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O coelho e o cágado eramamigos,até que certo dia, com-binaram semear feijão. Quan-do o feijão ficou maduro, colhe-ram-no e foram cozê-lo. En-quanto preparavam a refeição,o coelho disse: – Amigo cágado, lembrei-meagora que tinha de ir dar um re-cado a uma pessoa. Não medemoro, volto logo. O cágadoprometeu que esperaria peloseu regresso para comerem.Tendo-se afastado uns me-tros, o coelho começou a atirarpedras contra o companheiro.Este vendo-se numa situaçãoinesperada, em que corria peri-go de apanhar umas pedradas,fugiu e deixou abandonada apanela de feijão. Então o coel-ho aproximou-se e comeu tudosozinho. Depois espalhou ascascas à volta. Quando o cága-do regressou, depois de pas-sado o medo, o coelho mos-trou-se aborrecido. O cágadopediu desculpas e disse: – secalhar foram os macacos quecomeram. Se calhar, respon-deu o coelho.Nos dias seguintes, o coe-lho repetiu a cena e foi comen-do o feijão sozinho.

Um dia, o cágado que já an-dava desconfiado das saídasdo coelho à mesma hora, fingiuque fugiu das pedradas. Es-condeu-se por detrás de unsarbustos e observou atónitoquem era afinal o autor das pe-

dradas. E resolveu, por sua vezpregar-lhe uma partida. Disse ocágado: – olha amigo, desdeque colhemos o feijão, nãolembramos dos espíritos dosnossos antepassados. Eleshabitam neste riacho. Se cal-

har até são eles que nos an-dam a atirar pedras. Atiremos,pois, algum feijão para o rio,para os honrarmos e evitar-mos mais problemas. O coelho, que respeitava ascrenças e ficava cheio de medoquando se falava em espíritos,concordou imediatamente como cágado, que tem possibilida-des de viver na água e fora de-la, entrou para dentro do rio ecomeu o feijão todo. A cena re-petiu-se nos dias seguintes.O coelho não estava a gostarnada da situação. Desconfia-do, colocou alguns feijões numanzol. Quando o cágado mer-gulhou para comer o feijão, fi-cou preso no anzol e o coelhopescou-o. Então o coelho sen-tindo-se ofendido disse: entãoos espíritos és tu?O cágado muito irritado res-pondeu:- sim, assim como eras tuque atiravas as pedradas e dei-xavas-me com fome.A partir daí, a amizade entre

ambos terminou.

«In recolha da tradição oral -Mwelo Weto

J.M |

CONSELHOS

CONTOS POPULARES ANGOLANOSA inimizade do coelho e do cágado

PROVÉRBIO

ADIVINHAS

Soluções:1.Carta; 2. Espelho; 3. Foguete; 4. Ferro.

As nossas dificuldades na escolaEstamos na Aldeia de Cachiungo na nossa pequena escola.somos felizes porque podemos estudar mesmo com muitas difi-culdades. A merenda escolar ainda não chega à nossa escola,mas eu acredito que logo logo vai chegar porque o governo danossa província vai cuidar para que assim seja. Recebemosuma biblioteca e estamos felizes, porque vamos poder alargaros nossos conhecimentos. Há sempre alguém preocupado comas crianças e, nós agradecemos de todo o coração. Não temosbatas, temos pouco material escolar e juntamo-nos em grupode três ou quatro para dividirmos um livro de leitura ou de mate-mática. Muitas crianças não vêm à escola porque não têm o pe-queno almoço de manhã em casa, então não aceitam vir àescola. Outras têm que ir às lavras com os pais ajudar no traba-lho. Fico triste porque estas crianças acabam por não aprendera ler nem escrever, prejudicando assim o seu futuro. Nenhumpai devia privar o seu filho de ir à escola porque futuramente,este filho, estudando e se formando pode ajudar a família a sairda situação difícil em que se encontra neste momento.

ANTONIETA NGUEVE |13 ANOS | CACHIUNGO

1. Eu sou de muito segredo e não de pouca valia, coisas degrande importância a gente de mim confia.2. Sou escultor arquitecto, com primor tão singular, que asobras da natureza sei fielmente imitar.3. Sem asas da terra, por esses ares voando, e com o espíritolevandoo corpo e por onde vai tudo vai alumiando.4. Com mil figuras e modos executo os meus furores; Tiro avida aos inimigos, defendo a grandes senhores.

«Só percebemos o valor daágua depois que a fonte seca.Prov. popular

Domingo, 24 de Agosto de 2014Nº 168 SÉRIE III

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Como escrever para o “Recreio”O nosso endereço é:Recreio - Página Infantil do Jornalde Angola - Rua Rainha Ginga,18/26 - Luanda, ou para o e-mail:[email protected].

RRecreioecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

RecreioSuplemento infantil do Jornal de angola

BRINCAR E APRENDERCARTAS DOS AMIGUINHOS

Vamos fazer uma experiênciaAMATERIAL1. Tesoura 2. Papel 3. Fita adesiva 4. Barbante 5. Clipe 6. Ímã COMO FAZER1. Amarre o clipe no barbante. 2. Prenda o barbante com a fita adesiva na mesa. 3. Ponha o ímã perto do clipe.4. Coloque um papel entre eles. O QUE ACONTECEO ímã atrai o clipe amarrado no barbante até mesmo quando colo-camos um papel entre eles. POR QUE ACONTECE? Por causa do campo magnético que existe em volta do ímã. A forçado campo magnético do ímã atrai o clipe mesmo quando coloca-mos um papel entre eles.

SSAABBIIAASS QQUUEE......

O perigo de andar sozinho

Atenção meninos, mais umavez vos falo em relação ao an-darem sozinhos pelas ruas, émuito perigoso. A nossa ci-dade está a tornar-se perigosanão só para os adultos comotambém e principalmente paraas crianças. Continuam a de-saparecer crianças que depoisde alguns dias aparecem mor-tas. Cuidem para não anda-rem sozinhas procuremsempre a companhia de umou dois amigos ou mesmo deum adulto para vossa melhorsegurança e tranquilidade.

CASIMIRO PEDRO

VAMOS COLORIR

Então é preciso que tenham o cuidadode não andarem sozinhas, É bomprevenir para depois não chorar. Umbom conselho é sempre bem-vindoquando é para nosso benefício.

Completa os desenhosunindo os números