UniversidadedeLisboa
InstitutodeGeografiaeOrdenamentodoTerritrio
IncidnciaEspacialeTemporaldaInstabilidadeGeomorfolgicanaBaciado
RioGrandedaPipa(ArrudadosVinhos)
SrgioManuelCruzdeOliveira
DoutoramentoemGeografia
GeografiaFsica
2012
UniversidadedeLisboa
InstitutodeGeografiaeOrdenamentodoTerritrio
IncidnciaEspacialeTemporaldaInstabilidadeGeomorfolgicanaBaciado
RioGrandedaPipa(ArrudadosVinhos)
SrgioManuelCruzdeOliveira
TeseorientadapeloProfessorDoutorJosLusGonalvesMoreiradaSilvaZzere,especialmenteelaboradaparaaobtenodograudeDoutoremGeografia,naespecialidade
deGeografiaFsica.
2012
Esta dissertao integrase no mbito da investigao desenvolvida no projecto MapRisk:Metodologiasdeavaliaodaperigosidadee riscodemovimentosdevertentee suaaplicaonombito dos Planos Municipais de Ordenamento do Territrio (PTDC/GEO/68227/2006) e foifinanciada pela Fundao para a Cincia e Tecnologia atravs da Bolsa de DoutoramentoSFRH/BD/31454/2006.
Aosmeuspais,PatrciaeRicardo,por
todooamoreapoioincondicional.
AGRADECIMENTOS______________________________________________________________________________________________
vii
AGRADECIMENTOS
Apesardeestarno iniciodadissertao,aspalavras sentidasdeapreoqueaquiexteriorizo
resultam de um trajecto, longo, de aprendizagem, e no qual, nuncame senti desamparado.
Aproveitopor isso,estaoportunidade,paraagradecerpublicamenteatodososquede forma
directaouindirectacontriburamparaotrabalhoapresentadonestadissertao.
Ao Professor Jos Lus Zzere, meu orientador, por todo o apoio e disponibilidade
demonstrados ao longo destes ltimos anos.A sua dedicao, contagiante; a capacidade de
transmissodeconhecimento,deorientaoedeestruturaodeobjectivos,mas tambmo
seusentidocrticoforamcruciaisparaarealizaodestetrabalho.
Institucionalmente, ao Centro de Estudo Geogrficos, enquanto unidade de acolhimento da
investigao realizada e ao Instituto de Geografia e Ordenamento do Territrio, enquanto
unidadequeconfereograu.FundaoparaaCinciaeaTecnologiapeloapoiofinanceiro
concretizaodestadissertao.AosProjectosMapRiskMethodologiesforassessinglandslide
hazardandriskappliedtomunicipalplanning(PTDC/GEO/68227/2006),eDevelopmentoftools
for landslidemonitoring to support the sustainabledevelopmentofSUDOERegion (DOSMS
SOE1/P2/F157),InterregIVBSUDOpelosuporteinvestigao.
sautarquiasdeArrudadosVinhos,AlenquereVilaFrancadeXira,bemcomoAssociaode
Municpios de Oeste um agradecimento particular pela cedncia de informao geogrfica.
AgradeotambmaoInstitutoGeogrficoPortugus,queatravsdoprogramaFIGIEEsuportou
osencargosrelacionadoscomaInformaoGeogrficasolicitada.
AoRicardoGarcia,portodaaamizadeecompanheirismodemonstradosdesdequeinicieiesta
minha aventura pela investigao. O seu esprito empreendedor e disponibilidade foram
fundamentaisparaatingirestaetapadaminhaformao.
AldinaPiedade,PauloAmaral,RuiMarques, JorgeRocha, Ins Fonseca,Clmence,Raquel,
Cristina,TeresaVaz,Tolga,Alice, SusanaPereirae JorgeTrindade,por todosos comentrios
AGRADECIMENTOS______________________________________________________________________________________________
viii
mas sobretudoparaosenvolvidospelosdiasde caa aosmovimentosde vertente, fervidas,
burras,quebradas,eafins,semprerepletosdeaventuras.Pelasaprendizagenspartilhadas,pela
vossapresena,omeusinceroobrigado.
Ivnia Quaresma e Nuno Fonseca, um sentido agradecimento pela vossa sempre
disponibilidadeesentidocrticonomomentoderevisodatese.
AoJooRibeiro,portodaapacincia,comquemestimpacientementeaimprimirumatese.
DeixartambmumapalavradeagradecimentoaosProfessoresEusbioReis,NunoCosta,Mrio
Nevesportodooincentivo.
sEquipasdaFaculdadedeCinciasdaUniversidadedeLisboa,peloapoioedisponibilidade,
em particular aos Professores Joo Catalo e FernandoMarques. Ao Giovanni Nico, Rita
Pimentae aoPedroBenevides,um sinceroobrigadopor toda a ajuda,que veioa revelarse
fundamental numa parte significativa desta dissertao. Professora Isabel Moitinho de
Almeida,umapalavradeapreopelaajudacombibliografia.
Comreceiodemeteresquecidodealgumimportantenestaslinhainiciais,ummuitoobrigado
atodos,cujoincentivoedisponibilidadecontriburamparaconcluirestatarefa.
famliaenquantorefgio,portodeabrigoeespaodepertenaincondicional,aminhamaior
estima,especificamentePatrciaeaoRicardo,aosmeuspais,aoFernandoeGraa,aoLus,
SaraeMaraeatodosostioseprimosquemeincentivaramaconcluirestaetapadaminhavida.
Aosamoresdaminhavida,PatrciaeRicardo,pelavossacompreenso,ededicaoinexcedvel.
Sobretudoporteremcompensadoaminhaausnciacomavossapresena.
Atodososamigos,comquemnoestiveparaconcluirateseequesempremeapoiaram,um
muitoobrigado.
NDICEGERAL______________________________________________________________________________________________
ix
NDICEGERAL
NDICEDEFIGURAS xv
NDICEDEQUADROS xxix
RESUMO xxxvii
ABSTRACT xxxix
ACRNIMOSEABREVIATURASacrnimoseabreviaturas xli
INTRODUO..... 1
CAPTULO1ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA 7
1.1ENQUADRAMENTOGEOGRFICO....... 8
1.2CARACTERIZAOGEOLGICA...... 10
1.2.1LITOLOGIA... 10
1.2.2CONTEXTOESTRUTURAL 16
1.3CARACTERIZAOGEOMORFOLGICA.... 17
CAPTULO2CLASSIFICAOEINVENTARIAODOSMOVIMENTOSDEVERTENTE... 21
2.1CLASSIFICAO,MORFOLOGIAECARACTERIZAODAACTIVIDADEDOSMOVIMENTOS
VERTENTE... 22
2.1.1CLASSIFICAESETIPOLOGIADEMOVIMENTOSDEVERTENTE.. 22
2.1.1.1DESABAMENTO.... 24
2.1.1.2BALANAMENTO.... 26
2.1.1.3DESLIZAMENTO.... 26
2.1.1.4EXPANSOLATERAL.. 31
2.1.1.5ESCOADA 32
2.1.2MORFOLOGIA........ 33
2.1.3CARACTERIZAODAACTIVIDADE 36
2.1.3.1ESTADODEACTIVIDADE. 36
2.1.3.2DISTRIBUIODAACTIVIDADE.... 39
INDCEGERAL______________________________________________________________________________________________
x
2.1.3.3ESTILODEACTIVIDADE... 40
2.1.4MAGNITUDEDOSMOVIMENTOSDEVERTENTE(VELOCIDADEEVOLUME).... 40
2.2INVENTRIOSDEMOVIMENTOSDEVERTENTE..... 43
2.2.1TIPOSDEINVENTRIOS. 44
2.2.1.1INVENTRIOSDEPENDENTESDAESCALA.. 47
2.2.1.2INVENTRIOSDEEVENTO. 52
2.3INVENTARIAODOSMOVIMENTOSDEVERTENTENABACIADORIOGRANDEDAPIPA 53
2.3.1INVENTRIOSBASEADOSEMLEVANTAMENTOSDECAMPO.... 55
2.3.1.1METODOLOGIA. 55
2.3.1.2RESULTADOS.. 63
2.3.2INVENTRIOSBASEADOSEMFOTOINTERPRETAO..... 67
2.3.2.1METODOLOGIA.... 73
2.3.2.2RESULTADOS..... 81
2.3.3OUTRASFONTESDEINFORMAODEMOVIMENTOSDEVERTENTE.. 88
2.4INCERTEZANOSINVENTRIOS... 92
CAPTULO3CARACTERIZAODAINSTABILIDADEGEOMORFOLGICA.. 99
3.1CARACTERIZAOMORFOMTRICADOSMOVIMENTOSDEVERTENTE 100
3.1.1DETERMINAODAREADOSMOVIMENTOSDEVERTENTE... 103
3.1.2ANLISEDOSATRIBUTOSMORFOMTRICOS... 104
3.1.3DETERMINAODOVOLUMEDOSMOVIMENTOSDEVERTENTE.. 116
3.1.3.1 DETERMINAODOVOLUMEDOSDESLIZAMENTOSASSOCIADOSAOEVENTO
DE2010.. 118
3.1.4MOBILIDADEDOSMOVIMENTOSDEVERTENTE(ANGLEOFREACH)... 120
3.2 ANLISE ESTATISTICA DAS DISTRIBUIES DIMENSOFREQUNCIA ASSOCIADADAS A
INVENTRIOSDEMOVIMENTOSDEVERTENTE... 126
3.2.1PROPRIEDADESGERAISDASDISTRIBUIESDIMENSOFREQUNCIA.. 129
3.2.1.1TIPODEDISTRIBUIO(CUMULATIVAvsNOCUMULATIVA).. 129
3.2.1.2BINECLASSIFICAODOSDADOS. 130
3.2.1.3PROPRIEDADESDADISTRIBUIO(FUNOPOTENCIALNEGATIVA,ROLLOVER;
EPOTENCIALPOSITIVA).. 133
3.2.2APLICAODEFUNESDEPROBABILIDADEDENSIDADEFREQUNCIA.... 134
NDICEGERAL______________________________________________________________________________________________
xi
3.2.3CARACTERIZAODAMAGNITUDEASSOCIADAAOSEVENTOSDEINSTABILIDADENA
BACIA DO RIO GRANDE DA PIPA E DEFINIO DA INCERTEZA ASSOCIADA A
INVENTRIOSHISTRICOS/TOTAIS. 147
CAPTULO4FACTORESCONDICIONANTESDAINSTABILIDADEGEOMORFOLGICA 157
4.1 AS CAUSAS DOS MOVIMENTOS DE VERTENTE: FACTORES CONDICIONANTES,
PREPARATRIOS,DEPREDISPOSIOEDESENCADEANTES. 158
4.2SELECOEPREPARAODOSFACTORESDEPREDISPOSIO.. 160
4.3DETERMINAODAUNIDADEDETERRENOEDARESOLUOESPACIALDOSTEMASEM
ESTRUTURAMATRICALPARAEFEITOSDEMODELAO.. 164
4.4CARACTERIZAODOS FACTORESDEPREDISPOSIOUTILIZADOSNAMODELAODA
SUSCEPTIBILIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTEPARAABACIADORIOGRANDEDA
PIPA. 168
4.4.1LITOLOGIA 169
4.4.2VARIVEISDERIVADASDOMODELONUMRICODEELEVAO.... 173
4.4.2.1DECLIVE.. 176
4.4.2.2EXPOSIO..... 180
4.4.2.3CURVATURA(PERFILTRANSVERSALDASVERTENTES).. 183
4.4.2.4INVERSODOWETNESSINDEX. 187
4.4.3TIPODESOLO... 191
4.4.4USODOSOLO... 195
4.5TESTEDEINDEPENDENCIACONDICIONAL.. 199
CAPTULO5AVALIAODASUSCEPTIBILIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTE 207
5.1AVALIAODASUSCEPTIBILIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTENAESCALAREGIONAL... 208
5.2 MODELOS DE AVALIAO DA SUSCEPTIBILIDADE A MOVIMENTOS DE
VERTENTE 209
5.2.1ASSUNESGERAISDOSMODELOSDESUSCEPTIBILIDADE 209
5.2.2 CARACTERIZAO DOS MTODOS DE AVALIAO DA SUSCEPTIBILIDADE A
MOVIMENTOSDEVERTENTE.. 210
5.2.2.1MTODOSDIRECTOSOUQUALITATIVOS 211
5.2.2.2MTODOSINDIRECTOS,QUANTITATIVOSOUSEMIQUANTITATIVOS.. 212
INDCEGERAL______________________________________________________________________________________________
xii
5.3VALIDAOECALIBRAODOSMAPASDESUSCEPTIBILIDADE.... 216
5.3.1AVALIAOESTATSTICADAPRECISODOSMODELOSDESUSCEPTIBILIDADE... 221
5.3.1.1MATRIZESDECONFUSOOUDECONTINGNCIA 222
5.3.2CURVASROC.. 223
5.3.3CURVASDESUCESSOECURVASDEPREDIO.... 224
5.3.4REAABAIXODACURVA.. 226
5.3.5CLASSIFICAODOSMAPASDESUSCEPTIBILIDADE.. 230
5.4 AVALIAO DA SUSCEPTIBILIDADE AMOVIMENTOS DE VERTENTE NA BACIA DO RIO
GRANDEDAPIPA.. 234
5.4.1OMTODODOVALORINFORMATIVO(VI).. 236
5.4.2 ANLISE SENSITIVA AOS FACTORES DE PREDISPOSIO NOS MODELOS DE
SUSCEPTIBILIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTE.. 237
5.4.3 INFLUNCIADA ESTRATGIADEREPRESENTAOGRFICADOSMOVIMENTOSDE
VERTENTENADETERMINAODASUSCEPTIBILIDADE 250
5.4.4AVALIAODACAPACIDADEPREDITIVADOSMODELOSDESUSCEPTIBILIDADE. 264
5.4.4.1DETERMINAODAINFLUNCIAQUEOSINVENTRIOSDEEVENTOEXERCEMNA
CAPACIDADE PREDITIVA DOSMODELOS DE SUSCEPTIBILIDADE BASEADOS EM
INVENTRIOSHISTRICOS(OUDEBASE).. 264
5.4.4.2PARTIOESPACIALALEATRIADOSMOVIMENTOSDEVERTENTE.. 271
CAPTULO 6 CONTRIBUTO DA INTERFEROMETRIA RADAR PARA A DETERMINAO DA
SUSCEPTIBILIDADEEPERIGOSIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTE 277
6.1ENQUADRAMENTOGERAL.... 278
6.2PRINCPIOSGERAISDAINTERFEROMETRIARADAR.. 280
6.2.1IMAGENSRADAR(SAR).. 280
6.2.2INTERFEROMETRIARADAR.. 283
6.2.3TCNICADOSPERSISTENTSCATERRERS. 289
6.2.4 INTERPRETAO DASDEFORMAESOBSERVADASNA DIRECO DE VISADA DO
RADAR(LOSLINEOFSIGHT). 292
6.3APLICAODAINTEFEROMETRIARADARNOESTUDODOSMOVIMENTOSDEVERTENTE. 295
6.3.1MAPASPSInSARDEDEFORMAODOSTERRENOSPARAABACIADORIOGRANDE
DAPIPAPARAOPERODO19922010.. 296
NDICEGERAL______________________________________________________________________________________________
xiii
6.3.2 AVALIAO DO POTENCIAL DA TCNICA PSInSAR PARA A ELABORAO DE
INVENTRIOS DE MOVIMENTOS DE VERTENTE E DETERMINAO DO ESTADO DE
ACTIVIDADEDOSDESLIZAMENTOSNABACIADORIOGRANDEDAPIPA... 303
63.2.1ACTUALIZAODOINVENTRIODEMOVIMENTOSDEVERTENTEEREDEFINIO
DOSLIMITESDOSMOVIMENTOSPREXISTENTES.. 303
6.3.2.2DETERMINAODOESTADODEACTIVIDADE 307
6.3.3 DEFINIO DA SUSCEPTIBILIDADE AMOVIMENTOS DE VERTENTE COM BASE EM
INVENTRIOSDEDEFORMAOPSInSAR. 318
6.3.3.1 SELECO DOS PS CANDIDATOS DETERMINAO DA SUSCEPTIBILIDADE A
MOVIMENTOSDEVERTENTE 320
6.3.3.2METODOLOGIA ADOPTADA PARA A DETERMINAO DA SUSCEPTIBILIDADE A
MOVIMENTOSDEVERTENTECOMBASEEMMAPASDEDEFORMAOPSInSAR 325
6.3.3.3AVALIAODASUSCEPTIBILIDADEAMOVIMENTOSDEVERTENTECOMBASEEM
DADOSPSInSAR... 326
6.3.4 POTENCIAL DOS PSInSAR PARA A MONITORIZAO DA ACTIVIDADE DOS
MOVIMENTOSDEVERTENTE:CASOSDEESTUDO 331
6.3.4.1CASODEESTUDODACAPEL...... 333
6.3.4.2CASODEESTUDODAZIBREIRADEFETAISLAPO 342
CAPTULO 7 A PRECIPITAO E O DESENCADEAMENTO DOS MOVIMENTOS DE
VERTENTE.. 349
7.1 A PRECIPITAO COMO FACTOR DESENCADEANTE DE MOVIMENTOS DE VERTENTE:
CONDICIONALISMOSETIPOSDELIMIARES. 350
7.1.1METODOLOGIAPARAADETERMINAODOSLIMIARESDEPRECIPITAOCRTICAE
RESPECTIVAVALIDAOREGIONAL... 354
7.1.1.1 ASPECTOS GERAIS DO REGIME DA PRECIPITAO NA REGIO A NORTE DE
LISBOA. 356
7.1.1.2EVENTOSDEINSTABILIDADENAREGIOANORTEDELISBOA.. 357
7.1.1.3PREPARAODOSDADOSDEBASE 362
7.1.1.4CLCULODOSPERIODOSDERETORNO.. 369
7.1.2DETERMINAODOSLIMIARESDEPRECIPITAOANTECEDENTE... 371
7.1.2.1 LIMIARES DETERMINADOS POR REGRESSO LINEAR DOS EVENTOS DE
INDCEGERAL______________________________________________________________________________________________
xiv
INSTABILIDADE.. 371
7.1.2.2LIMIARESDEPRECIPITAOANTECEDENTEREGIONAISMNIMOSEMXIMOS.. 381
7.2ANLISEMONOGRFICADEEVENTOSDE INSTABILIDADECOMEXPRESSONAREADE
ESTUDO. 393
7.2.1EVENTODEINSTABILIDADEDE1983... 393
7.2.2EVENTOSDEINSTABILIDADEDE1989.... 397
7.2.3PERODODEINSTABILIDADEDE2010.... 401
CONSIDERAESFINAIS.. 409
REFERNCIASBIBLIOGRFICAS... 425
ANEXOS(CDROM)
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xv
NDICEDEFIGURAS
INTRODUO
Figura I.1 Modelo de avaliao da incidncia espacial e temporal da instabilidade devertentes.... 6
CAPTULO1
Figura1.1EnquadramentogeogrficodabaciadoRioGrandedaPipa... 8
Figura1.2 Individualizaodas29 subbaciase sectoresquedrenamdirectamenteparaoRioGrandedaPipa.. 9
Figura 1.3 Coluna litoestratigrfica das formaes jurssicas, propostas por Coelho (1979) emodificaopropostaporPimenta(2011).......................... 11
Figura1.4GeologiadareadabaciadoRioGrandedaPipa... 12
Figura1.5Corte geolgicoesquemtico, readaGiesteira (PdoMonte),margemdireitadabaciadoRGP 17
Figura 1.6 Morfologia de vertente associada ao controlo litolgico exercido pelas cornijastalhadasnoscalcrioscorlicosdeAmaralepelascamadasdaAbadia... 18
Figura1.7ModelonumricodeelevaodabaciadoRiograndedaPipa.... 19
CAPTULO2
Figura2.1Desabamentossuperficiaisaafectaracornijatalhadana formaodoscalcriosdeAmaral,subbaciadorioSalema,nolugardapedreiradaMOTAENGIL(CasaldoTojal)... 24
Figura 2.2 (A)Mododedeslocaodemateriais rochosos em funododecliveda vertenteabaixodasreasderuptura;(B)F.Fahrbschung,MMnimongulodesombra... 25
Figura2.3Deslizamentorotacionalprofundo,no lugardaZibreiradeFetais,CasaldoNogueira(subbacia da Zibreira) a afectar as formaes dos calcrios de Amaral e a das margas daAbadia.. 27
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xvi
Figura2.4Deslizamentosimples(A),mltiplo(B)esucessivo(C). 28
Figura 2.5 Deslizamento rotacional com superfcie de ruptura em forma de colher (A) eaproximadaaumsectordeumcilindro(B). 28
Figura2.6Deslizamentotranslacionalsuperficial(AdosArcosLouriceiradeBaixo).. 29
Figura2.7Vistaareade1983dedeslizamentotranslacionalprofundoemblococomsuperfciederupturacompsita(AdosArcosLouriceiradeBaixo)... 30
Figura2.8Escoadalamacenta,vistadefotografiaareade8deDezembrode1983(MoinhodoCu) 32
Figura2.9Elementosmorfolgicoseparmetrosmorfomtricos(dimenso)dosmovimentosdevertente. 35
Figura2.10Esquemadeumdeslizamentorotacional 36
Figura2.11Classesdevelocidadeassociadaaosmovimentosdevertente.... 41
Figura 2.12 Comparao entre diferentes tipos de inventrios em funo do tempo para osrealizar.AplicaoregiodeUmbriacomampliaoreadeCollazzoneemItlia. 47
Figura2.13Basesdedadosdemovimentosdevertenteescalamundial 49
Figura2.14MapasdeinventriodemovimentosdevertenteeinundaesparaItlia,elaboradonombitodoProjectoAVIequereportaa localizaodemovimentosdevertentee inundaescomconsequnciasparaaspopulaes.. 51
Figura 2.15 Vistas areas de reas afectadas por movimentos de vertente em resposta ocorrnciadeumnicoeventodesencadeante.A)NovaZelndia,nasequnciadeumeventodeprecipitaoextrema;B)provnciadeSichuan,Chinanasequnciadeumsismo 53
Figura2.16SeccionamentodabaciadoRGPemfolhasdecampoescalade1:2.000eexcertodemapadecampo.. 56
Figura 2.17 Danos estruturais ou tipos de deformao utilizados para definir e delimitar osdiferentestiposdemovimentosdevertentenabaciadoRGP.. 61
Figura2.18Excertodemapadecampoerespectivavistapanormicadareainstabilizada.SubbaciadaZibreira 62
Figura2.19 Inventariocomatotalidadedos742movimentosidentificadosapartirdetrabalhodecampo,separadosportipodemovimento... 63
Figura2.20Pesode cada tipoe subtipodemovimentosdevertente (em%) identificadosnoinventriodecampobase.. 64
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xvii
Figura2.21Inventriodoeventode2010comatotalidadedos254movimentosidentificadosapartirdetrabalhodecampo,separadosportipodemovimento...... 65
Figura2.22Pesodecadatipoesubtipodemovimentosdevertenteidentificadosnoinventriodecampode2010 66
Figura 2.23 Definio das coordenadas de terreno 3D de um objecto num modeloestereoscpico,porintersecoespacial. 68
Figura 2.24 Pontos de controlo (sinal mais vermelho) na fotografia area e respectivacorrespondncianaimagemdereferncia,oortofotomapade2005doIGP.. 78
Figura2.25Processodegeoreferenciaodasfotografiasareaatravsdeumarededepontosdecontrolobaseadonascoordenadasdecadapontonaimagemfotografiaareaenaimagemderefernciaortofotomapa... 79
Figura 2.26 Exemplos de falsos elementos lineares que podem ser confundidos nafotointerpretaomonoscpicacommovimentosdevertente.Nestecaso,pelasobreposiodaaltimetriafacilmenteseatribuioseusignificadoaprocessosderavinamento.. 80
Figura2.27InventriodeeventodeNovembrode1983comatotalidadedos334movimentosidentificadosapartirdafotointerpretaodovoode813deDezembrode1983,separadosportipodemovimento... 82
Figura2.28Mosaicodefotografiasareascriadoparaovoode1983.. 82
Figura 2.29 Peso de cada tipo e subtipo de movimentos de vertente, em percentagem,identificadosnoinventriode1983... 83
Figura 2.30 Inventrio obtidopor fotointerpretao do voode 1989 com os 18movimentosidentificados,separadosportipodemovimento.. 84
Figura2.31Percentagemdecada tipoe subtipodemovimentosdevertente identificadosnovoode1989 85
Figura2.32Exemplodeummovimentodevertenteidentificadoatravsdafotointerpretaodeortofotomapa 86
Figura2.33Inventrioobtidoporfotointerpretaodosortofotomapasde2003,2004,2007....... 87
Figura2.34 Percentagemdecada tipoesubtipodemovimentosdevertente identificadosnosortofotomapasde2003,2004,2007.. 87
Figura2.35Esquemade Interpretaodemovimentosdevertenteapartirde irregularidadesnas curvasdenvel.Movimentoda esquerda representauma escoadade lama e direitaumdeslizamentorotacional.. 89
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xviii
Figura 2.36 Modelo Numrico de Elevao (A), relevo sombreado (hillshade) (C), e mapatopogrfico(D)utilizadosnaidentificaodemovimentosdevertente(B).. 90
Figura2.37Movimentosdevertente identificadosatravsdaexploraodoModeloDigitaldeTerreno,relevosombreado(hillshade)emapatopogrfico. 90
Figura 2.38 Fontedemovimentos de vertente provenientes de fotografias ou de cartografiageomorfolgicadepormenor. 91
Figura 2.39 Idade absoluta ou relativa dos movimentos que compem o inventrio multitemporalparaabaciadoRGP.. 97
CAPTULO3
Figura3.1Distribuiodefrequnciadensidadedareadosmovimentosdevertente.Linhademdiasmveis 103
Figura3.2Relaoentrediferentesparmetrosmorfomtricosdedimenso (Amv,COMPmv,LARGmv,COMPDmveAREADmv)paraosdeslizamentosdotipoR,RSeRSA... 110
Figura3.3Relaoentrediferentesparmetrosmorfomtricosdedimenso (Amv,COMPmv,LARGmv,COMPDmveAREADmv)paraosdeslizamentosdotipoTSeTSA 111
Figura3.4RelaoreavolumedosmovimentosdevertenteparaabaciadoRGPexpressaempiricamentepelaEq.3.2envolvendoumamargemdeincertezade50%....................................... 117
Figura3.5Parmetrosmorfomtricosnecessriosdeterminaodovolumedosdeslizamentostranslacionais.. 118
Figura3.6Parmetrosmorfomtricosnecessriosdeterminaodovolumedosdeslizamentosrotacionaiseprofundos. 119
Figura3.7Comparaoda relaoAmv/Vmvdeterminadosde formaempricadeacordocomGuzzettietal.(2009). 120
Figura3.8Distribuiodologaritmodareadosmovimentosdevertente(A)edologaritmodovolume dos movimentos de vertente (B) versus o logaritmo do ndice I3 RazoDESVmv/COMPmvparaos1009movimentosdostiposR,RS,TSeE. 121
Figura.3.9DistribuiodologaritmodareadosmovimentosdevertentepelologaritmodoI3(razoDESVmv/COMPmv)... 123
Figura.3.10Distribuiodo logaritmododesnveldosmovimentosdevertentepelo logaritmodocomprimentodosmovimentosdevertente.....
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xix
126
Figura. 3.11 Distribuio de probabilidadedensidade (pdf) obtida para o ITotal com base naaplicao de diferentes valores de incremento ao limite superior da classe (LS) de rea domovimentodevertente..... 132
Figura3.12Distribuiodeprobabilidadedensidadedareadosmovimentosdevertente(Amv)para a bacia do RioGrande da Pipa e funo gammainversa de trs parmetros definida porMalamudetal.(2004a)...... 136
Figura 3.13 Distribuio de probabilidadedensidade da rea dos movimentos de vertente(Amv>300m
2)erespectivaregressopotencial.. 137
Figura 3.14 Distribuio de probabilidadedensidade da rea dos movimentos de vertente(Amv>300m
2,Amv>11.000m2,Amv>11.000m
2)edeterminaodaregressopotencial.. 136
Figura 3.15 Distribuio de probabilidadedensidade da rea dos movimentos de vertente.DistribuioaazulclarodefinidacombaseemvalordefixadoporAmv>300m
2;distribuioaazulescurodefinidacombaseemvalordefixadoporAmv>50.000m
2). 139
Figura3.16Comparaodadistribuiodeprobabilidadedensidadedareadosmovimentosdevertentedoseventosde1983e2010comadistribuiogeralpropostaporMalamud (2004)ecomadistribuiodefinidaparaoInventrioTotaldoRGP..... 141
Figura3.17Distribuiodeprobabilidadedensidadedareadosmovimentosde vertentede1983e2010comadistribuiogeralpropostaporMalamud(2004) 141
Figura 3.18 Distribuio de probabilidadedensidade da rea dos movimentos de vertenteassociadosaoeventode2010edeterminaodaregressopotencialem funodasdiferentesrupturasnadistribuio. 142
Figura3.19Distribuiodeprobabilidadedensidadedareadosmovimentosdevertente(Amv)paraabaciadoRioGrandedaPiparelativamenteaosinventriosdoseventosde1983e2010porcomparaocomadistribuiopropostaporMalamudetal.(2004a)..... 145
Figura3.20Ajusteentre todasas curvas tericasdedistribuiofrequnciadefinidasparaosinventrios do evento de 1983, 2010 e para o inventrio total, no caso da bacia do RGP, edistribuiogeraldefinidaporMalamud(2004) 146
Figura3.21Distribuiodedensidadefrequnciadosmovimentosdevertentedoseventosde1983e2010edoinventriototal.... 151
Figura 3.22 Determinao grfica damagnitude dos eventos de instabilidade com base nadistribuiodedensidadefrequnciadefinidapeloeventode2010.... 153
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xx
Figura 3.23 Determinao grfica damagnitude dos eventos de instabilidade com base nadistribuiodedensidadefrequnciadefinidapeloeventode1983......... 154
Figura 3.24 Probabilidadedeocorrncia demovimentosde vertente em funoda readosmovimentos,paradiferentesinventrios.... 156
CAPTULO4
Figura4.1Factoresresponsveispelaocorrnciademovimentosdevertente. 158
Figura4.2 Comparaodaescalaaque foiefectuadoo levantamentodecampo (1:2.000)dosmovimentosdevertente,earesoluomximade0,5mdosortofotomapas.. 166
Figura4.3Exemploda conversodedeslizamentos translacionais superficiaisem contextodetalude(TSA)daestruturavectorialparaaestruturamatricial. 168
Figura4.4ContactoentreasULIT5eULIT6eocontroloqueexercemnamorfologia.A)Calcrioscorlicos;B)Complexodemargasargilasearenitos.. 170
Figura4.5Unidadeslitolgicas(ULIT)nabaciadoRioGrandedaPipa. 171
Figura 4.6 Correco da posio e forma das linhas de talvegue principais por ajuste aoposicionamentodaslinhasdeguaidentificadasatravsdoortofotomapa 175
Figura4.7Declives,emgraus,nabaciadoRioGrandedaPipa 177
Figura 4.8 Perfil topogrfico entre Almargem (Santo Quintino) e Moinho de Casal Novo,extremoNEdareadeestudoerespectivarelaocomosdeclives.Arelaocoma litologiadadapelomapadeunidadeslitolgicassimplificado... 179
Figura4.9ExposiodasvertentesnaBaciadoRioGrandedaPipa.. 181
Figura4.10Formadasvertentesemfunodasconjugaesentreoperfiltransversaleoperfillongitudinaldasvertentes. 183
Figura4.11Perfil transversaldas vertentes:CURV1) cncavo;CURV2) rectilneo/reasplanas;CURV3)convexo.Emcima,pormenorasuldePedralvo,noextremoWSWdareadeestudo. 185
Figura4.12DistribuiodoIWIclassificadonabaciadoRGP.AreaemevidnciadefineoIWIparaasubbaciadoPdoMonteCu.. 189
Figura4.13Distribuiodostiposdesolos,classificadosdeacordocomaF.A.O,nabaciadoRGP. 193
Figura4.14UsoeocupaodosolonabaciadoRGP,adaptadodaCOS90... 196
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxi
Figura4.15UsoeocupaodosolonabaciadoRioGrandedaPipadeacordocomaCOS2007.. 198
CAPTULO5
Figura5.1Tipologiademtodosdeavaliaodasusceptibilidadegeomorfolgica.. 211
Figura5.2DefiniodoespaoenvolventedeumacurvaROC. 223
Figura5.3DefiniogrficadeumacurvadeSucessooudepredio.. 224
Figura5.4Demonstraogrficadacurvadesucesso/predioequantificaodosrespectivosvaloresdeAACdeterminadosemfunodediferentesvaloresderea instabilizadanocontextodatotalidadedareadeestudo.. 228
Figura5.5AjusteproporcionalaoslimitesquantitativosestabelecidosporGuzzetti(2005)paraadefinio da qualidade dosmodelos de susceptibilidade, em funo dos valores de AAC e dapercentagemdereadeslizadautilizadaparavalidarosmodelos.. 229
Figura 5.6 Esquema metodolgico de elaborao de um modelo de susceptibilidade amovimentosdevertentecombaseestatsticaerespectivavalidao.. 235
Figura5.7Curvasdesucessoparacadafactordepredisposioaosdeslizamentosrotacionais(R) 239
Figura5.8Curvasdesucessoparaosmodelosdesusceptibilidadeadeslizamentosrotacionais(R)considerandooincrementosucessivodonmerodevariveisde1a7.. 244
Figura5.9Evoluodacapacidadepreditivadosmodelosdesusceptibilidadeadeslizamentosrotacionais (A)e respectivavariaonosvaloresdeAAC (B)nadependnciado incrementodonmerodevariveisdepredisposioconsideradas. 245
Figura 5.10 Mapas de susceptibilidade a deslizamentos rotacionais (R), no classificados.Osmodelos deA aG so elaborados progressivamente commais uma varivel de acordo com asequnciadefinidanoQuadro5.9............................................................................................. 248
Figura5.11MapasdesusceptibilidadeamovimentosdevertentenabaciadoRGP.A)Todososmovimentos; B) Rotacionais (R); C) Rotacionais superficiais (RS); D) Rotacionais superficiais detalude(RSA);E)Translacionaissuperficiais(TS);F)Translacionaissuperficiaisdetalude(TSA)e;G)Escoadas(E).... 249
Figura5.12Estratgiasderepresentaogrficadosmovimentosdevertenteparamodelao(pontosvsreas).. 251
Figura 5.13 Distribuio das reas de depleo e das reas totais dos diferentes tipos demovimentosdevertentepelasclassesdosfactoresdepredisposionaBaciadoRGP..................... 254
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxii
Figura 5.14 Esquema da modelao da susceptibilidade realizada com os movimentos devertenterepresentadosgraficamentecompontos.... 256
Figura 5.15 Esquema da modelao da susceptibilidade realizada com os movimentos devertenterepresentadosgraficamentecomoreas. 256
Figura5.16Mapadesusceptibilidadeadeslizamentosrotacionais,modeladocomatotalidadedareadeslizadaeclassificadoemfunodataxadesucesso........................................................... 259
Figura5.17Danosestruturaisassociadosreadeacumulaodeumdeslizamentorotacionalprofundo.EstradadoEspogeiro,prximodoC.deVazila,SubbaciaSalema.. 260
Figura 5.18 reas de susceptibilidade mxima ocorrncia de deslizamentos rotacionaisprofundos,quevalidam70%dascorrespondentesreasdedepleo.................................. 262
Figura 5.19 Deslizamentos rotacionais profundos (424 movimentos) ordenados por ordemcrescentedecomprimentodareadeacumulaoerespectivosdecis.. 262
Figura 5.20 Probabilidade de um determinado ponto ser afectado pela propagao de umdeslizamento rotacional profundo, a partir do limite inferior das reas de rupturapotenciais..... 263
Figura5.21Esquemadamodelaodasusceptibilidadeparaadeterminaoda influnciaqueos inventrios de evento de movimentos de vertente exercem na capacidade preditiva dosmodelosbaseadoseminventrioshistricosoudebase 266
Figura 5.22 Mapa de susceptibilidade a deslizamentos rotacionais, 1) derivado do inventriohistrico;2)derivadodo inventriode1983;3)derivadodautilizaodo inventriode1983;4)derivadodautilizaodoinventriode2010 270
Figura5.23Esquemadamodelaoda susceptibilidade amovimentosde vertente combasenumapartioaleatriadosinventriosdemovimentosdevertente,portipologia... 271
Figura5.24Mapasdesusceptibilidadeadeslizamentosrotacionaisclassificadosdeacordocomosvaloresdefinidospeloajustedosmodelos(1e3)epeloseudesempenhopreditivo(2e4).1)ModeloAValidadoA;2)ModeloAvalidadoB;3)ModeloBvalidadoB;4)modeloBvalidadoA. 273
Figura5.25Fracodosdeslizamentosrotacionaisemcadaclassedosmapasdesusceptibilidadeclassificadoscombasenascurvasdesucessoedepredio:valoresacumuladoseabsolutos.. 274
Figura 5.26 . Diferena espacial entre pares de mapas de susceptibilidade a deslizamentosrotacionais(R)produzidoscompartioaleatriadoinventrio.AmatrizreflecteaspossibilidadesdecomparaodosmapasdesusceptibilidadedefinidosnaFigura5.24............................................ 275
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxiii
CAPTULO6
Figura6.1A)Formaodeumaimagemradar;B)rbitasetrajectriasEnvisat............................. 282
Figura 6.2 Geometria de obteno de um interferograma atravs de duas aquisiesSAR.... 285
Figura6.3EtapassimplificadasdeprocessamentointerferomtricotendoporbaseatcnicadosPersistentScatterers..... 286
Figura6.4EsquemainterpretativodacomponenteprincipaldedeformaoassociadaaumPS,deacordo com a sua posio num movimento de vertente e por aproximao geometria dasuperfciederuptura............. 294
Figura6.5MapasdedeformaoVLOSPSInSAR.(A)Mapadedeformao19921997;(B)Mapade deformao 20032005; (C)Mapa de deformao. 2003 2010 (ENVISAT) ; (D)Mapa dedeformao20062010(ALOSPALSAR). 300
Figura6.6ExemplosdeactualizaodosinventriosdemovimentosdevertentenaBaciadoRGPcombaseemregistosdedeformaodosterrenosobtidospelatcnicaPSInSAR.. 305
Figura6.7Distribuiodosmovimentosdevertente identificadosemodificadoscomrecursoamapas de deformao PSInSAR e respectivo enquadramento com o inventrio total elaboradoparaabaciadoRGP..... 306
Figura 6.8 Matriz de caracterizao do estado de actividade e escala de intensidade demovimentos de vertente lentos com base em dados de deformao PSInSAR: i) histricos(ERS/ENVISAT)eii)recentes(ENVISAT/ALOS). 308
Figura6.9Matrizdecaracterizaodoestadodeactividadedemovimentosdevertentelentos,com base na relao entre o estado de actividade definido para osmovimentos de vertenteinventariados na bacia do RGP e os dados de deformao PSInSAR posteriores data dessesmesmosmovimentos(ERS/ENVISAT/ALOS).. 310
Figura6.10Movimentosdevertente,compresenadePSpormapasdedeformaoPSInSAR 311
Figura6.11Relaoentreareados61movimentosdevertenteeonmerodePSexistentenointeriordamassadeslizada.. 313
Figura6.12Movimentosdevertenteocorridosduranteoeventode instabilidadede2010naBaciadoRGP, captadospormeiodomapadedeformaoPSInSAR_rgp4 referente aoperodoentreNovembrode2006eJunhode2010... 314
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxiv
Figura6.13Estadodeactividadedeterminadopelametodologiadefinidanaseco2.1.3.1paraos1434movimentosdevertentequecompeoinventriocompletodabaciadoRGP.. 315
Figura6.14EstadodeactividadedeterminadopelametodologiadefinidaporRighinietal.(2012)para os 61 movimentos de vertente para os quais existem registos de deformao PSInSARhistricoserecentes.. 316
Figura6.15EstadodeactividadedeterminadopelametodologiadefinidaporCignaetal.(2012)para os 61 movimentos de vertente para os quais existem registos de deformao PSInSARposterioresdatadeocorrnciadosmovimentosdevertente.... 316
Figura 6.16 Exemplo do ajuste entre o inventrio de campo e o mapa de deformaesPSInSAR_rgp4nareadaCapelArrudadosVinhos..... 318
Figura 6.17 Aplicao dos critrios de seleco dos PSs potencialmente relacionados commovimentosdevertente... 322
Figura6.18LocalizaodosPSs(VLOS())potencialmenterelacionadoscoma instabilidadedevertentespresentesnosvriosmapasdedeformaoPSInSAR. 323
Figura6.19 Mapade susceptibilidade amovimentosde vertente,no classificado, elaboradocombasenoinventriodedeformaoPSInSAR_Mrgp4... 330
Figura6.20CurvasdesucessoedepredioparaomodelodesusceptibilidadePSInSAR_Mrgp4validadocomoinventriodemovimentosdevertentede2010(PSInSAR_Mrgp4_mov2012)... 330
Figura6.21Padresdedeformaocombasenosregistosnolinearesaolongodoperododeobservao.. 332
Figura 6.22 Localizao das reas seleccionadas para monitorizao da evoluo da srietemporal das deformaes do solo com basenos registosdedeformao obtidospela tcnicaPSInSAR... 333
Figura6.23readeestudodaCapelecorrespondentemapadedeformaoPSInSARdefinidoparaoperodoentreNovembrode2006e Junhode2010 (mapadedeformaoPSInSAR_rgp4,ALOSPALSAR)... 334
Figura6.24AspectosgeomorfolgicosdodeslizamentodaCapel(Dezembrode1989).... 334
Figura6.25CaracterizaodainstabilidadenareadeestudodaCapel... 336
Figura6.26SrietemporaldadeformaoacumuladaregistadanosPSsidentificadosnareadaCapel.. 337
Figura6.27TendnciadasrietemporaldadeformaoacumuladaparaosPSsidentificadosnareadaCapel. 337
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxv
Figura6.28Precipitao(R)acumuladade10a120diasdeprecipitaoantecedenteparacadaperodo de dados de deformao PSInSAR; e precipitao acumulada entre os perodos deobservaoPSinSARR(*).... 339
Figura6.29RegistosdedeformaoabsolutaparaosPSlocalizadosnareadeestudodaCapele relaocomaprecipitaoantecedenteacumuladaem40diaseaprecipitao (R*)ocorridaentreosperodosdeobservaoSAR 340
Figura6.30DeterminaodospadresdedeformaonaCapel,combasenos registosnolinearesdasrietemporalnoPS_c04 (VLOS= 6,29mm/ano),ajustadossdatasdoseventosdeinstabilidade. 341
Figura6.31readeestudodaZibreiradeFetaisLapoecorrespondentemapadedeformaoPSInSARdefinidoparaoperodoentreNovembrode2006eJunhode2010(mapadedeformaoPSInSAR_rgp4,ALOSPALSAR). 342
Figura6.32CaracterizaodainstabilidadenareadeestudodaZibreiradeFetaisLapo... 343
Figura6.33SrietemporaldadeformaoacumuladaregistadanosPSsidentificadosnareadeZibreiradeFetaisLapo.VLOSdiscriminaosvaloresmdiosdedeformaoaolongodalinhadevisadadoradar)paracadaPS 344
Figura6.34TendnciadasrietemporaldadeformaoacumuladaparaosPSsidentificadosnareadeZibreiradeFetaisLapo.. 344
Figura 6.35 Registos de deformao absoluta para os PS localizados na rea de estudo daZibreira de Fetais Lapo e relao com a precipitao acumulada entre os perodos deobservaoPSinSAR(R*). 346
Figura6.36DeterminaodospadresdedeformaonaZibreiradeFetais LapocombasenosregistosnolinearesdasrietemporalnoPS_z01(VLOS=9,56mm/ano)ajustadossdatasdoseventosdeinstabilidade... 347
CAPTULO7
Figura7.1Metodologiaparaaanliseestatsticadoslimiaresdeprecipitaoresponsveispelodesencadeamento de eventos de instabilidade na regio a norte de Lisboa, baseados nareconstruodaprecipitaoantecedente....... 355
Figura7.2Distribuiodaprecipitaomdiaanual (PMA)naEstremadurameridional,paraoperodo19311960... 357
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxvi
Figura7.3Exemplosdemovimentosdevertenteassociadosaeventosdeinstabilidaderegionaiscom expresso na bacia do Rio Grande da Pipa: 1983; 1989; 1996; 2006; 2008;2010...................................................................................................................................................... 358
Figura7.4PrecipitaoAnualparaasestaesdeArranh,SoJuliodoTojaleSobraldeMonteAgraoemcomparaocomaPrecipitaoMdiaAnual... 361
Figura7.5ConfiguraotemporaldaslacunasderegistosdeprecipitaodiriaparaasestaesdeARR,CLZ,SJT,SMAeVFX,noperodo19802010. 364
Figura7.6Limiarobtidopor regresso lineardascondiescrticas (quantidade/durao)quegeraramoseventosdeinstabilidadeocorridosnaregioaNortedeLisboa,combasenosregistosdeprecipitaodiriadeSJT.. 377
Figura7.7LimiarescrticosdeprecipitaoparaaregioenvolventebaciadoRGP(ArrudadosVinhos)estabelecidosporregressolinear..... 378
Figura 7.8. Correlao entre a altitude a que se encontram as estaesmeteorolgicas e arespectivaPMAcalculadaparaoperodo19802010... 378
Figura7.9 LimiarescrticosdeprecipitaoponderadapelaPMA,estabelecidospor regressolinearparaaregioenvolventebaciadoRioGrandedaPipa(ArrudadosVinhos).. 381
Figura 7.10 Limiar mnimo de precipitao em ARR, abaixo do qual no existem falsosnegativos... 382
Figura7.11 LimiarmximodeprecipitaoemARR,acimadoqualapenasexistemverdadeirospositivos.. 383
Figura 7.12 Limiares de precipitao mnimo e mximo em Arranh, para a ocorrncia deeventosdeinstabilidade. 385
Figura 7.13 Limiares de precipitaomnimo emximo em Calhandriz, para a ocorrncia deeventosdeinstabilidade.... 386
Figura7.14LimiaresdeprecipitaomnimoemximoemS.JuliodoTojal,paraaocorrnciadeeventosdeinstabilidade.... 387
Figura 7.15 Limiares de precipitaomnimo emximo em Sobral deMonte Agrao, para aocorrnciadeeventosdeinstabilidade... 388
Figura7.16LimiaresdeprecipitaomnimoemximoemVilaFrancadeXira,paraaocorrnciadeeventosdeinstabilidade... 389
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxvii
Figura7.17LocalizaodosmovimentosdevertentesuperficiaiseprofundosdesencadeadosnoeventodeinstabilidadedeNovembrode1983nabaciadoRGP.. 394
Figura 7.18 Evoluo das precipitaes antecedentes acumuladas para diferentes duraesduranteomsdeNovembrode1983emSJT...... 395
Figura 7.19 Precipitao diriamnima necessria para ultrapassar os diferentes limiares deprecipitaoemSJT,noperodocompreendidoentre01deSetembrode1983e31deMarode1984.Limiarbaseadonaregresso lineardoseventos; limiarmximo, limiarmnimoe limiardepraviso.... 396
Figura 7.20 Ajuste dos valores de precipitao antecedente acumulada para as diferentesduraes relativas aoeventode instabilidadede18deNovembrode1983. Limiarbaseadonaregressolineardoseventos;limiarmximolimiarmnimoelimiardepraviso........ 396
Figura7.21 Localizaodosmovimentosde vertente superficiaiseprofundosdesencadeadosnoseventosdeinstabilidadeocorridosemNovembroeDezembrode1989nabaciadoRGP... 398
Figura7.22EvoluodasprecipitaesantecedentesacumuladasparadiferentesduraesdeSetembrode1989aMarode1990,emSJT.As linhastracejadasavermelho indicamosquatroeventosdeinstabilidadeocorridosemNovembroeDezembrode1989..... 399
Figura7.23PrecipitaodiriamnimanecessriaparaultrapassarosdiferentestiposdelimiaresdeprecipitaoemSJT,noperodocompreendidoentre01deSetembrode1989e31deMarode1990.Limiarbaseadonaregressolineardoseventos;limiarmximo,limiarmnimoelimiardepraviso.... 400
Figura 7.24 Ajuste dos valores de precipitao antecedente acumulada para as diferentesduraes relativas aos eventos de instabilidade em Novembro e Dezembro de 1989. Limiarbaseadonaregressolineardoseventos;limiarmximo,limiarmnimoelimiardepraviso.. 401
Figura 7.25 Localizao dosmovimentos de vertente superficiais e profundos associados aoperododeinstabilidadeocorridoentreNovembrode2009eAbrilde2010nabaciadoRGP........ 402
Figura7.26PrecipitaodiriaabsolutaeprecipitaoacumuladaparaaestaodeSJTentre1deSetembrode2009e31deMaiode2010... 403
Figura7.27 Inventriomultitemporaldetalhadodasmanifestaesde instabilidadeocorridasnoperododeinstabilidadecompreendidoentre24Novembrode2009e18Abrilde2010. 405
Figura7.28EvoluodasprecipitaesantecedentesacumuladasparadiferentesduraesdeNovembrode2009aMaiode2010,emSJT.... 406
NDICEDEFIGURAS______________________________________________________________________________________________
xxviii
Figura7.29Precipitaodiriamnimanecessriaparaultrapassarosdiferentestiposdelimiaresdeprecipitao em SJT,noperodo compreendido1de Setembrode 2009 e31deAgostode2010.Limiarbaseadonaregresso lineardoseventos; limiarmximo, limiarmnimoe limiardepraviso. 406
Figura 7.30 Ajuste dos valores de precipitao antecedente acumulada para as diferentesduraesrelativasaoseventosde instabilidadeocorridosa14deJaneiroe9deMarode2010.Limiarbaseadona regresso lineardoseventos; limiarmximo, limiarmnimoe limiardepraviso.. 408
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxix
NDICEDEQUADROS
CAPTULO1
Quadro1.1reaporConcelhoafectabaciadoRioGrandedaPipa... 9
CAPTULO2
Quadro2.1Tipologiademovimentosdevertente.. 23
Quadro2.2Estadodeactividadedosmovimentosdevertente... 37
Quadro2.3Estadodeactividadeemfunodoperododeretorno(PR)edomododeactividadedosmovimentosdemassa 38
Quadro2.4Tipodedistribuiodaactividade...... 39
Quadro2.5Estilodeactividadedosmovimentosdevertente.. 40
Quadro2.6Magnitude (M)paradiferentes tiposdemovimentosde vertentede acordo comcritriosbaseadosnovolume(),velocidade(u) 42
Quadro 2.7 Codificao utilizada para caracterizar o tipo demovimento, a profundidade dasuperfciederuptura,otipodecontextomorfolgicoondesurgeeotipodematerialafectado 54
Quadro2.8Nmerodefolhasdecampoutilizadastotalouparcialmenteemfunodarea(epermetro)decadasubbacia 57
Quadro2.9Caractersticasmorfolgicas,devegetaoededrenagemassociadasaosdiferentestiposdemovimentosdevertente.. 58
Quadro2.10Factores fotogrficosenaturaisquepodem influenciaraescolhadas fotografiasareasnosestudosdeinstabilidadedevertentes.. 69
Quadro2.11Factoresque influenciamo reconhecimentodaassinaturadeummovimentodevertentenumafotografiaarea 71
Quadro2.12Documentosdigitais(ortofotomapasecoberturasdefotografiasareas)utilizadosparafotointerpretaodemovimentosdevertentenabaciadoRGP 74
Quadro2.13Propriedadesfotogrficasassociadasafactoresmorfolgicos,decoberturavegetalededrenagemrelacionadoscomosprocessosdeinstabilidadedevertentes... 75
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxx
Quadro 2.14 Caractersticas dos trs principais inventrios (campo base, campo 2010 efotointerpretao1983)emtermosdefrequnciaedensidadedemovimentosdevertente.... 94
CAPTULO3
Quadro 3.1 Parmetros morfomtricos dos movimentos de vertente considerados nestetrabalho. 101
Quadro 3.2 Parmetros estatsticos e anlise de varincia (one way ANOVA) dos atributosmorfomtricos por tipologia demovimento de vertente na bacia do RGP considerando 1408movimentosdoinventriohistrico.. 106
Quadro3.3Relaoentreareatericadomovimento(Amv)eadimensomnimadavertente(largura,comprimento)dadaporAmv
1/2 108
Quadro 3.4 Matriz de correlao por par de atributos morfomtricos dos movimentos devertentedabaciadoRGP....... 109
Quadro 3.5 Parmetros estatsticos e anlise de varincia (one way ANOVA) dos atributosmorfomtricospor comparao pairwiseparaosdeslizamentosdo tipoR,RS eRSA,ocorridosduranteoseventosdeinstabilidadede1983e2010nabaciadoRGP.. 112
Quadro 3.6 Parmetros estatsticos e anlise de varincia (one way ANOVA) dos atributosmorfomtricospor comparaopairwiseparaosmovimentosde vertentedo tipoTS,TSAeE,ocorridosduranteoseventosdeinstabilidadede1983e2010nabaciadoRGP.. 114
Quadro 3.7 Resultados da relao expressa por regresso linear para diferentes tipos demovimentosdevertente,entreologaritmodatangentedoAngleofReacheologaritmodareadosmovimentosdevertente..... 124
Quadro 3.8 Resultados da relao expressa por regresso linear para diferentes tipos demovimentos de vertente associados aos eventos de instabilidade de 1983 e de 2010, entre ologaritmo da tangente do angle of reach e o logaritmo da rea dos movimentos devertente..... 125
Quadro 3.9 Ajuste funo gammainversa de trs parmetros para o ITotal de formaautomtica(Easyfit)eiterativa....... 138
Quadro3.10Ajustefunogammainversadetrsparmetrosparaoseventosde1983e2010deformaautomtica(Easyfit)eiterativa.. 143
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxi
Quadro3.11MagnitudedeterminadaemfunodeNmvT,AmvT(m2)eVmvT(m3)... 149
Quadro3.12Magnitudesassociadasao inventriohistricoeaoseventosde instabilidadede1983ede2010.. 150
CAPTULO4
Quadro 4.1 Factores de predisposio e sua adequabilidade para a determinao dasusceptibilidadeamovimentosdevertente 161
Quadro 4.2 Factores de predisposio utilizados na determinao da susceptibilidade emtrabalhosrealizadosnaregioaNortedeLisboa,OesteeValedoTejo 163
Quadro 4.3 Comparao da rea instabilizada por tipo demovimento aps a converso dosdadosdoformatovectorialparaomatricial,considerandoumaclulade5x5m(25m2). 166
Quadro 4.4 Comparao da rea instabilizada por tipo demovimento aps a converso dosdadosdaestruturavectorialparamatricial,considerandoumaclulade5x5m(25m2). 167
Quadro4.5UnidadeslitolgicasqueafloramnabaciadoRioGrandedaPipa 170
Quadro4.6 Favorabilidade ocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosde vertentenosdiferentestiposdeUnidadeslitolgicasdefinidasparaabaciadoRGP 172
Quadro4.7Comparaodos intervalosdeclassesconsideradosparacaracterizarodecliveemtrabalhosdeavaliaodasusceptibilidadeamovimentosdevertentenaregioaNortedeLisboa,noOesteenoValedoTejo 177
Quadro4.8FrequnciasabsolutaserelativasdasclassesdedeclivenabaciadoRGP.. 178
Quadro4.9 Favorabilidade ocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosde vertenteemfunodasclassesdedeclivedefinidasparaabaciadoRioGrandedaPipa...... 179
Quadro4.10FrequnciasabsolutaserelativasdasclassesdeexposiodevertentesnabaciadoRGP.... 181
Quadro4.11Favorabilidadeocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosdevertenteemfunodaexposiodasvertentesnabaciadoRGP.... 182
Quadro4.12Frequnciasabsolutase relativasdoPerfil transversaldasvertentesnabaciadoRGP. 186
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxii
Quadro4.13Favorabilidadeocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosdevertenteemfunodoperfiltransversaldasvertentesnabaciadoRGP. 186
Quadro4.14FrequnciasabsolutaserelativasdoInversodoWetnessIndexnabaciadoRGP 188
Quadro4.15Favorabilidadeocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosdevertenteemfunodoIWInabaciadoRGP.... 190
Quadro 4.16 Relao entre o sistema de classificao de solos do S.R.O.A. e o sistema declassificaodesolosdaF.A.O..... 192
Quadro4.17FrequnciasrelativaseabsolutastiposdesoloclassificadosdeacordocomaF.A.O.nabaciadoRioGrandedaPipa.. 193
Quadro4.18Favorabilidadeocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosdevertenteemfunodostiposdesolosnabaciadoRGP 194
Quadro 4.19 Uso e ocupao do solo reclassificado a partir da classificao proveniente daCOS90.. 196
Quadro4.20UsoeocupaodosolodeacordocomaCOS2007(nvel2). 197
Quadro4.21Favorabilidadeocorrnciadosdiferentes tiposdemovimentosdevertenteemfunodostiposdeusoeocupaodosoloem1990nabaciadoRGP 199
Quadro4.22Aplicaodostestesdeindependnciacondicional:CIR)ConditionalIndependenceRatio;ICAC)TestedeIndependnciaCondicionaldeAgterbergCheng(ICAC)Foramconsideradosparaoefeito1434pontosreferentesaocentridedetodososmovimentosinventariadosnabaciadoRGPeumaUTde0,001km2. 203
Quadro4.23Aplicaodostestesdeindependnciacondicional:CIR)ConditionalIndependenceRatio;ICAC)TestedeIndependnciaCondicionaldeAgterbergChengForamconsideradosparaoefeito424pontos referentesaocentridede todososdeslizamentos rotacionais intermdioseprofundosemcontextodevertentesnaturaisocorridosnabaciadoRGPeumaUTde0,005km2 204
Quadro4.24Aplicaodostestesdeindependnciacondicional:CIR)ConditionalIndependenceRatio; ICAC) Teste de Independncia Condicional de AgterbergCheng. Para o efeito foramconsideradososcentridesdemetadedosdeslizamentosrotacionaisintermdioseprofundosemcontextodevertentesnaturais,escolhidosaleatoriamenteeumaUTde0,001km2 205
CAPTULO5
Quadro 5.1 Critrios e nveis de qualidade para os modelos/mapas de avaliao dasusceptibilidadeamovimentosdevertente...... 217
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxiii
Quadro 5.2 Testes de avaliao do grau de ajuste e da capacidade preditiva dosmapas desusceptibilidadeamovimentosdevertente. 222
Quadro5.3Classesdesusceptibilidadeamovimentosdevertente,caracterizaodacapacidadepreditivadecadaclasseeformaderepresentaocromticaadoptadasnaBaciadoRGP.. 233
Quadro 5.4 Valores dos testes de hierarquia (Accountability, Reliability e AAC) por tipo demovimentodevertente..... 241
Quadro 5.5 Rehierarquizao dos factores de predisposio em funo da integrao dosndicesAccountabilityeReliabilityedaAACnaanlisesensitiva.. 242
Quadro5.6Combinaesdefactoresdepredisposionosmodelosdesusceptibilidadeportipodemovimento de vertente, em funo do incrementodonmerode factores e da respectivahierarquia.. 243
Quadro5.7ValoresdeAACdosmodelosdesusceptibilidadeelaboradoscomascombinaesmais robustas de factores e considerando a incluso progressiva de variveis nos modelospreditivos.. 244Quadro5.8reasusceptvelnecessriaparavalidar70%demovimentosdevertenteemcadamodelodesusceptibilidade.Osmelhoresmodelosestorealadosanegrito...... 246
Quadro 5.9 Valores de AAC relativos s curvas de sucesso e de predio dosmodelos desusceptibilidadedefinidosemfunodamodelaoevalidaocomosmovimentosdevertenterepresentadoscomopontosecomoreas.......................................................................................... 258
Quadro 5.10 Dados relativos aos inventrios de movimentos de vertente utilizados nosprocedimentosdemodelaoconsiderandooinventriohistricoeinventriosdeevento.. 266
Quadro 5.11 Valores de AAC das curvas de sucesso e de perdio dos modelos desusceptibilidade baseados no inventrio histrico e validados pelos inventrios de evento, portipologiademovimentodevertente... 268
Quadro 5.12 Valores de AAC das curvas de sucesso e de perdio dos modelos desusceptibilidadebaseadosnoinventrioagregadodoseventosde1983e2010evalidadoscomoinventriodebase,portipologiademovimentodevertente.. 268
Quadro 5.13 Valores de AAC das curvas de sucesso e de perdio dos modelos desusceptibilidade baseados no inventrio de 1983 e validado com o inventrio de 2010, portipologiademovimentodevertente.. 269
Quadro5.14Dados relativosaos inventriosdemovimentosdevertenteobtidosporpartioaleatria(GrupoAeGrupoB)apartirdoinventrioglobal.. 272
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxiv
Quadro 5.15 Valores de AAC das curvas de sucesso e de perdio dos modelos desusceptibilidadebaseadosnapartioaleatriado inventrio total,por tipologiademovimentodevertente 272
Quadro5.16Quantificaodadiferenaespacial(reaafectaacadagraudediferenaentreomapa de base e o de comparao) entre pares demapas de susceptibilidade a deslizamentosrotacionais(R).... 276
CAPTULO6
Quadro6.1PrincipaiscaractersticasdossatlitesERS1,ERS2,ENVISATeALOS.. 283
Quadro 6.2 Caractersticas gerais e provenincia das imagens radar utilizadas nos estudosrelacionadoscomadeformaodosterrenosnabaciadoRGP. 297
Quadro6.3PrincipaiscaractersticasdosPS(VLOS)associadosaosmapasdedeformao. 300
Quadro6.4DistribuiodosPSs (em%)pormapadedeformaoepor classede factordepredisposio.. 301
Quadro6.5AnliseestatsticadosPSqueseencontramemreasinstabilizadas. 312
Quadro6.6NmerodePSsqueforamseleccionados/eliminadosdosinventriosdedeformaoPSInSAR 323
Quadro 6.7 Nmero de PSs com VLOS () que foram seleccionados para a modelao dasusceptibilidadepormapadedeformaoerespectivarelaocomototaldePSsdosmapasdedeformaoPSInSAR. 324
Quadro 6.8 Caractersticasmorfomtricas dos inventrios demovimentos de vertente (reatotalereadedepleosuperioresa400m2)utilizadosparaavalidaoindependentedosmapasdesusceptibilidadegeradoscomosdadosdedeformaoPSInSAR.. 327
Quadro6.9ValoresdeAACdascurvasdesucessoedeperdiodosmodelosdesusceptibilidadebaseados em dados de deformao PSInSAR obtidos para diferentes perodos deobservao... 328
Quadro 6.10 Variao temporal da deformao (valores absolutos) registada nos PSsidentificadosnareadeestudodaCapel.... 338
Quadro6.11Correlaoentreaprecipitaoantecedenteacumuladade10a120diaseentreosperodos de observao PSInSAR em SJT e a deformao absoluta (LOS) dos PSs na rea daCapel.. 340
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxv
Quadro 6.12 Variao temporal da deformao (valores absolutos) registada nos PSsidentificadosnaFigura6.32... 345
Quadro6.13Correlaoentreaprecipitaoantecedenteacumuladade10a120diaseentreosperodosdeobservaoPSinSAR(*)em SJTeadeformao absoluta (LOS)dosPSsnareadeZibreiradeFetaisLapo.. 346
CAPTULO7
Quadro7.1EventosdeinstabilidadedesencadeadospelaprecipitaonaregiodeLisboaentre1980e2010.. 360
Quadro 7.2 Principais caractersticas das estaes meteorolgicas da rede SNIRH situadasprximodabaciadoRioGrandedaPipa.... 363
Quadro 7.3 Correlao considerando o total de registos de precipitao diria (10.927registos).. 366
Quadro 7.4 Correlao considerando os registos correspondentes aosmeses de Outubro aMaro(5.467registosdiriosdeprecipitao) 366
Quadro 7.5 Correlao considerando os registos correspondentes aos meses de Abril aSetembro(5.460registosdiriosdeprecipitao).. 367
Quadro 7.6 Resultados da correlao mltipla (R2) entre uma determinada estaometeorolgicaeasrestantesquatroestaes(7.745registos)........................................... 367
Quadro7.7Valorconstanteassociadaaodeclivedarecta...... 368
Quadro7.8Relaoentreasestaescomdadosacolmatareasestaesqueserviramdebaseaesseprocedimento,combaseemcorrelaolinearsimplesoumltipla... 368
Quadro7.9PrecipitaoantecedenteacumuladaemSJTparadiferentesduraeserespectivosperodos de retornodos eventosde instabilidadeocorridos na regio aNorte de Lisboa entre1980e2010.... 372
Quadro7.10Combinaescrticas(quantidade/durao)associadasaoseventosdeinstabilidadeocorridosnaregioaNortedeLisboaentre1980e2010paraasestaesdeARR,CLZ,SJT,SMAeVFX.. 375
Quadro7.11Altitude,PMAedecliveda rectaquedefineo limiarobtidopor regresso linearparaasdiferentesestaesmeteorolgicasestudadas.. 379
NDICEDEQUADROS______________________________________________________________________________________________
xxxvi
Quadro 7.12 Razo da precipitao antecedente acumulada emmilmetros, ponderada pelaPMAparaascombinaescrticasassociadasaoseventosde instabilidadeocorridosnaregioaNortedeLisboaentre1980e2010,paraasestaesdeARR,CLZ,SJT,SMAeVFX 380
Quadro 7.13 Valores de precipitao antecedente acumulada (mm) correspondentes aoslimiaresmnimo,mximoedepravisoparadiferentesduraesemArranherelaoentreonmerodeeventosdeinstabilidadelocalizadosacimaouabaixodolimiarmximo. 385
Quadro 7.14 Valores de precipitao antecedente acumulada (mm) correspondentes aoslimiaresmnimo,mximo e de praviso para diferentes duraes em CLZ e relao entre onmerodeeventosdeinstabilidadelocalizadosacimaouabaixodolimiarmximo.... 386
Quadro 7.15 Valores de precipitao antecedente acumulada (mm) correspondentes aoslimiares mnimo, mximo e de praviso para diferentes duraes em SJT e relao entre onmerodeeventosdeinstabilidadelocalizadosacimaouabaixodolimiarmximo. 387
Quadro 7.16 Valores de precipitao antecedente acumulada (mm) correspondentes aoslimiaresmnimo,mximo e de praviso para diferentes duraes em SMA e relao entre onmerodeeventosdeinstabilidadelocalizadosacimaouabaixodolimiarmximo.... 388
Quadro 7.17 Valores de precipitao antecedente acumulada (mm) correspondentes aoslimiaresmnimo,mximo e de praviso para diferentes duraes em VFX e relao entre onmerodeeventosdeinstabilidadelocalizadosacimaouabaixodolimiarmximo.... 389
Quadro 7.18 Quadro sntese das equaes que permitem determinar os limiaresmnimo emximoparaas5estaesmeteorolgicasnaRegioaNortedeLisboa.. 390
Quadro 7.19 Nmero de eventos pluviosos que ultrapassaram o valor do limiarmnimo deprecipitaoantecedenteacumuladanosanosemquenoocorrerameventosde instabilidade,combasenosregistosdeprecipitaodeSJT.... 391
Quadro7.20 Probabilidadedeumeventopluviosocorresponderaumeventode instabilidade,depoisdeultrapassadoolimiardeprecipitaomnimo... 392
RESUMO______________________________________________________________________________________________
xxxvii
RESUMO
Estadissertaotemcomoobjectivoprincipalodesenvolvimentoeaaplicaodeumconjunto
de metodologias que permitam aprofundar o conhecimento acerca da instabilidade de
vertentesedasuaincidncianoespaoenotempo,naescalaregional.AbaciadoRioGrande
daPipa(ArrudadosVinhos),de110km2,foidefinidacomoreadeestudoporapresentar,na
regioanortedeLisboa,umadassituaesmaisfavorveisemtermosdepredisposionatural
paraainstabilidadedevertentes.
Omodelodeavaliaodascomponentesespacialetemporalda instabilidadedevertentesfoi
estruturado em sete objectivos especficos: (i) Inventariao dos diferentes tipos de
instabilidade geomorfolgica; (ii) Caracterizao morfomtrica das diferentes tipologias de
movimentos de vertente e determinao da magnitude dos eventos de instabilidade;
(iii)Anlisedasrelaesestatsticasentreadistribuiodosdiferentestiposdemovimentosde
vertente e um conjunto de factores de predisposio; (iv) Avaliao da susceptibilidade a
movimentosde vertenteem funodonmerode factoresdepredisposioeda formade
representaogrficadosmovimentosdevertente; (v)Validaodosmodelospreditivos,em
termos de sucesso e predio; (vi) Determinao do potencial da tcnica PSInSAR para a
avaliaodasusceptibilidade/perigosidadeamovimentosdevertenteescalaregionalelocal;
e (vii) Determinao dos limiares de precipitao crticos para a instabilidade regional e
aplicaode limiaresdeprecipitaoantecedentecomo formadeantecipaodeeventosde
instabilidade.
Como principais resultados, foram inventariados na bacia do Rio Grande da Pipa 1434
movimentosdevertente(incluindodoisinventriosdeeventocompletos),compredomniode
deslizamentos rotacionais,muito favorecidos por uma litologia dominantementemargosa e
argilosa.Daavaliaoda susceptibilidade foipossvel inferira importnciadamodelaoem
funo dos diferentes tipos de movimentos de vertente e da forma como estes so
consideradosnosmodelospreditivos(e.g.,pontosoureas).Ainterferometriaradarpotenciou
ummaiorconhecimentodaevoluotemporaldasdeformaes.Regionalmente,determinou
RESUMO______________________________________________________________________________________________
xxxviii
sequeaestaodeSoJuliodoTojalamaisexigenteerobustaparadeterminaroslimiares
crticosdeprecipitaogeradoresdeinstabilidadenareadeestudo.
PALAVRASCHAVE:Movimentos de vertente, Inventrios, Susceptibilidade, PSInSAR; Limiares
deprecipitao.
ABSTRACT______________________________________________________________________________________________
xxxix
ABSTRACT
Themainaimofthisthesisistodevelopandapplyasetofmethodologiesthatmaycontribute
toimproveourunderstandingofslopeinstabilityanditsspatialandtemporaldistribution,ata
regional level.TheRioGrandedaPipacatchment (c.110km2), located inArrudadosVinhos,
waschosenasthestudyareabecause,withintheregionNorthofLisbon,itisanareanaturally
pronetoslopeinstability.
The framework for theanalysisof thespatialand temporalcomponentsofslope instability is
designed to fulfill the following objectives: (i) Inventory of types of geomorphic instability;
(ii)Morphometriccharacterizationofeachtypeof landslidesandcalculationofthemagnitude
of the instability events; (iii) Assessment of the statistical relationships between types of
movementsandtheirpredisposing factors; (iv)Sensitivityanalysisof thesusceptibilitymodels
to the predisposing factors and to the differentways of graphically representing landslides;
(v) Model validation through the quantification of degree of success and prediction rate;
(vi)Evaluationof thepotentialofPSInsar for landslidesusceptibility/hazardassessment, from
local to regionalscales; and, (vii) identification of the critical rainfall thresholds for regional
instability and antecedent rainfall thresholds in order to temporally pinpointing potential
instabilityevents.
The fieldwork and photointerpretation carried out for this dissertation resulted in the
identificationof1434hillslopemovements (including two completeevent inventories)which
are largely rotational landslidesdue to theprevalenceofmarlyand clayey terrain.Themain
conclusions are threefold: (i) susceptibility assessment of landslides is highly influenced by
(a)thecorrectidentificationoftypesofmovementsand(b)theinputofthespatialdatarelated
to the landslides (extent) into the models (i.e. points vs. areas); (ii) radar interferometry
positively contributes towards a better understanding of the temporal evolution of terrain
deformations;and(iii)onaregionalscale,SoJuliodoTojalstationprovidesthemostrobust
datarequiredtodeterminethecriticalrainfallthresholdswhichtriggerinstabilityinthestudied
area.
KEYWORDS:Landslides;Inventories;Susceptibility;PSInSAR;Rainfallthresholds.
ACRNIMOSEABREVIATURAS______________________________________________________________________________________________
xli
ACRNIMOSEABREVIATURAS
AAC reaAbaixodaCurva
AC Accountability
ADV ArrudadosVinhas
ALE Alenquer
ALOS AdvancedLandObservationSatellite
ALTmvMAX Altitudemximadomovimentodevertente
ALTmvMIN Altitudemnimadomovimentodevertente
Amv readomovimentodevertente
AmvT reatotaldeslizada
ARR Arranh
ASAR AdvancedSyntheticApertureRadar
B Balanamento
C DeslizamentoTranslacionalcomrupturacompsita
CCDR ComissodeCordenaodoDesenvolvimentoRegional
CEG CentrodeEstudosGeogrficosdaUniversidadedeLisboa
CLZ Calhandriz
CI ConditionalIndependence
CInSAR CrossInterferometricSyntheticApertureRadar
CIR ConditionalIndependenceRatio
CNREN ComissoNacionaldaReservaEcolgicaNacional
CNROA CentroNacionaldeReconhecimentoeOrdenamentoAgrrio
COMPD(mv) Comprimentodareadedepleco(domovimento)
COMPmv Comprimentodomovimentodevertente
COMPv Comprimentodavertente
COS CartadeOcupaodoSolo
CURV Curvatura/Perfiltransversal
D Desabamento
DCtopoV Distnciaentreotopodavertenteecicatrizdomovimento
DEJbaseV Distnciaentreaextremidadejusantedomovimentoebasedavertente
ACRNIMOSEABREVIATURAS______________________________________________________________________________________________
xlii
DEM DigitalElevationModel
DESVmv Desnveldomovimentodevertente
DGADR DirecoGeraldeAgriculturaeDesenvolvimentosRural
DIAPASON DifferentialInterferometricAutomatedProcessAplliedtoSurveyofNature
DInSAR DifferentialSARInterferometry
DmvBASE Distnciadomovimentobasedavertente
DmvTOPO Distnciadomovimentoaotopo davertente
DORIS DelftObjectOrientedRadarInterferometricSoftware
DOSMS Dveloppmentdutilspor le suividesmovementsde soilsdans lebutdaideraux
developpmentdurabledelaregionSUDOE
DPRO Profundidademximadoplanoderuptura
DVC Declive(emgraus)
E Escoada
ENVISAT ENVIronmentalSatellites
ESA EuropeanSpaceAgency
ERS EuropeanRemoteSensingsatellite
EXP Exposio(emgraus)
FAO FoodandAgricultureOrganization
FCT FundaoparaaCinciaeaTecnologia
FCUL FaculdadedeCinciasdaUniversidadedeLisboa
FFCUL FundaodaFaculdadedeCinciasdaUniversidadedeLisboa
ICAC TestedeIndependnciaCondicionalAgterbergCheng
IGOT InstitutodeGeografiaeOrdenamentodoTerritrio
IGP InstitutoGeogrficoPortugus
INAGI.P. InstitutoNacionaldagua
InSAR InterferometricSyntheticApertureRadar
IWI InverseWetnessIndex
IT InventrioTotal
IUGS InternationalUnionofGeologicalSciences
GPS GlobalPositioningSystem
JAXA JapanAerospaceExplorationAgency
JAROS Japan ResourcesObservationSystemOrganization
L ExpansoLateral
LARGmv Larguradomovimentodevertente
LATTEX LaboratriodeTectonofsicaeTectnicaExperimental
ACRNIMOSEABREVIATURAS______________________________________________________________________________________________
xliii
LOS LineofSight
LVT LisboaeValedoTejo
MapRisk Metodologiasdeavaliaodeperigosidadee riscodemovimentosdevertentenombitodosPlanosMunicipaisdeOrdenamentodoTerritrio
MNE ModeloNumricodeElevao
MDE ModeloDigitaldeElevao
MDT ModeloDigitaldeTerreno
NAO NorthAtlanticOscillation
NmvT Nmerototaldemovimentosdevertente
OMM OrganizaoMeteorolgicaMundial
OT ObservaodaTerra
OVT OesteeValedoTejo
PALSAR PhasedArrayTypeLBandSyntheticApertureRadar
PDP PereirodePalhacana
PEOT PlanosEspeciaisdeOrdenamentodoTerritrio
PMA PrecipitaoMdiaAnual
PMOT PlanosMunicipaisdeOrdenamentodoTerritrio
PNPOT ProgramaNacionaldaPolticadeOrdenamentodoTerritrio
PROT PlanosRegionaisdeOrdenamentodoTerritrio
PR PerododeRetorno
PS PersistentScatterers
PSI PersistentScattererInterferometry
PSInSAR PersistentScatterersderivadosdeinterferometriaradar
R Deslizamentorotacional
R* Precipitao
RADAR RadioDetectionandRanging
REN ReservaEcolgicaNacional
RGP RioGrandedaPipa
RISKam NcleodeAvaliaoeGestodePerigosidadeseRiscoAmbiental
RL Reliability
ROC ReceivinOperatingCharacteristCurve
RT Todososdeslizamentosrotacionais
S Solo
SAR SyntheticApertureRadar(RadardeAberturaSinttica)
SIG SistemasdeInformaoGeogrfica
ACRNIMOSEABREVIATURAS______________________________________________________________________________________________
xliv
SJT SoJuliodoTojal
SMA SobraldeMonteAgrao
SNIRH SistemaNacionaldeInformaodeRecursosHdricos
SPN StablePointNetwork
SROA ServiodeReconhecimentoeOrdenamentoAgrrio
SRTM ShuttleRadarTopographyMission
STC SantanadaCarnota
T Deslizamentotranslacional
TD Todososmovimentos
TIN TriangulatedIrregularNetwork
UL UniversidadedeLisboa
ULIT UnidadeLitolgica
USOL UnidadedeSolo
UT UnidadedeTerreno
VELOS VelocidadedeDeformaodaLineofSight
VFX VilaFrancadeXira
VI ValorInformativo
VmvT Volumetotal
WG/L WorkingGrouponLandslides
WofE WeightsofEvidence
WRB WorldReferenceBaseforSoilResources
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
1
INTRODUO
A instabilidade geomorfolgica deve ser entendida, no contexto desta dissertao, na sua
componentemais restrita, relacionada com a instabilidade de vertentes. Esta, por sua vez,
decorredeuma situaodedesequilbrionobalanoentre as forasdesestabilizadorase as
forasresistentesqueactuamnadependnciadaforadagravidade.Acompreensodomodo
como evoluem as vertentes constitui uma condio fundamental para um adequado
ordenamentodoterritrio.Comefeito,areduodasperdas(econmicas,sociais,ambientais)
derivadas da ocorrncia de movimentos de vertente deve passar por uma mudana de
procedimentos,ondeosdecisores,antecipadamente, impemnovos instrumentosanalticose
de carcter regulador.EmPortugal, a avaliaoeprevenodos factoresedas situaesde
risco,bemcomoodesenvolvimentodedispositivosemedidasdeminimizaodosrespectivos
efeitos, esto expressos como medidas prioritrias no Programa Nacional da Poltica de
OrdenamentodoTerritrio(PNPOT).Estedocumentodacpuladosistemadeordenamentodo
territriodopasestabeleceagestopreventivadosriscoscomoumaprioridadeessencialna
poltica de ordenamento do territrio e de incluso obrigatria nos instrumentos de
planeamentoegestoterritorial(PROT,PMOTePEOT)(Zzereetal.,2008c).
Maisrecentemente,oGuiametodolgicoparaaproduodecartografiamunicipalderiscoe
para a criao de sistemas de informao geogrfica (SIG) de base municipal
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
2
(Julioetal.,2009),veioestabelecer,nombitodarevisodosPlanosDirectoresMunicipaise
dos Planos Municipais de Emergncia, um conjunto de orientaes metodolgicas para a
elaboraodacartografiaderisco,incluindoauniformizaodeprocedimentoseaintroduo
denovasregrasdeharmonizaodecorrentesdatransposiodedirectivascomunitriasparao
quadrolegalinterno.
Esta dissertao surge no contexto do desenvolvimento de abordagens para a avaliao da
perigosidadeeriscoamovimentosdevertenteesuaaplicaoaoOrdenamentodoTerritrio
ao nvelmunicipal, baseado nummodelo conceptual e procedimentos comuns para todo o
territrio nacional. O enquadramento formal foi garantido pelo Projecto MapRisk
Metodologiasdeavaliaodeperigosidadeeriscodemovimentosdevertentenombitodos
PlanosMunicipais de Ordenamento do Territrio (PTDC/GEO/68227/2006), financiado pela
FundaoparaaCinciaeaTecnologia(FCT).
A rea de estudo corresponde bacia do Rio Grande da Pipa (RGP), a qual abrange
principalmente o Concelho de Arruda dos Vinhos, mas tambm parte dos concelhos de
Alenquer,SobraldeMonteAgraoeVilaFrancadeXira.EstareaintegrasenaregioaNorte
deLisboa,queapresenta,nocontextoportugus,umadassituaesmaisfavorveisemtermos
de predisposio natural para a instabilidade de vertentes (Ferreira e Zzere, 1997;
Zzereetal.,2008c;Zzereetal.,2010).
Os trabalhos previamente desenvolvidos na regio (Machado, 1991; Matos, 2008;
Benevides, 2009; Pimenta, 2011) permitem definir o enquadramento do problema da
instabilidadegeomorfolgicanabaciadoRioGrandedaPipa:
(i) Contexto morfoestrutural desfavorvel associado a uma pequena diferenciao
litolgica;
(ii) Ocorrnciademovimentosdevertente, lentosmas comelevadamagnitude (rea,
volume);
(iii) Dispersourbana(edificado,infraestruturas)parareaspotencialmenteperigosase
aceleraodainstabilidadeporintervenesdesajustadas.
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
3
Contextualizao do problema Avaliao da Susceptibilidade e da Perigosidade amovimentosdevertente
luzdo conhecimento actual,pode considerarsequeomodelo conceptualdeavaliaoda
perigosidadeassociadaocorrnciademovimentosdevertenteseencontraestabilizado.Com
efeito, assumido pela generalidade da comunidade cientfica que a avaliao a
susceptibilidade e da perigosidade recorre a um conjunto de etapas relativamente
padronizadas, que foram sendo sucessivamente redesenhadas nas ltimas dcadas
(e.g.Kienholz, 1984;Guzzetti etal., 1999). Estas etapas contemplam: (i) a inventariaodos
movimentos de vertente; (ii) a definio da susceptibilidade e respectiva validao, e
(iii) a integrao da susceptibilidade em perigosidade por anlise frequencista ou pela
incorporao de um cenrio desencadeante de instabilidade. No entanto, no esto ainda
uniformizados todososprocedimentosquematerializamcadaumadasetapasatrs referidas
(VanDenEeckautetal.,2010)esomltiplasasfontesdeincertezadosmodelospreditivos.
Determinaodoproblema
Estadissertaotemcomoobjectivoprincipalodesenvolvimentoeaplicaodeumconjunto
demetodologiasquepermitamaprofundaroconhecimentodosmovimentosdevertenteeda
suaincidncianoespaoenotempo,naescalaregional.Nestecontexto,foramdefinidossete
objectivosespecficos:
(i) Inventariaodosdiferentes tiposde instabilidadegeomorfolgicanaBaciadoRio
GrandedaPipa (RGP)ecatalogaomultitemporalemultifontedosmovimentos
vertente,desde1960atactualidade;
(ii) Caracterizaomorfomtricadasdiferentestipologiasdemovimentosdevertentee
determinaodamagnitudedoseventosde instabilidadereconhecidosnabaciado
RGP;
(iii) Anlise das relaes estatsticas entre a distribuio dos diferentes tipos de
movimentosdevertenteeumconjuntodefactoresdepredisposio,utilizandopara
o efeito, uma funo de Favorabilidade (Chung e Fabbri, 1993), expressa noutros
mtodos estatsticos bivariados de suporte bayesiano como omtodo doValor
Informativo;
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
4
(iv) Avaliaosensitivadasusceptibilidadeamovimentosdevertenteescala regional
combaseemmodelosestatsticos,tendoemconsideraoopesodiferenciadoque
as diferentes variveis de entrada (factores de predisposio; inventrios de
movimentosdevertente)tmnaavaliaodasusceptibilidade;
(v) Validaodosmodelospreditivoscomtaxasdesucessoedepredio,combaseem
critrios de partio temporal e aleatria dos inventrios de movimentos de
vertente,demodoagerargruposindependentesdetreinoevalidao;
(vi) DeterminaodopotencialdatcnicaPSInSARparaaavaliaodasusceptibilidadea
movimentosdevertenteescalaregionalelocal;
(vii) Definio dos limiares de precipitao crticos para a instabilidade regional e
aplicaode limiaresdeprecipitao antecedente como formade antecipaode
eventosdeinstabilidade.
Pararesponderaestesobjectivos,geraleespecficos,estadissertaofoiestruturadaemsete
Captulosque,deumpontodevistamaisprtico,sepodemagruparemtrsblocostemticos.A
dissertao iniciasecomumenquadramentodareadeestudo (Captulo1)queprecedeum
primeiro Bloco constitudo pelos Captulos 2, 3 e 4, dedicado aquisio, classificao e
caracterizao dos dados de base. A avaliao da susceptibilidade desenvolvida nos
Captulos 5 e 6 (Bloco 2 modelao espacial e validao) e a dimenso temporal dos
movimentosdevertentecaracterizadanosCaptulos6e7(Bloco3Integraotemporal).
NoCaptulo1Enquadramentoregionalefectuadooenquadramentogeogrficodabacia
do RGP no contexto da regio a Norte de Lisboa. O enquadramento fsico completa a
caracterizaoregional,sendodadaparticularrelevnciaaocontextomorfolgico,geolgicoe
estrutural.
NoCaptulo2Classificaoeinventariaodosmovimentosdevertentesoespecificadosos
critrios de classificao e de caracterizao morfolgica dos movimentos de vertente.
Adicionalmente, sodefinidasasmetodologiaseapresentadosos inventriosdemovimentos
devertente(histricoedeevento)paraareadeestudo.
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
5
No Captulo 3 Caracterizao da instabilidade geomorfolgica so analisadas as
caractersticasmorfomtricas dos diferentes tipos demovimentos de vertente ocorridos na
baciadoRGPeavaliadas,estatisticamente,as relaes frequnciadimensodosmovimentos
de vertente que constituem o inventrio histrico e os inventrios de evento. ainda
determinadaamagnitudedoseventosdeinstabilidadede1983ede2010eavaliadaaincerteza
associadaaonmerodemovimentosdevertentepresentesnoinventriohistrico.
No Captulo 4 Factores condicionantes da instabilidade geomorfolgica so definidos os
factoresdepredisposiocomrelevnciaparaaavaliaodasusceptibilidadeamovimentosde
vertenteeestabelecidososcritriosdepreparaoeclassificaodessasvariveis.Soainda
definidasascondiesdefavorabilidadedecadaclassedecadavarivelparaainstabilidadede
vertentes e avaliada a independncia condicional entre variveis, condio fundamental
avaliaodasusceptibilidadecommtodosestatsticosbivariados.
No Captulo 5 Avaliao da susceptibilidade amovimentos de vertente apresentado o
modeloconceptualdeavaliao indirectadasusceptibilidade,peladeterminaodasrelaes
estatsticasentreumconjuntodefactoresdepredisposioeasmanifestaesdeinstabilidade.
determinada a capacidadequeos factoresdepredisposio tmparadiscriminar as reas
instveis(anlisesensitiva)easconsequnciasquedecorremdaformaderepresentaogrfica
dos movimentos de vertente nos modelos (e.g. pontos ou reas). Os modelos de
susceptibilidade so validados em termos do respectivo ajuste aos dados de entrada e em
termosdasuacapacidadepreditiva.
No Captulo 6 Avaliao do contributo da interferometria radar para a determinao da
susceptibilidade e perigosidade a movimentos de vertente as tcnicas no invasivas da
interferometria radar foram utilizadas como auxiliar para a determinao do estado de
actividadee redefiniodos limitesdosmovimentos inventariadospelas tcnicas tradicionais
(e.g. campo e fotointerpretao). Adicionalmente testada a capacidade da tcnica dos
PersistentScaterrersparaavaliarasusceptibilidadeamovimentosdevertenteescalaregional,
bemcomoparamonitorizardeformaesnassuascomponentesespacialetemporal.
INTRODUO______________________________________________________________________________________________
6
No Captulo 7 A precipitao e o desencadeamento dosmovimentos de vertente so
determinadososlimiaresdeprecipitaoemcincoestaesmeteorolgicas,apartirdosquais
se inicia a instabilizao das vertentes para um conjunto de eventos de instabilidade pr
determinadoseparaummesmoperododeanlise.Os limiaresdeprecipitaoantecedente
so validados e so identificadas as estaes cujos registos de precipitao permitem um
melhorajustedoslimiaresempricosaoseventosdeinstabilidadecomexpressoregional.Por
ltimo,feitaaanliseretrospectivadoseventosdeinstabilidadede1983,1989e2010.
FiguraI.1Modelodeavaliaodaincidnciaespacialetemporaldainstabilidadedevertentes.Aslinhasa preto e cinzento representam as interaes dentro de cada um dos blocos (Inventariao ecaracterizao dosmovimentos de vertente; Avaliao da susceptibilidade; Incidncia temporal doseventosde instabilidade)As linhas coloridas representamos fluxos entreblocos e aproveninciadacontribuio.
1)Classificaoeinventariaodosmovimentosdevertente
3)Factores condicionantesdainstabilidadegeomorfolgica
2)Caracterizaodainstabilidadegeomorfolgica
6)Avaliaodasusceptibilidade(tcnicaPSInSAR)
4)Avaliaoe5)validaodasusceptibilidade amovimentosdevertente
INVENTARIAO ECARACTERIZAO DOS MOVIMENTOS
DE VERTENTE
Multitemporal Multifonte Favorabilidade Independnciacondicional
MorfometriaDistribuio
(frequnciadimenso)
Modelosdesusceptibilidadeportipologiademovimento
Anlisesensitiva
Magnitude
Incertezainventriohistrico
Formaderepresentaogrficadosmovimentos
devertenteFactoresdepredisposio
Capacidadepreditiva
Partiotemporal
Partioaleatria
Mobilidade
Estadodeactividade
Monitorizao
7)Aprecipitaoeodesencadeamentodosmovimentosdevertente
INCIDNCIA TEMPORAL DOS
EVENTOS DE INSTABILIDADE
Precipitaodiria
Limiarescrticos
Intensidade
Validaoregional
DuraoEstaodereferncia
Limiarescrticos(precipitaoantecedente)
Perododeretorno Antecipaodos
eventosdeinstabilidade
AVALIAO DA SUSCEPTIBILIDADE
Avaliaodasusceptibilidade
Inventariao
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
7
CAPTULO1ENQUADRAMENTO FSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA
NopresenteCaptuloefectuadaumabrevecaracterizaodareadeestudo,contextualizada
geograficamentenaregioaNortedeLisboa.Sodefinidososlimitesdabaciahidrogrficado
RioGrandedaPipaedassubbaciasqueaconstituem.apresentadaacaracterizaogeolgica
e geomorfolgica da rea estudada, tendo como ponto de partida: (i) a caracterizao das
diferentes formaesqueafloramna regioeoquadroestruturalemque se inserem; (ii)as
formasderelevoquecaracterizamabaciadoRioGrandedaPipa,nadependnciadocontrolo
litolgicoeestruturaledaacodosprocessoserosivos.
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
8
1.1ENQUADRAMENTOGEOGRFICO
Areadeestudo localizaseaproximadamentea30kmaNortedeLisboa,centrasenaregio
deArrudadosVinhoseosseuslimitessodefinidospelalinhadefestoquedelimitaos110km2
dabaciadoRioGrandedaPipa(RGP)(Figura1.1).AbaciadoRGPconfinaaNortecombaciado
RioAlenquer,aSulcomabaciadoRioTrancoeaOestecomabaciadoRioSizandro.AEsteo
contactofeitocomabaciadoTejo,daqualoRGPtributrio.
Administrativamente, a bacia do RGP tem uma abrangncia intermunicipal, distribuindose
pelosmunicpiosdeArrudadosVinhos (45,5%),Alenquer (22,5%),SobraldeMonteAgrao
(18,3%),VilaFrancadeXira(13,6%)eTorresVedras(0,1%)(Figura1.1;Quadro1.1).
Figura1.1EnquadramentogeogrficodabaciadoRioGrandedaPipa.
Lisboa
Sintra
VilaFrancadeXiraMafra
ArrudadosVinhos
TorresVedras
SerradeMontejunto
0 105Km
Bacia do Rio Grande da Pipa (RGP)
Alenquer
Arruda dos Vinhos
Sobral de Monte Agrao
Torres Vedras
Vila Franca de Xira
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
9
Quadro1.1reaporConcelhoafectabaciadoRioGrandedaPipa.
ConcelhoreadoConcelhonabaciado
RGP(m2)readabaciado
RGP(%)
Alenquer 24.913.049,5 22,5
ArrudadosVinhos 50.256.529,1 45,5
SobraldeMonteAgrao 20.197.150,1 18,3
TorresVedras 130.441,6 0,1
VilaFrancadeXira 15.077.659,7 13,6
TOTAL 110.574.830,0 100,0
NabaciadoRioGrandedaPipa, foram individualizadas29subbaciashidrogrficas, incluindo
alguns sectores sem curso de gua principal definido, que drenam directamente para o Rio
Grande da Pipa (Figura 1.2). A bacia de maior dimenso a da Santana da Carnota,
aproximadamente20km2eosectorcomdimensomaisreduzidaodeCasalNovocom0,05
km2. Informaoadicionalacercadestassubbacias,nomeadamenteasreascorrespondentes
estexpressanoCaptulo2,Quadro2.8.
Figura1.2Individualizaodas29subbaciasesectoresquedrenamdirectamenteparaoRioGrandedaPipa.
Laje
SantanadaCarnota
Salema
Zibreira
Calada
Louriceira
SoSebastio
Monfalim
QuintasCardosas_N
RioGrandedaPipaCadafais
Cardosinhas
Figueras Barroca
Cachoeiras
Cardosas_SPucaria
PdoMonteCu CasaldasAntas
CasaldoOuroSerrana
Galinhatos CasalValeFlores
ChapinheiraMartimAfonso
CrispinaCorredoura
PaoPontesdeMonfalim
858'W90'W92'W94'W96'W98'W
392'N
390'N
3858'N
0 1 2km Sub-bacia
Cursos de gua
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
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1.2CARACTERIZAOGEOLGICA
No contexto das unidades morfoestruturais que caracterizam o territrio de Portugal
Continental, a bacia do RioGrande da Pipa, regio deArruda dosVinhos, inserese naOrla
MesocenozicaOcidental.AdeposiodemateriaisnoqueactualmentearegiodeArruda
dosVinhosestassociadaao3oepisdioderifting(KimeridgianoBerriasianoInf.)relacionado
com a abertura do Atlntico Norte durante oMesozico (Kullberg et al., 2006). Na bacia
Lusitaniana so individualizados diferentes sectores de deposio, localizandose a unidade
designada por subbacia de Arruda, no sector meridional. Este sector caracterizase por
apresentarumagrandevariaodefciesedeespessurasentreasdiferentessubunidadesque
ocompem:regiodaArrbidaBarreiro/Montijo,SintraeassubbaciasdeArrudaeTurcifal
(Kullbergetal.,2006).
1.2.1LITOLOGIA
NaregiodeArrudadosVinhospredominamasformaessedimentaresdoJurssicoSuperior.
AsrochasmaisantigasaaflorarnabaciadoRioGrandedaPipacorrespondemsCamadasda
Abadia, datadas do Kimeridgiano Inferior, e as mais recentes correspondem a aluvies
holocnicas.Nogeral,predominaumaalternnciaentrecalcrios,margasearenitos.AFigura
1.3representadeformaesquemticaacolunalitoestratigrficaapresentadaporCoelho(1979)
eaadaptaoefectuadaporPimenta (2001)paraassubbaciasdaLajeeSalema,situadasna
margem direita da bacia do RGP, atravs da construo de ummapa litoestratigrfico de
pormenor. Pimenta (2011) efectuou a subdiviso das unidades geolgicas em unidades
litolgicas numa rea de aproximadamente 12 km2. A diferenciao litolgica foimaior na
formaodeAmaral, comdestaquepara apresenadeumaunidade litolgica intercalarde
margas. No caso da Formao da Abadia foi identificado um subtipo litolgico de arenitos
micceosintercaladocomasmargas.
OantigoComplexoPterocerianoapresentaalgumavariabilidadenas regiessituadasaNorte
doTejo,marcadapelapresenaouausnciadecalcrios(ZbyszewskieAssuno,1965).Neste
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
11
contexto,soindividualizadasduasformaesdistintascomafloramentosnareadeestudo:a
FormaodoSobral(sriemaisdetrtica)eaFormaodeArranh(sriemaismarinha).
A identificao e delimitao das unidades litolgicas utilizadas nesta dissertao, por
inexistnciademapaslitoestratigrficosdepormenorparaatotalidadedareadeestudo,foi
efectuada a partir da cartografia 1:50.000 da Folha 30D da Carta Geolgica de Portugal
(ZbyszewskieAssuno,1965)edasFolhas389e390daCartaGeolgicadareaMetropolitana
de Lisboa na escala 1:25.000 (INETI, 2005). A Figura 1.4mostra a geologia da bacia do Rio
GrandedaPipa,deonderessaltaa importncia territorialdaFormaodeAbadia (57,8%da
reatotaldabaciadoRGP).DestacamseaindaasFormaesdeAmaraledeSobral(15,9%e
16,1%dareatotaldabacia,respectivamente),aFormaodeArranh (5,8%dototal)eas
Aluvies(3,1%dototal).Asrestantesformaestmumaexpressoterritorialmuitoreduzida
nabaciadoRGP(1,2%dareadeestudo,nototal).
Figura1.3Colunalitoestratigrficadasformaesjurssicas,propostaporCoelho(1979)(esquerda)emodificaopropostaporPimenta(2011)(direita).OComplexodaAbadiaestatribudoaoLusitaniano(Zbyszewski,1964inCoelho,1979)masfoiposteriormenteenglobadonoKimeridgianiano.
ENQUADRAMENTOFSICODABACIADORIOGRANDEDAPIPA______________________________________________________________________________________________
12
Figura1.4GeologiadareadabaciadoRioGrandedaPipa.Adaptadodacartografia1:50.000daFolha30DdaCartaGeolgicadePortugal (ZbyszewskieAssuno,1965)edasFolhas389e390daCartaGeolgicadareaMetropolitanadeLisboanaescala1:25.000(INETI,2005)
Ch
Mata
Pao
Pipa
SoupoEiras
Serra
Chos
Antas
Granja
Abadia
Quintas
Gataria
SabugosBatalha
Outeiro
Cabeos
Carnota
Pucaria
CotoviosRondulha
Cardosas
Cadafais
Carvalha
Monfalim
Pedralvo
Refugidos
Giesteira
Alqueido
Canhestro
Carregado
Cachoeiras
Corredoura
Gavinheira
Cardosinhas
AdosArcos
PdoMonte
VilaGalega
AdoBarriga
Carrasqueiro
MartimAfonso
PedradeOuro
MatosdaBoia
SantoQuintino
CasaldasAntas
QuintadaGranja
TrancosodeBaixo
FetaisdosPretos
CasaldaMonteira
ArrudadosVinhos
ZibreiradeFetais
LouriceiradeCima
PontesdeMonfalim
CastanheiradoRibatejo
858'W90'W92'W94'W96'W98'W
392'N
390'N
3858'N
0 1 2km
Aluvies
FormaodeBenfica
FormaodeBenfica(Calcrios)
FormaodeFreixial
Fo
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