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Page 1: Capa especial com Zuenir Ventura

OGLOBORIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 1 DE JUNHO DE 2011 • ANO LXXXVI • No- 28.422IRINEU MARINHO (1876-1925) ROBERTO MARINHO (1904-2003)

O GLOBO l l PÁGINA 911 - Edição: 1/06/2011 - Impresso: 1/06/2011 — 17: 00 h

oglobo.com.br

AZUL MAGENTA AMARELO PRETOPRETO/BRANCO

ARTUR XEXÉO

l Três clássicos de 1931:“Limite”, de Mario Peixoto;“Luzes da cidade”, de Cha-plin; e Zuenir Ventura, deseu Zezé e dona Neném.

1931, o ano emque tudo começou

Os 80 anos do jornalista e escritor Zuenir Ventura, mestre em unir gerações

C H I C O

.

ZU, OI... TENTA!?

— Psiu... Não espalha!

ANCELMO GOIS

l O venerável Zu é o senhor-zinho de cabeça mais jovemque conheço e mestre de vá-rias gerações de colegui-nhas, a minha inclusive.

VERISSIMO

l Os 80 anos do Zuenir e ovulcão redivivo da Islândia,similaridades e contrastes.Um estudo sobre as forçasinesgotáveis da Natureza.

MERVAL PEREIRA

l Sendo o mais local dosnossos cronistas, Zuenirexprime o espírito cario-ca e, como o Rio, reflete aalma brasileira.

JOAQUIM F. DOS SANTOS

l Zuenir é a prova de que jor-nalismo é vampirismo. Sem-pre com os dentes na jugulardo novo e perto das caróti-das jovens, é broto aos 80.

‘O moço queveio do frio’l Ele trocou Friburgo pelocalor de Vila Isabel, desco-briu o Rio, se fez um dosmaiores jornalistas de suageração e se transformouna mais gostável criatura davida cultural carioca. A opi-nião, insuspeita, é de quemo conhece há 76 anos: seuprimo João Máximo.

Cercado pelos pupilos na “Veja”: Lúcia Rito, Flávio Pinheiro,

Ancelmo, Eva Spitz, Bela Stal, Zé Castello, Xexéo e Joaquim

Entre os filhos Elisa e Mauro, ela, editora e dona de

livraria, ele, jornalista e escritor: um caminho natural

O mais novo integrante do MCN (Movimento dos Com-Neto) e

Alice: o cético Zuenir tinha feito promessa a tudo que é santo

Menos de um ano após se conhecerem na cantina da “Tribuna

da Imprensa”, casaram-se ontem Zuenir e Mary Akiersztein

Cidade unidapor um livrol O Rio das UPPs, da Copae das Olimpíadas era outroem 1994, quando Zuenir lan-çou “Cidade partida”, querevelaria a divisão da cida-de e se tornaria bordão.

Paulo Marcos/Revista “Hola!” Arquivo familiar Ricardo Chaves (Kadão) — 1981

Leonardo Aversa

Arquivo familiar — 23/12/1962

l É bem provável que hoje, ao ouvir o primeiro parabéns, Zuenir Ven-tura peça: “Psiu, não espalha.” Fiel às origens mineiras, o jornalista eescritor, nascido em Além Paraíba, preferiria passar a data sem alar-de. Mas ele há de perdoar essa indiscrição pública. Afinal, o colunistado GLOBO, que estreou na literatura em 1988 com o best-seller “1968,o ano que não terminou”, chega aos 80 anos com bons motivos parafestejar. Em plena atividade física e intelectual, autor consagrado, ga-nhador dos principais prêmios de jornalismo do país, ele percorre oBrasil falando para uma multidão de todas as idades, calçando suastradicionais meias coloridas — única concessão a um estilo mais ex-

cêntrico. Coerente com o sobrenome, Zuenir atribui ao acaso tudoque lhe acontece. Pois os amigos também celebram a sorte de um diaZuenir ter lhes cruzado o caminho. Eles destacam sua tolerância, sualucidez, seu jeito conciliador e seu charme irresistível. Sem contar seuotimismo incorrigível, que não esmoreceu nem quando esteve presodurante a ditadura militar, sua vocação para a alegria, que o ajudou asuperar um câncer, sua generosidade, que fez com que acolhesse emsua casa a principal testemunha do caso Chico Mendes, sua inquie-tude, que o levou a passar dez meses visitando a Favela de VigárioGeral, e sua curiosidade, que o faz estar sempre em busca do novo.

LUIZ GARCIA

l Quase todos os jornalistasescrevem sobre assuntos.Zuenir é o nosso único gran-de especialista em gente. Édo que ele mais entende.

PROSA E VERSO

l Novo livro de Zuenir, comtítulo provisório de “Sagra-da família”, é uma históriade amor que acontece naFriburgo dos anos 1940.

MESTRE ZU: o apelido carinhoso

resume o sentimento de ex-alunos

dos 30 anos de magistério e a

relação afetuosa dos colegas dos

mais de 50 anos de jornalismo