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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 17 de junho de 2019
Página 65
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Sabesp inaugura poços profundos em Cabreúva ................................................................................ 4
Modelo de privatização da Sabesp não foi descartado, diz secretário de SP ........................................... 5
Sabesp cai na Bolsa após declaração sobre capitalização .................................................................... 6
Privatização da Sabesp não foi descartada, diz secretário de São Paulo ................................................ 7
Privatização da Sabesp não foi descartada, diz secretário de SP .......................................................... 8
Capitalização da Sabesp é mais viável no momento, diz secretário de SP ............................................. 9
Sabesp ainda pode ser privatizada ................................................................................................... 9
Privatização da Sabesp não é descartada ....................................................................................... 10
SIMA INSTALA COMITÊ DE INTEGRAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................................... 11
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ..................................................................... 12
Guarantã: caminhão tomba e combustível vaza em rodovia .............................................................. 12
Mau cheiro na região do Belval já dura dois dias e ‘sufoca’ moradores ............................................... 13
Projeto pioneiro no Brasil transforma lixo em combustível ................................................................ 15
Defesa Civil alerta para piora na qualidade do ar ............................................................................. 16
PMA apreende 2.400 kg de camarão ilegal no Parque Estadual da Ilha Anchieta em Ubatuba (SP) ......... 17
Uma tonelada de polvo é apreendida por pesca irregular no litoral de SP ............................................ 18
Chácara Baronesa: Lixo e queda de árvores atormentam moradores ................................................. 19
Obra para Implantação do Sistema de Desidratação de lodo da ETA I continua ................................... 20
Campanhas 'quando acaba a pilha' e 'copróleo' mobilizam escolas ..................................................... 21
Contaminação dos frentistas ......................................................................................................... 22
Nota de esclarecimento – obras SP-300 ......................................................................................... 22
Ajuizada ação para regularizar estação de tratamento de esgoto em Corumbataí ................................ 23
Prefeitura inicia recuperação da área de transbordo, investindo em segurança dos servidores e melhorias ambientais ................................................................................................................................. 24
Desperdício: Prefeitura paga aluguel de prédio inutilizado ................................................................ 25
Sabesp aprova emissão de debêntures de até R$ 400 milhões .......................................................... 26
Sabesp anuncia 24ª emissão de debêntures simples ........................................................................ 26
Pesquisa indica que 71% apoiam concessão do Semasa ................................................................... 27
Câmara de Santo André admite reforço de segurança pós-crise......................................................... 28
Dia a Dia - Impactos ambientais de obra preocupam deputado ......................................................... 29
Usinas paulistas da Bunge Açúcar & Bioenergia renovam Certificação Etanol Mais Verde ...................... 30
Cetesb autua mil veículos por fumaça preta .................................................................................... 31
Em SP, 30% da água não chega às torneiras .................................................................................. 32
Litoral Norte: Chuva e lixo contribuem para o aumento no número de praias poluídas | Notícias do Litoral Norte SP .................................................................................................................................... 33
No rastro de indenizações milionárias ............................................................................................ 35
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 39
Projeto brasileiro para salvar o pirarucu é premiado nos EUA: 'Espécie fantástica', diz biólogo .............. 39
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Grupo de Comunicação e Marketing
Por que as pessoas retiram as garras dos gatos, prática que começa a ser proibida nos EUA ................ 41
G20 alcança primeiro acordo para reduzir lixo plástico no mar .......................................................... 45
Chefe da ONU pede que UE aumente para 55% o corte de emissões até 2030 .................................... 46
Câmaras de comércio assinam acordo para defender ações climáticas ............................................... 47
No Vaticano, 'gigantes do petróleo' assinam compromisso para manter o aquecimento global abaixo de
2ºC ........................................................................................................................................... 49
Hidrogênio pode ser a chave na transição energética, aponta Agência Internacional de Energia ............ 51
Flygskam, a 'vergonha de voar' que preocupa a indústria da aviação na Suécia................................... 52
Saiba o que fazer ao identificar animais nas estradas ....................................................................... 54
Empresas podem agora monitorar o desmatamento em todo o mundo ............................................... 55
Lixo eletrônico: de quem é a responsabilidade? ............................................................................... 57
Governo publica medida provisória que acaba com data limite do CAR ............................................... 63
16 de junho é o Dia Mundial da Tartaruga Marinha! ......................................................................... 65
ENTREVISTA Estados devem manter o monopólio da distribuição de gás, afirma secretário do Rio Grande
do Sul ........................................................................................................................................ 67
Mudança climática afeta meio ambiente ......................................................................................... 70
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 71
Painel: Governadores do NE querem retomar contrato com organização do Mais Médicos ..................... 71
Mônica Bergamo: Bancada evangélica vai apoiar Moro de forma incondicional..................................... 73
Clóvis Rossi: Um mau começo ...................................................................................................... 75
Fantasma, Tchernóbil renasce com turismo da tragédia nuclear ........................................................ 76
Brasil vende vantagens ambientais de carros a etanol contra avanço de carros elétricos ...................... 78
'Internet' das florestas está ameaçada pelo aquecimento global ........................................................ 80
Vinte anos após 1º leilão, Petrobras opera 95% da exploração de petróleo ......................................... 81
Não foi aposta, diz italiano de ágio de 53.500% em 1º leilão de petróleo do Brasil .............................. 83
O que a Folha pensa: O grande leilão ............................................................................................. 84
Saiba como comprar ações da Petrobras à venda pela Caixa ............................................................. 85
Tabata Amaral: Conspiração contra o meio ambiente ....................................................................... 87
Com concessão de parques, governo quer aumentar arrecadação e visitas ......................................... 88
ESTADÃO ................................................................................................................................... 91
Projeto que flexibiliza licenciamento abre espaço para ‘guerra fiscal ambiental’ ................................... 91
Bolsonaro edita nova MP que altera Código Florestal ........................................................................ 93
Petrobrás faz a maior descoberta desde o pré-sal, em Sergipe e Alagoas ........................................... 95
Olhai os lírios no campo (Mateus 6:24-33) ..................................................................................... 97
Palmeiras exóticas serão retiradas do Parque Trianon, em São Paulo ................................................. 99
VALOR ECONÔMICO ................................................................................................................... 100
Tomada de três pinos vira alvo das reformas do governo Bolsonaro .................................................. 100
Suez defende novo marco para saneamento .................................................................................. 102
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Data: 15/06/2019
Veículo1: Portal do Governo SP
Veículo2: A Tarde
Sabesp inaugura poços profundos em
Cabreúva | Governo do Estado de São Paulo
Há também outras obras em andamento no
Distrito de Jacaré e região, que vão beneficiar
diretamente os 40 mil habitantes
Neste sábado (15), a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp) inaugura os poços profundos P5, P6
e P7 do distrito Jacaré, localizado no município
de Cabreúva. Na ocasião, o prefeito Henrique
Martin, o secretário de Infraestrutura e
Meio Ambiente de São Paulo, Marcos
Penido, o diretor de Sistemas Regionais da
Sabesp, Ricardo Borsari, e autoridades
também realizam visita técnica às demais
obras de abastecimento atualmente em
execução no mesmo distrito e que irão ampliar
a oferta de água e a segurança no
abastecimento aos mais de 40 mil moradores
do distrito de Jacaré e região.
Iniciada em julho de 2018, a perfuração dos
poços demandou investimentos de R$ 420 mil
e irá ampliar a disponibilidade hídrica em 1,3
milhão de litros por dia para os moradores do
Jacaré. Paralelamente, o pacote de obras em
andamento soma investimentos de R$ 9,4
milhões, com destaque para a ETA Jacaré,
estação compacta com capacidade de
produção de 150 litros por segundo.
Também integram as intervenções do novo
sistema a recuperação do canal de captação
do Ribeirão Piraí, a ampliação da estação
elevatória de água bruta, a implantação de
dois reservatórios (um de 500 mil litros e
outro de 1 milhão de litros) no Centro de
Reservação Vilarejo, a instalação de nova
estação elevatória de água tratada, adutora de
água tratada e tanque de sedimentação. A
previsão é que o novo sistema entre em
operação em março de 2020.
Outras obras
O cronograma de obras da Sabesp em
Cabreúva ainda traz o remanejamento de
redes e ligações de água do bairro Vale Verde
em uma extensão de aproximadamente quatro
quilômetros; implantação de 25 quilômetros
de coletores e da Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) – estes em fase de licitação; e a
implantação da rede coletora de esgoto no
bairro do Barbudos.
Os trabalhos e as ações da Sabesp têm como
objetivo reafirmar a missão da Companhia de
prestar serviços de saneamento, contribuindo
para a melhoria da qualidade de vida e do
meio ambiente.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/sabesp-inaugura-pocos-
profundos-em-cabreuva/
http://atarde.uol.com.br/economia/noticias/20
67276-modelo-de-privatizacao-da-sabesp-
nao-foi-descartado-diz-secretario-de-sp
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Isto É.com
Veículo2: Exame. com
Data: 14/06/2019
Modelo de privatização da Sabesp não foi
descartado, diz secretário de SP
Estadão Conteúdo
Apesar de destacar apenas a capitalização da
Sabesp durante evento nesta sexta-feira, em
São Paulo, o secretário de Infraestrutura e
Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
Marcos Penido, afirmou que o modelo de
privatização não foi descartado. “Não é que foi
descartada (a privatização). Nossa primeira
visão é a questão da capitalização, para mudar
o patamar da Sabesp, transformá-la numa
holding. Não se descarta uma privatização e
uma empresa forte. A partir de quando se
criar a holding, se aumenta a capacidade de
investimento, ela passa a ser mais atrativa”,
afirmou, durante evento promovido pelo Lide,
na manhã desta sexta-feira, 14.
Segundo Penido, hoje o principal tema para o
avanço do processo é o marco regulatório do
setor. “Estamos aguardando aprovação”,
disse. Conforme o secretário, o modelo de
capitalização se mostra hoje mais viável, mais
seguro, mas tal visão não fecha a porta para
uma privatização “no momento mais viável,
que for mais vantajoso”, disse.
Ainda conforme o secretário, o grupo de
trabalho está estudando a questão da Sabesp
junto do conselho e trabalham todas as
hipóteses. Penido destacou que o grande
balizador do processo envolvendo a Sabesp
será a aprovação do marco legal. “PL foi
aprovado no Senado e em revisão na câmara.
Esse vai ser o grande balizador e o norte que
vai definir inclusive a finalização da
modelagem e prazos previstos”, disse.
Questionado sobre como o governo pretende
proceder com a capitalização, se seria por
diluição da participação, disse que tudo vai ser
definido na modelagem. “Valor do
investimento depende justamente do que virá
no fechamento do marco regulatório”,
afirmou.
O Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo reforçou
que, após a capitalização, a Sabesp terá
capacidade para não só atuar em São Paulo,
mas auxiliar outros agentes. “Ela tem
capacidade para não só atuar no Estado de
São Paulo, como também vir ajudar a blocos
em outros locais e levar essa expertise para o
Brasil, cuidando desse ponto que é frágil no
País. Só 40% da população tem esgoto
tratado”, disse.
Segundo Penido, este é um momento
oportuno para que a empresa saia do patamar
que está e passe a vir a ser uma empresa
ainda maior e consiga elevar o potencial de
investimento.
https://istoe.com.br/modelo-de-privatizacao-
da-sabesp-nao-foi-descartado-diz-secretario-
de-sp/
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25449849&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Exame.com
Data: 14/06/2019
Sabesp cai na Bolsa após declaração
sobre capitalização
Por Roberto Samora, da Reuters
O secretário de Infraestrutura de São
Paulo, Marcos Penido, afirmou que a
capitalização da companhia é mais viável no
momento do que a privatização
Sabesp: governo paulista afirma que estudos estão sendo
avaliados (Divulgação/Divulgação)
SÃO PAULO (Reuters) – A capitalização da
Sabesp é mais viável no momento do que a
privatização da companhia, disse o secretário
de Infraestrutura de São Paulo, Marcos
Penido, nesta sexta-feira, mencionando que o
marco regulatório do setor aguarda aprovação
pela Câmara dos Deputados.
“Hoje estamos discutindo o marco regulatório,
e se mostra mais viável, neste momento, a
capitalização (da Sabesp), mais seguro, mas
uma porta não fecha a outra”, disse o
secretário, explicando que não descarta a
privatização da companhia no futuro.
As ações da Sabesp caíam 3,45% às 15h55,
enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,91%.
Segundo o secretário, estudos sobre a
capitalização da Sabesp estão sendo feitos,
um grupo de trabalho já está formado,
“fazendo toda a modelagem econômica e
financeira”. Ele disse que não há previsão para
a operação acontecer.
“E depende do marco regulatório, aprovado no
Senado e em revisão na Câmara”, acrescentou
o secretário.
Questionado como o governo de São Paulo
seria diluído na operação, ele repetiu que os
estudos estão sendo realizados.
Penido afirmou ainda que a Sabesp mais
fortalecida –a empresa é a quarta do mundo
em saneamento, segundo o secretário–,
poderia operar além da área do Estado de São
Paulo.
https://exame.abril.com.br/economia/sabesp-
cai-na-bolsa-apos-declaracao-sobre-
capitalizacao/
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7
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jovem Pan.uol.com
Data: 14/06/2019
Privatização da Sabesp não foi
descartada, diz secretário de São Paulo
Por Jovem Pan
O modelo de capitalização da estatal foi o que
recebeu maior destaque durante evento nesta
sexta-feira (14)
O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido
O secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos
Penido, afirmou nesta sexta-feira (14) que
não foi descartado o modelo de privatização
da Sabesp. O modelo de capitalização da
estatal foi o que recebeu maior destaque
durante evento do Lide que ocorreu nesta
manhã.
Não é que foi descartada [a privatização].
Nossa primeira visão é a questão da
capitalização, para mudar o patamar da
Sabesp, transformá-la numa holding. Não se
descarta uma privatização e uma empresa
forte. A partir de quando se criar a holding, se
aumenta a capacidade de investimento, ela
passa a ser mais atrativa”, afirmou Penido.
Segundo o secretário, o grupo de trabalho
está estudando a questão da Sabesp junto do
conselho e trabalham todas as hipóteses.
Penido destacou que o grande balizador do
processo envolvendo a Sabesp será a
aprovação do marco legal.
“PL [Projeto de Lei] foi aprovado no Senado e
em revisão na Câmara. Esse vai ser o grande
balizador e o norte que vai definir inclusive a
finalização da modelagem e prazos previstos”,
disse.
Questionado sobre como o governo pretende
proceder com a capitalização, se seria por
diluição da participação, disse que tudo vai ser
definido na modelagem. “Valor do
investimento depende justamente do que virá
no fechamento do marco regulatório”,
afirmou.
O Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo reforçou
que, após a capitalização, a Sabesp terá
capacidade para não só atuar em São Paulo,
mas auxiliar outros agentes. “Ela tem
capacidade para não só atuar no Estado de
São Paulo, como também vir ajudar a blocos
em outros locais e levar essa expertise para o
Brasil, cuidando desse ponto que é frágil no
País. Só 40% da população tem esgoto
tratado”, disse.
Segundo Penido, este é um momento
oportuno para que a empresa saia do patamar
que está e passe a vir a ser uma empresa
ainda maior e consiga elevar o potencial de
investimento.
*Com informações do Estadão Conteúdo
https://jovempan.uol.com.br/noticias/brasil/pr
ivatizacao-da-sabesp-nao-foi-descartada-diz-
secretario-de-sao-paulo.html
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: R7 Notícias
Data: 14/06/2019
Privatização da Sabesp não foi
descartada, diz secretário de SP
Marcos Penido argumentou que pretende
"mudar o patamar da Sabesp" pela
capitalização, mas que processo deve esperar
pela aprovação do marco legal
Em evento promovido pelo Lide (Grupo de
Líderes Empresariais), o secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de
São Paulo, Marcos Penido, afirmou nesta sexta
(14) que o modelo de privatização ainda não
foi descartado para a Sabesp.
"Nossa primeira visão é a questão da
capitalização, para mudar o patamar da
Sabesp, transformá-la numa holding. Não se
descarta uma privatização e uma empresa
forte. A partir de quando se criar a holding, se
aumenta a capacidade de investimento, ela
passa a ser mais atrativa", afirmou.
Segundo Penido, hoje o principal tema para
o avanço do processo é o marco regulatório do
setor. "Estamos aguardando aprovação",
disse. Conforme o secretário, o modelo de
capitalização se mostra hoje mais viável, mais
seguro, mas tal visão não fecha a porta para
uma privatização "no momento mais viável,
que for mais vantajoso", disse.
Ainda conforme o secretário, o grupo de
trabalho está estudando a questão da Sabesp
junto do conselho e trabalham todas as
hipóteses. Penido destacou que o grande
balizador do processo envolvendo a Sabesp
será a aprovação do marco legal. "PL foi
aprovado no Senado e em revisão na câmara.
Esse vai ser o grande balizador e o norte que
vai definir inclusive a finalização da
modelagem e prazos previstos", disse.
Questionado sobre como o governo pretende
proceder com a capitalização, se seria por
diluição da participação, disse que tudo vai ser
definido na modelagem. "Valor do
investimento depende justamente do que virá
no fechamento do marco regulatório",
afirmou.
O Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo reforçou
que, após a capitalização, a Sabesp terá
capacidade para não só atuar em São Paulo,
mas auxiliar outros agentes. "Ela tem
capacidade para não só atuar no Estado de
São Paulo, como também vir ajudar a blocos
em outros locais e levar essa expertise para o
Brasil, cuidando desse ponto que é frágil no
País. Só 40% da população tem esgoto
tratado", disse.
Segundo Penido, este é um momento
oportuno para que a empresa saia do patamar
que está e passe a vir a ser uma empresa
ainda maior e consiga elevar o potencial de
investimento.
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https://noticias.r7.com/sao-
paulo/privatizacao-da-sabesp-nao-foi-
descartada-diz-secretario-de-sp-14062019
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9
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: DCI com
Data: 14/06/2019
Capitalização da Sabesp é mais viável no
momento, diz secretário de SP
Reuters •
SÃO PAULO (Reuters) - A capitalização da
Sabesp é mais viável no momento do que a
privatização da companhia, disse o secretário
de Infraestrutura de São Paulo, Marcos
Penido, nesta sexta-feira, mencionando que o
marco regulatório do setor aguarda aprovação
pela Câmara dos Deputados.
"Hoje estamos discutindo o marco regulatório,
e se mostra mais viável, neste momento, a
capitalização (da Sabesp), mais seguro, mas
uma porta não fecha a outra", disse o
secretário, explicando que não descarta a
privatização da companhia no futuro.
(Por Roberto Samora)
https://www.dci.com.br/neg%C3%B3cios/capitalizac-o-da-sabesp-e-mais-viavel-no-momento-diz-secretario-de-
sp-1.809549
Veículo: DCI com
Data: 15/06/2019
Sabesp ainda pode ser privatizada
O secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos
Penido, afirmou na sexta-feira que o modelo
de privatização da Sabesp não foi descartado.
'Nossa primeira visão é a questão da
capitalização, para mudar o patamar da
Sabesp, transformá-la numa holding', disse.
'Não se descarta uma privatização e uma
empresa forte. A partir de quando se criar a
holding, se aumenta a capacidade de
investimento, ela passa a ser mais atrativa.'
Segundo Penido, o principal tema para o
avanço do processo é o marco regulatório do
setor. De acordo com ele, o modelo de
capitalização se mostra hoje mais viável, mais
seguro, mas tal visão não fecha a porta para
uma privatização 'no momento mais viável,
que for mais vantajoso', destacou. Sobre
como o governo pretende proceder com a
capitalização, ele disse que tudo vai ser
definido na modelagem. 'Valor do
investimento depende justamente do que virá
no fechamento do marco regulatório.' Penido
reforçou que após a capitalização, a Sabesp
terá capacidade para atuar em São Paulo e
auxiliar outros agentes. 'Este é um momento
oportuno para que a empresa saia do patamar
que está e passe a ser uma empresa ainda
maior e consiga elevar o potencial de
investimento. /Agências
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=25514225&e=577
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10
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Litoral
Data: 15/06/2019
Privatização da Sabesp não é descartada
Apesar de destacar apenas a capitalização da
Sabesp durante evento na sexta-feira, em São
Paulo, o secretário de Infraestrutura e
Meio Ambiente do Estado de São Paulo,
Marcos Penido, afirmou que o modelo de
privatização não foi descartado. 'Não é que foi
descartada [a privatização]. Nossa primeira
visão é a questão da capitalização, para mudar
o patamar da Sabesp, transformá-la numa
holding. Não se descarta uma privatização e
uma empresa forte. A partir de quando se
criar a holding, se aumenta a capacidade de
investimento, ela passa a ser mais atrativa',
afirmou, durante evento promovido pelo Lide,
na manhã de sexta-feira.
Segundo Penido, hoje o principal tema para o
avanço do processo é o marco regulatório do
setor. 'Estamos aguardando aprovação', disse.
Conforme o secretário, o modelo de
capitalização se mostra hoje mais viável, mais
seguro, mas tal visão não fecha a porta para
uma privatização 'no momento mais viável,
que for mais vantajoso', disse.
Ainda conforme o secretário, o grupo de
trabalho está estudando a questão da Sabesp
junto do conselho e trabalham todas as
hipóteses. Penido destacou que o grande
balizador do processo envolvendo a Sabesp
será a aprovação do marco legal. 'PL foi
aprovado no Senado e em revisão na câmara.
Esse vai ser o grande balizador e o norte que
vai definir inclusive a finalização da
modelagem e prazos previstos', disse.
Questionado sobre como o governo pretende
proceder com a capitalização, se seria por
diluição da participação, disse que tudo vai ser
definido na modelagem. 'Valor do
investimento depende justamente do que virá
no fechamento do marco regulatório', afirmou.
O Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo reforçou
que, após a capitalização, a Sabesp terá
capacidade para não só atuar em São Paulo,
mas auxiliar outros agentes. 'Ela tem
capacidade para não só atuar no Estado de
São Paulo, como também vir ajudar a blocos
em outros locais e levar essa expertise para o
Brasil, cuidando desse ponto que é frágil no
País. Só 40% da população tem esgoto
tratado', disse.
Segundo Penido, este é um momento
oportuno para que a empresa saia do patamar
que está e passe a vir a ser uma empresa
ainda maior e consiga elevar o potencial de
investimento.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25484919&e=577
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11
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Protocolo Sustentável
Data: 14/06/2019
SIMA INSTALA COMITÊ DE INTEGRAÇÃO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Protocolo Sustentável
Efetivar as políticas públicas, com foco na
regionalização e em novas rotas tecnológicas
para o tratamento e destinação adequada dos
resíduos sólidos. Esse é o compromisso do
Comitê de Integração de Resíduos Sólidos
(CIRS) instalado pelo secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente Marcos
Penido, dia 12 de junho, na sede da
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente (SIMA), em São Paulo.
No cenário atual, o Estado de São Paulo
produz 40.774 ton./dia e 32% são materiais
recicláveis e apenas 0,6% é destinado à
reciclagem, de acordo com o Relatório de
Qualidade Ambiental 2018 (IQR).
'A cada dia produzimos mais lixo. Então,
precisamos nos antecipar para resolver a
questão dos resíduos. Novas metodologias,
ações de educação ambiental e
conscientização devem ser compartilhadas
com todos os prefeitos e parceiros. A SIMA
será o agente facilitador e garantidor para
tornar as novas ideias efetivas', destacou
Marcos Penido.
O trabalho do Comitê está estabelecido em
torno de seis eixos: Revisão do Plano de
Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
(PERS); Regionalização e Consórcios; Logística
Reversa, Coleta Seletiva e Ação Social;
Planejamento e Controle de operações em
Aterros Sanitários; Inovação Tecnológica para
tratamento de Resíduos Sólidos; Educação
Ambiental e Comunicação.
Definidos os temas que precisam ser
trabalhados, o coordenador executivo do
CIRS, José Valverde Machado Filho, explica
que os grupos estão encarregados de propor
soluções e alternativas para cada um deles. 'O
Comitê tem papel de governança para
concepção e aprimoramento da gestão e
gerenciamento dos resíduos sólidos no
estado', reforçou.
De formação multissetorial, o CIRS é
composto por 28 membros, entre titulares e
suplentes, da SIMA, Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB), Sabesp, DAEE
e Emae. O Comitê conta com um Grupo
Gestor com as atribuições de indicar medidas
para aprovação e implementá-las, quando for
o caso, e de apresentar relatórios das
atividades desenvolvidas. Um cronograma foi
definido para as reuniões e apresentação dos
resultados.
Texto: Luciana Reis
Foto: Francisco Lucrécio Júnior
Fonte: Revista Meio Ambiente Industrial
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25458929&e=577
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12
Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: JCnet.com
Data: 16/06/2019
Guarantã: caminhão tomba e combustível
vaza em rodovia
Marcelle Tonelli
Um caminhão-tanque carregado com
combustível tombou, no início da tarde deste
domingo (16), na rodovia Marechal Rondon
(SP-300), na altura do município de Guarantã
(80 quilômetros de Bauru). Uma operação foi
montada próxima ao quilômetro 414, na alça
de acesso com a rodovia Prefeito Américo
Augusto Pereira (SP-333), para conter o
vazamento de etanol no acostamento da pista.
O acidente ocorreu no sentido Interior-
Capital.
Segundo a Polícia Rodoviária de Lins, não
houve necessidade de interdição das pistas
para a limpeza do trecho. O Corpo de
Bombeiros e funcionários da Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
participaram da força-tarefa que durou o dia
todo.
O caminhão com placas de Mato Grosso do Sul
estaria carregado com aproximadamente 20
mil litros de etanol.
O condutor teve ferimentos e foi socorrido. As
causas do tombamento serão investigadas.
https://www.jcnet.com.br/Regional/2019/06/g
uaranta-caminhao-tomba-e-combustivel-vaza-
em-rodovia.html
13
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Barueri na Rede
Data: 14/06/2019
Mau cheiro na região do Belval já dura
dois dias e ‘sufoca’ moradores
Redação
BnRhttp://www.baruerinarede.com.br/
De acordo com os munícipes, cheiro de
produto químico é semelhante a tinta, além do
problema ser recorrente
Por Thiago Correia
Moradores da região do Jardim Belval estão
desde quinta-feira, 13/6, sentindo um forte
odor de tinta. De acordo com os munícipes, o
mau cheiro começou por volta das 4 horas e
está insuportável. O problema é o mesmo
noticiado pelo BnR em abril (relembre).
“Novamente aquele forte cheiro de produto
químico invadindo as casas no Jardim Belval.
Reportei para a secretaria do Meio Ambiente
de Barueri no Facebook. Problema crônico”,
contou um morador ao Barueri na Rede. Ele
relata que não tem crianças em casa ou
idosos, mas que “pela abrangência deve ter
afetado pessoas dessas idades”, e que é
possível que o cheiro tenha sido percebido na
Emei Ricardo Peagno, já que as tubulações
passam ao lado.
Um morador da rua Portela, também no
Jardim Belval, reclamou da situação. “Cheiro
semelhante a solvente/tinta paira sobre o
bairro. Foi a partir das quatro da manhã, já
dava para sentir dentro de casa”, afirma. O
munícipe tem uma filha de dois anos e conta
que a esposa tem rinite crônica. “Com cheiro
forte assim, [ela] começa a espirrar”, explica.
Ele também reitera que não é a primeira vez
que o bairro sofre com mau cheiro.
“Moradores do Jardim Belval acordando
sufocados dentro da própria casa por conta de
um cheiro fortíssimo de produtos químicos
(lembra tinta… não sei), que está voltando por
toda a tubulação de esgoto”, disse outra
moradora. “Isso já aconteceu antes e vocês
até fizeram uma reportagem sobre”, completa.
Um leitor do BnR alegou ter acordado com
falta de ar.
O cheiro também chegou ao Centro. “Está um
cheiro insuportável de cola/tinta aqui no
centro, pensei que só eu tivesse sentido, mas
vi outros relatos no Twitter”, relatou outra
leitora, que tem uma criança de um ano de
idade.
Na manhã desta sexta-feira, 14/6, moradores
do Jardim Itaquiti informaram que o mau
cheiro continua. “Estamos já no segundo dia
(13 e 14 de junho) inalando durante a
madrugada um forte odor de produto químico
que vem pelo sistema de esgoto”, afirmou um
munícipe.
O Barueri na Rede procurou a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente do
estado, que está ligada à Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo
(Cetesb). Em nota, informou que a Cetesb
‘foi acionada por volta das 9 horas sobre esta
ocorrência de descarte irregular de efluente
industrial durante início da madrugada, o que
prejudicou na identificação da fonte da
poluição’.
A nota disse ainda que ‘a Agência de Osasco
está em contato com a Defesa Civil de Barueri
e de Jandira, e prosseguirá nas ações de
fiscalização, com o intuito de sanar o
problema’. O BnR também procurou a
prefeitura de Barueri sobre o caso, mas não
obteve respostas até o fechamento desta
reportagem.
Córrego Itaqui
No início de abril, moradores da região do
Jardim Itaqui reportaram mau cheiro
ocasionado pelo despejo irregular de produtos
químicos no rio Barueri-Mirim. No caso, a
prefeitura confirmou que houve despejo de
produto químico no rio e que a suspeita era
que tenha vindo de uma empresa de Jandira.
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do estado informou que foi
realizada uma vistoria no local, mas que “não
foi possível identificar a fonte provável do
lançamento irregular de efluentes
possivelmente contaminados no córrego
Itaqui”.
Em dezembro, moradores do Jardim Belval
relataram forte cheiro de produtos químicos
saindo das bocas de lobo. O córrego Itaqui
cruza o bairro, desde a Arena Barueri até
desaguar no rio Barueri-Mirim, na altura do
Museu Municipal. O cheiro foi sentido na Vila
Márcia e no centro. Moradores atribuíram o
problema a uma fábrica de tintas no Jardim
14
Grupo de Comunicação e Marketing
Califórnia (relembre). Nesta terça-feira, o
bairro voltou a sofrer com o odor.
Na ocasião, ao Barueri na Rede, a prefeitura
suspeitava que os resíduos químicos
pudessem vir de cidades vizinhas, como
Jandira e Itapevi. A Cetesb não respondeu à
reportagem.
https://www.baruerinarede.com.br/cidade-
mau-cheiro-na-regiao-do-belval-ja-dura-dois-
dias-e-sufoca-moradores-jornalismo-
independente/
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Jornal Nacional
Data: 15/06/2019
Projeto pioneiro no Brasil transforma lixo
em combustível
Lixo de 800 indústrias vira resíduo que gera
energia. É o chamado CDR, o Combustível
Derivado de Resíduos.
Projeto transforma toneladas de lixo que iriam para aterros em combustível
Um projeto pioneiro no Brasil está tirando
toneladas de lixo que iam para aterros
sanitários e transformando o material em
combustível.
Uma empresa de Sorocaba, interior de São
Paulo, recolhe lixo de 800 indústrias e separa
tudo o que pode ser reaproveitado: papelão,
plástico, metais, embalagens. Tudo o que não
tem condição de ser reciclado vai para outra
área do galpão.
Numa situação comum, o material iria para
um aterro. Mas na empresa, mesmo o que não
pode ser reaproveitado tem valor, tem
utilidade. Os materiais são triturados e secos e
viram um resíduo, pronto para gerar energia.
É o chamado CDR, o Combustível Derivado de
Resíduos.
A empresa tritura 200 toneladas de resíduos
por dia e leva tudo para uma das maiores
fábricas de cimento do país, em Salto de
Pirapora. É a primeira indústria do Brasil que
aproveita este tipo material. Ele é incinerado e
gera energia nos fornos para a fabricação do
cimento. No local também são usados os
resíduos de empresas que recolhem lixo em
40 cidades do interior de São Paulo.
Com isso, a indústria já conseguiu substituir
30% de um composto derivado de petróleo,
que antes era o único combustível usado. A
estimativa é aproveitar este ano 65 mil
toneladas do combustível alternativo, que
reduz a emissão de gases que causam o efeito
estufa.
"Cada uma tonelada de CDR eu reduzo 1,2
tonelada de emissão de CO2, contando tanto a
parte de substituição do combustível em si,
mas também o que eu deixo de enviar para o
aterro, que você tem a emissão do gás
metano", explica o gerente setor de
combustíveis alternativos, Eduardo
Porciuncula.
O sistema foi licenciado pela companhia
ambiental de São Paulo, a Cetesb, que é
responsável pela fiscalização do sistema de
filtros para que a queima do material não
polua o ar.
"O potencial de geração de energia elétrica a
partir dos resíduos sólidos urbanos no Brasil
poderia abastecer 3% do consumo nacional
num ano", explica Carlos Silva Filho, diretor-
presidente da ABRELPE.
https://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2019/06/15/projeto-pioneiro-
no-brasil-transforma-lixo-em-
combustivel.ghtml
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16
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário da Região
Data: 16/06/2019
Defesa Civil alerta para piora na
qualidade do ar
Média foi de 17 microgramas de MP2,5 por
metro cúbico de ar
Francela Pinheiro
Guilherme Baffi 30/7/2018
Queimadas são as principais razões que elevam o nível de poluição no ar
A Defesa Civil alerta a população de Rio Preto
sobre os cuidados que devem ser tomados
para conter o aumento da poluição do ar na
cidade e os consequentes riscos à saúde. Isso
porque a média de concentração de poluentes
finos (MP2,5) no ar, neste mês, ultrapassou a
média recomendada como tolerável pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). Foram
17 microgramas até este sábado, 15.
Segundo a OMS, a qualidade do ar pode ser
considerada boa com uma média de
concentração de MP2,5 de até de 10
microgramas por metro cúbico de ar. Em Rio
Preto, essa concentração tolerável foi
observada até março, quando os níveis
ficaram abaixo de 9 microgramas.
Segundo o diretor da Defesa Civil Municipal,
Carlos Lamin, a principal fonte desses
poluentes são as queimadas, que pioraram em
12 dias sem chuvas. "Rio Preto tem muitos
lotes sem construção e áreas verdes extensas
que são suscetíveis ao fogo nessa época",
afirmou. "É difícil haver queimadas
espontâneas. Sempre há fator humano
envolvido".
Segundo a Defesa Civil, as principais
queimadas na cidade são pequenos incêndios
para eliminar lixo doméstico ou "limpar"
terrenos. "Proprietários, que ao invés de
cortar o material e coletar, preferem colocar
fogo", ressaltou. "Há também a queima
criminosa em cana-de-açúcar", afirmou.
O material particulado fino é resultado da
queima de materiais. Essas partículas são
dispersadas junto com a fumaça e ficam
suspensas no ar. "Muita gente vê a fumaça e
não imagina que os poluentes estão ali
dispersos", afirmou.
Nesses 15 dias de junho, houve picos
classificados como ruins para a saúde da
população em geral. A pior concentração, 74
microgramas por metro cúbico de ar de
MP2,5, foi registrada às 22h do 1º dia do mês
pela estação da Cetesb.
A cardiologista Daniela Fontes explica que a
poluição tem relação direta com doenças
respiratórias e cardiovasculares. "As vias
respiratórias trazem problemas para todo trato
respiratório, com reações inflamatórias e
sistemáticas como alergias, rinites,
bronquites, asmas até pneumonia".
A médica também ressaltou os problemas
cardíacos. "A coagulação sanguínea é afetada,
levando o sangue a ficar mais grosso,
causando eventos trombóticos e até infartos",
afirmou.
https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo
/2019/06/cidades/meio_ambiente/1154940-
defesa-civil-alerta-para-piora-na-qualidade-
do-ar.html
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17
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Pesca Amadora
Data: 14/06/2019
PMA apreende 2.400 kg de camarão ilegal
no Parque Estadual da Ilha Anchieta em
Ubatuba (SP)
Wellerson Santana
Policiais Militares da CIAMAR, a Companhia de
Policiamento Ambiental Marítimo do 3°
Batalhão de Polícia Ambiental do Estado de
São Paulo, durante patrulhamento marítimo
noturno pelo município de Ubatuba e cidades
vizinhas, surpreenderam uma embarcação
pesqueira realizando a prática de arrasto de
camarão nas proximidades do Ilhote Sul da
Ilha Anchieta.
Durante a vistoria, foi constatada ainda a falta
de licença da embarcação para tal prática,
além de dois tripulantes sem a carteira de
pescador, resultando na apreensão da
embarcação, quatro portas (petrecho utilizado
na pesca), duas redes de arrasto, medindo 20
metros cada, e todo o pescado a bordo, sendo
700 quilos de camarão sete-barbas, gerando
também três Autos de Infração Ambiental,
totalizando R$ 88.200,00 em multas.
Em outro ponto, também no interior do PEIA,
outro barco pesqueiro foi flagrado na mesma
prática, também com irregularidades, inclusive
foi identificado que as redes não possuíam o
TED (Turtlhe Excluder Device) Dispositivo de
Escape de Tartarugas, o item é obrigatório nas
embarcações acima de 11 metros de
comprimento, engajadas na pesca de arrasto.
A ação resultou na apreensão da embarcação,
quatro portas, duas redes, 1.700 quilos de
camarão e três Autos de Infração Ambiental,
totalizando R$ 208.200,00.
Os flagrantes ocorreram no interior do Parque
Estadual da Ilha Anchieta – PEIA e todo o
pescado apreendido, 2.400 quilos de camarão
Sete-Barbas, foram doados a diversas
Instituições beneficentes e carentes da região.
Devido a operação complexa de descarga de
grande quantidade de pescado, a ocorrência
que teve início no começo da madrugada
dessa quarta-feira (12) e perdurou até o final
da tarde dessa quinta-feira (13).
Denúncias podem ser feitas pelo telefone (12)
3842-0123
CiaMar – Comunicação Social
https://www.pescamadora.com.br/2019/06/p
ma-apreende-2-400-kg-de-camarao-ilegal-no-
parque-estadual-da-ilha-anchieta-em-
ubatuba-sp/
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18
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Santos e região / TV Tribuna
Data: 14/06/2019
Uma tonelada de polvo é apreendida por
pesca irregular no litoral de SP
Operação da Marinha do Brasil com apoio da
Polícia Militar Ambiental aconteceu na noite de
quinta-feira (13), em Guarujá (SP).
Tripulantes foram multados.
Equipes da Marinha do Brasil e Polícia Militar Ambiental interceptaram embarcação, em São Vicente, SP — Foto: G1 Santos
Pelo menos uma tonelada de polvo foi
apreendida, na noite de quinta-feira (13),
após operação da Marinha do Brasil em alto
mar, em Guarujá, no litoral de São Paulo. A
ação contou com a participação da Polícia
Militar Ambiental, que multou os tripulantes de
uma embarcação pesqueira em mais de R$
120 mil.
O flagrante foi feito pelo Navio-Patrulha
“Gurupi” (P47) e a lancha blindada Mangangá,
ambos à disposição do Grupamento de
Patrulha Naval do Sul-Sudeste, e que atuaram
na operação, na área de fundeio dos navios
mercantes do Porto de Santos, a cerca de 10
km da costa.
As equipes encontraram a embarcação
pesqueira 'Ebisu' às escuras, por volta das
22h. Ela foi abordada e, em seguida, houve
solicitação de apoio Polícia Militar Ambiental
Marítima para verificar a carga e a
documentação da embarcação.
Pelo menos 1 tonelada de polvo foram apreendidas em embarcação, em São Vicente, SP — Foto: G1 Santos
No local, cinco tripulantes não apresentaram
Carteira de Pesca Profissional. Também foi
constatado que eles realizavam a pesca do
polvo sem autorização. No barco, já havia pelo
menos 1 tonelada do pescado. Petrechos de
pesca usados para a captura do molusco
também foram encontrados.
Os tripulantes foram multados em R$ 124,2
mil por pescarem de modo irregular e,
também, por comprometerem a segurança da
navegação, já que não havia sinalização em
alto mar. A embarcação foi apreendida e o
pescado recolhido para ser doado a
instituições carentes da região.
Pescadores foram multados em mais de R$ 120 mil por pesca irregular de polvo, em São Vicente, SP — Foto: G1 Santos
Uma tonelada de polvo foi apreendida em São Vicente, SP — Foto: Divulgação/Polícia Ambiental
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/06/14/uma-tonelada-de-
polvo-e-apreendida-por-pesca-irregular-no-
litoral-de-sp.ghtml
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19
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 15/06/2019
Chácara Baronesa: Lixo e queda de
árvores atormentam moradores
Núcleo habitacional na divisa entre Sto.André
e S.Bernardo aguarda remoção de moradias
A vida no núcleo habitacional Chácara
Baronesa, na divisa entre Santo André e São
Bernardo, não é das mais fáceis. Ocupação
irregular, que começou há 30 anos, a
comunidade está em área de parque estadual
e, por reunir demandas cuja responsabilidade
é compartilhada pelos governos municipal e
estadual, os moradores normalmente se veem
em meio a 'jogo de empurra' entre as
administrações. Problemas como retirada de
lixo e poda de árvores, por exemplo, se
arrastam por meses e sem solução.
Na edição de quinta-feira, o Diário mostrou
que a comunidade aguarda há quase dez anos
pela remoção das moradias irregulares e
melhorias.
Em Santo André, sem coleta de lixo - as ruas
asfaltadas e com largura para tráfego de
caminhão terminam nas entradas da
comunidade - moradores acabam jogando
seus resíduos dentro do Córrego Taióca ou
entre as habitações.
Do lado de São Bernardo, ao fim da Rua dos
Cravinhos, a única caçamba colocada para
depósito de lixo está sempre transbordando.
'Se houvesse uma limpeza mais frequente,
talvez muitos mudassem a postura. Não é
justo responsabilizar só os moradores',
reclamou o líder comunitário David Marinho,
27 anos.
Construídos entre as árvores do parque, as
casas e barracos são comumente atingidos por
galhos, que quebram as telhas e oferecem
riscos aos moradores. 'Na minha casa já foram
quebradas seis telhas. É um prejuízo',
lamentou a dona de casa Marcilene Marques,
30. Ela é vizinha de espécime na Rua
Domenico Rossini, 113, que, segundo os
moradores, já foi condenada por profissionais
da Defesa Civil de Santo André. 'A gente já fez
inúmeros pedidos e não cortam os galhos',
lamentou Marinho.
Uma árvore que caiu durante as chuvas de 10
e 11 de março - que deixaram prejuízo e dez
mortes na região - ainda está escorada em
uma das casas. 'Ligamos na Prefeitura, mas
disseram que se não está atrapalhando a
passagem, não tem urgência', observou o líder
comunitário. A árvore está na margem do
córrego, ao fim da Rua Belarmino Francisco
Vasconcelos, em São Bernardo.
Em nota, a Prefeitura de Santo André
destacou que o Semasa (Serviço Municipal de
Saneamento Ambiental) atua continuamente
no local, monitorando e limpando os pontos de
descarte irregular de resíduos existentes. São
Bernardo informou, também por meio de nota,
que vistoria e a limpeza do local serão feitas,
assim como a retirada da árvore, no prazo de
três dias. 'A Prefeitura esclarece, ainda, que
entregou a construção da ponte Baronesa,
assim como a pavimentação da Rua Belarmino
Francisco Vasconcelos, no mês de março de
2018.'
Sobre a árvore da Rua Domenico Rossini,
Santo André informou que os vegetais estão
em área de competência estadual. Já a
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente informou que a Coordenadoria de
Parques e Parcerias fará vistoria no local e,
caso a árvore esteja em área de sua
competência, os serviços necessários serão
providenciados.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25481609&e=577
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20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal Correio de Capivari
Data: 14/06/2019
Obra para Implantação do Sistema de
Desidratação de lodo da ETA I continua
A Implantação do Sistema de Desidratação de
Lodo da Estação de Tratamento de Água (ETA
I) continua e aproximadamente 40% da obra
está concluída. O lodo é um subproduto do
tratamento de água, gerado na ETA, formado
por sólidos e imponderados químicos,
constituindo uma massa de partículas
orgânicas e inorgânicas, densa e viscosa. O
engenheiro ambiental do SAAE, Caio Kerches,
explica que a autarquia projetou este sistema
que não permite mais o lançamento direto de
águas de lavagem da ETA nos cursos da água.
'Com este sistema podemos recuperar a água
empregada na lavagem fazendo com que a
mesma retorne ao processo de tratamento,
separando o sólido do líquido', destaca Caio.
O contrato junto a empresa, Arion -
Engenharia e Construção Eireli - EPP, permite
a implantação de um tanque de equalização e
decantação, estação elevatória de
recirculação, estação elevatória de descarte de
lodo, uma unidade de desidratação de lodo e
os equipamentos hidráulicos e
hidromecânicos.
O superintendente do SAAE, José Luiz Cabral,
ressalta que 'com a implantação deste sistema
o SAAE estará atendendo as exigências da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB) e da Secretaria Estadual
de Meio Ambiente, que não permite mais o
lançamento direto de águas de lavagem dos
filtros e decantadores nos corpos d'água da
bacia do rio Capivari, explica Cabral.
Para o prefeito Rodrigo Proença, o SAAE é
uma potência para o desenvolvimento
econômico e ambiental de Capivari,
'acompanho de perto o trabalho desenvolvido
por toda a equipe do SAAE na busca por novos
investimentos para aprimorarmos cada vez
mais o saneamento básico e,
consequentemente a qualidade de vida de
todos os capivarianos', ressalta o prefeito.
Estão sendo investidos na implantação deste
sistema cerca de R$ 2,8 milhões, incluindo a
contrapartida do SAAE no valor de R$ 455 mil.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25467816&e=577
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21
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Prefeitura de Lençóis Paulista
Data: 14/06/2019
Campanhas 'quando acaba a pilha' e
'copróleo' mobilizam escolas
O dia 13 de junho de 2019 foi marcado por
uma ação de mobilização para coleta de pilhas
e baterias usadas e esgotadas para o
Programa Regional 'Quando Acaba a Pilha', e
óleo de cozinha usado para o programa
'Copróleo'. A campanha para coleta de pilhas e
baterias envolve todas as creches, escolas de
ensino infantil e fundamental I e II. Já a
campanha da 'Copróleo' envolve diretamente
as 14 escolas da rede municipal de ensino
fundamental I e II.
A proposta da Secretaria de Agricultura e Meio
Ambiente sobre a campanha de mobilização
foi sugerida em reunião ocorrida do dia 30 de
maio de 2019, na Secretaria de Educação,
com as coordenadoras pedagógicas das
escolas e creches. Todas as unidades possuem
urnas coletoras de pilhas e baterias do
programa 'Quando Acaba a Pilha', bem como
as 14 possuem recipientes da Copróleo para
destinação de óleo de cozinha usado.
Na EMEF 'Eliza Pereira de Barros' foi realizado
um ciclo de palestras pelo educador ambiental
da SAMA, Helton Damacena, com os alunos, e
orientação nas salas de aula sobre a
importância da destinação correta de resíduos.
A EMEF 'Esperança de Oliveira' também
mobilizou as crianças por meio de uma
gincana interna para arrecadação de pilhas e
baterias, e também de óleo de cozinha usado.
Cada escola trabalhou a campanha por meio
de outras metodologias.
As pilhas e baterias não podem ser
descartadas no lixo comum, uma vez que
podem contaminar o solo, a água, flora e
fauna que compõem o ecossistema, bem como
podem prejudicar a saúde humana por
possuírem componentes e metais pesados,
como cádmio, lítio e chumbo, que não se
decompõem com facilidade na natureza.
Já o óleo de cozinha usado não deve ser
despejado no ralo da pia, pois trata-se de um
resíduo altamente poluidor, principalmente
sobre a água, e também pode causar
transtornos como obstruções de canos, atrair
pragas urbanas como ratos e baratas, além de
prejudicar sistema de tratamento de esgoto
municipal.
Vale lembrar que o programa 'Quando Acaba a
Pilha' iniciado em Lençóis Paulista, atualmente
abrange outros 8 municípios: Macatuba,
Pederneiras, Jaú, Itapuí, Boraceia, Iacanga,
Agudos e Borebi, por meio de articulação
intermunicipal do Programa Município
Verde Azul. Já a Copróleo atua em 47
municípios da região para a coleta de óleo
comestível usado e reúso, adequado para
fabricação do sabão, biocombustível e ração
animal. As campanhas e pontos de coleta nas
escolas são permanentes para que os alunos
participem de forma efetiva. A comunidade
também deve destinar óleo, pilhas e baterias
de maneira correta nas escolas ou em cerca
de 90 pontos comerciais para que sejam
reduzidos os impactos causados no meio
ambiente.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25458932&e=577
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22
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal A Rua
Data: 15/06/2019
Contaminação dos frentistas
Um projeto de lei aprovado na Assembleia
Legislativa de São Paulo deve proteger os
frentistas da contaminação por benzeno,
substância cancerígena que faz parte da
composição da gasolina. A medida proíbe o
abastecimento depois de acionada a trava na
bomba, que avisa que o tanque já está cheio.
Segundo informações da Cetesb, existem
4.137 postos no Estado onde o resíduo é
encontrado em excesso, atingindo tanto o
meio ambiente, quanto os trabalhadores e
usuários. Para o autor da legislação, deputado
Marcos Martins (PT), a iniciativa vai evitar que
os frentistas sejam contaminados. 'O projeto
traz o cumprimento de normas do Ministério
da Saúde e do Trabalho de respeitar o gatilho
da bomba de combustível. Esse gatilho já
existe e avisa que o tanque de combustível do
carro está cheio', diz. A diretora técnica da
Vigilância Sanitária do Trabalho da Secretaria
Estadual da Saúde, Simone Alves dos Santos,
alerta que é preciso também conscientizar o
cliente do posto para que não peça que o
frentista abasteça além da trava. 'O
abastecimento somente até o limite do
automático evita que o trabalhador tenha que
ficar parado esperando o fim do processo e
exposto ao produto', disse.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25478579&e=577
Veículo: Jornal da Cidade de Bauru
Data: 15/06/2019
Nota de esclarecimento – obras SP-300
Sobre a carta do leitor Vicente de Melo,
publicada nesta sexta-feira, a Artesp (Agência
de Transporte do Estado de São Paulo)
esclarece que a entrega da primeira fase das
obras de implantação de marginais na SP-300
(Rodovia Marechal Rondon), previstas para
maio, foram reprogramadas para junho.
A alteração no cronograma se deve a fatores
que impactaram no andamento das obras,
entre eles o alto volume de chuvas ocorridas
nos três primeiros meses do ano (em um
período de 90 dias, as precipitações
impediram a execução de trabalhos por 66
dias); a remoção de adutora existente no
canteiro central da avenida Nações Unidas que
não estava prevista no projeto; e a remoção
de árvores, cuja liberação para os trabalhos só
ocorreram após autorização da Cetesb, o que
demorou mais do que o previsto pela
concessionária.
Diante dos fatos, os trechos da marginal entre
o km 337,5 e o km 338,4 (pistas leste e
oeste) têm previsão de conclusão para 30 de
junho de 2019. Já o trecho entre o km 338,4 e
o km 339,4 serão concluídos até dezembro.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25484610&e=577
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23
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Cidade Azul Notícias
Data:
Ajuizada ação para regularizar estação de
tratamento de esgoto em Corumbataí
- Cidade Azul Notícias
Promotoria de Justiça de Rio Claro quer que
efluentes líquidos passem a ser tratados
O 5º promotor de Justiça de Rio Claro,
Gilberto Porto Camargo, ajuizou ação civil
pública em defesa do meio ambiente contra o
município de Corumbataí, com o objetivo de
obter a regularização da Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) local. A ação
pede que o Judiciário obrigue a administração
municipal a realizar o tratamento dos
efluentes líquidos da ETE, de modo a atender
o que estabelece a legislação. Para a
Promotoria, o município deve ser condenado a
submeter os equipamentos e as áreas
destinadas à atividade de remoção do lodo,
fator que está comprometendo a eficiência de
sua ETE, ao licenciamento ambiental da
Cetesb, além de submeter qualquer alteração
no projeto de sua ETE à prévia avaliação do
órgão ambiental. Para a hipótese de
descumprimento das obrigações, o promotor
pede fixação de multa de R$ 500 mil.
Ao propor a ação, Camargo afirma que, em
inquérito civil instaurado após o recebimento
de representação feita pelo Grupo de Atuação
de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) - Núcleo
PCJ-Piracicaba, foi verificado o lançamento de
'efluentes líquidos provenientes do sistema de
tratamento de esgoto do município com carga
orgânica em termos de DBO5 em desacordo
com a legislação vigente (?)'. A infração é
recorrente e foi reconhecida pelo próprio
município, que informou não contar com
recursos próprios para a execução das obras.
A irregularidade já foi alvo de Auto de Infração
- Imposição de Penalidade de Advertência e de
Auto de Infração e Imposição de Penalidade
de Multa por parte da Cetesb, mas as
exigências estabelecidas nos procedimentos
não foram cumpridas pelo município.
Na petição inicial, o membro do MPSP
ressaltou que as dificuldades financeiras não
isentam o município de sua responsabilidade
civil e administrativa, e que a adequação das
atividades da ETE de Corumbataí é necessária
ao interesse ambiental e em defesa da saúde
pública.
Fonte: Ministério Público do Estado de São
Paulo
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25453178&e=577
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24
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Conexão Marília
Data: 14/06/2019
Prefeitura inicia recuperação da área de
transbordo, investindo em segurança dos
servidores e melhorias ambientais
Prefeitura inicia recuperação da área de
transbordo, investindo em segurança dos
servidores e melhorias ambientais
As obras já estão em andamento e a previsão
de conclusão é de 90 dias
A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e de Limpeza
Pública, iniciou as obras de melhorias na área
de transbordo de resíduos sólidos domiciliares,
instalada no antigo aterro sanitário, na
estrada vicinal Marília/Avencas.
A prioridade nestas melhorias é aumentar a
segurança dos funcionários que trabalham no
local, bem como evitar quaisquer
contaminações ambientais de solo e,
consequentemente, do lençol freático pelo
chorume produzido pelos lixos domésticos.
O secretário municipal do Meio Ambiente e de
Limpeza Pública, Vanderlei Dolce, destacou a
importância das obras de melhoria na área de
transbordo.
'Esta plataforma de transbordo havia sido
construída através de licitação pública no ano
de 2012, porém não atendia às legislações
vigentes. Desta forma, a Cetesb nos orientou
quanto aos procedimentos corretos a serem
seguidos e estamos atendendo prontamente a
fim de regularizar a situação em respeito às
legislações atuais', disse o secretário.
Vanderlei Dolce relatou o que está sendo
realizado na área. 'Estamos reforçando a
plataforma de transbordo, que havia sido
construída sem contenção em suas laterais, as
quais apresentavam infiltrações e riscos de
desmoronamento, colocando em perigo os
servidores que utilizariam essa estrutura para
descompactação dos caminhões. A prioridade
neste caso é pela preservação das vidas
desses servidores.'
O secretário falou também sobre os cuidados
ambientais. 'Outro ponto importante que
estamos resolvendo com estas obras é quanto
aos cuidados ambientais, pois, com a
descompactação dos resíduos diretamente nas
carrocerias dos caminhões de transbordo,
acabará o contado do lixo com o solo,
evitando quaisquer contaminações. A área
será coberta, dando maior segurança e
conforto aos trabalhadores envolvidos, mesmo
em condições extremas, como chuva intensa
ou sol forte.'
Ele lembrou que as obras já estão em
andamento. 'Sim, as obras já foram iniciadas
e a previsão para conclusão é de 90 dias. As
etapas estão sendo acompanhadas pelos
técnicos da Cetesb, através de relatórios
enviados quinzenalmente pela nossa
secretaria. Aproveito a oportunidade para
lembrar que o transbordo se encontra 100%
em dia, sendo transportado apenas o coletado
diariamente, e não há acúmulos no local,
muito diferente da maneira em que
recebemos, onde a área de transbordo
encontrava-se lotada, com lixo ocupando toda
área do aterro, e as ruas estavam tomadas
pelo lixo doméstico por falta de coleta'.
O prefeito Daniel Alonso lembrou que Marília
vem se destacando nacionalmente, entre as
cidades com melhor gestão pública. 'Ficamos
na 7ª posição em Gestão no ranking IGM do
Conselho Federal de Administração. Enquanto
diversos municípios passam por dificuldades
para equilibrarem suas contas públicas, Marília
está a todo vapor com investimentos em obras
e melhorias, como a construção das bacias de
tratamento de esgoto, investimentos nas
áreas de saúde e educação, valorização e
respeito pelo servidor público, com
pagamentos de salários e demais benefícios
em dia. Desta forma, investidores observam
com bons olhos nossa terra, investindo e
gerando empregos aos nossos munícipes',
disse o chefe do Executivo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25465176&e=577
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25
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Diário online – Tupã
Veículo2: Mais Tupã
Data: 14/06/2019
Desperdício: Prefeitura paga aluguel de
prédio inutilizado
A Prefeitura de Tupã ainda não definiu o que
fará com o prédio do antigo projeto 'Reciclar é
Legal', localizado no Parque Indus-trial I. O
espaço foi alugado pela prefeitura pelo então
prefeito Waldemir Gonçalves Lopes, mais de
dez anos atrás. O prédio deixou de ser usado
para fazer a triagem de lixo reciclável, depois
da conclusão do barracão no Bairro São
Gonçalo. Mas, para ser devolvido ao seu
proprietário, precisava ser reformado. Na
época, o preço da reforma estava avaliado em
cerca de R$ 200 mil.
A gestão do prefeito cassado José Ricardo
Raymundo (PV) informou que utilizava o
prédio para depósito de galhos e materiais
inservíveis. A administração informou, na
época, que a maioria dos materiais
depositados no local era proveniente de
mutirões de limpeza.
O secretário Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente, José Rodrigues, o 'Zé Vinagre',
disse na manhã de ontem que não tinha
informações sobre o uso do antigo barracão.
'Fizemos só a limpeza, mas o barracão não
está sendo usado', afirmou. 'Ainda precisa ser
feita a reforma e arrumar as portas e janelas.
Mas o local ainda está parado. E isso desde
antigas administrações', completou.
Mesmo sem utilizar o espaço, a prefeitura
ainda paga pelo aluguel do prédio, medida que
onera ainda mais os cofres públicos.
Muitos investidores já demonstraram interesse
pelo espaço, ao informar que o prédio está
abandonado. A gestão do prefeito cassado
disse que o prédio era utilizado para cumprir
exigências ambientais, para depósito de
materiais. Mas não há e nunca houve
movimentação de servidores da prefeitura no
espaço. Sem condições financeiras de
executar a reforma do prédio, a prefeitura
deverá manter a posse do imóvel, pagando
aluguel, apesar de não utilizar o espaço.
Vale lembrar que o prédio atende às
exigências da Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), por
ser um espaço coberto, concretado e fechado
lateralmente, para abrigo de materiais
coletados em mutirões de limpeza. Materiais
como ferro e borracha, por exemplo, são
destinados para locais próprios de coleta, pois
não podem ser depositados no aterro sanitário
ou no aterro de galhos, localizado no Bairro
Dom Quixote.
Troncos e galhos mais grossos são
depositados no aterro do Bairro Dom Quixote,
pois o maquinário da prefeitura não possui
condições de triturar esses materiais de maior
dimensão.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25449028&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25479019&e=577
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26
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Investing.com
Data: 14/06/2019
Sabesp aprova emissão de debêntures de
até R$ 400 milhões
© Reuters.
Investing.com - A Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp (SA:)) divulgou fato
relevante comunicando que seu conselho de
administração aprovou a realização da 24ª
(emissão de debêntures simples, não
conversíveis em ações, da espécie
quirografária, em até duas séries, para
distribuição pública, no montante total de até
R$400 milhões na data de emissão.;
A companhia destacou a possibilidade de
distribuição parcial, estando a oferta
condicionada à emissão de, no mínimo, 250
mil debêntures, no montante total de R$ 250
milhões, sendo, no mínimo, 125 mil
debêntures da segunda série.
O resultado do Procedimento de Bookbuilding
será ratificado por meio de aditamento à
escritura de emissão das debêntures,
devidamente ratificado por ato societário do
Conselho de Administração, sem a
necessidade de qualquer aprovação dos
titulares das debêntures reunidos em
assembleia geral.
Os recursos provenientes da captação por
meio da emissão serão destinados para
investimento, pagamento futuro ou reembolso
de gastos, despesas ou dívidas despendidas
no período igual ou inferior a vinte e quatro
meses antes do encerramento da oferta,
relacionadas à execução do projeto de
adequação e modernização de sistemas de
abastecimento de água em municípios que
estejam dentre os 71 municípios do estado de
São Paulo, cujos objetivos principais são o
controle e a redução de perdas nesses
sistemas.
A Sabesp destaca ainda que a oferta só terá
início após a concessão de seu registro pela
CVM; a divulgação do anúncio de início; e a
disponibilização do prospecto definitivo da
Oferta aos investidores e o seu envio à CVM
https://br.investing.com/news/stock-market-
news/sabesp-aprova-emissao-de-debentures-
de-ate-r-400-milhoes-662898
Veículo: Investimentos e Notícias
Data: 14/06/2019
Sabesp anuncia 24ª emissão de
debêntures simples
A Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) anunciou que
foi aprovada, na 890ª reunião do Conselho de
Administração da Companhia ("RCA"), a
realização da 24ª (vigésima quarta) emissão
de debêntures simples, não conversíveis em
ações, da espécie quirografária, em até 2
(duas) séries ("Debêntures"), para distribuição
pública, nos termos da Instrução da CVM nº
400, de 29 de dezembro de 2003.
(Redação – Investimentos e Notícias)
http://www.investimentosenoticias.com.br/bol
sa-de-valores/sabesp-anuncia-24-emissao-de-
debentures-simples
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27
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 15/06/2019
Pesquisa indica que 71% apoiam
concessão do Semasa
Pesquisa encomendada pela Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo) aponta que 71% da
população de Santo André é a favor que a
Prefeitura, gerida por Paulo Serra (PSDB),
contrate a empresa paulista para operar o
serviço de água e esgoto da cidade. O governo
tucano obteve autorização legislativa na terça-
feira para firmar convênio de concessão de
parte do Semasa (Serviço Municipal de
Saneamento Ambiental de Santo André) com a
estatal pelo prazo de 40 anos. O acordo
caminha para ser fechado até início de agosto.
Neste contexto de apoio ou não às tratativas
com a Sabesp, 29% dos entrevistados
responderam de forma contrária ao ajuste de
gestão compartilhada. Na sondagem, 31% não
souberam responder à pergunta. O estudo
também questionou os moradores quanto à
satisfação geral com os serviços de água e
esgoto, atualmente nas mãos da autarquia
andreense. Em uma escala de 0 a 10, a nota
média sobre a atual avaliação é de 6,7. O
índice é bem próximo ao dado anteriormente
para o Saee (Serviço Autônomo de Água e
Esgoto) de Guarulhos, que obteve 6,5.
Após problemas na distribuição de água e
dívida de R$ 3,2 bilhões - situação semelhante
à Santo André, que tem passivo da ordem de
R$ 3,4 bilhões -, Guarulhos, chefiada por
Gustavo Henric Costa, o Guti (PSB), decidiu
assinar acordo de concessão à Sabesp em
dezembro. Passados um semestre da parceria,
conforme a análise, a nota média de
satisfação subiu na cidade para 7,8. Quando
considerada a população dos demais
municípios onde a estatal opera, a margem
média atinge 8,5.
Superintendente da unidade de Negócio Sul da
Sabesp, Roberval Tavares de Souza sustentou
que a pesquisa teve como principal objetivo
verificar se a população está de fato aceitando
o encaminhamento do prefeito pela concessão.
'Os números mostram que há apoio a essa
decisão. Santo André apresenta grande
problema de falta d'água ao longo dos anos. A
cidade, pelo que temos de informação, não faz
investimento pesado na rede, até porque,
além da dívida, assim como em outros
municípios, sofre com a crise fiscal. Todo esse
impasse vai fragilizando aportes', pontuou.
'A Sabesp fez proposta que, no nosso
entendimento, irá solucionar os problemas (de
abastecimento) em seis meses. Isso porque
temos todo o diagnóstico, estudos. Com esse
levantamento, há ideia de fazer três grandes
adutoras, interligando todo o sistema, dentro
do prazo de 120 dias. Temos convicção que
iremos melhorar os índices de satisfação',
considerou Roberval, ao reiterar que 'é ilusão
acreditar que o Semasa tem superavit
financeiro'. '(A autarquia) Não paga a (fatura
na) integralidade. Paga somente 25%, 30%.
Em uma média de R$ 13 milhões, a cidade
quita R$ 3 milhões e sobram R$ 10 milhões,
que acumulam (ao mês na dívida).'
O estudo foi realizado pela empresa GMR
Inteligência de Mercado na segunda-feira, com
400 entrevistas realizadas na cidade. A
pesquisa quantitativa se deu por central
telefônica. A margem de erro amostral
estimada é de 4,9%.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25497964&e=577
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28
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 17/06/2019
Câmara de Santo André admite reforço de
segurança pós-crise
Legislativo retoma estudo de câmeras de
monitoramento e ainda a instalação de
detector de metais
Depois do episódio de tumulto generalizado na
sessão de terça-feira, a Câmara de Santo
André admite discussões sobre reforço da
segurança do espaço. O presidente do
Legislativo, Pedrinho Botaro (PSDB),
reconheceu que dará andamento a estudos
para aquisição de câmeras de monitoramento
e de detector de metais. O debate voltou à
tona diante da confusão, com momentos de
pancadaria, acerca da votação do projeto que
autoriza a concessão de parte do Semasa
(Serviço Municipal de Saneamento Ambiental
de Santo André) à Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo).
'A Câmara não tem sistema de monitoramento
por câmeras. Daremos andamento (a estudo),
precisa ser atualizado. Isso porque há muito
tempo outros presidentes quiserem implantar
e acabou parando, assim como (aconteceu
com) as catracas. Agora, já foi feito controle
de acesso, que é positivo. Vamos fazer estudo
também de detector de metais. Justificase
pelo fato de objetos terem sido lançados,
moedas, além de que viram até pessoas
armadas', sustentou Pedrinho, ao citar que os
casos de violência e transgressão às regras
que envolveram aquela plenária serão
apurados.
A compra de câmeras estava prevista desde a
presidência de José de Araújo (PSD, entre
2011 e 2012), mas não teve avanço apesar de
tentativas dos sucessores. O estudo apontava
aquisição de pouco mais de 20 equipamentos,
tanto na parte interna quanto externa. O
detector de metais, por sua vez, ficou fora do
pacote contratado de serviços da recente
instalação das catracas eletrônicas. O
procedimento do controle de acesso foi
encaminhado no fim do ano passado e
implementado há um mês, visando registro de
entrada. Os casos de agressões físicas e
invasões ao plenário da Câmara foram
gravados pela imprensa e também pelos
equipamentos de vídeo da casa. Vítimas das
brigas registraram, inclusive, BO (Boletim de
Ocorrência), denunciando os envolvidos, que
poderão ser identificados pelas imagens. Além
das gravações, o Legislativo, com o controle
de acesso, tem a lista de registro das pessoas
que adentraram as dependências do prédio
naquele dia. Questionado em relação a prazos
para a decisão, Pedrinho alegou que pretende
definir 'o quanto antes'. 'O prazo é ontem,
com urgência, porque os debates acabam
sendo cada vez mais acalorados. A Câmara
está sendo reestruturada justamente para
preservar seu patrimônio. A vida das pessoas
também é patrimônio'.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25530815&e=577
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29
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: A Tribuna Santos – Coluna Dia a
Dia
Data: 15/06/2019
Dia a Dia - Impactos ambientais de obra preocupam deputado
O deputado estadual Paulo Corrêa Júnior
(Patri) está preocupado com o reforço do
estrutural de suprimento de gás na Baixada
Santista - iniciativa sob a responsabilidade da
Comgás -, após ter acesso a um parecer
técnico sobre o empreendimento assinado pelo
diretor de Avaliação de Impacto
Ambiental da Cetesb, Domenico
Tremaroli. Nesse documento, o
representante da estatal aponta que essa
iniciativa é viável, mas cita as inevitáveis
contaminações ambientais e que o maior
impacto será causado à comunidade pesqueira
ribeirinha. Por esse motivo, o parlamentar
santista quer saber qual foi o programa de
apoio à pesca apresentado às autoridades e
quais são os benefícios previstos para esses
trabalhadores e seus familiares. Além disso,
Corrêa Júnior quer saber qual será a política
de controle de poluentes durante a execução
da obra e quais serão os critérios adotados
pela Cetesb para a liberação de licenças
prévias para a exploração de atividades desse
gênero.
Ajuda aos universitários
Corrêa também encaminhou requerimento ao
Conselho Estadual do Meio Ambiente
(Consema) para saber se o colegiado já
apreciou a proposta desse empreendimento e
solicitou a cópia integral de todos os estudos
realizados sobre a obra.
Sinal verde
Conforme apurado pela coluna, o Consema já
deu sinal verde para essa iniciativa em abril. O
grupo tem como presidente o secretário de
Estado de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25531006&e=577
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30
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Ambiente Brasil
Data: 16/06/2019
Usinas paulistas da Bunge Açúcar &
Bioenergia renovam Certificação Etanol
Mais Verde
Ambientebrasil
As Usinas Moema, Ouroeste e Guariroba da
Bunge Açúcar & Bioenergia, localizadas no
interior de São Paulo, renovaram a
Certificação Etanol Mais Verde. O protocolo,
assinado pelas Secretarias do Meio
Ambiente e Agricultura do Estado de São
Paulo, UNICA e Orplana, atesta que as
unidades estão produzindo etanol, açúcar e
bioenergia de maneira sustentável. As
unidades são signatárias do projeto desde 22
de outubro de 2007.
O protocolo define diretivas técnicas de
produção sustentável para as usinas paulistas
como a eliminação da queima na colheita; a
proteção e restauração das de áreas de
preservação permanente; conservação do
solo; conservação dos recursos hídricos e
reuso da água; aproveitamento dos
subprodutos da cana-de-açúcar; boas práticas
no uso de defensivos agrícolas; medidas de
proteção à fauna; e prevenção e combate aos
incêndios florestais.
Segundo Ricardo Carvalho, Diretor Comercial
da Bunge Açúcar & Bioenergia, a renovação do
certificado atesta o compromisso da empresa
com a adoção de melhores práticas produtivas
e viabiliza a comercialização dos produtos da
companhia para todos os mercados quanto à
qualidade ambiental das usinas produtoras.
'Embora a certificação seja apenas para as
unidades paulistas, estendemos essas práticas
a todas as nossas unidades, onde também
fazemos o controle de emissões atmosféricas,
de fauna e flora, e temos 100% da colheita
mecanizada', explica.
Sobre a Bunge Açúcar & Bioenergia
Uma das companhias líderes na produção de
etanol, açúcar e bioenergia no Brasil, a Bunge
Açúcar & Bioenergia tem capacidade de
moagem de 22 milhões de toneladas por ano
em suas oito usinas estrategicamente
localizadas nas regiões Sudeste, Norte e
Centro-Oeste do país. Cinco de suas usinas
formam um cluster, gerando economias de
escala e sinergias para o negócio. Com
instalações de cogeração, a empresa produz
energia renovável para atender de forma
autossuficiente suas próprias usinas e tem
capacidade de exportar 640 GWh para rede
nacional.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25533174&e=577
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31
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Destak Jornal
Data: 17/06/2019
Cetesb autua mil veículos por fumaça
preta
Em um único dia, a Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) autuou
1.108 veículos a diesel, após constatar
emissão de fumaça preta acima do nível
permitido pela legislação ambiental.
Mais de 200 das irregularidades foram
constatadas na capital e no ABC. De acordo
com a companhia, a ação tem o objetivo de
minimizar os efeitos da poluição no ar.
Nesta operação, foram fiscalizados 63.126
veículos em 42 ponto no Estado. Dentro de
São Paulo, foram em quatro locais nos bairros
de Pinheiros, na zona oeste; Santo Amaro, na
zona sul; Satana, na zona norte; e Tatuapé na
zona leste.
No período do inverno, a ação é intensificada e
são feitas campanhas educativas para
conscientizar motoristas sobre a importância
da manutenção do veículo para reduzir a
emissão de poluentes na atmosfera,
especialmente, no período mais seco do ano.
A multa para quem for flagrado com o veículo
em condições irregulares é de R$1.591,80,
que pode dobrar em caso de reincidência no
período de um ano. Entretanto, a Cetesb
possui um programa para melhoria da
manutenção de veículos a diesel, no qual o
valor da multa pode ser reduzido em até 70%,
caso o responsável comprove que os
problemas do veículo foram sanados.
A ação ocorre nos meses de maio a setembro.
O relatório 'Operação Inverno Qualidade do Ar
2018', elaborado pela companhia, mostra que
neste período a concentração média de
partículas geradas a partir da queima de
combustível aumentam 28%.
Os deputados de São Paulo aprovaram um
projeto de lei que proíbe o fornecimento de
canudinhos de plásticos em restaurantes,
padarias, bares e hotéis de todo o Estado de
São Paulo. De acordo com o projeto, os
materiais plásticos serão substituídos por
canudos em papel reciclável, material
comestível ou biodegradável, embalados
individualmente em envelopes fechados feitos
do mesmo material. A proposta, de autoria do
deputado Rogério Nogueira (DEM), ainda
estabecele multa de R$ 530 a R$ 5,3 mil no
caso do descumprimento da medida. A lei tem
prazo de 12 meses para ser regulamentada.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25522355&e=577
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32
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Destak Jornal
Data: 17/06/2019
Em SP, 30% da água não chega às torneiras
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=25522355&e=577
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33
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tamoios News
Data: 17/06/2019
Litoral Norte: Chuva e lixo contribuem
para o aumento no número de praias
poluídas | Notícias do Litoral Norte SP
Pela segunda semana consecutiva, o Litoral
Norte registra um número elevado de praias
impróprias. São 33 praias indicadas como
impróprias na região. Segundo a Cetesb, o
aumento da poluição é decorrente das chuvas
que carregam lixo e esgoto para o mar
Por Salim Burihan
Tradicionalmente, a poluição aumenta nas
praias da região, nos períodos de alta
temporada, devido a grande movimentação
turística e também, o reduzido número de
domicílios atendidos pela coleta e tratamento
de esgoto. Segundo a Cetesb, em relatório de
2017, apenas 52% dos domicílios da região
possuem coleta e tratamento de esgoto.
Ilhabela, pela segunda semana, aparece com
17 de suas 19 praias monitoradas pela
Cetesb(Companha de Tecnologia
Ambiental do Estado de São Paulo) como
impróprias. Na ilha, estão em boas condições
para banho as praias Barreiros do Sul e
Barreiros do Norte.
Segundo a Sabesp, Ilhabela tem Ilhabela tem
apenas 52% de suas residências atendidas
pela coleta e tratamento de esgoto. É um dos
menores percentuais do Litoral Paulista e o
pior da região.
Com relação ao novo contrato,
extraoficialmente, devem ser investidos R$
130 milhões pela Sabesp e R$ 160 milhões
pela prefeitura. Esses valores devem ainda ser
revisado no PMSB (Plano Municipal de
Saneamento Básico).
Em São Sebastião, das 29 praias monitoradas,
dez estão poluídas, entre elas, as badaladas
praias da costa sul, como Maresias, Camburi,
Sahy e Barequeçaba.
Conforme a Sabesp, a cidade possui 76% de
suas moradias atendidas pela coleta, mas
34
Grupo de Comunicação e Marketing
apenas 55% do esgoto coletado recebe
tratamento.
A prefeitura assinou um convênio de Prestação
de Serviços com a Sabesp (Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo),
nele estão previstos investimentos de R$ 610
milhões em todo o município durante os
próximos 30 anos.
Em Caraguá, que tem o melhor índice de
saneamento básico da região, 86% dos
domicílios da cidade são atendidos pela coleta
e tratamento de esgoto, três praias estão
poluídas: Massaguaçu, Indaiá e Palmeiras.
O novo contrato assinado entre a prefeitura e
a Sabesp prevê investimentos na ordem de
R$ 434 milhões nos próximos 30 anos, sendo
boa parte das obras de esgoto, programadas
ainda para 2019.
Ubatuba ainda negocia com a Sabesp a
renovação de seu contrato para obras de
saneamento básico. O índice de domicílios
com coleta e tratamento de esgoto é baixo:
52%, mas nem todo ele é tratado.
A cidade, também, registra três praias
impróprias para banho: Itaguá, Santa Rita e
Perequê-Mirim.
Cetesb
Segundo a Cetesb, a alteração na
balneabilidade das praias ocorre em razão das
chuvas e da poluição. Em maio houve registro
de 77 mm de chuva entre os dias 17 a 19. Já
em 1º e 2 de junho foram computados 53mm.
Com a chuva, o lixo descartado nas ruas é
carregado para as praias.
A Cetesb informou ainda que as ocupações e
o despejo irregular de esgoto também
contribuem para que o mar seja considerado
impróprio. Sobre o trabalho de monitoramento
da balneabilidade das praias, a CETESB avalia
a qualidade conforme critérios estabelecidos
no Art. 1º da Resolução Conama nº 274/00.
Segundo a empresa, nos monitoramentos
semanais é avaliada a concentração de
bactérias fecais (enterococos) presentes na
água. São essas concentrações que definem
se a praia está própria ou imprópria para
banho. A Cetesb não avalia a presença de
metais pesados ou agrotóxicos na água do
mar coletada para as análises.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25509830&e=577
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35
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário da Cidade de Bauru
Data: 16/06/2019
No rastro de indenizações milionárias
Donos encontram em falhas funcionais e da
máquina pública o caminho para buscar
milhões de reais contra o município por terras
de uso restrito
A sequência de indenizações milionárias não
está em curso em Bauru por causa da criação
de Áreas de Proteção Ambiental (APAs),
desde o Plano Diretor original, de 1996. Em
APA não é proibido construir. Ela sempre foi
de uso sustentável. Mas isso só foi revisto em
2018 na cidade. A deficiência da administração
para atuar em relação às dívidas ambientais
que estão surgindo, aliada à desídia
administrativa, mesmo em casos de alto valor,
geraram "oportunidade" para indenizações.
Bauru está longe de se livrar do risco de novas
sentenças indenizatórias. O caso dos
precatórios de R$ 33 milhões (Floresta
Urbana) e R$ 14 milhões (gleba do entorno da
Estação Ecológica Estadual atrás do
Gasparini) revelam muito além de falhas
processuais e funcionais. A Prefeitura não tem
controle dos processos, não tem estratégia
sobre quantas e quais ações existem, o
mesmo valendo para os processos com
pedidos de parcelamento de solo envolvendo
restrição ou eventual proibição de exploração
econômica pelo proprietário. Falta organizar,
depurar, normatizar e estratégia para lidar
com a "causa" de acordo com seu mérito.
O enfrentamento de indenizações milionárias
comporta processos em papel e ausência de
informatização e de normativa para
procedimentos essenciais. Em si, as ações
revelam diferentes setores da administração
atuando sem uniformização para
procedimentos, mesmo para conteúdos
repetitivos.
Da Seplan ao Jurídico. De laudos periciais sem
contestação básica a atuações precárias,
mesmo quando o processo envolve valores
astronômicos, a "máquina pública" empresta
passividade e desídia de "bandeja" como
oportunidade para o mercado. Há, até,
processos com numeração sobreposta,
páginas faltando e outras "fora".
É nesse 'metiê' que atua o dono da terra. Ele
pede diretriz à Prefeitura para construir
(parcelar o solo). A administração nega ou
responde de forma precária. O caso vai ao
Judiciário como desapropriação indireta. A
administração, em várias ações, contesta
apenas que não cabe indenização porque não
tomou posse (limitação administrativa e
indenização indireta são discutidos). O
Judiciário não levou em conta, em algumas
ações, a previsão legal de que não existiria
direito adquirido de lotear e o município
recebe sentenças condenatórias.
FALHAS EVIDENTES
Mas não é só isso. Os processos com sentença
confirmada trazem laudos não contestados e
ausência de argumentos claros em defesa do
interesse público.
Não foi somente no precatório de R$ 14
milhões por gleba atrás do Gasparini que a
administração deixou de questionar método
pericial e valor do metro quadrado do laudo,
não elencou quesitos ou fez citações precárias,
não contestou o laudo inicial, não formulou
ainda no pedido de diretriz original de
parcelamento do solo possibilidade de uso da
gleba, ainda que parcial (e nem aventou a
transferência do direito de construir), não
discutiu depreciação (linhão, classificação
ambiental, existência de nascente, córrego ou
erosão), entre outros.
Mas o passivo ambiental ainda traz algo
estranho. Mesmo diante da possibilidade de
indenização, a administração municipal não
põe em xeque que o parcelamento de solo
para empreendimentos comporta, em si, a
destinação obrigatória pelo loteador de 20%
par área verde, 15% para área institucional e
5% para vias públicas. Pagamos por 100% da
área.
Em vários casos a indenização é pelo valor
agregado (de mercado), mesmo para
processos onde a área é rural ou de mata
nativa. Um negócio da China para quem
comprou glebas no entorno a preço de
banana. Não se faz nem argumentação pela
dedução do equivalente para vegetação no
perímetro urbano.
E como o "Direito não socorre quem dorme", a
ausência de todas essas "nuances" em defesa
preliminar, contestação e apelação levam
ações para o limbo, esgotando o já precário
caixa municipal com milhões de indenizações,
em forma de precatório.
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Não bastassem esses "defeitos", funcionais e
da máquina, a administração ainda não
resolveu pendências de anos para falta de
regulamentação ou risco potencial de nova
frente de indenizações. Motivos: a criação de
parques naturais por decreto, sem manejo e
sem estudo técnico, e de áreas ecológicas
(ARIES) por diferentes pontos do ambiente
urbano.
Sobre a dívida de R$ 33 milhões
No precatório de R$ 33 milhões por uma parte
da chamada Floresta Urbana, atrás do
Ceagesp (perto do Núcleo Geisel), a
procuradora Jurídica do Município Adriana
Rufino posicionou contra a tese de ocorrência
de desapropriação indireta. O proprietário de
uma matrícula da mata alegou proibição de
construir torres residenciais.
Mas a criação de Área de Relevante
Interesse Ecológico (ARIE) daquela mata
urbana deixou uma faixa de fora, exatamente
à margem pela avenida Edmundo Coube. No
processo original de pedido de diretriz, a
administração não discutiu a transferência do
direito de construir nem a delimitação desta
faixa para eventual uso parcial.
Na ação, o laudo pericial teve a aprovação do
diretor da Seplan à época, conforme noticiou o
JC, com exclusividade em entrevista com o
arquiteto Wladimir Riehl. Uns 50 dias depois,
alertado, ele elaborou contestação parcial.
Ainda assim, o processo judicial não foi
instruído com questionamento sobre o método
utilizado pela perícia, não apresentou
documentação com avaliações de mercado e
método pericial alternativo (ou que levasse em
conta ao menos se tratar de mata nativa e
outros).
O procedimento também foi decidido por
indenização sem que a administração
aplicasse deduções, ou argumentasse pela
incidência de áreas institucional, de vias e
verde (além da reserva legal para o caso). A
cidade pagou por 100% da gleba.
Ao lado, em outro trecho da mesma mata, a
Prefeitura adquiriu outra parte por R$ 24,50,
como compensação ambiental da instalação da
avenida Nações Norte, também durante o
governo Rodrigo Agostinho. A indenização
milionária foi calculada, porém, sobre R$
139,04 o metro quadrado.
Os secretários de Planejamento e Jurídico no
período, e que devem ser chamados a prestar
esclarecimentos junto à CEI dos Precatórios,
instalada pela Câmara Municipal, foram Paulo
Ferrari e Antonio Grilo (Seplan) e Maurício
Porto (Jurídico).
Os R$ 14 milhões
O proprietário da LCN Comércio e
Representações teve negado pedido de
parcelamento de gleba de 145,2 mil metros
quadrados. Uma parte está encravada no
Núcleo Gasparini. Outra parte está na zona
rural, onde a lei só permite parcelar o solo
para módulos rurais (chácaras de recreio).
Na ação de indenização, o então procurador
jurídico da Prefeitura Ricardo Chama atacou
que não era caso de desapropriação indireta.
Não foi alegado que a área está em boa parte
no setor rural (onde não é permitido construir
residências como na zona urbana), não foi
apontado que a gleba está no entorno
(amortecimento) da Estação Ecológica do
Estado, o governo estadual não foi chamado
para a demanda (à lide), não foi discutida
incidência de limitação ao parcelamento por
presença de linhão de energia e do Córrego
Pau d'Alho.
Além disso, não foi contestado o laudo e a
indenização foi fixada por valor de mercado
sem considerar a parcela rural e com base em
100% da gleba. O Jurídico manifesta que não
cabe mais ação rescisória. Não se pode, após
apelação, levantar elementos básicos de
defesa não alegados. Até porque não são fatos
novos no processo. O prefeito vai decidir se
corre o risco de ingressar com a ação ou não.
A possibilidade pode ter efeito protelatório
(adiar o pagamento eventualmente para o
próximo mandatário), mas com pouca chance
de êxito e com aumento do valor a ser
indenizável.
11 'parques de papel' estão na Promotoria
Promotor cobra resolução por 'parques'
criados no papel no governo passado e
Prefeitura demora para resolver o impasse;
ARIES também preocupam?
Pelo menos 12 áreas públicas definidas como
de uso institucional, praças e áreas verdes
estão decretadas como Parques Naturais (PN)
e apenas "no papel" em Bauru. Em uma delas
37
Grupo de Comunicação e Marketing
há sobreposição de definição como PN e Área
ecológica (ARIE). O promotor de Urbanismo
de Bauru, Henrique Varonez, cobra definição
da prefeitura desde o ano passado para o
impasse. Ele alerta que os parques foram
"criados" sem estudo (manejo).
Na prática, os 'Parques de papel' estabelecidos
durante o governo do então prefeito Rodrigo
Agostinho não contam com laudo de fauna e
flora e atestado de regularidade técnica (ART).
A não resolução da pendência também pelo
atual governo, de Clodoaldo Gazzetta, levou o
Ministério Público (MP) Estadual a cobrar
solução. Há inquérito civil apurando a questão,
embora o problema persista desde 2007.
O promotor de Urbanismo, Henrique Varonez,
já havia posicionado sua preocupação. "Não
há regulamentação para uma série de
decretos de parques naturais que foram
criados apenas no papel ao longo dos últimos
anos. E isso gerou uma pendência acumulada
de larga escala porque, na prática, após cinco
anos da criação desses decretos, a situação
inviabiliza o parcelamento de solo, gerando
um efeito sem precedentes para todo o
esforço jurídico e normativo de se
regulamentar a ocupação urbana em Bauru
realizada pelo atual governo.
Varonez discute a viabilidade de se conceber
que áreas verdes aprovadas pela Prefeitura
tenham a definição como parques, porque não
cabe unidade de conservação para situações
como esta.
O procedimento foi aberto pela Promotoria
ainda em abril de 2018. "Temos um problema
real que a prefeitura tem de resolver. Não se
pode pensar que é possível realizar todas as
ações para o que chamaram de destravar a
cidade e o mesmo poder público, na prática,
travar a cidade criando, por decreto, parques
que não são parques. Criou-se um problema
de conceito, do nome jurídico dado, em
confronto com a característica real dessas
áreas", complementou Varonez.
O governo municipal tem conhecimento da
situação desde 2007, ainda durante a gestão
de Rodrigo Agostinho, quando 11 parques
naturais e uma Área de Relevante
Interesse Ecológico (ARIE) foram objetos
de decreto. A administração abriu processo
específico para o caso. Na análise, a própria
prefeitura apresentou que: não há laudo de
fauna ou flora (estudo de manejo) com as
respectivas ARTs; não consta participação da
população correspondente aos locais, ação
exigida em lei para a criação dos PN; foram
transformados em parques áreas conhecidas
de uso institucional, praças e áreas verdes; e
não há documentação referente ao Plano
Diretor de Parques e Áreas Verdes.
Ex-prefeito Rodrigo vê preocupação e saída
Quase a totalidade dos Parques Naturais (PN)
e a maior parte das Áreas Ecológicas (ARIES)
em Bauru foram criados por intervenção ou
ação direta do hoje deputado federal Rodrigo
Agostinho, seja quando ele foi secretário
Municipal do Meio Ambiente (Semma), seja
como vereador ou durante seus dois mandatos
como prefeito (2009 a 2016).
Agostinho disse que entende a preocupação
com o risco de novas indenizações milionárias
em razão do valor elevado a ser pago na
condenação imposta via Judiciário ao
município por parte da Floresta Urbana, na
região do Jardim Colonial/Ceagesp. "Depois da
decisão desse precatório, entendo a
preocupação da cidade. Não existe direito
adquirido de lotear nesses casos, mas o
Judiciário entendeu diferente e isso traz uma
situação em que podemos estar diante de
repensar por causa desse caso da floresta",
comenta.
Mas, para o ex-prefeito, hoje presidente da
Comissão de Meio Ambiente da Câmara
Federal, a questão pode ser resolvida. "O caso
da Floresta Urbana é de ARIE. A solução está
em inserir instrumentos no Plano Diretor,
agora na revisão, para que o uso sustentável
esteja equacionado. São pequenas ilhas de
vegetação importantes para o futuro da
cidade. Cidades como Londrina (PR) dão
importância gigante para mata que sobrou
dentro da cidade. É pra isso que essas áreas
foram criadas. Transferir o direito de construir
está no Plano Diretor, precisa só
regulamentar. É alternativa inteligente para
não desmatar", cita.
Em relação a pelo menos 12 Parques Naturais
criados durante seu mandato, Rodrigo
considera menor a preocupação. "As ARIES
são áreas de proteção menores. Em relação
aos Parques criados por decreto não faz
sentido definir zona de amortecimento (áreas
no entorno). Não conheço nenhuma cidade
que regulamentou isso. Mas se a preocupação
é essa faz um decreto objetivo desde já
38
Grupo de Comunicação e Marketing
definindo que não há área de amortecimento
para parques naturais e está resolvido o risco
de alguém tentar se valer disso para querer
indenização", opina.
Rodrigo lembrou que Parques Naturais são
maciços de vegetação, muitos vindos de áreas
verdes de loteamento, em sua maioria. "São
fragmentos de vegetação classificados como
parques naturais. Tem sim de manter parque
por decreto porque se não definir essas áreas
verdes serão invadidas. A do Lago Sul é
parque ligado à nascente do Rio Bauru e
talvez seja o único garantido porque está
dentro do condomínio. Mas as demais não têm
essa proteção. Então, faz o decreto de que
não tem zona de amortecimento e resolve.
Com o tempo, programa para a população
usar, com pistas de caminhada e
equipamentos", complementa.
O deputado considera que a falta de
conhecimento sobre a área gera
desinformação. "A instalação de novos
empreendimentos vai criar novas áreas
verdes. A criação dos parques em decreto
classifica e gera proteção para o tipo de uso e
não há conflito nisso. As ARIES hoje todas
estão protegidas pela lei do cerrado estadual,
que já não permite desmatamento. São as
últimas ilhas de vegetação da cidade e que
não serão só parques futuros, mas atuam no
clima e na recarga do aquífero", conclui
Rodrigo.
Prefeitura demora
Em abril deste ano, a administração solicitou
prazo adicional de 60 dias ao Ministério
Público (MP) para prestar informações. Mas a
Secretaria Municipal do Meio Ambiente
(Semma) não evoluiu nas ações. Na última
quinta-feira, Sidnei Rodrigues voltou ao MP
para informar que o prefeito está publicando
(somente agora) decreto para que, em 30
dias, seja apresentado estudo para equacionar
a demanda.
"A posição que discutimos com a Promotoria é
de revogar os decretos relativos a Parques que
foram criados em decreto, mas são de áreas
verdes já estabelecidas em condomínios ou
outros procedimentos", diz.
O secretário disse que há um decreto com
sobreposição. "O Parque criado para a mata
do Isaura Pitta Garmes se sobrepõe a uma
ARIE inserida no Plano Diretor para o mesmo
local. Além disso, esta área tem invasão e isso
também precisa ser resolvido. Vamos fazer a
revisão e revogar se fora a solução mais
prática."
Ele diz que a manutenção das áreas em
decreto exigiria a realização de planos de
manejo
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25503229&e=577
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.
Data: 17/06/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí / TV TEM
Data: 16/06/2019
Projeto brasileiro para salvar o pirarucu é
premiado nos EUA: 'Espécie fantástica',
diz biólogo
João Vitor Campos e Silva, de Piedade (SP),
foi o único brasileiro finalista no Prêmio Rolex
de Empreendedorismo. Biólogo trabalha desde
2008 na Amazônia.
Biólogo brasileiro ganha prêmio nos EUA — Foto: Arquivo pessoal
A preservação do pirarucu na Amazônia
rendeu o Prêmio Rolex de Empreendedorismo
a um biólogo brasileiro de Piedade (SP), em
cerimônia realizada em Washington, nos
Estados Unidos. O peixe com até três metros
de comprimento e que pode chegar a 200
quilos é essencial para a economia e
sobrevivência de comunidades à beira do rio
Juruá, no norte do país.
O biólogo João Vitor Campos e Silva, de 36
anos, venceu a edição com outros cinco
finalistas. Entre eles estão um neurocientista
francês, um especialista em TI de Uganda,
uma biólogo molecular do Canadá e uma
conservacionista da Índia.
Os projetos devem ter foco em áreas como
ambiente, tecnologia, saúde, ciência e
exploração. Cada vencedor leva uma quantia
em dinheiro para a aplicação nos trabalhos.
Em entrevista ao G1, o brasileiro conta que
está na Amazônia desde 2008, quando
terminou biologia no Paraná e viajou para o
norte do país, onde teve forte contato com as
comunidades e se interessou pelo manejo do
pirarucu.
"O tema me interessou e fiz doutorado para
entender o impacto social, econômico e
ecológico no manejo do peixe. É uma espécie
fantástica, é o maior peixe de água do mundo
que pode alimentar até três ou quatro
famílias", diz.
Pirarucu pode alimentar até quatro famílias, afirma biólogo — Foto: Arquivo pessoal
A grande exploração do peixe no século
passado, segundo o profissional, afetou a
quantidade do pirarucu. Na tentativa de
reverter a situação, as comunidades em
parceria com o Instituto de Desenvolvimento
Sustentável de Mamirauá passaram a proteger
o território e até fazer a contagem dos peixes.
"Foram montadas casas de madeira na beira
do rio e uma vez por ano é feita a contagem.
O pirarucu evoluiu em uma região com pouco
oxigênio e, então, ele precisa ir até a
superfície para respirar. Neste momento é
feita a contagem."
A estratégia, conforme o biólogo, apresentou
resultados satisfatórios com a reprodução
rápida da espécie.
"Há uma cota para abate e que não interfere
na quantidade de peixe. É como se fosse uma
poupança no banco que pode ser acessada
todo ano", explica.
Ecossistema
Além de recuperar a população de pirarucu
perdida, a iniciativa surtiu efeito na vida de
outros animais que compartilham do mesmo
espaço do peixe.
Data: 17/06/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
"Houve a contribuição para a conservação de
outras espécies, como tartarugas, ariranhas e
até jacarés. Todo o ecossistema é
beneficiado", detalha Silva.
A manutenção do pirarucu também garantiu a
base da renda de cerca de 60 comunidades
com 1200 pessoas.
"O prêmio é em cima de um projeto e
queremos aplicar em todo a extensão do rio.
Meu papel é mais para integrar e pretendemos
ajudar comunidades negligenciadas."
Projeto é aplicado na região do Rio Juruá — Foto: Arquivo pessoal
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/06/16/projeto-brasileiro-
para-salvar-o-pirarucu-e-premiado-nos-eua-
especie-fantastica-diz-biologo.ghtml
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Data: 17/06/2019
41
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 16/06/2019
Por que as pessoas retiram as garras dos
gatos, prática que começa a ser proibida
nos EUA
Por BBC
Nova York pode se tornar o primeiro Estado
dos EUA a proibir a retirada das garras de
gatos.
Em um movimento bipartidário no último dia
4, legisladores votaram para tornar o
procedimento ilegal, exceto quando ele for
necessário para a saúde do animal. Agora, o
governador, Andrew Cuomo, precisa sancionar
a lei.
Críticos da prática dizem que o declawing -
que envolve cortar um segmento do osso
preso à garra - é "bárbaro e desumano".
Mas a Sociedade de Medicina Veterinária de
Nova York argumentou que esta ainda deveria
ser uma opção permitida, caso contrário, uma
das consequências poderá ser mais abandonos
e abatimentos de gatos.
A retirada das garras já é ilegal em muitos
países da Europa, incluindo o Reino Unido,
assim como Israel, Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, a prática é proibida pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária.
Por que as pessoas fazem isso com seus
gatos?
O tipo mais frequente de procedimento é
chamado de onicectomia - envolve cortar com
um bisturi ou laser os ossos a partir dos quais
as garras crescem.
Críticos comparam isso a cortar os dedos das
mãos ou dos pés de alguém e dizem que o
equilíbrio do gato pode ser seriamente
afetado.
Existem alguns casos em que a cirurgia é
clinicamente necessária, por exemplo "se
houver uma infecção no leito ungueal, ou um
tumor", diz Sarah Endersby, coordenadora
veterinária da International Cat Care, uma
instituição de caridade.
No entanto, ela acrescenta, muitas pessoas
fazem o declawing para impedir os animais de
arranhar a mobília - o que ela caracteriza
como "essencialmente um ato de mutilação
feito para mudar o gato em nosso benefício".
Atitudes diferem amplamente dos dois lados
do Atlântico. Enquanto muitos países europeus
assinaram um tratado proibindo a prática no
início dos anos 1990, uma pesquisa da AP de
2011 constatou que 55% dos donos de gatos
americanos disseram não ver problemas em
retirar as garras de seus bichinhos.
Alguns estudos sugerem que entre 20% e
25% dos gatos de estimação nos EUA
passaram pelo procedimento.
Em contrapartida, "declawing sempre foi raro"
no Reino Unido, mesmo antes de ser proibido
em 2006, diz a professora Danielle Gunn-
Moore, veterinária e coordenadora de
medicina felina da Universidade de Edimburgo.
"Era algo não ensinado na universidade.
Tornou-se banido à medida que mais
americanos chegaram ao Reino Unido com
gatos sem as garras".
Por que o Reino Unido e os EUA têm culturas
tão diferentes em relação aos gatos?
Larry, o gato mais famoso do Reino Unido - ele é o mascote de Downing Street, residência oficial do Reino Unido — Foto: BBC
Data: 17/06/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
"A grande diferença é que muitos gatos nos
Estados Unidos são mantidos exclusivamente
em ambientes fechados", diz Sarah Ellis,
especialista em comportamento felino da
International Cat Care.
No Reino Unido, apenas cerca de 20% dos
gatos de estimação vivem totalmente em
ambientes fechados segundo algumas
pesquisas; outras já mostraram também que a
maioria dos proprietários na Europa também
permite que seus gatos passeiem ao ar livre.
No entanto, a proporção de gatos em
ambientes fechados é considerada muito
maior nos EUA.
É algo que Judd Birdsall, um amante de gatos
e ex-diplomata dos EUA que agora vive no
Reino Unido, percebeu.
"Quando você passa por um vilarejo no Reino
Unido, vê muitos gatos do lado de fora. Não
consigo me lembrar de ter visto um gato fora
nos EUA", disse à BBC.
Especialistas afirmam que os americanos
urbanos são mais propensos a manter os
gatos dentro de casa porque muitos moram
em prédios altos. Enquanto isso, em lugares
rurais nos EUA, é mais provável que existam
predadores como coiotes e lobos.
Os gatos ao ar livre podem encontrar material
de arranhar mais adequado, como árvores.
Também é perigoso retirar as garras de gatos
que saem, pois eles podem precisar delas para
se proteger fora de casa.
No entanto, há também uma diferença
cultural, diz Birdsall.
"Para os americanos, é uma questão de
liberdade e conveniência - o direito à liberdade
de tomar decisões em termos de como você
cria seu gato; e conveniência, porque uma vez
que você remove as garras, você não precisa
se preocupar mais com você ou com a mobília
arranhada".
"Por outro lado, no Reino Unido, qualquer
preocupação com a liberdade e a conveniência
é imensamente diminuída pela consideração
do bem-estar do gato - é impensável tirar
suas garras na Europa".
Fora ou dentro de casa, os prós e contras
Gatos dentro de casa tendem a ter mais anos de vida - mas precisam de um ambiente adequado — Foto: Getty Images
Gatos em ambientes fechados tendem
a ter uma maior longevidade, porque
são menos propensos a serem
atropelados por carros ou a serem
contaminados por vírus.
No entanto, gatos vivendo no interior
precisam de um bom e rico ambiente -
caso contrário, são muito mais
propensos a desenvolver problemas
psicológicos.
Gatos em ambientes fechados com
vários outros gatos são mais propensos
a sofrer de distúrbios relacionados ao
estresse se não se dão bem, porque
estes animais são naturalmente
solitários.
Gatos ao ar livre podem expressar seu
comportamento inerente mais
facilmente, como caçar e brincar com
insetos.
Os veterinários dizem que os gatos ao
ar livre podem parecer mais corajosos
e mais psicologicamente equilibrados,
pois são desafiados várias vezes ao dia.
No entanto, em partes rurais dos EUA,
gatos ao ar livre são muito mais
propensos a encontrar predadores. Fontes: Professora Gunn-Moore, Steve Dale, International Cat Care
O que diz a ciência sobre o procedimento?
Muitos especialistas mencionam estudos
segundo os quais gatos cujas garras foram
retiradas são mais propensos a ter problemas
de saúde, como dores nas costas, ou
comportamentais, como agressão.
"Alguns estudos sugerem que os gatos que
passaram pela onicectomia têm uma maior
porcentagem de cortisol [hormônio associado
ao estresse], frequentemente associado com a
Data: 17/06/2019
43
Grupo de Comunicação e Marketing
dor", diz Steve Dale, consultor em
comportamento animal e jornalista sobre
animais de estimação em Chicago.
Enquanto isso, um estudo que examinou gatos
que passaram pela retirada mostrou que
"pouquíssimas pessoas realmente fazem isso
corretamente - o procedimento tende a deixar
fragmentos ósseos", diz Gunn-Moore,
acrescentando que isso poderia fazer os gatos
pisarem em minúsculos fragmentos ósseos
quando caminham.
Endersby, coordenadora veterinária da
International Cat Care, diz que os gatos
podem continuar a sentir dor após a cirurgia.
"Parte de seu peso é suportada pelos dedos -
assim, após o declawing, a marcha muda à
medida que o peso é colocado nas patas".
No entanto, Drew Weigner, veterinário de
Atlanta que trabalha em uma fundação que
financia a pesquisa médica felina, adverte que
"estudos comportamentais são notoriamente
difíceis de terem sucesso".
Muitos veterinários simplesmente consideram
o procedimento antiético porque ele é
desnecessário.
Existem situações em que o 'declawing'
deveria ser permitido?
Muitas sociedades veterinárias dos EUA se
opõem a uma proibição porque dizem que a
retirada das garras deve ser permitida como
último recurso, caso a seguinte seja
abandonar o bicho.
No Reino Unido, Gunn-Moore diz que só fez o
procedimento em dois gatos, quando uma
cliente idosa precisou ir para um asilo que não
permitia a entrada dos animais caso não
pudesse ser assegurado que não arranhariam
a mobília.
Como o lar de idosos não aceitava nenhuma
outra opção, e os gatos eram acanhados
demais para serem realojados, Gunn-Moore
contatou o Royal College of Veterinary
Surgeons (órgão que representa os
veterinários no Reino Unido), que lhe deu
permissão para realizar o procedimento neste
caso.
"Fiz com o argumento de impedir os dois
gatos de serem sacrificados, e que a mulher
perdesse seus gatos, mas isso (seguir com a
retirada) me deixou incomodado o tempo
todo".
O declawing "tem que ser um último recurso
absoluto", diz ela, acrescentando que a
maioria das pessoas recorrem a ele por por
razões mais frívolas.
"Muitas pessoas não podem se dar ao trabalho
de treinar seus gatos - ou não querem torres
de arranhar no apartamento".
Enquanto isso, alguns veterinários
argumentam que o procedimento pode ser
necessário quando os donos de animais têm
alguns problemas de saúde.
Um veterinário disse ao jornal Denver Post em
2013: "Quando meu marido estava em
quimioterapia e seu sistema imunológico
estava comprometido, eu fiz o declawing na
minha gata. Eu a amo muito, mas eu não ia
arriscar que ele pegasse uma infecção caso
fosse arranhado".
Gatos precisam de longos e amadeirados objetos para arranhar — Foto: Getty Images
As coisas estão mudando nos EUA?
Certamente parece que sim. Além da
legislação proposta em Nova York, cidades
como Los Angeles e Denver também proibiram
a retirada das garras.
"Vinte anos atrás, era algo esperado de se
fazer: você pega um gato, você faz o
declawing", diz Weigner.
No entanto, ele diz que nos últimos anos o
procedimento se tornou "cada vez mais
controverso".
Dale diz que, com base em sua experiência
pessoal, os veterinários mais jovens parecem
ser mais favoráveis à proibição, especialmente
Data: 17/06/2019
44
Grupo de Comunicação e Marketing
porque pesquisas mais recentes parecem
fornecer evidências contra a prática.
Birdsall cresceu nos EUA com gatos de
estimação sem garras - mas diz que, depois
de ter se mudado para o Reino Unido,
descobriu alternativas como aparar as garras:
"Agora estou muito mais desconfortável com o
procedimento e não vejo necessidade dele".
Nos EUA, "as coisas geralmente tendem a uma
direção contrária ao declawing... Embora não
seja uma surpresa que o único estado que
está se movendo para proibir a prática seja
um estado liberal, e as cidades que fazem o
mesmo costumam ser vistas como
esquerdistas", ele acrescenta.
"Como muitas outras questões, garras de
gatos podem se tornar uma questão cultural
politizada nos EUA".
Como posso treinar meu gato para que ele
não arranhe a mobília?
É normal que os gatos arranhem, pois é assim
que eles marcam seu território com seu cheiro
e marcas de garras, diz Ellis.
Isto também os ajuda a manter as unhas
afiadas e alonga os músculos das costas.
No entanto, ela diz que os donos podem
treinar seus animais a usar arranhadores -
destacando que o ideal seja que estas torres
tenham pelo menos a altura do gato, para que
ele possa se esticar contra a peça e arrastar
suas garras até abaixo.
Gatos diferentes têm preferências também
distintas pelo tipo de material, ou se a torre é
horizontal ou vertical, acrescenta.
"Precisamos também pensar sobre a
localização: gatos precisam das torres em
certos lugares, muitas vezes proeminentes,
porque é onde eles marcam seu território".
Certos produtos incluem feromônios que
atraem os bichos, acrescenta o Gunn-Moore -
ela costuma usá-los, por exemplo, para
introduzir os gatos às torres de arranhar.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/16/por-que-as-pessoas-retiram-as-garras-
dos-gatos-pratica-que-comeca-a-ser-proibida-
nos-eua.ghtml
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Data: 17/06/2019
45
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 16/06/2019
G20 alcança primeiro acordo para reduzir
lixo plástico no mar
Membros do G20 se comprometeram a reduzir
os dejetos plásticos, mas poucos detalhes
foram dados sobre como farão isso.
Por France Presse
Pesquisadores medem o volume de lixo descartado nos rios e no mar — Foto: Reprodução/JN
O grupo das 20 maiores economias mundiais
alcançou, neste domingo (16), o primeiro
acordo para reduzir o lixo plástico no mar, em
uma reunião no Japão que também abordou a
segurança energética após os ataques a
petroleiros no Golfo de Omã.
Sob este acordo, os membros do G20 se
comprometeram a reduzir os dejetos plásticos,
mas poucos detalhes foram dados sobre como
farão isso.
"É fantástico que tenhamos elaborado regras
para todos, incluindo os países emergentes e
em desenvolvimento", comemorou o ministro
japonês do Meio Ambiente, Yoshiaki Harada,
ao final da reunião dos ministros do G20 de
sua área e da Energia.
As medidas seriam voluntárias e o progresso
seria publicado anualmente, de acordo com a
mídia local.
A poluição plástica tem se tornado uma
preocupação internacional crescente, em
particular após as proibições impostas pela
China e outros países à importação de
resíduos plásticos do exterior.
Muitos países, incluindo o Japão, viram o
acúmulo de resíduos plásticos como resultado
da proibição.
Entre as muitas preocupações, está a questão
dos microplásticos, esses pequenos pedaços
de resíduos degradados que são difíceis de
coletar quando entram na água.
Os microplásticos tendem a absorver
substâncias químicas nocivas e se acumulam
dentro de peixes, pássaros e outros animais.
O acordo alcançado em Karuizawa (centro do
Japão) é o primeiro a visar uma redução da
poluição plástica no oceano.
"É um primeiro passo para resolver este
problema", disse Hiroaki Odachi, do
Greenpeace Japão, em um comunicado,
observando, porém, que "é insuficiente contar
com as ações voluntárias dos países" para
responder a essa crise.
"São necessárias regras internacionais
vinculantes com calendários e objetivos
claros", como no caso do Acordo Climático de
Paris, acrescentou.
Com a reciclagem de apenas 9% do plástico
produzido, os ativistas afirmam que a única
solução a longo prazo é que se fabrique e use
menos.
No que diz respeito à segurança energética, o
ministro japonês da Indústria, Hiroshige Seko,
disse no sábado que Tóquio "observa com
grande preocupação os ataques a petroleiros
por parte de alguém".
"Do ponto de vista da segurança energética
global, é necessário que a comunidade
internacional aja em conjunto" contra os
ataques, disse o ministro.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/16/g20-alcanca-primeiro-acordo-para-
reduzir-lixo-plastico-no-mar.ghtml
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Data: 17/06/2019
46
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 15/06/2019
Chefe da ONU pede que UE aumente para
55% o corte de emissões até 2030
Taxa é bem acima do atual alvo do bloco, de
redução de 40%.
Por Reuters
Emissões dos gases de efeito estufa têm efeitos no aquecimento global — Foto: Frank Augstein/AP
O secretário-geral da ONU, António Guterres,
fez um apelo à União Europeia para que adote
como meta um corte de 55% nas emissões de
gases do efeito estufa até 2030, taxa bem
acima do atual alvo do bloco, de redução de
40%.
Em carta antes de um encontro de cúpula da
UE, endereçada ao presidente do Conselho
Europeu, Donald Tursk, à qual a Reuters teve
acesso, Guterres diz que o maior bloco
econômico do mundo deve liderar pelo
exemplo para evitar os piores efeitos do
aquecimento global e limitar o aumento de
temperatura a 1,5 grau Celsius.
A reunião da próxima semana entre os 28
chefes de Estado da UE é a última antes de
negociações do clima, em setembro.
"Conto com vocês, mais uma vez, para
demonstrarem a liderança da União Europeia",
disse Guterres na carta para Tusk.
Um anúncio "na direção de uma meta de 55%
de redução nas emissões enviaria uma
poderosa mensagem", disse ele, pedindo aos
líderes que abandonem paulatinamente o uso
de carvão e não aprovem a construção de
novas termelétricas para além de 2020.
Apesar do impulso de oito países, liderados
pelos franceses, por atitudes mais ambiciosas
em relação ao clima, sobretudo o esforço por
neutralizar as emissões de carbono até 2050,
uma minuta vazada do documento final do
encontro não menciona um incremento nos
compromissos do bloco sob o acordo climático
de Paris, assinado em 2015.
Com Índia e China em busca de assumir o
protagonismo nas negociações da ONU, após o
presidente Donald Trump retirar os Estados
Unidos do acordo de Paris, alguns diplomatas
da UE temem que o bloco fique cada vez mais
desprestigiado no pacto global.
Países europeus como a Polônia, que depende
fortemente de termelétricas a carvão, e a
Alemanha, com seu poderoso setor
automotivo, têm barrado cortes mais
profundos nas emissões, ao mesmo tempo
que os "coletes amarelos" causaram estragos
ao ímpeto da França sobre o assunto.
O crescimento das preocupações com o clima,
porém, expresso em protestos por todo o
continente, tem ajudado a robustecer os
Verdes, que tiveram seu melhor desempenho
histórico nas últimas eleições para o
Parlamento Europeu.
O Parlamento Europeu e o comissário europeu
para o clima, Miguel Arias Cañete, querem que
o bloco almeje a neutralização das emissões
de carbono até 2050, alegando que a
legislação aprovada desde o acordo de Paris já
coloca o bloco no caminho para superar as
atuais metas.
Mas ativistas dizem que as ações tomadas
pela UE até agora ainda estão longe de serem
consistentes com as mudanças que os
cientistas dizem ser necessárias para evitar os
piores cenários.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/15/chefe-da-onu-pede-que-ue-aumente-
para-55-o-corte-de-emissoes-ate-2030.ghtml
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Data: 17/06/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 14/06/2019
Câmaras de comércio assinam acordo
para defender ações climáticas
Por Amelia Gonzalez
As Nações Unidas já não querem mais
somente chamar atenção, em seus encontros
anuais, para as mudanças climáticas, enorme
desafio que a humanidade está enfrentando.
Antonio Guterres, atual Secretário-Geral da
instituição, deu uma mensagem assertiva para
o embaixador da próxima Assembleia da ONU,
Luis Alfonso de Alba. Na reunião, que vai
acontecer em setembro em Nova York, é
preciso abrir espaço também para autoridades
locais. Guterres reconhece que um ator
exclusivo não pode fazer muita coisa sozinho,
e que será preciso trabalhar com quem
oferece soluções transformadoras, audaciosas.
Por isso, a expectativa é de que a cúpula de
setembro da ONU será muito diferente das
outras.
A mensagem foi dada por Alba, hoje pela
manhã, na plenária do 11º Congresso Mundial
de Câmaras de Comércio que reuniu, nos
últimos três dias, mais de mil participantes de
cerca de cem países num hotel na Barra da
Tijuca. Não foi a primeira vez que o Congresso
pôs a questão das mudanças climáticas em
debate. Mas, pela primeira vez, os
representantes assinaram uma espécie de
pacto coletivo, que chamaram de “Coalizão
climática”, em que apoiam o Acordo
conseguido em Paris em 2015 para baixar as
emissões a ponto de manter o aquecimento
em 1,5º até 2050.
“Tem que ter planos, não só discurso. Afinal, a
tecnologia está do nosso lado e já
identificamos as metas. É preciso, agora,
garantir que tenhamos o apoio dos cidadãos. A
reunião vai ter que ser realista, nosso objetivo
não pode ser mais somente levantar bandeiras
a favor da diminuição do uso dos combustíveis
fósseis. Neste processo, as pessoas são
importantes, tanto quanto as empresas. Todos
precisam se movimentar na direção da
implementação dos planos. Até agora só
cobrimos um terço do caminho proposto pelo
Acordo de Paris. Faltam dois terços e isto é
muita coisa”, disse o embaixador Luis de Alba
para uma plateia que reuniu pelo menos 500
pessoas no auditório do hotel.
Como se sabe, os números dos desastres
provocados pelas mudanças climáticas não
deixam dúvidas sobre a urgência de se tomar
providências concretas para mitigar os danos
e se preparar para os próximos eventos. Raul
Salazar, chefe da Secretaria do Escritório das
Nações Unidas para a Redução do Risco de
Desastres (UNDRR) para as Américas e o
Caribe, com sede no Panamá, também usou
seu tempo de fala na primeira plenária de hoje
do Congresso para alertar sobre um fenômeno
específico: a humanidade conseguiu avançar
na redução de riscos de mortalidade causada
pelos eventos extremos, mas está enfrentando
perdas econômicas por causa deles.
“Não fizemos ações suficientes para evitar que
em duas décadas (1997 a 2017) 1,3 milhão de
pessoas tenham sido mortas e 4,4 milhões
tenham perdido suas casas ou tiveram que
migrar por causa dos desastres ambientais. E
91% desses desastres são secas e
tempestades causados pelas mudanças do
clima. A forma de lidar com o risco é
importante”, disse Salazar, lembrando que é
tempo de o público e o privado atuarem
juntos.
Pois sim, e já não é sem tempo. Enquanto eu
ouvia as falas dos oradores não pude deixar
de me lembrar de outros inúmeros encontros
que tenho assistido nessas quase duas
décadas em que me dedico ao tema. E os
discursos têm sempre um tom de emergência,
como deve ser. Mas é uma emergência que
vem durando muito tempo já.
E eu estava ali, num Congresso de Câmaras
de Comércio do mundo inteiro, pensando
sobre esta recorrência. Até mesmo se
enxergarmos a questão somente sob o ponto
de vista econômico é difícil entender a lentidão
de ações climáticas.
“É preciso lembrar que depois de um grande
desastre natural nos Estados Unidos só 20%
das pequenas e médias empresas
conseguiram reabrir suas portas”, lembrou
ainda Salazar.
Perguntei ao chairman deste Congresso,
Hamad Buamim, que também preside a
Câmara de Comércio e Indústria de Dubai e a
Federação Mundial das Câmaras de Comércio,
como seria possível simplificar as ideias para
que elas possam ser executadas:
Data: 17/06/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
“Sim, todos têm grandes ideias, todos
acreditam nelas, mas é preciso trabalhar
nelas”, disse ele.
Estendi a conversa e perguntei sobre a
possibilidade de se pensar em reduzir a
produção. Ele admite que é uma conversa
antiga, mas acredita fortemente que as
próximas gerações serão capazes de mudar
muita coisa. Porque os jovens pensam
diferente:
“Talvez seja uma conversa antiga, mas nem
todo mundo ouviu. A maneira como nós
compramos, a maneira como nós vendemos,
precisamos cuidar mais dos meios alternativos
de se fazer isso, como o uso das energias
alternativas. O próximo Congresso das
Câmaras Comerciais, que será em Dubai
(2021), pode mostrar que estas soluções
existem. Porque todo mundo fala sobre Metas
do Desenvolvimento Sustentável, mas é
preciso que digam exatamente o que querem
que se faça: todo mundo tem grandes ideias,
mas ninguém sabe como colocá-las em
prática. Eu acredito fortemente na nova
geração e penso que os próximos vinte anos
serão diferentes”, disse-me Hamad Buani.
Mas, será que a geração nova terá ouvidos
para dialogar com a geração mais velha? Esta
foi uma dúvida levantada por um médio
empresário da Jordânia que estava na plateia.
Infelizmente não houve tempo para mais
colocações, o que sempre ajuda a enriquecer
qualquer encontro.
No acordo coletivo que assinaram, os
representantes de Câmaras de Comércio de
todo o mundo admitem que seus negócios
dependem de um ecossistema global estável,
saudável. E que este enorme desafio só será
conseguido se todo mundo entrar no barco.
Não é uma mensagem direta, mas entendi
como um forte recado ao presidente Donald
Trump, que decidiu não assinar o Acordo de
Paris.
Mesmo com uma sensação de já ter ouvido as
mesmas coisas em outros tantos momentos,
saí do hotel me sentindo mais animada do que
entrei. É sempre bom que o tema das
mudanças climáticas tome espaços cada vez
mais importantes e seja debatido por quem
pode tomar iniciativas. E o fato de a ONU
estar querendo também mudar sua rotina,
para abarcar cidadãos comuns nos encontros
do clima, é uma boa novidade. Sigamos com o
assunto em pauta.
https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-
gonzalez/post/2019/06/14/camaras-de-
comercio-assinam-acordo-para-defender-
acoes-climaticas.ghtml
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Data: 17/06/2019
49
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 14/06/2019
No Vaticano, 'gigantes do petróleo'
assinam compromisso para manter o
aquecimento global abaixo de 2ºC
Representantes reconhecem 'urgente
necessidade de uma transição ao baixo
carbono'. Papa Francisco apoia estabelecer um
preço para emissões.
Por G1
Papa Francisco discursa a executivos do setor energético no Vaticano — Foto: Vatican Media/Reuters
Um grupo de executivos do setor energético
assinou um termo de compromisso no
Vaticano reconhecendo a necessidade de
conter o aquecimento global e minimizar suas
consequências. Em comunicado publicado
nesta sexta-feira (14) pela Santa Sé, eles
dizem que é preciso "manter o aquecimento
global abaixo de 2º C, e contudo ainda
avançar na prosperidade humana e
econômica".
Entre os CEOs estavam representantes de
gigantes como Eni, Exxon, Total, Repsol, BP,
Shell, Sinopec, ConocoPhillips, Equinor e
Chevron.
Além disso, representantes das gigantes do
setor energético reconheceram que são
necessárias "mudanças radicais em todos os
níveis" para realizar uma transição que
envolva o "apoio dos mercados na adoção de
combustíveis renováveis como fonte de
energia".
Compromisso assinado pelos executivos
Reunidos em um congresso de dois dias
organizado pelo Vaticano, os executivos
refletiram sobre como realizar a transição
energética para fontes mais limpas, o que
inclui o tema da precificação do carbono. A
maioria dos executivos presentes assinou um
termo de compromisso que diz:
"Como líderes do setor energético, da
comunidade global de investimentos e outras
organizações, nós reconhecemos que uma
aceleração significativa na transição para um
futuro de baixo carbono além das projeções
atuais requer uma ação sustentada e de
grande escala, além de soluções tecnológicas
adicionais para manter o aquecimento global
abaixo de 2º C, e contudo ainda avançar na
prosperidade humana e econômica."
Os signatários do documento concordam com
o estabelecimento de regimes de precificação
do carbono, seja com base em taxas,
mecanismos de trocas ou outras medidas de
mercado. Eles avaliam que esses instrumentos
devem ser criados pelos governos, de forma a
incentivar os investimentos, a pesquisa e o
consumo sustentáveis.
"Isso requer um novo nível de liderança
cooperativa", afirma o texto. "Nós assumimos
este desafio."
O encontro a portas fechadas foi o segundo do
tipo na Academia de Ciências do Vaticano. O
primeiro foi em 2018 e teve ampla
repercussão internacional. Além de executivos
do setor, estiveram presentes estudiosos,
representantes do setor financeiro e de
tecnologia.
Preço do carbono
Em encontro com os participantes, o Papa
Francisco disse nesta sexta-feira que
estabelecer um preço para emissões de
carbono é "essencial" para conter o
aquecimento global – sua declaração mais
clara até hoje em apoio à penalização de
poluidores – e apelou para que os descrentes
da mudança climática ouçam a Ciência,
segundo a agência Reuters.
A fixação de preço para emissões de carbono,
seja por impostos ou esquemas de troca de
emissões, é usada por muitos governos para
fazer os consumidores de energia pagarem
pelos custos do uso de combustíveis fósseis,
que contribuem para o aquecimento global, e
para fomentar o investimento na tecnologia de
baixo carbono.
Um grupo pequeno de manifestantes se reuniu
diante de um portão do Vaticano. Um deles
exibiu um cartaz dizendo "Queridos CEOs do
Data: 17/06/2019
50
Grupo de Comunicação e Marketing
Petróleo: Pensem em Seus Filhos", informou a
Reuters.
Francisco, que fez muitos apelos pela proteção
ambiental e se contrapôs a líderes como o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
a respeito da mudança climática, disse que a
crise ecológica "ameaça o próprio futuro da
família humana".
Ele criticou implicitamente aqueles que, como
Trump, negam que a mudança climática seja
causada sobretudo pela atividade humana.
"Durante tempo demais, fracassamos
coletivamente em ouvir os frutos das análises
científicas, e as previsões apocalípticas não
podem mais ser encaradas com ironia ou
desdém", disse o Papa.
Os debates sobre mudança climática e
transição energética precisam se basear na
"melhor pesquisa científica disponível hoje".
No ano passado, Trump rejeitou projeções de
um relatório de seu próprio governo segundo
o qual a mudança climática causará danos
econômicos sérios à economia dos EUA.
"Diante de uma emergência climática,
precisamos agir de acordo, de maneira a
evitar perpetrar um ato de injustiça brutal
contra os pobres e as gerações futuras", disse
Francisco.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/14/executivos-do-setor-energetico-se-
reunem-com-papa-francisco-e-assinam-
compromisso-para-conter-aquecimento-
global.ghtml
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Data: 17/06/2019
51
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 14/06/2019
Hidrogênio pode ser a chave na transição
energética, aponta Agência Internacional
de Energia
Atualmente, hidrogênio é produzido quase
inteiramente com base em gás e carvão.
Produção a partir da energia verde ainda
precisa ter custos diminuídos.
Por France Presse
— Foto: Pixabay
O hidrogênio pode ser a chave para a
transição energética, desde que medidas
sejam adotadas imediatamente para aumentar
sua utilização e reduzir seu custo - aponta um
estudo da Agência Internacional de Energia
(AIE) publicado nesta sexta-feira (14), em
Paris.
"O hidrogênio se beneficia atualmente de uma
dinâmica sem precedentes", disse o diretor-
executivo da AIE, Fatih Birol, graças, em
particular, aos esforços das autoridades
públicas, mas também de empresas em
setores como energia, automóveis e
tecnologia.
O número de projetos no mundo está
aumentando rapidamente, indica o relatório,
feito a pedido do Japão no âmbito da cúpula
do G20.
A AIE alerta, no entanto, que ainda há
medidas a serem tomadas, em especial para
reduzir o custo do hidrogênio.
O hidrogênio produzido a partir da energia
verde ainda é caro. Os custos de produção
poderiam diminuir em 30% até o final de
2030, porém, graças à "queda dos preços das
energias renováveis" e a uma "mudança de
escala da produção de hidrogênio", explicou a
agência.
Hoje, o hidrogênio é produzido quase
inteiramente com base em gás e carvão, o que
provoca a emissão de 830 milhões toneladas
de CO2 por ano. Esse total equivale às
emissões combinadas de Reino Unido e
Indonésia.
Outra dificuldade é que o desenvolvimento de
infraestruturas é lento e impede a adoção de
hidrogênio de forma generalizada, segundo a
AIE.
É por isso que a agência recomenda a criação
de infraestruturas como gasodutos para o gás
natural.
O hidrogênio, que está envolvido na fabricação
e no refino de produtos químicos, pode
"reduzir as emissões de carbono em alguns
setores", especialmente o de transportes,
incluindo de longa distância, bem como o
setor químico e a indústria metalúrgica.
Posto de combustível de hidrogênio é vista em Berlim, em foto de 31 de março — Foto: AFP Photo/Clemens Bilan
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/14/hidrogenio-pode-ser-a-chave-na-
transicao-energetica-aponta-agencia-
internacional-de-energia.ghtml
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Data: 17/06/2019
52
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Natureza
Data: 14/06/2019
Flygskam, a 'vergonha de voar' que
preocupa a indústria da aviação na Suécia
Viajar de avião se transformou em dilema
ético para muitos suecos preocupados com o
impacto das altas emissões de CO2 da aviação
sobre o clima.
Por BBC
Movimento busca diminuir uso do avião por causa da emissão de poluentes — Foto: Divulgação/Pixabay
Viajar de avião ou usar outro meio de
transporte?
Para muitos, essa pergunta vem de um dilema
ético, de pessoas preocupadas com o impacto
da aviação nas mudanças climáticas.
Nenhum país, contudo, levou esse dilema tão
a sério como a Suécia, onde a expressão
"flygskam", "vergonha de voar", se espalhou e
se refere a um movimento, cada vez maior,
que apela para que passageiros busquem
meios alternativos de transporte para reduzir
emissões de carbono.
À medida que o movimento se populariza,
outros termos têm se popularizado. Os suecos
já falam de "tagskryt", ou o "orgulho de andar
de trem".
Acompanhada de uma hashtag, "tagskryt" tem
sido usada nas redes sociais por aqueles que
viajam de trem e querem incentivar outras
pessoas a fazer o mesmo.
Existe ainda um novo termo para os que
voam, mas preferem esconder isso:
"smygflyga", que significa "voar em segredo".
A emissão de dióxido de carbono (CO2) por
quilômetro de um trem é de 14 gramas por
passageiro, em comparação aos 285 gramas
emitidos em uma viagem de avião.
Os cálculos são da Agência Ambiental Europeia
(EEA, na sigla em inglês), que considera um
trem com 150 passageiros e um avião com 88.
Para aviões de maior porte, o nível de emissão
pode chegar a 170 gramas por quilômetro por
passageiro, de acordo com um estudo da
universidade britânica London School of
Economics.
Um dos maiores problemas da aviação é que,
além da emissão de CO2, há liberação de
vapor de água e óxido nitroso (N2O) - gás
nocivo e de efeito estufa.
Essas emissões em altitudes elevadas na
atmosfera têm impacto maior devido a uma
série de reações químicas.
Um dos primeiros suecos a impulsionar o
movimento contra viagens de avião foi o
medalhista olímpico dos Jogos de Inverno em
Vancouver (2010) Bjorn Ferry, conhecido por
viajar centenas de quilômetros de trem para
participar de eventos esportivos e por se
recusar a voar devido às mudanças climáticas.
A ideia ganhou mais adeptos quando Malena
Ernman, uma das mais famosas cantoras de
ópera da Suécia, declarou publicamente a
intenção de jamais voar novamente.
A decisão afetou significativamente seus
compromissos artísticos. Mas outras
celebridades apoiaram a cantora e aderiram
ao movimento.
Malena é mãe de Greta Thunberg, uma
ativista adolescente que ficou conhecida ao
fazer um giro pela Europa de trem fazendo
campanha em defesa do clima.
Ela se nega a voar e foi de trem ao Fórum
Econômico Mundial em Davos - enquanto mais
de mil delegados foram ao evento em aviões
privados.
Não se sabe exatamente quantas pessoas
aderiram ao movimento "flygskam". Mas a
página no Facebook "Tagsemester" (férias de
trem), criada pela ambientalista Susanna
Elfors para dar conselhos sobre meios
Data: 17/06/2019
53
Grupo de Comunicação e Marketing
alternativos de transporte, já tem mais de 90
mil membros.
Uma conta anônima no Instagram, com mais
de 60 mil seguidores, expõe publicamente
figuras conhecidas que voam. E a hashtag
#StayOnTheGround, algo como "fique no
chão", entrou para os trending topics no
Twitter.
O movimento tem um impacto importante na
Suécia, onde está aumentando uso do trem e
diminuindo o número de voos.
Rickard Gustafson, chefe da companhia aérea
sueca SAS, disse a um jornal norueguês estar
convencido de que o movimento "flygskam"
estava por trás da queda de 5% no tráfego
aéreo da Suécia no primeiro trimestre de
2019.
Por sua vez, a companhia ferroviária sueca SJ
anunciou um número recorde de passageiros
devido ao que descreve como "a preferência
em viajar de forma inteligente pelo clima".
Alguns comentaristas assinalam que a queda
no número de voos na Suécia se deve também
ao impacto da onda de calor no verão de
2018, que gerou mais consciência na
população sobre as mudanças climáticas.
Em Estocolmo, onde a temperatura é
registrada mensalmente desde 1756, julho de
2018 foi considerado o mais quente da
história.
No resto da Suécia, a onda de calor provocou
incêndios florestais que se estenderam até o
círculo ártico.
O movimento "flygskam" gera preocupação na
indústria da aviação e foi um dos temas de um
encontro de três dias em junho de 2019 na
Coreia do Sul.
"Se não oferecermos uma resposta, esse
sentimento vai crescer e se espalhar",
assinalou Alexandre de Juniac, presidente da
Associação Internacional de Transporte Aéreo
(Iata, na sigla em inglês), segundo a agência
Reuters.
A declaração do diretor da Iata foi dada diante
de uma plateia de 150 executivos de
companhias aéreas.
Estima-se que os voos comerciais respondam
aproximadamente por 2,5% das emissões
globais de carbono, e a expectativa é que essa
porcentagem aumente consideravelmente
devido à expansão de aeroportos e dos voos
baratos.
A indústria da aviação anunciou planos para
desenvolver motores menos poluentes e
baixar as emissões, para que em 2050 haja a
metade das emissões de 2002.
No entanto, alguns críticos assinalam que
essas mudanças deveriam ser mais rápidas.
Em outros países da Europa, aumenta o
número de pessoas que resistem a viajar de
avião. Há, em outras línguas, termos
equivalentes ao sueco para expressar a
vergonha de voar: "lentohapea"; na Finlândia;
"vliegschaamte", na Holanda; e "Flugscham"
na Alemanha.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/14/flygskam-a-vergonha-de-voar-que-
preocupa-a-industria-da-aviacao-na-
suecia.ghtml
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Data: 17/06/2019
54
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Portal do Governo SP
Data: 14/06/2019
Saiba o que fazer ao identificar animais
nas estradas
| Governo do Estado de São Paulo
Reduzir a velocidade, fechar os vidros do
veículo e não buzinar para não assustar o
animal são algumas das precauções
Quem viaja pelas estradas do Estado de São
Paulo, pode se deparar com animais na pista,
uma situação inesperada e perigosa. Para
reduzir os riscos de acidentes, as
concessionárias integrantes do Programa de
Concessão de Rodovias do Estado de São
Paulo contam com uma série de medidas
preventivas.
As ações vão desde o monitoramento
constante das pistas através do sistema de
câmeras, até a instalação de telas ao longo de
alguns trechos das rodovias e a construção de
passagens de fauna – para que os animais
possam atravessar sem cruzar diretamente a
pista.
Também são desenvolvidos programas de
conscientização de moradores vizinhos às
estradas para que eles protejam seus animais,
mantendo-os longe das rodovias.
Técnicos das concessionárias visitam as
propriedades localizadas nas proximidades das
pistas e alertam para os riscos de acidentes.
Também orientam sobre a necessidade de
manutenção e reformas de cercas e
alambrados dos imóveis.
Além disso, as ações das concessionárias são
fiscalizadas pela Artesp (Agência de
Transporte do Estado de São Paulo) e
previstas no contrato de concessão, que
determina a manutenção de rodovias seguras.
É importante destacar que a legislação vigente
estabelece que a responsabilidade civil em
caso de acidente causado por animal é do
proprietário do bicho. O descuido, além dos
riscos à segurança, também pode gerar
prejuízo financeiro.
O cadastramento de moradores vizinhos das
rodovias e do tipo de animais existentes
nestes imóveis é prática antiga no Estado de
São Paulo.
O que fazer ao avistar animais na pista
• Reduza a velocidade;
• Nunca buzine para não assustar o animal;
• Não pisque os faróis ou jogue luz sobre o
animal;
• Feche os vidros do veículo ao passar perto
de animais de grande porte;
• Se for necessário ultrapassar, siga por trás
dos bichos;
• Depois de ultrapassar, sinalize para os
motoristas que vêm em direção oposta sobre
o perigo, piscando os faróis. Piscar três vezes
o farol e posicionar a mão para baixo com
quatro dedos abertos indica a presença de
animais na pista;
• Ligue e comunique o fato para o 0800 da
concessionária responsável pela rodovia;
• Ligue e comunique o fato para a Polícia
Militar Rodoviária (190).
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ulti
mas-noticias/saiba-o-que-fazer-ao-identificar-
animais-nas-estradas/
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Data: 17/06/2019
55
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Página 22
Data: 14/06/2019
Empresas podem agora monitorar o
desmatamento em todo o mundo
Redação
Plataforma global que permite mapear e evitar
o desmatamento nas cadeias de suprimentos
foi projetada para atender à necessidade do
setor de commodities de lidar com riscos
legais e de reputação. A adesão, segundo o
WRI, chega a mais de 80 grupos, como
Cargill, Mondelēz, Procter & Gamble e Unilever
O mundo perdeu 12 milhões de hectares de
floresta em 2018. Como quase 40% do
desmatamento é gerado por commodities, isso
representa grandes riscos legais e de
reputação para as empresas e riscos materiais
para os investidores. Então, por que é tão
difícil para as empresas impedir o
desmatamento? Commodities como óleo de
palma, cacau, carne bovina e soja podem
mudar de mãos dezenas de vezes, desde o
momento em que são colhidas até chegarem a
barras de chocolate, creme dental ou fórmulas
para bebês, tornando o desmatamento um
quebra-cabeças muito complexo. Hoje,
finalmente é possível para uma empresa ou
banco de qualquer tamanho analisar e
gerenciar o risco de desmatamento usando o
GFW Pro.
Liderada pela equipe Global Forest Watch do
World Resources Institute (WRI), a GFW Pro
(pro.globalforestwatch.org) é uma plataforma
global que permite rastrear o risco de
desmatamento dentro das cadeias de
suprimentos. Qualquer usuário pode carregar
com segurança a localização das fazendas,
unidades de produção ou todo um portfólio de
investimentos e analisar os riscos usando
dados de GFW como alertas de desmatamento
quase em tempo real, incêndios, proximidade
a parques nacionais e Terras Indígenas e
florestas intactas.
Ao todo, o GFW Pro usa mais de 30 conjuntos
de dados de parceiros como Google,
Universidade de Maryland e muitos outros
para determinar o risco de desmatamento e
ajudar a priorizar ações.
O sistema pode ser aplicado a qualquer
commodity agrícola, em qualquer lugar do
mundo, desde óleo de palma e soja a cacau,
carne bovina, açúcar, café, borracha e
madeira. O outro recurso exclusivo do GFW
Pro é a capacidade de enviar milhares de
locais de uma só vez. Os usuários podem
compartilhar ideias com o gerenciamento e
podem relatar o progresso ao longo do tempo
para as partes interessadas externas.
“O GFW Pro não deixa ninguém para trás. Se
esperamos alcançar cadeias de fornecimento
de commodities transparentes e sustentáveis
em uma escala verdadeiramente global,
precisamos ter um sistema que seja acessível
a atores globais, intermediários e atores locais
”, disse Luiz Amaral, Diretor de Soluções
Globais para Commodities & Finance do WRI,
que liderou o desenvolvimento do GFW Pro.
“Além de ajudar as multinacionais, ele é
projetado para equipar até mesmo os menores
bancos, empresas comerciais e produtores
agrícolas – que muitas vezes não têm recursos
– com a capacidade de avaliar seus riscos,
monitorar e relatar o progresso.”
Quase 80 empresas e organizações ajudaram
a construir e testar o GFW Pro. Cargill, Golden
Agri-Resources (GAR), Louis Dreyfus Company
(LDC), Mondelēz International, a Olam,
Procter & Gamble Company (P&G) e Unilever
são algumas das empresas que já usam o
GFW Pro para rastrear commodities em
milhares de sites. Instituições financeiras, do
Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) a bancos locais no Paraguai estão
usando o site para avaliar empréstimos a
agricultores e comerciantes. Outros usuários
Data: 17/06/2019
56
Grupo de Comunicação e Marketing
incluem associações, ONGs e organismos de
certificação.
“O sistema GFW Pro foi desenvolvido para que
qualquer empresa de commodities ou
instituição financeira possa realizar análises
complexas de dados geoespaciais, sem
pessoal ou sistemas especializados”, disse
Jane Lloyd, gerente de produto de Global
Forest Watch Commodities and Finance do
WRI, que liderou o desenvolvimento do GFW
Pro. “Um sistema baseado na web,
publicamente disponível, que realiza esse tipo
de análise acurada em tal escala não tem
precedentes.”
O GFW Pro foi projetado em colaboração com
os principais parceiros de tecnologia, dados,
ONGs, provedores de serviços e do setor
privado para atender às necessidades do
setor. No longo prazo, as empresas que
gerenciam florestas podem se beneficiar de
um fornecimento mais seguro e sustentável de
materiais, preservando os ecossistemas que
tornam a agricultura mais produtiva.
https://pagina22.com.br/2019/06/14/empresa
s-podem-agora-monitorar-o-desmatamento-
em-todo-o-mundo/
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Data: 17/06/2019
57
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Página 22
Data: 16/06/2019
Lixo eletrônico: de quem é a
responsabilidade?
Amália Safatle
Antes mesmo de o Brasil instituir uma lei para
lidar com os resíduos do setor eletroeletrônico
– que ainda depende de um acordo setorial –
a HP buscava formas de recolher
equipamentos que estavam no fim de sua vida
útil e reciclar os cartuchos. Desde 2009, tem
mergulhado mais a fundo em iniciativas de
economia circular e recentemente fechou
parceria com o varejo – a rede Kalunga – para
estimular a logística reversa.
Mas Claudio Raupp, CEO da empresa no Brasil,
enfatiza o elo fundamental nessa cadeia que é
o consumidor: “Se ele não puxar o gatilho,
podemos colocar a estrutura ou o acordo
setorial que você quiser. Não podemos ir lá na
casa do consumidor arrancar o computador
dele.” O executivo acredita, portanto, que
educação ambiental e conscientização serão
fundamentais nessa mudança cultural.
Diante do questionamento sobre a
responsabilidade de um setor que lança
produtos de forma contínua, os quais
rapidamente ficam desatualizados pela corrida
tecnológica, a diretora de Sustentabilidade
Paloma Cavalcanti afirma que a empresa se
preocupa com a durabilidade do produto.
“Disponibilizamos manuais de serviço, para
dar possibilidade ao consumidor de reparar e
fazer upgrade daquela máquina ou
impressora, para que ele a mantenha por mais
tempo possível.”
A empresa assumiu uma série de
compromisso com metas ambientais, mas
desde que façam sentido também do ponto de
vista econômico. “A longo prazo, se o
programa não for sustentável
economicamente, estará vulnerável.”
Claudio Raupp é CEO da HP Inc. Brasil,
tendo passado em cargos executivos na Tivoli,
na IBM Brasil e na Nokia. Engenheiro elétrico
de formação, fez especialização na Harvard
University e na London Business School.
Paloma Cavalcanti é diretora de
Sustentabilidade da HP Inc. Brasil. Coordenou
a área de sustentalidade da Semp Toshiba,
após ter trabalhado na EDP e na Sadia.
Formada em Comunicação Social,
especializou-se na Fundação Getulio Vargas e
na Politecnico di Milano.
O que levou a HP a enveredar pelo assunto da
economia circular? Há uma pressão? A
empresa entende que é uma tendência?
Claudio Raupp: Na realidade, a gente começou
sustentabilidade muito antes que houvesse
pressão governamental ou de compliance. Isso
realmente veio dos próprios valores da HP de
inovação e sustentabilidade. A gente começou
em 1991 com o projeto Planet Partners, que
era todo um projeto mais amplo de fazer
reciclagem e takeback, ou seja, de poder
recolher os equipamentos que estavam no fim
de ciclo de vida útil. E esse conceito foram se
expandindo né? Inicialmente começamos com
reciclagem e depois expandimos o conceito
para economia circular.
A partir de quando?
Paloma Cavalcanti: A gente começou a
reinserir plástico reciclado nos cartuchos de
impressão na década de 2000. Os primeiros
protótipos de peças de impressoras com
plástico reciclado saíram em 2009. Depois, o
plástico reciclado dos cartuchos passou a ser
usado também nos cartuchos novos e em
seguida começamos a fazer também parte da
impressora com o plástico reciclado. Então já
vínhamos trabalhando com economia circular
no Brasil. Tanto que, quando a Ellen
MacArthur Foundation veio para o Brasil,
fomos uma das primeiras empresas a articular
o programa deles aqui. Somos a única
empresa do setor eletrônico que tem ciclo
fechado no Brasil. Nenhuma outra empresa do
setor está tão avançada.
CH: Na medida em que você ganha escala e
eficiência no processo de zero waste [lixo
zero], você também ganha economia. Porque
o programa tem de ser sustentável
economicamente. Conseguimos, por exemplo,
que a resina do plástico reciclável se tornasse
mais barata do que a resina virgem. Se você
não tiver um programa que seja sustentável
economicamente, no primeiro momento de
crise ele fica extremamente vulnerável. Então,
quando falamos de sustentabilidade, ela é
ambiental, social e econômica.
A HP não faz nenhuma ação ambiental que
não tenha consistência econômica? Se der
prejuízo, não é implementada?
Data: 17/06/2019
58
Grupo de Comunicação e Marketing
CR: No momento que você começa um
programa de sustentabilidade, ele sempre dá
prejuízo. Para você montar, começar uma
estrutura, desenvolver seus próprios
processos, desenvolver fornecedor. Ele não se
paga no primeiro e nem no segundo ano.
Então, é preciso ter muito claro o
compromisso, mas a gente busca eficiência o
tempo todo. A longo prazo, se o programa não
for sustentável economicamente, estará
vulnerável.
Hoje, 20% do peso nas impressoras
corresponde a material reciclado. A meta é
32%. Temos metas também para reduzir
emissão de gás de efeito estufa, metas de
energia renovável. São metas que
estabelecemos para o futuro e vamos atrás.
PC: O segredo disso é integrá-las [as metas]
com a estratégia de negócio, mas esse é um
retorno que conseguimos a longo prazo. Para
alcançar a eficiência que permite com que a
resina reciclada seja mais econômica que a
resina virgem, estamos há 10 anos
desenvolvendo soluções. Agora, se
considerarmos, por exemplo, o balanço do
programa de reciclagem, ainda temos um
custo alto na logística reversa em si, ou seja,
o custo de trazer os materiais do consumidor
até a reciclagem.
Por isso foi firmada a parceria com a Kalunga
[para recolhimento de cartuchos usados que
serão reciclados]?
CR: Não só para ficar barato, mas para dar
conveniência ao consumidor. Um cara
fundamental nessa cadeia é o consumidor. É
um elo que, se estiver quebrado, impede que
tudo aconteça. Então temos de dar
conveniência e infraestrutura ao consumidor
para que ele possa ser um agente ativo nessa
cadeia circular.
PC: A questão de trabalhar em parceria com a
nossa cadeia de distribuição é importante por
diversos aspectos. Permite consolidar um
volume maior no ponto de venda, tornando a
logística mais eficiente do que ir na casa de
cada consumidor coletar – inclusive do ponto
de vista ambiental. Além disso, traz a
mensagem para o ponto de venda.
CH: Você já viu a caixa de coleta? A caixa é
uma comunicação. Não é apenas uma
embalagem em que você depositaria o
cartucho: ela comunica o programa.
PC: E aí temos o varejo engajado conosco na
questão da reciclagem. Para viabilizar a
economia circular, temos de trabalhar em
parceria, não em um projeto isolado.
CR: Para buscar eficiência na economia
circular, não bastam atividades pontuais.
Temos de olhar para o círculo inteiro, a
começar do desenho do produto. Se não
desenharmos o produto já com o material
apropriado, com as características adequadas
para a reciclagem, perdemos a oportunidade
lá no início da cadeia. Então nossa cadeia tem
de olhar desde o desenho do produto, a
escolha do material que usamos a primeira
vez, a forma como distribuímos, vendemos,
comunicamos e fazemos a manutenção da
máquina. Porque também um dos objetivos da
economia circular é você manter mais tempo
em uso o material que você usou a primeira
vez, seja o plástico, seja o próprio produto
final.
A opinião pública e os demais integrantes da
cadeia também estão exigindo isso?
CR: Cada vez mais vemos a sociedade
demandando isso. A regulamentação, o
governo. A geração millenium demanda isso
não só em relação ao que vai comprar e usar,
mas em qual empresa quer trabalhar.
PC: Praticamente 30% da receita total da HP
globalmente está vinculada a requerimentos
de sustentabilidade. Os clientes pedem.
Além das pressões do mercado, a empresa
também precisa se enquadrar na lei. A
regulamentação a ser seguida é a de resíduos
sólidos?
PC: O pilar básico que discutimos, desde o
final de 2010, é a Politica Nacional de
Resíduos Sólidos e o que ela determina como
logística reversa para diversos produtos, entre
eles eletroeletrônicos. O setor de
eletroeletrônicos ainda não conseguiu fechar o
que chamamos de acordo setorial, ou seja, o
setor discutir com o governo e acordar regras
de como será a logística reversa de
eletroeletrônicos no Brasil. Só para ter uma
ideia, nestes últimos vários anos temos
discutido aspectos como: de que maneira a
gente taxa? como a gente transporta esses
materiais? Até pouco tempo atrás existia essa
Data: 17/06/2019
59
Grupo de Comunicação e Marketing
imagem de que produto eletroeletrônico é
perigoso. Uma vez que você classifica o
produto como perigoso você tem que licenciar
a coleta. Imagina licenciar 400 pontos de
coleta? Transportar produto como perigoso?
Impossível!
Então há uma série de barreiras sendo
superadas paulatinamente nas discussões com
o governo, para que a gente tenha um
sistema de logística reversa no País. Uma vez
que se estabeleça isso, deveremos coletar
17% do que colocamos no mercado. Todo o
setor de eletroeletrônico terá uma obrigação
de coleta de 17%.
Isso em um primeiro momento? Depois o
percentual vai aumentando?
PC: Não, o teto será 17%. Ainda não se
discute se chegará a patamares maiores, até
porque as legislações na Europa e nos EUA são
assim. Cinquenta por cento já seria o máximo
que se consegue retornar do que se coloca no
mercado. Isso porque o produto pode ter uma
segunda vida útil, ele é estendido. Não
significa que o que está entrando no mercado
tenha de retornar para a reciclagem na
mesma proporção. A população está
consumindo mais eletroeletrônico e o
acumulando mais dentro de casa.
CR: Ou seja, quando ele compra o segundo
computador, muitas vezes ele continua com o
primeiro dentro de casa. Agora, se o
consumidor não puxar o gatilho jamais a
indústria vai conseguir reciclar 17% ou 50%.
Dezessete por cento já é extremamente
desafiador.
Mas aí não seria colocar muita
responsabilidade em cima do consumidor?
CR: Mas ele é responsável. Se o consumidor
não puxar o gatilho, podemos colocar a
estrutura ou o acordo setorial que você quiser.
Não podemos ir lá na casa do consumidor
arrancar o computador dele.
Então a chave é a educação ambiental, a
conscientização?
PC: Permanente. E a mudança de cultura.
Imagina que já é difícil reciclar o seu lixo, o
que dirá coisas mais sofisticadas como seu
eletroeletrônico. Temos de estimular a
educação e a conscientização ambiental
porque se o consumidor não for parte
protagonista desta cadeia, tudo isso não vai
funcionar. A decisão de descartar o
eletroeletrônico naquele ponto de coleta
depende do consumidor. Não depende do
fabricante. E o que a gente vê ainda
mundialmente é o nível de retorno baixo
mesmo em países desenvolvidos.
CR: Nos países desenvolvidos, os Estados
Unidos, por exemplo, todas as casas têm uma
garagem linda e maravilhosa, só que os carros
ficam fora da garagem. Porque a garagem
está entulhada de coisas que ele não usa
mais, mas o apego não o deixa descartar.
Sabemos que na economia capitalista,
demandas são criadas pelas empresas. Qual
responsabilidade das empresas de não criar o
tempo todo novas demandas de consumo,
especialmente com produtos programados
para ficar desatualizados depois de um tempo?
Refiro-me à obsolescência programada, em
que as empresas induzem o consumidor à
compra de um novo aparelho. Isso não é
comum no setor eletroeletrônico? [mais sobre
obsolescência programada nesta reportagem]
CR: Não temos na HP nenhuma estratégia de
obsolescência programada. Nosso produto é
feito para durar, para ser reparado, para ter
um upgrade. Ou seja, ficou lento porque tem
mais aplicativos, você pode fazer um upgrade
de memória. Fazemos um produto modular
para que ele tenha o maior ciclo de vida útil
possível. E mesmo que o consumidor seja um
cara ávido por tecnologia, por vídeos, por
jogos e ele compre um computador novo, não
significa que ele vá descartar o velho, esse é o
problema.
PC: Esta questão da obsolescência
programada é uma questão muito discutida
dentro do setor de tecnologia como um todo.
Obsolescência programada é crime, que fique
bem claro. Tem estudos e discussões,
inclusive na Europa em relação a isso, e a HP
é uma empresa das mais transparentes do
ponto de vista de como os produtos são
produzidos. De disponibilizar um manual de
serviço online para o consumidor saber como
ele pode reparar. De projetar os produtos para
que eles possam ter upgrade de processador,
de software etc.
Essa questão é sensível porque toca no
desenvolvimento tecnológico que as empresas
estão sempre buscando. E tem aqueles
consumidores, os geeks, que estão sempre
Data: 17/06/2019
60
Grupo de Comunicação e Marketing
querendo coisas mais avançadas e as
empresas lançando produtos novos
constantemente.
CR: Sempre haverá produtos melhores
desenvolvidos pela indústria, mas não significa
que esse produto terá uma redução de
performance programada. É o que aconteceu
aí com algumas marcas e foi um escândalo
mundial.
A empresa passaria a ganhar não só com o
lançamento de produtos novos, mas com os
serviços que prestaria para esticar a sua vida
útil?
PC: A economia circular vai avançar
invariavelmente para o modelo de economia
de serviços e o compartilhamento de coisas –
é o que a gente já vê hoje em alguns setores.
Então temos avançado muito em modelo de
negócios de serviços. Hoje isso ocorre no B2B
[business to business], para empresas, com as
quais temo contrato de impressão por serviço.
De impressão por serviço. Aí, o que você
muda ao oferecer o serviço em vez da venda
da máquina?
Você quer que a máquina dure cada vez mais.
PC: Claro! Você deseja manter aquela
máquina funcionando por mais tempo.
CR: Isso muda completamente o approach.
Vejamos o caso de impressora como serviço,
ou outsourcing de impressão, como é mais
conhecido. Damos o suporte de gestão,
abastece a impressora tonner, de papel. Ele só
tem que imprimir. Depois, no final do mês,
contabiliza quantas páginas imprimiu e a
gente passa uma fatura para ele. Fazemos a
manutenção preventiva e periódica da
máquina, trocamos peças quando necessário e
a vida útil da impressora é levada ao limite
máximo porque é interessante para o modelo
de negócio. E garantimos que o cartucho de
tonner retorna para reciclagem.
Isso no B2B. E no B2C [business to
consumer]?
PC: Temos alguns avanços no B2C, em
modelo internacional de negócios chamados
de instant ink, para suprimento de impressão
em alguns países.
CR: E agora lançamos o serviço de
subscription [assinatura] de cartucho com a
Kalunga, o usuário estabelece um link entre a
impressora dele e a HP e, em seguida, na
Kalunga. De forma que conseguimos ver o
sistema e enxergar o nível de tinta do
cartucho que ele tem. Antes que o tonner
acabe, automaticamente disparamos uma
ordem, e a Kalunga já entrega na casa do
consumidor de forma que ele nunca fique sem
tinta. É como se fosse tinta como serviço.
Você paga para ter a conveniência.
Esse modelo, que é experimental, pode chegar
a outros produtos?
CR: Sem dúvida. Estamos com modelos de
B2C também para PCs e para as próprias
impressoras. São modelos que cada vez mais
vão aparecer. Na geração passada tínhamos
aquela questão da posse. O meu carro, a
minha cadeira, a minha mesa com a foto da
família, do cachorro etc. Por exemplo, este
escritório nosso, inaugurado há três anos, não
tem nenhum assento demarcado. É free
sitting! Outro exemplo: vai lá na Faria Lima e
vê o que está acontecendo com aquele festival
de patinetes, bicicletas, Uber. Já existem
projeções segundo as quais, daqui a alguns
anos, ninguém mais terá carro. Você vai usar
o carro como serviço.
Essa é uma maneira de reduzir antes de
reciclar? Porque o processo de reciclar
também produz impacto, consumo de água,
energia, emissões.
CR: A reciclagem consome energia e água,
mas a não reciclagem consome muito mais.
Sim, mas antes de reciclar, busca-se reutilizar.
E, antes disso, evitar o uso.
Peraí, mas aí você quebra a gente! Tudo tem
limite (risos).
Aí fica insustentável economicamente, certo?
(risos)
PC: Há uma preocupação da HP em relação à
durabilidade do produto. Por exemplo, ser
transparente sobre como a máquina é
montada. Então disponibilizamos manuais de
serviço, para que dar possibilidade ao
consumidor de reparar aquele computador.
Fazer upgrade daquela máquina ou
impressora, para que ele a mantenha por mais
tempo possível. Antes de reciclar você pode
remanufaturar. A gente também tem um
trabalho muito grande de avaliar as máquinas
Data: 17/06/2019
61
Grupo de Comunicação e Marketing
que chegam e remanufaturá-las para dar uma
segunda vida.
O fato de uma impressora durar, por exemplo,
15 anos é bom para a HP?
CR: É bom porque em 15 anos ela consome
muito cartucho. Do ponto de vista de negócio
não é necessariamente ruim. Porque o nosso
negócio de impressoras é “impressora mais
suprimento”. Tem que ficar 15 anos
imprimindo muito! Vamos encarar esse
problema da impressão de frente. Eu contesto
muito quem coloca no e-mail “Por favor, pense
bem antes de imprimir”. Não! Imprima.
Por quê?
CR: Porque toda a nossa cadeia de papel é
formada de florestas plantadas para isso. O
papel que usamos para imprimir hoje veio de
uma floresta que gerou empregos, gerou
imposto. Nenhuma floresta foi desmatada.
Então do ponto de vista de impacto social e
ambiental não houve prejuízo. E do ponto de
vista de emprego, houve impacto positivo e
geração de tributos. A nossa tinta é
completamente amigável ao ambiente, feita à
base de água. Os cartuchos são feitos de
material reciclado. A gente retira garrafa pet
do meio ambiente a uma taxa de um milhão
de garrafas por dia para poder produzir
cartucho.
Não gera impacto se não for necessário abrir
novas áreas de floresta para colocar floresta
plantada, não usar agrotóxicos na plantação
dos eucaliptos e nem gerar emissões de
carbono na produção e transporte dos
produtos…
PC: O que o Claudio quer dizer é que se criou
um estigma em relação à impressão, segundo
o qual imprimir contribui para o
desmatamento. Na verdade, não, veja o
Brasil. As áreas de florestas de celulose estão
em áreas que já foram desmatadas desde a
época da colonização. São áreas que estão
sendo recuperadas do ponto de vista
ambiental, mas não são áreas que sofrem com
o desmatamento, como na Amazônia no caso
da soja, do gado e de outras atividades.
Inclusive, sobre isso, estamos trabalhando em
parceria com a Conservação Internacional
desde 2017 e queremos implementar um
projeto mais robusto de ajudar a CI em um
trabalho de preservação da Amazônia, que
eles já desenvolvem há vários anos.
Mas o que isto tem a ver com o negócio da
empresa?
CR: Tem a ver com o conceito que
começaremos a divulgar agora, de impressão
positiva. Significa que, além de tratar dos
impactos ambientais inerentes ao processo de
impressão, queremos gerar impacto positivo,
ajudando a preservar.
Vamos fazer além de uma doação. A ideia é
trabalhar para algo do tipo “ao comprar o seu
cartucho você está contribuindo para a
preservação da Amazônia”. Queremos atrelar
uma mensagem e fazer uma campanha. Isso
ainda não está desenhado e ainda não está
sendo divulgado.
Uma parte da renda da venda vai para o
projeto?
CR: Sim, um cartucho, uma muda, é o que
estamos desenhando.
PC: A Conservação tem um trabalho na Bacia
do Tapajós e em outras regiões da Amazônia
onde faz manutenção da floresta, extrativismo
sustentável e plantio mesmo em outras áreas
onde está ocorrendo o desmatamento. Então
eles têm um trabalho que eu considero
bastante importante na região.
Não seria uma espécie de greenwashing, uma
vez que não está atrelado ao negócio? Pode
soar como “Eu causo um impacto aqui, mas
faço uma compensação ali”.
PC: Não é uma compensação. É um projeto de
ajuda. Você não vê a HP fazendo publicidade
como as outras companhias fazem. Somos
bastante conservadores com o que publicamos
na imprensa. Aliás, fazemos muito mais do
que divulgamos. Queremos ir além.
CR: Na verdade, já fazemos mais do que todo
mundo. Talvez quem não fizesse
absolutamente nada, se tivesse um projeto
com este, poderia-se dizer que é
greenwashing.
PC: A conversa que a CI tem tido com a gente
é: “Precisamos do apoio do setor privado para
garantir que as nossas florestas se
mantenham de pé. O setor privado precisa se
unir com a sociedade civil para ajudar a
Data: 17/06/2019
62
Grupo de Comunicação e Marketing
manter um patrimônio que é mundial”. É
nesse sentido que temos tido essas
discussões. Como isso se conecta com a
impressão? Eu acho que é um pouco
desmitificar esse estigma da impressão.
Por que a HP usa a vertente de economia
circular e não de Avaliação de Ciclo de Vida
(ACV)? Pela ACV, é preciso calcular se você
causa de fato menos impacto ao reciclar.
Dependendo das condições e dos aspectos
analisados, pode ser que não, que o impacto
de reciclar seja maior [saiba mais neste vídeo
explicativo].
PC: São vertentes complementares, não são
contraditórias. Nós fazemos ACV dos produtos
e embutimos essa visão na economia circular.
E economia circular não existe sem você
considerar o ciclo de vida todo do produto
porque o que a gente quer é justamente dar
mais longevidade à vida útil do produto.
Considerar no momento de desenhar, projetar
aquele produto no design, que ele seja
reparável, facilmente reciclável. Então eu vejo
como visões que estão integradas. Avaliamos,
a cada mudança na forma de embalar ou de
produzir, qual tem mais eficiência do ponto de
vista do ciclo de vida do produto. Estas
comparações são feitas e substanciadas para a
gente tomar a decisão para ir para um lado ou
para o outro.
Quem faz estes cálculos?
PC: Temos um time. São 300 pessoas na área
de sustentabilidade na HP no mundo.
E no Brasil?
PC: No Brasil somos cinco full time
[trabalhando em tempo integral]. É raro você
ter no Brasil cinco pessoas dedicadas só a
sustentabilidade. É um time seríssimo e
comprometido com programas bastante
estruturados.
https://pagina22.com.br/2019/06/16/lixo-
eletronico-de-quem-e-a-responsabilidade/
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Data: 17/06/2019
63
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Canal Rural
Data: 14/06/2019
Governo publica medida provisória que
acaba com data limite do CAR
Rafael Walendorff, de Brasília
CAR
O prazo para o Cadastramento Ambiental
Rural (CAR) havia se encerrado em 31 de
dezembro de 2018. Foto: Zig Koch/Embrapa
O governo federal está tornando o sistema do
Cadastro Ambiental Rural (CAR) perene e
aberto para atualizações e inscrições a
qualquer momento. A mudança foi publicada
nesta sexta-feira, dia 14, em edição extra do
Diário Oficial da União (DOU), e começa a
valer imediatamente.
O prazo do CAR havia se encerrado em 31 de
dezembro de 2018, pela regra atual, e quem
não aderiu seria proibido de acessar o crédito
rural oficial. Agora, os produtores poderão
fazer o cadastramento sem data limite e não
sofrerão a sanção. A medida também atende
à demanda de quem adquire novas
propriedades que não tinha feito a adesão.
Segundo o diretor do Serviço Florestal
Brasileiro (SFB), Valdir Colatto, a MP também
resolve o problema do Programa de
Regularização Ambiental (PRA), já que muitos
estados brasileiros ainda não implementaram
o sistema de recuperação ambiental. O
programa dá prazo para quem precisa
recompor áreas de vegetação nativa
declaradas no CAR e transforma multas em
prestação de serviços ambientais. “O PRA é o
passo seguinte ao CAR, está vinculado. Aberto
prazo para o CAR está aberto também para o
PRA”, apontou Colatto.
Reserva legal: Produtor rural precisa ser
remunerado, cobra especialista
Projeto de lei propõe acabar com a reserva
legal em propriedades rurais
O assessor sênior de Meio Ambiente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), Rodrigo Justus, concorda com a
posição. “O CAR tem que ser eterno, é um
cadastro. A ideia da MP é corrigir essa
distorção da lei, já que 10% do território não
está cadastrado. A consequência prática da
medida é que o prazo para o PRA também fica
estendido, até que seja fixada uma data de
corte. Como o artigo 59 do Código Florestal
diz que o PRA fica com mesmo prazo do CAR,
ele está prorrogado também”, diz Justus.
Dezoito estados e o Distrito Federal já criaram
um sistema para o programa, mas, de acordo
com Justus, nenhum está funcionando na
prática até hoje devido a questionamentos que
sofrem na Justiça.
“Praticamente nenhum funciona. São
programas sem respostas, sem termo de
compromisso, nunca chegaram a ser
implementados de fato. Os estados que
tentaram fazer tiveram o programa
judicializado. O Ministério Público questionou
os programas, como em São Paulo, e depois
apresentou ações ao STF. Faz sete anos que o
Código foi aprovado, esses programas já
poderiam estar funcionando”, disse.
Na justificativa que enviará ao Congresso
Nacional para a edição da MP, o governo
afirma que existem mais de cinco milhões de
propriedades registradas no CAR e que isso
demonstra a efetiva aplicação do Código
Florestal no país. “A proposta é retirar o prazo
para inscrição no referido cadastro, de modo a
torná-lo um sistema perene e aberto para
atualizações e inscrições, possibilitando a
constante inclusão de dados das propriedades
rurais e se tornando um cadastro efetivo de
gestão da propriedade rural”, diz o texto.
Na última terça-feira, dia 11, o tema foi
debatido pela Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA) com a ministra da
Agricultura, Tereza Cristina. “Nós vamos
resolver o problema que existe hoje que é o
Programa de Regularização Ambiental (PRA).
A MP vai trazer o CAR, já que em um dos
artigos do Código Florestal ele condiciona o
prazo do PRA com o prazo do CAR. A MP vem
Data: 17/06/2019
64
Grupo de Comunicação e Marketing
única e exclusivamente com a pendência que
hoje pode colocar grande parte dos
agricultores na ilegalidade”, afirmou o
deputado federal Zé Silva (SD-MG).
O PRA foi debatido recentemente na Medida
Provisória 867 de 2018, editada ainda pelo ex-
presidente Michel Temer. Ela havia estendido
o prazo de adesão ao programa até o fim
deste ano. Durante a tramitação,
parlamentares modificaram o texto e incluíram
outras demandas do agro com a lei ambiental.
A proposta, no entanto, não foi votada a
tempo e perdeu a validade.
Com a nova MP, o governo soluciona o vazio
legal ocasionado pela perda de validade da
867 e reabre os prazos para CAR e PRA,
tornando-os perenes e impedindo que
produtores sejam penalizados. Um dos
motivos para isso é que muitos estados sequer
implementaram sistemas do PRA até hoje.
Outros trechos, como mudanças no artigo 68
do Código Florestal, que trata dos marcos
temporais para recomposição de vegetação
nativa, ficaram de fora da MP. O senador Luis
Carlos Heinze (PP-RS) apresentou o projeto de
lei 3511 de 2019 para tratar desse assunto. A
proposta já está tramitando no Congresso,
mas ainda não tem relator definido. Está na
fase de recebimento de emendas até o dia 21
deste mês.
https://canalrural.uol.com.br/noticias/agricult
ura/mp-prazo-car-sexta/
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Data: 17/06/2019
65
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Projeto Tamar
Data: 15/06/2019
16 de junho é o Dia Mundial da Tartaruga
Marinha!
Você sabia que as Tartarugas Marinhas são
animais pré-históricos que estão no planeta há pelo menos 120 milhões de anos?.... ↓
16 de junho é o Dia Mundial da Tartaruga
Marinha!
Você sabia que as Tartarugas Marinhas são
animais pré-históricos que estão no planeta há
pelo menos 120 milhões de anos? Elas
conviveram com os dinossauros e resistiram a
todas as mudanças que os levaram à extinção,
há cerca de 65 milhões de anos. São um
símbolo de resiliência que tem inspirado
diversas culturas pelo mundo: simbolizam a
Mãe Terra para a cultura hindu, sabedoria e
boa sorte para o povo havaiano, longevidade
para os indígenas da América do Norte, além
de serem consideradas sagradas em muitas
culturas da América Central.
Conhecidas como sentinelas dos mares, às
Tartarugas Marinhas funcionam como
termômetros da qualidade ambiental. Por
serem animais de "sangue frio”, ou seja, sua
temperatura corporal varia conforme a
temperatura do ambiente, possuem a
fisiologia profundamente influenciada pelo
meio externo. Essa condição, junto de outras
particularidades como colocar vários ninhos
numa mesma temporada reprodutiva, fazem
com que as tartarugas sejam um organismo
ideal para detectar alterações no ambiente,
como por exemplo as mudanças climáticas.
O Dia Mundial da Tartaruga Marinha,
celebrado anualmente em 16 de junho, é um
dia especialmente dedicado a honrar e
ressaltar a importância desses animais
fabulosos. Estes generosos seres se doam
para nutrir uma vasta cadeia ecológica, afinal,
de cada mil filhotes, somente uma ou duas
tartarugas chegarão à idade adulta, enquanto
o restante irá literalmente “servir” a uma
causa maior, o equilíbrio da natureza.
Sua incrível capacidade de navegação é ainda
um assunto que intriga o entendimento
humano. De alguma forma, as tartarugas
marinhas conseguem realizar migrações
transoceânicas de forma extremamente
precisa, se guiando de um ponto remoto a
outro do oceano, mesmo que estejam
separados por milhares de quilômetros.
Apesar de fazer parte do conhecimento antigo
de marinheiros e povos insulares, a
capacidade migratória das tartarugas
marinhas nem sempre foi um fato conhecido
pela ciência. A partir da década de 1940, um
pesquisador americano, Dr. Archie Carr,
iniciou criativos experimentos utilizando balões
meteorológicos e radiotransmissores
amarrados ao casco das tartarugas para
acompanhar informações como velocidade de
deslocamento e rotas percorridas por esses
animais.
O pesquisador iniciou também um amplo
programa de marcação e recaptura em vários
locais no Atlântico, desvendando grandes
migrações como a das tartarugas da ilha de
Ascensão ,localizada próxima ao continente
Africano. Os filhotes nascidos nessa ilha eram
provavelmente carregados pelas correntes até
a costa do Brasil, onde cresciam e depois
retornavam ao seu local de nascimento.
Centenas de relatos sobre as anilhas eram
enviados através de cartas para seu
laboratório na Universidade da Flórida, que
eram cuidadosamente respondidas junto com
uma recompensa de 5 dólares.
Dr. Carr foi provavelmente o indivíduo que
mais promoveu a pesquisa e a conservação
das tartarugas marinhas no mundo, sendo
considerado o “pai” dos estudos sobre esses
animais. Sua partida, em maio de 1987, foi
uma perda inestimável para os tartarugólogos
do mundo inteiro, que eram inspirados por seu
fascínio e vasta produção científica. O
pesquisador foi responsável pela publicação de
dezenas de papers acadêmicos e dez livros,
além da criação do mais antigo grupo de
pesquisa sobre tartarugas marinhas, a
Data: 17/06/2019
66
Grupo de Comunicação e Marketing
Caribbean Conservation Corporation, hoje Sea
Turtle Conservancy.
Para nos lembrarmos para sempre do
importante legado deixado pelo Dr. Archie
Carr, o Dia Mundial da Tartaruga Marinha é
comemorado na mesma data de seu
nascimento, 16 de junho. Neste dia, vários
pontos no planeta irão celebrar estes
fantásticos animais e convidamos você e sua
família para fazer parte desta comemoração.
O Projeto TAMAR realizará, entre os dias 15 e
16, diversas atividades ao longo da costa do
Brasil para ajudar a educar as pessoas sobre
as tartarugas marinhas e seus hábitos.
Conheça as programações pelo menu "Visite o
Tamar" e participe!
https://www.tamar.org.br/noticia1.php?cod=9
14
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Data: 17/06/2019
67
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: EPBR
Data: 15/06/2019
ENTREVISTA Estados devem manter o
monopólio da distribuição de gás, afirma
secretário do Rio Grande do Sul
Larissa Fafá
O governo do Rio Grande do Sul entende que
não há necessidade de acabar com o
monopólio das distribuidoras estaduais de gás
para abrir o mercado. O secretário de Meio
Ambiente e Infraestrutura do estado, Artur
Lemos Júnior, afirma que a grande
transformação necessária passa pela quebra
do monopólio da Petrobras no transporte, por
uma legislação que defina a figura do
consumidor livre e também a revisão dos
tributos para que seja possível o 'choque de
energia barata'.
Artur Lemos Júnior assumiu o cargo este ano,
nomeado pelo governador eleito em 2018,
Eduardo Leite, do PSDB, que criou a a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Infraestrutura. A nova pasta também é
responsável pela gestão da Corsan
(saneamento) e da CEEE (energia).
'Não é o monopólio do gasoduto que
prejudica, entendemos que outros elementos
prejudicam mais. Um deles é a ausência de
um marco legal, mas também da centralização
da Petrobras nesse mercado', afirma Lemos
Júnior.
O RS aguarda o texto final do Novo Mercado
de Gás para apresentar um projeto de lei que
fortalece a agência reguladora estadual.
Lemos Júnior também falou à epbr sobre a
expectativa da gestão gaúcha sobre o
desenvolvimento da indústria de carvão e
acerca do shale gas argentino da jazida de
Vaca Muerta.
Artur Lemos Júnior conversou com a epbr em
5 de junho e a entrevista foi antecipada aos
leitores do Político, serviços exclusivo para
assinantes.
Como o governo gaúcho vê a proposta do
Novo Mercado de Gás?
O estado é totalmente favorável a uma
mudança de postura. A gente vem
acompanhando essa discussão desde o
governo anterior, com o Gás Para Crescer, e
estamos participando desde o início junto ao
Ministério de Minas e Energia porque
entendemos que é necessária uma mudança
no mercado de gás natural. Agora, essas
mudanças têm de ser particionadas.
Nós não entendemos que há necessidade, por
exemplo, dos estados perderem o monopólio,
que é constitucional, do gás distribuído por
gasodutos. Entendemos, sim, que as
companhias, sejam estaduais ou privadas,
devem administrar dutos e o mercado tem de
estar aberto para múltiplos fornecedores, com
a figura do consumidor livre neste escopo para
demandar a utilização destes gasodutos.
A própria companhia, se quiser participar da
venda da molécula, poderia comercializar
também para os consumidores livres a partir
da sua estrutura, mas essa regulação
demanda uma agência reguladora forte.
E como segue a tramitação dessa legislação
estadual?
Já temos a minuta de um projeto de lei para
regular o mercado de gás, mas não
distribuímos ainda esse PL porque
aguardamos como isso vai se dar na legislação
federal. Não queremos estar dissociados do
que vai avançar na discussão em âmbito
nacional.
Hoje, com a companhia estatal, quem faz a
regulação e a fiscalização é a administração
direta, a secretaria. Isto é anômalo, não
funciona, e aí com a privatização da nossa
companhia de gás, vamos passar essa
fiscalização à nossa agência reguladora. Ela já
existe, porém vamos alterar a legislação para
dar mais instrumentos para que ela consiga
exercer uma regulação à altura do que se
espera o mercado.
Data: 17/06/2019
68
Grupo de Comunicação e Marketing
Mas o RS não se opõe à construção de dutos
pela iniciativa privada?
Não. Pode construir visando sua necessidade
de consumo, mas tem de saber que essa
distribuição tem um agente que tem essa
condição de monopólio. Se nosso objetivo é
ter uma rede de gasodutos robusta, nós não
podemos depender que o privado vá fazer os
seus investimentos ao seu interesse. Por isso
que nós entendemos que esse monopólio não
é prejudicial, mas ele deve ser bem regulado.
Não é o monopólio do gasoduto que prejudica,
entendemos que outros elementos prejudicam
mais. Um deles é a ausência de um marco
legal, mas também da centralização da
Petrobras nesse mercado.
Como seria esse marco legal?
O primeiro passo seria a Petrobras sair deste
monopólio. O ideal seria que todos os
interessados tenham acesso à utilização
desses gasodutos de transporte e a Petrobras
não ser um regulador desse uso, não necessita
disso. Ela tem que ser mais um fornecedor
deste gás, como outras empresas.
Passando esse primeiro passo, aí sim, uma
legislação que regulamente quem é o
consumidor livre, o distribuidor, o
comercializador, deixando claras essas
estruturas, onde o distribuidor que administra
os dutos será único, mas todo seu entorno
será múltiplo e permitirá que a gente consiga
acessar o gás com preço menor.
Artur Lemos Júnior foi secretário de Minas e
Energia do governo de José Ivo Sartori (MDB)
até janeiro de 2018, quando o PSDB saiu da
base do governo para lançar Eduardo Leite ao
Palácio Piratini. (foto: PSDB)
Uma questão em debate é o risco de perda de
receita de ICMS. Como resolver?
O Rio Grande do Sul é um estado muito
prejudicado pela tributação atual. Temos um
gás proveniente da Bolívia, que entra pelo
Mato Grosso do Sul, então a totalidade do
ICMS fica lá. O estado não tem arrecadação
nenhuma.
A gente entende que vai ser muito difícil um
estado abrir mão de recursos. Para isso,
pensamos que o avanço da reforma tributária
é importante para que a gente consiga corrigir
essas distorções, fazendo com que o imposto
único seja trabalhado de forma equilibrada em
todos os estados. Tem-se uma discussão e
avança-se onde a tributação se dê no
consumo e não na internalização e, no ponto
de vista do Rio Grande do Sul, gostaríamos
muito que essa discussão avançasse.
O governo aposta no Confaz para resolver a
questão do ICMS. É a instância correta?
Não basta. Vejo com muita dificuldade que os
estados vão chegar em um consenso nesse
sentido justamente por ter interesses
antagônicos. O Rio Grande do Sul ganharia
com a tributação por contrato, por exemplo,
mas o Mato Grosso do Sul perderia muito e
isso pode prejudicar efetivamente as finanças
do estado, então ele sempre será contra. Nós
entendemos que o governo federal, como ente
maior, deve trabalhar numa regra geral
porque, se depender dos estados, a gente vê
com muita dificuldade.
O mercado de gás e carvão no Rio Grande do
Sul não competem?
O carvão é uma riqueza natural do nosso
estado que temos de utilizar com parcimônia e
com cautela pela questão ambiental, mas para
isso há o trabalho com novas tecnologias,
como a captura de CO². Há também o uso
diversificado. Não é necessário queimar o
carvão, mas pode-se transformar em insumos
químicos importantes para o mercado do Sul,
como metanol e fertilizantes, atualmente
importados, e o gás sintético.
Na nossa compreensão, a gaseificação do
carvão para produzir o gás natural sintético é
um complemento dentro do mercado já
existente e o mercado futuro que o Rio Grande
do Sul demandará de gás natural. Ademais, o
gás proveniente do carvão vai ser um
componente importante de regulação do preço
que, muito porventura da ampliação de oferta
do nosso estado será proveniente de GNL. É
uma commoditie que sofre variação
Data: 17/06/2019
69
Grupo de Comunicação e Marketing
internacional que pode ter uma estabilização
pela produção do gás do carvão.
É importante ressaltar que o RS está longe do
mercado de consumo e essa distância deixa os
estados do Sul em uma situação desfavorável
para um insumo que é tão importante para a
indústria e a atividade empresarial.
Qual é a expectativa do estado em relação a
Vaca Muerta, na Argentina?
Temos uma perspectiva boa, mas entendemos
que é de longo prazo. Não podemos aguardar
Vaca Muerta porque é um debate que será
intenso de ponto de vista ambiental na
Argentina, que tem um ala muito protetiva
nesse sentido.
Mas trabalhamos com a hipótese de uma fonte
de gás natural a partir da fronteira Oeste,
onde temos uma usina termelétrica a gás
natural que não funciona justamente por não
ter gás.
Nossa concepção de planejamento é termos
uma entrada de gás natural GNL via porto de
Rio Grande, uma entrada de gás natural a
partir do shale gas argentino pela fronteira
Oeste a longo prazo, termos um centralizador,
com uma produção de gás sintético
modulando esse mercado, e o gasoduto que
abastece o total de 2,8 milhões de m³, mas
que fica para o consumo da indústria apenas 2
milhões de m³ por dia.
Tudo sobre: Artur Lemos Júnior Distribuição
de gás Gás natural Novo Mercado de Gás Rio
Grande do Sul
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25483457&e=577
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Data: 17/06/2019
70
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: A Tribuna Santos
Data: 17/06/2019
Mudança climática afeta meio ambiente
Estudo da Unesp mostra impacto, inclusive,
em espécies marinhas
Brunafaro
Da Redação
A mudança climática está afetando cada vez
mais o meio ambiente. Em um estudo feito no
Laboratório de Fisiologia de Animais Aquáticos
da Unesp de São Vicente, os alunos do curso
de Biologia Marinha e Gerenciamento Costeiro
descobriram resultados assustadores sobre o
efeito dessas mudanças no oceano, desde o
aumento do nível do mar e da temperatura
global até a acidificação oceânica.
A professora da universidade Alessandra
Augusto explica que todos esses fatores
trazem riscos grandes às espécies de vida
marinha. São os casos do camarã o- de- sete-
barbas, siris e caranguejos ornamentais - os
dois primeiros são os principais crustáceos
pescados no Litoral de São Paulo.
Para chegar aos resultados, as três espécies
foram coletadas em São Vicente, Santos e
Bertioga. 'Os animais são expostos às
condições ambientais projetadas para daqui a
50, 100 anos. Todos respiraram menos, o que
pode afetar o seu crescimento e a sua
reprodução', explica Alessandra.
'Alguns morreram quando foram expostos à
temperatura elevada. Outros apresentaram
mudanças que fazem com que a sua
distribuição na natureza acabe sendo
alterada'.
A grande preocupação de obter esses
resultados é o que as mudanças climáticas
podem causar no planeta a longo prazo.
Alessandra destaca que o aquecimento global
irá impactar a saúde, por causa do aumentode
doenças. Também afetará a economia, na
pesca e no turismo, devido ao avanço do nível
do mar.
Segundo ela, é necessário que todos saibam
das consequências e que entendam a
importância de cuidar do planeta. 'Essa é a
base para possíveis mudanças e precisa
chegar às escolas, ONGs, governos, setor
privado, à população. As previsões para os
animais e o homem não podem ficar só entre
pesquisadores. Devemos mudar hábitos, o
consumismo exagerado, valores'.
O aumento do nível do mar e da temperatura
mexe com tudo ao redor
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25530718&e=577
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Data: 17/06/2019
71
Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Painel: Governadores do NE querem retomar
contrato com organização do Mais Médicos
República nordestina Concluídas as etapas
formais para a criação do Consórcio do Nordeste,
figura jurídica que une os governos da região,
começaram os debates sobre os primeiros planos
de ação. Uma das frentes em estudo é firmar
contrato com a Opas, a organização pan-
americana responsável pela exportação de
profissionais de saúde, para reinstalar
atendimento similar ao do programa Mais
Médicos. Segundo Flávio Dino (PCdoB),
governador do Maranhão, já foi feita consulta à
entidade.
Com sotaque A ideia é retomar um contrato
regional com a organização. A Opas rescindiu o
acordo com o Brasil e anunciou a retirada de
médicos do programa, a maioria cubanos, logo
após a vitória de Jair Bolsonaro.
Contrata-se A incapacidade do governo federal
de repor as vagas antes ocupadas por cubanos
deixou 28 milhões sem atendimento, estimou o
New York Times. O Ceará é o segundo estado
com o maior número em postos ociosos.
Não curti Desceu quadrada a declaração de João
Doria (PSDB), atribuindo aos governadores do
Nordeste a exclusão dos estados da reforma da
Previdência. Wellington Dias (PT), do Piauí, diz
que Doria prega o “divisionismo”.
Na fila A chamada “bancada da bala” também
não está satisfeita com o relatório da
Previdência, apresentado na última quinta (13).
Policiais militares teriam que cumprir mais tempo
na ativa e os federais se queixam do valor das
pensões a familiares.
Na fila 2 O PL, puxado por Capitão Augusto (SP),
discute nesta segunda (17) propor mudanças ao
texto na comissão especial. Parlamentares do
PSL, partido do presidente, ecoam a crítica e
argumentam que a desidratação seria pequena
(inferior a R$ 4 bi em 10 anos) para “uma
categoria [PF] que fez tanto pelo Brasil”.
Olhe para os lados Correndo por fora da lista
tríplice para a PGR, o subprocurador-geral
Augusto Aras começou a se mover para tentar
diminuir a predileção do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), por Raquel Dodge. Ele
encontrou aliados do democrata na semana
passada para apresentar suas credenciais.
Prata da casa Ex-procurador-geral da Justiça
Militar, Marcelo Weitzel também começou a ser
considerado para a PGR. Ele é do Rio de Janeiro e
teria chamado atenção de de uma ala do
bolsonarismo.
Fogo alto Parlamentares ficaram com a
impressão de que o arroubo de Jair Bolsonaro
contra Joaquim Levy, agora ex-presidente do
BNDES, foi parte de um jogo combinado com o
ministro Paulo Guedes (Economia).
À milanesa A insatisfação com Levy já era notada
nos bastidores, mas a forma como a demissão
ocorreu foi interpretada como uma aproximação
de Guedes ao campo mais radical e ideológico
que cerca o presidente, o que afasta os
moderados do Congresso.
Verão passado Observadores especulavam no
domingo (16) que, embora citado na bolsa de
apostas, Salim Mattar teria dificuldades legais em
assumir o BNDES, uma vez que atuou
ativamente na campanha de Jair Bolsonaro.
Verão passado 2 A Lei das Estatais veda a
nomeação de quem tenha trabalhado na
“organização, estruturação e realização” de
campanha eleitoral nos últimos 36 meses.
Você primeiro Nove estados manifestaram
interesse em aderir às regras do novo marco do
setor de gás, que deve ser lançado em uma
semana. Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e Espírito Santo estão no pelotão de frente.
São Paulo só começou a se mexer nos últimos
dias.
Na minha mão… O governo tem a expectativa de
reduzir à metade o preço do gás. Aos estados
caberá a criação do consumidor livre, que como o
próprio nome diz, será liberado para escolher seu
fornecedor. Hoje, este mercado é monopólio das
distribuidoras estaduais.
… sai mais caro Para funcionar, os estados terão
que aproveitar a renegociação de contratos com
as distribuidoras. A CEG do Rio, por exemplo,
quer renovar sua concessão por mais 20 anos. A
ideia é evitar mudanças na legislação,
esquivando-se do Congresso dada a dificuldade
de articulação política do governo.
TIROTEIO
Data: 17/06/2019
72
Grupo de Comunicação e Marketing
Queria ver a metade dessa valentia para
defender a soberania nacional, que é o
verdadeiro papel das Forças Armadas
Do deputado estadual Emidio de Souza (PT),
sobre o general Heleno, chefe do GSI,ter batido
na mesa ao criticar o ex-presidente Lula (PT)
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/06/17/
governadores-do-ne-querem-retomar-contrato-
com-organizacao-do-mais-medicos/
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Data: 17/06/2019
73
Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Bancada evangélica vai
apoiar Moro de forma incondicional
A bancada evangélica da Câmara dos Deputados,
a mais próxima de Jair Bolsonaro, decidiu apoiar
o ministro Sergio Moro, da Justiça, de forma
incondicional.
TOTAL 2
“Ele está blindado por nós”, diz o deputado
Pastor Marco Feliciano (Pode-SP).
FICA TRANQUILO
Na quarta (12), cerca de trinta parlamentares
evangélicos se encontraram com Moro. “Fizemos
uma oração e abençoamos a vida dele. Pedimos
que Deus dê tranquilidade ao ministro”, diz o
parlamentar.
DE DEUS
Feliciano viajou com Bolsonaro e Moro para
Belém na quinta (13), onde participaram da
celebração dos 108 anos da Assembleia de Deus
no Brasil. “Ele foi ovacionado.”
MUDO
Os advogados de Lula estão seguros de que não
vão aparecer trocando mensagens com Moro no
escândalo revelado pelo site The Intercept Brasil.
Eles não tinham sequer o número do telefone
celular do ex-juiz.
COISA ESTRANHA
O uso de aplicativos como o Telegram, adotado
pelo procurador Deltan Dallagnol para conversar
com Sergio Moro e colegas do MPF (Ministério
Público Federal), já serviu mais de uma vez para
reforçar condenações no TRF-4 (Tribunal
Regional Federal da 4ª Região), onde tramitam,
em segunda instância, os processos da Lava Jato.
VELADO
Em uma das decisões, o desembargador
Thompson Flores integrou à sua sentença o
argumento de que o réu mantinha “intensa
comunicação por meio de aplicativos velados, a
exemplo do Telegram”.
CAMINHOS
Em outra sentença, o desembargador Leandro
Pausen afirmou que o réu, processado por tráfico
de drogas, se comunicava principalmente por
diversos meios eletrônicos —entre eles, o
Telegram— “a fim de dificultar o rastreamento”.
JOGO DE CENA
O ator Raphael Garcia e a atriz Marcia Dailyn
estão na peça “Entrevista com Phedra”, de Miguel
Arcanjo Prado; com direção de Juan Manuel
Tellategui e Robson Catalunha, o espetáculo
estreia no dia 8 de julho no Espaço dos Satyros,
em SP.
PERIGO
O Ministério Público do Trabalho (MPT) enviou um
ofício para que Polícia Federal investigue
ameaças recentes sofridas por auditores fiscais.
TRABALHO
Segundo o órgão, os profissionais teriam sido
ameaçados durante fiscalizações relacionadas ao
combate ao trabalho escravo ocorridas nos
estados do Ceará e do Pará.
PORTAS ABERTAS
O diretor-presidente do Masp, Heitor Martins, e a
historiadora Maria Lucia Segall estiveram na
abertura da exposição “Comodato Masp
Landmann - Têxteis Pré-colombianos”, na
instituição, na quinta (13). O presidente do
Conselho de Administração da Fundação Bienal,
Julio Landmann, e o presidente da Japan House,
Marcelo Araujo também compareceram.
MÚSICA...
O Petra Belas Artes vai estrear uma programação
de shows musicais ao vivo com projeções de
filmes. O lançamento será no dia 20 de julho, às
23h, com a banda Echoes Pink Floyd São Paulo
tocando o disco “Dark Side of the Moon” durante
a exibição do longa “O Mágico de OZ”.
...PARA OS OLHOS
O projeto também trará shows de André
Abujamra e Luiza Lian, ainda sem data. A
curadoria é do jornalista Alexandre Matias, do
site Trabalho Sujo.
PARA TODOS
A Secretaria da Saúde do governo de SP vai
realizar 1.500 testes rápidos e distribuir 1.500
Data: 17/06/2019
74
Grupo de Comunicação e Marketing
autotestes de AIDs, 28 mil preservativos e 15 mil
sachês de gel lubrificante no vão livre do Masp,
nos dias 17 e 18 de junho.
TODOS 2
A iniciativa integra um calendário especial na
semana da 23ª Parada do Orgulho LGBT e tem
por objetivo reforçar as atividades de prevenção
às doenças sexualmente transmissíveis e
amplificar a inclusão de gays, trans e travestis no
SUS.
NOVA CARA
A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
vai lançar neste mês uma reformulação do
programa Circuito Municipal de Cultura, que
organiza a programação cultural dos
equipamentos da prefeitura.
CARA 2
Os artistas vão se inscrever em um chamamento
público que ficará aberto durante um ano e
poderão escolher a região em que gostariam de
se apresentar.
AMPLIAÇÃO
“Nossa ideia é ampliar e democratizar o acesso
da classe artística aos equipamentos públicos da
cidade”, diz o secretário Alê Youssef. A curadoria
será da equipe de programação da secretaria.
SOLTA O SOM
A cantora Larissa Luz lançou o disco “Trovão” em
show na Casa Natura Musical , na quinta (13). O
bailarino David Sena e a cantora Raquel Virgínia
passaram por lá.
CURTO-CIRCUITO
O advogado Ernesto Tzirulnik ministra curso
sobre o direito do seguro de óleo e gás. Desta
segunda (17) até o dia 21 de junho, na
Faculdade de Direito da Universidade Eduardo
Mondlane, em Maputo, no Moçambique.
A exposição “Tailândia Cores & Sabores” abre
nesta segunda (17). Às 19h, na Casa
Melhoramentos.
A mostra de joias em prata e em titânio Design &
Experience 2019 ocorre nesta segunda (17). A
partir das 14h, na na Vinheria Percussi.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI E
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/06/bancada-evangelica-vai-apoiar-
moro-de-forma-incondicional.shtml
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Data: 17/06/2019
75
Grupo de Comunicação e Marketing
Clóvis Rossi: Um mau começo
Clóvis Rossi
2-3 minutos
A segunda e decisiva fase dos trabalhos
constituintes começou ontem no exato nível do
subdesenvolvimento político e cultural do país: o
presidente da Comissão de Sistematização,
senador Afonso Arinos, recebeu para almoço e
para uma discussão sobre o sistema de governo
quatro dos ministros militares, que, como todo
mundo o sabe, são as pessoas investidas da
representatividade e do saber político e jurídico
indicado para debater esse tipo de questão.
Com isso, o senador e seus pares civis do almoço
de ontem revogam, na prática e por antecipação,
qualquer dispositivo constitucional que venha a
determinar que as Forças Armadas devem se
restringir às suas funções clássicas, em vez de se
intrometerem nos assuntos de política interna.
Se são consultados, agora, a respeito do sistema
de governo, é de se supor que os ministros
militares se sentirão autorizados, no futuro, a se
intrometerem de novo, se e quando o sistema
(parlamentarismo ou presidencialismo) não
estiver funcionando direito.
Ocorre, nesse capítulo, um duplo equívoco. De
um lado, os que brigam para incluir na
Constituição um item que limite a possibilidade
de intervenção das Forças Armadas em questões
políticas estão sendo meramente acadêmicos,
por mais razões filosóficas, jurídicas e políticas
que possam apresentar em defesa de sua tese.
Não há, em Constituição alguma, autorização
para golpes de Estado e, não obstante, eles
ocorrem com razoável frequência, especialmente
ao sul do Equador.
Do outro lado, os militares não receberam, nas
eleições de novembro, para a formação do
Congresso constituinte, mandato algum para
deliberarem sobre o sistema de governo ou sobre
qualquer outra questão. Podem até opinar, como
cidadãos, sobre os temas que dizem respeito às
suas áreas específicas, mas daí a se aceitar que o
presidente da Comissão de Sistematização saia
do almoço trombeteando que “os militares não
são empecilho ao parlamentarismo” vai uma
enorme distância. E se fossem, a Constituinte se
curvaria ao presidencialismo, com base nessa
constatação?
Publicada originalmente em 29.08.1987, esta foi
a quarta coluna de Clóvis Rossi neste espaço.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisros
si/1987/08/um-mau-comeco.shtml
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Data: 17/06/2019
76
Grupo de Comunicação e Marketing
Fantasma, Tchernóbil renasce com turismo
da tragédia nuclear
Gilberto Scofield
O ucraniano Serhii Uzlov tinha 25 anos quando o
reator 4 da usina de Tchernóbil explodiu,
lançando na atmosfera 50 milhões de cúrios
radioativos, uma quantidade equivalente a 500
bombas de Hiroshima.
Uzlov trabalhava numa mina de carvão a 200
quilômetros de distância do local do acidente,
uma região isolada que fica a duas horas de
carro ao norte da capital, Kiev, e na fronteira
com Belarus.
Semanas depois daquela que é considerada a
pior tragédia nuclear da história, quando o
governo da antiga União Soviética começou a
convocar as cerca de 300 mil pessoas
responsáveis pela “limpeza” do local do acidente,
Uzlov pensou em se candidatar. Eram os
chamados “liquidadores”.
“Eu estava pensando em conter aquilo e salvar
vidas, mas minha mulher me impediu de ir.
Agora, sabendo de todas as informações que o
governo não revelou na época, eu posso dizer
que foi ela quem salvou a minha vida”, diz ele.
Uzlov, no entanto, não se livrou de Tchernóbil.
Ele trabalha hoje como um dos guias que
diariamente levam dezenas de pessoas em
visitas guiadas à usina e às cidades-fantasmas de
Tchernóbil e Pripiat, a vila de 50 mil pessoas
construída em 1970 para servir de dormitório às
famílias dos trabalhadores da usina.
Todo o mês, o nível de radiação em seu corpo é
medido.
O guia, no entanto, está felicíssimo. Graças ao
sucesso mundial da série “Tchernóbil”, exibida
pela HBO (que ele nunca viu), o movimento de
turistas interessados no local aumentou quase
40%.
“É estranho, mas também acho educativo que as
pessoas venham conhecer o horror de um
acidente nuclear”, diz.
Uzlov está correto. Se há uma sensação que fica
quando se visita Tchernóbil é o horror e o
espanto. Os prédios fantasmas tanto na cidade
de Tchernóbil, fundada no século 12, quanto em
Pripiat são assustadores. Em Tchernóbil, a fila
com os nomes das mais de cem vilas evacuadas,
abandonadas e demolidas parece uma aleia de
cemitério.
A ponte para onde a população correu para ver o
“incêndio” na usina, época em que ninguém sabia
o que acontecia ali, mostra o sarcófago do reator
4 a cerca de 300 metros. Todos os que foram
assistir ao estranho incêndio colorido e suas
cinzas brilhantes espalhadas pelo céu morreram
em questão de semanas, conta Uzlov. Por isso o
lugar hoje se chama “Ponte da Morte”.
O hospital para onde foram levados os primeiros
feridos, mais tarde removidos para Moscou, jaz
selado devido à radiação nuclear. O motivo? No
porão e nos corredores do hospital ainda se
acumulam uniformes, máscaras, capacetes,
material hospitalar, colchões e lençóis usados por
aqueles mais afetados pela radiação.
Ao lado do hospital, a escola número 1 (eram
cinco) exibe carteiras repletas de pó, livros e
cadernos deixados às pressas pelas crianças em
fuga. Quadros negros com pedaços de aula
despencam das paredes manchadas. Parte da
escola desabou.
Um parque de diversões fantasma enferruja ao ar
livre. Nem sequer foi inaugurado. A abertura
estava prevista para 1º de maio, mas o acidente
na madrugada de 26 de abril de 1986 acabou
com a festa.
Data: 17/06/2019
77
Grupo de Comunicação e Marketing
A avenida principal, chamada Lênin, foi tomada
pela floresta. Todo o lugar, aliás. O chão ainda é
radioativo. O dosímetro sobe de 0,17 mSv
(miliseviert) para 16,74 mSv quando se aproxima
o aparelho que mede a radiação perto do chão. O
Café Pripiat, às margens do rio de mesmo nome,
em nada lembra o ambiente festivo da década de
1970.
O supermercado vazio parece uma cena da série
de zumbis “The Walking Dead”, mas nada deixa o
visitante mais tocado do que a creche
abandonada que atendia às vilas da região, os
brinquedos envelhecidos espalhados pelas
estruturas de pequenas camas enferrujadas.
O valor de um tour por Tchernóbil varia segundo
o tamanho do grupo de visitantes, os dias de
visitação e o tipo de viagem (de ônibus para
grupos ou de carro e helicóptero para até quatro
pessoas).
Um grupo de três pessoas, de carro, por
exemplo, pode sair por US$ 722 (R$ 2.783). O
passeio inclui de quatro a seis horas de visita
pelas principais atrações descritas acima,
ingresso e o traslado, seja para o hotel (ida e
volta), seja para o aeroporto direto (são cerca de
duas horas entre Kiev e Tchernóbil).
Se o turista quiser dormir na área de exclusão —
sim, isso é possível e há quatro hotéis simples
para visitantes—, a hospedagem é paga à parte.
O entusiasmo pela série e a transformação da
usina em um ponto turístico acabaram causando
uma distorção sinistra.
Hordas de influenciadores ou meros turistas
usam os escombros das cidades como cenário
para fotos descontraídas —algumas até
sensuais—, como se estivessem numa praia ou
num resort milionário.
A atmosfera animada de hoje contrasta com os
relatos de quem viveu a tragédia. Tatyana Kalkis
guarda na memória o trabalho do pai, piloto de
aviação civil, que ajudou no transporte de
pessoas para fora da região de isolamento, um
raio de 30 quilômetros ao redor da usina.
“Nós tínhamos seis anos quando a tragédia
ocorreu. E de alguma forma me lembrei de como
meus pais discutiram o assunto. Eram dois
sentimentos. O primeiro é o orgulho para os
soviéticos que, ao custo de suas próprias vidas,
sacrificaram-se para reduzir as consequências do
desastre. E, o segundo, a raiva pelo fato de que
as pessoas ficaram um bom tempo sem saber de
nada. As pessoas caminharam nas ruas, as
crianças estudaram nas escolas, viveram a vida
comum.”
No livro “Tchernóbil: the History of a Nuclear
Catastrophe”, o historiador ucraniano Serhii
Plokhy encara a decadência de Pripiat e de
Tchernóbil como símbolo da decadência
soviética: “Tchernóbil é a história de um desastre
tecnológico que ajudou a derrubar não apenas a
indústria nuclear soviética, mas o sistema
soviético como um todo”.
“O acidente marcou o começo do fim da União
Soviética: pouco mais de cinco anos depois, a
superpotência mundial desmoronaria, não apenas
pelo anacronismo de sua ideologia comunista,
mas também por seus sistemas disfuncionais
econômico e administrativo.”
Os números são extraoficiais, mas estima-se que
o desastre trouxe à antiga União Soviética um
prejuízo de mais de US$ 700 bilhões (R$ 2,7
trilhões). Sem contar os milhares de mortos ao
longo dos anos devido aos efeitos da radiação.
Não há nada mais decadente.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/06/f
antasma-tchernobil-renasce-com-turismo-da-
tragedia-nuclear.shtml
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Data: 17/06/2019
78
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Brasil vende vantagens ambientais de
carros a etanol contra avanço de carros
elétricos
Eduardo Sodré
Uma comitiva brasileira visitou Estados Unidos,
Índia e China no fim de maio. O objetivo foi
apresentar aos maiores mercados automotivos
do planeta as vantagens ambientais do etanol em
comparação à gasolina e aos veículos 100%
elétricos.
A viagem foi organizada pela Unica (União da
Indústria de Cana-de-Açúcar), que aproveita a
evolução dos automóveis para, enfim,
transformar o combustível de origem vegetal em
uma alternativa global para reduzir emissões de
CO2 (gás carbônico).
O objetivo é ampliar a produção nacional e tornar
o Brasil um país exportador de etanol e de
tecnologias para carros híbridos flex, capazes de
rodar com álcool, gasolina e eletricidade.
Caso os planos deem certo, será o ápice de uma
história que começou com incentivos
governamentais nos anos 1970, conquistou
mercado e naufragou devido crises de
abastecimento.
Renato Romio, diretor do Instituto Mauá de
Tecnologia, lembra que 97% dos veículos novos
produzidos no Brasil em 1985 eram movidos a
etanol. Segundo ele, esse foi o melhor momento
do setor: com o programa Proálcool, até os
caminhões que transportavam a cana eram
movidos pelo combustível de origem vegetal.
Hoje, a Unica procura mostrar que os problemas
do passado foram superados e não há risco de
descontrole de preços ou desabastecimento.
O que permitiu o avanço do etanol no Brasil foi a
chegada dos carros flex, em 2003. De acordo
com dados da Unica, 533 milhões de toneladas
de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera
desde o lançamento dessa tecnologia até
fevereiro de 2019.
Hoje, 97,7% dos carros produzidos no Brasil
podem ser abastecidos com álcool ou gasolina,
puros ou misturados em qualquer proporção.
A conta é por equivalência: considera o quanto
de CO2 é absorvido pelo cultivo da cana e inclui
no cálculo o gás carbônico que é gerado em
outras etapas do processo, do plantio às bombas
de combustíveis. O transporte a partir dos
canaviais e a distribuição do álcool nas cidades é
um ponto negativo por utilizar caminhões
movidos a diesel.
A entidade que representa a indústria da cana diz
que, em comparação à gasolina, o etanol
proporciona uma redução de 90% nas emissões
dos gases causadores do efeito estufa. Em
relação ao diesel S10, com baixo índice de
particulados, a diminuição é de 50%.
Evandro Gussi, presidente da Unica, diz que uma
das possibilidades é a exportação de etanol
anidro para que seja misturado ao combustível
fóssil em outros países, como já ocorre no Brasil.
Ele afirma que os carros a gasolina mais
modernos já aceitam percentuais altos de álcool
sem apresentar falhas, citando o exemplo de
modelos premium produzidos no Brasil.
De fato, isso ocorre. A evolução dos motores e
dos sistemas de injeção de combustível permitem
ajustes eletrônicos que adequam os automóveis
a mudanças como essa. No entanto, é necessário
usar os mesmos parâmetros adotados no Brasil,
onde a gasolina comum recebe a adição de 27%
de etanol anidro.
Asiáticos, norte-americanos e europeus também
precisariam se adaptar ao consumo maior dos
carros como resultado da adição do combustível
brasileiro, que tem menor poder calorífico.
Caso as propostas da Unica sejam aceitas por
grandes mercados, haverá necessidade de
aumentar a produção de etanol. Gussi diz que
isso será possível sem desmatamento, apenas
aproveitando áreas que antes eram usadas na
pecuária.
Data: 17/06/2019
79
Grupo de Comunicação e Marketing
O presidente da entidade afirma que a
modernização dos métodos de criação de gado
permitiu reduzir os espaços necessários para
essa atividade. As terras que ficaram disponíveis
permitem aumentar em seis ou sete vezes as
áreas usadas hoje no cultivo da cana.
A estratégia para convencer países que hoje
criam legislações que favorecem a eletrificação
dos carros também passa pelos dados de
emissões de CO2 e de poluentes.
Gussi diz que a poluição causada por usinas de
carvão, fornecedoras de grande parte da energia
consumida em países da Ásia, pode tornar carros
movidos a eletricidade mais nocivos ao ambiente
do que um veículo a gasolina.
Isso ocorre porque, quanto mais automóveis
desse tipo existirem naquele continente, maior
será o consumo dessa energia "suja".
Outro problema está nas linhas de montagem.
"Existem estudos sobre a produção de baterias
que mostram que o nível de geração de CO2
nesse processo é muito elevado, podendo levar
anos para que um carro elétrico compense no
uso essas emissões", diz Renato Romio.
Contudo, as matrizes energéticas também estão
mudando mundo afora, com adoção de
hidrelétricas —que dominam o fornecimento no
Brasil— e o avanço, ainda tímido, de fontes
eólicas e solares, eficientes para atender a
microrregiões. Nesse cenário, o etanol é uma
alternativa viável no curto e médio prazos, por
depender de menos investimentos industriais.
As montadoras instaladas no Brasil se preparam
para uma possível expansão do etanol, que
abriria espaço para a exportação de carros e de
tecnologia.
A Toyota lança no fim deste ano o Corolla Hybrid
Flex, que pode rodar por trechos urbanos usando
apenas eletricidade e também combiná-la com
etanol. Outras montadoras também desenvolvem
alternativas baseadas no uso do álcool, como a
Nissan e o grupo FCA Fiat Chrysler.
"O etanol conversa bem com a eletricidade, é um
ciclo que se fecha", diz Ricardo Bastos, diretor de
assuntos governamentais da Toyota do Brasil.
Porém, a queima do etanol também emite
poluentes. É por isso que a tecnologia híbrida é
interessante para grandes cidades, já que
permite gastar apenas eletricidade para rodar em
trechos curtos e de baixa velocidade, situação
mais crítica para o ambiente.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
6/brasil-vende-vantagens-ambientais-de-carros-
a-etanol-contra-avanco-de-carros-eletricos.shtml
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Data: 17/06/2019
80
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'Internet' das florestas está ameaçada pelo
aquecimento global
Lázaro Thor Borges
Apelidado gentilmente de “Wood Wide Web”
pelos cientistas, um fenômeno que permite a
existência de florestas em todo o planeta pode
estar com os dias contados por força dos efeitos
do aquecimento global. A revelação foi feita em
artigo que contou com a participação de mais de
200 cientistas e foi publicado na revista Nature.
A “internet” das árvores é o sistema capaz de
interconectar biologicamente uma floresta
inteira. É o resultado da simbiose entre fungos,
bactérias e plantas. O funcionamento é simples:
fungos e bactérias fornecem nitrogênio e fósforo
às árvores e recebem em troca carbono, umidade
e abrigo.
O estudo, que foi liderado por cientistas da
Universidade Stanford, nos EUA, demonstrou que
até 2070 as mudanças climáticas poderão reduzir
em 10% a biomassa de espécies de árvores e
levar mais carbono à atmosfera. Isto porque
muitos dos fungos que realizam a simbiose com
as raízes das árvores são responsáveis pela
retenção de carbono no solo.
“São milhões e milhões de anos de interação
entre estes seres vivos, e se uma bactéria ou
fungo associado desaparecem a árvore não
consegue mais encontrar fósforo ou nitrogênio,
começa a perder as folhas, fica fraca, até que ela
morre por inanição ou quebrada pelo vento”,
afirmou Ben Hur Marimon, da Unemat
(Universidade do Estado de Mato Grosso), um
dos pesquisadores brasileiros que participou do
estudo.
O estudo analisou mais de 32 milhões de árvores
de 28 mil espécies e em mais de 70 países, num
esforço que envolveu oito instituições brasileiras.
A pesquisadora brasileira Beatriz Marimon, que
também é professora da Unemat, ofereceu um
banco de dados com informações da relação
entre micro-organismos e plantas nas matas do
município de Nova Xavantina (MT), região de
transição entre cerrado e Amazônia.
Os primeiros apontamentos sobre a “internet”
das florestas surgiram antes mesmo da
consolidação da internet dos homens.
Há 30 anos, o pesquisador inglês David Read, da
Universidade de Sheffield, na Inglaterra, fez um
mapa à mão sobre as conexões entre esses
organismos. Read já demonstrava que, sem
essas ligações, a existência das florestas seria
improvável.
O novo estudo mapeou o que foi previsto pelo
pesquisador inglês. A ideia era provar que as
relações entre fungos, bactérias e as raízes
apresentavam um padrão global nas florestas de
cada região, com diferentes climas e solos.
“Nos solos tropicais, que têm maior limitação de
fósforo, a associação é maior com fungos que
formam arbúsculos internos nas raízes das
plantas para permitir a absorção do fósforo”, diz
Ben Hur. “Essas conexões ocorrem globalmente,
mas cada região tem suas características.”
Além da Unemat, participaram da pesquisa USP
(Universidade de São Paulo), Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas), Inpa
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia),
Ufac (Universidade Federal do Acre), UFRN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte),
UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) e
Furb (Universidade Regional de Blumenau).
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
6/internet-das-florestas-esta-ameacada-pelo-
aquecimento-global.shtml
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Data: 17/06/2019
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Vinte anos após 1º leilão, Petrobras opera
95% da exploração de petróleo
Nicola Pamplona
O Brasil chega neste fim de semana ao 20º ano
após seu primeiro leilão de concessões de áreas
de petróleo após o fim do monopólio ainda com
forte predomínio da Petrobras nas operações do
setor.
Especialistas, porém, veem o início de um novo
ciclo de investimentos com mais participação
privada.
Apesar da forte atração de empresas
estrangeiras nos 19 leilões realizados até hoje, os
campos operados pela estatal foram responsáveis
em abril por 95% da produção nacional, que foi
de 3,3 milhões de barris de petróleo e gás.
Para especialistas, o lento ritmo de expansão
privada nesse segmento reflete políticas
nacionalistas adotadas nos governos Lula e
Dilma, que deram à Petrobras exclusividade na
operação do pré-sal e suspenderam a realização
de leilões por cinco anos, limitando o acesso a
reservas.
A expectativa, porém, é que o resultado dos
últimos leilões atraia cerca de R$ 500 bilhões em
investimentos, reduzindo gradativamente essa
participação. Considerando a fatia em campos
operados pela Petrobras, as estrangeiras têm
hoje direito a 25% da produção nacional.
A primeira rodada de licitações da ANP (Agência
Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) foi
realizada sob protestos em um hotel de luxo na
zona sul do Rio nos dias 15 e 16 de junho de
1999.
A agência concedeu 12 das 36 áreas leiloadas, e
13 empresas estrangeiras participaram da
concorrência.
Com arrecadação de R$ 487 milhões (o
equivalente hoje a R$ 1,6 bilhão), o resultado foi
considerado um sucesso na época e celebrado
como o primeiro passo para a diversificação de
empresas em busca de petróleo na costa
brasileira.
Antes, companhias estrangeiras só tinham
chance de explorar no país associadas à
Petrobras, primeiro em infrutíferas parcerias
assinadas nos anos 1970, e, depois, em blocos
cedidos pelo governo à estatal ao fim do
monopólio.
Das áreas concedidas no primeiro leilão, a
Petrobras era operadora em apenas três. As
outras nove foram vencidas por empresas
estrangeiras, sozinhas ou liderando consórcios. A
maior vencedora foi a italiana Eni, que levou
quatro lotes.
Além da Eni, participaram do leilão a gigante
americana Esso, a britânica BP, a anglo-
holandesa Shell, a argentina YPF e uma série de
companhias que depois acabaram sendo
adquiridas por outras maiores, como a Texaco, a
BG e a Mobil, entre outras.
"Foi, até então, a maior avalanche de
investimentos no setor em curto espaço de
tempo. Em 1998 e no início de 1999, mais de 70
empresas se instalaram no Rio", recorda o então
diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn, para
quem o resultado veio "dentro do cenário
otimista".
"A gente viajou muito pelo mundo. Isso era
necessário porque ainda havia algum ceticismo
com relação a uma coisa tão simbólica quanto
quebrar o monopólio da Petrobras. A expectativa
sobre o Brasil era enorme."
O leilão, porém, não trouxe frutos em termos de
produção: todas as áreas arrematadas foram
devolvidas por falta de descobertas comerciais --
o pré-sal acabou sendo encontrado em blocos
licitados na segunda rodada de licitações da ANP,
em 2000.
"Aquelas áreas foram todas arrematadas de olho
no pós-sal, o pré-sal só foi descoberto em 2006.
Em 1999, estava todo o mundo procurando
coisas iguais a Roncador [a maior descoberta
brasileira até então]", diz o consultor Pedro
Zalan, que era geólogo da Petrobras na época.
O período entre o primeiro leilão e a descoberta
do pré-sal é visto como um primeiro ciclo de
investimentos após a abertura do setor. Atraiu
empresas estrangeiras, mas ainda sob a sombra
da Petrobras, que dominava o conhecimento sob
o subsolo brasileiro.
O segundo ciclo, após o pré-sal, foi marcado por
um recuo no esforço para atrair capital privado.
Com Lula e, depois, com Dilma, a Petrobras
Data: 17/06/2019
82
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ganhou musculatura e privilégios na disputa das
áreas mais promissoras.
Após a confirmação da descoberta do
megacampo de Lula, hoje chamado de Búzios, o
governo decidiu rever as regras do setor e
interrompeu por cinco anos a realização de
leilões, o que levou a um processo de
desmobilização de empresas estrangeiras no
país.
Dados da ANP mostram que a paralisação afetou
fortemente a atividade do setor. Em 2011,
quando atingiu o pico, foram perfurados 238
poços exploratórios no país. Em 2018, depois de
duas fortes quedas da cotação internacional e da
crise da Petrobras, foram apenas 28.
O número de sondas e perfuração em atividade
no Brasil, que chegou a 90 no início da década,
gira neste início de 2019 em torno de 10,
segundo dados compilados pela americana Baker
Hughes.
"Houve uma quebra de confiança, de
credibilidade, que atrasou o país", afirma
Zylbersztajn. "A gente parou. Hoje teríamos mais
do que o dobro da produção, com maior dinâmica
de atividade e de empregos."
O setor vê hoje o início de um novo ciclo de
investimentos, agora com maior relevância de
empresas privadas, a partir das concessões
realizadas no fim do governo Dilma e no governo
Temer.
Consórcios liderados por empresas estrangeiras
levaram 6 das 13 áreas do pré-sal licitadas sob
Temer, tendo sido responsáveis por 99% dos R$
6,8 bilhões arrecadados. O forte apetite vem de
mudanças regulatórias que aliviaram obrigações
de compras no país e permitiram a operação
privada no pré-sal.
Como resultado dos leilões recentes, a ANP
espera investimentos que, apenas as áreas
leiloadas sob Temer, demandem cerca de 20
plataformas de produção.
Considerando leilões anteriores, o potencial de
investimentos chega a R$ 1,8 trilhão, com cerca
de 60 plataformas.
A norueguesa Equinor, por exemplo, prevê cinco
poços no pré-sal brasileiro pelos próximos três
anos e espera chegar a 2030 produzindo entre
300 mil e 500 mil barris por dia no país. A Exxon
também fala em cinco poços entre este ano e o
próximo.
"Esse futuro já está contratado", diz o secretário-
executivo do IBP (instituto que reúne as
petroleiras), Antônio Guimarães. "Se voltar a
investir US$ 40 bilhões (R$ 160 bilhões) por ano,
que é a perspectiva para 2022 ou 2023, esse
setor vai ser um motor da economia brasileira."
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, diz que o
desafio agora é fomentar a criação e atração de
empresas independentes para produzir em
campos de pequeno e médio porte, que era
também uma das metas de Zylbersztajn há 20
anos.
O plano parou na resistência da Petrobras em
abrir espaço no segmento.
A ANP determinou que a Petrobras venda até o
fim do ano áreas em que não tem mais interesse
em investir --a estatal tem atualmente 23
processos abertos de venda de ativos de campos
terrestres ou em águas rasas-- e decidiu manter
em oferta permanente todas as áreas terrestres
que têm em mãos.
Com os campos vendidos pela Petrobras, diz
Oddone, pequenas empresas poderão fazer caixa
para adquirir novos projetos exploratórios em
terra e águas rasas que hoje não são
interessantes para companhias de grande porte.
"A importância da diversidade de empresas é o
impacto regionalizado da atividade, com geração
de empregos e negócios locais", defende.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/vinte-anos-apos-1o-leilao-petrobras-opera-95-
da-exploracao-de-petroleo.shtml
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Data: 17/06/2019
83
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Não foi aposta, diz italiano de ágio de
53.500% em 1º leilão de petróleo do Brasil
Nicola Pamplona
Aos 68 anos, vivendo há 16 na Noruega, o
geólogo italiano Rocco Valentinetti lembra com
nostalgia de seu curto período no Brasil. Embora
tenha passado pouco mais de dois anos no Rio de
Janeiro, brinca com forte sotaque que ainda é
carioca, cita Vinícius de Moraes e reclama do "frio
social" norueguês.
Ele chegou ao país em 1998 com a missão de
presidir as operações da italiana Eni no momento
em que o monopólio da Petrobras era extinto. Se
tornou uma celebridade do setor depois que deu
lance de R$ 134 milhões (o equivalente hoje a R$
461 milhões) por área na bacia de Santos.
Com ágio de 53.500% sobre o valor mínimo, o
lance foi responsável por quase 30% da
arrecadação do leilão. A aposta surpreendeu o
mercado e ganhou tom de anedota 11 anos
depois, quando a companhia devolveu o bloco
sem encontrar volumes comerciais de petróleo.
"Não foi uma aposta, não foi como ir ao cassino.
Tínhamos avaliações técnicas de que poderíamos
apresentar aquele lance", diz Valentinetti. "A
companhia foi mais agressiva porque os técnicos
da matriz avaliaram que tinha um potencial
maior do que as outras empresas viam."
Pela subsidiária Agip, a Eni levou quatro blocos
no leilão --dois individuais e os outros em
parcerias. Gastou R$ 172,7 milhões, o
equivalente hoje a cerca de R$ 600 milhões.
Valentinetti havia chegado ao Brasil após
passagens pela Escócia e pelo Egito em busca de
negócios para a Eni. "Minha empresa me disse:
'Vá lá ver se tem alguma coisa interessante,
porque depois de 50 anos eles estão abrindo o
setor'", recorda. "A gente ainda não sabia da
importância geológica e técnica, não tinha acesso
aos dados."
Depois do sucesso no primeiro leilão da ANP, a
Agip comprou uma rede de postos de gasolina,
entrou na distribuição de gás de cozinha e
assumiu a concessão de gás canalizado na região
oeste de São Paulo.
Em 2008, voltou a surpreender ao apresentar
ágio de 15.100% no oitavo leilão da ANP --mas a
licitação foi suspensa pela Justiça. Em 2010, após
vender todos os ativos que havia comprado, a
empresa foi embora do país.
Valentinetti diz não saber avaliar por que as
coisas não deram certo. Ele depois se mudou
para Stavanger, na Noruega, onde trabalhou com
empresas fornecedoras do setor de petróleo e
hoje atua como consultor.
"É assim em qualquer lugar do mundo. Na
Noruega, antes de descobrir Ekofisk [primeira
descoberta de óleo no país], fizeram 30 ou mais
poços."
Ele avalia que a abertura do setor no fim dos
anos 1999 transformou a indústria do petróleo.
"Agora, nas últimas rodadas depois do pré-sal, o
negócio é bilionário. Naquela época, toda a
bagunça foi por causa de um lance de [pouco
mais de] R$ 100 milhões. Agora estamos falando
de bilhões de dólares. São as mesmas
empresas."
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/nao-foi-aposta-diz-italiano-de-agio-de-53500-
em-1o-leilao-de-petroleo-do-brasil.shtml
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Data: 17/06/2019
84
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O que a Folha pensa: O grande leilão
Venda de excedentes de petróleo do pré-sal pode
aliviar caixa do Tesouro, mas não é solução para
o Orçamento
Tudo parece caminhar para que afinal se realize
um grande leilão do petróleo do pré-sal, marcado
para 6 de novembro e com arrecadação estimada
em R$ 106,6 bilhões.
Mais importante, ao longo dos próximos anos a
abertura do mercado poderá viabilizar um
montante inédito de investimentos e colocar o
Brasil em destaque entre os grandes produtores
mundiais.
Percorreu-se um penoso caminho até aqui. O
primeiro passo foi alterar a legislação, durante a
gestão de Michel Temer (MDB), para flexibilizar a
inviável exclusividade da Petrobras como
operadora da exploração do pré-sal.
Venceu-se outra etapa preparatória fundamental
apenas nos últimos meses, quando a União e a
Petrobras chegaram a um acordo para revisar o
contrato original, firmado em 2010, pelo qual a
gigante estatal adquiriu o direito de explorar até
5 bilhões de barris.
De lá para cá, as condições de mercado
mudaram e muito mais petróleo foi mapeado —
estima-se um excedente de até 10 bilhões de
barris. Abre-se agora a possibilidade de
exploração desse adicional.
Serão ofertadas quatro áreas: Atapu, Búzios,
Itapu e Sépia, localizadas na Bacia de Santos. Os
contratos seguirão o modelo de partilha, pelo
qual a União recebe um percentual do óleo
extraído.
Quando se considera, além da titularidade direta
desse montante de petróleo a ser definida no
certame de novembro, os bônus de assinatura e
os impostos a serem arrecadados com a
produção, a União fica com a maior parte do
valor econômico do pré-sal.
Não procede, portanto, a tese de que se está a
entregar petróleo de graça a agentes privados.
Na verdade, se a exploração for bem-sucedida,
país e governo disporão de uma formidável fonte
de renda nos próximos anos —que não pode,
entretanto, ser tomada como a salvação da
pátria.
Caso se consiga mesmo realizar o leilão em
tempo hábil, os recursos proporcionarão
considerável alívio ao caixa do Tesouro Nacional
neste 2019, reduzindo o déficit hoje calculado em
R$ 139 bilhões (sem considerar na conta os
encargos com juros da dívida).
Do valor a ser obtido, algo em torno de R$ 35
bilhões, a depender das cotações do dólar, ficará
com a Petrobras. Negocia-se no Congresso,
ademais, a repartição de cerca de 30% dos
recursos com estados e municípios, o que pode
gerar discussão prolongada.
Cumpre não ressuscitar a ilusão dos tempos
petistas de que a descoberta do pré-sal
resolveria, mais à frente, desequilíbrios
orçamentários e deficiências econômicas.
Tal equívoco estimulou, sem dúvida, a gestão
temerária nas finanças públicas, cujas
consequências permanecerão por muitos anos.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/06/
o-grande-leilao.shtml
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Data: 17/06/2019
85
Grupo de Comunicação e Marketing
Saiba como comprar ações da Petrobras à
venda pela Caixa
Tássia Kastner
Pequenos investidores também poderão comprar
as ações da Petrobras que foram colocadas à
venda pela Caixa, em operação que pode
movimentar cerca de R$ 7 bilhões no final do
mês.
Para isso, será preciso participar da fase de
reserva, que vai desta segunda (17) até a
próxima —30% da oferta de ações poderá ficar
com pequenos poupadores.
Na fase de reservas, o investidor avisa aos
bancos o interesse em comprar os papéis. A
pergunta, porém, é por que o investidor pessoa
física deveria participar dessa operação.
As ações da Petrobras já são vendidas em Bolsa.
Isso significa que investidores não precisam
esperar a oferta da Caixa para comprá-las. Basta
ter conta em corretora e fazer o investimento a
preço de mercado, ao redor de R$ 29 (no caso
das ações ordinárias, com direito a voto, as
mesmas que estão sendo vendidas pelo banco).
Já o valor das ações que a Caixa colocou à venda
nesta oferta será outro, provavelmente um pouco
menor. Investidores institucionais é que dirão o
preço e quantos papéis estão dispostos a
comprar, em um processo chamado de book
building.
Pedirão esse desconto para comprar da Caixa e
não diretamente em Bolsa. Neste processo, o
investidor não opina sobre o preço das ações.
“Pode ser que na oferta tenha um pequeno
desconto. Digamos que de 5%. Não vai ser por
causa disso que sua decisão de comprar uma
ação vai mudar”, afirma Michael Viriato,
professor de finanças do Insper.
Analistas e gestores de mercado têm destacado o
novo momento da estatal, que tem um plano de
desinvestimentos em andamento para colocar
mais dinheiro em caixa, associado a uma gestão
considerada mais pró-empresa do que a de
governos anteriores.
Há ainda a expectativa de aumento de produção
e investidores contam também com as oscilações
do petróleo, que determinam a receita com a
venda combustível.
Esses seriam indicadores relevantes para que o
investidor avalie o potencial da empresa lucrar
mais no futuro, o que levaria à valorização da
empresa na Bolsa —o objetivo do investidor.
Antes da oferta, algumas corretoras apontavam
preço-alvo da ação preferencial da companhia
(mais negociada) a R$ 33. Isso indica um
potencial de valorização de cerca de 20% dos
atuais R$ 27, na cotação da última sexta-feira.
A Petrobras vendeu a TAG (empresa de
gasoduto) por R$ 33 bilhões neste ano e esse é
apenas um dos planos de desinvestimento. A
companhia deve vender refinarias e também
participação que detém da BR Distribuidora.
Isso reforçaria o caixa da petroleira e colocaria o
foco no negócio principal, que é exploração do
petróleo.
“Entramos em uma janela de privatizações, aí as
pessoas ignoram um pouco o risco das
interferências [do governo na gestão da
estatal]”, afirma George Wachsmann, sócio da
gestora digital Vitreo.
O período de interferência do governo na
Petrobras foi uma das razões que levou as ações
a afundarem na Bolsa. Os preços controlados do
combustível fizeram a estatal registrar perdas
que se refletiram nas ações. No pior momento, o
papel foi negociado a menos de R$ 10.
Houve ainda o escândalo do petrolão, que
colocou a gestão da companhia em xeque.
O processo de recuperação se deu com a
chegada de Pedro Parente, durante o governo de
Michel Temer.
Data: 17/06/2019
86
Grupo de Comunicação e Marketing
Ali foi criada a política de preços, que levava em
consideração a cotação internacional do petróleo,
o câmbio e o custo de importação do
combustível.
Na prática, o sistema de reajustes diários
blindava a companhia da interferência política,
sistema que começou a ruir com a paralisação
dos caminhoneiros, há um ano.
Na semana passada, a direção da companhia
aboliu de vez os intervalos mínimos de reajuste
de preços, apesar de afirmar que os parâmetros
de correção seguem os mesmos.
“É uma empresa com controle público, existem
problemas de governança ainda não resolvidos
completamente”, diz Viriato.
Apesar disso, o ambiente agora é considerado
positivo e colocou as ações da Petrobras no
mesmo patamar de 2010, quando o governo
decidiu fazer uma grande oferta de ações para
capitalizá-la.
A operação movimentou mais de R$ 120 bilhões,
dos quais R$ 1,7 bilhão foram aplicados por
pequenos investidores. Se esse pequeno
poupador suportou todo o período de crise da
companhia e não vendeu o papel, ainda assim ele
teve um prejuízo nesses quase dez anos,
descontando a inflação.
“É uma lição que foi dada há nove anos, com a
capitalização [da Petrobras]. É hora de ver se ela
foi aprendida”, afirma Viriato.
Ações da Petrobras
Quanto um pequeno investidor pode aplicar?
Entre R$ 100 (via fundo de ações Petrobras) e R$
1 milhão. Para comprar ações, o mínimo é R$
3.000
Como fazer a reserva?
Em uma corretora. Se a demanda for maior que
a oferta, haverá rateio. Funcionários da Caixa e
da Petrobras terão preferência
Como obter mais informações?
No prospecto preliminar da oferta (o
regulamento), publicado na CVM
Vale a pena?
Planejadores financeiros recomendam não
investir em apenas uma ação
Como investir em ações
Sozinho
Escolha pelo menos cinco ações, para diversificar
o risco
Via fundos de ações
O investidor delega a um gestor a tarefa de
selecionar as ações; há cobrança de taxa de
administração e de performance
Via ETFs
São fundos passivos, que replicam índices da
Bolsa
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/saiba-como-comprar-acoes-da-petrobras-a-
venda-pela-caixa.shtml
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Data: 17/06/2019
87
Grupo de Comunicação e Marketing
Tabata Amaral: Conspiração contra o meio
ambiente
A convite da embaixada alemã, participei de uma
missão oficial sobre a questão ambiental e o
papel do Parlamento nessa área. Foram cinco
dias intensos tendo acesso à realidade local e a
pesquisas de ponta. Os alemães mostraram ter
um conhecimento detalhado do Brasil e dos
avanços que acumulamos em anos recentes.
Estivemos em organizações como o Instituto de
Pesquisa Econômica Ambiental (IÖW), o
Conselho Alemão para o Desenvolvimento
Sustentável e o Instituto Potsdam para Pesquisa
do Impacto Climático. A maior surpresa para
nossos anfitriões foi ver como os deputados e
senadores que integravam a delegação brasileira
discordavam não apenas das ações da gestão
Bolsonaro mas também dos dados apresentados
pelo governo, evidenciando o quanto estamos
divididos nessa área.
Havia incredulidade generalizada com o
negacionismo perpetuado por lideranças como
Trump e Bolsonaro, e foi difícil encarar a
perplexidade dos alemães com o desvio de rota
do Brasil e a aparente perda de racionalidade no
trato do tema ambiental pelo nosso Ministério do
Meio Ambiente e pelo seu condutor, Ricardo
Salles. Ainda que entendêssemos o receio das
autoridades alemãs, eu e outros membros da
delegação pedimos que a Alemanha não retirasse
recursos do Fundo Amazônia, colocado em risco
por falas recentes de representantes do governo
Bolsonaro.
Nos cinco dias do encontro, debatemos também
a transição energética para fontes de energia
cada vez mais renováveis. Falamos
especialmente sobre o fato de essa transição na
Alemanha estar levando a empregos mais dignos.
O Agora Energiewende, que visitamos, é um
grupo que busca formular uma visão comum de
como pode ser concebido um sistema elétrico
baseado em energias renováveis. No início de
2016, pouco depois da cúpula climática da ONU,
apresentaram uma proposta para eliminar
gradualmente a geração de energia a partir do
carvão.
Também conversamos sobre o potencial do nosso
biogás para substituir o diesel, um dos principais
poluentes, e sobre como o Brasil precisa se
preparar para a recente mudança de paradigma
em relação ao petróleo. Hoje, a expectativa já é
de que, até 2030, alcancemos o pico da demanda
por petróleo no mundo, o que impacta
diretamente as nossas discussões sobre o pré-
sal. Lembramos também que é nos municípios
brasileiros com os menores níveis de
desenvolvimento que encontramos o maior
potencial de energia renovável. Ou seja, a
transição para energias mais renováveis pode
contribuir muito para o desenvolvimento
regional, em especial no Nordeste.
Mas são os cenários traçados para o mundo que
mais nos obrigam a tratar com seriedade as
questões ambientais. O planeta já aumentou de
temperatura em aproximadamente 1°C e se
estima que o nível do mar suba até 1 m até
2.100. Se a Groenlândia derreter, o nível do mar
pode aumentar em até 7 m e isso levará não
apenas a catástrofes ambientais mas também a
graves desastres econômicos e sociais.
Por enquanto ainda podemos sonhar não apenas
com a redução do aquecimento global mas
também com sua reversão. No entanto, o ponto
de não retorno está cada vez mais próximo e,
enquanto isso, os negacionistas do aquecimento
global estão transformando suas teorias da
conspiração em movimentos políticos, o que é
extremamente grave e preocupante. É na política
que a irracionalidade tem seu maior potencial de
impacto negativo, colocando em risco não apenas
o desenvolvimento social e econômico do nosso
país mas também o futuro de todo o planeta.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/tabata-
amaral/2019/06/conspiracao-contra-o-meio-
ambiente.shtml
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Data: 17/06/2019
88
Grupo de Comunicação e Marketing
Com concessão de parques, governo quer
aumentar arrecadação e visitas
Ana Carolina Amaral
Entre as prioridades do atual comando do
Ministério do Meio Ambiente (MMA), a concessão
de parques nacionais à iniciativa privada é
considerada por ambientalistas como uma das
poucas agendas realmente positivas para o
ambiente no governo Bolsonaro.
Destinadas aos serviços de apoio à visitação, as
concessões de parques nacionais têm sido
encaradas pelos últimos governos como uma
estratégia para alavancar investimentos,
aumentar a visitação e o apoio da população às
áreas protegidas e, ainda, diminuir custos de
manutenção.
A atual gestão do MMA tem dado continuidade a
estratégias desenvolvidas nos governos
anteriores para a concessão de unidades de
conservação e vem seguindo a prioridade de
execução definida para o período 2018 a 2020,
de acordo com servidores do ICMBio (Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
ouvidos pela Folha.
O órgão é responsável pela gestão das áreas
protegidas do país —inclusive de parques com
serviços concedidos, já que as ações de
conservação e fiscalização seguem sob o
comando do governo.
Após ter concedido, ainda em fevereiro, os
parques nacionais do Pau Brasil (BA) e de Itatiaia
(RJ e MG), cujos editais foram preparados no
governo anterior, o ministério prepara editais de
outras nove unidades de conservação priorizadas
pela estratégia 2018-2020.
São os parques nacionais de Lençóis
Maranhenses (MA), Serra do Bodoquena (MS),
Jericoacara (CE), Caparaó (MG e ES), Chapada
dos Guimarães (MT), Aparados da Serra (RS),
Serra Geral (RS), Serra da Canastra (MG) e a
floresta nacional de Canela (RS).
No total, esse conjunto de parques deve exigir
investimentos da ordem de R$ 153,7 milhões,
com uma promessa de retorno de R$ 1,6 bilhão
em receitas. As atividades arrecadariam R$
191,4 milhões em impostos.
No entanto, o radar do ministério para futuras
concessões tem pelo menos o dobro de unidades
de conservação. Segundo a assessoria de
imprensa da pasta afirmou à Folha, um total de
vinte unidades foram alvos de modelagens
econômicas e estão sendo avaliadas
conjuntamente pelo MMA e ICMBio.
As prioridades já anunciadas pelo ministro do
Meio Ambiente, Ricardo Salles, são justamente
os parques que constam na estratégia 2018-
2020 e também figuram entre os dez mais
visitados no último ano.
Em 2017, os gastos de 10,7 milhões visitantes
em unidades de conservação do país geraram
uma economia R$ 8,6 bilhões em vendas de
produtos e serviços e R$ 2,2 bilhões na geração
de renda, através da criação de empregos diretos
e indiretos, segundo estudo do ICMBio.
Somente o parque nacional de Jericoacoara (CE)
movimentou um total de R$115 milhões com
gastos de visitantes em 2017. Em terceiro lugar
no ranking dos mais visitados, ele fica atrás
apenas dos famosos e já concedidos parque
nacional do Iguaçu (PR), que abriga as Cataratas,
e o parque da Tijuca, o número um do país em
visitação, principalmente por conta de abrigar a
estátua do Cristo Redentor.
Apesar do sucesso, o parque cearense não conta
com investimentos em infraestrutura para
receber os turistas. Segundo o analista ambiental
e chefe do parque, Jerônimo Martins, o parque
recebe apenas recursos de compensação
ambiental, utilizados exclusivamente para
manutenção e abastecimento de veículos.
Segundo ele, a expectativa é que a concessão
atenda à necessidade de construção de
lanchonete, centro de visitantes, estacionamento,
banheiros, estrutura para observação da fauna
no manguezal e pontos de apoio para praticantes
de kitesurf —a modalidade de surf com uso da
Data: 17/06/2019
89
Grupo de Comunicação e Marketing
uma pipa é um dos principais atrativos da região,
junto às praias, lagoas e dunas.
A necessidade de apoio à visitação também é
presente no parque da Chapada dos Guimarães
(MT), que fica a apenas 26 km de Cuiabá. Seus
visitantes quase dobraram entre 2012 e 2018,
chegando a 179 mil no último ano.
Uma das promessas para atrair investimentos
para a Chapada é a previsão de um restaurante
dentro do parque, no complexo de cachoeiras
Véu de Noiva, segundo a estratégia 2018-2020.
Atualmente, restaurantes aproveitam a paisagem
no entorno do parque para vender refeições com
direito a vistas paradisíacas. Os mirantes de
alguns estabelecimentos são bastante procurados
para
festas de casamento.
Atrair visitantes é um dos objetivos dos parques
nacionais, uma categoria de unidade de proteção
integral presente na legislação federal através do
Snuc (Sistema Nacional de Unidades de
Conservação), que inclui a preservação de
territórios com beleza cênica (além da relevância
ecológica) e o desenvolvimento de atividades de
recreação em contato com a natureza e de
turismo ecológico.
No entanto, o visitante costumava ser visto como
“espécie invasora” e causador de impacto
ambiental pelos órgãos reguladores, que na
última década tem amadurecido o debate
ambientalista entre as vertentes preservacionista
(contrária à interferência humana em áreas de
proteção de recursos naturais) e conservacionista
(que defende a participação humana de forma
controlada).
O apoio aos serviços de visitação virou
majoritário à medida que foi entendido como
uma estratégia para educação ambiental e para
ganhar o apoio da população na conservação das
áreas protegidas, hoje ameaçadas por avanços
ilegais e também por conflitos territoriais com
projetos de infraestrutura do governo.
“Na lógica do governo, conceder um parque à
iniciativa privada ou reduzi-lo para passar uma
estrada por ali significa a mesma coisa: destravar
o desenvolvimento”, diz Angela Kuczac, diretora
da Pró-UCs, rede de organizações ambientalistas
em defesa das unidades de conservação.
“Falta entender que há limitações do que o
governo pode fazer”, afirma Kuczac.
Um dos receios dos ambientalistas tem origem
em declarações de Salles sobre concessões
amplas, que dariam mais atribuições às
concessionárias, ampliando a liberdade para a
ação da iniciativa privada.
Salles afirmou recentemente à Folha que
burocracias do governo teriam impedido a
instalação de wi-fi (internet sem fio) no parque
nacional do Iguaçu —o primeiro do Brasil a
operar com concessões, desde 1998. A Folha
apurou que o parque conta com três pontos de
conexão
wifi: no centro de visitantes, no restaurante e no
hotel.
Segundo servidores do ICMBio que participaram
da negociação, a proposta era de instalação de
internet paga, o que geraria uma nova fonte de
receita. Como não estava previsto no contrato de
concessão, o serviço exigiria novas
contrapartidas da empresa, em uma uma
renegociação que não prosperou.
“É preciso discutir qual o melhor modelo de
concessão para cada parque, em vez de se
adotar um modelo único para concessão em larga
escala”, defende o ex-presidente do ICMBio
Cláudio Maretti.
Segundo ele, a geração de renda do turismo
poderia considerar descontos ou isenções para
pessoas de baixa renda, que não poderiam deixar
de ter acesso à natureza, e também o estímulo
ao turismo de base local, que já pode estar
estabelecido em parques onde haverá concessão.
Exemplo disso é o parque dos Lençóis
Maranhenses (MA), onde vivem 1.024 famílias de
comunidades tradicionais. Parte dos atuais guias
turísticos são moradores do parque, que também
Data: 17/06/2019
90
Grupo de Comunicação e Marketing
oferecem suas casas para turistas. A
administração do parque não soube informar
como os serviços atuais serão conciliados com a
futura concessão.
O direito de vivenciar a natureza e de conhecer
paisagens deslumbrantes foi, afinal, o que levou
à criação do primeiro parque nacional do mundo,
o Yellowstone, nos EUA. Por volta de 1870,
exploradores defenderam que a área fosse
protegida para que mais pessoas pudessem
conhecê-la. Na mesma década, o engenheiro
André Rebouças, pioneiro da exploração
madeireira no Paraná, defendeu a proteção da
área para que as gerações seguintes tivessem o
direito de conhecer as Cataratas do Iguaçu.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
6/com-concessao-de-parques-governo-quer-
aumentar-arrecadacao-e-visitas.shtml
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Data: 17/06/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO Projeto que flexibiliza licenciamento abre
espaço para ‘guerra fiscal ambiental’
BRASÍLIA – O projeto da nova Lei Geral do
Licenciamento Ambiental, que começa a ser
debatido em audiência pública a partir desta
segunda-feira, 17, acaba com as limitações para
que Estados e municípios tinham para fazer seus próprios processos e regras de licenciamento.
Pesquisas comprovam que as rodovias são o principal vetor da destruição da floresta Foto: VINICIUS MENDONCA - IBAMA
As mudanças, que tiram poder do Ibama e abrem
espaço para o licenciamento local, teriam o
objetivo de atrair empreendimentos, mas podem
acabar incentivando a chamada “guerra fiscal
ambiental”. Na visão de técnicos que
acompanham o assunto, a isenção de cobranças
de taxas de licenciamento ou aglutinação de
fases pode provocar uma disputa regional por
esses projetos.
O relator do PL do Licenciamento, deputado Kim
Kataguiri (DEM-SP), diz que sua proposta é
equilibrada e contempla o interesse de todos.
Conforme reportagem publicada em abril pelo
‘Estado’, o PL altera profundamente o processo
de emissão dessas autorizações no País,
extinguindo a necessidade de licenças para boa
parte das atividades agropecuárias e empreendimentos de infraestrutura.
No caso da dispensa de licença para obras de
infraestrutura, há uma preocupação com o
asfaltamento e ampliação de estradas, sobretudo
na Amazônia. Pesquisas comprovam que as
rodovias são o principal vetor da destruição da
floresta. O projeto retira completamente a
necessidade de licenciamento para obras de
melhoria, modernização, manutenção e
ampliação de capacidade em estruturas pré-
existentes. Faixas de domínio e de servidão de
rodovias, ferrovias e linhas de transmissão de
energia, por exemplo, também ficam isentas de
processo de licenciamento, além de dragagens
(retirada de sedimentos) de manutenção em rios
e mares.
O consultor jurídico do Instituto Socioambiental,
Maurício Guetta, diz que o projeto “é uma colcha
de retalhos” que isenta atividades impactantes de
licenciamento, reduzindo segurança ambiental das obras.
Apoiado pelos ministérios do Meio Ambiente,
Agricultura e Infraestrutura, o projeto estabelece
ainda a autorização automática para licenças, por
decurso de prazo, no caso de atraso em
manifestação de órgãos como o Instituto do
Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Kataguiri foi designado coordenador do Grupo de
Trabalho (GT) criado pelo presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir o projeto.
Esse colegiado tem prazo de 60 dias, prorrogável
por mais 60 dias, para apresentar um relatório.
No início do mês, o presidente da Câmara havia
aprovado a criação da Comissão Especial para
estudar e apresentar propostas para a
"construção de um equilíbrio entre setores
produtivos e ambientalistas" sobre o projeto de
lei do licenciamento, mas decidiu cancelar o
próprio ato dois dias depois. A comissão foi
extinta e, em seu lugar, foi criado o "grupo de
trabalho" na Câmara, que se encarregará do tema.
O calendário desse grupo prevê dez audiências
públicas para debater a proposta. Os eventos,
que começam nesta segunda-feira, acontecerão até 9 de julho.
Rodrigo Maia disse que a adoção do GT¨não vai
eliminar o debate em torno do assunto, mas
adequá-lo ao mesmo processo já adotado, por
exemplo, nas discussões sobre o pacote
anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro,
que passou a ser analisado por um grupo de
trabalho de parlamentares.
Ambientalistas reclamam do pouco tempo da
tramitação e temem que suas propostas não
sejam discutidas adequadamente, já que a figura
Data: 17/06/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
do GT não permite debates parlamentares antes do projeto chegar ao plenário.
Maia assumiu o assunto como parte de sua
agenda de desburocratização e estímulo à
economia. Sua principal bandeira é a redução e
fixação de prazos para a concessão das licenças.
Cientistas, ambientalistas e Ministério Público
argumentam que o enfraquecimento das regras
do licenciamento pode ampliar o desmatamento
e o risco de desastres socioambientais, como os de Mariana e Brumadinho (MG), entre outros.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,projeto-que-flexibiliza-licenciamento-abre-
espaco-para-guerra-fiscal-
ambiental,70002875882
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Data: 17/06/2019
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Bolsonaro edita nova MP que altera Código
Florestal
Giovana Girardi
Medida provisória editada pelo governo Bolsonaro elimina prazo para proprietários de terra fazerem o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Com isso, quem não o fizer não poderá ser multado ou sofrer sanção Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Passados 16 dias que o Senado fez um acordo
para não votar uma medida provisória (MP) que
alterava o Código Florestal, o presidente Jair
Bolsonaro editou nesta sexta-feira uma MP
alterando a lei ambiental de 2012. Pelo texto
proposto agora pelo governo, deixa de existir um
prazo para os proprietários de terra fazerem o
Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A MP 884, publicada em edição extraordinária no
Diário Oficial da União desta sexta, altera apenas
o parágrafo 3 do artigo 29 do Código Florestal
(Lei 12.651), que estabelecia o prazo de 31 de
dezembro de 2017, prorrogável por mais um
ano, para todos os donos de terra fazerem o
CAR. No novo texto, desaparece qualquer
menção a prazo e fica escrito somente que o
cadastro é obrigatório para todas as propriedades
e posses rurais.
Sem uma data-limite, o CAR se torna perene e,
desse modo, os produtores que ainda estiverem
sem registro não poderão ser multados ou sofrer
sanções, como a de não conseguir crédito rural,
uma das punições previstas para incentivar os
produtores.
Não fica claro agora como se darão as outras
etapas previstas no Código Florestal para que os
produtores que tenham déficit de vegetação
nativa se regularizem. Para aderir ao Programa
de Regularização Ambiental (PRA), o proprietário
precisa ter feito o cadastro. Sem prazo para o
CAR, o PRA também fica sem data para ocorrer.
A nova MP surge como uma alternativa do
governo à derrota sofrida no Senado no final de
maio, quando o presidente da Casa, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), decidiu não colocar em
votação outra MP, apresentada em dezembro de
2018 pelo ex-presidente Michel Temer, que
prorrogava justamente o prazo do PRA até 31 de
dezembro deste ano.
Esta MP, a 867, havia acabado de ser aprovada
na Câmara depois de ser engordada com um
“jabuti” – expressão usada no jargão legislativo
para se referir a itens adicionados ao texto que
não tenham ligação com o tema principal da
matéria.
A emenda criava uma espécie de anistia adicional
a desmatadores ao liberar proprietários rurais de
recuperar parte de suas áreas de preservação
permanente (APP) ou de suas reservas legais
(RL) desmatadas ou degradadas, permitindo a
eles acesso a créditos rurais. Com a mudança,
estima-se que cerca de dois milhões de hectares
desmatados ilegalmente não precisariam ser
recuperados – área equivalente ao Estado do
Sergipe.
A proposta causou barulho entre ambientalistas e
parte das organizações ligadas ao agronegócio,
que viram na mudança uma possibilidade de
insegurança jurídica. Já no Congresso,
parlamentares ligados ao agronegócio
defenderam a mudança como uma saída para
pacificar conflitos remanescentes. Sem a votação
do Senado, a MP caducou.
Estratégia
Desde então ficou claro que o governo
apresentaria à Câmara uma nova proposta com
teor semelhante. Havia um entendimento jurídico
de que não poderia ser reeditada MP com o
mesmo texto daquela que caducou. Então, em
vez de abordar o PRA, o alvo foi o CAR.
As demais alterações previstas em emendas não
foram apresentadas na MP, mas nada impede
que os "jabutis" da MP anterior voltem a ser
incluídos de novo. Paralelamente, nesta sexta-
feira o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)
apresentou projeto de lei com o mesmo teor da
MP que tinha sido aprovada na Câmara – com os
“jabutis”.
Data: 17/06/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Houve, ainda, uma nova alteração: pantanal e
pampa passariam a ser consideradas áreas
consolidadas, ou seja, o desmatamento ocorrido
nesses locais não mais precisaria ser
regularizado.
Para o pesquisador Raoni Rajão, da Universidade
Federal de Minas, que trabalha com a ocupação
do território, a mudança pode ser pior que a
prevista antes. “Se não tem prazo para exigir a
obrigatoriedade, é como se o CAR não fosse
obrigatório.”
A advogada Roberta del Giudice, secretária
executiva do Observatório do Código Florestal,
também considera que sem o prazo, a lei nunca
vai começar a ser implementada de fato.
“Quando vão começar as regularizações?”,
questiona.
O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir
Colatto, manifestou em sites ligados ao
agronegócio que tirar o prazo do CAR é positivo
justamente pelo contrário. Segundo ele, “aberto
o prazo do CAR está aberto também o do PRA”, o
que daria mais tempo para os Estados se
adequarem.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,bolsonaro-edita-nova-mp-que-altera-
codigo-florestal,70002873423
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Data: 17/06/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Petrobrás faz a maior descoberta desde o
pré-sal, em Sergipe e Alagoas
De seis campos de exploração, Petrobrás espera
extrair cerca de 20 milhões de m³ por dia de gás
natural, o equivalente a um terço da produção
atual brasileira; investimentos necessários para
limitar área e construir gasoduto são de R$ 2 bi
Fernanda Nunes, enviada especial, O Estado de
S.Paulo
ARACAJU - A Petrobrás fez em Sergipe sua maior
descoberta desde o pré-sal, em 2006. De seis
campos, espera extrair 20 milhões de m³ por dia
de gás natural, o equivalente a um terço da
produção total brasileira. Divulgada no mês
passado, a descoberta deve gerar R$ 7 bilhões
de receita anual à estatal e sócias, calcula a
consultoria Gas Energy. Na avaliação do governo,
a conquista pode ajudar a tirar do papel o
esperado “choque de energia barata” prometido
pelo ministro da Economia, Paulo Guedes – plano
para baratear em até 50% o custo do gás natural
e “reindustrializar” o País.
“Com a entrada de novos atores e a ocupação da rede de
transporte, vamos ter competição”, disse secretário de
Petróleo e Gás. Foto: JORGE HENRIQUE/ESTADAO
A aposta do governo é que, em pouco tempo,
deva sair de Sergipe o gás mais barato do Brasil.
Primeiro, pelo próprio aumento da produção, que
ajuda na redução dos custos. Segundo, pela
entrada em operação de rivais da petroleira,
como a americana ExxonMobil, que tem projetos
de exploração na região. Por fim, pela presença
de empresas importadoras de gás, que também
vão concorrer pela infraestrutura de escoamento.
Dessa maneira, a tendência é de redução na
tarifa de transporte e, com isso, também do
preço final do produto.
“Vamos ter competição. É isso que vai fazer o
preço baixar”, afirma o secretário de Petróleo e
Gás Natural do Ministério de Minas e Energia
(MME), Márcio Felix, que participa da elaboração
do plano de Guedes.
O governo também tem a expectativa de
estimular a economia na região com o gás. De
2014 a 2017, a cadeia de óleo e gás ficou
praticamente paralisada como reflexo da forte
queda no preço do insumo no mercado
internacional e das revelações da Operação Lava
Jato da Polícia Federal, que revelou bilhões em
desvios de recursos na Petrobrás. “É possível que
a gente assista a uma retomada da indústria de
petróleo e gás no Nordeste, onde tudo começou”,
diz o presidente da Gas Energy, Rivaldo Moreira
Neto.
O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), Felipe Kury,
classifica o potencial da Bacia de Sergipe-Alagoas
como “muito promissor”. Além dos seis campos
da Petrobrás, a ANP acredita que existem na
região outras áreas com indícios de presença de
petróleo e gás que, nos próximos anos, podem
resultar em novas descobertas relevantes.
Pelos dados do MME, para delimitar o
reservatório e construir um gasoduto até a costa,
a Petrobrás deve gastar US$ 2 bilhões ainda
neste ano. A estatal não revela os planos para a
região. Por meio de sua assessoria, informou
apenas que “as águas profundas de Sergipe vêm
mostrando grande potencial para o
desenvolvimento”. Disse também que o
orçamento do projeto está previsto em seu plano
estratégico para os próximos cinco anos. Por
enquanto, a estatal está trabalhando apenas na
exploração, mas não na produção dos campos.
Expectativa
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O gás já provoca uma reviravolta na economia de
Sergipe. “Virei um caixeiro viajante, batendo de
porta em porta de indústrias, oferecendo as
vantagens do gás natural a quem quiser se
instalar no Estado”, disse o secretário de
Desenvolvimento Econômico, José Augusto
Pereira de Carvalho.
O Estado está agora concentrado em atrair
grandes consumidores de gás para o município
de Barra dos Coqueiros, vizinho a Aracaju, onde
funciona o Porto de Sergipe, e, no futuro, deve
estar de pé um novo distrito industrial. Na
pequena cidade de apenas 25 mil habitantes,
cercada por praias e mangue, começa a surgir
um arranjo inédito de empresas interessadas no
combustível.
De um lado, estão produtores e uma unidade de
importação do gás. Do outro, potenciais
consumidores, atraídos pela perspectiva de pagar
menos pelo combustível. Às empresas, Carvalho
tem argumentado que, com tanta oferta, não
haverá alternativa aos fornecedores de gás senão
baixar o valor da matéria-prima. Assim espera
trazer de volta, principalmente, indústrias de
vidro e cerâmica, que dependem do gás para
fabricar produtos melhores e a um custo menor.
Até a nova onda deflagrada pela descoberta da
Petrobrás, o governo estadual se via às voltas
com a suspensão de investimentos da estatal,
que, no passado, chegou a responder por um
terço de todo dinheiro movimentado pela
indústria sergipana. O Estado sentiu o golpe, por
exemplo, do fechamento da fábrica de
fertilizantes, a Fafen-SE, e do freio em campos
produtores de petróleo e gás, colocados à venda
pela estatal.
Diante desses e outros reveses, e a expectativa
de extinção de postos de trabalho, a notícia da
descoberta criou uma sensação de que “há uma
luz no fim do túnel”, disse Carvalho.
Livre
O Estado quer ainda incentivar a criação de uma
nova figura no mercado de gás – a do
consumidor livre, autorizado a importar seu
próprio combustível, sem precisar utilizar a rede
de dutos de distribuição de uma concessionária
local. Com essa mudança, o esperado é reduzir
mais um pouco o preço do produto, que não
contaria com a tarifa cobrada pela distribuidora.
Uma experiência chegou a ser feita em Sergipe,
mas parou na Justiça. A distribuidora local, a
Sergás, contesta a legalidade do modelo. Ela
alega que o contrato de concessão garante a ela
a exclusividade do negócio de gás no Estado.
A divergência coloca em lados opostos os
próprios sócios da Sergás: o governo do Estado,
que quer estimular a queda do preço e um novo
mercado, e a Petrobrás e a japonesa Mitsui, que
não aprovam as mudanças.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
petrobras-faz-a-maior-descoberta-desde-o-pre-
sal-em-sergipe-e-alagoas,70002874821
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Data: 17/06/2019
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Olhai os lírios no campo (Mateus 6:24-33)
- Opinião - Estadão
José Goldemberg
A nossa civilização teve início cerca de 6 mil anos
atrás, no Oriente Médio, numa região que é hoje
o Iraque. Os primeiros povos que viviam naquela
região, os sumérios, babilônios e assírios,
tiveram de enfrentar grandes obstáculos
naturais, entre os quais as cheias violentas e
irregulares dos Rios Tigre e Eufrates. Para
solucionar esses problemas, tiveram de construir
diques e barragens, reservatórios e canais de
drenagem de pântanos e irrigação que mudaram
a face da região e o meio ambiente.
Foram essas grandes obras que possibilitaram
uma agricultura produtiva que levou à criação de
cidades e impérios. Sem elas, no clima seco e
desértico do Oriente Médio, não haveria lírios nos
campos que tanto impressionaram Jesus há 2 mil
anos, como se pode ver no Sermão da Montanha
em Jerusalém, segundo Mateus.
Sem as obras realizadas, provavelmente não
haveria lírios no Oriente Médio. Desenvolvimento
exige a realização de obras e impactos que
podem ser predatórios e modificam a natureza.
Preservação ambiental exige a manutenção da
natureza. Por essas razões, conciliar
desenvolvimento – essencial para o bem-estar
das populações – com a preservação ambiental
exige compromissos.
Estabelecer os limites dos impactos aceitáveis é o
grande problema: se forem muito liberais, podem
provocar danos irreversíveis ao meio ambiente.
Se forem muito exigentes, podem inviabilizar as
próprias obras. Esse é o dilema que enfrentamos
hoje e solucioná-lo se torna cada vez mais
urgente, porque a ação do homem sobre a
natureza – no seu conjunto de mais de 7 bilhões
de pessoas – atingiu um nível comparável à ação
das forças geológicas naturais (chuvas, ventos,
mares, erupções vulcânicas e outras).
No caso da poluição local, estes compromissos
foram basicamente estabelecidos com a
legislação ambiental adotada na Inglaterra em
1953 – que resultou na despoluição do Rio
Tâmisa –, depois adotada em suas linhas gerais
no mundo todo, inclusive no Brasil.
Nos países em desenvolvimento, sua
implementação deixa muito a desejar porque têm
faltado recursos para cumprir a legislação. O
exemplo mais flagrante é o caso do saneamento
básico (coleta do lixo e a disposição de esgotos
residenciais e seu tratamento). Quase metade da
população brasileira não tem acesso a ele. A Baía
de Guanabara, no Rio de Janeiro, continua
poluída, bem como o Rio Pinheiros, em São
Paulo. A coleta, reciclagem e disposição do lixo
urbano estão progredindo no Estado de São
Paulo, mas existem ainda milhares de lixões a
céu aberto no País.
Outros problemas ocorrem na construção de
usinas hidrelétricas. Os reservatórios necessários
para que elas continuem produzindo energia nos
períodos secos do ano podem inundar grandes
áreas, o que impacta populações e o meio
ambiente local. Sem elas, contudo, as cidades
ficariam no escuro. Este é talvez o melhor
exemplo dos conflitos entre desenvolvimento e a
preservação do meio ambiente e que não pode
ser solucionado sem arbitrar entre os interesses
dos afetados e os dos que são beneficiados pelos
empreendimentos.
O novo problema que surgiu nas últimas décadas
é o do aquecimento global: a temperatura média
do planeta já aumentou mais de um grau
centígrado desde 1850 e continua aumentando
em razão da queima de combustíveis fósseis, que
tem como resultado a produção dos gases
responsáveis pelo aquecimento (global), como
dióxido de carbono, que são lançados na
atmosfera, e o desmatamento.
As consequências deste aquecimento poderão ser
devastadoras e temos, portanto, duas
alternativas: ou nos adaptamos a um mundo
mais quente ou tomamos medidas preventivas
para evitar que ele se aqueça.
O que fazer, então? Atacar os problemas da
poluição local que estão nos afligindo agora ou
concentrar novos esforços em tentar reduzir as
consequências futuras do aquecimento global?
Este é um falso dilema, que foi discutido desde
1992, quando foi adotada a Convenção do Clima
no Rio de Janeiro: é ainda possível evitar o
aquecimento global tomando medidas de
precaução, isto é, evitando aumentar as
emissões de gases de efeito estufa e tomando
medidas para reduzi-las? Ou é tarde demais e
precisamos adotar medidas para nos adaptarmos
a um mundo mais quente? Exemplo de
adaptação seria construir diques para nos
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proteger do aumento do nível do mar, como fez a
Holanda no passado.
A tese dominante, até agora, foi a de adotar
medidas de precaução e deixar medidas de
adaptação para o futuro.
Para evitar estes conflitos e não fazer nada são
inventadas teorias conspiratórias de todo tipo e
até tentativas de negar as bases científicas do
aquecimento global, que são bem estabelecidas.
O “ruído” criado pelos assim chamados
“negacionistas” – incluindo alguns brasileiros mal
informados – é adiar a adoção de medidas
relativamente simples para enfrentar os
problemas, entres eles o de reduzir o
desmatamento da Amazônia, que é a principal
fonte de emissões do Brasil. As ações necessárias
para tal, sobretudo a fiscalização, são de baixo
custo, como já foi demonstrado pela redução do
desmatamento a partir de 2005.
Portanto, enfrentar o problema do aquecimento
global não exige ainda grandes obras, mas
políticas públicas (e legislação resultante) que
orientem o desenvolvimento na direção correta,
incluindo a adoção de energias renováveis e a
solar em substituição à energia gerada
queimando combustíveis fósseis.
Já a solução dos problemas de poluição local,
como saneamento básico, exige grandes obras
de engenharia e engajamento direto de
autoridades locais (prefeitos e governadores). É
neles que é preciso investir agora, enquanto as
políticas públicas surtem efeitos para o futuro.
Não há o que escolher. Ambas ações são
necessárias.
*PROFESSOR EMÉRITO DA USP, FOI MINISTRO
DA EDUCAÇÃO
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-
aberto,olhai-os-lirios-no-campo-mateus-624-
33,70002876152
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Palmeiras exóticas serão retiradas do
Parque Trianon, em São Paulo
- São Paulo - Estadão
SÃO PAULO - As palmeiras do Parque Trianon, no
coração da capital paulista, estão com os dias
contados. Um projeto da Prefeitura de São Paulo
prevê a retirada de 700 árvores de uma espécie
de origem australiana. Considerada invasora, a
Archontophoenix cunninghamiana (seafórtia)
deverá ser substituída por árvores nativas da
Mata Atlântica.
A proposta foi aprovada no ano passado pelo
conselho gestor do parque e agora deverá sair do
papel. Estudos conduzidos pela Secretaria
Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)
identificaram que as árvores gringas estavam
“sufocando” as brasileiras no parque, um dos
últimos remanescentes de Mata Atlântica na
capital paulista.
“Ela teve uma expansão e se tornou invasora,
cresceu no ambiente e competiu com outras
espécies. Ela fecha, faz sombreamento e,
embaixo, só ela mesma consegue crescer.
Nossas espécies que precisam de sol acabam não
se desenvolvendo”, explica Deize Perin, diretora
da Divisão de Gestão dos Parques Urbanos, da
SVMA.
Uma empresa será contratada para fazer o corte
de 700 palmeiras grandes - com mais de cinco
metros de diâmetro - e plantio de novas mudas
de árvores nativas da Mata Atlântica. Alguns
exemplares da seafórtia no parque já estão
marcadas com fitas amarelas. Também estão
previstos cortes de outras espécies invasoras.
O resultado da licitação para a contratação da
empresa responsável pelo manejo saiu nesta
semana e as primeiras retiradas devem ocorrer
dentro de um mês, segundo a SVMA. Para o
projeto, serão destinados R$ 1,8 milhão do
Fundo Especial do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Fema).
A proposta é que os cortes ocorram aos poucos,
em pequenos lotes, e que as árvores retiradas
sejam levadas a um aterro para evitar que se
reproduzam novamente em outros parques.
Durante as retiradas, algumas áreas do parque
podem ser interditadas. A recomposição deverá
ser feita com 300 mudas de 85 espécies
brasileiras como pitangueiras, araçás e
jequitibás. O projeto tem duração prevista de
dois anos.
Vistosa, a palmeira australiana foi introduzida no
Brasil para compor o paisagismo e se adaptou ao
ambiente. A história de como foram parar no
Trianon é incerta - uma das hipóteses é de que
sementes de exemplares em jardins da região
tenham sido levadas por pássaros. Outros
parques também têm palmeiras australianas,
mas, segundo a pasta, em proporções menores.
“Não temos raiva da palmeira australiana”, diz
Dulce Moraes, do conselho gestor do Parque
Trianon. “Mas um ecossistema frágil, como o
Trianon, precisa de um cuidado especial e
infelizmente essa espécie criou um descontrole
muito grande.” Segundo o conselho, ações de
sensibilização para a necessidade de retirada,
como palestras, já têm sido realizadas no parque
e o grupo espera que os cortes não causem
alarde entre os frequentadores.
USP. O projeto no Trianon segue uma
experiência considerada exitosa na Universidade
de São Paulo (USP). Entre 2009 e 2013, foram
feitos estudos e discussões que culminaram com
a retirada de 10 mil palmeiras exóticas da Cidade
Universitária, na zona oeste. No lugar, foram
replantadas árvores da Mata Atlântica.
Para Vânia Pivello, professora do Instituto de
Biociências da USP, é importante que o trabalho
de controle das palmeiras seja mantido mesmo
após os cortes. “Esse processo é quase infinito
porque os pássaros trazem (sementes). São
Paulo está cheia dessas palmeiras”, diz. Outro
cuidado é com os animais. Como os pássaros se
alimentam dos frutos das palmeiras, é preciso
garantir que encontrem outras fontes de
nutrientes no parque.
Segundo ela, o Trianon cumpre papel importante
na cidade. Com 48 mil metros quadrados de área
e ao lado da principal avenida do País, o parque é
um refúgio. “Está em um lugar de muito carro,
movimento e poluição. Melhora a qualidade do
ar, o microclima local, facilita a penetração de
água no solo quando chove. E tem toda a parte
prazerosa: de as pessoas andarem no meio de
uma vegetação nativa.”
https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,palmeiras-exoticas-serao-retiradas-do-parque-trianon-em-sao-paulo,70002876643
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VALOR ECONÔMICO Tomada de três pinos vira alvo das reformas
do governo Bolsonaro
Por Daniel Rittner | De Brasília
Mal o presidente Jair Bolsonaro havia anunciado
o fim do horário de verão, instituído pela primeira
vez no Brasil em 1931, e seu assessor
internacional, Filipe Garcia Martins, foi ao Twitter,
no dia 6 de abril, para defender outras medidas
de impacto: "Temos que nos livrar [agora] da
tomada de três pinos, das urnas eletrônicas
inauditáveis e do acordo ortográfico".
Poucas semanas depois, em meio às negociações
sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro foi
pessoalmente ao Congresso entregar o projeto
que modifica leis de trânsito, incluindo a
exigência de cadeirinha para crianças no banco
traseiro. Agora, diante dos números
decepcionantes da economia, o governo resolveu
se mexer: prepara uma norma para revogar o
uso compulsório da tomada de três pinos -
também chamada, por diversos assessores
presidenciais, de "tomada do PT".
"A sociedade brasileira, com toda legitimidade,
rejeitou a tomada de três pinos", diz o secretário
especial de Produtividade e Competitividade,
Carlos Alexandre da Costa, que tem impulsionado
as discussões. O padrão (obrigatório desde 2011)
é uma "excrescência" e sua revogação não deve
ser vista como algo meramente folclórico,
segundo Costa. "Não é só um tema técnico. É um
tema que afeta a segurança, a concorrência e a
produtividade."
A nova mudança, entretanto, tem esbarrado em
resistência dos técnicos. Três fontes ouvidas pelo
Valor contam que o secretário tomou a iniciativa
de pedir no início do ano à presidente do
Inmetro, Ângela Flores Furtado, uma
manifestação da autarquia sobre o assunto. Uma
análise de impacto regulatório, feita por
servidores do Inmetro, teria sido desfavorável a
mais uma substituição dos plugues e tomadas no
Brasil.
Duas das três fontes convergem no seguinte
relato: ao apresentar essa análise para Costa, no
gabinete do secretário no Ministério da Economia,
Ângela recebeu uma bronca forte a ponto de ter
sido percebida nas salas vizinhas.
Depois disso, a presidente do Inmetro assinou
uma nota técnica em que ratifica a segurança do
padrão brasileiro, mas considera "tecnicamente
viável a disponibilidade de outro padrão
internacional de tomada". "Hoje existem no
mundo 110 diferentes configurações de padrões
adotados. Flexibilizar a adoção de outro padrão
de tomada preferido pelo consumidor, de acordo
com a melhor aderência aos plugues de seus
equipamentos eletroeletrônicos, pode ser
considerado", disse Ângela, por meio da
assessoria.
Uma preocupação na equipe econômica é a
necessidade de se convocar um encontro do
Conmetro - colegiado com nove ministros - para
referendar a mudança. Há quem veja, numa
reunião como essa, sinal de que os ministros
perdem tempo com discussões pouco
importantes.
Para Costa, trata-se de uma medida com
potencial impacto sobre a produtividade, já que a
tomada de três pinos dificulta a entrada de
equipamentos elétricos importados e aumenta os
custos de adaptação. De acordo com ele, apenas
20% das tomadas de dois pinos foram
efetivamente trocadas até agora. O secretário
descarta, porém, uma volta compulsória ao
padrão anterior e prefere flexibilizar o atual - ou
adotar um terceiro, compatível com os dois
anteriores e com outros modelos já existentes no
exterior. "O nosso é único no mundo", afirma.
"Estamos na reta final [para decidir]. Se fosse
fácil, já teríamos decidido", acrescenta.
Sobre a suposta reprimenda na presidente do
Inmetro, Costa nega qualquer mal-estar com ela:
"O que temos é um debate saudável". A
assessoria de Ângela foi na mesma linha. "Não
existem divergências entre área técnica, a
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presidente do Inmetro e o secretário Carlos da
Costa. Ao contrário, existe um debate salutar,
envolvendo outras secretarias de governo, sobre
a hipótese de flexibilização, tais como: análise
técnica, impacto sobre setor industrial e
comercial, impacto na percepção do consumidor,
bem como custo/benefício para o mesmo,
impacto em órgãos reguladores envolvidos, e
assim por diante."
A postagem de Filipe Martins sobre medidas que
vão além do horário de verão, como o fim da
tomada de três pinos e do novo acordo
ortográfico, teve quase 23 mil curtidas. Mas o
comentário mais popular ao tuíte foi a de um
internauta chamado Mário Cardoso: "Se der
tempo, podiam arrumar uns 13 milhões de
empregos também".
https://www.valor.com.br/brasil/6309013/tomad
a-de-tres-pinos-vira-alvo-das-reformas-do-
governo-bolsonaro
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Suez defende novo marco para saneamento
Grupo espera mudanças na regulamentação, mas
resiste em voltar a investir em concessões no
país
Da Redação
Taís Hirata
Após sofrer um "trauma" na América Latina, em
2006, a francesa Suez ainda resiste em voltar a
ter concessões de saneamento no Brasil. A
empresa defende a aprovação do novo marco
legal do setor, mas ainda não está claro se
somente as novas regras serão suficientes para
fazer o grupo voltar a adquirir contratos de
operação no país, afirma o presidente da
companhia na América Latina, Charles Chami.
A empresa foi um dos primeiros grupos privados
a operar serviços de água e esgoto no país, e
chegou a firmar três concessões municipais
relevantes, nas cidades de Limeira (SP), Manaus
(AM) e Campo Grande (MS).
No entanto, em 2006, o governo argentino,
então sob o comando de Néstor Kirchner, decidiu
romper um contrato de concessão com a Suez e
reestatizar a operação de água e esgoto da
capital Buenos Aires — sem se dispor a fazer
indenizações pelos investimentos não
amortizados.
A reação da sede da companhia, na França, foi
drástica: o grupo decidiu se desfazer de todas as
suas concessões na América Latina — com a
exceção do Chile, onde até hoje a empresa opera
a concessão de água da região metropolitana de
Santiago.
O temor em relação à América Latina persiste até
hoje, diz Chami. “A Suez continua avaliando a
possibilidade de participar de leilões de
concessão no Brasil. Temos analisado editais nos
últimos anos, mas este não é o foco.”
A companhia tem sido apontada por alguns
analistas de mercado como uma potencial
interessada nas privatizações de companhias
estaduais de água e esgoto, por sua expertise e
fôlego financeiro globalmente.
O executivo, porém, diz que a companhia não
deverá participar de eventuais leilões de
desestatização dessas companhias. Ele avalia
que a aprovação de um novo marco legal para o
setor é essencial para que o Brasil volte a dar
confiança à sede do grupo.
Uma das principais alterações, segundo Chami, é
a definição da Agência Nacional de Águas (ANA)
como órgão regulador federal do saneamento.
“No modelo atual, falta segurança jurídica no
mercado, a regra precisa estar mais clara”, diz
ele.
No cenário atual, porém, a prioridade é continuar
atuando indiretamente no mercado, na prestação
de serviços às concessionárias — entre elas a
Sabesp, em São Paulo, e Compesa, em
Pernambuco. Entre os serviços prestados estão a
gestão da qualidade da água, redução de perdas
no sistema, medição de consumo, entre outros.
A Suez acaba de realizar a aquisição da
companhia DH Perfurações, especializada em
poços artesianos. Apesar de ser uma compra de
menor porte, o executivo considera o segmento
estratégico para o grupo, que não tinha expertise
nesse ramo. “É o único setor na cadeia da água
em que ainda não temos atuação. A compra
vinha sendo negociada há um ano e vai
complementar nosso portfólio”, afirma Chami.
Data: 17/06/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
A empresa calcula que o Brasil tenha 2,5 milhões
de poços artesianos, mas que mais de 80% deles
sejam ilegais, o que indica um potencial enorme
de expansão do mercado, que tem como um de
seus principais clientes no país o agronegócio.
O grupo não abre o valor da aquisição, mas diz
que, até o fim de 2019, investirá R$ 74 milhões
na operação brasileira — o que inclui a aquisição.
Desde 2018, foram feitos R$ 260 milhões de
investimentos no país.
Com a consolidação da aquisição, a ideia é
expandir a prestação do serviço, diz ele. Hoje, a
DH atua em São Paulo, mas a Suez deverá levar
a operação para outras regiões, como Sul e
Nordeste, e, em um segundo momento, para
outros países da América Latina — começando
pelo Peru e pelo Chile e, em seguida, chegando à
Colômbia.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=
0&n=25536008&e=577
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