OCUPAÇÃO E MISSÃO DOS ESPÍRITOS E ESCOLHA DAS PROVAS
CICLO II- A/B 08/17/2011CLEA ALVES / GISA DINIZ
ESCOLHA DAS PROVAS
ESCOLHA DAS PROVAS
PROVAS, em linguagem espírita, são situações que nos servem
de aprendizado ou testam
nossa capacidade.
A Providência Divina nos faz passar por provas porque são
necessárias ao nosso progresso
intelecto-moral.
Sem as provas, não atingiríamos o pleno desenvolvimento de nossas
potencialidades nem teríamos
merecimento para usufruirmos os benefícios da perfeição alcançada.
A vida corpórea nos enseja certo tipo de provas indispensáveis ao nosso progresso espiritual.
Segundo o Espiritismo, as tribulações da existência física não são impostas por Deus ao ser humano, uma vez que o próprio Espírito escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio. Contudo, nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem.
A escolha das provas: em que
consiste?
ESCOLHA DAS PROVAS
Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
.
Ele próprio escolhe o gênero de provas por que
há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio
ESCOLHA DAS PROVAS
O que é que dirige o Espírito na
escolha das provas que queira passar?
Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa. Uns,portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações,objetivando suportá-las com coragem;
Outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação
Muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contacto com o vício.
ESCOLHA DAS PROVAS
A escolha das provas, de maneira livre e
consciente pelos espíritos desencarnados, só é possível quando o espírito tem um certo
grau de conhecimento, discernimento e
qualidades morais para tal
Na realidade, não haveria necessidade nenhuma de que
os espíritos pudessem, na erraticidade, "escolher"
provas e expiações, pois a Lei de Causa e Efeito, a Lei de Ação e Reação, a Lei de Justiça já registraram no perispírito e na mente do
espírito as energias e tendências que o farão enfrentar as provas e
expiações que necessite passar.
“Pode um espírito escolher, como prova
para sua próxima encarnação, nascer entre criminosos?”
ESCOLHA DAS PROVAS
Se tivermos condições evolutivas para tanto, nós mesmos poderemos escolher
o gênero de provas pelas quais haveremos de passar.
Escolhemos, apenas, o gênero das provações e não as coisas todas e mínimas de nossa vida terrena. As
particularidades correrão por conta da posição em que nos acharmos e de
como as formos enfrentando
ESCOLHA DAS PROVAS
Para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências são
necessários: oarrependimento, a EXPIAÇÃO e a
reparação.
Arrependimento, por si só não basta para a reabilitação mas é
o primeiro passo. Suaviza as angústias da expiação e, aliado à
esperança, abre o caminho para que o espírito se recupere.
EXPIAÇÃO : Consiste nos sofrimentos físicos e morais conseqüentes à falta,
seja na vida atual ou na espiritual, após a morte ou, ainda, em nova existência
corporal.
Varia segundo a natureza e gravidade da falta. A mesma falta
pode acarretarexpiações diversas, conforme as
circunstâncias atenuantes ou agravantes, em que for cometida. Não
há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e
duração da expiação. A única lei geral é que toda falta terá que ser retratada, e terárecompensa todo ato meritório,
segundo o seu valor.
Deus também não apressa a expiação. Mas se o espírito não
se mostra apto acompreender o que lhe seria
mais útil, Deus pode lhe impor uma existência
que vai servir para a sua purificação e progresso
Reparação.
Consiste em:
1) Fazer àqueles a quem se prejudicou, tanto bem quanto mal se
lhes tenha feito;
2) Realizar o que deveria ter sido feito e foi descurado. Ex.: cumprir
deveres desprezados, missões não preenchidas.
A reparação, enfim, é praticar o bem em compensação ao mal praticado.
Tornar-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi severo,
caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso, se se
tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido
intemperante.
Quem não repara seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade,
terá de fazê-lo numa próxima reencarnação.
ESCOLHA DAS PROVAS
A escolha da prova, entretanto, não tem caráter absoluto, uma vez que Deus […] pode impor certa existência a um Espírito, quando este,pela sua inferioridade ou má- vontade,
não se mostra apto a compreender o que lhe seria mais útil.
A prerrogativa de o Espírito escolher as provas da existência carnal está sempre em
consonância com as suas condições de fazer uma escolha correta, com vistas aos próprios
interesses espirituais.
ESCOLHA DAS PROVAS
ENFRENTANDO O DESTINO
O único destino fatal que Deus criou para todos os Espíritos é o de se aperfeiçoarem incessantemente, usufruindo cada vez mais felicidades. Porém, ao longo das existências, cada qual construiu para si mesmosituações, necessidades e deveres particulares. Esse é o seu destino pessoal. Tendo escolhido ou não as nossas provas, lancemo-nos à boa luta
da evolução em que o espírito ordena e o corpo obedece, evitando ou suportando o mal e construindo o bem.
ESCOLHA DAS PROVAS
O QUE EU PENSO SER MAIS IMPORTANTE É PODER SAIR DESTA
EXISTÊNCIA MELHOR DO QUE O MOMENTO QUE ENTREI.
CHICO XAVIER
OCUPAÇÃO E MISSÃO DOS ESPÍRITOS
Ocupação e Missão dos Espíritos
A MISSÃO DE CADA UM
• MISSÃO: significa obrigação, compromisso, dever a cumprir, função, encargo, incumbência, ocupação (para o bem).
Nós temos em nosso currículo espiritual certas atividades que poderiam
ser chamadas de “missão”. Isto é, algo que nos comprometemos a fazer quando
encarnássemos e precisamos nos conscientizar que essa atividade nos foi programada para nossa elevação espiritual ou resgate de antigos débitos do passado
562. Os Espíritos da ordem mais elevada, nada
mais tendo a adquirir, entregam-se a um repouso
absoluto ou têm ainda ocupações?
Que querias que eles fizessem por toda a
eternidade? A eterna ociosidade seria
um suplício eterno.
562-a. Qual é a natureza de suas ocupações?
Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las por todo o Universo e velar
pela sua execução
563-a. Concebe-se isso para os bons Espíritos; mas acontece o mesmo
com os Espíritos inferiores?
- Os Espíritos inferiores têm ocupações apropriadas à
sua natureza.- Confiais ao trabalhador braçal e ao ignorante os
trabalhos do homem culto?
230-O espírito progride no estado errante?
Pode melhorar-se bastante, sempre de acordo com a sua
vontade e o seu desejo;… mas é na existência corpórea
que ele põe em prática as novas idéias adquiridas
568. Os Espíritos que têm missões a cumprir,
cumprem-nas em estado errante ou encarnado?
- Podem fazê-lo num e noutro estado. Para certos Espíritos errantes, essa é
uma grande ocupação.
Ocupação e Missão dos Espíritos
571. Só há Espíritos
elevados no cumprimento de
missões?
A importância das missões está em relação
com a capacidade e a elevação do Espírito.
O estafeta que leva um
despacho cumpre também uma missão,que
não é a do general.
572-a. A mesma missão pode ser
pedida por muitos Espíritos?
Sim, há sempre muitos candidatos, mas nem
todos são aceitos
Como se pode reconhecer que um
homem tem uma missão real na
Terra?
Pelas grandes coisas que ele realiza, pelo
progresso que faz os seus
semelhantes realizarem
Ocupação e Missão dos Espíritos
580. O Espírito que se encarna para cumprir uma missão tem o mesmo receio daquele que o faz como prova?
Não; Ele tem
experiência
573 Em que consiste a missão
dos Espíritos quando
encarnados?
Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento,
melhorar suas instituições pelos meios diretos e
materiais;
Tudo se encadeia na Natureza;
Cada um tem sua missão na Terra, cada um pode ser
útil para alguma coisa.
Ocupação e Missão dos Espíritos
582 Pode a paternidade ser
considerada uma missão?
É, sem dúvida, uma missão...Deus colocou a criança
sob a tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho
do bem;Se esse fracassa por erro deles,
carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida
futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento
no caminho do bem.
Qual é a minha
missao? Nossa missão principal é conosco, o nosso melhoramento espiritual (a melhora das nossas atitudes e pensamentos). Em seguida vem a nossa missão com o grupo onde estamos inseridos, seja no lar, na escola, na comunidade
Deus, em sua soberana justiça, nos legou o trabalho como instrumento de aperfeiçoamento, ao qual todos fatalmente estamos predestinados.
Assim, nunca há interrupção na atividade dos espíritos. Estejam encarnados ou desencarnados, sempre haverá o que fazer, o que
aprender.
Ocupação e Missão dos Espíritos
..., se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a
civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente
nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da humanidade.
Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a
sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de
separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz.
Está registrado no prefácio do livro “Brasil - Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, pelo espírito Humberto de Campos e Psicografado por Francisco Cândido Xavier (o prefácio foi escrito pelo espírito Emmanuel):
Ocupação e Missão dos Espíritos
“O Brasil não está somente destinado a suprir as
necessidades materiais dos povos mais pobres
do planeta, mas, também, a facultar ao mundo
inteiro uma expressão consoladora de crença e de
fé raciocinada e a ser o maior celeiro de
claridades espirituais do orbe inteiro.”
Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos.
291. Além da simpatia geral, oriunda da
semelhança que entre eles exista, votam-se
os Espíritos recíprocas afeições particulares?
Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que
mais forte é o laço que prende os Espíritos uns
aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não
se acha exposto às vicissitudes das paixões.”
293. Conservarão ressentimento um
do outro, no mundo dos Espíritos, dois
seres que foram inimigos na Terra?
Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos.
Não; compreenderão que era estúpido o ódio que se votavam e pueril o motivo que o inspirava. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, enquanto se não purificam.
294. A lembrança dos atos maus que
dois homens praticaram um contra o outro
constitui obstáculo a que entre eles reine
simpatia?
“Essa lembrança os induz a se
afastarem um do outro.”
Dois Espíritos simpáticos são
complementos um do outro ou essasimpatia é o
resultado de uma afinidade perfeita?
- A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de
seus instintos; se um devesse completar o outro, perderia a sua
individualidade.
298. As almas que devem unir-se estão predestinadas a essa
união, desde a sua origem, e cada um de nós tem, em alguma
parte do Universo, a sua metade, à qual um dia se
unirá fatalmente?
Não; não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre todos os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, e a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos.
Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos.
299. Em que sentindo se deve entender a palavra metade, de
que certos Espíritos se servem para
designar os Espíritos simpáticos?
A expressão é inexata; se um Espírito fosse a
metade de outro, uma vez
separado estaria incompleto
Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos.
A teoria das metades eternas é uma imagem que representa a união de dois Espíritos simpáticos. É uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar, e que não deve ser tomada ao pé da letra.
Os Espíritos que dela se servem não pertencem à ordem mais elevada. A esfera de suas idéias é necessariamente limitada, e exprimem o seu pensamento pelos termos de que se teriam servido na vida corpórea.
É necessário rejeitar esta idéia de que dois Espíritos, criados um para o outro, devem um dia fatalmente reunir-se na eternidade, após terem permanecido separados durante um falso de tempo mais ou menos longo. - Allan Kardec
De Allan Kardec:
"O Céu e o Inferno”- Código Penal da Vida Futura
"O Livro dos Espíritos”
- "Emmanuel” - Francisco C. Xavier - Dos Destinos.
BIBLIOGRAFIA
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