SEM RECURSOS O SOL COMO IDENTIDADE
OBRAS DA CIDADE
DESCASO NO PORTO
EX-CABIDE DE EMPREGOS
Concursados da ALMT cobram vagas
P.7
P.6
Falta de estrutura prejudica feirantes
Com 296 anos, esta semana a capital entra na casa do astro-rei. O Cultura em Circuito pede para você dar um passeio pela Cuiabá fora dos shoppings e insistir numa cidade aberta. A astróloga MARIA
EUNICE desenha um mapa para a aniversariante e o artista plástico HUGO ALBERTO
coração cheio de mangas e cajus. Dicas culturais assolam as páginas enquanto os cronistas convidam você para leituras autorais cheias de charme. Entre aplausos, questionamentos e imagens, Cuiabá é o centro das atenções!
Muito barulho e muito pouco resultado
P.8
Zoológico da UFMT está esquecido e degradado
P.4
Circulação: Cuiabá - Várzea Grande - Chapada dos Guimarães - Poconé - Primavera do Leste - Rondonópolis - Barra do Garças - Tangará da Serra - Campo Novo do Parecis - Barra do Bugres - S.J. do Rio Claro - Nova Mutum - Lucas do Rio Verde - Sorriso - Sinop - Juína - Juara - Brasília
www.circuitomt.com.brAno XI - Edição 531 DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015 Venda ProibidaDiretor de Redação: Persio D. Briante
CIRCUITOMATOGROSSO
O lado bom de Cuiabá
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OPINIÃO PG 2www.circuitomt.com.br
ENTRE ASPASEDITORIAL
Presidente do Conselho Editorial: Persio Domingos Briante
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Uma face socioeconômica de Cuiabá
Especialistas mostram um lado oculto da Cidade Verde
Da redação
Andréa Lobo
Ó CUIABÁ
assando por uma grande transição, mais uma vez nossa Cuiabá está mudando. Nascida das chamadas Bandeiras do início do período colonial brasileiro, a capital de Mato Grosso carrega consigo uma característica inerente dos
grandes aventureiros: a capacidade de adaptação. Por isso, ao invés de chegar ao início do Século XXI consolidada, a região metropolitana que a envolve se apresenta em grande reviravolta, na qual se somam problemas às oportunidades.
E, dentre as novidades da atual fase, surge uma bem caracterizada faixa social. Falamos da classe média e média alta que se consolida e que institui hábitos de consumo
estas não existissem anteriormente. Contudo, devido à característica cultural histórica da Baixada Cuiabana, ao advento da agroindústria e aos impactos da Copa do Mundo de 2014, constata-se a cristalização de uma parcela da sociedade que se caracteriza pela modernidade de hábitos.
São famílias que moram em condomínios, compram em shopping centers, viajam de avião e utilizam carros novos. Bancam a educação e o plano de saúde. Utilizam cartões de crédito. Sobretudo, praticam hábitos que não eram tão comuns em nossa terrinha, sempre inclinados aos costumes próprios. São os cuiabanos modernos, por assim dizer.
Especialistas nos dão conta de que dos 551.098 habitantes de Cuiabá – os 252.596 habitantes da vizinha Várzea Grande experimentam outra realidade, 49,2% estão entre 25 a 59 anos de idade. Nossa população amadurece. Além disso, 22,99% de nossas famílias enquadram-se nas classes sociais A1, A2 e B1, o que totaliza cerca de 36 mil núcleos familiares nestas condições. Isto determina uma nova realidade social e econômica em nossa cidade.
Nesta faixa social, 64% das pessoas são casadas, o que interfere em muito os hábitos de consumo e lazer, por exemplo. As famílias têm a média de 3,5 pessoas, sendo que 77% destas famílias residem
foco na estabilidade move a lista de interesses de nossos cidadãos.Por exemplo, 64% destes novos cuiabanos só buscam
informações via internet, sendo que 71% se utilizam do celular como meio primordial de comunicação. Apenas 22% destes estão realmente interessados em leitura de jornal, mas 70% têm presença ativa no Facebook. Hábitos sintomáticos e que nos dizem ser esta uma parcela ativa nos meios digitais. Assim, apenas 18% ouvem rádio e somente 48% assistem TV de forma regular e, mesmo assim, através de canais pagos.
dos gestores públicos e dos comerciantes em geral, com um enorme sinal de alerta para os comunicadores de plantão. Se a Cuiabá aparente está passando por uma fase muito deteriorada, a cidade oculta se estabelece de forma sólida e quem pensa no futuro desta cidade pode se surpreender com a realidade socioeconômica que se forja silenciosamente em nosso meio social. Uma nova Cidade Verde se delineia, bem além do bucolismo ou dos desmandos, profundamente ligada aos comportamentos contemporâneos e aberta ao inovador. Que venha esta nova realidade.
o estado, a cidade luz, como disse o Professor Esequiel Siqueira, na canção Hino da Cidade Verde, lá nos áureos anos 60. Hoje, completando
296 anos de fundação, Cuiabá se mostra a cada dia mais moderna, rica em diversidade cultural, pessoas e lugares, mas sem perder o ar e o jeitinho de terra acolhedora, onde ainda é possível fazer amigos de graça e deixar crianças brincarem na porta de casa – em alguns lugares – sem medo.Quem chega não quer sair, quem sai sempre acaba voltando. E se comer a famosa cabeça de pacu, aí danou-se: em pouco tempo já vira um ‘tchapa e cruz’ com raízes profundas, bem do jeito que temos no nosso cerrado.Entre tradições, crenças e desejos, crescem por todos os bairros novas atitudes diante da aniversariante. Vivemos tempos de paradas, passeatas e manifestações. A população que canta parabéns, a cada novo ano, cobra mais cuidados, transparência e memória. Em meio a tanta riqueza e celebrações, os novos cuiabanos erguem a voz para mais respeito com esta terra. Que a rima, a canção e os sorrisos dominem
que em que todos os outros dias deste ano tenhamos direito à coerência nas ações de nossos líderes para com aqueles que hoje fazem jus a esta conquista. O Circuito Mato Grosso deseja a todos os cuiabanos e paus-
um futuro cada vez melhor. Viva Cuiabá!
“O momento é de o PDT
escolher seu caminho e,
infelizmente, eu não tenho
visto o partido fazer
isso.”Governador Pedro
Taques (PDT) em
entrevista à TV Veja,
quando teceu duras
críticas ao governo
da presidente Dilma
Rousseff (PT) e ao
posicionamento do
seu partido.
“Acho que todos os
candidatos que usarem o
número 13 para disputar
as eleições municipais
serão derrotados. A
insatisfação é muito
grande.”Senador Blairo Maggi (PR) em
entrevista ao jornal ‘O Estado
de S.Paulo’. Descontente com o
governo da presidente Dilma, o
republicano demonstrou certo
arrependimento em ter apoiado
a reeleição da petista.
“O governador, com toda
cautela que demandam
decisões de grande
envergadura, está
considerando, mas disse
que precisa de mais algum
tempo para maturar e
tomar esta decisão.”
Declaração do prefeito de
Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), ao
ofi cializar o convite de fi liação
partidária do governador Pedro
Taques (PDT), que pretende
deixar o seu partido.
“Se há realmente essa discussão,
a AMM espera ser convidada a
participar. Somos parceiros do governo
Pedro Taques (PDT), mas queremos ser
ouvidos.”
Presidente da AMM, prefeito Neurilan Fraga
(PSD), em resposta ao projeto do deputado
estadual Guilherme Maluf (PSDB) que propõe
a revogação da lei que diminuiu em 50% o
repasse que o governo do Estado faz aos
municípios para atender o setor da saúde.
“O Estado que recebemos gasta
R$ 2 bilhões a mais do que o que
é arrecadado. Por isso, estamos
revisando todos os contratos
com o objetivo de reduzir entre
7% e 8% de todas as despesas
previstas para este ano, que pode
gerar economia de cerca de R$
1,3 bilhão”.
Secretário de Fazenda, Paulo Brustolin,
ao afi rmar que os 100 primeiros dias
da nova administração foram marcados
pelo pagamento de R$ 1,6 bilhão
referentes aos salários de todos os
servidores do Estado nos meses de
janeiro, fevereiro e março.
“Acredito que transferindo o horário muitos poderão nos
ver legislando sobre pontos importantes para Cuiabá.”
Vereador cuiabano Chico 2000 (PR) ao explicar um dos motivos
da mudança de turno das sessões plenárias, que a partir desta
semana começou a ser realizada no período noturno. Mudança gerou
reclamações e dúvidas quanto ao verdadeiro motivo.
#BOMBOUNAREDE
SUPERAÇÃOVithória Patricia Sampaio de Siqueira, de 16 anos
e que mora em Cuiabá, superou a adolescência
marcada por rótulos a partir da mudança dos
hábitos alimentares e perdeu 19 kg em cinco
meses. A atitude veio depois de ser dispensada
por um ex-namorado.
D
PMELHORIAS PARA A POPULAÇÃO
Concessionária já investiu R$ 110
milhões na MT 130
Investimentos foram na recuperação
da malha viária e manutenção da
estrada
A MT 130, no trecho entre
Rondonópolis e Primavera do Leste,
passando pela cidade de Poxoréu,
re cebeu R$ 110 m i lhões em
investimentos nos últimos três anos.
O levantamento foi realizado pela
Concessionária Morro da Mesa, que
tem a concessão do trecho.
De acordo com o presidente
do Consórc io Morro da Mesa ,
Daniel Locatelli, os investimentos já
modifi caram a realidade da estrada
e de quem trafega por ela. “Tínhamos
a consciência que os desafi os eram
enormes, mais sempre acreditamos
na capacidade de oferecer respostas
para a população e também para os
usuários.”
Considerada como uma das
principais rotas para escoamento
da safra da região sul, a MT 130,
passou por intervenções especiais e
foi recuperada integralmente. Desde
que a concessionária assumiu o
trecho, a estrada passa por melhorias
constantes , com intervenções
importantes como o in íc io da
construção da terceira faixa, execução
de acostamento e recuperação total do
pavimento.
“Quando assumimos, a rodovia se
encontrava em péssimas condições,
e estamos trabalhando para que o
usuário possa trafegar com segurança.”
– destacou o engenheiro Marcelo
Ribeiro.
TRABALHO COM CRONOGRAMA
A Concessionária Morro da Mesa
executa um cronograma de obras
e serviços que procura reabilitar
as funções de trafegabilidade da
MT130. As equipes estão atingindo
as metas propostas e atuam em
diversas atividades ao longo da
rodovia estadual.
Um dos benefícios obtidos pelos
motoristas com a concessão, além
de uma pavimentação de melhor
qualidade é a limpeza do trecho. É
permanente o trabalho de roçada
manual, o que melhora as condições
de visibilidade do usuário da rodovia.
A concessionária também atua na
manutenção contínua da sinalização.
Outro serviço oferecido ao
usuário do trecho é o serviço de
atendimento 24 horas. Viaturas são
disponibilizadas para execução de
ações de inspeção rodoviária e de
pronto atendimento aos condutores.
“A estrada melhorou muito em vista do
que era antes da concessão,” afi rmou o
motorista Guedson Arruda Silva.
Vale ressaltar que em caso de
necessidade de pré-atendimento
hospitalar ou socorro mecânico na
rodovia, o motorista deve acionar a
Concessionária através da Central de
Atendimento ao Usuário 0800-646 0130.
INFORME PUBLICITÁRIO
CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
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CENAS DA CIDADEAhmad Jarrah
MUITO AMOR POR CUIABÁNesta edição, trazemos um pouco do lado bom de Cuiabá, pois nem só de mazelas vive a Cidade Verde! No Panorama – Especial Cuiabá – um material denso sobre nossas cores, sabores, sobre nossa gente, nossas raízes nestes 296 anos.
ESPERANÇA AOS EMPRESÁRIOSNa noite da última segunda-feira o secretário de Estado de Planejamento, Marcos Marrafon, participou de um bate-papo no CDL empresários e representantes do Movimento Muda Brasil. Na pauta, direito e política, e o balanço da noite foi extremamente positivo.
MT SAÚDE É UM VEXAME!A segunda-feira pós-feriado da Semana Santa começou com decepção e desespero para usuários do plano MT Saúde. Segundo narram pacientes que chegaram prontos para a cirurgia, não havia como hospital e médicos fazerem os procedimentos, pois os mesmos não foram liberados em função de o responsável pelo parecer
PRODEIC INVESTIGADOO Secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, apresentou uma avaliação parcial de processos do Programa de Desenvolvimento Industrial (Prodeic) em que foi apontado que 100% deles apresentam falhas formais e 40%
falhas graves, que deverão ser encaminhados ao
R$ 300 MILHOES DE VOLTA AOS COFRESPaludo também apresentou dados que
últimos dois anos e anunciou que os cofres do Estado devem recuperar cerca de R$ 300 milhões ao ano com as novas medidas de incentivos
será fazer um saneamento nas 829 empresas que participam do Prodeic.
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que foi palco de tantas polêmicas, é agora ponto de despacho de macumba. Isso mesmo,
dois trabalhos amanheceram “arriados” como dizem os macumbeiros bem na calçada central da Casa do Povo. Quem será o autor e
para quem foram enviadas as oferendas? Disseram as ‘bocas-de-matilde’ que foram feitos para dois deputados da Casa... Cruz-credo!
Pedro Taques anunciou o pagamento de R$ 700 milhões, de forma parcelada, de dívidas deixadas pelo ex-gestor Silval Barbosa.
Presidente da ALMT, Guilherme Maluf, apresentou projeto que revoga a lei que diminui em 50% o repasse à saúde dos municípios.
Na mesma ocasião, Maluf também propôs para votação a derrubada do voto secreto no Legislativo.
Um ano depois, a Arena Pantanal é sinônimo de descaso
de drogas esteja rolando nas redondezas.
Depois de divulgar mapa da ciclofaixa na semana passada, a prefeitura diminuiu pela metade o percurso destinado aos ciclistas.
Mato Grosso gasta R$ 2 bi a mais do que arrecada. A informação é do secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin.
TOMADA DE PREÇOS A Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde acabou de licitar e contratar a empresa Eletrolucas Ltda ME para execução da Rede de Energia Elétrica do Loteamento Industrial V, da 1ª Etapa no Município de Lucas do Rio Verde, pelo valor total de R$ 1.024.000,00 (um milhão, vinte e quatro mil reais).
LICITAÇÃOO município de Sapezal acabou
a aquisição de medicamentos e materiais farmacológicos para a cidade, no valor total de R$ 1.500.874,75 (um milhão e quinhentos mil e oitocentos e setenta e quatro reais e setenta e cinco centavos).
ADITIVOA Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou vários aditivos referentes a valor e vigência de contratos de locação, entre as quais estão: Locador: Erina Sguarezi Rutz, valor: R$ 229.928,40 (duzentos
e vinte e nove mil, novecentos e vinte e oito reais e quarenta centavos); Locador: CEAG – Centro de Ensino Avançado Gibelli Ltda ME, valor: R$ 188.855,74 (cento e oitenta e oito mil, oitocentos e cinquenta e cinco reais e setenta e quatro centavos); Locador: Maysa
116.839,08 (cento e dezesseis mil, oitocentos e trinta e nove reais e oito centavos). Todos eles assinados pelo secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto.
CONTRATO A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou a “inexigibilidade de Licitação nº 030/2014” de contratação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, para prestação de serviços de entrega via malote, durante doze meses, com o valor total de R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais).
ALUGUEL DE VEÍCULOSA Universidade do Estado de
Mato Grosso contratou a empresa Gonçalo de Souza e Marques de Souza Ltda – EPP para adesão à ata de registro de preço para locação de veículo tipo passeio utilitário, da Prefeitura de Rosário Oeste, para atender a demanda da Universidade do Estado de Mato Grosso, no valor de R$ 204.000,00 (duzentos e quatro mil reais), pelo período de 12 meses.
CONTRATO A Defensoria Pública Do Estado De Mato Grosso contratou a OI S/A, para atender a demanda de ‘empresa especializada para prestação de serviço de transmissão de dados, na modalidade satélite para atender a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso’, com vigência de doze meses, pela bagatela de R$ 139.412,00 (cento e trinta e nove mil, quatrocentos e doze reais).
Não se pode esperar nada diferente de nosso tribunal de contas do estado (deixei em letras minúsculas devido à pequenez em que transformaram este órgão tão importante), basta olhar como são nomeados os referidos conselheiros(as), tudo apadrinhado, cabide de aposentadoria e outros interesses que não o de resguardar o interesse público... Tenho certeza de que não sou uma voz isolada.
Tromboneiro: Nicola
uma lixeirinha em algum canto da cidade. A gente caminha horas com um lixinho na mão até encontrar uma lixeirinha para que possamos jogar o lixo, isso quando elas já não estão ‘sem fundos’, né, porque a maioria delas está com a parte inferior furada. Joga lixo na lixeira e ele já cai no chão. Se não me falha a memória, me lembro que várias dessas lixeirinhas foram colocadas na cidade ainda na primeira gestão do prefeito Roberto França, desde então elas se tornaram cada vez mais escassas.
Tromboneiro: Mario Oliveira
A obra na Estrada do Moinho, em Cuiabá, nem foi inaugurada e já apresenta um monte de problemas. Além dos canteiros que não foram concluídos, o asfalto em diversas partes já apresenta falhas, sem contar os cortes já realizados pela CAB Cuiabá por conta de serviços da rede d’água. A ciclovia, que seria uma importante área para ciclistas, também não foi concluída, em alguns trechos ela está toda esburacada, com muita terra e cascalho. Até quando a população vai ter que aturar tudo isso? Quando essa obra será retomada e concluída?
Tromboneira: Martha Freitas
O prefeito Walace e seu secretário de Serviços Públicos, Roldão, precisam ser mais ágeis na limpeza dos bairros de Várzea Grande. Em frente à Vila Militar, por exemplo, próximo à Cabana da Dudu, um terreno baldio está totalmente abandonado, tomado pelo mato e muito lixo. Além dos detritos domiciliares, há muito animal morto, que alguns moradores acabam jogando no local. O risco pra quem mora na região é iminente, doenças e animais peçonhentos trazem transtornos aos moradores.
Tromboneiro: Milton Júnior
PÉROLAS
CARTA CONVITE BOCA NO TROMBONE
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PONTO DE VISTA PG 3www.circuitomt.com.br
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Uma das entradas do
zoológico da UFMT.
Espaço possui pouca
sinalização e não
conta com pavimento
especial para pessoas
com algum tipo de
Uma das entradas do
zoológico da UFMT.
Espaço possui pouca
sinalização e não
conta com pavimento
especial para pessoas
com algum tipo de
PRESERVAÇÃO
Zoo da UFMT vive fase melancólicacondições de manejo dos animais levantam dúvidas sobre seu bem-estar
nica opção para quem deseja passar momentos agradáveis com sua família conhecendo um pouco da fauna silvestre mato-grossense, o Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresenta uma
encontrados pelo Circuito, que esteve no local na última terça-feira (7), podem ser indícios que o manejo dos animais é feito da maneira inadequada, levantando dúvidas sobre sua saúde e condições de sobrevivência.
Todo mês o Zoológico da UFMT recebe 6
mil visitantes que procuram apreciar os mais de 1.000 animais de uma das 160 espécies que residem no local. Lá, as pessoas encontram poucos bancos, banheiros e contatam a inexistência de comércio dentro de suas dependências, prejudicando o conforto das pessoas. O acúmulo de água no fosso que
separa algumas espécies das ruas de visitação
alguns animais – como o porco-do-mato por exemplo – podem levar a acreditar que os bichos não se encontram nas melhores condições.
nossa equipe.ÚPor Diego Frederici | Fotos: Andréa Lobo
Zoológico depende de migalhas
único zoológico de Mato Grosso, espaço
que oferece oportunidade singular
para desenvolvimento de atividades
educacionais, pesquisa e lazer no Estado,
não possui verbas próprias do Ministério da Educação – uma
vez que é ele quem mantém as estruturas de ensino superior
público federal, por meio da União –, e acaba dependendo de
recursos que são diluídos para a UFMT.
A informação é da chefe de Serviço do Zoológico, a médica
veterinária Sandra Helena Ramiro Corrêa. Ela destaca que
o zoo existe no campus desde 1977 e foi crescendo com o
passar dos anos, principalmente em virtude da parceria com o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), que realizava apreensões de animais e
os acondicionava na UFMT.
A realidade, porém, mudou. O zoológico vem buscando
desde 2009 sua licença ambiental, já que viu crescer a
população de animais silvestres ao longo dos anos sem
o acompanhamento da modernização e expansão de sua
estrutura física. Paradoxalmente, o Ibama proibiu a entrada
e saída de novos animais – uma consequência que o próprio
órgão criou, na opinião da especialista.
“Estamos buscando a licença ambiental, mas o fato de
o zoológico não ser nem uma faculdade nem um instituto
atrapalha na hora de conseguir recursos, por isso eles vêm
diluídos nas verbas do governo federal que chegam até a
UFMT”, diz ela.
Ligado ao Instituto de Biociências da UFMT e contando
com 11 hectares que atendem a fauna silvestre típica dos
principais biomas de Mato Grosso (cerrado, pantanal e
Amazônia), o zoológico vem tentando aprimorar os recursos
disponíveis para seus visitantes e animais confinados,
segundo Sandra. Ela afirma que um projeto de extensão está
sendo aplicado sobretudo na área de preservação e educação
ambiental e que parcerias também são “bem-vindas”.
“Temos alguns colaboradores que nos doam alimentos,
mas carecemos de mais parcerias. Elas são muito bem-vindas,
pois dispomos de uma verba pequena. Deve-se também levar
em conta que o zoológico tem visitação gratuita”.
O
CIDADES PG 4www.circuitomt.com.br
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Detritos e água
estancada foram
encontrados não apenas
na margem do lago,
representado na foto,
mas em vários outros
locais do zoológico
Jacarés disputam
espaço minúsculo
para se refrescar
na quente tarde
cuiabana
Caititu, também
conhecido como
porco-do-mato,
observa a água
estancada em seu
situação comum no
zoológico
POLÊMICA PG 6www.circuitomt.com.br
ABANDONADO
Mercado dos ‘Horrores’Um dos cartões-postais da Capital, o Mercado do Porto sofre com o descaso do poder público que se isentou de responsabilidades do espaço.
i x o e s p a l h a d o , m a u cheiro, calor e falta de estrutura. Esses e outros problemas são encontrados no Mercado Varej is ta Antônio Moisés Nadaf, popularmente conhecido
como Mercado do Porto. Embora seja um dos cartões-postais da cidade, a feira ainda se encontra abandonada e com falta de logística, tanto para os comerciantes quanto para os clientes que passam por lá.
O que deveria ser referência no Estado, após 116 anos de história, ainda se encontra com adversidades aparentemente sem solução, devido a constantes promessas não cumpridas. Gestão após gestão no Executivo municipal, há anos o local não passa por um processo de revitalização. E o que resta é uma estrutura precária, com azulejos soltos, telhas despencando, mau cheiro do lixo e poças d’água formadas após a chuva.
Com 480 boxes com aproximadamente 280 permissionários, o que salva a ‘imagem’ da feira ainda é a diversidade de produtos que são oferecidos no local, que vão de comércio de peixes a frutas e verduras.
A feirante Kiss Naianne pontuou diversas falhas na estrutura do Mercado. Dentre eles está o calor, que se acentua durante o dia. “Tem esses ventiladores, mas eles só funcionam quando tem água na caixa. Quando acaba, eles param de
mesma pode ver. Os clientes sempre reclamam disso, mas o pior é nós que
esse tempo de Cuiabá”, disse.Além do calor, há outros empecilhos.
Do lado de fora da feira, na parte frontal, há três contêineres de lixo que exalam forte odor devido aos restos de comida jogados por lá. Sem os devidos cuidados, o cheiro se espalha pela feira e também
Uma das comerciantes, que tem uma lanchonete próxima aos contêineres, disse que por diversas vezes reclamou sobre o cheiro, mas pouco foi feito até então. Ela ainda salientou a falta de estrutura no local: “Meus clientes sempre reclamam desse cheiro que vem do lixo. Já reclamei bastante, mas não tive resposta de nada até agora. Além disso, tem algumas telhas caindo dessa estrutura e alguém vai acabar se machucando”.
Quem também reclama da estrutura é a dona Maria de Lourdes. Comerciante de roupas na feira há mais de 20 anos, ela disse que já perdeu as esperanças de continuar reclamando para qualquer órgão público ou associação. Disse que sempre quando chove há algum tipo de prejuízo no pequeno estabelecimento.
“Eu já perdi material um monte de vezes por conta da chuva. Agora, que está em época, sempre recolho minha mercadoria correndo e espero a chuva passar. Enquanto ela não acaba, fico esperando e perco clientes ao mesmo tempo”.
Se uns sofrem com o ‘excesso de água’, outros sofrem com a falta de. O comerciante de peixes Juarez de Souza Costa reclama que toda semana as caixas
disso, ele reclamou da falta de organização e comunicação entre a associação e os feirantes do local: “No meu caso, não
peixes e tenho que limpar eles direto. E a
com falta de água. A única coisa boa de verdade é a limpeza, que eles têm feito bem. E também já escutei milhares de vezes sobre a reforma daqui da feira. Eu nasci e me criei aqui, nunca vi grandes obras. E o que tem aqui é o que você vê: falta de estrutura, mau cheiro que vem do lixo lá de fora e tudo mais. Não tem condições de ser dessa forma”.
Por Simone Ishizuka
L
esmo que a solução de problemas pontuais seja da associação, os feirantes também têm obrigações. Este é o ponto de vista da Associação
de Feirantes do Mercado do Porto. A coordenadora do grupo, Rosilma Tibaldi, explicou que a entidade tem se esforçado para atender as demandas da feira, no entanto necessita da ajuda dos comerciantes e também do poder público municipal.
que a falta conscientização por parte dos comerciantes também afeta a organização do espaço. Dentre os pontos, está o lixo e o mau cheiro espalhado pelo mercado: “Uma das exigências que temos é que o feirante ensaque o lixo antes de jogar ele no contêiner. Alguns até arranjaram briga com a gente, por não aceitarem gastar com sacos plásticos. E sem esta medida, há o forte odor mesmo. Sobre a bagunça do lixo, já teve restaurante famoso aqui em Cuiabá que
despejou lixo nos nossos contêineres e deixou tudo bagunçado. Daí decidimos fazer uma força-tarefa para não deixar outras pessoas ou empresas despejarem o lixo no nosso espaço”.
Em relação à falta de água, ela explica que o problema é devido à carência de abastecimento da CAB Cuiabá: “Existe uma caixa bem grande para o sistema de reservatório da água, mas o problema da água é com a CAB. A empresa não está liberando, e se não tiver reserva, nós procuramos pedir um caminhão-pipa porque realmente há estabelecimentos que não podem ficar sem. Mas aconselhamos também que os feirantes tenham o reservatório próprio para não ocorrer este desconforto sempre”.
Já sobre a estrutura Rosilma, reconheceu a
não tem recursos financeiros para revitalizar a feira. No entanto, ela afirmou que uma reforma está prevista para o segundo semestre
deste ano. E que este processo foi garantido pelo próprio prefeito, Mauro Mendes (PSB).
“Nós queríamos a reforma para a Copa, mas o prefeito disse que não teria tempo e dinheiro para fazer tudo a tempo. Daí está previsto para este segundo semestre. Este é um dos pontos que estamos lutando para garantir a reforma para melhorar a estrutura do mercado, que além de atender a população de Cuiabá é um dos cartões-postais da cidade”.E a Prefeitura... – Por meio de assessoria, a Prefeitura de Cuiabá disse que o Mercado do Porto depende de recursos federais. Desta forma, não tem previsão de quando as obras de revitalização serão feitas.
Além disso, mesmo com a afirmação dos feirantes, ressaltou que este projeto não fazia parte das promessas de campanha do prefeito Mauro Mendes e que não há planos para reforma no segundo semestre deste ano.
M
DIREITOS E DEVERES
Um dos
cartões-postais
da Capital,
Mercado
Varejista
Antônio Moisés
Nadaf está
jogado às traças
pela falta de
estrutura e
cuidados
Lixo espalhado,
falta de
água, calor
e estrutura
precária.
Essas e outras
encontradas
em uma das
principais feiras
de Cuiabá
CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
DESCASO PG 7www.circuitomt.com.br
MOBILIDADE DA VERGONHA
Milhões em adicionais, obras prometidas para a Copa do Mundo foram entregues sem acabamento. Todas sofrem
com a falta de planejamento e descaso
entre as cinco obras de melhoria n a t r a v e s s i a u r b a n a d e Cuiabá e Várzea Grande, como
as tr incheiras e viadutos,
p ron ta . Cons t ru ídas com recursos federais oriundos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), foi totalizado um valor de R$ 12 .581.417,67 em aditivos para a execução das obras que, em sua maioria, n ã o f o r a m f i n a l i z a d a s .
E l a s s ã o : Tr i n c h e i r a Jurumirim / Trabalhadores, Vi a d u t o d o D e s p r a i a d o , Trincheira Miguel Suti l / Verdão, Trincheira Santa Rosa e Viaduto Dom Orlando Chaves.
Dentre as citadas, apenas o Viaduto do Despraiado foi entregue com 100% das obras concluídas. Com o valor de R$ 21.216.317,05, a obra sofreu
um aditivo de R$ 4.537.651,01. Embora esteja ‘completa’, a obra ainda sofre com a falta de planejamento por parte do consórcio contratado e – como denunciado em primeira mão, ainda em 2013, pelo Circuito Mato Grosso – tudo isso porque o morro, localizado ao lado do viaduto, está prestes a desmoronar. Até o momento, o ‘dilema’ ainda não foi resolvido e não tem previsão para que novas obras sejam executadas.
Quanto às demais obras de mobilidade urbana, mesmo inacabadas, foram entregues “nas coxas” à população. Entre as mais prejudicadas está o viaduto Dom Orlando Chaves, em Várzea Grande. Com apenas 67% executado, e com um adicional de R$ 2.505.099,86, a obra que era para ser o ponto de partida e de chegada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) encontra-se com o acabamento comprometido.
Por Simone Ishizuka
DTrecho da
Avenida Miguel
Sutil onde a
calçada cedeu.
Alambrado de
obra do trevo do
Santa Rosa, onde
recentemente um
carro perdeu o
controle e acabou
caindo dentro da
trincheira.
CIRCUITOMATOGROSSO
Todas as obras citadas até então ainda estão em poder das
empreiteiras. Até a do Despraiado, que está 100% concluída,
ainda aguarda trâmites documentais para que, enfim, seja
entregue ao Governo do Estado.
Para visualizar melhor a situação geral de cada obra, confira
os boxes a seguir:
Trincheira Jurumirim / Trabalhadores
Empresa: Consórcio Sobelltar – Secopa
Percentual executado: 97,8%
Valor inicial da obra: R$ 46 milhões
Valor com aditivos: R$ 50.537.651,01
Valor pago: R$ 49.445.412,87
Serviços a executar: Acabamento; correções de não
conformidades; medição final; recebimento provisório e
recebimento provisório definitivo.
Obstáculos: Desapropriações, remoção de postes e adutoras;
ajustes no projeto.
Empresa: Consórcio Atracon
Percentual executado: 100%
Valor inicial: R$ 18.974.928,43
Valor com aditivos: R$ 21.216.317,05
Valor pago: 100%
Serviços a executar: realizar inspeção final em
conjunto com o Dnit e dar recebimento definitivo
conjunto; acompanhar pleito de aditivo de valor junto
ao Dnit (revisão em fase de obra); elaborar e encaminhar
prestação de contas Dnit.
Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;
remoção de adutoras; ajustes projeto.
Empresa: Ster Engenharia (março/2012 a fevereiro/2013) Camargo
Campos Engenharia (a partir de abril/2013).
Percentual executado: 88,3%
Valor inicial da obra: R$ 26,3 milhões
Valor com aditivos: R$ 27.836.177,54
Valor pago: R$ 24.600.498,51
Serviços a executar: acabamento; correções de não conformidades;
cimbramento.
Obstáculos: desapropriações; remoção de postes; remoção e
posteriormente proteção de adutoras.
Panorama geral da realidade
Viaduto do DespraiadoTrincheira Santa Rosa
Viaduto Dom Orlando Chaves
Trincheira Verdão / Santa Isabel
Empresa: Construtora Sanches Tripolini Ltda.
Percentual executado: 67%
Valor inicial da obra: R$ 16.723.705,93
Valor com aditivos: R$ 19.228.805,79
Valor pago: R$ 12.898.101,12
Serviços a executar: regularização de serviços
já executados; realização de acabamentos; correções
de não conformidades; medição final; recebimento
provisório e definitivo.
Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;
e redes de telefonia.
Empresa: Ster Engenharia (março/2012 a
fevereiro/2013) Métrica Engenharia (a partir de
abril/2013).
Percentual executado: 91,6%
Valor inicial da obra: R$ 24,3 milhões
Valor com aditivos: R$ 26.061.100,64 (Ster:
6.627.490,62 + Métrica: 19.433.610,02)
Valor pago: R$ 23.875.025,17
Serviços a executar: acabamento; correções de não
conformidades; medição final; recebimento provisório
e definitivo.
Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;
remoção de adutoras; interdições de tráfego.
CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
MOROSIDADE
Concursados em cadastro de reserva denunciam falta de comunicação na Casa de Leis. Eles alegam que há mais de
300 vagas disponíveis no Legislativo enquanto a Mesa nega.
pós 20 anos sendo comandada por um grupo restrito de deputados, a Assembleia Legislativa do Estado passa por um momento de transição um tanto ‘conturbado’. Tudo isso porque a nova gestão
ainda se adapta ao funcionamento interno da Casa, além de demandar novas medidas de economia no local. No entanto, dois meses se passaram deste novo mandato e 157 pessoas, registradas no cadastro de reserva, ainda aguardam serem chamadas. Enquanto alguns deputados destinam cargos aos comissionados, que poderiam ser ocupados pelos concursados, há quem esteja a ‘ver navios’ neste ‘interminável’ processo.
No último concurso, realizado em dezembro de 2013, foram aprovadas 348 pessoas para as 430 vagas disponíveis no Legislativo. Até então, 157 ainda aguardam serem chamadas para tomar posse dos devidos cargos a que concorreram.
Desde a posse do novo presidente, Guilherme Maluf (PSDB), os concursados têm se reunido constantemente para sensibilizar o Parlamento a contemplar o número de vagas aos registrados no cadastro de reserva. No entanto, há morosidade no processo.
Uma das representantes do movimento que visa à convocação dos concursados, Maíra Nienow, acredita que há resistência por parte da Mesa Diretora em cumprir a lei e chamar os aprovados: “Estamos nos reunindo quase que semanalmente para pressionar os deputados a
concurso. Estamos no aguardo há mais de um ano e tivemos poucos avanços nesse quesito”.
No dia 31 de março desse ano, a categoria se
do processo, além de protestar contra a decisão da Mesa em destinar 141 vagas a servidores comissionados. “Não somos contra a contratação destes funcionários, mas dentre essas vagas havia cargos disponíveis no cadastro de reserva, como para garçons, secretárias, entre outros. O presidente não fez o que pôde para contratar os concursados”.
Ela ainda citou que 17 pessoas no cadastro de reserva foram chamadas nos últimos dias, contudo, como meros ‘substitutos’. “Há mais de 300 vagas disponíveis para serem ocupadas. Todos os concursados podem preencher este número, só falta boa vontade e organização da Mesa Diretora. Nos reunimos com o presidente (Maluf) logo após a manifestação do dia 31 e ele nos garantiu que iria avaliar esta informação.
que deve se reunir, junto com os demais concursados, ainda esta semana com o presidente.
Por Simone Ishizuka
A
onforme o levantamento feito
pelos próprios concursados,
de acordo com as informações
d i spon íve i s no s i te da
Assembleia Legislativa, há um
total de 321 vagas disponíveis na Casa, sendo
que 225 seriam destinadas aos técnicos
legislativos de nível médio, 91 para técnicos
legislativos de nível superior e cinco vagas
designadas a procuradores.
Para a categoria, este número poderia
suprir a quantidade de concursados que ainda
aguardam ser chamados. Porém o que resta é
aguardar a tão esperada convocação.
Entre os 157 aprovados, há quem dependa
deste chamamento para melhorar a qualidade
de vida e ter estabilidade como servidor
público. Um concursado que não quis se
identifi car disse que espera ansiosamente
ser chamado, mas que vê poucos avanços
por parte da Mesa Diretora do Legislativo. Ele
espera sua vaga de nível médio.
“Estudei durante dois anos para passar no
concurso e, até agora, nada. Faço faculdade de
direito e quase todo meu salário de estagiário
é gasto com a universidade. Se fosse chamado,
ao menos estaria um pouco mais tranquilo”.
Ele ainda avaliou como injusta a
contratação de servidores comissionados, ao
invés dos concursados. Para ele, há interesses
políticos envolvidos no ato: “A lei é bem clara
quando há prioridade no chamamento dos
que fi zeram concurso. É uma troca de favor
de campanha essas contratações, com cabos
eleitorais que trabalharam na época com a
garantia de que conseguiriam uma vaga na
Assembleia”.
O concursado ressaltou também que tanto
o presidente quanto o primeiro-secretário,
Ondanir Bortolini (PR), buscam atender a
categoria, mas que a administração está uma
verdadeira ‘bagunça’.
“É natural que depois de 20 anos com
um grupo fechado, os novos gestores ainda
tenham que se adaptar. Mas vejo que está
tudo bagunçado, com erro de comunicação.
Exemplo disso é que apresentamos os números
de vagas disponíveis ao Maluf e ele não tinha
conhecimento da informação”, revelou.
Outro concursado que também espera pela
vaga é Juliano Graciano. Ele, que disputa o
cargo de motorista no Legislativo, reconhece
o empenho da Mesa Diretora, mas acredita
que a pressão existe.
“Não sei se há má vontade, mas temos que
estar presentes sempre para que possamos
ver a possibilidade de sermos chamados. Caso
contrário, isso não vai acontecer. Eu dependo
muito dessa vaga, porque estudei muito para
conseguir ser aprovado. O resultado saiu e
fi camos nessa angústia de não ser chamado. É
muito difícil isso”, disse ele que trabalha como
motorista há seis anos e atualmente é instrutor
em uma autoescola.
o r me i o d e
assessoria, a
Mesa Diretora
da Assembleia
Legislativa garantiu que nem
todos os concursados serão
contemplados com as vagas
disponíveis na Casa, mas que
avalia a informação sobre as
vagas disponíveis.
Foi informado também
que a Mesa es tá em
constante diálogo com a
comissão dos que integram
o cadastro de reserva.
Dois encontros foram
feitos entre a categoria e o
presidente Guilherme Maluf
para fortalecer o debate
sobre o chamamento dos
concursados.
Além disso, a assessoria
ressaltou que procuradores
do Legislativo também se
reuniram com a comissão
para discutir o mesmo
assunto. E que o momento
é de avaliação sobre todos
os casos apresentados, dado
que a comissão especial para
a reforma administrativa da
Casa ainda estuda formas de
enxugar custos. No entanto,
ressaltou-se que há empenho
em chamar os que aguardam
no cadastro de reserva.
Sobre o chamamento das
últimas 17 vagas preenchidas
s e r em c o n s i d e r a d a s
‘emergentes’, uma vez que
houve substituição das que
estavam disponíveis na
leva de contratações de
servidores comissionados,
a assessoria frisou que isso
não passa de julgamento
de mérito por parte dos
concursados. Foi destacado
também que as decisões
foram tomadas de acordo
com a constituição interna,
mas que se empenha em dar
prioridade aos concursados
que aguardam a convocação.
E lembrou que recentemente
prorrogou a validade do
cadastro de reserva por mais
um ano, de acordo com o
que a categoria protestava
anteriormente.
Ansiedade e angústia de quem precisa
Nem tudo está garantido
AL não tem controle sobre os servidores
POLÊMICA PG 8www.circuitomt.com.br
Aprovados no
último concurso
da Assembleia
Legislativa, feito em
dezembro de 2013,
ainda aguardam
serem chamados para
ocupar cargos
Concursados em
cadastro de reserva
disseram estar
revoltados com as
últimas contratações,
pois vagas poderiam
ser ocupadas pelos
aprovados
C P
Presidente da AL,
Guilherme Maluf,
está em constante
diálogo com a
categoria. Mas
informou que nem
todos os concursados
serão chamados
CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
Da boemia aos cajueiros nos quintais
PANORAMA
a m i n h a n d o pelas estreitas ruas do centro da capital, o olhar desatento pode de i xa r passar o lado
bom que Cuiabá tem a oferecer. A arquitetura com seus casarões, igrejas suntuosas, morros, bares, restaurantes e museus, é um dos muitos atrativos da calorosa cidade. Aos olhos virgens de um turista, a cidade tantas vezes criticada, oferece um mundo de possibilidades, sons, sabores e experiências singulares.
Como em uma viagem, o tempo na capital de Mato Grosso une
contemporânea. O olhar atento
visíveis como a cultura popular, o linguajar único e o sentimento de acolhimento e pertencimento que Cuiabá oferta aos seus visitantes. Por conta disso, a noite cuiabana conta com uma variável saborosa, que vai dos quitutes típicos da
Um retor no aos tempos áureos, ao som do chorinho ou
nunca ouviu falar do esquineiro
conhecido por todo boêmio? Seu
‘chope geláááádo’ ainda mais
e conhecem os clientes habituais pelo nome.
Cuiabá tem aquela nostalgia de tempos idos da infância, que
no mínimo, se encontravam
“Sou completamente apaixonada pelos quintais de Cuiabá. Pelos sabores da culinária, a carne seca, o quiabo, o maxixe, as tardes perdidas com conversa ao lado de nossos amigos e familiares. Pelo contato com os cajueiros e as redes armadas nas varandas”, narrou com amor a poetisa Luciene Carvalho.
“Sentaí! Vem ajodá cô’nois!”, é assim que é o povo, é o linguajar inconfundível. É a farofa de banana e o peixe assado. É cururu,
forte e conversa alta!”, diz.É a experiência que pode ser (re)vivida
no quintal de Dona Domingas Leonor, com a culinária mato-grossense e com mesas
Domingas abriu os portões sua casa e transformou o local em ponto turístico, mas acima de tudo em
cuiabana”, contou Luciene.
estreito, com paredes multicoloridas e decoradas com utensílios de cozinha antigos em estilo rústico, se surpreende com o local de forte cultura típica. Sobre as mesas, luminárias de várias cores e com velas. Os discos de vinil
samba de raiz e pop-rock casam com o agradável ambiente familiar.
localizado na área central de Cuiabá.
conhece Cuiabá com certeza passou pelos bares e restaurantes
os amigos ou no ‘happy hour’ com os colegas de trabalho, o pessoal vai pra tomar um chope,
dar aquela espiadinha em quem passa, o famoso ‘ver e ser visto’. E quem passar lá para um café da
padarias Sorella e Vienna, além da
Tarde da noite, bem além da
ajudam a animar o ambiente com
também os encontra em bares e casas noturnas de Cuiabá.
Cuiabá tem, também, sua
como no Museu do Morro da Caixa D’Água Velha. Além do contato com a história antiga da cidade em suas galerias subterrâneas, sua
uma bela timbaúva, árvore gigante, nativa do Pantanal. A cultura indígena do Mato Grosso, em suas
e objetos coletados nas aldeias,
Federal do Mato Grosso. Mudar o olhar e ver, a dica vale para quem
é da terra e está perdendo tantas belezas pela cegueira do dia a dia.
CIRCUITOMATOGROSSO
Por Ulisses Lalio
C
CUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
Dia e noite surpreendendo os olhares
O Peixe como identidade histórica
e cultural
Por Ulisses Lalio
PANORAMA PG 2
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do peixe integra, assim como o sotaque, a música
nunca escutou a história
sai mais daqui? E é verdade! Este é um
negam em suas mesas, especialmente em datas especiais.
Assado na folha de bananeira, frito ou na mujica, o peixe é fundamental na culinária local. O hábito está arraigado
grossense que era integrada por indígenas, portugueses, espanhóis e africanos. O rio que deu origem ao nome da cidade trazia grande fartura de peixes carnudos como o pintado, o pacu e o bagre. Terreno mais que fértil para uma deliciosa variedade de receitas.
ceitas também diferem do restante do país, como explicou o chef de cozinha Tolentino
tanga) assado em folha de bananeira, para reter o calor e ressaltar seu sabor; também deve ser lembrada a técnica ancestral de se salgar o peixe para conservá-lo, o chamado pacu seco, da mesma forma como é feita com a carne vermelha, prática local de quando ribeirinhos tinham grande quanti-dade de pescado e precisavam conservá-lo por muitos dias”, contou o chef.
Tolentino explicou que Mato Grosso tem uma gastronomia inspirada pela
cerrado e pelo rio Araguaia. Possui sa-bores tropicais e exóticos, com temperos
mais recentemente, pelos migrantes que
A
CIRCUITOMATOGROSSO
e no início eram poucos, mas ho je a s ruas de Cuiabá ganham uma nova nacionalidade. Centenas de
mato-grossense em busca de uma terra promissora e receptiva. E os calorosos
mais esse povo estrangeiro. De operários
postos de trabalho e na vida cotidiana da cidade do calor.
Domongue sentiu ao chegar em Cuiabá.
atravessadores, o homem de nacionalidade haitiana conquistou seu primeiro emprego com carteira assinada em Mato Grosso
receptividade do povo cuiabano.Com um pouco de sotaque, mas um
bonito sorriso, Domongue conta como foi chegar a capital de Mato Grosso. “Eu passei por alguns momentos complicados na estrada, mas precisava sair do meu País. Pois lá estava impossível viver e mantem minha família”, relembrou ele, que veio para a capital atraído pelas obras da Copa do Mundo.
Para se manter e trabalhar, ele e seis amigos chegaram a alugar um local para
se chega é muito difícil, para todos, por causa do idioma e dos documentos. Mas
diferente”, comentou. Agora de carteira assinada, como pedreiro, Domongue já leva alguns dos amigos que chegam para conhecer a cidade. “Levo eles nos lugares que tem trabalho, que vende as coisas mais barato e também saímos de vez em quando. Contudo sempre economizando,
da casa do Migrante em Cuiabá. “Gente é para brilhar”, diz a frase, na porta da
do russo Vladimir Maiakovski, também cantada pelo músico Caetano Veloso.
Mais adiante, outra frase pintada na
chega e quem parte”. Em um banner,
O sentimento de receptividade é compartilhado pelo padre haitiano, Jean Jacky Genesté, que ministra missas
lugar para trabalhar e o povo recebe bem calorosamente os seus imigrantes.
que reclamar, além do calor”, fala o missionário que dá um sorriso e uma abanada, sinalizando os 39 graus que estavam fazendo na hora da entrevista. Genesté reclamou que antes a demanda de vagas estava maior, por conta da Copa do Mundo, mas pontuou que o agronegócio, a
bastante oportunidades de vida. O Padre Jean Jacky nasceu na cidade
de Germainde Delva e Joseph Genesté,
Francisco Xavier em sua cidade natal.
Porto Príncipe dos Padres Carlistas no
foi enviado para a Diocese de Santos, no
Mato Grosso, onde está atualmente.“O grande desejo do haitiano é
sociedade. Eles procuram terra para dar
pois ele sempre vai procurar o melhor lugar para se ganhar a vida, comentou.
época em que a casa estava totalmente
a receptividade do povo mato-grossense e disse que “o cuiabano é muito acolhedor e aqui é uma cidade onde se tem menos preconceito, onde o povo recebe e aceita melhor o estrangeiro e o imigrante”, disse.
IGREJA EVANGÉLICA
uma igreja evangélica também abriu suas portas para atendê-los na capital
(antiga Avenida Jurumirim), nº 967, no
Joselina de Moraes. A nova igreja voltada
igreja, que surgiu para suprir uma necessidade dos haitianos. “Agradecemos a Deus primeiramente, por mais esta
dia, para proporcionar um crescimento
Segundo o pastor a Assembleia de Deus é responsável por grandes missões,
desamparada de assistência aos povos do
EPor Ulisses Lalio
PANORAMA PG 3
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Igreja Assembleia de Deus é aberta para atender haitianos em
Cuiabá
“O cuiabano é muito acolhedor e aqui é uma
cidade onde se tem menos preconceito, onde o povo recebe e aceita melhor o
estrangeiro e o imigrante”
Eke
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Cru
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Cau
Gue
bo
CIRCUITOMATOGROSSO
Personagens históricos contam sobre tempos idos e movimentados do futebol cuiabano
o i n c i d e n t e m e n t e há um ano, a Arena P a n t a n a l , a n t i g o estádio José Fragelli,
com o empate sem gols entre Santos e Mixto pela Copa
uma época esquecida no futebol
e até abrigou grandes times como
Mas o esporte que atrai multidões já teve uma época mais movimentada e que levou centenas de milhares de
época de ouro de equipes como o
do estado; O grande Mixto Esporte Clube, que também luta nos torneios regionais, além do seu arquirrival O p e r á r i o V á r z e a - g r a n d e n s e .
Tempos idos e que arrancam boas gargalhadas da torcedora-símbolo do
a turma e íamos torcer pelo Mixto.
vestiam a camisa e jogavam direito”,
meio a palavrões e um lindo sotaque cuiabano, ela ri e vive a nostalgia de uma época que se foi no tempo, em meio
muita saudade da torcida organizada.O time teve dias de grandes
Janeiro onde enfrentou o grande
todo mundo e íamos de ônibus junto com o time, para ajudar e assistir os jogos. Fazíamos uma festa muito bonita e se precisasse brigávamos também pelos nossos jogadores”, contou a torcedora apaixonada.
Do outro lado da cidade, o arquirrival Operário Várzea-grandense (CEOV), que também marcou a história regional no futebol também,
tem história. Assim como a torcedora do Tigre, o ex-jogador do Operário, Pulula as Silva, tem grandes histórias para contar do futebol mato-grossense.
O clube surgiu lá no fim da
o futebol prof iss ional aqui” ,
conhecido com o “Clássico dos Milhões”, aconteceu diante do seu maior rival, Mixto, onde com duas
o CEOV ficou com o t í tulo.O ex-ponta foi negociado com o
Clube Esportivo Operário Várzea-
ganhou todos os títulos possíveis
grave no joelho, Zé Pulula precisou parar de jogar, voltou para Mato Grosso e assumiu as categorias inferiores do Operário. Por insistência
época, técnico do tricolor, quase operou o joelho e voltou a jogar.
Eustáquio Pulula da Silva, ex-ponta direita do Operário, hoje mora em Várzea Grande, onde é comunicador
agradecer que se hoje tem uma vida tranquila ao lado da família e amigos, agradece também ao “Velho Guerreiro”
presidente do CEOV. “Foi quem ao
Santos, me deu a oportunidade de vencer na vida, conseguindo uma
O clube mais antigo da capital, Dom
elite do futebol mato-grossense neste ano. O clube que era frequentado pela elite cuiabana do século
passado e também teve seus momentos de glória na história do futebol regional. O encontro entre
como “Clássico Vovô”, por ser o clássico mato-grossense mais antigo.
Apaixonado desde os oito anos de idade pelo clube, o ex-jogador
sentiu feliz com o retorno do clube aos gramados. “Todo mundo me
voltar e agora que nós vemos nosso time de novo é muito bom”, disse.
Com sérios problemas de saúde,
um olho e precisa fazer hemodiálise regularmente, mas nem todos esses problemas tiram a alegria do torcedor.
“Minha família toda participava do
Por Ulisses Lalio
PANORAMA PG 4
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C
CIRCUITOMATOGROSSO
Ex-jogador do Operário Vár-zea-grandense exibe reporta-
gens antigas sobre o futebol mato-grossense
Nhá Barbina exibe com orgulho a bandeira do seu time do coração
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Torcedores assistem jogo no recém- inaugurado estádio Eurico Gaspar Dutra
CUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
stá decretado que o tempo é de festa. Concentre-se nos pisos de ladrilho hidráulico das igrejas antigas, admire aquela
seringueira antiga na Praça Alencastro e vamos nos esforçar para ver o lado terno desta cidade. É deixar a acidez, limpar o
Luiz Marchetti é cineasta
em arte midia, atuante na cultura de Mato Grosso e é [email protected]
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TERRA AGARRATIVA
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O SOL COMO IDENTIDADE
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alguns de seus hóspedes a melhoraram e outros, que não melhoraram, conseguiram ao menos
nos rios da redondeza e passeios por praças verdes.
Muito além dos clichês cafonas que as toadas de aniversário soam nesta semana pela TV e pelo rádio, o fundamental é criar seu mapa de lugares agradáveis, em que alguns civilizados
e paz. Para a semana de aniversário a dica é: desenhe mentalmente a sua CUIABÁ DE 296
que tanto te maltrata. Viva esse percurso-cidade, insista em
os shopping centers. Como aeroportos, estes corredores de passagens necessariamente não fortalecem sua identidade, a cultura, a arquitetura nem a socialização de uma região.
Inicialmente foram soluções para cidades mal administradas, sem condições de mercado
condizente com os nossos impostos. Em 1969, na passagem dos 250 anos, a
capital ganhou do imortal GERVÁSIO LEITE, da ACADEMIA MATO-GROSSENSE DE LETRAS um livreto comemorativo intitulado ‘TERRA AGARRATIVA E LINDA’. Deste,
que, sustentando a cidade, nos alimenta e nos
horizontes, leve-nos a vida para outros lugares, imponha-nos o dever ou a necessidade outros
tela das nossas retinas persistem presentes, de
Aqui segue um texto da Astróloga MARIA EUNICE (65 8123-0880 e 9681-0888). Na
do caju e da manga em mais esta ilustração
e fogosa dama, completa 296 anos. Surgiu espontaneamente e cresceu muito nas últimas décadas, crescimento não acompanhado pela infraestrutura.
tornaram-se sinônimo de engodos e
outras tantas terminadas de qualquer jeito, literalmente, para gringo ver.
olhamos o mapa solar – aliás, dado o famoso calor causticante destas paragens, não me surpreenderia se o fogoso Áries estivesse no Meio
podemos analisar os Trânsitos (como o céu atual interage com o mapa natal) que revelam as grandes
cidade enfrenta desde 2010. O impacto maior é
natal de 2010 a 2013, pela conjunção
ao mesmo Sol (2016-2018). Urano e Plutão
e radical. O Sol é a própria identidade da cidade, assim como representa seus governantes – ou seja, uma transformação profunda precisa ocorrer nessas áreas. Com as mudanças drásticas na aparência da cidade, eu apostaria que o Ascendente está envolvido
todo mundo de uma vez só e Plutão cava fundo para trazer à tona a verdade e tudo o que estava escondido, em segredo. Tivemos ruas escavadas e reviradas em trincheiras e
A Cuiabá como cenário e a Cuiabá como personagem, trilhadas pela poesia e pela batida do rap, são evocadas no novo espetáculo da poeta Luciene Carvalho, em comemoração aos 296 anos da capital. Acompanhada pelo rapper Linha Dura, pela cuiabana entusiasta do rap Anna Marques e o diretor do espetáculo, Raul Lázaro, “Cuiabá, Versos e Tribos” chega ao Teatro do Sesc Arsenal nesta quarta-feira (8), às 20 horas, com entrada franca. Vai que vai ser legal! INFO: (65) 9608 6153
Que tal uma confraternização exatamente no feriado do aniversário? Junte os amigos para um jantar na noite de 8 de abril na CASA DO PARQUE, ao som do Pianista PAULO ADRIANO. Seu repertório são clássicos românticos. INFO: (65) 3365 4789 e 8116 8083
Na Galeria de Artes do SESC ARSENAL, o fotógrafo JOSÉ MEDEIROS expõe JÁ FUI FLORESTA, uma instalação fotográfi ca que permite participação da família inteira numa mostra ora teatralizada como retratos espelhados, ora como registros documentais do povo indígena Ikpeng, do Médio Xingu. Terça a sábado das 14h às 17h e 18h às 21h. Domingo e feriado das 16h às 21h. Confi ra! Entrada franca. INFO: 065 3616 6917
No sábado 11, de abril, das 9 às 22h acontece O ARTE E CULTURA NA MANDIOCA, um circuito cultural realizado pela Casa Silva Freire, Bendito Mercado e Gran Bazar PAC na região da PRAÇA DA MANDIOCA. São muitas atrações culturais, gastronomia, feira de livros, bazar, obras artísticas e a participação do Grupo “Sonata das Mãos” às 16h no ESPAÇO SILVA FREIRE, formado por alunos do 2º ao 9º ano do SesiEscola. Imperdível!
pela qual passa a cidade, nem toda ela
o que fazer a partir daqui? Urano e Plutão demandam que acordemos para nosso papel crucial e individual na melhoria do mundo em que vivemos. Exigem verdade,
pessoal pelo caos social. – Não, não é só
pela queima das mentiras e impurezas – e sim, no sentido literal, a cidade está cada
dia mais quente e vai piorar antes que
de transformação radical, não só
mas principalmente em sua alma, em sua identidade. O que queremos
ser a partir daqui? Qual nosso propósito maior? A mais crucial das transformações que precisa acontecer é na transparência e
que deve ser acompanhada pelo cidadão representado por ela – portanto, governo e prefeitura
acordar para o seu papel. Até que
vista como acolhedora e calorosa, de
sempre foi, muitas transformações ainda terão que ocorrer. Algumas delas agenciadas por seu povo, outras tantas, à revelia dele. Se essas mudanças serão para pior ou para melhor, depende do
continua com seus lindos e acolhedores
damos de volta?
BOTA A CARA NO SOL!De uma vasta programação comemorativa aos 296 anos de nossa capital sugiro algumas para este momento festivo, e na página seguinte, com o GARIMPO CULTURAL, como todas as semanas, sigo enfatizando produções culturais que possam educar e entreter nós que aqui acompanhamos cada dia do paraíso ensolarado.
Breakingbad**
NA BEIRA RIO
expressão ‘break bad’ refere-se ao fato de alguém inesperadamente agir de modo violento ou simplesmente se tornar um criminoso. Alguns
* become angry and aggressive* go bad* turn toward immorality or crime* behave in a violent manner for no good reason* defy authority
**Breaking Bad foi uma série de TV criada
e produzida por Vince Gilligan.
e tornou-se uma pessoa má. Essa mudança de comportamento pode ser temporária ou
la de acordo com cada contexto:
He just decided to break bad and nobody knows why. (Ele simplesmente
o porquê.)
Most times she could discipline herself, but every now and then she broke bad. (Na maior parte do tempo ela
conseguia se controlar, mas vez ou outra ela
I don’t want to make eye contact with this sucker because he may break bad on me.
porrada.)
They broke bad last night. (Deu a doida neles ontem à noite.)
If a white man was to come over here and ask me anything, I wouldn’t break bad with him.aqui e me perguntasse alguma coisa, eu não sairia na porrada com ele.)
de violência momentânea ou de que o c o m p o r t a m e n t o d a p e s s o a m u d o u drasticamente.
regionalismo, comum em certas regiões do sul
se tornou mais conhecida não só por lá mas
dois anos. Já estava me perdendo nos dias. Sou
que a gente preza muito a
até achei que novas aventuras seriam
mulher, o que menos importa é o sexo. Ela até falou que parecia perto se vermos no mapa. Mas da minha cidade até este
Para passar o tempo, faço poemas. Aqui o tempo quase não passa. Animais ditam o tempo com seus grunhidos. Nunca havia visto um lugar como este. Tem pontos que não tem nenhuma civilização por perto. Caminha-se horas sem ver o sol. Uma mata densa, fechada, com árvores maiores que montanhas
agora sei, porque os que vieram dantes chamaram aquia de Mato Grosso.
Ninguém nas cidades, ou então no velho mundo, do outro lado do Oceano, quer fazer este tipo de serviço. Explorar o inexplorável. Por isso pessoas como eu são tão importantes: trazemos o
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e apaixonada pelo
João Carlos Manteufel, mais
conhecido como João Gordo, é um
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CULTURA EM CIRCUITO PG 2
desenvolvimento para as cidades, custe o que custar.
– Senhor Pascoal. Não encontrei os nativos, mas achei algo que possa lhe interessar.
– Deixa-me ver.
naquele milagre vivo: jamais tinha visto pepita de ouro daquele tamanho.
este território. Escrivão, se atenha muito
peixes, ao qual nativos chamam de Coxipó,
corrente de mil setecentos e dezenove depois da morte de Cristo, Nosso Senhor, que estas terras pertencem à coroa. E vida
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CUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015
GARIMPO CULTURALPor Luiz Marchetti
Você pode participar do GARIMPO CULTURAL submetendo
NEM PÉS E MIL CABEÇAS > Espetáculo de Dança
da escritora ELIETE BORGES.
arte e performance. É a criação de algo inovador na Dança e na Literatura em Mato Grosso. Junto com MARIANA PRATES, Eliete interpreta fragmentos literários para noções de movimentos. A CIA DUAS PALAVRAS se apresenta
SESC Rondonópolis. INFO: (66) 3411 1491 e 3411 1465
LORENA LY > Nesta quinta LORENA LY
interpreta canções de DJAVAN na CASA DO PARQUE. Djavan Caetano Viana nasceu em Maceió e é um dos mais admirados compositores nacionais. Suas composições ganharam trilhas de novela e agora a garganta talentosa desta intérprete querida.
show a partir das 21h. INFO: (65)3365 4789 e 8116 8083
JORNALISMO LITERÁRIO COM CRISTIANE COSTA > Participe
análises de clássicos do jornalismo literário para aquisições de técnicas,
propõe o uso de novos dispositivos para criação de textos eletrônicos. O convite no Site do SESC atiça:. “...
jornalismo literário fora dos grandes
INFO: (65) 3616 6922
HENRIQUE MALUF TRIO > O Show “TUDO JUNTO E
MISTURADO”Maluf Trio está de volta no
GRAN BAZAR PAC ali na Praça da Mandioca. Um animado passeio pelo jazz,
salsa. Já vi o show e gostei
PALCO GIRATÓRIO 2015: PROIBIDO ELEFANTES > O maior FESTIVAL DE ARTES CÊNICAS chega no
de maio no SESC Arsenal. E nesta semana do aniversário da capital o SESC antecipa uma apresentação especial com a CIA GIRADANÇA (RN)
fala do olhar como porta de
o ingresso uma hora antes do espetáculo. INFO: www.sesc.com.br/palco
ADORAMESTIMO, DE FILIPE AMOUROUS >
Amourous. O livro originou-se no
é um engenheiro civil português que aportou no Brasil há dois anos para
e do encontro com novas formas de viver, surgiram as inspirações para esta coletânea. O lançamento com sessão de autógrafos será na LIVRARIA JANINA DO PANTANAL SHOPPING às 19 horas.
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udo que plantam na esquina do Liceu apodrece. Dá nada. Qualquer hora montam outra coisa pra
apodrecer. Ignora saporra de calor. Anda, olha o cheiro do pastel da feira, essa Getúlio
diliça de cheiro, xomano. Passa
vendia algodão doce ali perto da escada rolante, tinha um maluco que plantava na porta e pedia pra qualquer um que passava comprar pra ele. Às vezes
conseguia antes do segurança enxotar. Na esquina com a Miguel Sutil já teve coisa pra
que tudo dói, xomano, remédio não sai de moda.
Essa trincheira. Demorou pra
não fui em jogo nenhum. É, essa casa aqui. Agora tá vazia, todo mundo na rua. Bem que cê disse. Vamo voltar. Para de arrastar o
Bora. Vira aqui no Liceu de
descer essa rua dá numa padoca
mas então, a padoca, colocaram
de chocolate lá que até treme o dente, tá ligado?
Mato Grossona veia. Essa é outra, um monte de coisa não
o nome desse posto. Vai indo.
com muita vontade cê alcança
médico, não foi? Esse relógio é mito. É, uai. Não sei, é tipo um monumento da cidade. Pra direita. Morro da Luz. Não sei,
pra mim tem tanta luz quanto nos outros lugares. Esse ponto é canal, se cê for mesmo vender trufa pra tua mãe. É. Pessoal
Entra, entra. Senta na escada. Ah, motorista nem liga mais.
fundo.
cheia de hotel ao redor, né? Tá vendo aquela tia ali? Pão de
aqui. Direita. Reto cê vai pra Chapada, tá louco, paradeiro lá,
Tá vendo? Poisé, aqui nessa rua sempre tem cracudo. Pô, os
que você. Sai pra lá. É ele, ali? Te falei que tava com os noia.
quando ele tá aqui? Ontem à noite? Então tem que ver onde ele tava antes, xomano, agora tá viajando, não vai falar coisa com coisa. Pô, esse teu irmão não toma jeito. Tá, leva ele pra casa.
Eu? Vou voltar pra Isaac. Tô cuidando duns carros lá. Dá
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TCUIABÁ 296
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s
Por Santiago Santos
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CENAS DE LEITURA, CENAS DA CIDADE:
traços da religiosidade,
rica em festas populares,
por outro, prenhe de poesia, com sua gente doce e resistente: de tudo isso
toca o coração de cada um. Completando
comerciais, dos casarios antigos, das praças,
festas, oportunizando duas perspectivas de contemplá-la e dela usufruir.
Scaff e Luciene Carvalho, realizaram em seus poemas a mais completa compilação
cidade cheia de humanidade. Ao descrever
na delicadeza de uma temporalidade cheia
lugar vivido transforma-se em uma relação existencial entre o poeta e o lugar, em que tudo emana cores, cheiros e sons.
de seus poemas faz inúmeras declarações
de amor à cidade. Em suas poesias Ivens Scaff nos convida a pensar nos lugares que produzimos em nossa relação cotidiana, em
está encarnada em nós, principalmente em
Em Porto (2012) Luciene Carvalho relata
do Porto, os poemas de Luciene Carvalho nos conduzem aos modos de vida das lavadeiras, das prostitutas, dos pescadores,
um olhar que seja capaz de ver através do
existentes, mas se permitindo emocionar, vivenciar, entender e sentir prazer com a leitura de nossos poetas e prosadores.
a ç a o m e s m o , a o c o n t r á r i o . D ê u m s o r r i s o verdadeiro praquele comentário. Reaja com calma ao ataque
Seja milionário em virtudes. Mesmo que seja proletário. O mundo de
inventário....Viver em sociedade é um teatro,
conhecermos a nós mesmos....
humana. E que o ócio sem produção é doentio. Mas dias sem agenda capitalista nos dão a pista do quanto nossa civilização é sem noção.
...
coisa pra domingo é ser travesseiro, para
coisa pra domingo é ser livro, para poder
Amauri Lobo é
artista, jornalista e
sociólogo.
Vive a vida intensamente.
Por
Am
auri
Lob
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pra domingo é ser casal, para poder dividir.
...
explodindo no ar. Por isso, a única solução
...
anos fundamos uma vila e nunca paramos
virar metrópole e não paramos de chegar.
CF
Rosemar Coenga é
doutor em Teoria Literária e
apaixonado pela literatura de
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CUIABÁ: QUEM SOBREVIVER,
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CUIABÁ DE FÉ
as tradições das festas religiosas, esta é a
padroeiro São Bom Jesus, Senhor Divino e o Santo festeiro São Benedito, além de São João Batista, Santo Antônio, e outras festas, é uma
Senhor Divino, e o povo em caminhada nas visitações nos
festa com quatro dias de duração no Largo do Rosário, e o
padrinho São Benedito, às 5 horas da matina e às 19 horas, o templo de Deus lota nas graças alcançadas. Vimos nesta
Ivone Biancardini do Prado, Osvaldo Botelho, Benedito
LUZES CUIABANAS
amor a esta terra que tem como nosso padroeiro o Senhor
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Carlinhos é jornalista
e colunista social
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CUIABÁ 300 ANOS
fazer o planejamento em torno das comemorações dos
é a mãezona de todos. Se na festa dos 250 anos que
durante o ano todo, com grandes festas, solenidades, até chegar
contou com uma equipe de primeira linhagem, composta pelos
América do Sul, era cortado com a espada do fundador da cidade,
para os 300 anos já pensou em tudo isto? Principalmente no
CUIABÁ 300 ANOS
cultura e da intelectualidade, religiosidade. Cara de
Costa, D. Eulália, Nilda Peixaria, Edna Lara, Leila Malouf, Annie Miralia, Lucinda Persona, João Bosco Duarte, Gervane de Paula, deputado Emanuel Pinheiro, Loescir Addor Alves Corrêa, deputado Wilson Santos, esta representatividade desta terra, onde
dos meus amores, o que me deixa estarrecido são alguns colunistas de sites e de jornais que não escrevem fatos, contos, histórias desta terra que tem uma pauta imensa para escrita, e passa como
há no mundo nenhum, até uma espiada, olhada, tudo é cheio de
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para comemorar mais um an ive r sá r io . A
q u a n d o a E s t a ç ã o Primeira de Mangueira estendeu
mil componentes do Carnaval, ano em que Jamelão, tradicional
enredo mangueirenses, completaria 100 anos. Em 2013 foi a vez de o
lançou-se à tarefa de investir na Escola Estação Primeira de Mangueira para que a capital mato-
enredo da escola. O Carnaval
do Estado às pessoas de todos os
fez alusão aos costumes mato-grossenses, sem esquecer-se da devoção a São Benedito.
Bororo que indica ser um lugar onde
Grosso e Mato Grosso do Sul. À
paulistas que adentraram em seus territórios no século XVIII, quando organizaram expedições para
O p o v o B o r o r o , q u e s e autodenomina Boe e é falante
foi referendado na composição do
de Mangueira. Com certo esforço, sua presença pode ser lida nas entrelinhas da letra da canção e nas alas carnavalescas e carros alegóricos. Mas o Carnaval se
da Mangueira que homenageou
Benedito eu vou dançar com
comemorações. Que cada um escolha o seu e procure seu par, com
pelo chocalho Bororo.
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Theresa é arquiteta, consultora de
quadros de amigos
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SER PRESENTE SEMPRE
sol são um exemplo. Nós nos acostumamos com tudo. Nos acostumamos com
com o nosso quarto, com cheiro, até com a dor e com a vida que levamos. E tudo o que fazemos e sentimos é sem consciência. Isto, com o tempo, se torna
mecânico, fazendo as mesmas coisas dia após dia. Ter consciência é o dever de todos, estar
de um novo começo. Os pensamentos e as emoções são os alimentos sutis para seguirem e trilharem seus caminhos. À medida que se tornarem mais conscientes, entram numa dimensão maior, tendo como meta o ilimitado. Disciplinar a mente e focar naquilo que desejarem é o
sem que as pessoas se deem conta do potencial nutricional dessas frutas tropicais. Portanto propusemos estudar a manga, o caju e a
nutricional dessas frutas.
que esta vitamina faça parte da primeira linha de defesa do organismo e, por ter facilidade em doar elétrons, possui ação antioxidante. Evidências sugerem que a vitamina C pode desempenhar papel importante na prevenção do câncer.A manga é rica em carotenoides, que lhe conferem a cor amarela, laranja e avermelhada. Dos mais de 600 carotenoides conhecidos atualmente, cerca de 50
ter saúde e qualidade de vida.
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Wania Monteiro de Arruda é
que divulga em seu site e no Insta
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Elini Jaudy é cuiabana,
publicitária e colaboradora do
jornal Circuito Mato Grosso.
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HEALTH
YLIFE
FITNESS
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MUSIC
TRAVEL
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NIGHT
PEOPLE
Essa coluna é um especial ao aniversário de 296 anos de Cuiabá e colhi alguns depo-imentos dos meus amigos e leitores relatando o que mais gostam na nossa terrinha e o que faz daqui um lugar tão especial. Tim-tim!
- “Mojica de pintado com farofa de banana. E a hospitalidade do povo.” Guilherme Momensohn
- “Uma das coisas que mais gosto nesta cidade é do convívio caloroso, em cada esquina trocam-se abraços e afetos... Aqui todos se conhecem e isso eu adoro! E outra coisa: por estar a uma hora da Chapada.” Alia Yassin
- “Do seu pôr do sol, sempre lindo, e de sua gente alegre e de bem com a vida.” Bia Spinelli
- “O que mais gosto e que senti muita falta quando morei em São Paulo foi do calor fraterno das pessoas. Aqui, todos ainda se conhecem, se acolhem, se tornam parte da família sem ser, se ajudam mas, como tudo, também tem o lado ruim. A fofoca e a mania de palpitar na vida alheia.” Tereza Mello
- “Cuiabá tem muita coisa boa, terra de gente de verdade. Nossa culinária é riquíssima. Desde o peixe à farofa de banana, o tradicional bolinho de arroz. O calor do povo cuiabano não tem igual. Dormir na rede embaixo de uma boa sombra. Amo Cuiabá.” Morgana Barros
- “Eu sou apaixonada pelas pessoas de Cuiabá, vários dizem que são pessoas com mente de interior etc. etc... Mas, para mim, ainda mais agora que estou fazendo intercâmbio, são pessoas muito amáveis, felizes, amigas e acolhedoras, difícil de encontrar por aí!” Amanda Freires
- “O que eu mais gosto na cidade que eu nasci e me orgulho dela são as pessoas. Impressionante como as pessoas que vivem aqui são acolhedoras, amáveis e festeiras.” Ziad Fares
- “Vou te dar umas dicas suuuuuuper “únicas” hiiiiiper “singulares”: Comida - pacu assado, mojica de pintado, bagre ensopado e, claro, a melhor piraputanga frita. Música - Lógico que é o lambadão. Mas não podemos deixar de destacar o rasqueado e as representativas danças Siriri & Cururu. Lugares - Praça Mandioca, o melhor do Chorinho e Buteco do Grilo. Na Lixeira, as melhores “canelas de pedreiro” (aquelas bem d’geladas) estão lá. Local pra banhá – Sabe, cidade quente igual Cuiabá o povo tem que ter um lugar pra banhá. Com a interdição da Salgadeira, agora a Bica da Caixa D’Água, em Várzea Grande, está concorridíssima.” Kadu Rachid
- “Como já tive a oportunidade de morar fora e até mesmo viver experiências fora do país, sou apaixonado pela maneira acolhedora que o povo cuiabano tem com as pessoas. Amizade se faz com facilidade e com uma pequena troca de palavras você já é convidado para dentro de casa. Povo hospitaleiro e acolhedor, muito me orgulho de Cuiabá.” Carlos Eduardo
Manfrio (Pico)
- “Aqui ainda tem muito verde, muitas opções de festas, chácaras, rios e pousadas. Gosto muito da biodiversidade cultural e turística da nossa Baixada Cuiabana e do jeito que o cuiabano nos trata. Sempre festeiros, e foi isso que contaminou quem veio de fora como eu.” Moacir Pires
- “Amo o sol, amo a chipa de Dona Eulália e amooooo o Parque Mãe Bonifácia.” Célia Alves
Marília Beatriz é a feliz compradora da obra “Vaso Antropofágico” da exposição Água de Bica, de João Sebastião, n’A Casa do Parque. Pode algo mais cuiabano?
UM BRINDE À NOSSA CUIABÁ
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