O processo de independência brasileira
— Período de tempo marcado pela crescente busca pela independência do Brasil em relação à Portugal.
— O processo: Movimentos emancipacionistas (séc, XVIII e XIX).
Período Joanino (1808-1821)
Regência de D. Pedro (1821-22)
Primeiro Reinado (1822-31)
Os Movimentos Emancipacionistas
(p. 131-138)
— Foram tentativas de independência do Brasil.
— Causas dos movimentos: Intensificação do pacto colonial durante a mineração
(mais impostos e exploração).
Surgimento de uma camada média ligada ao comércio para o mercado interno.
Violência da administração metropolitana.
Influência da Independência dos EUA e da Revolução Francesa.
— A busca por independência (liberdade) no Brasil foi marcada por interesses conflitantes.
• Motivo do conflito: devido a estrutura social brasileira, “liberdade” era entendida de forma diferente para cada grupo social:
Elite agrária: proprietários de terras e
escravos
liberdade = fim do pacto colonial
e manutenção do controle sobre terras,
escravos e política.
Camada Média: comerciantes,
trabalhadores livres e profissionais liberais.
liberdade = participar da política
e ter terra.
Escravos:
liberdade = fim da escravidão.
Conjuração Mineira (1789) ♦ Participantes: membros da elite, intelectuais e camada
média (Tiradentes).
♦ Influência: Independência dos EUA, Iluminismo.
♦ Objetivos: – Independência de MG, SP e RJ.
– Criação de uma república.
– Estimular a produção de manufaturas.
– Criar uma universidade em Vila Rica.
– Liberalismo limitado: ausência de projeto de abolição da escravidão.
♦ Resultados: – Movimento denunciado às autoridades portuguesas.
– Membros da elite presos e exilados na África.
– Membro da camada média (Tiradentes) enforcado e esquartejado (punição exemplar).
Conjuração Baiana (1798) ♦ Participantes: maioria da camada pobre e poucos da elite
escravista.
♦ Influência: independência dos EUA, iluminismo, revolução francesa e independência do Haiti.
♦ Objetivos: – Independência de BA.
– Criação de uma república igualitária.
– Liberdade comercial.
– Aumento da remuneração dos soldados.
– Limitação liberal: populares com ideais radicais e elite com ideais conservadores.
♦ Resultados: – Radicalização do movimento pelos populares.
– Elite amedrontada (“haitianismo”) denunciou a conjuração às autoridades portuguesas.
– Membros da elite presos e exilados na África.
– Membro populares enforcados e esquartejados (punição exemplar).
Revolução Pernambucana (1817)
♦ Participação: camada média e elite agrária.
♦ Influência: iluminismo, revolução francesa.
♦ Objetivos:
– Independência de PE e demais capitanias do NE.
– Criação de uma república.
– Liberdade comercial, religiosa e de imprensa.
– Fim dos privilégios dos comerciante portugueses.
– Limitação liberal: indefinição quanto a escravidão.
♦ Resultados:
– Violenta repressão metropolitana.
– Membros da elite presos e exilados na África.
– Membro populares enforcados e esquartejados (punição exemplar).
O Período Joanino (p. 139 - 146)
— Iniciado com a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil, para: Fugir da invasão napoleônica.
Manter o comércio com a Inglaterra.
– A chegada da Família Real provocou uma série de
mudanças no Brasil:
1) Tratado de Abertura dos Portos às Nações
Amigas (1808): fim do pacto colonial (início da
independência).
2) Tratado de Comércio e Navegação (1810), estabelecia: Novas tarifas alfandegárias:
- Inglaterra:
- Portugal:
- Demais países:
Outros detalhes: p. 140
Resultados:
- Incapacidade de desenvolvimento de manufaturas no Brasil (dependência de produtos ingleses).
- Balança comercial brasileira em déficit.
15% 16%
24%
3) Brasil tornou-se “Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves” (1815): o país deixou oficialmente de ser
colônia.
4) Membros da elite agrária passaram a ocupar cargos no governo (novo poder político da elite agrária).
5) Influência da cultura europeia no Brasil: Missão Artística Francesa.
Remodelamento da cidade do Rio de Janeiro.
Cópia da moda, hábitos e literatura europeia.
Resultados: aumento dos impostos para fazer tais obras provocou a Revolução Pernambucana de 1817.
6) Política externa:
Invasão brasileira na Guiana Francesa e colônia de Sacramento (Espanha) = retaliação contra Napoleão e Espanha.
– Fortalecimento da elite agrária brasileira, devido: • a liberdade comercial.
• aos cargos e influência política que passou a exercer no governo.
Resultados das Mudanças:
– Revolução da burguesia portuguesa provocada pelo
descontentamento com:
• o fim do pacto colonial = prejuízo econômico.
• a permanência da família real no Brasil.
– Em 1821, os revolucionários tomaram as seguintes
decisões:
• Formação de uma monarquia constitucional chefiada pelo
parlamento português (“Cortes de Lisboa”).
• Retorno imediato da família real à Portugal.
• Recolonização do Brasil.
Em Portugal: A Revolução do Porto (1820)
– Em 1821, D. João VI retornou à Portugal, mas:
• Manteve o Brasil como membro do Reino Unido com
Portugal.
• Manteve D. Pedro no Brasil como Príncipe Regente.
– No Brasil, diferentes opiniões dividiam o país:
• Partido brasileiro: composto pela elite agrária, defendia:
Independência sem mudanças políticas e sociais no país.
• Partido Português: favorável á recolonização do Brasil.
• Classes média e popular: favoráveis á independência,
abolição da escravidão, participação política e
federalismo.
Repercussões no Brasil:
– D. Pedro sob duas fontes de pressão:
Cortes de Lisboa: pressionaram para que D.
Pedro retornasse á Portugal:
Ordenaram que as ordens de D. Pedro não fossem
cumpridas.
Mobilização de tropas portuguesas, exigindo o retorno
de D. Pedro.
A Regência de D. Pedro (p. 146 - 148)
Elite brasileira: pressionou para que D. Pedro
ficasse no Brasil:
Campanha pública em jornais e associações.
Expulsão dos militares portugueses pela população.
Objetivo: permanência de D. Pedro significava a
manutenção da liberdade comercial.
Decisão de D. Pedro: proclamação da independência em 7/09/1822.
Resultados:
Independência realizada por D. Pedro, com apoio
político da elite brasileira.
Manutenção da liberdade comercial, escravidão e
latifúndio nas mãos da elite.
População marginalizada do processo de
independência (evitou a fragmentação do território,
como na América espanhola).
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