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CENTRO DE ARTE INDEPENDENTE DE CURITIBAreinterpretando uma edificação pré-existente
8/8Centro de Arte Independente de Curitiba
O que este projeto propõe questionar é: o que pode ser um museu? Durante a investigação deste tema surgiram diversos tópicos não comumente explorados dentro de um ambiente tradicional de arte, como a possibilidade do espaço somente oferecer a temporalidade das obras expostas (sem o acervo permanente), a possibilidade do espaço aliar a produção da arte com a exibição, o que nos leva a última questão, a do espaço se oferecer como incubador de ideias, tratando de artistas que ainda estão com sua arte em construção. Estes pontos são introduzidos, e de uma certa maneira emprestados, do circuito não tradicional de arte – os espaços de arte independente/coletivos de artistas. Em Curitiba, os espaços museais e de galeria, encontram-se pouco inovadores, enquanto que os espaços de coletivos de artistas trazem um tipo de arte mais temporária, híbrida e experimental. Contundo estes espaços não são acessíveis para pessoas que não estão ligadas diretamente a curadoria ou as artes. O objetivo do Centro de Arte Independente é ser a ponte entre o circuito tradicional de arte e os coletivos de artistas.
Pré-existência
O local escolhido se encontra numa região central em Curitiba entre a rua São Francisco e a rua Alfredo Bufren, o terreno possui um edifício abandonado. No início de 2014 até maio de 2015, o edifício foi ocupado pela Ocupação Cultural Espaço da Liberdade (OCEL), esta ocupação promovia o prédio como ponto de cultura, com a inserção de uma biblioteca pública, peças de teatro e eventos que eram favoráveis aos coletivos e movimentos sociais de Curitba. Assim como a ocupação, este Centro de Arte também se aproveita do caráter boêmio e da tensão artística da Rua São Francisco, permanecendo com a premissa de espaço comunitário, antagonizando o elitismo das portas de vidros dos museus tradicionais, e se propondo como uma extensão do espaço público. No que diz respeito a própria edificação, o projeto foi concebido com a ideia de reinterpretação da pré-existência, visando revelar a tensão do abandonado com o novo, baseando-se na noção de vazio por Solà-Morales: “Vazio, portanto, como ausência, mas também como promessa, como encontro, como espaço do possível, expectativa”, assim como em obras de Nelson Félix e Gordon Matta Clarck.
IMAGENS DO TERRENO COM A EDIFICAÇÃO E ACESSO PELA RUA SÃO FRANCISCO
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LEVANTAMENTO REGIÃO CENTRAL
N
ESTUDO DO TERRENO
Narrativa nos espaços de arte
As questões do corpo, ação e a narrativa nos espaços de exibição foram muito investigadas durante o processo deste trabalho. O conceito central do projeto parte da narrativa pendular, com a ideia de algo que está oscilando - ora consciente, ora inconsciente. Entende-se que a inconsciência é atingida quando o sujeito se encontra num ambiente familiar ou repetitivo, enquanto que a consciência acontece num espaço estranho/fenomenológico ou quando oferece possibilidades, exigindo uma ação do sujeito. Neste ‘museu’ buscou-se o equilibrio a partir: possibilidade de caminhos; narrativa dentro-fora; arquitetura de diferente porosidade.
PASSAGEM DIFICULTADA DEFINIÇÃO DO EIXO PARA AMPLIAÇÃO DE ACESSO CRIAÇÃO SUBSOLO
ACESSO (PERMANECE O MESMO) ESTUDO PARA RETIRADA DE PAVIMENTO PAVIMENTOS QUE PERMANECEM E FUNÇÕES
ESTUDO PARA RETIRADA DE PILARES PILARES QUE PERMANECEM (COM ENCAMISAMENTO EM AÇO) E ADIÇÃO DE VIGAS DE AÇO
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residência artística
ateliê/exposição
administração
multiuso + auditório
praça
ateliê/exposição
ateliê/exposição
térreo
subsolo (teatro + I.S)
INTERVENÇÃO DO PERCURSO NO EDIFÍCIO
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ATELIÊ/EXPOSIÇÃO I
CORTE B
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO II
PRAÇA
SALA MULTIUSO
AUDITÓRIO
ADMINISTRAÇÃO
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO III
RESIDENCIA ARTÍSTICA
FIM DA NARRATIVA CASA DE
MÁQUINAS
CÉLULA CAIXA D´ÁGUA
SUBSOLO/TEATRO
ATELIÊ EXPOSIÇÃO I
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO II
PRAÇA
SALA MULTIUSO
AUDITÓRIO
ADMINISTRAÇÃO
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO III
RESIDENCIA ARTÍSTICA
CORTE A
TEATROPALCO MECÂNICO
RUA SÃO FRANCISCO
RU
A PRESID
ENTE FAR
IA
EXPOSIÇÃO
CAFÉ
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1:250
N PLANTA TÉRREO NPLANTA SUBSOLO (TEATRO + I.S)
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO I
CORTE B
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO II
PRAÇA
SALA MULTIUSO
AUDITÓRIO
ADMINISTRAÇÃO
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO III
RESIDENCIA ARTÍSTICA
FIM DA NARRATIVA CASA DE
MÁQUINAS
CÉLULA CAIXA D´ÁGUA
SUBSOLO/TEATRO
ATELIÊ EXPOSIÇÃO I
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO II
PRAÇA
SALA MULTIUSO
AUDITÓRIO
ADMINISTRAÇÃO
ATELIÊ/EXPOSIÇÃO III
RESIDENCIA ARTÍSTICA
CORTE A
PROJEÇÃOLAJE SUPERIOR
CORTINA TRANSLÚCIDA
TEATROPALCO MECÂNICO
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SUBSOLO ATELIÊ/ ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO
1:250
N ATELIÊ/ ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO I N ATELIÊ/ ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO II
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PROJEÇÃO AUDITÓRIO
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PRAÇA RESIDÊNCIA ARTÍSTICAIMAGEM AUDITÓRIO E MULTIUSO
N PRAÇA N PLANTA MULTIUSO N AUDITÓRIO
PROJEÇÃOCOBERTURA
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ELEVAÇÃO 01 ELEVAÇÃO 04ELEVAÇÃO 02 ELEVAÇÃO 03
N N NPLANTA ESPAÇO ADMINISTRATIVO ATELIÊ/ ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO III RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
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PISO EM PEDRA PORTUGUESA ASSENTADA SOBRE CAMADA DE AREIA
PERFIL METÁLICO SEÇÃO “I” 75X30
CAMADA DE REGULARIZAÇÃO;PISO CIMENTO QUEIMADO
PISO ELEVADO PARA CABEAMENTO
FORRO EM GESSO ACARTONADO
PISO ELEVADO PARA CABEAMENTOLAJE DO PASSEIO PARA NARRATIVA
CAMADA DE REGULARIZAÇÃO; CAMADA DE SEIXO; LAJETA TRANSITÁVEL
COBERTURA VEGETA: GRAMA; SUBSTRATO ESPECIAL (ENVEC); MEMBRANA ANTIRRAIZ; ARGAMASSA DE REGULARIZAÇÃO; CAMADA
SEPARADORA; ISOLAMENTO TÉRMICOCASA DE MÁQUINAS
JARDIM/FIM DO PERCURSO
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Elevador : esquema gráfico
A imagem a direita ilustra a imagem da vista quando se utiliza o elevador , que foi imaginado como uma caixa com uma janela transparente para a fachada norte, com o intuito de observar a cidade em andares específicos (com quebra na alvenaria). nas partes concretadas, a existencia de grafite já acontece, tornando-se uma exibição.
Encamisamento metálico
Para solucionar a questão das retiradas dos pavimenos na edificação pré-existente, os pilares permanentes são encamisados por um aço, que fortalece a estrutura, pois ele cria uma espécie de exoesqueleto, substituindo ou fortalecendo os pilares existentes.
FIM DA NARRATIVA
SEÇÃO CONSTRUTIVA1:75
CORTE ESTRUTURA PERCURSO
N PLANTA DE COBERTURA
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