
Universidade Federal de Viçosa;
veiculação de um programa de rádio, semanalmente,
com 30 edições inéditas em rádios da área de abran-
gência da Usina de Três Marias;
uma barqueata que reuniu moradores, pescadores e am-
biental istas para a coleta de l ixo no r io São Francisco,
onde foram retiradas em torno de cinco toneladas de lixo .
60
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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Sementes e Mudas
A Cemig possui dois viveiros f lorestais local izados nas
Estações Ambientais de Itutinga e de Volta Grande e
um laboratório de sementes. A existência desses vivei -
ros decorre da necessidade de suprir a demanda dos
programas ambientais desenvolvidos pela Companhia.
A produção de mudas é programada em função da de-
manda própria e de prefeituras, ONGs, órgãos públicos
e instituições de meio ambiente, para uti l ização em
programas de proteção ao meio ambiente. Em 2008, a
produção de mudas aumentou 19% comparativamente a
2007, sendo produzidas 416 mil mudas.
PRODUÇÃO DE MUDAS – 2004/2008 (MILHARES)
2004
415
2005
190
2006
392
2007
350
2008
416
Foram coletados, em várias regiões do estado de Mi-
nas Gerais, 1.000 kg de sementes de um total de 230
espécies f lorestais nativas, que foram beneficiadas e
com as quais foram real izados testes de germinação
no Laboratório de Sementes da Cemig. Essas sementes
foram destinadas aos Viveiros Florestais da Companhia
e ao intercâmbio com outras inst ituições.
Em 2008, foram recompostos 48 hectares de matas
ci l iares nas margens dos reservatórios da Companhia,
em parceria com os produtores rurais interessados.
61
CEMIG 2008
Conforme tabela a seguir, a energia gerada pela Cemig é proveniente, basicamente, de fontes renováveis sendo que,
em 2008, 98,1% da geração originou-se de fonte hidrául ica.
PARQUE GERADOR DA CEMIG EM 2008
FonteCapacidade Instalada
%Geração – 2008
%MW MWh
Total Cemig 6.572 100 33.412.535 100
Hidrául ica 6.387 97,2 32.777.313 98,1
Térmica – óleo combustível 131 2,0 204.999 0,6
Térmica – gases de processos(1) 53 0,8 430.186 1,3
Eólica 1 - 37 -
(1) As UTEs Barreiro e Ipatinga uti l izam gases de alto-forno, alcatrão e outros gases residuais gerados nos processos industr iais siderúrgicos.Obs.: a geração l íquida reflete a geração na barra da usina, enquanto no balanço de energia é considerada a geração no centro de gravidade. Para reflet ir a geração efetiva no centro de gravidade, é necessário considerar a apl icação das perdas da rede básica.
Portanto, as emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE
da Cemig Escopo 1 resultam de uma usina térmica a
óleo combustível, da frota de veículos e aeronaves da
Companhia, e de emissões de SF625 provenientes de
equipamentos instalados em redes de distr ibuição elé-
tr ica e em subestações.
As emissões de GEE aumentaram devido às emissões da
usina térmica a óleo combustível, que representaram 89%
das emissões totais. A UTE Igarapé, com capacidade ins-
talada de 131 MW, opera para atendimento das contin-
gências do Sistema Elétrico Interl igado Brasileiro e, em
2008, operou por 2.985 horas, sendo que parte dessa
operação foi destinada à venda de energia para a Argen-
tina e Uruguai. As emissões de CO226 provenientes da UTE
Igarapé totalizaram 184.571 toneladas de CO2 em 2008.
As emissões de CO2 provenientes da frota de veículos e
aeronaves mantiveram praticamente o valor de 2007,
total izando 19.368 toneladas de CO2 em 2008, apre-
sentando uma redução acumulada de 20% no período
2004/2008.
Em 2008, o total de emissões de CO2 da Cemig represen-
tou 207.657 toneladas, e o valor de intensidade de emis-
sões foi igual a 6,21 kgCO2eq/MWh, considerado muito
abaixo da média das empresas com base na geração
térmica. Se comparada a uma empresa fictícia do setor
elétrico, constituída em partes iguais de usinas a carvão
mineral, gás natural e óleo combustível, a intensidade
de emissão de CO2, dessa seria de 750 kgCO2/MWh27 28.
As emissões de GEE Escopo 2 na Cemig são p ro -
ven ientes exc lus ivamente do consumo de energ ia
e lé t r i ca u t i l i zada em suas ins ta lações indus t r ia i s e
esc r i tó r ios , p roven iente do S i s tema In te r l i gado Na -
c iona l (S IN)29. A e levação das emissões em 2008
fo i em decor rênc ia da e levação do fa to r de emissão,
que passou de 0,0293 ton CO2/MWh em 2007 para
0,0484 ton CO2/MWh em 2008.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
25 Hexafluoreto de enxofre: gás utilizado em equipamentos da indústria de eletricidade 26 Gás carbônico ou dióxido de carbono 27 Fatores de emissão por energético, em kgCO2/TJ: gás natural (56.100 kgCO2/TJ); óleo combustível (73.300 kgCO2/TJ); carvão mineral (98.300 kgCO2/TJ) Fonte de referência: 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories 28 Considerou-se nos cálculos o rendimento médio para geração de energia elétrica: gás natural (40%); óleo combustível (35%); carvão mineral (35%). 29 A emissão dos gases de efeito estufa nesta atividade é dada por fatores de emissão desenvolvidos pelo coeficiente de uso dos combustíveis fósseis na produção de energia elétrica do “grid” nacional do sistema elétrico nacional interligado (SIN), principalmente pela atividade das usinas termoelétricas. Para os fatores de emissão Escopo 2, foram utilizados os dados fornecidos pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e 2008. Para os anos de 2004 e 2005, foi utilizado para os fatores de emissão do ano de 2006.
62
CEMIG 2008
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DIME
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Na Tabela abaixo encontram-se as emissões atmosféricas de dióxido de carbono equivalente (CO2), dióxido de enxofre
(SO2) e óxido de nitrogênio (NOX) da Cemig, no período 2004/2008.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS DE CO2, SO2 E NOX
Ano 2004 2005 2006 2007 2008
Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa – GEE Escopo 1 (toneladas equivalentes de CO2)
(1) (2) 40.676 35.145 119.846 203.236 207.657
Emissões indiretas de Gases de Efeito Estufa – GEE Escopo 2 (toneladas equivalentes de CO2)
(3) 1.766 1.034 1.088 1.402 2.235
Emissões de SO2 (toneladas) 48,5 32,3 241,1 1431,2 1382,4
Emissões de NOx (toneladas) 34,8 30,1 81,1 607,4 422,4(1) A conversão e padronização de unidades para toneladas CO2 eq. foram feitos com base na metodologia proposta pelo GHG Protocol (2) Para os limites do inventário, foram conside-radas a Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais S.A., Cemig Distribuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A. Os fatores de emissão de combustíveis foram atualizados para todos os anos do inventário para fi ns comparativos. Foram utilizados os seguintes fatores de emissão: Gasolina (22% – 25% de etanol): 2,17 kg de CO2/L, Diesel: 2,68 kg/L; fonte de referência: US EPA: Inventory of US GHG Emissions and Sinks: 1990 – 2005 Querosene de aviação: 3150 kg CO2/t; fonte: IPCC, 2006. (3) Os fatores de emissão para Escopo 2 foram utilizados do Ministério de Ciência e Tecnologia para os anos de 2006, 2007 e 2008. Para os anos de 2004 e 2005, foram utilizados o fator de emissão do ano de 2006.
30 O SO2 e NOX são gases causadores de chuva ácida.
As emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxido de
nitrogênio (NOX)30 são provenientes da queima de com-
bustíveis por usinas térmicas. Em 2008, essas emissões
foram inferiores a 2007, justif icado, principalmente,
pelo aumento da eficiência energética da Usina Térmica
de Igarapé, que reduziu o consumo específ ico de óleo
combustível uti l izado na usina (tonelada de óleo/MWh
gerado) e, em conseqüência, as emissões específ icas de
CO2, SO2 e NOX. A UTE Igarapé foi responsável por 65% e
71% das emissões totais de SO2, e NOX, respectivamente.
Inserida no contexto de oportunidades relacionadas a
mudanças cl imáticas e al inhada com os esforços mun-
diais de redução dos Gases de Efeito Estufa, encontra-se
em operação a Usina Térmica do Barreiro – UTE Barreiro,
com a produção de energia elétr ica a part ir de gases de
processo industr ial de uma siderúrgica. Embora seja de-
tentora de 100% dos ativos, a Cemig cedeu os créditos
de carbono auferidos por esse projeto para a empresa
siderúrgica Vallourec&Mannessman, que é a fornecedo-
ra do combustível usado na usina (gases de processos).
63
CEMIG 2008
AMBI
ENTA
LAM
BIEN
TAL
A UTE Barreiro possui seu projeto aprovado no Meca-
nismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo
de Kyoto, já registrado no Comitê Executivo do UNFCCC
– United Nations Framework Convention on Cl imate
Change (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudanças Cl imáticas), e já obteve os CERs – Cert if ied
Emission Reductions (Cert if icados de Redução de Emis-
sões – CREs) por meio do projeto registrado na UNFCCC
sob o nome Project 0143 – UTE Barreiro S.A. Renewable
Electr ic ity Generation Project (Projeto UTE Barreiro de
Geração de Energia a part ir de Fonte Renovável). Para
mais detalhes, favor acessar: http://cdm.unfccc. int/
pro jec ts/DB/DNV-CUK1134505349.88/view.html31.
Em 2008, a Eff ic ientia, empresa de serviços pertencen-
te à Cemig que atua na área de soluções energéticas,
iniciou o desenvolvimento de um projeto de obtenção de
créditos de carbono dentro do ambiente do MDL. Trata-
se de um projeto de co-geração de energia que uti l iza
gás de alto-forno. O projeto já possui seu documento
de concepção publicado na página de internet da UN-
FCCC http://cdm.unfccc. int/projects/validation/DB/
EZW11ESY15ECD7DZWI09D9AV533UF1/view.html e
está atualmente em fase de val idação por uma Entidade
Operacional Designada (EOD).
Cabe destacar, no âmbito das Pequenas Centra is Hi -
dre lét r icas, que a Cemig e seus sóc ios nas SPEs – So-
c iedades de Propós i to Espec í f i co Pr ivadas – ass inaram
com a Carbotrader, empresa espec ia l izada no setor,
contratos para o desenvolv imento de pro jetos de MDL
– para as PCHs Cachoei rão (27 MW), Dores de Gua-
nhães (12 MW), Senhora do Por to (14 MW), For tuna
I I (9 MW) e Jacaré (9 MW). Os pro jetos estão em
fase f inal de e laboração do Documento de Concepção
do Pro jeto (DCP).
Além disso, as medidas adotadas pela Cemig para con-
tr ibuir para a redução das emissões de gases de efeito
estufa compreendem ainda programas de efic iência e
conservação energética, energia solar, pequenas cen-
trais hidrelétr icas e pesquisa de energias alternativas.
Foram identif icados e inventariados todos os projetos
implantados, em desenvolvimento e em estágio de es-
tudos, que podem part ic ipar do MDL e que, ao mesmo
tempo, representam potenciais geradores de créditos
de carbono para a Cemig e suas empresas col igadas.
A Cemig possui uma metodologia que permite a ava-
l iação prévia de viabi l idade técnico-econômica de um
novo empreendimento da Companhia, considerando-se
a elegibi l idade e a quantif icação das emissões evitadas
com base nas metodologias aprovadas pelo IPCC de po-
tenciais projetos de MDL. Pretende-se possibi l i tar que as
diversas áreas da Companhia, assim como suas subsi -
diár ias e col igadas possam, no momento da concepção
de um novo projeto, adotar uma aval iação que leve em
consideração o MDL em suas análises de viabi l idade e
tomada de decisão.
A Cemig part ic ipa de fóruns e grupos de trabalho, entre
os quais o fórum de Mudanças Cl imáticas do Estado de
Minas Gerais e a Câmara Técnica de Energia e Mudanças
do Cl ima – CTClima do Conselho Empresarial Brasi leiro
para o Desenvolvimento Sustentável – CEBDS.
A Cemig respondeu, em 2008, ao questionário do Carbon
Disclosure Project 6, relatório global formulado mundial -
31 Para mais informações sobre MDL, UNFCCC e assuntos relacionados a mudanças climáticas, acesse www.unfccc.int, www.ipcc.ch e www.mct.gov.br.
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CEMIG 2008
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NSÃO
DIME
NSÃO
mente por investidores inst itucionais com o objetivo de
apurar e divulgar informações das empresas sobre suas
pol ít icas de mudanças cl imáticas e estratégias para re-
duzir r iscos ambientais em seus processos. As respostas
da Cemig, disponíveis em português e inglês, podem ser
encontradas no seguinte endereço: http://v2.cemig.
in fo invest .com.br/ptb/3800/CDP6_cemig_por t .pdf .
Efi ciência e Conservação Energética
Os recursos destinados a projetos de efic iência energé-
t ica representaram, no ano de 2008, R$23,5 milhões e
referem-se ao Programa de Efic iência Energética – PEE
Cemig/Aneel. Proporcionaram redução no consumo de
energia de 56.278 MWh/ano e redução na demanda de
ponta de 12,8 MW. Com esses programas, conseguiu-se
uma redução na emissão de gases de efeito estufa de
2.723 ton CO2eq.32 de forma indireta, uma vez que os
programas foram real izados em instalações de tercei -
ros. A energia que foi economizada é capaz de abaste-
cer aproximadamente 39 mil residências com consumo
médio de 120 kWh/mês.
Um dos projetos do Programa que teve continuidade
neste ano foi o “Aquecimento de Água com Energia So-
lar em Conjuntos Habitacionais”, por meio da parceria
iniciada em 2002 entre a Cemig e a Companhia Habi-
tacional do Estado de Minas Gerais – Cohab e a Secre-
tar ia de Estado do Desenvolvimento Regional e Pol ít ica
Pública – Sedru. Neste ano, foram instalados 1.098
coletores solares de pequeno porte em 7 cidades do es-
tado de Minas Gerais, que proporcionaram uma redução
no consumo de energia de 812 MWh/ano e de deman-
da de 549 kW, com investimentos de R$2,5 milhões.
Foram real izados 30 diagnósticos energéticos em hospi -
tais de grande porte, o que resultou em um potencial de
instalação total de 5.000 m2 em placas coletoras. Esses
sistemas serão implementados nos próximos dois anos
32 Considerou-se o fator de emissão brasileiro de 0,0484 ton C02 eq./MWh.
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CEMIG 2008
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ENTA
LAM
BIEN
TAL
e proporcionarão uma redução no consumo de energia
de 3.000 MWh/ano e de demanda de 2.200 kW, com
investimentos de R$8,7 milhões.
O Projeto Conviver, iniciado em 2006, para orientar
os cl ientes de baixa renda sobre medidas de efic iência
energética está voltado para as comunidades populares
da Região Metropolitana de Belo Horizonte e conta com
o trabalho de agentes de relacionamento comunitário.
Em 2008, foram doados 2.000 refr igeradores e 2.000
kits recuperadores de calor para chuveiro elétr ico. Essas
ações proporcionaram economia de 2.156 MWh/ano no
consumo e redução 900 kW na demanda de energia,
com investimentos de R$6,7 milhões. A Cemig real izou
toda a logíst ica das doações (recebimento, custeio, ar-
mazenamento, registro f iscal/contábi l e distr ibuição).
Outro projeto do Programa de Eficiência Energética (PEE)
da Cemig/Aneel é o “Cemig nas Escolas – Procel”, que
é um programa de educação ambiental uti l izado como
canal de comunicação para levar aos professores e alu-
nos dos Ensinos Fundamental e Médio as questões de
combate ao desperdício de energia elétrica, proteção ao
meio ambiente e segurança no manuseio com energia.
São disponibil izados gratuitamente os materiais didáti -
cos/pedagógicos para as escolas contempladas.
Em 2008, todos os levantamentos e aquisições foram
real izados, e até 2011 serão capacitados 9 mil profes-
sores, que treinarão 700 mil alunos de 1.000 escolas,
com investimentos previstos de R$4,5 milhões.
O Programa Integração Efic iente Sustentável – IES,
que tem como objetivo propagar os conceitos de edu-
66
CEMIG 2008
cação sustentável, com o foco na capacitação, difusão
da cultura da efic iência e integração sustentável, vem
atuando como uma agência na estruturação de núcleos
de integração nas comunidades regionais. Está imple-
mentando três iniciat ivas: Projeto Roteiro da Efic iência
(Formação de Mult ipl icadores em Hotéis Fazenda);
Projeto Comunidade Efic iente (Ensino e Distr ibuição de
Equipamentos em Comunidades Rurais); Projeto Ensine
(Ensino Sustentável e Integração de Núcleos de Efic iên-
cia, para escolas rurais).
Para a implementação dos projetos de efic iência energé-
t ica no setor rural, a Cemig conta com sua unidade de-
nominada Fazenda Energética, local izada em Uberaba,
no Triângulo Mineiro. Em 2008, a Fazenda Energética
promoveu 13 eventos visando à conscientização sobre a
importância do uso efic iente da energia em prol do desen-
volvimento sustentável, onde part ic iparam 569 pessoas.
Destaca-se também o projeto de substituição dos siste-
mas de ir r igação do Distr i to de Ir r igação de Jaíba (DIJ),
no Norte de Minas, onde serão instalados 1.044 sis-
temas, dos quais 89 já foram substituídos em 2008,
mediante um investimento total de R$13,7 milhões,
com recursos do Programa de Efic iência Energética
(PEE) da Cemig – Aneel. Os novos sistemas de ir r iga-
ção são totalmente automatizados e mais efic ientes,
proporcionando uma economia de energia de até 55%
e da água uti l izada na ir r igação de até 45%, gerando
ainda redução no valor da fatura mensal, que engloba
água e luz.
Esta iniciat iva proporcionará uma economia de quase 9
mil MWh no consumo e redução de mais de 2,7 mil kW
na demanda de energia, e representa uma inovação en-
tre os programas de efic iência energética voltados para
a população de baixa renda real izados em todo o país,
pois i rá atender colonos de áreas ir r igadas coletivas,
que dependem da agricultura para geração de renda.
No Projeto de Melhoria da I luminação Pública – ReLuz,
f inanciado pela Eletrobrás, em 2008 foram real izados
em Belo Horizonte projetos de substituição de luminá-
r ias e lâmpadas a vapor de mercúrio por conjuntos a va-
por de sódio, com investimentos de R$7 milhões. Foram
substituídos cerca de 20 mil pontos, com redução anual
de 700 kW de demanda e 3.000 MWh de energia.
Desde a implantação do Programa ReLuz, em 2001, a
Cemig já real izou a modernização de 215 mil pontos de
i luminação pública em 290 municípios, com investimen-
tos de cerca de R$60 milhões, levando a uma redução
anual de 6.700 kW de demanda e 29.000 MWh no
consumo de energia.
A Eff ic ientia S.A., empresa de serviços pertencente à
Cemig, atuando na área de soluções energéticas, re-
al iza projetos de efic iência energética em indústr ias,
órgãos públicos e empresas. A Eff ic ientia foi cert if ica-
da, no ano de 2006, conforme a NBR ISO 9001:2004,
sendo a primeira empresa brasi leira de Esco – Energy
Service Company (Empresa de Serviços em Energia) a
ser cert if icada. Dentre os trabalhos desenvolvidos em
2008, destaca-se a implementação de uma planta de
co-geração com capacidade de geração total de 6 MW,
que uti l iza o gás residual de alto-forno de uma usina
siderúrgica. A energia total gerada pela planta será de
37.000 MWh/ano.
67
CEMIG 2008
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TAL
Além disso, a Eff ic ientia f inal izou a implantação de
cinco projetos de efic iência energética nas áreas de
i luminação, refr igeração e modernização de plantas
industr iais, economizando mais de 3 mil MWh/ano de
energia elétr ica.
A economia de energia gerada por estes projetos ul -
trapassou os 40 mil MWh/ano, o que corresponde ao
consumo anual de 29,8 mil residências com consumo
médio de 120 kWh/mês e representa uma redução de
emissões anual de aproximadamente 2 mil toneladas
equivalentes de CO2.
Gás e Pequenas Centrais Hidrelétricas
A Gasmig é uma empresa pertencente à Cemig e à
Gaspetro, empresa da Petrobras, e tem como objetivo
potencial izar os benefícios do uso do gás natural. Por
meio do fornecimento de gás natural para indústr ias e
veículos automotores, a Gasmig proporciona a substitui -
ção de combustíveis mais poluentes pelo gás natural.
O Programa Minas PCH, promovido pela Cemig, tem
como objetivo ampliar o parque gerador da Companhia
por meio da implantação de Pequenas Centrais Hidre-
létr icas (PCHs) no estado de Minas Gerais, visando
desenvolver projetos de geração, alavancando assim
o desenvolvimento de mercados regionais no estado.
A implantação e exploração das PCHs se faz por Socie-
dades de Propósito Específ ico – SPEs privadas, tendo
como acionistas empresas autorizadas pela Aneel, in-
vestidores e a Cemig (com part ic ipação de até 49%). A
comercial ização da energia é feita por meio de contrato
de venda que será f i rmado entre a SPE e o consumidor.
A Cemig cr iou em Itajubá um Núcleo de Excelência em
PCHs e vem trabalhando para ampliar o número dessas
usinas com o auxí l io do Programa Minas PCH, que pre-
tende adicionar ao parque gerador mineiro 400 MW nos
próximos anos. Assim, a Companhia já está construindo
seis PCHs, perfazendo um total de 91 MW e investimen-
tos da ordem de R$380 milhões. Encontram-se em fase
de estudos de engenharia e estruturação de negócio
mais 20 PCHs, com potência total instalada de 304 MW.
ENERGIAS ALTERNATIVASA Cemig tem investido em projetos de uti l ização de
fontes de energia renováveis, com destaque para bio-
massa, pequenas centrais hidrelétr icas, energia solar e
geração eól io-elétr ica. Adicionalmente, tem investido
em projetos de uso racional da energia, co-geração e
geração distr ibuída.
Biomassa
No âmbito do Programa Mineiro de Incentivo ao De-
senvolvimento do Setor Sucroalcooleiro, foram firmados
protocolos de intenções com as usinas de açúcar e ál -
cool que pretendem se instalar em Minas Gerais, sendo
signatários o estado de Minas Gerais, a Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Econômico – Sede, o Banco
de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG, o Institu-
to de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais – Indi
e a Cemig.
No f inal de 2008, a Cemig t inha celebrado parcerias
com 8 empresas, sendo 2 pela celebração de memo-
rando de entendimentos e 6 por meio de acordos de
confidencial idade.
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CEMIG 2008
DIME
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DIME
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Além disso, a Cemig pesquisa, em parceria com univer-
s idades e centros de pesquisa, a viabi l ização de proje-
tos de geração de energia uti l izando a biomassa. Um
marco importante foi o desenvolvimento e construção,
com tecnologia nacional, do primeiro motor Stir l ing aco-
plado diretamente a uma fornalha para queima de ca-
vacos de madeira. Essa instalação experimental permite
a geração de 9 kW de energia elétr ica com a queima
direta de biomassa. Os projetos continuam com a de-
monstração das tecnologias de microturbinas, co-gera-
ção com chi l ler de absorção e gaseif icação de biomassa.
Energia Solar
Os trabalhos pioneiros da Cemig na área de energia
solar, tanto em sua forma fotovoltaica quanto sob a
forma solar térmica, uti l izando coletores planos e con-
centradores solares, tem ajudado a cr iar alternativas de
oferta de energia e de aumento de efic iência para con-
sumidores no estado de Minas Gerais. A Cemig, entre
2006 e 2007, instalou energia fotovoltaica em 1.667
residências para atender ao Programa Luz para Todos.
Em 2008, foram substituídos 250 desses sistemas por
novas unidades. Foram também instalados e interl iga-
dos à rede quatro geradores de 3 kWp de potência, sen-
do um deles na PUC/MG, em Belo Horizonte, e outro na
Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da
Cemig (EFAP) em Sete Lagoas. O sistema fotovoltaico
de microgeração distr ibuída da Efap está al imentando o
Núcleo de Energia Solar Fotovoltaica, com previsão de
geração em torno de 6 MWh/ano.
A Cemig continua investindo em projetos de P&D para
purif icação do si l íc io metalúrgico existente em Minas
Gerais e desenvolvimento de células fotovoltaicas de
baixo custo. Outra iniciat iva da Companhia refere-se à
pesquisa e experimentações relativas ao uso de ener-
gia solar térmica para produção de energia elétr ica por
meio de termelétr icas solares, uti l izando concentrado-
res ci l índrico-parabólicos, e para aquecimento de água
de forma central izada, uti l izando coletores solares pla-
nos (calor distr i tal para comunidades de baixa renda).
Energia Eólica
A Cemig foi a primeira companhia do país a operar usi -
nas eól icas, com a construção da Usina Morro do Came-
l inho, em 1994, que também foi a primeira a fornecer
energia para o sistema elétr ico nacional.
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CEMIG 2008
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Foi efetuado levantamento do potencial eól io-elétr ico
de alguns sít ios promissores no estado de Minas Gerais
e iniciado um projeto de pesquisa e desenvolvimento de
geradores eól io-elétr icos de pequeno porte adaptados a
instalações em regiões montanhosas, com potencial de
atendimento a local idades remotas.
Em fevereiro de 2009, a Cemig adquir iu 49% de part ic i -
pação societária em três parques eól icos de propriedade
da Energimp S.A. local izados no Ceará: Central Eól ica
Praias de Parajuru (28,8 MW), no município de Be-
beribe (a 110 km de Fortaleza), Central Eól ica Praia
do Morgado (28,8 MW) e Central Eól ica Volta do Rio
(42,0 MW), ambas no município de Acaraú (a cerca de
250 km de Fortaleza), total izando 99,6 MW de potên-
cia instalada. O investimento será de R$213 milhões.
A conclusão da operação e a efetiva aquisição das ações
pela Cemig estarão sujeitas à aprovação da Agência Nacio-
nal de Energia Elétrica – Aneel, da Caixa Econômica Fede-
ral e da Eletrobrás. Além disso, a operação será notificada
ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade.
Resíduos Sólidos
A Cemig vem buscando viabi l izar oportunidades de ge-
ração de energia a part ir de resíduos sól idos urbanos.
Para isso, foi iniciada a elaboração de um estudo téc-
nico sobre as principais tecnologias comerciais e dos
fornecedores, com levantamento das característ icas
gerais, apl icação da tecnologia e custos de referência
para a implantação de usinas para geração de energia
a part ir de resíduos, incluindo exploração de aterros
sanitários e geração de energia a part ir de resíduos de
poda de árvores.
Biodiesel
A Companhia vem trabalhando, junto com outros órgãos
do estado e centros de pesquisas, para a consol idação
da tecnologia de produção do biodiesel em Minas Ge-
rais, com a uti l ização da identif icação das vocações
regionais para a cultura de oleaginosas, da construção
de uma planta-pi loto de pequeno porte para produção
experimental desse combustível e também da implanta-
ção de infra-estrutura laboratorial em órgão de pesquisa
do estado para qualif icar e cert if icar esse combustível e,
dessa forma, contr ibuir para a sua inserção no mercado
nacional. Encontra-se em funcionamento o Laboratório
de Biocombustível da Fundação Centro Tecnológico de
Minas Gerais (Cetec), com capacidade de produção de
1.000 l itros/dia de biodiesel. Em 2008, deu-se conti -
nuidade ao projeto, com uti l ização do biodiesel produ-
zido no laboratório para a geração de energia elétr ica,
de forma experimental, em um grupo motor gerador e
em uma microturbina.
Hidrogênio
A Cemig conta com um laboratório experimental para
produção de hidrogênio via eletról ise e por reforma de
etanol, que em 2008 operou de forma integrada e pro-
duzindo um gás com pureza de 99,9%. Os principais de-
safios para viabi l izar esse energético são a diminuição
dos custos de produção, o armazenamento e o trans-
porte desse combustível. O hidrogênio será uti l izado
inicialmente como combustível para teste das células a
combustível, para suprir demandas internas e também
como elemento químico para purif icação do si l íc io, a ser
uti l izado em projeto de P&D para desenvolvimento de
células fotovoltaicas, que se encontra em andamento.
70
CEMIG 2008
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Células a Combustível
Atenta às oportunidades que podem advir dessa tecno-
logia, a Empresa desenvolve, desde 2000, projetos de
P&D em temas l igados a células de baixa temperatura
(PEM) e de alta temperatura (SOFC). No tocante à célu-
la PEM, encontra-se em andamento projeto de P&D para
desenvolvimento de nanotubos de carbono, membranas
pol iméricas e apl icação de técnicas de DLC (Diamond-
l ike Carbon) visando redução de custos e dependência
externa de componentes. Quanto à célula SOFC, foi rea-
l izada adequação do laboratório de pi lhas a combustível
e foram real izados, durante o ano, os primeiros testes
com os protótipos denominados PA e PB, projetados e
construídos com tecnologia totalmente nacional. Após
análise dos resultados obtidos com os ensaios nos pro-
tótipos, será real izada a montagem e testes do protóti -
po de pi lha a combustível de 50 W. Foi iniciado também
o desenvolvimento de um sistema integrado de geração
de energia a part ir da gaseif icação de biomassa por
acionamento de células combustíveis SOFC.
Veículo Elétrico
A Cemig, em parceria com Itaipu Binacional e Fiat Auto-
móveis, está desenvolvendo um projeto de pesquisa e de
estudo de viabilidade técnica e econômica da utilização
de veículos movidos a energia elétrica. No final de 2008,
foram recebidos quatro veículos elétricos Palio Weekend.
A Companhia vai testar os protótipos em sua frota, visan-
do avaliar aspectos operativos e de manutenção e desen-
volvimento de tecnologia nacional.
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CEMIG 2008
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D I M E N S Ã O
S O C I A L
Alinhadas com a Missão da Cemig, as questões rela-
cionadas à responsabil idade social fazem parte de seu
cotidiano e são tratadas de forma estratégica na Orga-
nização. Desta forma, este tema engloba ações inter-
nas relacionados às pessoas, que são um dos principais
agentes de mudanças para os desafios e necessidades
estratégicas enfrentados pela Cemig, por meio de sua
Pol ít ica de Recursos Humanos, mas também trata de
questões externas por meio de seus projetos sociais re-
lacionados a cidadania e cultura e do excelente relacio-
namento com o mercado, cl ientes e seus fornecedores e
prestadores de serviços.
GESTÃO DO CAPITAL HUMANOO Alinhamento Estratégico do Capital Humano da Cemig,
implantado desde 2005, visa promover a gestão estra-
tégica das competências, a valorização dos empregados
e seu comprometimento com os resultados da Compa-
nhia de forma a promover um ambiente que fortaleça
o elevado desempenho das pessoas e da Organização.
O passo seguinte fo i a implantação do Sistema de
Gestão Est ratégica do Capi ta l Humano, cu jo objet ivo
é a l inhar o modelo de gestão de recursos humanos à
est ratégia organizac ional , incorporando v isão de lon-
go prazo e focal izando ações que agreguem valor aos
negócios e favoreçam uma gestão integrada. Nele, a
Gestão do Desempenho é o e lo entre a est ratégia da
Cemig e os d iversos processos de gestão de pessoas,
demonstrando como as d i ret r izes est ratégicas são apl i -
cadas na Companhia.
O P rocesso de Ges tão do Desempenho envo lve to -
dos os empregados e v i sa ao desenvo lv imento das
competênc ias es t ra tég i cas que levam à melhor ia de
resu l tados , po r me io de es tabe lec imento de metas
e aco rdos ind iv idua i s e de equ ipes re lac ionados às
d i re t r i zes empresa r ia i s .
Esse processo encontra-se também implantado desde
2005, pautado primeiramente em dois t ipos de com-
petências estratégicas: competências essenciais e com-
petências de l iderança. Em 2006, em condição experi -
mental, foi incluído um terceiro t ipo de competência,
vinculada às atividades da Organização e diretamente
relacionada com a cadeia de valor do negócio – as com-
petências técnicas.
Em dezembro de 2007, foi real izado o terceiro cic lo de
aval iação de desempenho, e os resultados dessas ava-
l iações serviram, assim como nos anos anteriores, de
base para as alterações salariais individuais, mediante
progressões horizontais e vert icais, conforme previsto
no Acordo Coletivo Específ ico para Implantação do Pla-
no de Cargos e Remuneração na Cemig.
Nos três primeiros cic los da Gestão de Desempenho,
5.736 empregados foram contemplados com alterações
individuais de salário, seja por progressão horizontal ou
vert ical, sendo que a cada ciclo são contemplados, apro-
ximadamente, 20% dos empregados, total izando 55%
do quadro total de empregados nos três cic los. Para o
quarto cic lo, previsto para abri l de 2009, de Gestão do
Desempenho, está prevista a complementação dos fa-
tores de aval iação, incluindo as competências técnicas,
que darão maior assert ividade para o endereçamento
das ações de desenvolvimento, aumentando a efetivida-
de da Gestão do Desempenho.
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CEMIG 2008
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Diversidade do Quadro de Empregados
Dos 10.422 empregados da Companhia, 7.135 são
brancos, 419 são negros, 2.824 são mulatos, 29 são
orientais e 14 são índios. Dos empregados que ocupam
cargos de gerência/supervisão, 208 são brancos, 25
mulatos e 2 orientais.
As mulheres representam 13,6% do total de empre-
gados efetivos – várias ocupando cargos de gerência,
cargos-chave e, inclusive, cargos que até então eram
ocupados exclusivamente por homens – como os cargos
de eletr ic ista, operador de usinas e técnico de operação
do sistema.
Destaca-se também que a Cemig cumpre r igorosamente
a Lei Estadual nº 11.867 de 28/07/1995, e destina
10% das vagas oferecidas em concurso público para
pessoas portadoras de defic iência f ís ica. Atualmente, a
Companhia tem em seu quadro 52 portadores de defic i -
ência f ís ica e, durante o ano de 2008, 23 empregados
foram readaptados.
Atração e Retenção de Talentos
A Cemig busca atrair e reter seus talentos por meio
da apl icação da pol ít ica de gestão do capital humano,
que considera diversas ações, incluindo: programa de
treinamento para todos os empregados, programa de
progressão profissional, programa de saúde e de segu-
ro, programa de remuneração baseado em desempenho
– competências e resultados, plano de aposentadoria,
administrado pela Fundação Forluminas de Seguridade
Social – Forluz.
Além destes programas, a Cemig tem como prática os
processos de mobil idade, seleção interna e recrutamen-
to externo, alocando profissionais com devidas compe-
tências, conforme requerido nos perf is de cargos, com
o objetivo de atender às necessidades da Organização.
74
CEMIG 2008
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Não há como negar que a migração entre carreiras de
naturezas diferentes apresenta dif iculdades para a Com-
panhia e empregados, visto que a Cemig é considerada,
para efeitos de admissão de pessoal, empresa pública
sujeita à legislação estadual. Para minimizar essa dif i -
culdade, a Cemig uti l izou a fer ramenta de Mobil idade
Interna entre carreiras, a part ir de cr itér ios preesta-
belecidos, visando adequar a necessidade empresarial
com os interesses e as potencial idades individuais. Os
enquadramentos decorrentes dessas movimentações,
real izados em fevereiro de 2008, total izaram aproxi -
madamente 240 mobil idades.
Após a real ização do processo de mobil idade e, a part ir
de demandas advindas das diversas áreas da Cemig,
foi real izada uma análise sobre a real necessidade de
preenchimento de cargos por meio de seleção interna. O
processo de seleção interna visa proporcionar a promo-
ção dos empregados efetivos da Companhia aos cargos
de acordo com seu Plano de Carreiras, com base nas
qualif icações, experiências e potencial idades demons-
tradas. Em 2008, das 106 vagas oferecidas, 101 vagas
foram preenchidas.
Em novembro de 2008, com o processo de Seleção Interna,
a Cemig foi uma das ganhadoras do Prêmio Ser Humano
2008, promovido pela Associação Brasileira de Recursos
Humanos, seccional Minas Gerais, já que o processo foi con-
siderado uma das melhores práticas em gestão de pessoas.
Em função do resultado do processo de mobil idade, das
práticas de seleção interna e da legislação eleitoral, não
houve a real ização de Concurso Externo neste ano e a Ce-
mig encerrou o ano de 2008 com 10.422 empregados.
NÚMERO DE EMPREGADOS* EMPREGADOS POR EMPRESA 2008
10.668 10.271
2005
10.658
2006
10.818
2007
10.422
2008
11.302
2003
11.468
2002
CEMIG GERAÇÃO ETRANSMISSÃO S.A.
2.166
CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.
8.031
CEMIG CONTROLADORA
225
*Cemig Controladora, Cemig Distr ibuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A.
Remuneração e Recompensa
A Cemig conta com um Plano de Cargos e Remuneração –
PCR que considera a importância e a complexidade relativas
aos resultados esperados do cargo, os conhecimentos téc-
nicos, as habilidades, a intensidade e a complexidade do
processo analítico requeridas pelo cargo. Desde 1974 e no
máximo a cada dois anos, a Cemig realiza pesquisa de re-
muneração nas principais empresas do setor elétrico e de
75
CEMIG 2008
outros setores, nos mercados nacional e regional, ajustan-
do sua tabela salarial em relação às práticas de mercado.
A média de salários praticados pela Cemig é 12% acima
da mediana praticada pelo mercado de empresas equi-
valentes e, atualmente, a Companhia tem cerca de 90%
de seus empregados remunerados acima da mediana de
mercado. Além disso, são concedidas gratif icação espe-
cial e part ic ipação nos resultados.
A Companhia oferece também gratif icação de função,
incidente sobre o salário-base, para superintendentes,
gerentes e supervisores, além de salários diferenciados
decorrentes do exercício de funções de maior complexi -
dade e responsabil idade.
As práticas e pol ít icas salariais seguem as diretr izes
contidas no Plano de Cargos e Remuneração – PCR e
são apl icadas a todos os empregados independente-
mente de orientação sexual, idade, sexo, cor ou raça.
Relações Trabalhistas e Sindicais
Os acordos coletivos de trabalho abrangem 100% dos empre-
gados da Cemig e são assinados pelo menos uma vez por ano
com os sindicatos que representam as categorias envolvidas.
A Cemig possui uma gerência especialmente constituída
para tratar das relações trabalhistas e sindicais, voltada
para permitir um relacionamento direto, disponível e
permanente com as entidades sindicais que represen-
tam os seus empregados. Como forma de garantir a me-
lhoria deste processo e atender às expectativas de seus
cl ientes, desde 2007 todos os processos de Relações
Sindicais possuem um Sistema de Gestão da Qualidade
cert if icado na NBR ISO 9001:2000.
76
CEMIG 2008
No ano de 2008, a Cemig renovou o Acordo Coletivo
Específ ico para a real ização de reuniões setoriais nas
Instalações da Companhia, acordo este que trata de
assuntos diretamente relacionados à organização sin-
dical. Foi celebrado, ainda, o Acordo Coletivo de Tra-
balho 2008/2009, contemplando benefícios, deveres
e direitos que regulamentam as relações de trabalho
na Companhia.
Benefícios
De acordo com a legislação brasi leira, os planos de apo-
sentadoria e pensão devem ser geridos por entidades
independentes que administram os fundos garantidores
de maneira segregada dos recursos da Companhia. Des-
sa forma, a Cemig patrocina a Fundação Forluminas de
Seguridade Social – Forluz, entidade sem fins lucrati -
vos, que tem como objetivo melhorar a qualidade de
vida dos seus part ic ipantes, por meio do pagamento de
complementação de aposentadorias e pensão e, tam-
bém, da administração de programas na área da saúde.
A Forluz foi o primeiro dos grandes fundos de pensão
brasi leiros a modernizar a estrutura de seus planos pre-
videnciários, buscando, ao mesmo tempo, minimizar
r iscos para suas patrocinadoras e assegurar benefícios
adequados a seus part ic ipantes. Em 1997, foram criados
dois outros planos: o Plano Misto e o Plano Saldado. O
Plano Misto é o que, conforme a regulamentação bra-
si leira, denomina-se contr ibuição variável, modalidade
conhecida internacionalmente como plano híbrido. Na
fase de capital ização, tem característ ica de contr ibuição
definida, porém, transforma-se em benefício definido
na fase de fruição. Além disso, oferece cobertura para
os eventos de inval idez e morte na forma de benefício
77
CEMIG 2008
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definido. O Plano Saldado é um plano de benefício defi -
nido no qual o valor do benefício a ser pago encontra-se
já quitado (vested), não havendo novas contr ibuições.
Os planos de previdência da Forluz são mantidos por
contr ibuições da Cemig e suas subsidiárias e de seus
empregados. O percentual médio mensal de contr ibui -
ção por parte da Companhia, em 2008, foi de 8,82%
sobre a folha de pagamento de salários, sendo paritár ia
à contr ibuição do empregado.
A Forluz acompanha sistematicamente seus planos de
benefícios com o objetivo de mantê- los equil ibrados atu-
arialmente e adequados ao mercado. São real izadas,
por empresa independente, aval iações atuariais comple-
tas a cada ano e, internamente, aval iações mensais.
Além dos planos de aposentadoria complementar admi-
nistrados pela Forluz, a Cemig contr ibui compulsoria-
mente para a previdência social mantida pelo Governo
Federal, um sistema de benefício definido, l imitado a
um valor máximo, f inanciado no regime de repart ição
(pay-as-you-go). Em 2008, a contr ibuição representou
26,61% da folha de pagamento da Empresa Compa-
nhia Energética de Minas Gerais – Cemig e 27,81% das
empresas Cemig Geração e Transmissão S.A. e Cemig
Distr ibuição S.A.
A Cemig contr ibui para um plano de saúde e um plano
odontológico para os empregados, aposentados e de-
pendentes, administrados pela Forluz. Trata-se de pla-
nos com coberturas amplas, superiores aos oferecidos
no mercado, com um custo menor para os empregados.
A Companhia mantém ainda, de modo independente aos
planos oferecidos pela Forluz, o pagamento de parte do
prêmio de seguro de vida para seus empregados ativos
e para os aposentados.
Gestão do Clima OrganizacionalA Cemig, ciente de que a obtenção de alto desempenho
está int imamente l igada a um ambiente saudável e es-
t imulador, busca permanentemente fazer uma gestão
de seu ambiente interno. Mais do que isso, estabeleceu
como um dos elementos de sua Visão “Ser uma das
melhores empresas para trabalhar”.
Para alcançar esse objetivo, a Cemig uti l iza diversos
instrumentos e fer ramentas para gerir o cl ima organiza-
cional, buscando:
identif icar e compreender os aspectos que têm contr ibu-
ído para a satisfação das pessoas na Cemig, bem como
aqueles que têm gerado insatisfação;
identif icar as prováveis diferenças e convergências cul -
turais existentes entre as áreas da Companhia e viabi l i -
zar alternativas para maior sinergia organizacional;
promover uma gestão intel igente, construindo e man-
tendo um ambiente que estimule e engaje as pessoas a
alcançarem desempenhos superiores.
Entre as fer ramentas uti l izadas, destaca-se a Pesqui-
sa de Cl ima Organizacional, real izada bianualmente,
com consultoria externa. Essa pesquisa aval ia aspectos
fundamentais para se cr iar um ambiente estimulante e
desafiador, incluindo: grau de engajamento dos empre-
gados, a percepção desses quanto à gestão estratégica
e a reputação externa da Cemig, o respeito com que ela
trata seus empregados, o nível de autonomia e treina-
mento que esses recebem para real izar seu trabalho,
entre outros. A Pesquisa é uti l izada como input para o
planejamento de ações de melhoria em toda a Compa-
78
CEMIG 2008
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DIME
NSÃO
nhia, por meio de Planos de Ação Corporativos e das
áreas (gerências e superintendências). Após a constru-
ção dos planos de ações, inicia-se a fase de implantação
e monitoramento das ações, cujos resultados são divul -
gados e acompanhados por todos os empregados por
meio de boletins e mensagens eletrônicas.
Em 2008, após a divulgação dos resultados a todos
os empregados, foram real izados 111 workshops para
a elaboração dos Planos de Ação. Nesses workshops,
os empregados t iveram a oportunidade de definir ações
de melhoria para sua gerência e/ou superintendência.
A últ ima pesquisa, real izada em agosto de 2007, teve a
part ic ipação voluntária de 85% dos empregados – índice
extremamente signif icativo quando comparado ao mer-
cado. Em relação às últ imas pesquisas, o resultado apre-
senta tendência favorável, passando de 59% para 62%.
Comunicação como Ferramenta Estratégica
A comunicação interna torna-se fer ramenta indispen-
sável e, por esta razão, várias ações de comunicação
são implementadas, buscando garantir que todos os
empregados recebam um nível apropriado de informa-
ção, por intermédio dos meios de comunicação que lhe
são famil iares e aos quais tenham faci l idade de acesso.
A comunicação face a face faci l i ta a construção de uma
base de confiança e credibi l idade e tem sido observada
por meio do Programa RH no Campo, em que todo o
corpo gerencial da RH visita as diversas áreas da Com-
panhia, com o objetivo de intensif icar o relacionamento
com os empregados, buscando informar, esclarecer dú-
vidas e colher cr ít icas e sugestões sobre a Organização.
No ano de 2008, foram real izadas cinco Reuniões-Ple-
nárias, com part ic ipação de 600 empregados. 79
CEMIG 2008
SOCI
ALSO
CIAL
A veiculação de informações por meio de portais é ou-
tro recurso amplamente uti l izado na atual idade, como
forma de proporcionar ao empregado informações sobre
decisões, ações, dados e fatos concernentes a RH e à
Companhia, que sejam de interesse dos empregados e
estratégicos para a Organização.
Assim, a cada dia, mais informações são publicadas no
portal da RH na CemigNet, incluindo: informações sobre
o Serviços Especial izados em Engenharia de Segurança
e Medicina do Trabalho, Relações Sindicais, Provimen-
to, Plano de Cargos e Remuneração, Gestão do Cl ima,
Gestão Sucessória.
Além disso, em 2008 foram distr ibuídas, a todos os
empregados, cart i lhas com conteúdo relacionado a as-
suntos corporativos de RH, tais como Benefícios, Plano
de Cargos e Remuneração e Gestão de Desempenho.
Outro veículo de comunicação uti l izado é o RH Informa,
que tem se mostrado um instrumento de repasse ági l e
de grande alcance para informações de caráter corpo-
rativo, além de orientações e campanhas gerais. Ainda
que tenha caráter pontual, t ivemos como resultado 30
publicações em 2006, 44 em 2007 e 53 em 2008.
Já o RH Interativa é um espaço cr iado para que os
empregados possam fazer perguntas, buscar informa-
ções, fazer cr ít icas e também dar idéias e sugestões de
melhoria nos processos, fer ramentas, pol ít icas e práti -
cas de RH. Em 2008, foram enviadas 628 perguntas,
com um percentual de resposta de 67%, sendo que as
demais respostas serão enviadas após a conclusão da
fase de estudo e análise e serão respondidas em 2009.
Complementando os instrumentos de comunicação, foi
implantado em dezembro de 2007 o Serviço RH On-Line
e, em 2008, o RH Fáci l. Esta fer ramenta tem como
objetivo possibi l i tar, a cada empregado da Companhia,
o acesso a todas as suas informações pessoais, funcio-
nais, salariais, de pagamento, entre outras.
Capacitação e Desenvolvimento
A Cemig assegura a manutenção das condições neces-
sárias para capacitação dos seus empregados para o
pleno exercício de sua função, disponibi l izando cursos
al inhados aos objetivos estratégicos da Cemig. Por se
tratar de desenvolvimento de empregados, as ações têm
caráter contínuo e permanente.
Todos os empregados, nos seus vários níveis, seguem
um Plano de Treinamento associado às carreiras, às
orientações estratégicas e ao Plano de Negócios. As
áreas fazem o levantamento de necessidades de trei -
namento norteadas pelas carreiras e pelas iniciat ivas/
expectativas do gerente em relação ao desempenho do
empregado ao longo do ano.
O processo de aval iação de desempenho da Cemig tam-
bém é uti l izado para o desenvolvimento e capacitação
dos empregados, uma vez que uti l iza como parâmetros
as competências essenciais, os resultados corporativos
alcançados e a maturidade dos empregados, gerando
um índice de desempenho para cada um dos aval iados.
Este procedimento contr ibui para manutenção das con-
dições necessárias para a gestão de desempenho, ao
atrelar a capacitação dos empregados aos resultados
obtidos e aos cursos e treinamentos previstos nas suas
descrições de funções.
80
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
Cumprindo o Plano de Treinamento Anual dos emprega-
dos e os Acordos de Desenvolvimento Individuais, estes
gerados por ocasião dos feedbacks da Aval iação de De-
sempenho, em 2008, foram ao todo 15.922 part ic ipa-
ções, incluindo o treinamento técnico, sendo 11.619
part ic ipações de empregados da Cemig Distr ibuição
S.A., 3.883 part ic ipações de empregados da Cemig Ge-
ração e Transmissão S.A. e 470 part ic ipações de empre-
gados da Companhia Energética de Minas Gerais, corres-
pondendo a 742.550 horas de treinamento (558.341
para a Cemig Distr ibuição S.A., 169.372 para a Cemig
Geração e Transmissão S.A. e 14.837 horas para a
Companhia Energética de Minas Gerais), perfazendo a
média de 71,25 horas de treinamento por empregado.
MÉDIA DE HORAS DE TRE INAMENTO POR EMPREGADO (2004/2008)
2004
53,46
2005
49,03
2006
59,34
2007
50,73
2008
71,25
Além do processo de capacitação interno da Cemig,
existe desde 2006 o Programa Ajuda de Custo Para
Formação – Auxíl io Educação, que reembolsa as des-
pesas relativas às mensalidades de curso de graduação
ou técnico relacionados aos negócios da Organização.
Em 2008, foram efetuados 382 reembolsos, incluindo
cursos técnicos e cursos de graduação, total izando um
investimento de R$241 mil.
Há também o Programa de Pós-graduação, que visa
elevar a capacitação profissional e tecnológica do em-
pregado enquadrado no Plano de Nível Universitár io da
Cemig, al inhando-o adequadamente para contr ibuir com
o alcance das metas empresariais. Ao f inal do curso,
os empregados apresentam Cert if icado de Conclusão e
trabalho concluído (monografia, dissertação ou tese),
defendendo a possibi l idade de apl icação prática, em
conformidade com os interesses da Companhia. Esse
trabalho é encaminhado à Bibl ioteca Central para com-
por o acervo técnico da Companhia.
No ano de 2008, foram 82 part ic ipações no Programa, to-
tal izando cerca de R$499 mil reembolsados pela Cemig.
Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional da Cemig – EFAP
A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional –
EFAP, responsável pelo treinamento técnico dos funcioná-
rios da Cemig possui, desde 2007, a certificação de seu
Sistema de Gestão da Qualidade conforme a norma NBR ISO
81
CEMIG 2008
SOCI
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CIAL
9001:2000. A implantação e manutenção do Sistema de
Gestão da Qualidade na EFAP fazem parte dos desafios
Estratégicos da Superintendência de Recursos Humanos,
e seu principal objetivo é a busca da melhoria contínua
dos seus processos, focada na qualidade do treinamento
técnico ofertado aos seus cl ientes internos e externos.
A EFAP viabi l izou, em 2008, 7.046 part ic ipações em
treinamentos técnicos para empregados do Grupo Ce-
mig, sendo 5.351 part ic ipações de empregados da
Cemig Distr ibuição S.A., 1.198 part ic ipações de em-
pregados da Cemig Geração e Transmissão S.A. e 99
part ic ipações de empregados da Companhia Energética
de Minas Gerais, além de 398 part ic ipações em trei -
namentos técnicos para empregados de outras em-
presas, total izando 330.410 homens-hora treinados,
sendo 314.015 homens-hora relativos ao Grupo Cemig
e 16.395 homens-hora relativos a outras empresas.
Dentre os eventos destacam-se, por sua relevância, o
treinamento de 1.924 empregados na nova NR 10, que
trata da Segurança em Instalações e Serviços em Ele-
tr ic idade, total izando 57.797 homens-hora treinados.
Também foram real izados o treinamento à distância
para reval idação da habil i tação na norma de l iberação
de equipamentos do sistema elétr ico da Cemig – Norma
01000 DGT 1A, para 121 empregados próprios, total i -
zando 1.936 homens-hora treinados e o treinamento à
distância de Prevenção de Acidente de Trabalho Mem-
bros da Cipa, para 491 empregados próprios, total izan-
do 11.784 homens-hora treinados.
Desenvolvimento de Lideranças
Considerando o cenário internacional global izado e as
estratégias corporativas da Cemig, é cada vez mais
evidente a importância de um programa continuado de
educação executiva, destacando-se o desenvolvimento
dos programas: Amana Key e Cemig Liderança em Ges-
tão – Celig, Programa desenvolvido em parceria com a
Fundação Dom Cabral. Estes programas vêm acontecen-
do desde 2005, com o objetivo de garantir as compe-
tências estratégicas de forma sustentável.
Em 2008, part ic iparam 28 gerentes no Programa Ama-
na Key, 179 no Cel ig, além de 73 empregados de nível
superior que part ic iparam do Cel ig para Sucessores,
dentro do Programa Gestão Sucessória, cujo objetivo é a
preparação para possível ascensão a cargos gerenciais.
Para 2009, está prevista a real ização do Programa Tri -
lhas da Liderança, em que se pretende a ampliação da
apl icabi l idade de competências de l iderança, a conti -
nuidade do Programa Celig para Potenciais Sucessores
e Amana Key. Além disso, está em análise o estabele-
cimento de parcerias com escolas internacionais com
o objetivo de ampliar a visão dos l íderes em relação
à sustentabi l idade econômico-f inanceira, por meio de
melhores práticas gerenciais e de expansão da sua área
de atuação para além dos l imites geográficos atuais.
Gestão Sucessória
O Processo de Gestão Sucessória, cujo primeiro cic lo
iniciou-se em 2007, está integrado ao cenário atual
das organizações e busca o equil íbr io entre dois as-
pectos: de um lado o negócio – volume de operações,
modelo de crescimento, diversidade de negócios, grau
de internacionalização, ajustes previstos de tecnologia,
entre outros. De outro, fatores relacionados ao capi -
82
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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tal humano – rotatividade (desl igamentos voluntários,
aposentadoria e ajustes de perf i l), trajetórias de car-
reira, nível de resultados, prontidão nas competências,
característ icas pessoais, históricos e expectativas.
A Gestão Sucessória é, portanto, um processo que visa
ao planejamento da substituição de posições-chave da
organização, por meio da identif icação e cr iação de
condições para a preparação de potenciais substitutos.
Dessa forma, real izou-se o mapeamento do potencial
para Liderança, com a adesão de 752 empregados
(66,1%), de um universo de 1.137 ocupantes de car-
gos universitár ios (nível mínimo profic iente).
Considerando as possibi l idades de vacância de cargos
gerenciais até o ano de 2009, definiu-se por identif icar,
entre os 162 melhores classif icados no ranking por área
de competência, 81 potenciais-sucessores, para perma-
necerem no processo. Dentre as ações planejadas, en-
contra-se em andamento a etapa de preparação destes
81 potenciais l íderes, por meio de um amplo programa
de capacitação e desenvolvimento gerencial.
Em uma parceria com a Fundação Dom Cabral – FDC, foi
estruturado o Programa de Capacitação e Desenvolvi -
mento das Competências – necessárias ao Líder Cemig,
para o qual foram selecionados 81 empregados. Foram
real izados três módulos e está prevista a continuidade
de real ização de outros em 2009.
O Processo Gestão Sucessória é monitorado por meio
dos indicadores al inhados à estratégia da Cemig. Até o
momento, em torno de 25% dos empregados part ic ipan-
tes do processo foram promovidos a cargos de gestor
e/ou gerente.
Para o segundo semestre de 2009, está previsto o se-
gundo ciclo do Processo, considerando a periodicidade
de mapeamento ser bianual e a gestão, contínua, onde
haverá nova oportunidade para que todos os emprega-
dos do Plano de Nível Universitár io possam part ic ipar.
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CEMIG 2008
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Gestão das Competências de Liderança dos Supervisores Cemig
O P ro ce s so de Ges tão das Compe tênc i a s dos Supe r -
v i s o r e s Cem ig t em como ob j e t i vo p romove r o desen -
vo l v imen to p ro f i s s i ona l do s a tua i s 240 Supe r v i so -
r e s e p r epa ra r s eus f u tu ro s su ce s so re s , a l i nhando -o s
com as dema i s l i de ranças Cem ig e com a e s t r a t ég i a
da Companh ia .
Em 2008, foram definidas, em conjunto com os próprios
supervisores e gerentes, as competências de l iderança
para esse grupo de profissionais e real izado o mapea-
mento dos atuais supervisores.
Para o ano de 2009, está prevista a implantação de um
programa de desenvolvimento, que será construído com
base nesse mapeamento. Além disso, os aproximados
1.080 técnicos níveis II e II I que estão subordinados
a supervisores designados também serão mapeados, o
que permitirá a formação de um grupo de potenciais
sucessores, que será capacitado e treinado.
RELACIONAMENTO COM CLIENTES E CONSUMIDORES Estrutura de Atendimento
A Companhia oferece canais de relacionamento que per-
mitem aos cl ientes real izar negócios, reclamar, sugerir
e sol ic itar serviços de forma efic iente e ági l. Além do
investimento contínuo na melhoria dos canais já exis-
tentes, a Cemig busca oferecer opções mais cômodas e
ágeis de contato com a Companhia.
O cl iente tem a seu dispor outras formas de relaciona-
mento com o objetivo de levar a Cemig até o cl iente.
Os principais canais disponíveis estão relacionados a seguir.
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais
Clientes Públicos Página da Internet
Disponibilizar informações sobre dicas de economia de energia, prédios efi cientes e como es-truturar uma comissão interna de conservação de energia no serviço público.
http://www.cemig.com.br/consumidores_publicos/index.asp.
Consumidor Defi ciente Visual
Conta em Braille
Permitir ao defi ciente visual um melhor acompanhamento e con-trole de seu consumo de energia elétrica.
400 clientes cadastrados para recebimento da conta em braille.
Consumidores e sociedade
Fale com a Cemig
Facilitar o acesso aos clientes da Companhia.
Vários canais: tel.: nº 116, 08007210116, [email protected]; www.cemig.com.br; Fax: (31) 3506-7222.
Certifi cação ISO 9001/2000; 560 posições de atendimento com mais de 1 mil atendentes; 80 a 114 mil chamadas/dia.
Consumidores e sociedade
Ouvidoria Zelar pelo direito à manifestação do cidadão, sendo a sua voz na Companhia.
http://www.cemig.com.br/ouvidoria/e [email protected], indicado nas contas de energia da Cemig.
Certifi cação ISO 9001/2000.
Consumidores e sociedade
Agência de Atendimento
Facilitar o acesso aos clientes da Companhia.
Reciclagens periódicas para os atendentes por meio de treinamentos comportamentais e téc-nicas de atendimento.
128 agências com uma média de 400 mil aten-dimentos/mês.
Consumidores e sociedade
Canal Direto Procon
Facilitar o acesso aos clientes da Empresa com ênfase no direito do consumidor.
Parceria da Cemig com o Movimento das Donas de Casa – MDC/MG e atendimento ao Conselho de Consumidores da Companhia.
Consumidores e sociedade
Cemig Fácil Credenciamento de estabeleci-mentos comerciais para expan-são dos pontos de arrecadação e da prestação de outros serviços comerciais em locais onde não há representatividade física da Cemig.
Nos PA do Cemig Fácil, os clientes têm acesso aos serviços: recebimento de contas; emissão de 2ª via de documentos; domicílio para entrega de contas – conforme solicitação do consumi-dor; entrega de formulário pré-pago utilizado pelos clientes para solicitar serviços ou fazer reclamações.
640 pontos de atendimento – PA, arrecadando em média um milhão de contas por mês.
Consumidores e sociedade
Cemig Postal Canal específi co para atendi-mentos comerciais mais simpli-fi cados.
Formulários, com postagem pré-paga, dispo-níveis nos estabelecimentos do Cemig Fácil para troca de titularidade, alteração cadastral, ligação nova, reclamações e sugestões.
800 caixas espalhadas por todo o estado.
Consumidores e sociedade
Cemig na Praça Estrutura de atendimento itine-rante para esclarecer, encami-nhar e atender às solicitações de serviços.
Escritório montado em uma praça central de pe-quenos municípios, com eletricistas, atendentes e um técnico de operação para atendimento à população.
Média de 180 eventos anuais gerando cerca de 1.100 atendimentos por mês.
Consumidores e sociedade
Projeto Agência Móvel
Canal específi co para atendimen-tos comerciais.
Trailer equipado com atendimento ao cliente, fazendo as vezes de uma agência de atendi-mento.
- 250 atendimentos por mês utilizando conexão via satélite. - Desde 2005, já percorreu cerca de 100 municípios mineiros.
Consumidores e sociedade
Posto de Atendimento Simplifi cado – PAS
Atendimento realizado por fun-cionários das prefeituras, treina-dos pelos agentes da Cemig.
Parceria entre a Cemig e prefeituras. 90 PAS no estado, realizando cerca de 2 mil aten-dimentos por mês.
Consumidores e sociedade
Agência Virtual Fornecer ao cliente um aten-dimento com mais conforto e comodidade ao oferecer os servi-ços prestados por outros canais.
http://agenciavirtual.cemig.com.br/portal/inicial/default.aspx.
- Acesso para defi cientes visuais;- Área específi ca e restrita de acesso para imo-biliárias.
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CEMIG 2008
SOCI
ALSO
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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais
Consumidores e sociedade
Conselho de Consumidores
Representar e defender os in-teresses individuais e coletivos dos consumidores junto à Com-panhia.
- Melhorar o atendimento dos consumidores, considerando a visão dos diversos segmentos interessados;- Encaminhar sugestões, cooperar na fi scaliza-ção e prover denúncias e reclamações junto à Cemig http://www.cemig.com.br/conselho/index.asp.
Em 2008: 6 reuniões ordinárias normais e 3 reuniões extraordinárias.Principais realizações:- contribuiu na revisão tarifária de 2008 da Cemig;- contribuição na revisão da resolução 456;- participação na audiência pública da revisão tarifária da Cemig;- realização do II Seminário de Conselhos de Consumidores da região Sudeste, em Belo Hori-zonte, com objetivo de construir propostas inte-gradas de interesse dos consumidores da região Sudeste, por meio de intercâmbio de informa-ções e experiências relativas ao setor elétrico;- participação no Congresso Mineiro de Municípios, com estande do Conselho, com objetivo de divul-gar a existência e objetivo do Conselho.
Grandes clientes Para clientes corporativos
Fornecer informações e legisla-ção compatíveis com esse perfi l de clientes.
http://www.energiaCemig.com.br/eCompanhia Energética de Minas Gerais – Cemig Superintendência de Relacionamento Comercial com Clientes Corporativos, Av. Bar-bacena, 1200 – Sto. Agostinho, Belo Horizon-te – MG – Cep. 30190-131 [email protected].
Grandes clientes Para clientes corporativos
Encontros regionais de clientes corporativos.
Encontros com clientes corporativos de uma de-terminada região para informação e discução de aspectos referentes ao setor elétrico através de apresentações e debates com especialistas no setor de energia elétrica, englobando ques-tões de atendimento, comercialização, efi ci-ência energética, resolução de dúvidas, etc. Inclui ainda uma visita a instalações da Cemig (usinas e subestações), com acompanhamen-to de técnicos.
Em 2008, foram realizados dois encontros com clientes das regiões Oeste e Norte. O índice de aprovação dos encontros foi de 84%.
Grandes clientes Para clientes corporativos
Encontros setoriais de clientes corporativos.
Encontros com clientes corporativos de setores produtivos para discutir questões específi cas do interesse do setor associado à energia elétrica.
Em 2008, foram realizados dois encontros com clientes dos setores do ferro-gusa – e sucroener-gético. O índice de aprovação dos encontros foi superior a 90%.
Grandes clientes Para clientes corporativos
GEM B2B – Grupo de estudos de mercado Business to Business.
Participação da Cemig em grupo de trabalho destinado ao estudo das relações entre empre-sas com o objetivo de compreender estas rela-ções e identifi car as necessidades dos clientes buscando atender aos requisitos para ampliar a parceria e construir um relacionamento sólido e de confi ança com os clientes por um longo prazo. Trata-se de grupo de estudo permanen-te e que também participam outras empresas, buscando sempre compreender melhor a necessidade dos clientes para melhorar o re-lacionamento empresarial.
Grandes clientes Para clientes corporativos
GEM B2B – Pesquisas com clien-tes corporativos.
Duas pesquisas realizadas em 2008 com os clientes corporativos para compreender a per-cepção de valor desses clientes sobre os produ-tos oferecidos pela Cemig, identifi car as neces-sidades, conhecer a disposição de pagamento frente aos produtos ofertados para dessa forma oferecer uma melhor relação custo x benefícios aos clientes, buscando sempre a construção de um relacionamento de longo prazo.
Uma pesquisa qualitativa com a mostra de 5 clien-tes para identifi car drivers de valor dos clientes e uma pesquisa quantitativa com o universo de gru-pos empresariais para identifi car percepção de va-lores e disponibilidades de pagamentos referentes aos produtos ofertados, além de posicionamento da Cemig junto aos concorrentes.
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
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Público-alvo Canais Objetivo Acesso e Característica Diferenciada Resultados/Observações Especiais
Grandes clientes Para clientes corporativos
Marca e reputação – Pesquisas com clientes corporativos.
Pesquisa sobre marca e reputação da Cemig, realizada com clientes corporativos, segmen-tados em amostras para identifi car de forma mais signifi cativa a visão desses clientes, sobre a marca e reputação da Cemig.
Grandes clientes Para clientes corporativos
Encontros com clientes corporati-vos – Bienal de Energia.
Em 2009, será realizada a Bienal da Energia – com a participação de palestrantes interna-cionais e nacionais de reconhecida capacidade analítica para discutir o cenário atual e as perspectivas econômicas futuras focadas na estratégia de atuação empresarial. O objetivo é levar aos participantes um panorama do Brasil no mundo, suas perspectivas, impactos da crise e seus refl exos nos investimentos em infra-estrutura necessária para o crescimento sustentável e competitivo do país, consideran-do a energia como elemento essencial para a competitividade.
O público esperado é de cerca de 800 clientes.
Grandes clientes Para clientes corporativos
Informativo para clientes corpo-rativos.
Informativo direcionado aos clientes corpora-tivos enviados via e-mail, com periodicidade bimensal, contendo informações e notícias de interesse dos clientes corporativos organizados nas seguintes seções: Editorial, Enfoco com o Cliente, Regulatório, Efi cientização Energética e Assuntos Diversos.
O Informativo foi concebido em 2008 e a distri-buição iniciou-se em janeiro de 2009.
Instituições fi lantrópicas
Concessão de donativos
Conceder donativos por meio de desconto fi nanceiro nas notas fi scais/contas de energia elétri-ca para instituições fi lantrópicas, igrejas/templos de reconheci-mento de entidade de utilidade pública.
Em 2008, cerca de 4.220 instituições foram beneficiadas, totalizando aproximadamente R$11,2 milhões e 53,6 mil MWh por ano con-cedidos.
Instituições fi lantrópicas
Arrecadação de doações e contribuições
Apoiar as instituições fi lantrópicas reconhecidas como de utilidade pública, por meio da arrecadação de doações/contribuições na conta de energia elétrica.
Em processo de redefi nição de regras, junto com os movimentos e com o Ministério Público Esta-dual.
Prefeituras da área de concessão da Cemig
Gerências de relacionamento
Prestar serviço diferenciado e personalizado às prefeituras da área de concessão da Cemig.
18 Gerências de Relacionamento distribuídas em todo o estado.
Sociedade Conta de energia Permitir ao consumidor um me-lhor acompanhamento e controle de seu consumo de energia elé-trica, além do cumprimento de legislação específi ca.
Veículo de informações e esclarecimentos, como canais de relacionamentos atuais da Companhia.
Emissão média mensal de aproximadamente 6,5 milhões de contas relativas a baixa e alta tensão.
Sociedade Canais diversos Permitir que a informação sobre a Companhia atinja a sociedade em geral.
Canais de comunicação e veiculação de campanhas por meio de spots em rádios, TV, outdoors, backbus, mídia jornalística, jornais Energia da Gente e Cemig Notícias (http://www.cemig.com.br/cemig2008/content/aplicativos/informativos.asp), etc.
A Cemig utiliza os meios de comunicação mais adequados à informação, adequando, inclusive a linguagem a cada público.
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CEMIG 2008
SOCI
ALSO
CIAL
Satisfação do Consumidor
Para aval iar a satisfação em relação aos serviços pres-
tados, a Cemig part ic ipa de uma pesquisa anual com os-
consumidores residenciais, real izada em nível nacional
pela Associação Brasi leira de Distr ibuidoras de Energia
– Abradee. Com base nos resultados dessa pesquisa é
calculado o Índice de Satisfação com a Qualidade Per-
cebida – ISQP, que representa o nível de satisfação do
consumidor com a qualidade dos serviços de energia
elétr ica prestados pelas concessionárias de energia elé-
tr ica no Brasi l . O questionário tem 88 perguntas que
se desdobram em 277 variáveis de respostas apl icadas
por amostragem na área de concessão das empresas.
Em fevereiro e março de 2008, foi real izada a 10ª Pes-
quisa Abradee de Satisfação do Cl iente Residencial, com
uma amostra, na área de concessão da Cemig, de 625
entrevistas, de forma a garantir uma margem de erro de
4% para um intervalo de confiança de 95,5%. A part ir
dos dados obtidos, é calculado um valor do ISQP geral,
relativo à média geral de todas as empresas f i l iadas à
Abradee, e um valor de ISQP de cada empresa. O índice
varia de 0 a 100 pontos, sendo 100 pontos a melhor nota.
Em 2008, a Cemig alcançou a pontuação de 83,3, f i -
cando bem acima da média Abradee, que foi de 77,4. O
gráfico abaixo mostra a evolução do ISQP da Cemig nos
nove anos de real ização da Pesquisa Abradee.
A pontuação obtida pela Cemig durante os 10 anos de Pesqui-
sa Abradee demonstra que as ações adotadas em relação ao
atendimento dos consumidores e aprimoramento dos servi-
ços têm possibilitado atingir níveis adequados de satisfação.
A Aneel também real iza anualmente uma pesquisa de
satisfação do consumidor residencial com as conces-
sionárias distr ibuidoras de energia elétr ica. A Pesquisa
Aneel foi real izada de agosto a outubro de 2008. A
amostra foi calculada de acordo com o porte de cada
concessionária: na área de concessão da Cemig, foram
real izadas 450 entrevistas.
A Pesquisa Aneel gera indicadores comparáveis por re-
gião e por porte de empresa e um indicador único da
satisfação do consumidor, que expressa a percepção
DESEMPENHO DA CEMIG NO ISQP 1999/2008
1999
71,9
2008
83,3
2007
85,7
2006
80,6
2005
79,8
2004
80,5
2003
77,6
2002
77,7
2001
74,2
2000
76,388
CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
global no setor. O principal indicador dessa pesquisa
é o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor – Iasc.
Na Pesquisa Aneel de 2008, a Cemig obteve o Iasc de
69,68, posicionando a Companhia entre as três conces-
sionárias da região Sudeste acima de 400 mil consumi-
dores mais bem avaliada pelos cl ientes.
DESEMPENHO DA CEMIG NO IASC 2004/2008
2004
60,92
2005
63,39
2006
68,03
2007
71,63
2008
69,68
CIDADANIA E CULTURA
Como Empresa prestadora de serviços públicos, o rela-
cionamento da Cemig com as comunidades onde atua
não se restr inge ao estágio de desenvolvimento econô-
mico, mas também possui relação direta com o estágio
de desenvolvimento social. Iniciat ivas concretas, como
os programas Campos de Luz, Conviver e Luz no Saber,
demonstram, na prática, que a energia é um insumo
necessário não apenas à transformação de matérias-
pr imas e à produção de bens, mas também à qualidade
de vida e ao funcionamento de equipamentos de uso
comum, como escolas, centros culturais e recreativos.
Dessa fo rma, a Cemig busca , po r me io de sua po l í -
t i ca de a tuação cu l tu ra l e soc ia l , t rans fo rmar seus
consumidores em parce i ros no desenvo lv imento do
es tado de Minas Gera i s , pa r t i c ipando a t i vamente da
soc iedade em que v ive .
Para a Cemig, investir em projetos sociais e culturais
não é uma questão apenas de quantidade de recursos,
mas da qualidade com que eles são apl icados, objeti -
vando atingir o maior número de pessoas, com conti -
nuidade e responsabil idade, por meio da formação de
redes de atuação entre diversos setores da sociedade e
do meio art íst ico-cultural.
Os recursos apl icados durante o ano de 2008 em educa-
ção, cultura e ações sociais somaram R$45,5 milhões.
Tipo de Projeto R$ milhões – 2007 R$ milhões – 2008
Projetos culturais e educação 29,7 33,4
Ações sociais, doações e subvenções 15,3 12,1
Total 45,0 45,5
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CEMIG 2008
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CIAL
Ações Sociais
As ações sociais, doações e subvenções da Cemig alcan-
çaram em 2008 o valor de R$12,1 milhões. Entre os
projetos contemplados podem-se citar os de “Centros
de Educação Solidária” do Serviço Voluntário de Ação
Social – Servas, a “Construção do Hospital do Câncer
Infanti l” da Fundação Aura, o “Salão do Encontro” e
a “Escola de Formação Profissional” da Apae – BH,
apoiados pela Cemig há vários anos, o que tem per-
mit ido uma aval iação contínua dos benefícios gerados.
Além desses, de caráter permanente, há ainda o Pro-
grama Ações Sociais Integradas – Asin/Cemig, em que
mais de 1.100 empregados estão cadastrados como vo-
luntários, e está orientado a contr ibuir para a geração
de recursos e capacitação para inst ituições voltadas para
o trabalho social, associações comunitárias, escolas e
asi los, com vistas à sustentabi l idade das inst ituições.
A Cemig part ic ipa também do Programa AI6% – For-
mando Cidadãos, parceria entre Associação Intergeren-
cial da Cemig – AIC – e do Projeto Asin/Cemig, cuja
f inal idade é incentivar os empregados e aposentados da
Companhia a contr ibuírem para os Fundos da Infância
e da Adolescência – FIAs, repassando parte de seu im-
posto de renda devido, sendo que o resultado alcançado
em 2008 foi de de R$1,5 milhão. O quadro a seguir
demonstra a evolução do Programa desde seu início:
EVOLUÇÃO DO PROGRAMA AI6% – 2001/2008
Ano Arrecadação R$ mil Número de empregados Número de instituições Número de municípios
2001 189,6 628 31 16
2002 178,7 787 40 24
2003 95,5 718 35 23
2004 235,5 1.035 41 34
2005 542,9 1.719 65 48
2006 960,4 2.595 108 65
2007 1.243,1 2.619 139 80
2008 1.573,0 2.848 147 88
O montante destinado aos FIAs pelo Grupo Cemig, em 2008,
foi de R$2,9 milhões, incluindo também a destinação de
1% do Imposto de Renda da Cemig, da TBE e da Infovias.
Os Patrocínios Incentivados da Cemig D, Cemig GT, Sá
Carvalho e Capim Branco em 2008 total izaram cerca de
R$31 milhões.
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CEMIG 2008
Alguns resultados dos programas sociais de destaque da Cemig são demonstrados abaixo:
Programas Sociais
Origem Início Público Benefi ciadoResultados
2006Resultados
2007Resultados
2008Forma
DivulgaçãoImpactos Sociais
Programa AI6% Cemig, AIC e empregados
2001 Crianças e adolescentes
108 instituições de 66 municípios
139 instituições de 80 municípios
147 instituições de 88 municípios
Mídia interna cidadania
Luz para Todos Cemig 2004 Propriedades rurais 112.454 propriedades
25.982 propriedades
3.970 propriedades
TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões
Universalização do atendimento
Conviver Cemig 2006 Baixa renda 20 mil residências
30 mil residências
50 mil residências
TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões
Uso efi ciente de energia
Projeto Asin/Cemig
Cemig 2000 População carente da área de concessão da Companhia
12.513 crianças
14.485 crianças
25.917 crianças
Mídia interna Educação, saúde, ação comunitária, meio ambiente
Clarear Resolução Aneel 223
2004 465 mil clientes 160.327 residências
185.240 residências
Finalizado em 2008 188.070 residências
TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões
Universalização do atendimento
Fatura em Braille Cemig 2005 Defi cientes visuais 156 235 8.496 clientes TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões
Cidadania
Programa de Efi ciência Energética
Cemig 1998 Clientes da Cemig R$45 milhões investidos
R$50 milhões investidos
R$24 milhões investidos
TV, rádio, jornal, internet, palestras, seminários, reuniões
Efi cientização energética
Programa Cemig X Cesam
Cemig 2003 Adolescentes carentes
200 200 200 Contatos com Cesam
Formação profi ssional
ReLuz Cemig 2001 Municípios 7 mil pontos de iluminação pública
15 mil pontos de iluminação pública
20 mil pontos de iluminação pública
Contatos com municípios
Uso efi ciente de energia
Biblioteca Itinerante
Cemig 2005 Empregados, familiares e sociedade
578 empréstimos
425 empréstimos
841 empréstimos
Mídia interna Educação
Campos de Luz Cemig 2003 População carente 332 campos de futebol concluídos entre 2006 e 2007
114 campos de futebol
Mídia interna Cidadania
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CEMIG 2008
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Serão detalhados, a seguir, alguns projetos citados no quadro:
Programa Campos de Luz
A Cemig, em parceria com o Governo de Minas Gerais,
concluiu, em dezembro de 2008, o Programa Campos de
Luz, que consist iu na real ização de obras de i luminação
e adequação de equipamentos em campos de futebol
amador e também em campos de comunidades carentes.
Em 2008, o Programa final izou a i luminação de 114
campos de futebol perfazendo assim, nos cinco anos de
sua implementação, um total de 602 campos i lumina-
dos, beneficiando a prática esport iva em 374 municípios
local izados em todas as regiões do estado. No total, fo-
ram investidos R$24 milhões, sendo R$13 milhões com
recursos da Cemig e o restante do Governo estadual.
Dentre os benefícios proporcionados pelo Programa, po-
dem ser citados: a melhoria da prática esport iva e de
atividades culturais; maior tranqüil idade aos morado-
res; maior uti l ização dos espaços existentes; diminuição
do índice de cr iminal idade e vandalismo e melhoria na
qualidade de vida das comunidades, por meio do espor-
te e da cultura.
Projeto Conviver
O Projeto Conviver tem como objetivo promover o aces-
so e o uso consciente dos serviços prestados pela Cemig
nas comunidades populares, elevando o número de fa-
míl ias que uti l izam os benefícios proporcionados pela
energia elétr ica regular, ef ic iente, segura e com conta
compatível com sua capacidade econômica.
O método de intervenção do Projeto Conviver se dá por
meio da implantação do Agente Comunitário Conviver, da
real ização de campanhas de uso correto da energia e do-
ações de equipamentos efic ientes e da abertura de um ca-
nal permanente de relacionamento com as comunidades.
Com um aporte de R$8,5 milhões para atender à Região
Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH, o Projeto
Conviver real izou em 2007/2008: atendimento a 18
comunidades da RMBH, visitas e cadastramento de 50
mil famíl ias, atendimento a 70 mil famíl ias e doações
de 150 mil lâmpadas compactas, 5 mil recuperadores
de calor e 3,5 mil refr igeradores efic ientes.
Além disso, o Projeto Conviver adotou as ações do
Projeto “Cemig nas Escolas – Procel” para contr ibuir
com as ações educacionais sobre o uso ef ic iente da
energia, que visam à conscient ização quanto à redução
do desperdíc io e dos impactos ambientais, bem como
mudanças de hábitos.
Os resultados alcançados até 2008 com doações de
equipamentos efic ientes foram:
energia economizada = 1.545.000 kWh/mês;
demanda evitada (HP) = 16.960 kW.
Estes resultados equivalem a:
fornecimento de energia para aproximadamente 13,5
mil novas moradias por mês;
transferência de renda de cerca de R$875 mil por mês
para as comunidades atendidas pelo Projeto;
renda adicional média por famíl ia atendida de R$18,00
por mês, o que equivale a aproximadamente 4% do sa-
lár io mínimo.
Para 2009, a previsão de aporte de recursos é de
R$27,5 milhões, sendo R$23 milhões para RMBH e
R$4,5 milhões para o interior do estado. Estima-se o aten-
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CEMIG 2008
DIME
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DIME
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dimento a 98 comunidades e o cadastramento de 150 mil
famílias na RMBH e 30 mil famílias no interior (Governa-
dor Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia);
doações de 570 mil lâmpadas compactas, 6 mil recupera-
dores de calor, 10 mil refrigeradores, além de 7 mil refor-
mas elétricas e instalação de 4 mil padrões de entrada.
O Projeto Conviver, além dos ganhos diretos disponibi -
l izados às comunidades, traz para o nível empresarial
ganhos signif icativos na redução da inadimplência e de
perdas de energia nas comunidades atendidas pelo Pro-
jeto, proporcionando, ainda, à Companhia, a posterga-
ção de investimentos elétr icos.
Convênio Cemig/Cesam
O Programa de Aprendizagem Cemig/Cesam, inicia-
do em 2003, tem por objetivo a implementação de
programa de aprendizagem nas instalações da Cemig
para 200 adolescentes, em conformidade com a Lei
10.097/2000, com a f inal idade de oferecer a ado-
lescentes carentes, assist idos e com vínculo empre-
gatíc io com o Centro Salesiano do Menor – Cesam a
oportunidade de fazer o Curso de Auxi l iar de Serviços
Administrativos. Esse Programa permite ao adolescente
o aprendizado da prática profissional por meio da vi -
vência da real idade do trabalho e da Companhia, para
desenvolvimento de sua competência.
No Cesam, são ministrados, aos sábados, os cursos rela-
t ivos à capacitação teórica dos adolescentes, sendo que
a prática profissional é desenvolvida na Cemig. Esses
adolescentes são supervisionados por tutores que, com
os educadores do Cesam, acompanham o desempenho
do menor nas atividades propostas, supervisionando-os
e aval iando-os nos aspectos comportamentais, de efi -
c iência, educação e progresso quanto à sociabi l idade.
Em 2008, 200 adolescentes part ic iparam do Programa.
Projetos Culturais
Em 2008, a Cemig patrocinou, por meio das leis federais
de incentivo à cultura, 133 projetos, sendo 48 deles com
utilização de recursos próprios, além daqueles previstos
e assegurados na lei, com a utilização do art. 26 da Lei
Rouanet de Incentivo à Cultura. A seleção dos projetos
é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da
Cultura, no Programa Cemig Cultural, o que representa
um esforço claro na construção de apoio a uma política
pública de investimentos culturais. Dessa forma, a Com-
panhia alcança demandas do interior do estado, pequenos
grupos iniciantes, iniciativas instigantes de arte contem-
porânea e segmentos culturais de complexo entendimen-
to e escasso patrocínio por parte da iniciativa privada.
Belo Horizonte e o interior do estado receberam 11
festivais internacionais de artes integradas, o que re-
força e amplia a rede de intercâmbio cultural com gru-
pos de outros estados e outros países. Com a terceira
edição do Programa Fi lme em Minas, reafirmamos a
vocação da Companhia no apoio ao audiovisual. No bi -
ênio 2007/2008, 34 projetos foram contemplados nas
mais diversas categorias. Foram premiados, além dos
longas e curtas-metragens, vídeos experimentais, docu-
mentários, projetos de pesquisa em desenvolvimento e
l i teratura da área. Todos esses projetos contaram com
mão-de-obra, logíst ica e locações em Minas Gerais. Tra-
ta-se do único edital de audiovisual do país que premia
todos os segmentos da área e que garante a f inal ização
e distr ibuição dos projetos que contempla.
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CEMIG 2008
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CIAL
Em 2008, a Companhia patrocinou projetos aprovados
no Ministério do Esporte, que seleciona programas para
cr ianças em risco social e atletas para-ol ímpicos.
Foram destinados cerca de R$4 milhões para projetos
real izados em Belo Horizonte e Uberlândia, que aten-
derão, juntos, a milhares de cr ianças e adolescentes.
SAÚDE, SEGURANÇA OCUPACIONAL E BEM-ESTAR -– SSO&BECom o objetivo de disseminar a cultura de saúde, segu-
rança ocupacional e bem-estar entre todos os empregados
da Cemig, incluindo contratados e empresas contratadas,
em junho de 2008, foi lançada a “Campanha Permanente
de SSO&BE – Regras de Ouro”, divulgando regras para
a saúde, segurança ocupacional e bem-estar, as quais
deverão ser comparti lhadas por todos. O envolvimento
e a conscientização dos empregados contr ibui de forma
efetiva na diminuição dos acidentes de trabalho, levan-
do a Companhia a f igurar numa posição de destaque en-
tre as demais concessionárias do setor elétr ico nacional.
Buscando maior autonomia e competência técnica para
profissionais do SESMT – Serviço Especial izado em En-
genharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, foi
real izado um treinamento para todos os integrantes do
SESMT em ergonomia, ministrado pela área de saúde da
Companhia. A part ir deste treinamento, os técnicos de
Segurança do Trabalho da Cemig, numa ação inovadora,
poderão real izar as análises biomecânicas das diversas
atividades e postos de trabalho, propiciando prevenção
de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e
maior segurança no trabalho.
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CEMIG 2008
33 MRT: Ministério do Trabalho e Emprego; SRTE: Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais; e Funcoge: Fundação que sucedeu o Comitê de Gestão Em-presarial (Coge), cujo objetivo é promover o aprimoramento da gestão empresarial e da cultura técnica do setor elétrico, realizando atividades de pesquisa, ensino, consultoria e desenvolvimento institucional.
Segurança
Visando à adequação às necessidades da Companhia e à
real idade do setor elétr ico nacional, alguns padrões corpo-
rativos de Saúde, Segurança Ocupacional e Bem-estar fo-
ram revisados e atualizados, conforme destacamos abaixo:
os conceitos do SMART (Programa Oficial da Companhia
para o Cadastro de Acidentes) foram aprimorados de for-
ma a permitir uma análise mais confiável e melhoria na
apuração dos dados estatíst icos de acidentes. A confia-
bi l idade desses dados é fundamental para retratar a re-
al idade da Companhia perante os órgãos externos (MTE,
SRTE, Funcoge33), comunidade e o mercado acionário;
a metodologia uti l izada pela Companhia na identif ica-
ção de perigos e aval iação de r iscos foi atual izada para
sua adequação à norma internacional de Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – OHSAS
18001:2007 incluindo, entre outros, os aspectos re-
lat ivos ao comportamento humano com conseqüente
treinamento de todos os empregados que a uti l izam;
reformulação do Portal SESMT, faci l i tando o acesso de
todos os empregados às informações corporativas rela-
t ivas à SSO&BE e disseminando a cultura de segurança
da Cemig, conforme previsto em seu mapa estratégico.
Outras iniciat ivas:
os cr i tér ios técnicos e legais de SSO&BE estão sendo
escr i tos e rev isados, por meio de Inst ruções de Tra -
balho Corporat ivas espec í f i cas de Saúde, Segurança
Ocupac ional e Bem-estar, d isponíveis no Por ta l do
SESMT. O objet ivo desta in ic iat iva é uni formizar pro -
cedimentos e def in i r responsabi l idades, para garant i r
o cumpr imento da legis lação e da prát ica de prevenção
de ac identes na Companhia;
intensif icação do Momento de Segurança, inst ituído
pela Diretoria da Companhia em 2007, em que todos
os empregados são convidados a fazer uma reflexão so-
bre Saúde, Segurança Ocupacional e Bem-estar, mensal-
mente, no mínimo por uma hora, junto com os gestores.
Em 2008, foram enviadas mais de 1.000 sugestões re-
lat ivas aos temas: Energia Vital, Quase-Acidentes, Qua-
l idade da Informação sobre SSO&BE, Regras de Ouro,
Estratégias de SSO&BE, Ergonomia, Trânsito, entre ou-
tros. As informações relativas à gestão do Momento de
Segurança passaram a ser disponibi l izadas no Portal do
SESMT, faci l i tando o acesso das áreas à situação de
suas demandas;
part ic ipação da Cemig no Prêmio Funcoge 2008, sendo
reconhecida pela Fundação COGE como a empresa que
desenvolveu o melhor trabalho do setor elétr ico brasi lei -
ro na categoria Gestão da Segurança e Saúde no traba-
lho, com o projeto “Redesenhando o SESMT: Integração
e Regionalização”;
lançamento das orientações on-l ine sobre Direção De-
fensiva, com part ic ipação de mais de 7 mil empregados,
tendo como objetivo estimular atitudes de prevenção do
r isco de acidentes de trânsito;
treinamento específ ico para empregados com atividades
relacionadas à eletr ic idade, conforme estabelecido pela
NR-10, incluindo cursos técnicos e de reciclagem, alcan-
çando mais de 169 mil homens-hora treinados;
organização do 6º Rodeio de Eletr ic istas da Cemig, com
a part ic ipação de eletr ic istas e famil iares de emprega-
dos, que objetiva valorizar as habil idades dos eletr ic is -
tas na execução de atividades que requeiram alto grau
de complexidade e r isco, além de ser uma oportunidade
de interação, troca de experiências e divulgação das
melhores práticas e inovações tecnológicas.
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CEMIG 2008
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Acidentes
A Taxa de Freqüência, relativa aos acidentados com
afastamento (TFA) de pessoal próprio, contratado e da
força de trabalho, manteve a tendência de decréscimo
em seus valores verif icada nos últ imos anos.
Essa tendênc ia ressa l ta ma is uma vez a impor tânc ia
das ações co rpora t i vas imp lementadas pe lo SESMT
e d emon s t r am a p a r t i c i p a ç ão e o e n vo l v imen t o
dos empregados com a campanha permanente de
SSO&BE “Regras de Ouro”. Reaf i rma também que a
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
cu l tu ra dos empregados começa a se r a l te rada g ra -
da t i vamente em busca da me lhor ia de cond i ções de
t raba lho e me lhores p rá t i cas de segurança, re f le t in -
do d i re tamente na queda do número de ac identes
na Companh ia e , conseqüentemente , na d iminu i ção
desse ind i cador.
TAXA DE FREQÜÊNCIA – CEMIG
Critério US – 200.000
2005 2006 2007 2008
Pessoal Próprio 0,53 0,37 0,48 0,43
Contratados 1,91 2,17 1,35 0,94
Força de Trabalho 1,18 1,30 0,92 0,72
Obs.: número de acidentados com lesão, com afastamento, por 200 mil horas trabalhadas.34
Na busca pela Segurança de toda a população envolvida
em sua área de concessão, foi real izada mais uma vez
a Campanha Externa de Prevenção de Acidentes com a
População – Cepap, em todo o estado, atingindo um
público de mais de 547 mil pessoas, entre estudantes e
profissionais da construção civi l . Esta campanha procura
desenvolver, conscientizar e intensif icar a cultura de se-
gurança junto aos profissionais da Cemig e à população.
A Cepap foi premiada em 2008 pela Associação Brasi lei -
ra de Concessionárias de Energia Elétr ica – ABCE, como
a melhor campanha de segurança para a população do
setor elétr ico nacional.
A Cemig part ic ipou também da 3ª Semana Nacional de
Segurança com a População, promovida pela Associação
Brasi leira de Distr ibuidores de Energia Elétr ica – Abradee,
com a f inal idade de prestar orientações sobre os r iscos
associados à energia elétr ica e os meios de prevenção
de acidentes. O evento atingiu um público de mais de
64 mil cr ianças, em 235 escolas, e cerca de 8 mil tra-
balhadores em 445 obras de construção civi l .
A lém d i s to , a pa r t i r de 2008, ent ra ram em v igo r as
cont ra tações reg idas po r novas c láusu las cont ra tua i s ,
ma is ex igentes nos requ i s i tos de Segurança, Saúde
e Bem-es ta r, como a obr iga to r iedade da inc lusão
de ass i s ten tes soc ia i s e ps i có logos nos SESMTs das
empresas cont ra tadas , a exemplo da compos i ção do
SESMT da Cemig.
SaúdeEm 2008, os programas de saúde foram revital izados
por meio do exame periódico, incluindo prevenção e
combate de disl ipidemias, diabetes, doenças coronaria-
nas, prevenção de câncer de próstata, detecção precoce
de câncer de mama e prevenção de câncer de intestino.
Outro destaque foi a real ização da Campanha de Vaci -
nação/2008, onde mais de 7.000 empregados foram
imunizados contra a gripe.
Dando cont inu idade ao p ropós i to de o r ien ta r e cons -
c ien t iza r os empregados sobre os fa to res de r i s co e
os me ios de p revenção de doenças , os p rogramas
de qua l idade de v ida – Energ ia V i ta l fo ram in ten -
s i f i cados e a t ing i ram, com seus subprogramas, os
segu in tes índ i ces em 2008:
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CEMIG 2008
34 A Cemig considera em seus dados os cadastros de pequenas lesões. Os dias perdidos são calculados levando-se em consideração os dias civis, contados a part ir do seguinte ao do acidente. Não houve caso de Doença Ocupacional (DO) identif icado em 2008.
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PROLONGAR – Programa de Estímuloà Atividade Física
Ano Empregados Inscritos Empregados praticando exercícios % Empregados praticando exercícios
2006 887 472 53,2
2007 1.183 689 58,2
2008 1.470 893 60,8
Incentiva a prática de atividades f ís icas aeróbicas para os
empregados que se enquadrem nos cr itér ios de inclusão do
Programa, por meio do reembolso de parte das mensalida-
des de cursos como natação, ginástica, hidroginástica, etc.
REPENSAR – Programa de Prevenção da Obesidade
Alerta os empregados sobre os r iscos da obesidade em
relação à saúde e também sobre os problemas de segu-
rança no trabalho. Os empregados inscr itos são encami-
nhados para nutr ic ionista, endocrinologista e psicólogo,
com despesas pagas pela Companhia.
Em 2008, houve melhor ia nos cr i tér ios de inc lusão no
Programa, de modo a at ingi r também os empregados
em at iv idade de r isco que estavam com sobrepeso,
mas a inda não obesos. Dessa forma, foram 1470 em-
pregados inscr i tos e, destes, 446 estavam com sobre -
peso, ou se ja, com Índice de Massa Corpora l ( IMC)
entre 25,0 e 29,9.
Ano Empregados Inscritos Empregados com IMC < 30,0 % Empregados com IMC Controlado
2006 906 138 15,2
2007 1.167 368 31,5
2008 1.024* 219 21,4
(*) Apenas empregados obesos, ou seja, com IMC ≥ 30,0.
Controla mensalmente a pressão arterial, orienta os empre-
gados com pressão arterial não-controlada e estimula a prá-
tica de atividades físicas. O Programa inclui a contribuição
financeira por parte da Companhia, por meio de reembolso
de despesas realizadas com ginástica, natação, ciclismo e
atletismo para os empregados inscritos nestas atividades.
PROCOHAR – Programa de Controle da Hipertensão Arterial
Ano Empregados Inscritos Empregados com Pressão Arterial Controlada % Empregados com Pressão Arterial Controlada
2006 1.536 1.037 67,5
2007 1.577 1.095 69,4
2008 1.639 1.293 78,9
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CEMIG 2008
DIME
NSÃO
DIME
NSÃO
RESPIRAR – Programa de Abandono do Tabagismo
Promove orientações médicas aos fumantes, campanhas
contra o tabagismo e restr inge o hábito de fumar aos
fumódromos instalados nos prédios da Companhia.
Estes índices norteiam as estratégias de atuação do
SESMT sobre o esti lo e hábitos de vida dos emprega-
dos e seus famil iares, por meio de ações de educação,
vigi lância, apoio e segurança, objetivando a redução de
doenças, controle dos fatores de r iscos e alterações do
perf i l de saúde dos empregados.
Bem-estarOs programas corporativos e as ações voltadas para o
bem-estar dos empregados da Cemig incluem:
Programa de Readaptação Profissional – Visa ao redi -
recionamento dos empregados que t iveram a sua capa-
cidade laborativa reduzida em decorrência de acidente
ou doença, implicando mudança de função. Dos 59
casos de readaptação em 2008, foram concluídos 22
casos, cuja aval iação foi resultado do trabalho integra-
do das áreas médicas, psicológica, cargos e remunera-
ção, social, de segurança e da gerência do empregado;
Programa de Inclusão de Portadores de Deficiência –
Além de prever o que dispõe a lei, a Companhia vem
desenvolvendo um programa de inclusão e acessibi l ida-
de dos defic ientes;
Curso de Or ientação Médico-Soc ia l sobre a questão
materno- infant i l para “casais gráv idos” – Tem o ob-
jet ivo de lhes propic iar maior segurança na v ivênc ia
da grav idez, do par to e dos cu idados com a cr iança.
Em 2008, foram real izados dois cursos tota l izando
44 par t ic ipações. Foi real izado o “2º Reencontro
Pós -curso Materno”, proporc ionando o reencontro dos
par t ic ipantes, contando inc lus ive com a presença dos
bebês, para t roca de exper iênc ias e ref lexão sobre o
papel dos pais na formação dos f i lhos;
real ização do Seminário de Preparação para Aposenta-
doria – PPA – Tem como objetivo contr ibuir para que
os part ic ipantes construam seu projeto de vida e dis-
cutam sobre a forma de uti l izar o tempo disponível a
part ir da sua aposentadoria. Em 2008, foram real izados
oito eventos atingindo 278 empregados/famil iares;
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CEMIG 2008
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CIAL
real ização de palestras/atendimentos relativos ao
Programa de Planejamento do Orçamento Pessoal e Fa-
mil iar – Objetiva conscientizar os empregados sobre a
importância do equil íbr io f inanceiro para a sua tranqüi-
l idade e, conseqüentemente, para a prevenção de aci -
dentes motivados por fatores externos à rotina de traba-
lho. Liberação de 70 empréstimos – saúde, especial e
habitacional, em 2008, como forma de contr ibuir para
o equil íbr io f inanceiro e tranqüil idade dos empregados;
real ização de 119 inter venções soc ia is aos ac iden-
tados no t rabalho e 39 inter venções soc ia is com a
população, com vistas à or ientação e cober tura de
despesas com tratamento de saúde pela Companhia.
E, a inda, 23 inter venções soc ia is aos aposentados por
inval idez decor rente de ac idente do t rabalho ou doen-
ça ocupac ional , objet ivando a cober tura do t ratamento
de saúde dos mesmos;
Inventário Social, iniciado em 2007, como projeto-pi lo-
to no Sul de Minas. Em 2008, foi expandido para as re-
giões Norte e Centro, em Januária e Belo Horizonte, res-
pectivamente. Esse Programa consiste no atendimento
individual e programado aos eletr ic istas, pelo assistente
social, visando reduzir as taxas de freqüência de aci -
dentes, absenteísmo e custos do acidente de trabalho.
RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES E CONTRATADOSA Cemig consol idou a cert if icação integrada para todos
os seus processos de aval iação, gestão e desenvolvi -
mento dos fornecedores, recebendo a cert if icação em
outubro de 2007, nas normas ISO 9001:2000, Sistema
de Gestão Ambiental – SGA nível 1 e OHSAS 18001.
Além disso, tem real izado trabalho de motivação com
os fornecedores para a melhoria de suas práticas de
gestão por meio do Programa Fórum de Competit ividade
– FGCOM, parceria entre a Cemig, o BDMG e o Prêmio
Mineiro de Qualidade e Produtividade.
Em 2007, iniciou-se a implantação de um programa de
desenvolvimento de fornecedores envolvendo entidades
de classe como o Instituto Euvaldo Lodi e a Federação
das Indústr ias de Minas Gerais – Fiemg, visando apri -
morar o parque da indústr ia mineira e nacional, por
meio da melhoria e desenvolvimento de um conjunto
de novos produtos apl icáveis ao sistema elétr ico, com
desenvolvimento de novas tecnologias, investimentos
em capacidade produtiva, melhoria de gestão e de
competit ividade e eventuais parcerias. Com esse Pro-
grama, está em curso a cr iação do sistema de gestão
“Qualidade Assegurada” com aqueles fornecedores de
melhor aval iação no ano, garantindo o cumprimento do
planejamento do suprimento de material.
Nas aquisições de bens e serviços, é verif icada a confor-
midade aos requisitos relacionados a qualidade, meio
ambiente, saúde e segurança no trabalho.
No processo de habil i tação de fornecedores, são real i -
zadas aval iações técnicas industr iais em relação às suas
instalações. No caso de prestadores de serviço, a aval ia-
ção consiste na conferência de todas as informações refe-
rentes à regularização de registros de empregados, EPIs,
EPCs, disponibi l idade de equipamentos e outros recursos
necessários à boa prestação do serviço pelas contratadas.
Como melhoria deste processo, os cr itér ios de aval iação
foram revisados em 2008, incorporando requisitos espe-
cíf icos relacionados a responsabil idade social, seguindo
100
CEMIG 2008
DIME
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diretr izes internacionais da norma SA 8000, incluindo
trabalho infanti l , trabalho forçado, valorização da diver-
s idade social, programas de benefícios a empregados,
serviços de atendimento a cl ientes e desenvolvimento
de ações e projetos sociais voluntários.
Os processos l i c i tatór ios, os respect ivos contratos e
sua gestão asseguram a existênc ia e cumpr imento dos
requis i tos legais que v isam garant i r a segurança, h i -
g iene e saúde no t rabalho, a preser vação do meio
ambiente e a obser vânc ia ao Estatuto da Cr iança e
do Adolescente. Procedimentos corporat ivos garantem
a eqüidade no t ratamento de fornecedores, estabele -
cendo requis i tos para a habi l i tação jur íd ica, compro-
vação de regular idade f isca l , qual i f i cação técnica e
econômico- f inancei ra. Os fornecedores são aval iados
per iodicamente, com base em parâmetros objet ivos e
prev iamente def in idos. Para tanto, é ut i l izado o indi -
cador de desempenho espec í f i co – Índice de Desem-
penho do Fornecedor – IDF –, em que os requis i tos
qual idade, fornec imento, preço, cadast ro e ser v iço/
garant ia são permanentemente aval iados, ger idos e
contro lados pelo software de gestão corporat ivo SAP/
R3, sendo também abordados conformidade com o es -
copo contratado, sat is fação do c l iente, cumpr imento
de metas, cumpr imento de prazos e atendimento aos
requis i tos de qual idade, segurança, meio ambiente,
responsabi l idade soc ia l , entre outros.
Os cr itér ios de aval iação e seus resultados são informa-
dos pelos órgãos gestores dos contratos aos respectivos
fornecedores, garantindo transparência na relação e
permitindo que estes tenham condições de corr igir e
melhorar seus produtos e suas instalações. Nos editais
de aquisição de serviços e materiais constam exigências
com relação ao trabalho de menor, pelas quais o forne-
cedor deve anexar documento garantindo a não contra-
tação de mão-de-obra infanti l , exigência feita também
quando da real ização de cadastro.
Foram ainda introduzidas nos contratos, e são acompa-
nhadas pela Companhia, cláusulas relativas a:
proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores
de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a part ir de
14 anos, conforme estabelecido na Constituição Federal
do Brasi l ;
obrigatoriedade de apresentação da cópia dos documen-
tos de registro empregatício e da comprovação mensal
de recolhimento do INSS/FGTS para os contratos de
prestação de serviços;
obrigatoriedade de apresentação das l icenças ambien-
tais necessárias à execução dos serviços quando reque-
r idas pela legislação;
preferênc ia por contratação de mão-de-obra local fo -
mentando o desenvolv imento nos locais de implanta -
ção das obras;
exigência de cumprimento das instruções normativas,
normas regulamentadoras, portarias e notas técnicas
emitidas pelo Ministério do Trabalho, relativas à segu-
rança e saúde no trabalho;
exigência de que as empresas possuam em seu quadro
de funcionários engenheiros e técnicos de segurança do
trabalho para implantação e acompanhamento do Plano
de Segurança do Trabalho;
exigência de disponibi l idade e uti l ização do EPI (Equi-
pamento de Proteção Individual) e EPC (Equipamento
de Proteção Coletiva);
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CEMIG 2008
SOCI
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exigência de r igoroso controle da jornada de trabalho,
intervalos interjornada e intrajornada, conforme Conso-
l idação das Leis do Trabalho – CLT;
exigência de que seja provido aos empregados que tra-
balhem em caráter permanente nas obras, programa de
saúde e adequada estrutura de atendimento escolar e
médico-hospitalar, extensivo às respectivas famíl ias;
exigência de comprovação mensal do pagamento dos
tr ibutos, seguros, salários dos empregados, encargos
sociais, trabalhistas e previdenciários;
exigência de adoção das medidas necessárias à prote-
ção ambiental e às precauções para evitar a ocorrência
de danos ao meio ambiente e a terceiros;
ex igênc ia de ap resentação de um P lano de P revenção
de R i scos Ambienta i s e de Cont ro le de Med ic ina e
Saúde Ocupac iona l ;
exigência de recuperação ambiental de áreas degrada-
das, decorrentes da execução das obras;
exigência de garantias de que as instalações fornecidas
estejam aptas a operar de acordo com todas as con-
dições e parâmetros ambientais legalmente vigentes,
dispondo de sistemas de gerenciamento dos aspectos
ambientais, incluindo o controle de ruídos, de emissões
atmosféricas, de efluentes l íquidos e de resíduos sól idos.
Nos últ imos cinco anos, com o objetivo de aprimorar a
gestão da qualidade, ambiental, da segurança no traba-
lho e da responsabil idade social dos vários contratos e
o desenvolvimento de novos fornecedores de materiais,
para melhor atender à cadeia de suprimentos da Cemig,
foram real izadas mais 29.086 inspeções de material
e 524 visitas de aval iação técnica industr ial, no Brasi l
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CEMIG 2008
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e no exterior, e 263 visitas técnicas a empreiteiras. No mesmo
período, foram celebrados diversos convênios com a indústria
para a utilização dos laboratórios da Cemig, com a finalidade
de desenvolvimento comum de novos produtos, aferição de
instrumentos, orientação tecnológica na implementação de
laboratórios, metodologia de ensaios e certificações.
Visando ao aprimoramento e introdução de novas tecno-
logias e a atração e o desenvolvimento de novos fornece-
dores, foi implantado o sistema de pré-homologação de
materiais, que reduz exigências técnicas prévias e faci l i -
ta acesso de novos fornecedores às l ic itações da Cemig.
Além disso, foram desenhadas novas rotinas de ge-
renciamento da qualidade, para aval iar o desempenho
e o desenvolvimento dos fornecedores da Cemig, em
consonância com o planejamento estratégico da Com-
panhia. Foi alcançado em 2008 o índice médio de 9%
de melhoria de desempenho dos mesmos. Com base nos
resultados dos indicadores de desempenho implantados,
será inst ituído em 2009 o Programa de Reconhecimento
de Desempenho de Fornecedores da Cemig, com o intui -
to de premiar os fornecedores em destaque, estimular
melhoria de desempenho e fortalecer parcerias.
Consol idando este processo, está implementado desde
2007 o sistema de suporte ao Portal de Compras da
Cemig, na internet, com a f inal idade de garantir maior
agi l idade nos processos de aquisição de materiais, na
contratação de serviços e na modernização do contato
com os fornecedores. Por meio de pregão e cotação
eletrônica, é possível reduzir custos, além de real izar
os negócios de forma transparente e segura.
103
CEMIG 2008
SOCI
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P A R T I C I P A Ç Õ E S
GasmigA Gasmig foi constituída em julho de 1986 para desen-
volver a distr ibuição de gás natural canalizado em Mi-
nas Gerais. Em agosto de 2004, a Cemig e a Petrobras
f i rmaram Acordo de Associação, segundo o qual a Cemig
aceitou vender part ic ipação societária de 40% na Gas-
mig à Gaspetro, uma das subsidiárias da Petrobras. Nos
termos do Acordo de Associação, a Petrobras comprome-
teu-se a efetuar investimentos para expandir a capacida-
de dos atuais dutos de transporte de gás conectados que
abastecem a rede de distr ibuição da Gasmig, bem como
investir na construção de novos dutos. Além disso, Cemig
e Petrobras se comprometeram a custear o Plano Diretor
da Gasmig para expandir a sua rede de distr ibuição.
Dentro dos projetos de ampliação da capacidade de dis-
tr ibuição de gás natural pela Gasmig, está em andamen-
to o Projeto Sul de Minas, com investimento aproximado
de R$132 milhões e entrada em operação prevista para
julho de 2009. Essas redes perfazem 110 km e serão
supridas pelo gasoduto de transporte Paulínia – Jacutin-
ga que está sendo construído pela Petrobras.
Um outro importante investimento é o Projeto Vale do
Aço, que investirá cerca de R$661 milhões em obras
que devem começar em março de 2009 e início de for-
necimento previsto para março de 2010. Essas redes
terão extensão de 278 km e o fornecimento será viabi -
l izado pela ampliação da capacidade de transporte do
gasoduto Gasbel – Rio / Belo Horizonte também em
execução pela Petrobras.
No ano de 2008, o volume de gás vendido pela Gasmig
foi de 881.148 mil m³, sendo 59,1% para uso indus-
tr ial, 8,3% para uso automotivo e 32,6% para geração
térmica. Com sua rede de 407 km de extensão, atendeu
269 cl ientes de 22 municípios da Região Metropolitana
de Belo Horizonte, Zona da Mata, Vale do Aço e Sul de
Minas. A Gasmig segue uma fi losofia de respeito e diá-
logo com as partes interessadas e comunidades direta
e indiretamente atingidas por obras de implantação e
ampliação de sua rede. Dessa forma, real izou, ao longo
de 2008, atividades nas comunidades de Brumadinho e
Nova Lima – por ocasião da implantação do ramal da
companhia Vale – e, ainda, nas comunidades atingidas
pelas obras de expansão da rede de gás natural no Sul
de Minas, nas cidades de Caldas, Poços de Caldas, An-
dradas e Jacutinga.
A Gasmig destina parte de seu Imposto de Renda a pro-
jetos culturais inseridos na Lei Federal de Incentivo à
Cultura (Lei Rouanet) e a inst ituições sociais registradas
nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente, em acordo com as legislações pert inentes.
Em 2008, a empresa destinou cerca de R$513 mil para
seis projetos culturais e outros R$128 mil para sete pro-
jetos assistenciais voltados a cr ianças e adolescentes.
Ao longo do ano de 2008, foram concedidas à empre-
sa uma Licença de Instalação – LI, uma retif icação de
Licença de Instalação – LI, três Autorizações para a Ex-
ploração Florestal – APEF, três Autorizações Ambientais
de Funcionamento – AAF e três dispensas ambientais
pelos órgãos competentes do estado de Minas Gerais.
Ainda em 2008, a Gasmig iniciou obras de recupera-
ção de 8,65 hectares de Áreas Degradadas no Parque
Estadual Serra do Rola Moça, área que abriga seis im-
portantes mananciais que abastecem parte da Região
Metropolitana de Belo Horizonte.
105
CEMIG 2008
Light
A Light S.A. é a holding que controla integralmente,
entre outras empresas, a concessionária de distr ibuição
Light Serviços de Eletr ic idade S.A., com 3,9 milhões de
consumidores em 31 municípios do estado do Rio de Ja-
neiro, a geradora Light Energia S.A., que detém 855 MW
de capacidade instalada em usinas hidrelétr icas e a
Light Esco, comercial izadora de energia e prestadora de
serviços em eficiência energética.
O controle da Light é exercido pela Rio Minas Energia
S.A. (RME), que detém 52,1% de seu capital social e é
controlada, por sua vez, por quatro acionistas: Cemig,
AG Concessões, Luce Brasi l FIP e Equatorial Energia,
cada um com 25% de part ic ipação acionária. A gestão
da Light pela RME, iniciada em agosto de 2006, for-
malizou seu compromisso com a sustentabi l idade, por
meio da implementação de ações voltadas aos interes-
ses dos stakeholders.
Em 2007, esse compromisso passou a integrar a sua
Missão: “Ser uma grande Empresa brasi leira comprome-
t ida com a sustentabi l idade, respeitada e admirada pela
excelência do serviço prestado a seus cl ientes e à co-
106
CEMIG 2008
munidade, pela cr iação de valor para seus acionistas e
por se constituir em um ótimo lugar para se trabalhar.”
Assim, contando com colaboradores al inhados aos valores
da Companhia e à sua Missão, a Light tem suas ações pla-
nejadas de forma estruturada e vinculadas a compromissos
de gestão pactuados entre o Conselho de Administração
e os diretores, e destes com todo o quadro de gestores.
Nos do i s p r ime i ros anos da nova ges tão, a L igh t con -
segu iu inve r te r seu resu l tado, passando de p re ju ízo
a luc ro l í qu ido , po r me io de d ive rsas ações de suces -
so , como a redução do n íve l de inad imp lênc ia e a
renegoc iação de déb i tos passados , um novo método
de cont ro le de despesas e a ampla rees t r u tu ração
da es t r u tu ra de cap i ta l . Em 2008, como cont inuação
do seu p rocesso de desenvo lv imento , a L igh t in i c iou
seu P lano de Va lo r ização, que possu i quat ro f ren tes
de a tuação: Resu l tados , P roduto , Mercado e Sus ten -
tab i l i dade:
Resultados – Proteger a empresa de r iscos e dotá- la
de intel igência estratégica; mit igar r iscos regulatórios;
manter o crescimento signif icativo do Ebitda;
Produto – Melhorar e modernizar o sistema elétr ico;
expandir a capacidade de geração; buscar melhorias
sistemáticas de aumento de efic iência por meio de ini -
c iat ivas de redução de custos, melhorias operacionais e
revisão de processos;
Mercado – Reduzir perdas por meio da implantação de
novas tecnologias e melhoria de processos; contr ibuir
para o desenvolvimento da área de concessão; viabi l i -
zar o uso do patr imônio imobil iár io da Light como fonte
de resultados; capacitar o Grupo Light a ser player nodal
do setor elétr ico brasi leiro;
Sustentabi l idade – Implantar uma sól ida cultura empre-
sarial voltada para resultados e mérito, com foco no em-
pregado e em melhorias no ambiente de trabalho; con-
sol idar imagem institucional de l iderança inovadora do
setor e de compromisso com a sociedade; promover as
melhores práticas de governança e gestão corporativa.
Para tornar sua Missão uma real idade, a Light baseia-se
nas melhores práticas de Governança Corporativa, que
agregam valor à Companhia e aos seus stakeholders e
estabelecem padrões de transparência e comunicação
com o mercado que contr ibuem para sua perenidade.
O reconhec imento da busca por melhores prát icas de
governança e do compromisso com a sustentabi l idade
fo i conf i rmado pela da inc lusão da L ight S.A. na car -
te i ra do Índice de Sustentabi l idade Empresar ia l ( ISE)
da Bovespa em novembro de 2007, e por sua perma-
nênc ia na car te i ra v igente entre dezembro de 2008 e
novembro de 2009. Destaca-se também o recebimento
do Top Soc ia l 2008 e do 7º Market ing Best de Respon-
sabi l idade Soc ia l 2008.
Na busca pela consol idação do comprometimento com a
sustentabi l idade, a atuação da Light faz convergir seus
objetivos econômicos, sociais e ambientais. Nesse senti -
do, possui pol ít icas e procedimentos internos al inhados
com os Princípios do Pacto Global, com as Convenções
Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho
(OIT) e com os Princípios de Proteção e de Defesa dos
Direitos Humanos das Nações Unidas.
A satisfação de seus cl ientes é obtida por meio de um
serviço de qualidade, a preços adequados, com os cl ien-
tes sendo respeitados, ouvidos e tratados com igualdade.
107
CEMIG 2008
Para isso, a Light investe continuamente na moderniza-
ção dos serviços oferecidos, mantém a equipe comercial
em constante processo de aprendizagem e os canais de
atendimento al inhados às mudanças do mercado e ne-
cessidades dos cl ientes. Dentre as ações voltadas para a
satisfação e o conforto dos cl ientes, ressalta-se a refor-
ma das agências comerciais, oferecendo maior conforto
aos cl ientes e funcionários, apresentando padrões de
ergonomia adequados e adaptação para o atendimento
aos portadores de necessidades especiais, inclusive com
o treinamento de atendentes comerciais na Linguagem
Brasi leira de Sinais, com o objetivo de prestar atendimen-
to diferenciado aos portadores de defic iência audit iva.
Na busca pela satisfação e motivação de seus colabo-
radores, a Light adotou como um dos valores da sua
gente a alegria no trabalho e ampliou a concessão de
tratamento adequado em termos de treinamento, segu-
rança no trabalho e remuneração, esta últ ima vinculada
ao bom desempenho alcançado. Em 2008, reforçando
o seu comprometimento com a sustentabi l idade e ratif i -
cando sua vocação histórica com as questões sociais, a
Light implementou sua Pol ít ica de Diversidade da Força
de Trabalho, com o objetivo de promover a inclusão
de pessoas portadoras de defic iência, capacitando-as
e oferecendo-lhes um ambiente inclusivo em todos os
aspectos, de forma a maximizar sua contr ibuição e pro-
porcionar condições adequadas ao seu desenvolvimento
profissional, além de promover a eqüidade de gênero.
Ainda em 2008, foi formalizada a pol ít ica de gestão
de empresas contratadas para a prestação de serviços
terceir izados, tendo como objetivo, mediante acompa-
nhamento contínuo, estruturado e central izado, con-
tr ibuir para o desenvolvimento das melhores práticas
de gestão e o respeito integral aos acordos coletivos
e legislações trabalhistas, previdenciárias, tr ibutárias e
ambientais a que essas empresas estejam vinculadas.
A promoção das melhores práticas da cadeia de valor
quanto ao atendimento dos tópicos referentes a direitos
humanos, ética e meio ambiente, ocorre por meio de cr i -
tér ios de seleção, de cláusulas contratuais e de aval ia-
ção da qualidade do serviço ou material. Com o objetivo
de estreitar ainda mais a relação com seus fornecedo-
res, a Light real izou, em 2008, o evento “Construindo
Resultados – Encontro de Fornecedores Light”, onde foi
real izada a primeira premiação de Qualidade no Forne-
cimento da Companhia e foram comparti lhados os obje-
t ivos estratégicos e os processos de negócio da Light.
No que tange à comunidade, a Empresa atua por meio
do Instituto Light, do Centro Cultural Light e o desenvol-
vimento de projetos de Efic iência Energética.
O Instituto Light tem como missão principal contr ibuir
para o aprimoramento das condições econômicas e so-
ciais da área de concessão da Light. Isso se concretiza
por meio de programas que vinculam responsabil idade
social com o interesse funcional e o domínio geográfico
da Companhia, apoiando a promoção do bem público e,
ao mesmo tempo, a sua sustentabi l idade econômica.
São desenvolvidos programas de acordo com os seguin-
tes eixos estratégicos: Eixo Urbano (polít icas urbanas,
planejamento urbano, combate à informalidade); Eixo
Social (incentivo à ciência, história e l i teratura); Eixo
Ambiental (conservação do meio ambiente e uso racio-
nal da energia); Eixo Cultural (valorização do patr imô-
108
CEMIG 2008
nio histórico, cursos e publicações); Eixo Institucional
(aprimoramento do relacionamento institucional e acom-
panhamento do desempenho de instituições públicas).
Já o Centro Cul tura l L ight (CCL), const ru ído no prédio
h is tór ico da sede da Companhia, tombado pelo Gover -
no Federa l em 1985, é o guard ião de um r ico acer vo
h is tór ico sobre a L ight, a c idade e o estado. O CCL tem
no apoio às ar tes, cu l tura, educação e no atendimento
a pesquisadores suas pr inc ipais ver tentes. O pr inc ipal
pro jeto desenvolv ido pelo CCL é o programa educac io -
nal “Centro Cul tura l L ight para Estudantes”, com o
objet ivo de promover o conhec imento sobre a h is tór ia
da e let r ic idade e da Companhia. In ic iado em junho
de 2002, esse pro jeto já benef ic iou mais de 200 mi l
estudantes e professores.
A efic iência energética, vista tradicionalmente como
a conservação de recursos não-renováveis, representa
hoje, na Light, um dos mais claros exemplos de ação
com foco na sustentabi l idade. De fato, os projetos de-
senvolvidos englobam não só ações voltadas para o uso
racional da energia elétr ica, mas também a educação
para promover o uso efic iente de energia, a geração
de emprego e renda e a inclusão social. Por outro lado,
os projetos de efic iência energética também represen-
tam um diferencial no negócio da Light, proporcionando
oportunidades a seus cl ientes de gerir de forma efic iente
a uti l ização dos recursos energéticos, além de atuar na
redução de perdas e inadimplência em decorrência de
um melhor relacionamento com os cl ientes, da adequa-
ção do consumo à capacidade de pagamento das contas
de energia e da regularização técnica e comercial dos
cl ientes de baixo poder aquisit ivo.
Ressalte-se aqui também o papel da Light Esco como
empresa integradora de soluções energéticas e em par-
ceria com o cl iente para encontrar as melhores alterna-
t ivas para aquisição e otimização do uso de energia.
Sua atividade está subdividida em dois segmentos de
atuação: comercial ização de energia no mercado l ivre e
de fontes energéticas alternativas/incentivadas e servi -
ços de infra-estrutura e efic iência energética. Em 2008,
sua receita com serviços teve um aumento estimado de
receita de 110% em relação a 2007.
O compromisso com o meio ambiente está presente des-
de a construção das primeiras usinas hidrelétr icas da
Light. Atualmente, a Pol ít ica Ambiental da Light, forma-
l izada com a implantação do Sistema de Gestão Ambien-
tal (SGA), vem norteando suas práticas ambientais e
garantindo a melhoria contínua do seu desempenho am-
biental. O SGA obteve sua primeira cert if icação concedi-
da pela NBR ISO 14001 em 2002, e hoje abrange 182
unidades, incluindo subestações, l inhas de transmissão,
usinas hidrelétr icas, agências comerciais e postos de
auto atendimento. Nas usinas geradoras da Light Ener-
gia, o sistema está integrado à área de segurança e saú-
de ocupacional, discipl inada pela norma OHSAS 18001 e
com as já tradicionais normas que asseguram a melhoria
contínua da qualidade dos processos, a série ISO 9001.
A preocupação com a sustentabi l idade norteia o esforço
de expansão da Companhia, que pretende ampliar em
cerca de 40% a sua capacidade de geração de energia
elétr ica nos próximos anos, expresso no seu direcio-
namento estratégico que foca em empreendimentos de
fontes renováveis e no extremo cuidado com que trata as
questões socioambientais associadas aos novos projetos.
109
CEMIG 2008
TBE
A TBE é um conjunto de 8 concessionárias de transmis-
são de energia elétr ica, atuando nos estados do Pará,
Maranhão, Santa Catarina, Mato Grosso e Rio Grande do
Sul, com instalações que total izam 3.120 km de l inhas
de transmissão e 25 subestações nas tensões primárias
de 230 e 500 kV. Em 31/12/2008, a TBE contava com
116 empregados. As empresas da TBE são as seguintes:
Empresa Início de Operação Participação Cemig
EATE – Empresa Amazonense de Transmissão de Energia S.A. Março/2003 17,16%
ECTE – Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A. Março/2002 7,49%
ETEP – Empresa Paraense de Transmissão de Energia S.A. Agosto/2002 19,26%
ENTE – Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A. Fevereiro/2005 18,35%
ERTE – Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A. Setembro/2004 18,35%
STC – Sistema de Transmissão Catarinense S.A. Dezembro/2007 13,51%
Lumitrans – Companhia Transmissora de Energia Elétr ica Abri l/2007 13,51%
EBTE – Empresa Brasi leira de Transmissão de Energia S.A. Previsto para Junho/2010 57,11%
As concessões de transmissão das empresas acima têm
prazo de 30 anos, com possibi l idade de renovação, me-
diante contratos de concessão f irmados com a Aneel.
A Cemig, com part ic ipação societária de 49%, e a Em-
presa Brasi leira de Transmissão de Energia (EBTE), com
51%, constituíram a Empresa Amazonense de Transmis-
são de Energia S.A. (EATE), e venceram o Lote D do lei lão
Aneel 004/2008, que envolve a construção, operação
e manutenção das seguintes instalações de transmissão:
LT MAGGI – JUBA, CD, 230 kV;
LT PARECIS – MAGGI, CD, 230 kV;
LT JUÍNA – MAGGI, CD, 230 kV;
LT NOVA MUTUM – SORRISO, 230 kV;
LT SORRISO – SINOP, 230 kV;
SE PARECIS 230/138/13,8 kV – 300 MVA;
SE JUÍNA 230/138/13,8 kV – 100 MVA.
Essas l inhas terão extensão de 775 km e serão cons-
truídas no Norte do Mato Grosso (Amazônia Legal), com
início de operação previsto para junho de 2010.
Conscientes de seu papel no desenvolvimento susten-
tável, as empresas da TBE direcionam aplicações, via
incentivo f iscal, para diversos projetos de cidadania e
cultura, com especial atenção às comunidades local iza-
das em regiões onde existem ativos instalados ou onde
as empresas estão presentes.
A EATE investiu em 14 projetos em 2008, principalmen-
te nos estados do Pará, Maranhão, Minas Gerais, Mato
Grosso e São Paulo, com destaque para os projetos:
Redescobr indo a Cidadania (CMDCA – Açai lândia/MA)
– Of ic inas ar tesanais e prof iss ional izantes: b iscu i t ,
bordado, cerâmica, c rochê, p intura em tec ido, pani -
f i cação, marcenar ia, marcenar ia de br inquedo, infor -
mát ica, ser igraf ia, dança, teatro, espor te, capoei ra,
cabele i re i ro e reforço escolar ;
P ro je to de Me lhor ia no Refe i tó r io , Sa la de TV, Pada -
r ia , Sa las de Es tudos e Refo rma da C reche (CMDCA-
110
CEMIG 2008
Jequ i t inhonha/MG) – Desenvo lv ido pe lo Ins t i tu to
Educac iona l Jequ i t inhonha – Educação de c r ianças
e jovens ca rentes .
Já a ECTE investiu em 6 projetos em Santa Catarina,
São Paulo, Pará e Minas Gerais, com destaque para:
Graac em São Paulo – Grupo de Apoio a Adolescentes e
Crianças com Câncer;
Música no Museu – Pro jeto de apresentação de Música
C láss ica em lugares populares, fac i l i tando e incent i -
vando a presença de cr ianças e jovens aos concer tos.
A ETEP apoiou 10 projetos sociais ou ambientais, desta-
cando os seguintes:
Inclusão Digital – Uma luz a mais na comunidade São
João (CMDCA-Abaetetuba/PA) – Inclusão digital dos
alunos e membros da comunidade do bair ro São João,
no município de Abaetetuba;
Curso de Eletr ic istas (CMDCA-Betim/MG) – Desenvolvi -
do pelo Missão Ramacrisna.
111
CEMIG 2008
A ENTE investiu em 10 projetos nos estados do Pará,
Maranhão e Minas gerais. Destacam-se os seguintes
projetos apoiados pela empresa:
Arte na Comunidade – Arte e lazer por meio do teatro
em comunidades do interior do Pará e Maranhão abor-
dando temas importantes para a região, tais como: di -
versidade humana e cultural, questão indígena, preser-
vação ambiental e cultural, cultura da paz. Atividades
relacionadas ao espetáculo real izadas posteriormente
às apresentações ampliando o impacto e as reflexões;
Expedição Vaga Lume – Promoção do acesso ao l ivro
e à leitura em comunidades rurais da Amazônia Legal
Brasi leira.
Indi – Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais
É uma agência estadual de investimentos patrocinada
majoritar iamente pela Cia. Energética de Minas Gerais
– Cemig e visa à atração de inversões sustentáveis em
termos econômicos, sociais e ambientais.
Em termos de sustentabilidade econômica, as empresas
apoiadas pelo Indi devem contribuir para incrementar o Pro-
duto Interno Bruto (PIB) estadual, ampliar a arrecadação
estadual, complementar elos faltantes e adensar as cadeias
produtivas e agregar valor à matriz produtiva estadual.
Em 2008, como resultado de ações de natureza econômica,
o Indi colaborou para que R$18,9 bilhões fossem investi-
dos no estado de Minas Gerais, valores recordes na história
do Instituto. As principais cadeias produtivas beneficiadas
foram: agroindústria, bioenergia, siderurgia e metalurgia.
Com relação à sustentabi l idade social, o Indi focou a
atração de investimentos intensivos na geração de em-
pregos diretos e indiretos.
112
CEMIG 2008
Também, com vistas a diminuir as desigualdades re-
gionais que ainda persistem entre as diversas regiões
mineiras, o Governo do estado de Minas Gerais elegeu
o Indi como executor do Projeto Estruturador “Promoção
de Investimentos e Inserção Regional”, voltado especi -
f icamente para a atração e o apoio à expansão de em-
preendimentos produtivos situados nas regiões Norte de
Minas, Jequit inhonha/Mucuri e Rio Doce, que contr ibui -
rá para consol idar Minas Gerais como o principal parque
siderúrgico da América Latina, que também constituirá
um dos maiores cl ientes da Cemig.
Por últ imo e igualmente importante é a sustentabi l idade
ambiental. A legislação ambiental mineira é considerada
uma das mais avançadas do Brasi l . O Indi sempre pautou
suas ações em consonância com esse conjunto de normas
legais e também para preservar os abundantes recursos
naturais de Minas Gerais, buscando conci l iar esse va-
l ioso patr imônio natural com o crescimento econômico.
Em 2008, o Instituto deu continuidade às ações volta-
das à bioenergia e à produção de outras energias reno-
váveis, inclusive por meio do auxí l io à implantação de
Pequenas Centrais Hidrelétr icas (PCHs) e projetos de
geração de energia fotovoltaica.
Madeira Energia S.A.
A Sociedade de Propós i to Espec í f i co (SPE) denomina-
da Madei ra Energ ia S.A. (Mesa) fo i const i tu ída em
2008 com a par t ic ipação ac ionár ia de FURNAS (39%),
Cemig (10%), CNO (1%), Odebrecht Invest imento em
Inf ra -est rutura (17,6%), Andrade Gut ier rez (12,4%) e
Fundo de Invest imentos em Par t ic ipações (20%) para
implementar e operar a Us ina Hidre lét r ica de Santo
Antônio, integrante do futuro complexo hidre lét r ico do
Rio Madei ra.
113
CEMIG 2008
R E C O N H E C I M E N T O S
Em 2008 a Cemig destacou-se em diversos âmbitos,
como pode ser percebido pelo grande número de premia-
ções recebidas e classif icações em índices de relevância
para a sociedade e o mercado de capitais. A seguir,
está a relação dos reconhecimentos mais signif icativos.
Índice Dow Jones de Sustentabilidade
A Cemig foi a única empresa do setor elétr ico da Amé-
r ica Latina selecionada, pelo nono ano consecutivo,
para compor a carteira do Dow Jones Sustainabi l i ty
World Index – DJSI World, em sua edição 2008/2009.
Fazer parte do DJSI World reflete o compromisso da
Cemig com o desenvolvimento sustentável empresarial
na condução de suas atividades, incluindo práticas de
governança corporativa, respeito ao meio ambiente e ao
bem-estar da sociedade com a efetiva cr iação de valor
para os acionistas.
A seleção das empresas leva em conta não apenas a
performance f inanceira, mas principalmente a qualidade
e a melhoria contínua da gestão da empresa, que deve
integrar a atuação ambiental e social como forma de
sustentabi l idade no longo prazo. Desde sua cr iação, em
janeiro de 1999, o DJSI World tornou-se uma referência
mundial para investidores e administradores de recursos
estrangeiros, que se baseiam em sua performance para
tomar suas decisões de investimentos.
Global Dow
A Cemig é uma das três empresas brasi leiras que inte-
gram o seleto grupo do Índice Global Dow, lançado em
novembro de 2008 nos Estados Unidos com o objetivo
de servir de referência para os mercados mundiais. O
Índice Global Dow inclui 150 empresas de 25 países,
consideradas l íderes mundiais.
Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE
Em 2008, a Cemig foi selecionada, pela quarta vez
consecutiva, para compor a carteira do Índice de Sus-
tentabi l idade Empresarial – ISE da Bolsa de Valores de
São Paulo – Bovespa. O ISE, cr iado em 2005, aval ia,
além das característ icas das empresas, sua atuação nas
dimensões econômica, ambiental e social, governança
corporativa e a natureza de seus produtos.
Troféu Transparência
A Cemig conquistou, pela quinta vez consecutiva, o
Troféu Transparência (Prêmio Anefac-Fipecafi -Serasa)
na categoria Empresas de Capital Aberto. A premiação
representa o reconhecimento do esforço desenvolvido
pela Cemig de ser transparente em seus negócios, pro-
vendo a sociedade e, especialmente, seus investidores
de informações de qualidade sobre as suas operações.
Prêmio Mineiro de Gestão Ambiental
A Usina Hidrelétr ica de Nova Ponte recebeu o Prêmio
Mineiro de Gestão Ambiental – PMGA, graças ao tra-
balho desenvolvido na área de meio ambiente e nas
comunidades envolvidas em sua operação.
Este é o terceiro ano consecutivo que a Cemig concorre
com a gestão da Usina de Nova Ponte dos processos
envolvendo a questão ambiental. No ano passado, a
Companhia f icou entre as empresas f inal istas e, esse
ano, foi novamente f inal ista e recebeu a placa de des-
taque do PMGA.
115
CEMIG 2008
Troféu O Equilibrista
O Diretor de Finanças, Relações com Investidores e
Controle de Part ic ipações da Companhia Energética de
Minas Gerais – Cemig, Luiz Fernando Rolla, foi homena-
geado com o troféu O Equil ibr ista, pelo Instituto Brasi -
leiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais – IBEF.
Institutional Investor
A Cemig fo i destaque na pesquisa real izada pela Re-
v is ta Inst i tuc ional Investor, ocupando a v ice - l iderança
do ranking das empresas Most Shareholder -Fr iendly
Companies no segmento de energia e teve seu Di retor
de F inanças, Relações com Invest idores e Contro le de
Par t ic ipações cons iderado como o melhor Di retor de
F inanças entre as empresas de e let r ic idade e demais
de ser v iço públ ico.
Iasc
Pelo terceiro ano consecutivo, a Cemig é uma das f ina-
l istas do Prêmio Índice Aneel de Satisfação do Cl iente
– Iasc. O resultado do Prêmio Iasc 2008 foi anunciado
pela Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel. Este
ano, foram real izadas entrevistas com 19.520 consumi-
dores de 64 distr ibuidoras de energia elétr ica no perío-
do de 21 de agosto a 4 de outubro.
Na opinião dos consumidores entrevistados, a Cemig ficou,
mais uma vez, entre as três melhores concessionárias da
116
CEMIG 2008
região Sudeste, com mais de 400 mil consumidores, cate-
goria que a Companhia já havia vencido em 2006. O índi-
ce da concessionária, definido após a realização de entre-
vistas com consumidores, foi de 69,68, acima da média
obtida pelas empresas da mesma categoria, que foi de
65,83, e pelas 64 concessionárias de todo o país, 62,62.
Empresa Cidadã
A Cemig conquistou, em fevereiro de 2008, o Prêmio
Belmiro Siqueira de Administração, Versão 2007, na
categoria Empresa Cidadã, por indicação do Conselho
Regional de Administração – CRA/MG. O Prêmio Belmi-
ro Siqueira, concedido pelo Conselho Federal de Admi-
nistração – CFA foi cr iado em 1988 e tem por objetivo
reconhecer e homenagear profissionais e empresas pri -
vadas que contr ibuem para o crescimento da Administra-
ção, seja como ciência ou profissão. Para concorrer como
Empresa Cidadã é necessário, de acordo com o edital do
concurso, que as organizações privadas desenvolvam
ações empresariais bem-sucedidas de Responsabil idade
Social e Cidadania. Possuindo a maioria de suas ações em
mãos de investidores privados e atendendo as prerroga-
t ivas sociais necessárias, a Cemig alcançou a premiação.
Fiat Qualitas Awards
A Cemig recebeu o Prêmio Fiat Qualitas pela qualidade,
disponibi l idade, tecnologia e competit ividade no forne-
cimento de energia elétr ica.
117
CEMIG 2008
BALANÇO SOCIAL CONSOLIDADO
1) Base de Cálculo2008 2007
Valor (R$ mil) Valor (R$ mil)
Receita Líquida (RL) 10.890.319 10.245.914
Resultado Operacional (RO) 3.290.987 2.938.709
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 1.042.601 995.456
2) Indicadores Sociais Internos Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre FPB % Sobre RL
Al imentação 71.662 6,87 0,66 69.116 6,94 0,67
Encargos sociais compulsórios 255.475 24,50 2,35 250.884 25,20 2,45
Previdência privada 264.219 25,34 2,43 123.007 12,36 1,20
Saúde 33.012 3,17 0,30 30.683 3,08 0,30
Segurança e medicina no trabalho 11.475 1,10 0,11 9.657 0,97 0,09
Educação 1.448 0,14 0,01 1.158 0,12 0,01
Cultura - - - 112 0,01 -
Capacitação e desenvolvimento profissional 17.502 1,68 0,16 15.265 1,53 0,15
Creches ou auxí l io-creche 1.710 0,16 0,02 1.651 0,17 0,02
Partic ipação nos lucros ou resultados 370.350 35,52 3,40 454.885 45,70 4,44
Outros 14.980 1,44 0,14 12.032 1,21 0,12
Total – Indicadores sociais internos 1.041.833 99,93 9,57 968.450 97,29 9,45
3) Indicadores Sociais Externos Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL
Educação 2.369 0,07 0,02 2.427 0,08 0,02
Cultura 30.974 0,94 0,28 27.277 0,93 0,27
Outras doações/subvenções/projeto ASIN 12.118 0,37 0,11 15.295 0,52 0,15
Total das contr ibuições para a sociedade 45.461 1,38 0,42 44.999 1,53 0,44
Tributos (excluídos encargos sociais) 6.709.892 203,89 61,61 6.254.922 212,85 61,05
Total – Indicadores sociais externos 6.755.353 205,27 62,03 6.299.921 214,38 61,49
4) Indicadores Ambientais Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL Valor (R$ mil) % Sobre RO % Sobre RL
Investimentos relacionados com produção/operação da Empresa 70.566 2,14 0,65 44.131 1,50 0,43
Investimentos com programas e/ou projetos externos* - - - - - -
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na uti l ização de recursos naturais, a Empresa:
( x ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%
( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 76 a 100%
( x ) não possui metas( ) cumpre de 0 a 50%
( ) cumpre de 51 a 75%( ) cumpre de 76 a 100%
5) Indicadores do Corpo Funcional 2008 2007
Nº de empregados(as) ao f inal do período 10.422 10.818
Nº de admissões durante o período 6 252
Nº de empregados(as) terceir izados(as) ND ND
Nº de estagiários(as) 408 140
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 4.266 4.164
Nº de mulheres que trabalham na Empresa 1.421 1.469
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 9,19 6,81
Nº de negros(as) que trabalham na Empresa 3.243 3.363
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 9,13 9,09
Nº de portadores(as) de defic iência ou necessidades especiais 52 53
6) Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2008 Metas 2009
Relação entre maior e a menor remuneração na Empresa 18,65 ND
Número total de acidentes de trabalho 143 ND
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por:
( ) Direção ( x ) Direção e Gerências
( ) Todos(as) empregados(as)
( ) Direção ( x ) Direção e Gerências
( ) Todos(as) empregados(as)
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:
( ) Direção e Gerências
( x ) Todos(as) empregados(as)
( ) Todos(as) + CIPA
( ) Direção e Gerências
( x )Todos(as) empregados(as)
( ) Todos(as) + CIPA
Quanto à l iberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:
( ) Não se envolve ( x ) Segue as normas da OIT
( ) Incentiva e segue a OIT
( ) Não se envolverá
( x ) Seguirá as normas da OIT
( ) Incentivará e seguirá a OIT
A previdência privada contempla: ( ) Ddireção ( ) Direção e Gerências
( x ) Todos(as) empregados(as)
( ) Direção ( ) Direção e Gerências
( x ) Todos(as) empregados(as)
A part ic ipação nos lucros ou resultados contempla: ( ) Direção ( ) Direção e Gerências
( x ) Todos(as) empregados(as)
( ) Direção ( ) Direção e Gerências
( x ) Todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabil idade social e ambiental adotados pela Empresa:
( ) Não são considerados
( ) São sugeridos ( x ) São exigidos ( ) Não serão considerados
( ) Serão sugeridos ( x ) Serão exigidos
Quanto à part ic ipação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa:
( ) Não se envolve ( ) Apoia ( x ) Organiza e incentiva
( ) Não se envolverá
( ) Apoiará ( x ) Organizará e incentivará
Número total de reclamações e cr ít icas de consumidores(as): na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_ na Empresa _ND_ no Procon _ND_ na Justiça _ND_
% de reclamações e cr ít icas solucionadas: na Empresa ___ND_% no Procon _ND_% na Justiça _ND_% na Empresa _ND__% no Procon _ND_% na Justiça _ND_%
Valor adicionado total a distr ibuir (em R$ mil) Em 2008: 11.703.916 Em 2007: 11.488.049
Distr ibuição do valor adicionado (DVA) 58,88% governo9,08% acionistas
13,52% colaboradores(as)10,46% terceiros 8,06% retido
57,71% governo8,55% acionistas
12,04% colaboradores(as)14,08% terceiros 7,62% retido
7) Outras Informações
I. Do total dos investimentos em meio ambiente, no ano de 2008, cerca de R$21,5 milhões referem-se aos programas socioambientais implementados durante a construção de novas usinas hidrelétr icas e Linhas de Transmissão. II. Os resíduos gerados são quantif icados e controlados de acordo com procedimentos corporativos de manuseio, transporte, armazenagem e destinação f inal. Esses procedimentos tendem a evoluir para a determinação de metas anuais de redução de resíduos. Merece destaque a reciclagem de lâmpadas f luorescentes e de i luminação pública em toda a área de concessão da Companhia, total izando no ano de 2008, 299 mil lâmpadas. Além disso, foram regenerados e reuti l izados, também em 2008, aproximadamente 130 mil l i t ros de óleo mineral isolante retirados dos transformadores colocados fora de operação. III. A quantif icação do consumo de energia elétr ica e combustível é real izada anualmente e não possui metas de redução. IV. Foram al ienados ou reciclados 6.845 toneladas de material e equipamentos, 32% a mais que em 2007. Dentre os materiais estão isoladores de porcelana, sucatas metál icas de medidores, reatores, cabos, f ios e baterias. * Foram contabi l izados na l inha “Investimentos relacionados com a produção/operação da Empresa”.
118
CEMIG 2008
Este Relatório tem como principal objetivo apresentar
para a sociedade a estratégia e as ações da Companhia
em busca da Sustentabi l idade, nas dimensões econômi-
ca, ambiental e social, e representa também um instru-
mento para o diálogo com os públicos interessados no
desempenho da Companhia. Sua periodicidade é anual
e ele se refere ao ano de 2008.
Foram adotadas, para a elaboração desse Relatório,
as diretr izes da Global Report ing Init iat ive – GRI G3
(terceira geração35) para garantir a comparabi l idade
com outras empresas. Adicionalmente, foram incluídos
os indicadores e comentários do Suplemento Setorial
do Setor Elétr ico da GRI, lançado em abri l de 2009,
considerados materiais.
Todos os dados contábeis divulgados neste Relatório foram
previamente auditados nas Demonstrações Financeiras. Há
também uma consulta às partes interessadas por meio de
uma carta enviada a todos que recebem o Relatório de Susten-
tabilidade, em que são solicitadas sugestões ao Relatório.
A referência utilizada para contextualizar as análises
aqui contidas é a de sustentabilidade, considerando-se
a realidade do estado de Minas Gerais, a do Brasil ou a
internacional, conforme a variável considerada. O nível
de aplicação das Diretrizes foi o “B”, conforme detalhado
na tabela a seguir, transcrita do protocolo da GRI e deta-
lhada na grade abaixo.
Para esclarecimento de dúvidas sobre este relatório, gentileza
encaminhar e-mail para: [email protected].
Assunto/Nível de Apl icação C C+ B B+ A A+
Cont
eúdo
Per f i l 1.12.1 – 2.103.1 – 3.8, 3.10 – 3.124.1 – 4.4 , 4.14 – 4.15
Audi
tado
por
aud
itor e
xter
no
Todos do nível C mais:1.23.9, 3.134.5 – 4.13, 4.16 – 4.17
Audi
tado
por
aud
itor e
xter
no
O mesmo que no nível B
Audi
tado
por
aud
itor e
xter
noInformações sobre a Forma de Gestão
Não é Requerido Informações sobre a Forma de Gestão de cada categoria de indi -cadores.
Informações sobre a Forma de Gestão de cada categoria de indicadores.
Indicadores de Desempenho
No mínimo 10 indica-dores de desempenho, incluindo no mínimo um de cada: Social, Econô-mico e Ambiental.
No mínimo 20 indicadores de de-sempenho, incluindo no mínimo um de cada: Direitos Humanos, Traba-lho, Sociedade, Responsabilidade do Produto, Econômico e Ambiental.
Cada indicador essencial da GRI e dos suplementos setoriais respeitan-do o princípio da material idade: a) informando o indicador ou b) expl i -cando a razão de sua omissão.
2002 “de acordo com” C C + B B + A A +
Obrigatório Autodeclarado
Com
Ver
ifica
ção
Exte
rna
Com
Ver
ifica
ção
Exte
rna
Com
Ver
ifica
ção
Exte
rna
OpcionalExaminado por Terceiros
Examinado pela GRI
Fonte:http://www.globalreport ing.org.
35 Publicadas em 2006. Favor consultar a página da internet: www.globalreporting.org.
119
CEMIG 2008
SOBRE ESTE RELATÓRIO
Relatamos, a seguir, como foram aplicados os princípios
da GRI no processo de elaboração do Relatório:
Material idade – Foram consideradas materiais aquelas
informações que pudessem afetar signif icativamente as
decisões das partes interessadas ou que t ivessem impac-
tos sociais, econômicos ou ambientais relevantes. Adicio-
nalmente, foram consideradas as sugestões das partes
interessadas enviadas por meio do questionário anexo;
Inclusão das partes interessadas – Foram consideradas
as seguintes:
autoridades governamentais – Municipais, estaduais e federais;
órgãos reguladores;
acionistas e investidores – Acionistas, bancos e deten-
tores de t ítulos;
cl ientes e consumidores;
comunidades em geral e part icularmente as que têm
envolvimento com os nossos serviços e projetos;
trabalhadores;
fornecedores;
universidades e centros de pesquisa;
abrangência – Buscou-se cobrir os temas e indicado-
res relevantes e que reflet issem as dimensões econô-
mica, ambiental e social permitindo, desta forma, a
aval iação das estratégias e do desempenho da Cemig.
Os dados incluídos neste Relatório foram calculados
conforme os protocolos da GRI36 ou os princípios contá-
beis brasi leiros (BRGAAP).
ESTABELECIMENTO DOS LIMITES DO RELATÓRIOA Cemig possui investimentos, principalmente, em gera-
ção, transmissão e distribuição de energia elétrica e distr i -
buição de gás natural. Para definir os l imites deste Rela-
tório foram selecionadas as empresas cujos impactos de
sustentabi l idade fossem mais signif icativos e aquelas
sobre as quais a Cemig exerce controle ou influência
expressivos sobre suas pol ít icas e práticas f inanceiras e
operacionais. Os dados apresentados referem-se à em-
presa controladora e às subsidiárias integrais: Cemig
– Companhia Energética de Minas Gerais S.A., Cemig
Distr ibuição S.A. e Cemig Geração e Transmissão S.A.,
exceto quando mencionado no texto. Os dados contá-
beis se referem aos resultados de todas as empresas em
cujo capital a Cemig tem part ic ipação, que foram conso-
l idados proporcionalmente conforme os cr itér ios estabe-
lecidos na legislação brasi leira (para mais detalhes veja
a Nota Expl icativa nº 3 das Demonstrações Financeiras
Padronizadas37). As informações não-contábeis relativas
às demais empresas controladas/coligadas abrangidas
por este Relatório estão dispostas no capítulo “Part ic ipa-
ções” ou em referências específ icas ao longo do texto.
PRINCIPAIS MUDANÇAS EM 2008O Relatório de Sustentabi l idade da Cemig – 2008 incor-
pora novas informações com relação ao de 2007, princi -
palmente devido à evolução do Suplemento Setorial da
GRI, com o objetivo de conferir uma visão mais completa
da Companhia. O Índice de Conteúdo da GRI (a seguir)
apresenta um sumário de toda a informação disponível
no Relatório organizada de forma sintética. O Relatório
de 2007 foi elaborado a part ir da versão prel iminar do
Suplemento Setorial da GRI, já o de 2008 a part ir da
versão f inal, o que implicou a modif icação de alguns
indicadores e a inclusão/exclusão de outros. A maioria
desses indicadores já constava do Relatório de 2007.
Com relação às informações contábeis, houve pequenas
alterações e os detalhes estão disponíveis na Nota Expl i -
cativa 2 das Demonstrações Financeiras Padronizadas38.
36 Para mais detalhes, ver http://www.globalreporting.org/reportingframework/G3guidelines 37 Vide http://cemig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb 38 Vide http://cemig.infoinvest.com.br/modulos/arquivo_DFP-3.asp?arquivo=00245080.WFL&codcvm=002453&language=ptb.
120
CEMIG 2008
ÍNDICE DE CONTEÚDO DA GRI
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)
1 Estratégia e Análise
1.1 Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização 3
1.2 Descrição dos principais impactos, r iscos e oportunidades 12 - 13
2 Perf i l Organizacional
2.1 Nome da organização. 9
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços. 11
2.3 Estrutura operacional da organização. 11
2.4 Local ização e sede da organização. 133
2.5 Número de países em que a organização opera. 11
2.6 Tipo e natureza jur ídica da propriedade. 17
2.7 Mercados atendidos. 11
2.8 Porte da Organização. Contra-capa, 3, 10 - 12, 35, 118
2.9 Principais mudanças ocorr idas durante o período coberto. 120
2.10 Prêmios recebidos no período coberto pelo Relatório. 115 - 117
3 Parâmetros para o Relatório
Perf i l do Relatório
3.1 Período coberto pelo Relatório. 119
3.2 Data do Relatório anterior mais recente. 120
3.3 Ciclo de emissão de relatórios. 119
3.4 Dados para contato em caso de perguntas relativas ao Relatório. 119
Escopo e Limite do Relatório
3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório. 119-120
3.6 Limite do Relatório. 120
3.7 Declaração sobre quaisquer l imitações específ icas quanto ao escopo ou l imite do Relatório. 120
3.8 Base para elaboracão do Relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceir izadas e outras organizações. 120
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos. 119 - 120
3.10 Explicação das conseqüências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores. 36, 120
3.11 Mudanças signif icativas em comparação a anos anteriores no que se refere a escopo, l imite ou métodos de medição apl icados no Relatório. 120
Sumário de Conteúdo da GRI
3.12 Tabela que identif ica a local ização das informações no Relatório. 121 - 125
3.13 Polít ica e prática atual relativa à busca de verif icação externa para o Relatório. 119
4 Governança, Compromissos e Engajamento
Governança
4.1 Estrutura de governança da Organização. 5, 15 - 16
4.2 Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo. Não se apl ica ao modelo de
Governança da Cemig
4.3 Para organizações com estrutura de administração unitária, declaração do número de conselheiros independentes ou não-executivos do mais alto órgão de governança 15
4.4 Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança. 16
4.5 Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização. 16
4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que confl i tos de interesse sejam evitados. 16
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CEMIG 2008
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)
4 Governança, Compromissos e Engajamento
Governança
4.7Processo para determinação das qualif icações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia relacionada a temas econômicos, ambientais e sociais.
16
4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social e estágio de implementação. 12, 16 - 17
4.9
Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a indicação e gestão do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo r iscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.
15 - 16, 19, 23
Compromissos com Iniciat ivas Externas
4.11 Explicação de se e como a Organização apl ica o princípio da precaução. 23
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciat ivas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social subescritas ou endossadas pela Organização. 9
4.13 Partic ipação em associações (como federações de indústr ias) e/ou organismos nacionais e internacionais de defesa. Não material
Engajamento de stakeholders
4.14 Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 18, 84 - 87
4.15 Base para identif icação e seleção de stakeholders a serem engajados. 18
4.16 Abordagens para o engajamento de stakeholders, incluindo a freqüência do engajamento por t ipo e por grupos de stakeholders. 18, 84 - 87
4.17 Principais temas e preocupações levantados por meio do engajamento com os stakeholders e medidas adotadas para tratá- los. 18
5 Forma de Gestão e Indicadores de Desempenho
Desempenho Econômico
Indicadores de Desempenho Econômico
Aspecto Desempenho Econômico
EC1 Valor Econômico gerado e distr ibuído. 36
EC2 Implicações f inanceiras e outros r iscos e oportunidades para as atividades da Organização devidos a mudanças cl imáticas. 24, 63 - 64
EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a Organização oferece. 77 - 78
EC4 Ajuda f inanceira signif icativa recebida do Governo. 40
Aspecto Impactos Econômicos Indiretos
EC8Desenvolvimento e impacto de investimentos em infra-estrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.
37 - 41, 92
Desempenho Ambiental
Indicadores de Desempenho Ambiental
Aspecto Materiais
EN1 Materiais usados por peso ou volume. 51 - 53
EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem. 52
Aspecto Energia
EN3 Consumo de energia direta discr iminado por fonte de energia primária. 54
EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e efic iência. 49, 65 - 68
EN6Iniciat ivas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciat ivas.
65 - 70
Aspecto Biodiversidade
EN11Local ização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
57
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CEMIG 2008
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)
Aspecto Biodiversidade
EN12Descrição de impactos signif icativos das atividades, produtos e serviços na biodiversidade de áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
50, 58 - 59
EN13 Habitats protegidos ou restaurados. 58 - 59
EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade. 57
Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos
EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 63
EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas signif icativas, por t ipo e peso. 63
EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. 53
EN22 Peso total de resíduos, por t ipo e método de disposição. 52
Aspecto Produtos e Serviços
EN26 Iniciat ivas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. 47 - 55, 64 - 70
EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto. Indicador não apl icável às
atividades da Companhia.
Aspecto Transporte
EN29 Impactos ambientais signif icativos do transporte de produtos e outros bens e materiais uti l izados nas operações e transporte de trabalhadores. 62
Refere-se somente à emissão oriunda da frota própria da Cemig. Não inclui frota de terceiros e de fornecedores.
Aspecto Geral
EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por t ipo. 47
Desempenho Social
Indicadores de Desempenho Referentes a Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
Aspecto Emprego
LA1 Total de trabalhadores por t ipo de emprego, contrato de trabalho e região. 75
LA3Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discr imados pelas principais operações.
77 - 78
Aspecto Relações entre os Trabalhadores e a Governança
LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva. 76
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região. 97
Corresponde à Taxa de Freqüência, que uti l iza o fator de 200 mil horas.
LA8Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de r isco em andamento para assist i r a empregados, famil iares e comunidade em relação a doenças graves.
97 - 100
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho
LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discr iminadas por categoria funcional. Contra-capa, 81
LA11 Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a empregabil idade dos funcionários e o gerenciamento do f im da carreira. 74 - 75, 80 - 84
LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira. 80, 82 - 83
Aspecto Diversidade e Igualdade de Oportunidades
LA13Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discr iminação de empregados por categoria de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.
74, 118
Indicadores de Desempenho Referentes a Direitos Humanos
Aspecto Práticas de Investimento e de Processos de Compra
HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores cr ít icos submetidos a aval iações referentes a direitos humanos e medidas tomadas. 100 -101
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INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)
Aspecto Trabalho Infanti l
HR6 Operações identif icadas como de r isco signif icativo de ocorrência de trabalho infanti l e medidas tomadas para contr ibuir para sua abolição. 100 - 101
Aspecto Trabalho Forçado ou Análogo ao Escravo
HR7 Operações identif icadas como de r isco signif icativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas para contr ibuir para sua erradicação. 100 - 101
Indicadores de Desempenho Social Referentes à Sociedade
Aspecto Comunidade
SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para aval iar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída. 12, 84 - 93
Indicadores de Desempenho Referentes à Responsabil idade pelo Produto
Aspecto Saúde e Segurança do Cl iente
PR1Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são aval iados visando melhoria e percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.
95 - 97
Aspecto Rotulagem de Produtos e Serviços
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cl iente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. 88 - 89
SUPLEMENTO SETOR ELÉTRICO (ver nota 2)
2 Perf i l Organizacional
EU1 Capacidade Instalada conforme fonte primária de energia e regime regulatório. Contra-capa, 62
EU2 Produção l íquida de energia conforme fonte primária de energia e regime regulatório. 62
EU3 Número de contas de consumidores residenciais, industr iais, inst itucionais e comerciais. 30
EU4 Extensão das l inhas de transmissão e distr ibuição de superf íc ie e subterrâneas por regime regulatório. Contra-capa
5 Forma de Gestão e Indicadores de Desempenho
Desempenho Econômico
Relatos Econômicos Específ icos Referentes à Forma de Gestão
EU6 Abordagem da gestão para garantir a disponibi l idade e a confiabi l idade da energia no curto e longo prazo.
32, 34 - 35, 37 - 43
EU7 Programas de gerenciamento da demanda abrangendo consumidores residenciais, comerciais, inst itucionais e industr iais, entre outros. 34 - 35, 65 - 67
EU8 Atividades de pesquisa e desenvolvimento e investimentos com o objetivo de prover energia confiável e promover o desenvolvimento sustentável. 37 - 43
EU9 Providências para fechamento de plantas de energia nuclear. Não se apl ica. A Companhia não possui instalações nucleares.
Indicadores de Desempenho Econômico Específ icos
EU12 Percentual de perdas (efic iência) em transmissão e distr ibuição em relação à energia total. 31
Desempenho Ambiental
Indicadores Ambientais Específ icos e Comentários
Aspecto Biodiversidade
EN14Comentário sobre o indicador: relatar impactos de sites novos e existentes e respectivas medidas de mitigação referentes a áreas de f loresta, perda de espécies nativas, paisagem, água doce e ecossistemas de áreas alagadas.
50 -51, 56 - 58
Aspecto Emissões, Efluentes e Resíduos
EN16Comentário sobre o indicador: relatar emissão de Co2/MWh por regime regulatório e conforme geração l íquida derivada da capacidade instalada total, geração l íquida derivada de combustíveis fósseis e produção estimada para consumidores f inais.
63
EN20 Comentário sobre o indicador: relatar emissões por geração l íquida em MWh. 63
EN22 Comentário sobre o indicador: incluir resíduos contaminados com PCB e l ixo nuclear. 52 Refere-se a PCB, pois a Companhia não gera lixo nuclear.
INFORMAÇÕES/RELATOS/INDICADORES GRI Pág. Observações (ver nota 1)
Desempenho Social
Relatos de Desempenho Específ icos sobre a Forma de Gestão de Práticas Trabalhistas e Trabalho Decente
Aspecto Emprego
EU14 Programas e processos para assegurar disponibi l idade de mão-de-obra qualif icada. 74 - 75, 80 - 84
EU16 Polít icas e requisitos referentes à saude e à segurança de empregadoss, terceiros e subcontratados. 94 - 102
Indicadores Específ icos Referentes a Práticas Trabalhistas e Comentários
Aspecto Saúde e Segurança no Trabalho
LA7 Comentário sobre o indicador: relatar a performance em saúde e segurança dos terceir izados e subcontratados que trabalhem nos sites ou para a Organização. 100 -102
Relatos Específ icos sobre a Forma de Gestão Relativa à Sociedade
Aspecto Comunidade
EU19 Partic ipação de stakeholders em processos decisórios referentes a planejamento energético e desenvolvimento em infra-estrutura. 12
Relatos Específ icos Referentes à Gestão da Responsabil idade pelo Produto
Aspecto Acesso
EU23 Programas, incluindo parcerias com o Governo, para melhorar ou manter o acesso à eletr ic idade e serviços de apoio ao consumidor.
34 - 35, 40 - 41, 84 - 87
Aspecto Fornecimento de Informações
EU24 Práticas para abordar barreiras relacionadas a idioma, cultura e baixa alfabetização para obtenção e uso adequado dos serviços de eletr ic idade. 84 - 85, 87
Indicadores Específ icos de Responsabil idade pelo Produto e Comentários
Aspecto Saúde e Segurança do Cl iente
PR1Comentário sobre o indicador: relatar os processos de identif icação de r iscos à saúde da comunidade incluindo monitoramento, medidas de prevenção e estudos de longo prazo, caso apl icável.
96 - 97
Aspecto Acesso
EU28 Freqüência de interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32
EU29 Duração média das interrupções no fornecimento de energia. Contra-capa, 32
Nota 1: as observações postadas nesse campo complementam as informações fornecidas pelo Relatório.Nota 2: os indicadores desta tabela referem-se aos indicadores e comentários do Suplemento Setorial do Setor Elétr ico aprovado e divulgado pela GRI em abri l de 2009, que traz modif icação de alguns indicadores e a inclusão ou exclusão de outros.
Regulação do Setor Elétrico Brasileiro
O setor elétrico nacional é formado pelos segmentos de
geração, transmissão e distribuição, que são atividades de
concessão pública, além dos segmentos de comercializa-
ção e mercado livre. Estes segmentos operam de maneira
interligada, constituindo o Sistema Interligado Nacional
– SIN, que engloba as empresas das regiões Sudeste, Sul
e Nordeste, e partes das regiões Centro-Oeste e Norte.
As demais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte
não interligadas ao SIN constituem os sistemas isolados.
As instituições que regulamentam e supervisionam o setor são:
Conselho Nacional de Pol ít ica Energética – CNPE
Ministério de Minas e Energia – MME
Comitê de Monitoramento do Setor Elétr ico – CMSE
Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel
Operador Nacional do Sistema Elétr ico – ONS
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
125
CEMIG 2008ANEXO 1
A Lei 10.848, de 25 de março de 2004, e o decreto
5.163, de 30 de julho de 2004, formam a base da
atual regulamentação do setor elétr ico nacional, disci -
pl inando a atuação dos agentes nos diversos segmentos
desse setor, sendo esses agentes caracterizados como:
Agentes de Geração;
Agentes de Transmissão;
Agentes de Distr ibuição;
Agentes de Comercial ização;
Consumidores Livres.
Foram também definidos dois ambientes de contratação
de energia: Ambiente de Contratação Regulado – ACR,
e Ambiente de Contratação Livre – ACL. O ACR é o seg-
mento do mercado no qual se real izam as operações de
compra e venda de energia elétr ica entre Agentes de Ge-
ração e Agentes de Distr ibuição, precedidas de l ic itação.
O ACL é o segmento do mercado no qual se real izam
operações de compra e venda de energia elétr ica, ob-
jetos de contratos l ivremente negociados entre Agentes
de Geração, Agentes de Comercial ização e Consumidores
Livres. Nos parágrafos a seguir serão explorados com
mais detalhe as característ icas e forma de atuação dos
diversos agentes nos ambientes l ivre e regulado, que são
apresentadas de forma simplif icada no diagrama abaixo:
Os Agentes de Transmissão são aqueles que possuem
os at ivos de t ransmissão de energia que formam a
Rede Bás ica do SIN, e não podem atuar nos Ambientes
de Contratação L ivre e Regulado na comerc ia l ização
de energia. Os at ivos desses agentes são remunera-
dos exc lus ivamente por meio das Tar i fas de Uso dos
Sistemas de Transmissão – TUSTs pagas pelos Agentes
de Geração, Dist r ibu ição e Consumidores L ivres conec -
tados à Rede Bás ica. A expansão dos at ivos da Rede
Bás ica é fe i ta por l i c i tação públ ica, sendo estabelec i -
126
CEMIG 2008
MODELO GERAL DE CONTRATAÇÃO DE ENERGIA
G4
G5 COM
Geração Transmissão Distribuição Consumo
Ambiente de contratação regulada
D3
D2
D1
G3
G2
G1
Ambiente de contratação livre
CL
CL
CL
127
CEMIG 2008
dos nesse processo os valores de remuneração durante
o prazo de concessão.
Os Agentes de Geração são aqueles t itulares de con-
cessão, permissão ou autorização para gerar energia
elétr ica em empreendimentos hidrelétr icos ou terme-
létr icos. Esses agentes podem comercial izar a energia
de seus ativos nos Ambientes de Contratação Livre ou
Regulado. Para a comercial ização de energia no ACR, os
Agentes de Geração part ic ipam dos lei lões de compra
de energia promovidos pelo MME em nome dos Agentes
de Distr ibuição. Para a comercial ização de energia no
ACL, os Agentes de Geração podem negociar l ivremente
com Consumidores Livres, Agentes de Comercial ização,
e demais Agentes de Geração, sendo que para os Agen-
tes de Geração que sejam titulares de concessão, per-
missão ou autorização na modalidade serviço público,
a comercial ização de energia deve observar os cr itér ios
de transparência e l ivre acesso.
Os Agentes de Dist r ibu ição são aqueles t i tu lares de
concessão, permissão ou autor ização de ser v iços e ins -
ta lações de d is t r ibu ição para fornecer energ ia e lét r ica
ao consumidor f ina l exc lus ivamente de forma regula -
da. Os Agentes de Dist r ibu ição têm as suas tar i fas de
venda de energia e lét r ica def in idas pelo poder con-
cedente, e só podem comprar energ ia para atender
às suas necess idades por meio dos le i lões de compra
promovidos pelo MME no ACR ou de uma chamada pú-
b l ica para compra de geração d is t r ibu ída, nesse caso
até o l imite de 10% de sua carga.
Os Agentes de Comercial ização são aqueles t itulares de
autorização para compra e venda de energia elétr ica no
ACL com Agentes de Geração e Consumidores Livres, e
não podem ter ativos nos segmentos de geração, trans-
missão ou distr ibuição.
Os Consumidores Livres são aqueles que possuem carga
de consumo a contratar acima de 3.000 kW, indepen-
dentemente do nível de tensão em que são atendidos.
Os Consumidores Livres negociam as suas necessidades
de compra de energia no ACL com Agentes de Geração e
Agentes de Comercial ização. Caso um consumidor cativo
possua característ ica que o habil i te a se tornar Consu-
midor Livre, observando o prazo do seu atual contrato
de fornecimento cativo, este consumidor pode se tornar
l ivre com a sua inclusão na CCEE e negociando a sua
necessidade de energia elétr ica no ACL. É permitido ao
Consumidor Livre o seu retorno ao mercado cativo do
Agente de Distr ibuição da área de conexão do consumi-
dor à rede elétr ica, desde que essa decisão seja comu-
nicada ao Agente de Distr ibuição com um prazo de cinco
anos, quando então um novo contrato de fornecimento
cativo deve ser celebrado.
Existe ainda uma outra classif icação de Consumidor
Livre, chamado de Consumidor Especial, que foi intro-
duzida pela Lei 10.762, de 11 de novembro de 2003.
Por esta classif icação, consumidores de energia elétr ica
ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de
interesse de fato ou de direito, cuja carga de consumo
seja superior a 500 kW, poderiam comprar energia al -
ternativamente ao suprimento da concessionária local,
independentemente da tensão em que são atendidos,
das chamadas “fontes alternativas” de energia elétr ica:
usinas hidrelétr icas com capacidade instalada de até
30.000 kW, usinas de co-geração de energia elétr ica
a part ir da biomassa (bagaço de cana de açúcar, casca
de arroz, resíduos de madeira, entre outros), fontes
solares e fontes eól icas.
Em re l a ção à s a t i v i dades de coo rdenação e con t r o l e
da ope ra ção da ge ra ção e da t r an sm i s são da ene r -
g i a e l é t r i c a i n t eg ran te s do S IN , e l a s são execu tadas
pe l o ONS , pes soa j u r í d i c a de d i r e i t o p r i vado , sem
f i n s l u c r a t i vo s , med ian te au to r i za ção do Pode r Con -
ceden te , f i s ca l i zado e r egu l ado pe l a Anee l , a se r
i n t eg rado po r t i t u l a r e s de conces são , pe rm i s são ou
au to r i za ção , e consum ido re s l i v r e s que se j am l i ga -
dos à Rede Bás i ca .
Finalmente, para o gerenciamento do ambiente co-
mercial, foi cr iada a CCEE, pessoa jur ídica de direito
privado, sem fins lucrativos, sob autorização do Poder
Concedente e regulação e f iscal ização pela Aneel, com
a f inal idade de viabi l izar a comercial ização de energia
elétr ica no setor elétr ico nacional, registrando contra-
tos e apurando os valores medidos de consumo e ge-
ração para a real ização da l iquidação de curto prazo.
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CEMIG 2008
129
CEMIG 2008
GLOSSÁRIO
Abradee – Associação Brasi leira de Distr ibuidores de Energia Elétr ica. Iniciada com o antigo Comitê de Distr ibuição, a Abra-dee transformou-se em associação em 1995. As empresas associadas respondem por mais de 95% do mercado brasi leiro de energia elétr ica.
ADR (American Depositary Receipts) – Recibo de ações de companhia não sediada nos Estados Unidos, emitido por um banco e custodiado em banco norte-americano.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – Autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME) que regula e f iscal iza as atividades de geração, transmissão, distr ibui -ção e comercial ização de energia. São também suas funções: mediar confl i tos entre consumidores e agentes do mercado e entre os próprios agentes; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia; homologar reajustes tarifá-r ios; assegurar a universal ização e a qualidade adequada dos serviços prestados, e estimular investimentos e a competição entre os agentes do setor.
Alevino – Forma embrionária inicial dos peixes.
Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre –O Mercado Livre cobre as vendas de energia negociadas l i -vremente entre as concessionárias de geração, os Produtores Independentes de Energia Elétr ica (PIE), Auto-geradoras, Comercial izadores de energia, Importadores de energia e Consumidores Livres.
Ambiente de Contratação Regulada (ACR) ou Mercado Re-gulado – No Mercado Regulado, as empresas de distr ibuição compram suas necessidades de energia previstas para seus consumidores cativos do ACR por meio de l ic itações.
Assembléia Geral Extraordinária (AGE) – Reunião dos acio-nistas, convocada e instalada na forma da lei e do estatuto social da empresa, cujo objetivo é del iberar sobre qualquer matéria pert inente ao objeto social que não tratada pela AGO. Sua convocação é feita conforme as necessidades específ icas da empresa, não sendo obrigatória como a AGO.
Assembléia Geral Ordinária (AGO) – De caráter obrigatório em uma sociedade anônima, é convocada anualmente até quatro meses após o encerramento do exercício para: tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as
demonstrações f inanceiras; del iberar sobre a destinação do lucro l íquido do exercício e a distr ibuição de dividendos; ele-ger os administradores e os membros do conselho f iscal e aprovar a correção da expressão monetária do capital social.
Assembléia – Assembléia geral, convocada e instalada de acordo com a lei e o estatuto. Tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvol-vimento.
Balanced Score Card (BSC) – Metodologia específ ica, cr iada por professores da Harvard Business School, uti l izada na ges-tão estratégica de negócios de uma organização.
Biocombustível – Combustível de origem biológica (uti l iza fontes renováveis, não-fósseis).
Biomassa – Do ponto de vista energético, é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser uti l izada na produção de energia.
Biodiversidade – Também conhecida como diversidade bio-lógica, é uti l izada para descrever a r iqueza e a variedade do mundo natural.
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) – Pessoa jur ídica de direito privado, sem fins lucrativos, que atua com o objetivo de viabi l izar as operações de compra e venda de energia elétr ica entre os Agentes da CCEE, restr itas ao SIN.
Célula Fotovoltaica – Disposit ivo t ipicamente constituído por si l íc io monocristal ino que converte a radiação solar fotovol -taica em energia elétr ica.
Certificados de Redução de Emissões (CREs) – Atestam as reduções de emissões de gases de efeito estufa resultantes de atividades de projetos elegíveis ao MDL. Os CREs são uti -l izados pelos países do Anexo I, que as uti l izam como forma de cumprimento parcial de suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
Chiller de Absorção – Equipamento que uti l iza refr igerantes naturais para real izar a refr igeração a part ir de combustíveis como vapor, água, biocombustíveis, entre outros.
Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCE-AR) – Também denominado Contrato Bi lateral, é o instru-mento celebrado entre cada concessionária ou autorizada de
geração e todas as concessionárias ou permissionárias do ser-viço público de distr ibuição, que define as regras e condições para a comercial ização de energia elétr ica proveniente de empreendimentos de geração.
Conselho de Administração – Órgão de deliberação colegiada cuja missão é proteger e valorizar o patrimônio. O Conselho de Administração deve ter pleno conhecimento dos valores da em-presa, dos propósitos e crenças dos sócios e zelar pelo seu apri-moramento. Também tem a responsabilidade de prevenir e ad-ministrar situações de conflitos de interesses ou divergência de opiniões de modo que o interesse da empresa sempre prevaleça.
Co-geração – Produção simultânea de energia elétr ica ou mecânica e energia térmica (uti l izável) em sistema de con-versão simples de energia.
Conselho Fiscal – Órgão não-obrigatório responsável por f is -cal izar os atos da administração, emitir pareceres e prestar informações aos sócios.
Co-processamento – É o aproveitamento de resíduos in-dustr iais combustíveis e/ou matéria-pr ima em fornos de alta temperatura. É uma forma efic iente e segura destrui -ção térmica sob o ponto de vista operacional e ambiental.
Dividendo – Parcela dos lucros de uma empresa distr ibuída a seus acionistas.
Documento de Concepção do Projeto (DCP) – Documen-to elaborado conforme metodologia específ ica a part ir dos dados técnicos e contextuais pert inentes ao projeto. Deve ser val idado pela Entidade Operacional Designada e aprovado pela Autoridade Nacional Designada no âmbito do MDL para que seja registrado e aval iado pela UNFCCC. Se aprovado pelo Conselho Executivo da UNFCCC, resulta na concessão de CREs.
Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consu-midora (DEC) – Indicador que mede a duração média, em um período observado, das interrupções na distr ibuição de energia elétr ica em cada unidade consumidora de um conjun-to considerado.
Energia Eólica – Energia gerada a part ir da força dos ventos.
Energia Fotovoltaica – Energia elétr ica obtida a part ir da energia solar por meio de células fotovoltaicas que absor-vem a radiação solar e a transformam em energia elétr ica.
Energia Solar – Energia produzida por meio do aproveitamen-to da luz do sol. Existem dois aproveitamentos: o térmico e o fotovoltaico. No aproveitamento térmico, a luz do sol é usada apenas como fonte de calor para sistemas de aquecimento. No fotovoltaico, a luz do sol se transforma em energia elétr ica.
Entidade Operacional Designada – Entidade cert if icada, prevista pelo Protocolo de Kyoto, que aval ia e audita os Documentos de Concepção do Projeto de MDL. Deve ser cre-denciada pelo Conselho Executivo da UNFCCC e, no Brasi l , pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Cl ima (Autoridade Nacional Designada para o Brasi l), do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Freqüência Equivalente de Interrupção de Energia (FEC) – Indicador que reflete o número de interrupções na distr ibui -ção de energia elétr ica ocorr idas, em média, no período ob-servado, em cada unidade consumidora de um determinado conjunto.
Gases de Efeito Estufa (GEE) – Constituintes gasosos da at-mosfera, naturais e antrópicos, que absorvem e emitem radia-ção infravermelha. A emissão desses gases foi regulamentada pelo Protocolo de Kyoto, tratado internacional complementar a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Cl ima.
Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) – Protocolo de Gases de Efeito Estufa. Foi elaborado em 1998 com o objeti -vo de desenvolver um padrão de contabi l ização e divulgação de emissões de GEE que seja aceito internacionalmente e amplamente adotado.
Hedge – Termo em inglês que signif ica salvaguarda. É um mecanismo financeiro usado por pessoas ou empresas que precisam se proteger da f lutuação de preços que costuma ocorrer nos mercados de commodit ies ou câmbio.
Holding – Empresa que possui como atividade principal a part ic ipação acionária em uma ou mais empresas (subsidiá-r ias), mantendo o controle ou coordenação sobre as mesmas pela posse majoritár ia das ações.
Ictiofauna – Conjunto das espécies de peixes de uma determi-nada região biogeográfica como um rio ou bacia hidrográfica.
Incineração – É o processo de destruição térmica de resí -duos, mediante a exposição dos mesmos a temperaturas superiores a 1000º C, transformando-os em cinzas inertes.
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Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) – Pai-nel Intergovernamental sobre Mudanças Cl imáticas.
Lajida ou Ebitda – Lucro antes dos Juros, Impostos, De-preciação e Amortização. É a Geração Operacional de Caixa. Expressa o quanto uma empresa gera de recursos a part ir de suas operações ou negócio principal, já descontados seus custos e despesas operacionais e sem considerar ganhos ou perdas f inanceiros.
Mainframe – Computador de grande porte, normalmente dedicado ao processamento de um volume grande de infor-mações, cuja uti l ização vem perdendo espaço pela implemen-tação dos servidores.
Mecanismo de Desevolvimento Limpo (MDL) – Mecanismo de f lexibi l ização previsto no art igo 12 do Protocolo de Kyoto cujo objetivo é ajudar os países desenvolvidos signatários do Protocolo (em seu Anexo I) a alcançarem suas metas de re-dução de emissões e promover o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento. O MDL permite aos países do Anexo I gerar ou comprar reduções cert if icadas de emissão de projetos desenvolvidos em países fora do Anexo I. Em contra-part ida, estes países têm a possibi l idade de acessar recursos f inanceiros específ icos para uti l ização/desenvolvimento de tecnologias l impas.
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) – Processo comercial no qual os geradores de energia comparti lham os r iscos f inanceiros associados ao despacho central izado do ONS. Pelo MRE, cada usina é responsável pela geração de uma determinada quantidade preestabelecida de energia (energia assegurada).
Motor Stirl ing – Motor de combustão externa, também co-nhecido como motor de ar quente por uti l izar os gases da atmosfera como fluido de trabalho.
Nanotubo de Carbono – Tubo de carbono cuja apl icação pro-porciona ganhos de efic iência energética devido à apl icação da nanotecnologia em seu desenvolvimento.
Oleaginosas – Vegetais que contêm óleos e gorduras passí -veis de extração por meio de processos específ icos.
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – Agente de direito privado que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão de energia elétr ica nos
sistemas interl igados brasi leiros. O ONS responde pelo acom-panhamento do consumo de energia e do nível de água dos reservatórios das principais usinas do país.
Pequena Central Hidrelétrica – É toda usina hidrelétr ica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.
Protocolo de Kyoto – Protocolo de um tratado internacional com compromissos mais r ígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, causadores do aque-cimento global. Foi aberto para assinaturas em 11 de dezem-bro de 1997 e ratif icado em 15 de março de 1999. Entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso. Além disso, é seu objetivo garantir um modelo de desenvolvimento l impo para os países em desenvolvimento, por meio de pesquisas e transferência de tecnologia.
Rating – Palavra em inglês que signif ica, no contexto deste Relatório, classif icação de r isco.
Reajuste Tarifário – Atual ização dos preços da energia elé-tr ica prevista nos contratos de concessão, com objetivo de preservar o equil íbr io econômico e f inanceiro das empresas.
Rede de Distribuição Protegida (RDP) – Também conhecida como rede compacta, tem seus f ios cobertos por um reves-t imento especial que evita quedas de energia do sistema e acidentes quando da queda de árvores ou da ocorrência de outras interferências.
Royalties – Valores pagos ao detentor de uma marca, pa-tente, processo de produção, produto ou obra original pelos direitos de sua exploração comercial.
Securities and Exchange Comission (SEC) – Entidade regu-ladora do mercado de capitais norte-americano, correspon-dente à Comissão de Valores Mobil iár ios brasi leira.
Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Traba-lho (SESMT) – Serviço com a f inal idade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
Sistema Interligado Nacional (SIN) – Sistema composto pela rede básica e demais instalações de transmissão que
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interl iga as unidades de geração e distr ibuição nos sistemas Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasi l .
Sociedade de Economia Mista – Sociedade cuja propriedade é divida entre o Estado e Part iculares, sendo que o Esta-do deve ter part ic ipação no capital votante superior a 50%.
Stakeholders ou Partes Interessadas – Pessoa, grupo, or-ganização ou sistema que afeta e é afetado pelas ações e atividades de uma empresa, entre os quais podemos citar acionistas, funcionários, comunidade, cl ientes, fornecedo-res, credores, governos e organizações não-governamentais.
Subestação – Instalação elétr ica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão, distr ibuição, proteção e con-trole de energia elétr ica. Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão elétr ica, dire-cionando e controlando o f luxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industr iais.
Subsidiária – Empresa cujas pol ít icas f inanceiras e opera-cionais são dir igidas por uma entidade controladora, que se beneficia de suas atividades. Ressalta-se que a controladora não precisa necessariamente deter o controle acionário, ou seja, o conceito de controle sobre a subsidiária decorre pelo mando em relação à estratégia e operações da subsidiária.
Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (TUSTs) – Ta-r i fas devidas pelos usuários (geradoras e consumidores l i -vres) às transmissoras pelo uso de sua rede de transmissão.
Tensão – A energia gerada é levada por meio de cabos ou barras condutoras, dos terminais do gerador até o transforma-dor elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para adequada condução, por l inhas de transmissão, até os centros de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para uti l ização pelos consumidores. Figura nas especif icações de uma máquina ou de um aparelho.
United Nations Framework Convention on Climate Chan-ge (UNFCCC) – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Cl imáticas, conhecida como Convenção do Cl ima.
Foi ofic ialmente cr iada na “Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento”, no Rio de Janeiro em 1992 (“Conferência do Rio” ou “Eco-92”), por meio de um acordo assinado por l íderes governamentais do mundo intei -ro. O objetivo da UNFCCC é buscar a estabi l ização dos níveis de gases de efeito estufa em patamares que não impliquem alterações cl imáticas perigosas. Também pretende l imitar as emissões a níveis que permitam uma adaptação natural e progressiva dos ecossistemas às alterações cl imáticas.
Usina Eólica – Central que uti l iza a força dos ventos para movimentar sua turbina e gerar energia elétr ica.
Usina Hidrelétrica (UHE) – Central que uti l iza a força da água (energia mecânica) para girar as turbinas e gerar ener-gia elétr ica.
Usina Térmica (UTE) – Central que gera energia elétr ica a part ir da queima de um determinado combustível, como car-vão, óleo diesel, gás, biomassa ou outros.
Valor de Mercado – Valor de uma empresa no mercado de capitais em uma determinada data, fruto da soma do valor das ações representativas de seu capital social, conforme cotação das ações em bolsa de valores na data em questão.
Volt – É a unidade de medida da tensão em que é fornecida a energia elétr ica.
Watt (W) – É a unidade de medida da potência que cada apa-relho requer para seu funcionamento. O ki lowatt (kW) tem mil watts; o megawatt (MW), um milhão de watts, gigawatt (GW), um bi lhão de watts e o terawatt (TW), um tr i lhão de watts.
Watt-hora – Para cada forma de energia, foi estabelecida uma medida. No caso da energia elétr ica, estabeleceu-se o watt-hora (Wh). Para descrever seus múlt iplos, uti l izam-se prefixos gregos: kWh: ki lowatt-hora: mil; MWh: megawatt-hora: mi-lhão; GWh: gigawatt-hora: bi lhão; TWh: terawatt-hora: tr i lhão.
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