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A Geografia no apoio deciso em situaes de
emergncia
Jorge Xavier da Silva
Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroAv. Athos da Silveira Ramos, 274 - Bloco I-001
Cidade Universitria - Rio de Janeiro - RJ - Brasil+55 21 9951-6651
Tiago Badre Marino
Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroInstituto de Agronomia - Departamento deGeocincias BR-465, Km 7 - Seropdica - Rio de
Janeiro - Brasil+55 21 8737-4715
RESUMO
Com a misso de fornecer dados confiveis para as atividades de suprimento
de gua nas operaes de combate a incndios de mdio e grande porte, o Grupo
Ttico de Suprimento de gua para Incndio (GTSAI) representa um brao
importante do apoio ttico e estratgico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Rio de Janeiro.
Agindo de forma proativa, o GTSAI elaborou o Plano de Gerenciamento de
Recursos Hdricos, com objetivo de levantar, dentro de cada jurisdio das unidades
de bombeiros da cidade do Rio de Janeiro, os recursos hdricos que possam auxiliar
por ocasio das suas diversas misses de Defesa Civil. Para esse objetivo, passou
a utilizar tcnicas de Geoprocessamento, a partir de uma associao com oLAGEOP (Laboratrio de Geoprocessamento), situado no Departamento de
Geografia do Instituto de Geocincias do Centro de Cincias Matemticas da UFRJ.
O Plano prev o cadastramento do poder operacional existente dentro de cada
unidade (efetivos, viaturas e equipamentos especficos, juntamente com
conhecimento sobre a natureza e condies de funcionamento de hidrantes), e
tambm um levantamento detalhado de reas ditas crticas, para definio de
medidas especiais de apoio s aes relativas a emergncias ambientais em queestejam envolvidas as citadas reas crticas (hospitais, igrejas, escolas, indstrias
qumicas, entre outras).
O sistema encontra-se em pleno funcionamento no CBMERJ (Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro) no Estado do Rio de Janeiro, onde j
existem bases de dados e programas funcionando em 108 unidades (grupamentos).
Por questes de segurana, possvel acessar apenas para visualizao os dados
j cadastrados e qualquer alterao nos mesmos somente pode ser executada porpessoal autorizado. Para acessar o sistema para simples visualizao dos
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resultados, o endereo www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorh, com login visitante e
senha visitante.
1. Apresentaes
1.1. O temaA coleta de dados cada vez mais numerosos e diversificados traz tona o
problema de se apresentarem esses registros de ocorrncia sob vrias formas
numricas, textuais, figurativas (mapas rudimentares e fotos, inclusive) e serem
aportadas ao sistema por diferentes mdias. Torna-se necessrio criar os meios de
organiz-los, trat-los e apresent-los em seus contextos taxonmico e territorial,
para se obter um conhecimento coordenado da realidade, ou seja, transformar os
dados em informao geoincluda. Entenda-se Geoincluso como a inserocuidadosa de uma iniciativa modificadora de condies ambientais dentro das
possibilidades e limitaes existentes no ambiente em que a modificao ser
executada, de forma a minimizar as probabilidades de desastres ambientais futuros
(XAVIER-DA-SILVA, 2010).
A falta de dados, no passado, foi um grande obstculo, um impedimento para
aes e investigaes ambientais. Hoje ocorre um excesso de dados, abrangendo
inmeras variveis e exigindo cautela para que sejam apoiadas e geradas, tambm,
pesquisas voltadas para objetivos sociais eticamente colimados. Caso contrrio,
pode acontecer que sejam produzidas, apenas e constantemente, investigaes
densas, por vezes de restrito valor, por alguns administradores muito bem
consideradas para fins de construo de currculos sobrecarregados de numerosos
pequenos artigos. No caso das investigaes aqui consideradas, dirigidas para o
apoio deciso em operaes de combate a emergncias ambientais, preciso
entender de forma clara sua estrutura de conceitos, mtodos e tcnicas, o que
permite analisar com propriedade os fatores envolvidos nas misses de defesa civil,
de forma que o curso das aes efetuadas esteja prvia e corretamente apoiado,
sem excessos poluentes de dados, sempre visando a minimizao das chances de
perdas materiais e de vidas.
1.2. O sistema VICON/SAGA/UFRJ
Trata-se de um SIG idealizado e desenvolvido pelo Laboratrio de
Geoprocessamento da UFRJ, que hoje atua em diversas linhas de aplicao. Estas
http://opt/scribd/conversion/tmp/scratch16318/www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorhhttp://opt/scribd/conversion/tmp/scratch16318/www.viconsaga.com.br/cbmerj/pgorh8/6/2019 CIG-018 Jorge Xavier Da Silva
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linhas abrangem desde a gesto de recursos de uma propriedade rural, catalogando
todos os eventos e entidades nela ocorrentes e os relacionando para fins de
previses financeiras, at aplicaes pedaggicas e de administrao escolar. O
sistema tambm tem sido empregado na gesto de informaes em desastres, em
parceria com o CENACID/UFPR (Centro Nacional de Apoio Cientfico em Desastres
da Universidade Federal do Paran), entidade da qual participam dezenas de
pesquisadores de universidades do todo o pas. O centro tem mais de 10 anos de
experincia em apoio a emergncias ambientais, tendo atuado em muitos desastres
usando uma verso do VICON/SAGA especialmente criada pelo LAGEOP/UFRJ.
So exemplos de ocasies destas aplicaes: enchentes na Bolvia e Equador,
terremotos no Peru, Chile e Haiti, alem de diversos atendimentos pelo Brasil,
inclusive no maior desastre ambiental brasileiro, ocorrido nas serras prximas ao Rio
de Janeiro, em 2011(vide Figuras 1,2 e 3). O CENACID tem reconhecidos mritos
tcnicos e humanitrios e foi agraciado pela ONU com o Green Star Award (maiores
detalhes em http://www.cenacid.ufrpr.br/).
http://www.cenacid.ufrpr.br/http://www.cenacid.ufrpr.br/8/6/2019 CIG-018 Jorge Xavier Da Silva
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Figura 1 - Sistema VICON/SAGA, verso Desastres, em operao no desastre ambiental decorrente das
chuvas de janeiro de 2011 Terespolis Estado do Rio de Janeiro.
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Figura 2 - Detalhe de um registro armazenado no sistema VICON/SAGA Armazm de suprimentos, comsuas caractersticas relevantes emitidas em relatrio, tais como foram obtidas durante a emergncia
ambiental.
Figura 3 - Viso 3D de dados obtidos durante a Operao Terespolis 2011 Total: 224 registros
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Figura 4 - Viso geral dos dados registrados na misso CENACID Terremoto Haiti (2010)
O sistema tambm permite anexar arquivos de quaisquer formatos aos
registros de ocorrncias, possibilitando a um aluno, por exemplo, postar a gravaode um vdeo com entrevista realizada, imagens do local, cpias de documentos,
depoimentos especficos de testemunhas, etc.
Desenvolvido em PHP com banco de dados MySQL, trata-se uma plataforma
web que utiliza o Google Maps API - Aplication Programing Interface (BOULOS,
2005) como base de dados, o que torna o sistema multiplataforma (opera atravs de
navegador, independente do sistema operacional), e com abrangncia planetria
( base de dados Google). O sistema tambm contempla um esquema de segurana,
com polticas de senhas e nveis de permisses aos usurios (descrito a seguir),
emite relatrios em forma de PDF, Excel, KML Google, HTML, Mapas e formato
Raster/TIFF e SHP. Consultas com filtro podem ser aplicadas como, por exemplo,
Todos os hidrantes de coluna com funcionado, com vazo superior a 300 lts/min no
raio de 500 metros do endereo Avenida Atlntica, 2000 Copacabana).
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Figura 5 - Recursos hdricos disponveis - Rveillon 2010/2011 em Copacabana Rio de Janeiro - Brasil
Esta aplicao esta disponvel na rede, trabalhando atravs de um sistema de
acesso, onde cada usurio credenciado tem uma senha de acesso.
Para fins de segurana, diversos nveis de utilizao do sistema foram
estipulados:
Gerente de projeto: capaz de incluir e excluir usurios, visualizar, editar
e inserir e excluir registros.
Operacional 3: capaz de visualizar, editar e inserir e excluir registros
Operacional 2: capaz de visualizar e editar
Operacional 1: capaz de visualizar
Na presente aplicao, a partir desta estrutura de nveis de acesso
informao, a hierarquia de controle mantida, ao mesmo tempo em que o fluxo de
informao pode acontecer tambm de forma transversal. Assim sendo, pode haver
restries de acesso e controle de acordo com a posio ou funo de cada usurio,
permanecendo aberta, entretanto, a possibilidade de conhecimento de cada um
participante sobre que ocorre nas demais jurisdies. Esta caracterstica
importante por trazer presteza obteno de auxlio ttico, como em casos de
eventos de grande magnitude onde o poder operacional (capacidade de atuao) de
uma entidade no suficiente para a superao da emergncia ambiental. O
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exemplo mais flagrante desta necessidade de ao conjunta so as inundaes ao
longo de uma bacia de drenagem, que podem progressivamente abranger grandes
extenses territoriais, requerendo aes coordenadas entre entidades participantes,
com conhecimento imediato das iniciativas tomadas por cada uma e os respectivos
andamentos.
2. O apoio deciso em situaes ambientais de emergncia
Os problemas de logstica emergencial so numerosos e as decises relativas
s iniciativas a serem tomadas frente a uma emergncia devem ser tomadas no
ambiente de incerteza que normalmente cerca a ocorrncia de problemas de
emergncias ambientais. Como a localizao especfica de emergncias, para quem
est iniciando operaes de socorro, em princpio, pode estar situada em qualquer
ponto da jurisdio de um quartel, foroso que exista o maior conhecimento
possvel sobre a rea geogrfica abrangida. Este conhecimento ,
fundamentalmente, dirigido aos recursos hdricos disponveis e aos pontos crticos
que devero exigir ateno especial (hotis, hospitais, asilos).
No possvel executar qualquer ao independentemente de um referencial.
Em conseqncia, aqui denominado logstica emergencialo ramo do conhecimento
que, atravs de anlises e previses feitas em ambiente de carncia de dados einformao, procura ainda assim dar apoio informativo e operacional ao atendimento
a emergncias ambientais de toda ordem. Torna-se essencial a informao sobre as
localizaes e caractersticas das entidades e eventos envolvidos na situao
ambiental de emergncia. No caso dos bombeiros, a informao essencial refere-se
s relaes de proximidade entre o local da emergncia e os locais com recursos
hdricos disponveis (hidrantes, cisternas, piscinas, lagos e rios so exemplos), ao
que devem ser somadas as proximidades eventuais relativas a pontos crticos(creches, hospitais, asilos, prises). O carter aleatrio da ocorrncia de
emergncias exige um mapeamento prvio destas entidades ao longo do territrio de
responsabilidade de cada grupamento de bombeiros, ao que se soma o
conhecimento da rede de circulao viria, o qual pode ser usado em cmputos de
melhores trajetrias em termos de tempo. Ficam, assim, corretamente conjugadas a
utilizao de uma logstica preventiva, associada manuteno da validade da
informao contida na base de dados, com os clssicos e, por vezes dramticos,aspectos da logstica emergencial, sempre exercida em ambiente de incerteza.
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3. Um pouco de teoria ...
3.1. Conceitos
O embasamento terico para a criao deste programa foi desenvolvido no
LAGEOP/UFRJ. Ao considerar as relaes entre um evento e as entidades que porele possam ser afetadas, a metodologia de varredura e integrao locacional
adotada (Xavier-da-Silva, 2001) permite a construo de uma estrutura de dados
simplificada e diretamente til como apoio deciso. Os conceitos de entidade e
evento como primitivas ambientais mostram o seu valor pragmtico, deixando de ser
simples consideraes axiomticas. Essas construes tericas associadas s
dimenses espao e tempo definem de imediato, no referencial adotado, as relaes
espaciais entre, por exemplo, um incndio, pontos crticos e corpos lquidos(possivelmente disponveis) prximos a ele. Pode-se acrescentar que, no exemplo, o
conhecimento objetivo da realidade ambiental foi usado em um quadro de logstica
emergencial, nada impedindo, entretanto, o uso desta perspectiva metodolgica em
situaes de logstica preventiva, como o caso, no exemplo acima citado, das
provises para manuteno adequada da rede de hidrantes. Em ambos tratamentos
logsticos, priorizaes e decises importantes (ou mesmo cruciais, nos desastres
ambientais) quanto ao uso de efetivos, equipamentos e instalaes podem ser feitas
com um mnimo de racionalidade.
Os conceitos que foram operacionalizados neste trabalho, ou seja, ordenados
para conseguir os resultados obtidos, sero sumariamente apresentados a seguir:
Segundo Xavier da Silva (2001), fenmeno uma alterao perceptvel da
realidade, enquanto que dado um registro de ocorrncia de um fenmeno e
informao o ganho de conhecimento adquirido pela colocao dos dados em
adequada posio no referencial adotado, que pode ser um mapa, uma frmula ou
mesmo um texto. Destas definies decorre, forosamente, que a pesquisa consiste,
exatamente, na transformao de dados em informao.
No caso do exemplo citado, a velocidade de transformao deve ser alta,
existindo casos em que esta rapidez no ocorre ou no pode, por razes vrias, ser
conseguida. Neste caso, podem ser preventivamente elaborados, como atividades
constantes, nos perodos inter-emergenciais de relativa calmaria, pelos prprios
agentes de defesa civil, em ambiente de sadia discusso, planos de contingncia
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segundo grupo de atividades compreendeu a gerao das bases de dados
georreferenciados dos quartis, com as quais possvel, em qualquer lugar da
jurisdio de um quartel, identificar a presena de uma entidade ou evento com o
rigor necessrio para a atuao da defesa civil.
As entidades envolvidas foram classificadas e identificadas no mbito de cada
quartel e podem ser classificadas segundo diversos graus de relevncia,
diferenciando locais com depsitos de explosivos, combustveis, reas florestadas,
entre outros locais propcios ao agravamento da situao de emergncia, em
comparao com locais como praas e estabelecimentos comerciais, de diferente ou
menor gravidade, ou locais como asilos, hospitais e creches, locais crticos devido a
suas necessidades de evacuao. Vale repetir que essa classificao de entidades
relevantes permite, com certa facilidade, a priorizao de decises como solicitar
auxlio, evacuar locais julgados prioritrios, ou seja, considerar diversos aspectos
tticos de uma situao de emergncia.
Como pode ser depreendido de pargrafos anteriores, a metodologia
denominada VAIL permite o foco imediato sobre o que relevante na rea afetada
por uma emergncia. Ela est empregada pelo programa VICON/SAGA na
identificao e localizao de hidrantes (ou outros recursos hdricos) e de pontos
crticos no local da emergncia e reas vizinhas. Bases de dados georreferenciados
foram criada pelos quartis envolvidos na aplicao do programa, contendo as
identificaes e localizaes acima mencionadas, para uso em emergncias e
gerao de planos de manuteno dos equipamentos, particularmente os hidrantes..
O apoio a esta atuao de carter preventivo, condio necessria para o
funcionamento do programa, se fez atravs da transmisso, pelo GTSAI com o apoio
decisivo do LAGEOP/UFRJ,, das tcnicas de entrada de dados para os quartis.
Dentro da trilogia Conceitos, Mtodos e Tcnicas, que pervade qualquerinvestigao ambiental (seno qualquer pesquisa), importante lembrar que o
VICON/SAGA, programa desenvolvido no Laboratrio de Geoprocessamento da
UFRJ (LAGEOP) e suporte do projeto, pode ter inmeras aplicaes. A presente
aplicao a problemas de Defesa Civil, particularmente a incndios, tem
caractersticas de utilidade pblica e o aprendizado acadmico oriundo desta
iniciativa poder ser base para outras extrapolaes.
O VICON/SAGA direcionado ao Plano de Gerenciamento de RecursosHdricos j se encontra aplicado experimentalmente rea piloto da jurisdio do
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batalho de Copacabana (19 OBM), com a qual tm sido identificadas as
adequaes do projeto, tendo sido utilizado para informar os recursos hdricos
disponveis para qualquer emergncia nos rveillons de 2010 e 2011, festividades
que envolveram, cada uma, pelo menos, 1.500.000 espectadores de shows
pirotcnicos. Est em processo de difuso entre os demais grupamentos da
corporao.
Figura 6 - Exemplo de operao do sistema: Consulta de todos os recursos hdricos existentes no raio de300 metros do endereo Avenida Atlntica, 2000 Copacabana (eventual localizao de uma
emergncia). Resultados com o mapa, rota desde o quartel, registros de entidades e eventos e informaesde posicionamento e caractersticas de cada um tambm so fornecidas para a rea selecionada.
Com o presente projeto, que consolidar a operacionalizao do programa na
cidade do Rio de Janeiro, ter-se- criado uma base para a extenso do sistema a
todo o estado do Rio de Janeiro. Para atendimento a esta possibilidade, todo o
sistema est sendo projetado e programado de forma flexvel, a fim de permitir sua
adequao s necessidades de cada regio. Uma caracterstica importante deste
programa a de permitir circulao da informao em duas direes:
a) direo horizontal (ou transversal, segundo entendem alguns
pesquisadores, como a Professora Alba Maria F. Rossi, Coordenadora Geral de
Programas de Apoio Formao e Capacitao de Docentes da Educao Bsica
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do MEC comunicao oral) que uma direo de trnsito imediato da informao
armazenada entre todos os participantes do sistema. Trata-se de uma estrutura que
permite relacionamentos paralelos baseados no progressivo conhecimento mtuo
dos membros da rede, geradora de emulaes e intercmbio de conceitos e
procedimentos metodolgicos e tcnicos, tais como apoios a situaes crticas de
grande porte;
b) direo vertical, quando o fluxo de informao ocorre em dois sentidos: 1)
do topo para a periferia, representando a essncia operacional da cadeia de
comando, ou seja, a comunicao das ordens emitidas; 2) da periferia para o topo,
gerando as informaes necessrias s funes de vigilncia e controle (origem da
denominao VICON), ou seja como informao de apoio s decises a serem
tomadas.
4. Consideraes finais e concluses
Este projeto de transferncia de tecnologia no se destina apenas
representao por mapeamento digital de entidades e eventos existentes ou
prognosticados em cada jurisdio territorial considerada. Ele possibilita a
integrao de emergncias ambientais com os recursos disponveis, indicando aes
a serem tomadas e registrando, no tempo e no espao, atravs de relatrios de
grande acuidade, o resultado das decises por ele apoiadas, criando uma memria
do funcionamento de cada parte componente e da instituio como um todo. No
menos importante o apoio chefia, propiciado pelo sistema em seus diversos
nveis, desde o grupamento ou quartel at a chefia geral. Com esta estrutura de
atualizao descentralizada de dados, todos os nveis de comando passam a contar
com elementos orientadores de medidas de correo, planejamento e gesto de
suas jurisdies e respectivos ambientes, em seus aspectos fsicos, biticos (sade
pblica), sociais e econmicos julgados relevantes.
Uma contribuio do presente projeto refere-se avaliao do desempenho
geral e especfico dos quartis envolvidos, atravs do acompanhamento de suas
aes. Este um controle importante, pois a verticalidade da circulao do
conhecimento do que est se passando junto a seus subordinados essencial ao
comando. Com a presente aplicao so geradas condies de julgar o
desempenho de comandados em situaes crticas, como so as enfrentadas por
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entidades militares ou de defesa civil. importante acentuar, entretanto, que a
disponibilizao da informao diretamente entre os quartis permite tomar
conhecimento rpido de iniciativas seletivas quanto a atribuies de tarefas,
mobilizaes e transferncia de pessoal e aquisio de equipamentos, entre outras
iniciativas Em termos de adequao a modificaes ocorridas pelo envelhecimento
das jurisdies atribudas s unidades, os conhecimentos armazenados no sistema
podero ser utilizados na investigao da validade das jurisdies de quartis com
relao aos problemas de emergncias que nelas esto ocorrendo e que podem
estar hoje se acentuando. Devido perda de equipamentos, crescimento da
populao ou surgimentos de novos pontos crticos, entre outras causas de
obsolescncia das mencionadas jurisdies.
REFERENCIASBIBLIOGRFICAS
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