Cardiopatia congénita (CC) é a doença na qual há
anormalidade da estrutura ou função do coração,
que está presente desde a fase fetal, mesmo que só descoberta no nascimento
ou muito mais tarde.
Comunicação interatrial (CIA) Comunicação interventricular (CIV) Persistência do canal arterial (PCA) Comunicação átrio-ventricular. Truncus arteriosus Ventrículo único Fístula coronária artério-venosa. Origem anômala de artéria coronária. Aneurisma do seio de Valsalva. Coarctação de aorta Hipoplasia do arco aórtico. Estenose congênita da válvula aórtica. Hipoplasia do coração esquerdo. Insuficiência congênita da válvula aórtica. Atresia da veia pulmonar Estenose da veia pulmonar. Cor triatriatum. Estenose congênita da válvula mitral. Insuficiência congênita da válvula mitral. Fístula artério-venosa pulmonar. Estenose periférica da artéria pulmonar. Obstrução intraventricular direita. Tetralogia de Fallot. Atresia da válvula tricúspide. Anomalia de Ebstein. Transposição completa dos grandes vasos. Conexão anômala das veias pulmonares…
Defeito de gene único. Associada a doenças do tecido conjuntivo
como na Síndrome de Marfan. Associada a erro inato de metabolismo, como
na Homocistinúria. Anormalidades nos cromossomas, como na
Trissonomia 21 (Síndrome de Down). Anormalidades associadas a Teratogenia,
como na Rubéola ou toxicidade por Álcool etílico.
INVESTIGAÇÃO SOBRE A SOBREVIVÊNCIA SHORT-TERM DE PACIENTES JOVENS COM CC.
CONHECIMENTO SOBRE O PROGNÓSTICO LONG TERM DE ADULTOS COM CC.
ELEVADA MORTALIDADE EM ADULTOS JOVENS.
FACTORES DE RISCOS MAJOR MORTALIDADE COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA & MORTE SÚBITA. NECESSIDADE EMERGENTE DE INVESTIGAÇÃO & GUIDELINES INTERNACIONAIS.
Morte Súbita
InsuficiênciaCardíaca Crónica
Vascular não-cardíaca
Vascular
Cardíaca várias
Gráfico 1 – Causas de Morte em pacientes CONCOR ( Dutch CONgenital CORvitia national registry for adults with CHD), n= 197. Nos pacientes de morte súbita, arritmia foi confirmada como maior causa de mortalidade. Cardíaca: Pre-cirurgia 14, endocarditis 11, infarte do miocárdio 10 e ruptura de baffle. Vascular: hemorragia 10, AVC 9, disseçao ou ruptura da aorta 6 e embolismo pulmonar. Vascular não-cardíaca: maligna 18, pneumonia 8, peritonitis 5, outras infeções 4, insuficiência renal 3, outras causas 6, desconhecidas 1. From Carianne L. Verheugt et al. Mortality in adult congenital heart diseaset, EHJ 2010.
ASDVSDToFCoAASPSTGAMarfanBiAoVPAEbsteinAVSDcc - TGAPDAOther
Gráfico 2 – Distribuição Proportional das Cardiopatias Congénitas em 6933 pacientes. ASD, defeito septal auricular 17%; VSD, defeito septal ventricular 14%; ToF, tetralogia de Fallot 11%, CoA, coartação 10%; AS, estenose aórtica 10%, PS, estenose pulmonar 7%; TGA, transposiçao das grandes artérias 5%; Marfan, Sindrome de Marfan 5%; BiAoV, valvula aortica bicuspide 4%; PA, atresia pulmonar 2%; Ebstein, anomalia de Ebstein 2%, AVSD, defeito septal auriculoventricular 2%; cc – TGA, transposição congenitamente corrigida das grandes artérias 1%; PDA, persistência ductus arteriosus 1%; outras CHD n < 65 9%. From Carianne L. Verheugt et al. Mortality in adult congenital heart diseaset, EHJ 2010.
Conhecimento detalhado :
Morfologia Cardíaca&Vascular
PRESENTE
ECO = 1º método de eleição na avaliação
anatómica&funcional de pacientes mais
novos.
PASSADO
Cateterismo Cardíaco = gold
standard diagnóstico & tratamento CHD.
ECO
RMN
MRI
TAC
CT
ANGIO
German Heart Center, Kaemmer H
BENEFÍCIO-
CUSTO
LIMITAÇÕES
EVITAR RADIAÇÕES
IONIZANTES & TÉCNICAS INVASIVAS
Transtorácica 1º modalidade de escolha não-invasiva
Contraste, Stress, 3D, intravascular &intracardíaca, transesofágica
Real-time
Resolução Temporal
Estudo anatómico e morfologico
Estudo da função cardíaca
Avaliação
hemodinâmica rápida
Estudo vascular incompleto
Protocolo Específico & Guidelines Internacionais
Posição do coração, Situs atrial, Sistema venoso e conexão
atrios, Conexões AV e relação
ventriculos, Conexões VA e relação
grandes artérias.
Figura 1 – Plano Subcostal short axis , Guidelines and Standards for Performance of Pediatric Echocardiogram: A Report from the Task Force of the Pediatric Council of the ASE, 2006
Anomalias intra-torácicas* que limitam resolução US,
Avaliação do VD, Situs Visceral, Anatomia extracardíaca, Lesões do pericardio, Anatomia Vascular:
Veias pulmonares,
Veias sistémicas,
Artérias pulmonares,
Arco Aórtico,
Shunts, baffles e outros conductos cirúrgicos extracardíacos,
…
SPECT perfusion imaging
PET positron emission tomography
Perfusão tecidos Metabolismo
Miocardio viavel vs não viavel no pós-cirurgico:
Hiploplasia do coração
esquerdo,
Anomalias das artérias coronárias,
Switch arterial,
Doença de Kawasaki,
…
3D STRAIN
FLOW PARTICLE VELOCITY IMAGING
US VASCULAR DE ELEVADA RESOLUÇÃO
3D ECO DE ELEVADA FREQUÊNCIA
SERÁ O ECO 3D CAPAZ DE SUBSTITUIR O MRI NO ESTUDO VOLUMÉTRICO DO VD?
FUNÇÃO CARDÍACA AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA: Pre e Pós Avaliação Cirurgica
Limitações: dependência factores de
loading e frequência cardíaca
Morfologia 3D aberrante e excêntrica*
Novas técnicas = Imagiologia
Miocárdica – Strain/Strain Rate e Speckle tracking Verdadeira Contractilidade Intrínseca
do Miocárdio + Função Regional/Segmentar
Investigação a Long-Term do FU – Implementação na Prática Clínica
3D – Volumes VE&VD – EF % 1D Strain/Strain Rate** 2D Speckle Strain/Rate
Função Miocárdica: Global & Segmentar Phillips & GE
Longitudinal Circumferential Radial Torsão & Rotação
3D Speckle Tracking
4D – Volumes
TETRALOGIA DE FALLOT, EBSTEIN’S, HIPERTENSÃO PULMONAR SECUNDÁRIA A CC, HIPLOPASIA DO CORAÇÃO ESQUERDO, VENTRÍCULO ÚNICO…
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E MAU PROGNÓSTICO NA CC ESTÃO DIRECTAMENTE RELACIONADOS COM A DISFUNÇÃO DO VD.
RIGHT VENTRICULAR FUNCTION DECLINES AFTER CARDIAC SURGERY IN ADULT PATIENTS
WITH CONGENITAL HEART DISEASE. VAN DER ZWANN HB, ET AL, Academic Medical Centre, AMESTERDAM, AM J CARDIOL 2010.
FUNÇÃO VD : TAPSE e Tdi TV S’ em 185 PACIENTES OPERADOS
SIGNIFICANTE FVD no PÓS-CIRURGICO do CORAÇÃO DTO&ESQ: TAPSE – 22±5 Versus 13±3mm (P <0.01), RV S’ 11±4 Versus 8±2 cm/s (P < 0.01)
DISFUNÇÃO SEVERA VD – CIRURGIA da Válvula TRICUSPIDE RECUPERAÇÃO FVD – 18 MESES, MAS TAPSE MANTEM-SE <
NÃO HOUVE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA NA FUNÇÃO VE
VENTRICULAR DYSFUNCTION AND HEART FAILURE IN ADULTS WITH REPAIRED TETRALOGY OF FALLOT. Joshua A. Kailin, et al, Children´s Healthcare of Atlanta, GA, ASE 2012
ELEVADA PREVALÊNCIA&INCIDÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA EM PACIENTES ADULTOS COM TFO CORRIGIDA
MECANISMOS DE INTERAÇÃO BIVENTRICULAR??
QUAL A CONTRIBUIÇÃO RELATIVA VD Vs. VE no processo IC????
Disfunção VE está associada com IC Disfunção VD foi o maior factor de risco de IC
DISFUNÇÃO VE REPRESENTA UM FACTOR DE RISCO DE IC
QUANDO PRESENTE A DISFUNÇÃO DO VD
PARA O DESENVOLVIMENTO DE IC, SENDO A DISFUNÇÃO DO VD O FACTOR DECISIVO NA PREVISÃO DE IC.
MRI ( Método Referência) Vs. Real Time 3D ( Método > prático & acessível)
RT3DE & MRI Volumes & FE VD forma calculados 100 pacientes com CC
MRI : 21 pacientes com disfunção VD
RT3DE : 23 pacientes com disfunção VD, 95% sensitivity, 89% specificity Valores cutoff para prever disfunção VD:
Volume final-diastole indexado >105ml/m(2) Volume final-sistole indexado >54ml/m(2)
FE <43%
3D é uma técnica muito sensível para identificar disfunção VD em pacientes com CC e pode ser aplicada na prática clínica para excluir disfunção VD e fornecer informação
adicional e quantitativa na análise do VD.
Volume Overload no VD provoca alterações na função sistólica VD&VE
Dilatação VD e mudança na geometria ventricular e HP Impacto Negativo na função miocárdica segmentar e global do VD&VE
Global&Regional na Função Longitudinal 2D Strain e SR do VD na TOF e AE Função Longitudinal, Circumferential e Radial
Torsão do VE: basal & apical na Rotação e Torsão do VE
Estudo da Função Miocárdica Speckle Tracking do VD Global & Regional Strain
e SR – determinante no Timing de Intervenção Cirúrgica
Figura 2 – Quantificação da Função do VD. Apical 4C com amostra colocada no plano do anel da valvúla Tricupside (A), Tdi Velocidades (B), e Modo-M da TAPSE (C).
Figura 3 – 2D
Longitudinal Strain da free wall do VD num paciente com
função sistólica preservada (A) e
outro paciente com função VD
reduzida e GLS > -21% (B). Função regional e média
(linha a tracejado) representada pelas curvas gráficas de 2D Longitudinal tempo-strain da
free wall do RV, no lado direito da
figura.
Determination of Normal Values and Gender Related Changes in 3D LV Longitudinal Strain by Speckle Tracking in a Healthy Pediatric Cohort. Shawn D. Cupp, et al, All Children’s Hospital, FL, ASE 2013.
Incremental Predictive Value of LV EF obtained by MRI in patients with Heart Failure: Comparison with 3D Spcekle Tracking Echocardiography. Aasha S. Gopal, et al, Sweden.ASE 2013.
Utility of 3D Global Longitudinal Strain of the RV Free Wall using TTE for RV Systolic Function in Pulmonary Hypertension. Koya Ozawa, et al, Chiba University of Medicine, Japan, ASE 2013.
3D GLOBAL LONGITUDINAL STRAIN ( 3DGLS) PERMITE O ESTUDO DA FUNÇÃO DE TODO O MIOCÁRDIO – VERDADEIRA FUNÇÃO GLOBAL MIOCÁRDIA VALORES NORMAIS DE 2DGLS & 3D GLS SEM DIFERENÇAS SIGNIFICANTIVAS COM O GÉNERO NUMA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA SAUDÁVEL DE 115 PACIENTES
Em pacientes com HP, 3DGLS free wall do VD teve uma correlação significante e mais negativa com o 3D RV FE do que 3DGLS de todo o VD, e pode ser um parâmetro indicador da função do VD.
Age (Years)
Male, 2DGLS ± SD
Female, 2DGLS ± SD
P value, Gender, 2DGLS
Male, 3DGLS ± SD
Female, 3DGLS ± SD
P value, Gender, 3DGLS
2 - <9 -15.1 ± 4.1 N= 16
-14.5 ± 3.8 N = 16 0.66 -16.5 ± 3.8 N= 16 -16.0 ± 3.5 N= 16 0.73
≥9 - ≤ 13 -14.0 ± 4.5 N= 21
-14.0 ± 5.1 N= 13 0.99 -14.7 ± 3.7 N= 21 -15.0 ± 4.1 N= 13 0.84
> 13 -15.1 ± 3.3 N= 34 -13.8 ± 3.7 N= 15 0.86 -14.1 ± 3.2 N=34 - 14.3 ±2.4 N= 15 0.79
Advanced Cardiovascular Sonographer: A proposal of the ASE of Echocardiography Advanced Practice Sonographer Task Force, Carol Mitchell et al, 2009
Devido aos avanços na tecnologia surge a necessidade emergente de uma nova carreira professional mais qualificada na prática clínica Ecocardiográfica
Bacharelato em Ciências Médicas ▪ Ultrassonografia Médica
▪ Sonografia de Diagnóstico Médico
▪ Sonografia Cardiovascular*
▪ Ecocardiografia*
ARDMS ou CCI
5/3* anos experiência profissional full-time
Demonstração scanning avançado, interpretação independente e skills de interação clínica
ARDMS, American Registry of Diagnostic Medical Sonographers;
CCI, Cardiovascular Credentialing International
Consultas Clínicas conduzidas independemente por ecosonógrafos pediátricos especializados e avançados são seguras e úteis na gestão clínica de pacientes com suspeita de CC, nomeadamente em hospitais distritais, através:
Redução de visitas desnecessárias a clínicas de cardiologia pediátrica,
Maior segurança acompanhamento familiar,
Ajuda no diagnóstico diferencial em doentes críticos.
Top Related