Características Morfológicas da Raça Angus
NÍVEIS ORIENTATIVOS DE CIRCUNFERENCIA ESCROTAL
CATEGORIA EM PP IDADE EM MESES CE MÍNIMA CATEGORIA EM PC
TERNERO JOVEM ATÉ 11 MESES - -
TERNERO ADULTO 12-14 MESES 32 CM -
JUNIOR 15-19 MESES 34 CMDENTE DE LEITE
(18-20 MESES)
DOIS ANOS JOVEM 20-23 MESES 35 CMDOIS DENTES
(APROX. 24 MESES)
DOIS ANOS ADULTO 24-29 MESES 36 CMQUATRO DENTES
(APROX. 30 DENTES)
SENIOR ACIMA 30 MESES 38 CMSEIS DENTES
(APROX. 36 MESES)
Obs.: PP – puro por pedigree; PC- puro por cruza
1. Aspecto geral: O Angus é uma raça produtora de carne, reconhecida por sua precocidade
reprodutiva, facilidade de parto, aptidão materna e longevidade. Os exemplares da raça
devem possuir boas massas musculares e produzir carne de boa qualidade (macia,
marmorizada, suculenta, saborosa, etc.). Devem ser volumosos, de boa profunidade e
com bom equilíbrio ou harmonia de conjunto.
Suas formas devem ser suaves, de contornos arredondados, com bom acabamento e sem
acumulações excessivas de gordura. O temperamento deve ser ativo, mas não agressivo,
ágeis nos seus deslocamentos, demonstrando prumos corretos e articulações fortes. A
pele deve ser medianamente fina, elástica, coberta com uma pelagem suave, curta e
espessa de cor negra ou vermelha. A troca de pelo precoce é indicativo de uma boa
funcionalidade hormonal e, portanto, de alta fertilidade.
2. Tamanho: Médio (longe dos extremos). Este tamanho intermediário dá equilíbrio,
funcionalidade e facilidade de terminação a pasto, assim como também permite ser muito
eficiente na engorda em confinamento.
3. Massas musculares: A massa muscular deve ser suficientemente desenvolvida e
adequada; seu volume muscular não deve ser excessivo para não afetar a fertilidade nas
fêmeas, uma das principais características da raça. Ao se mencionar massas musculares,
significa dizer que quando se observa um animal pronto, se observa um conjunto de
músculos indiferenciados formando o seu quarto, seu dorso, etc, sem notar-se excessiva
diferenciação intermuscular. O dorso deve ser bem largo (bom filé de costela) e os
quartos largos, com os músculos com bom caimento até os garrões.
Nas fêmeas, as massas musculares da paleta não devem ser proeminentes e os quartos
musculosos porém sem exagero, isto é, sem excesso, para não prejudicar sua função
reprodutiva.
4. Aprumo: A correção dos aprumos é essencial para a funcionalidade. Nosso sistema
pastoril exige grandes deslocamentos. Tendo em conta que a cria está localizad em zonas
de baixa oferta forrajeira, de baixa receptibilidade pecuária ou em campos extensos, o
bom deslocamento é indispensável.
5. Profundidade corporal: A raça deve ter como biótipo uma boa profundidade corporal,
dada pelo comprido e bom arco costal, permitindo uma boa capacidade ruminal. A boa
capacidade ruminal lhe permite incorporar grande quantidade de pasto que logo será
utilizado no engorde ou, no caso das matrizes, para otimizar sua capacidade reprodutiva e
produção leiteira.
6. Expressão: No macho, a expressão de masculinidade está ligada ao bom tamanho dos
testículos, forte massa muscular no nível da nuca e troca de pelo precoce.
Na fêmea, a expressão deve ser de grande feminilidade, de cabeça pequena e nuca suave
bem inserida no corpo.
7. Cabeça: Nas fêmeas, deve ser pequena e afilada com orelhas medianas e levemente
inclinadas para cima e com boa pilosidade.
A dos machos deve ser com focinho forte e com boa expressão nas mandíbulas. A largura
deve ser orientativamente dois terços do comprimento, mais arredondada e larga que a da
fêmea e com orelhas menores. Em ambos, mocha e com a protuberância entre as orelhas
bem marcada.
8. Nuca: Na fêmea, de bom comprimento, fino e com suave inserção na cabeça e corpo,
enquanto no macho, mais comprido e com maior proeminência superior (cangote).
9. Corpo: Bem profundo, com grande arco costal, comprido e com lombo largo.
10. Anca: Nas fêmeas, larga e com boa abertura dos ísquios (osso da pelve) proporcionando
um bom canal de parto. No macho, sólida e plana a nível de quadril. Para ambos, sem
projeções na inserção da cauda.
11. Peito: Tanto nos machos como nas fêmeas é aceitável certa gordura (adiposidade) não
excessiva. Este leve acumulo de gordura está ligado a uma funcionalidade melhor.
12. Quartos e nádegas: Largos, produndos, de musculatura sólida não exagerada (sobretudo
nas fêmeas), longos e com o maior caimento possível ao nível da junção entre o fêmur e a
perna (terço distal).
13. Garrões: Sólidos, bem definidos e bem angulados. No macho, fortes.
14. Patas: Médias, com ossos fortes, bem aprumadas e separadas indicam aptidão para
produção de carne.
15. Costelas (paleta): Com tendência a serem paralelas e não angulosas (vistas de cima),
indicando boa largura de lombo. A musculatura exterior deve ser sólida, não exagerada,
pois ao contrário compremeteria a facilidade do parto.
16. Mãos: Médias, bem aprumadas.
17. Pele: De espessura fina, com pelo suave e curto.
18. Testículos: Bem caídos e sem excesso de gordura escrotal. Quanto a medida, ver tabela.
19. Ubere: De tamanho médio, não excessivamente coberto de pelos, corretamente
conformados e implantados, com quartos bem desenvolvidos e simétricos e com mamilos
finos de tamanho médio.
Fonte: Associação Argentina de Angus – 2000
Obs.: Tradução livre. A numeração da figura foi alterada em relação ao original porque não
correspondia com o texto.
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