Geografia serve pra qu? "... a principal forma de relao entre o
homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, dada pela
tcnica - um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais
o homem realiza sua vida, produz, e ao mesmo tempo, cria espao".
(Adaptado de Milton SANTOS, A Natureza do espao, Edusp, p. 63) "...
A Geografia e a cartografia, em particular, so matrias que envolvem
um conhecimento estratgico, o qual permite s pessoas que
desconhecem seu espao e sua representao, passarem a organizar e
dominar esse espao". (Yves LACOSTE. A Geografia, isso serve p/
fazer a Guerra. Campinas, Papirus, 1988)
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Geografia serve pra qu? "... A Geografia est na vanguarda de
muitas frentes de trabalho. Do ponto de vista terico lidera uma das
correntes mais respeitadas, pois decidimos enfrentar o desafio de
procurar uma maior aderncia da nossa disciplina para fazer face s
rpidas mudanas do mundo de hoje. Assim, conceitos como: espao
geogrfico, territrio, regio, etc tiveram que ser revisados. "
(Adaptado de Maria Adlia A. de SOUZA. Os prximos passos da cincia.
In Cincia Hoje. Vol. 24, n 140, julho/1998. P. 47) O grande segredo
p/ os professores melhorarem a transmisso das informaes
geomorfolgicas mostrar ao aluno em que ambiente geomorfolgico ele
est, como o seu espao, o seu lugar. A partir desse contato que se
pode buscar novos ambientes, novos lugares e utilizar o livro
didtico como ferramenta auxiliar p/ novas compreenses.". (Jurandyr
ROSS, em entrevista Revista Discutindo a Geografia.Ano 1, n
1/Julho/2004. P. 15)
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O homem, ao longo de sua histria, foi se adaptando ao ambiente
em que vivia, conforme suas necessidades. Como precisava de gua,
morava perto dos rios para poder trabalhar com a agricultura, as
plantaes dos alimentos, e manter condies de sobrevivncia. Dessa
forma, as cidades foram sendo formadas, pois as aglomeraes de
homens em determinadas regies fizeram com que as instalaes das
pessoas melhorassem, atravs da construo de casas, igrejas, locais
para diverso, escolas, etc. Para que isso fosse possvel, o homem
teve que modificar o ambiente natural. Dessa forma, parte da
natureza foi destruda para abrir espao para as construes. travs das
construes, foram se formando as diferentes regies, os pases, os
estados e as cidades, e sempre prejudicando e destruindo a paisagem
natural, por mais que o homem tentasse preserv-la. O crescimento
populacional dos seres humanos contribuiu para que grande
quantidade da natureza fosse destruda e isso acarretou em grandes
problemas vida do planeta. A poluio das cidades tem causado muitos
problemas, como a destruio da camada de oznio, favorecendo o
aumento de doenas como o cncer e as doenas respiratrias. Devido ao
efeito estufa, temos o aumento do calor na Terra, provocando a
estiagem das chuvas, o que leva diminuio das guas dos rios. O calor
excessivo tem provocado o derretimento das geleiras, aumentando as
guas dos mares e oceanos, provocando catstrofes. As cidades esto to
cheias, lotadas, que as favelas vo aumentando. Nesses locais no h
condies dignas de moradia para as pessoas, sem saneamento bsico,
com esgotos abertos, sem gua tratada, causando vrias doenas.
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Espao Geogrfico Geografia Fsica Espao geogrfico qualquer regio
ou frao de espao do planeta. O espao geogrfico pode ser dividido
essencialmente em trs subespaos: Geosfera (ao qual pertence a
litosfera); Hidrosfera e Atmosfera. A combinao da litosfera com a
hidrosfera e a atmosfera constitui um subespao geogrfico denominado
biosfera. Este subespao recebe tal denominao por corresponder poro
do planeta que capaz de comportar vida. Para a geografia fsica o
espao geogrfico o espao concreto ou fsico inserido na interface
"litosfera- hidrosfera-atmosfera". o espao de todos os seres vivos,
no s o espao do homem. O espao geogrfico foi formado a 4,5 bilhes
de anos quando a Terra foi formada. De l para c houve mudanas
profundas na sua estrutura, composio qumica e na paisagem
geogrfica. Oceanos apareceram, oxignio ficou abundante, devido o
papel das algas e plantas superiores. Quando o homem surgiu na
Terra ele j estava formado. Com o tempo a humanidade comeou a
modifica-lo atravs da tecnologia. Hoje as paisagens geogrficas esto
bastante modificadas, mas a natureza continua determinando tudo ou
quase tudo. S o fato do homem precisar respirar um fator
determinante. Geosfera um termo que denota o corpo slido da Terra,
em contraste com a Hidrosfera. A Geosfera costituida pelo ncleo do
globo, pelo manto e pela Litosfera. O ncleo tem aproximadamente
3500km de espessura e constitudo essencialmente por ferro, sendo
portanto muito denso. constitudo por uma parte interior slida com
cerca de 1200km e por uma parte lquida. O manto terrestre
estende-se desde cerca de 30 km de profundidade (podendo ser
bastante menos nas zonas ocenicas) at aos 2 900 km abaixo da
superfcie (transio para o ncleo). A astenosfera a parte superior do
manto, econtra-se em estado lquido. Os movimentos de conveco e
divergncia do material plstico do origem aos movimentos das placas
tectnicas. A litosfera a camada superior, constituida pela crosta
ocenica e pela crosta continental. A crosta ocenica mais fina (3 a
10km) e densa que a crosta continental (35-50km).
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Hidrosfera a esfera de todas as guas do planeta, os quais
formam uma camada descontnua sobre a superfcie da Terra. Compreende
todos os rios, lagos,lagoas e mares e todas as guas subterrneas,
bem como as guas marinhas e salobras, guas glaciais e lenis de
gelo, vapor de gua, as quais correspondem a 71% de toda a superfcie
terrestre Incluem-se na hidrosfera todos os organismos vivos que
habitam na gua ou dependem dela e tambm todos os habitats aquticos.
A atmosfera terrestre consiste, da superfcie at o espao, da
troposfera, da estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A
nossa atmosfera tambm protege a vida na Terra impedindo que os
nocivos raios ultravioletas do Sol cheguem diretamente ao planeta.
A hidrosfera e a atmosfera juntas permitem a vida no planeta, tendo
sido tambm os agentes formadores dos mais importantes combustveis
fsseis: o petrleo e o carvo.
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Geografia Humana e Espao Geogrfico. Na corrente conhecida como
geografia tradicional, o conceito de espao no era uma categoria
central de pesquisa, pois os gegrafos trabalhavam principalmente
com os conceitos de superfcie terrestre, regio, paisagem e
territrio. J a partir da dcada de 1950, com a chegada da geografia
quantitativa, o conceito de espao tornou-se central nas pesquisas
em geografia humana. De fato, essa corrente do pensamento geogrfico
definia a geografia como a cincia que estuda a organizao espacial,
ou seja, a lgica que estabelece os padres de distribuio espacial
dos fenmenos e as relaes que conectam pontos diferentes do espao.
Nesse sentido, a geografia precisava entender a lgica do
comportamento dos agentes sociais para poder explicar a localizao
das atividades humanas e os fluxos de pessoas, mercadorias e
informaes que conectam os lugares. Mas, de meados dos anos 1970 em
diante, o conceito de espao foi totalmente redefinido pela
geografia crtica. Essa corrente afirma que, assim como a cultura, a
poltica e a economia so instncias da sociedade, o mesmo ocorre com
o espao, que, como produto social, reflete os processos e conflitos
sociais, ao mesmo tempo em que influi neles. Para a maior parte dos
gegrafos crticos, como Milton Santos, Ruy Moreira, David Harvey,
entre outros, o objeto de estudo da geografia o espao, concebido de
forma humanizada e politizada como uma instncia social. Segundo
essa ltima concepo, que a predominante na atualidade, a sociedade
se expressa inteira no espao geogrfico, num feixe de relaes
sociais, polticas e econmicas que as pessoas estabelecem entre si e
delas com o espao. As relaes entre as pessoas so construdas na
famlia, no trabalho, na escola, na universidade, no lazer, na
igreja, etc. As relaes de trabalho nos ltimos anos passam por uma
enorme transformao provocada pela rapidez do avano tecnolgico e sua
aplicao nos processos produtivos. As paisagens geogrficas mudam,
mas porque elas mudam? As paisagens mudam porque precisam
incorporar novos objetos que a cincia descobriu e novos elementos
que a tcnica cria por meio do trabalho do ser humano. partindo da
cincia e da tecnologia que objetos so fabricados pelos homens.
Alguns desses objetos so incorporados nossa rotina sem maiores
implicaes, como o telefone celular, por exemplo. Outros objetos
exigem implantao de novos arranjos espaciais que facilitem o seu
uso pelas pessoas, no dia a dia, sabe:derruba isso constri
aquilo...E assim a paisagem muda. Isso sem considerar os fenmenos
naturais: os terremotos,as inundaes, os deslizamentos de terra e
outros.
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Superfcie Terrestre. A rea total da Terra de aproximadamente
510 milhes de Km. Sua superfcie se apresenta bastante irregular,
possuindo terras emersas (terras situadas acima do nvel do mar) e
terras submersas, cobertas de gua. Entretanto, a maior parte da
Terra se encontra coberta de gua, ou seja. cerca de 71% de sua
superfcie constituda pelos oceanos, mares, lagos, rios etc. As
terras emersas correspondem apenas a 29% da superfcie terrestre e
so formadas por continentes e ilhas, onde vivem os homens. A
distribuio dos continentes e oceanos tambm no ocorre de forma
uniforme. Pode-se observar no mapa-mndi que h mais terras emersas
no hemisfrio Norte, enquanto no hemisfrio Sul h um predomnio de
gua. Na verdade, a gua predomina em ambos os hemisfrios, sendo que
no hemisfrio Sul a quantidade bastante superior em relao
porcentagem de terras emersas. Em razo disso, o hemisfrio Sul
chamado de Hemisfrio das guas,enquanto o hemisfrio Norte denominado
deHemisfrio das terras.
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Continentes Definio: grandes pores de terras emersas, limitadas
pelas guas dos mares e oceanos. A diferena entre um continente e
uma ilha est no tamanho, pois a ilha tambm uma poro de terra
cercada de gua por todos os lados, s que ela menor que o
continente. Observando o planisfrio (mapa-mndi), podemos verificar
que a Terra possui seis continentes. O mais extenso de todos a sia,
seguido pela Amrica, frica, Antrtida, Europa e Oceania. Contudo.
alguns autores consideram apenas cinco massas continentais, visto
que levando em considerao a definio de continente (grande poro de
terra emersa, limitada pelas guas dos mares e oceanos), a Europa e
a sia se encontram no mesmo bloco de terras emersas e, sendo assim,
ambas forma um s continente, o qual denominado - por estes autores
- de Eursia. De acordo com estes referidos autores, a Europa seria
uma pennsula da Eursia. Pennsula corresponde a uma ponta de terra
continental que avana sobre o mar. Os limites entre a Europa e a
sia so constitudos pelos Montes Urais (macio antigo), o rio Ural, o
mar Cspio e o mar Negro.
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Oceanos. Definio: vastas extenses de guas salgadas, profundas,
que cobrem grande parte da Terra. Oceano Atlntico: o mais
importante de todos por sua capacidade de navegao (mais intensa
tanto a nvel comercial quanto de passageiros) e de localizao
geogrfica, principalmente ao Norte, pois liga os pases mais ricos
do planeta (os EUA e Canad, na Amrica, com os pases da Europa);
Oceano Pacfico: o mais extenso dos oceanos e neste se localiza o
maior nmero de fossas submarinas e as mais profundas (Mindanau,
11.684 m; das Marianas, 11.033 m, etc). Constitui-se em uma zona de
grande instabilidade tectnica,sendo constantemente afetado por
terremotos, maremotos e vulcanismos. Oceano ndico: o que apresenta
as maiores temperaturas, uma vez que se localiza quase totalmente
na zona tropical; Oceano Glacial rtico: o menor de todos os
oceanos. Encontra-se congelado superfcie (banquisas) a maior parte
do ano, embora suas condies ambientais estejam alteradas sob os
efeitos do Aquecimento Global; Oceano Glacial Antrtico:
caracteriza-se por ser totalmente aberto, sendo formado pelas guas
dos oceanos (Atlntico, Pacfico e ndico). Por estar localizado na
Zona Polar Antrtica, suas guas tambm se apresentam congeladas
superfcie (as chamadas banquisas) Oceano Mar: o Mar uma poro de
gua, menos profunda. De acordo com a sua localizao geogrfica, os
mares podem ser classificados em trs tipos: Mar Aberto ou Costeiro:
quando se encontra localizado junto costa litornea, sob a
plataforma continental. Neste caso, o mar uma extenso natural do
oceano, s que sob a influncia do continente (aporte das guas
fluviais, esgotos, resduos slidos etc.). Exemplos: Mar do Caribe,
Mar Amarelo e Mar Arbico; Mar de Interior ou Continental ou
Mediterrneo: quando se localiza no interior do continente, mantendo
contato com outro corpo de gua (mares ou oceanos) atravs de um
canal (estreito). Exemplos: Mar Negro, mar Mediterrneo e Mar
Bltico; Mar Fechado ou Isolado: quando este se encontra localizado
no interior do continente e no mantm contato com outro corpo de gua
(mar ou oceano). Exemplos: Mar Morto, Mar de Aral e Mar Cspio.
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Territrio. A concepo mais comum de territrio (na cincia
geogrfica) a de uma diviso administrativa. Atravs de relaes de
poder, so criadas fronteiras entre pases, regies, estados,
municpios, bairros e at mesmo reas de influncia de um determinado
grupo. Para Friedrich Ratzel, o territrio representa uma poro do
espao terrestre identificada pela posse, sendo uma rea de domnio de
uma comunidade ou Estado. Nesse sentido, o conceito de territrio
abrange mais que o Estado-Nao. Qualquer espao definido e delimitado
por e a partir de relaes de poder se caracteriza como territrio.
Uma abordagem geopoltica, por exemplo, permite afirmar que um
consulado ou uma embaixada em diferentes pases, seja considerado
como parte de um territrio de outra nao. Portanto, o territrio no
se restringe somente s fronteiras entre diferentes pases, sendo
caracterizado pela ideia de posse, domnio e poder, correspondendo
ao espao geogrfico socializado, apropriado para os seus habitantes,
independentemente da extenso territorial
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Regio. Em nosso dia-a-dia, a palavra regio utilizada em vrias
circunstncias. Falamos em regio industrial, regio da laranja, regio
da seca, regio do Bico do Papagaio, regio de expanso das fronteiras
agrcolas, regio do IBGE, regio natural, regio mais pobre, mais
rica, e vrias outras delimitaes territoriais em que a palavra pode
ser livremente utilizada. Todas elas possuem uma caracterstica
comum independentemente do tamanho, so reas que se diferenciam do
seu entorno por uma ou mais particularidades. A organizao
socioeconmica de atual de uma regio resultante da forma como ela
foi-se estruturando ao longo da historia.Algumas mudaram de funo
econmica (substituio da pecuria pelo cultivo, da agricultura
voltada para o mercado interno pela de produtos de exportao);
outras, devido ao desmatamento, deixaram de ser uma regio natural;
ou ainda, foram criadas novas regies industriais, tursticas, etc.
Aps a Segunda Guerra Mundial, sobretudo com o avano da globalizao
da economia, muitas regies ampliaram o alcance de suas relaes:
deixaram de ter importncia apenas local e se tornaram centros
conectados com outras partes do mundo.
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Fronteira. A fronteira deve ser entendida como meio de
articulao dos Estados de manter os seus respectivos limites
sazonais. Dessa forma, entre limites como meio que separa as
unidades polticas soberanas, da mesma forma fatores fsicos,
geogrficos ou culturais. Essa abstrao de limites acaba interferindo
radicalmente na vida cotidiana das populaes que vivem em
determinados locais. A fronteira, portanto, deve ser entendida como
um processo de formao social e histrico, esses no caso so
simbolicamente produzidos, sendo na grande maioria abertos e no
acabados, portanto conduzidos a um processo de contnua transformao.
Dessa maneira, antes de tudo as fronteiras constituiriam em zonas
vivas, sejam naturais, como artificiais, a primeira pelo fato de se
identificar com os elementos fsicos, a segunda com as linhas
formais. Assim, a fronteira sempre passou pela identidade de condio
nacionalista, onde os pases procuraram desenvolver determinados
limites quanto aos seus respectivos sistemas polticos e econmicos.
Fronteira Brasil-Argentina: esquerda, Barraco(PR), direita,
Bernardo de Irigoyen, e nos prdios ao fundo, Dionsio Cerqueira(SC)
Portanto, o entendimento que chegamos de fronteiras, que estas no
passam de culturais, tnicas, religiosas, econmicas e sociais, que
so existncias histricas e no definidas, pelo fato de suas limitaes
ainda estarem abertas.
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Movimentos Populacionais MIGRAO Trata-se do deslocamento ou
movimento do indivduo ou de sociedades humanas de um lugar para
outro. Qualquer mobilidade espacial envolve duas reas, de um lado
se configura a sada (emigrao) e do outro, o movimento de entrada
(imigrao). O movimento migratrio pode ser provocado por diferentes
fatores, podendo estes serem de atrao ou de expulso. FATORES
POSSVEIS DE SADA (EXPULSO) - Guerras ou conflitos armados; -
Condies climticas rigorosas; - Perseguies polticas, religiosas ou
tnicas; - Desastres naturais (cheias, secas, incndios naturais,
terremotos, erupes vulcnicas etc.); - Desastres de origem antrpica
(acidente nuclear, contaminao ambiental de grandes propores e
comprometimento da qualidade de vida etc.); - Epidemias; -Estagnao
econmica. FATORES POSSVEIS DE ENTRADA (ATRAO) - Maior oferta de
emprego; - Tolerncia poltica, ideolgica, religiosa ou racial; -
Dinamismo econmico; - Melhores condies de vida; - Programa ou
Poltica governamental, estimulando a imigrao. Em consequncia da
Globalizao, hoje, as migraes se caracterizam mais pelo fator
econmico, incluindo a, todos os aspectos relacionados a este, tais
como oferta de emprego, melhores condies de vida, salrios
atrativos, ofertas de cursos para aprimoramento e/ou aperfeioamento
profissional etc. Em razo disso, at hoje se mantiveram e
ampliaram-se os fluxos de pessoas dos pases subdesenvolvidos
(pobres) para os pases desenvolvidos (ricos).
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Em relao s REAS de deslocamento, as migraes podem ser: INTERNAS
OU NACIONAIS: quando o deslocamento do indivduo realizado entre
cidades, estados ou regies no mbito de seu prprio pas. Estas se
subdividem em : Migrao inter-regional: quando se realiza de uma
regio para outra. Exemplo: Migrao de nordestinos para a regio
Sudeste; Migrao intra-regional: quando se realiza dentro da mesma
regio.Exemplo: Migrao da da rea rural para os centros urbanos, em
busca de melhores condies de vida. EXTERNAS OU INTERNACIONAIS:
Quando o deslocamento do indivduo realizado entre pases. Exemplo:
Migrao de brasileiros para os EUA, Itlia ou Espanha. As migraes
podem ocorrer sob as seguintes CIRCUNSTNCIAS: MIGRAO ESPONTNEA:
quando ela se d por livre escolha do prprio migrante; MIGRAO
FORADA: quando o indivduo obrigado, forado a migrar, de acordo com
o interesse de terceiros. Exemplo: o negro africano por ocasio do
trfico de escravos. MIGRAO PLANEJADA: quando ela se d de forma a
cumprir um determinado objetivo. MIGRAO CONTROLADA: quando sua
iniciativa faz parte da poltica ou do programa de governo, cabendo
a este regular o fluxo de pessoas tanto para fora (emigrantes)
quanto para dentro de suas fronteiras (imigrantes). Amigrao
controlada se subdivide em: - Restringida: quando o governo impe
restries, dificultando a imigrao.Exemplo: a poltica atual de
imigrao dos EUA e de muitos pases europeus. - Estimulada: quando o
governo possibilita o fluxo de migrantes tanto interno quanto
externamente (entrada de estrangeiros). Exemplo: Poltica brasileira
de imigrao para as fazendas de caf em nosso territrio.
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Quanto ao TEMPO DE PERMANNCIA do migrante, a Migrao pode ser:
DEFINITIVA: quando a opo de no voltar do prprio sujeito ou, por
algum motivo, este no mais retorne ao seu lugar de origem.
TEMPORRIA: quando h inteno de retorno, isto , a migrao se d por um
tempo determinado. Exemplos: Turistas em frias; indivduos que vo
estudar em outro pas por um perodo de tempo etc. As migraes
temporrias se subdividem em: Pendular: corresponde ao deslocamento
dirio, ou seja, aquele que realizado em um perodo de tempo curto.
Exemplo: Estudantes que estudam, todos os dias, em outro municpio
ou indivduos que trabalham, diariamente, em outra cidade,
regressando para casa ao final da tarde ou da noite. Por muitos
anos, a dinmica econmica entre as cidades se manteve na relao entre
as chamadas reas perifricas (local de moradia da maior parte dos
trabalhadores) e as ditas reas centrais ou metropolitneas (local do
trabalho). A capacidade de atrao destas ltimas acabavam
determinando um movimento a grandes distncias, dirios, entre a casa
e o trabalho. E, em consequncia disso, as cidades de moradia dos
trabalhadores passaram a ser concebidas comocidades-dormitrios.
Embora, muitas cidades ainda permaneam com esta caracterstica,
outras que anteriormente se configuravam como cidades-dormitrios -
apresentaram um crescimento econmico, com relativo acrscimo de
postos de trabalhos (formais e/ou informais) e, consequentemente,
um aumento no percentual de pessoas trabalhando no prprio municpio
de sua residncia. Transumncia: corresponde migrao peridica
(sazonal), que compreende um perodo de tempo maior, relacionada s
estaes do ano. Exemplo: O migrante sai de um determinado espao por
ocasio de uma estao do ano, como o inverno por exemplo e
posteriormente retorna, quando do incio da primavera, quando a
temperatura j est mais elevada. Outro exemplo, por questes da poca
da colheita, muitos trabalhadores rurais migram para as reas de
produo e s retornam aps finalizarem os trabalhos (cana de
acar).
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Demografia Brasileira. Crescimento, fecundidade e outros dados
demogrficos No ltimo sculo a populao brasileira multiplicou por
dez: em 1900 residiam no Brasil cerca de 17 milhes de pessoas, no
ano 2000 quase 170 milhes. Desde o primeiro recenseamento (1872)
ocorreram vrias mudanas no padro da evoluo demogrfica brasileira.
At o incio da dcada de 1930 o crescimento da populao do Brasil
contou com forte contribuio da imigrao. A partir de 1934, com a
adoo da "Lei de Cotas" que estabelecia limites entrada de
imigrantes, o aumento da populao dependeu, principalmente, do
crescimento vegetativo (cv), isto , a diferena entre as taxas de
natalidade e a de mortalidade expressa em % (por cem) ou %0 ( por
mil) habitantes. No entanto, foi depois da Segunda Guerra Mundial
(1939-45) que o crescimento tornou-se acelerado, devido diminuio
das taxas de mortalidade. Isso explicado por fatores como a expanso
da rede de esgoto, acesso gua encanada, campanhas de vacinao em
massa, acesso a medicamentos bsicos, etc. Entre 1940 a 1960 foi
registrada a maior evoluo das taxas de crescimento populacional,
atingindo em 1960 a taxa de 2,9% a.a. (ao ano - ou 29%0 a.a.). Este
perodo marcou a primeira fase de transio demogrfica brasileira. A
partir da dcada de 1960, comeou a ocorrer uma desacelerao
demogrfica contnua: a diminuio das taxas de natalidade passou a ser
maior que a das taxas de mortalidade, registrando em 2000 um
crescimento demogrfico de 1,6% a.a., com tendncia queda. Essa
mudana no padro do crescimento populacional brasileiro mostra uma
situao tpica dasegunda fase de transio demogrfica. Mudanas das
taxas de fecundidade A razo fundamental da queda das taxas de
crescimento populacional no Brasil foi a diminuio da taxa de
fecundidade (mdia de nmero de filhos por mulher em idade de
procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3 filhos, em 1960,
para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famlias
brasileiras esto diminuindo. Apesar do crescimento cada vez mais
lento, a populao brasileira dever chegar a 183 milhes de habitantes
no final de 2009. O nmero de brasileiros mais que dobrou em 35
anos, uma vez que em 1970 havia 90 milhes de pessoas no pas. Apenas
nos ltimos cinco anos - 2000 e 2005 - cerca 15 milhes de habitantes
foram acrescentados ao pas.
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Urbanizao e queda das taxas de crescimento O intenso processo
de urbanizao, verificado no Brasil principalmente a partir da dcada
de 1960, foi o principal responsvel pela reduo das taxas de
fecundidade e a conseqente queda das taxas de crescimento
demogrfico. na cidade que as informaes e o acesso aos mtodos de
contra- concepo so maiores e foi justamente a partir deste perodo
que a plula anticoncepcional passou a ser difundida na sociedade
brasileira. As mulheres engrossaram o mercado de trabalho urbano e
as famlias passaram a dispor de menos tempo para se dedicar aos
filhos. Alm disso, na cidade as despesas com a criao e formao da
criana so maiores que no meio rural, constituindo um fator inibidor
para a formao de famlias numerosas. No caso das mulheres mais
pobres, diante da dificuldade de terem acesso a mtodos de
contra-concepo, a esterilizao foi a principal opo adotada.
Registraram-se no Brasil casos em que a esterilizao das mulheres em
hospitais pblicos foi realizada inclusive sem o consentimento da
paciente, logo aps o trabalho de parto. As alternativas de
contra-concepo mais utilizadas pelas mulheres brasileiras so,
respectivamente: a ligadura de trompas (esterilizao), a plula e a
camisinha. Nos pases desenvolvidos a ligadura de trompas o mtodo
menos utilizado, sendo mais comum a vasectomia, que o processo de
esterilizao masculina, que pode ser reversvel. Crescimento
populacional e estrutura etria A distribuio da populao por faixas
de idade em um pas conseqncia das taxas de crescimento
populacional, da expectativa de vida e das migraes. A populao
geralmente agrupada em trs faixas etrias: jovens (0-14 anos);
adultos (15-64 anos); e idosos (acima de 65 anos). Nos pases
desenvolvidos, a estrutura etria caracterizada pela presena
marcante da populao adulta e de uma porcentagem expressiva de
idosos, conseqncia do baixo crescimento vegetativo e da elevada
expectativa de vida. Essa situao tem levado a reformas sociais,
particularmente, no sistema previdencirio em diversos pases do
mundo, j que oenvelhecimento da populao obriga o Estado a destinar
boa parte de seus recursos econmicos para a aposentadoria. Nos
pases subdesenvolvidos os jovens superam os adultos e os idosos,
conseqncia do alto crescimento vegetativo e da baixa expectativa de
vida. Essa situao coloca os pases subdesenvolvidos numa situao de
desvantagem, particularmente os pobres que possuem famlias mais
numerosas: sustentar um nmero maior de filhos limita as
possibilidades do Estado e da famlia em oferecer uma formao de boa
qualidade, coloca a criana no mercado de trabalho e reproduz o
crculo vicioso da pobreza e da misria ao dificultar a possibilidade
de ascenso social futura. No caso do Brasil, e de outros pases
classificados como "emergentes", a proporo de jovens tem diminudo a
cada ano, ao passo que o ndice da populao idosa vem aumentando.
Essa uma das razes das mudanas recentes no sistema de previdncia
social, com estabelecimento de idade mnima para a aposentadoria e
teto mximo para pagamento ao aposentado.
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Slide 22
Pirmides etrias As pirmides etrias so representaes grficas
(histograma) da populao classificada por sexo e idade. No eixo
vertical (y) esto indicadas as diversas faixas etrias, enquanto que
no eixo horizontal (x) est indicada a quantidade de populao: as
barras da esquerda representam a populao masculina e as barras da
direita representam a populao feminina. Observe duas pirmides
etrias correspondentes a dois pases que apresentam um perfil
scio-econmico bastante diferente. A forma da pirmide est associada
ao nvel de desenvolvimento do pas. As pirmides com forma irregular,
topo largo e base estreita, correspondem aos pases com predomnio de
populao adulta e populao envelhecida, caso dos pases desenvolvidos
que atingiram ou esto prximos de atingir a fase de estabilizao
demogrfica. As pirmides de base larga e forma triangular
representam pases com populao predominante jovem e baixa
expectativa de vida, caso dos pases subdesenvolvidos, em fase de
crescimento acelerado, ainda na primeira fase da transio
demogrfica. No Brasil, a pirmide etria tem se modificado a cada
dcada. Sua forma revela uma situao intermediria entre as duas
primeiras pirmides apresentadas, de acordo com as alteraes recentes
ocorridas do padro demogrfico brasileiro. Observe estas mudanas
atravs da sobreposio das pirmides de 1980 a 2000. Observao: No
existe um critrio nico para a distribuio da populao por faixa
etria; o mais adotado (inclusive pelo IBGE, atualmente) divide a
populao em jovens (0-14 anos), adultos (15-65 anos) e idosos (acima
de 65 anos). Essa distribuio tem como critrio a populao ligada ao
mercado de trabalho (pessoas de 15 a 65 anos, aproximadamente),
empregada ou no, e as pessoas consideradas fora desse mercado (com
menos de 15 anos ou mais de 65 anos, aproximadamente). Deve-se
observar que, a diviso da populao, em trs grandes grupos etrios: de
0 a 14 anos, 15 a 64 e 65 anos e mais, no restritivo. A utilizao da
diviso dos tradicionais grupos etrios base para o clculo da razo de
dependncia em relao populao potencialmente ativa. A razo de
dependncia a relao entre a populao dependente (menores de 15 anos +
acima de 65 anos) e a populao em idade ativa (de 15 a 64 anos),
multiplicado por cem. Com relao a faixa etria dos idosos, o critrio
de 65 anos e mais utilizado para a conceituao do ndice de
envelhecimento que indicado pelo "nmero de pessoas de 65 anos e
mais de idade para cada 100 pessoas menores de 15 anos de idade, na
populao residente em determinado espao geogrfico, no ano
considerado."
Slide 23
Populao brasileira e sua estrutura Com a queda das taxas de
natalidade e de mortalidade, acompanhada do aumento da expectativa
de vida da populao brasileira, a pirmide de idade vem apresentando
uma significativa reduo de volume na base, e um aumento da
participao percentual das pessoas adultas. A reduo da participao
dos jovens no conjunto total da populao, porm, foi acompanhada pelo
esfacelamento dos sistemas pblicos de educao e sade e de um brutal
agravamento do processo de concentrao de renda. Num futuro prximo,
grande parcela desses jovens se transformar em mo-de-obra
desqualificada e mal remunerada. Quanto a distribuio da populao
brasileira por sexo, o pas se insere na dinmica global: nascem
cerca de 106 homens para cada 100 mulheres, mas a taxa de
mortalidade masculina maior e a expectativa de vida, menor. Uma
parcela significativa da PEA trabalha no setor primrio da economia,
o que retrata o atraso da agricultura. Um percentual de 20% da PEA
no setor secundrio indica que o pas possui um grande parque
industrial. J o setor tercirio, no Brasil, 55,5% da PEA dedica-se
ao setor, mas bvio que grande parte desses trabalhadores no est
efetivamente prestando servio aos demais habitantes. Quanto a
distribuio de renda, o Brasil apresenta uma das maiores concentrao
do planeta. A PEA e a distribuio da renda no Brasil A participao
dos pobres na renda nacional diminuiu e a dos ricos aumentou at
1990. Essa dinmica perversa foi estruturada principalmente no
processo inflacionrio de preos. E num sistema tributrio pelo qual a
carga de impostos indiretos que no distinguem faixas de renda,
chega a 50% da arrecadao. Os impostos diretos que possuem alquotas
progressivas, diferenciadas segundo a renda, ou so includos no preo
das mercadorias e tornam-se indiretos para os consumidores ou so
simplesmente sonegado. No que diz respeito a composio da PEA por
sexo, h uma grande desproporo: em 1996, apenas 40% dos
trabalhadores eram do sexo feminino, enquanto a situao que se
verifica nos pases desenvolvidos uma participao igualitria, de 50%.
A insero da mulher no mercado de trabalho, no Brasil, est ligada
fundamentalmente a perda de poder aquisitivo dos salrios e a
conseqente necessidade de ela trabalhar para complementar a renda
familiar. Tal situao permite que parte dos empresrios prefira, em
diversas atividades, a mo-de-obra feminina, que por necessidade de
trabalho se sujeita a salrios menores que os pagos a homens, mesmo
exercendo funo idntica na mesma empresa.
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Os movimentos internos Os movimentos migratrios esto ligados a
fatores econmicos, desde o tempo da colonizao. Quando terminou o
ciclo da cana-de-acar no Nordeste e teve inicio o ciclo de ouro, em
Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas e um intenso
processo de urbanizao no novo centro econmico do pas. Graas ao
ciclo do caf e, posteriormente, com o processo de industrializao, a
regio Sudeste pde se tornar efetivamente o grande plo de atrao de
migrantes. Qualquer regio do pas que receba investimentos
produtivos, pblicos ou privados, que aumentem a oferta de emprego,
receber tambm pessoas dispostas a preencher os novos postos de
trabalho. Atualmente, So Paulo e Rio de Janeiro so as capitais que
menos crescem no Brasil. Em primeiro lugar, aparecem algumas
capitais de estado da regio Norte, localizadas em reas de grande
expanso das atuais fronteiras agrcolas do pas. Em seguida, vem a
capital nordestina e, finalmente, as do Sul do Brasil. xodo rural e
migrao pendular De meados da dcada de 50 at o final dos anos 70, o
Brasil sofreu um intenso xodo rural, ou seja, a sada de pessoas do
campo em direo as cidades. Como essas cidades no receberam
investimentos pblicos em obras de infra-estrutura urbana passaram a
crescer em direo a periferia, onde eram construdos enormes favelas
e loteamento clandestinos, sobretudo ao redor dos bairros
industriais. Esse processo levou ao surgimento das metrpoles, onde
ocorreu uma migrao diria entre os municpios, fenmenos conhecidos
como migrao pendular. Para a populao que realiza esse movimento
dirio, a reestruturao dos transportes coletivos metropolitanos
urgente. Transumncia A transumncia um movimento populacional
sazonal, ou seja, que ocorre em certos perodos do ano e que sempre
se repete. Por exemplo, em maro, quando para de chover no serto, os
pequenos e mdios proprietrios so obrigados a migrar para o Agreste
ou para a Zona da Mata, em busca de uma ocupao que lhes permita
sobreviver at dezembro, quando volta a chover no serto e eles
retornam as suas propriedades. Tambm comum a transumncia praticada
pelos bias-frias volantes, que no possuem residncia fixa. O
trabalho volante temporrio, s ocorre durante o perodo do plantio da
colheita. Tal situao obriga os trabalhadores a migrar de cidade em
cidade atrs de servio. Migrao urbana-urbana Atualmente, nos estados
de So Paulo e do Rio de Janeiro, significativa a sada de populao
das metrpoles em direo as cidades mdias do interior. As metrpoles
esto completamente inchadas, com precariedades no atendimento de
praticamente todos os servios pblicos. J as cidades do interior
desses estados, alm de estar passando por um perodo de crescimento
de crescimento econmico, ofereceram melhor qualidade de vida a
populao.
Slide 25
Fluxos Migratrios Brasileiros BREVE HISTRICO DAS MIGRAES
INTERNAS NO BRASIL XVI e XVI l-Sada de nordestinos da Zona da Mata
rumo ao Serto atrados pela expanso da pecuria. XVIII-Sada de
nordestinos e paulistas rumo regio mineradora (Minas Gerais).
XIX-Sada de mineiros rumo ao interior paulista atrados pela expanso
do caf. XIX-Sada de nordestinos rumo Amaznia para trabalhar na
extrao da borracha. XX-Dcada de 1950 - Sada de nordestinos rumo ao
Centro-Oeste (Gois) para trabalhar na construo de Braslia, Esse
perodo ficou conhecido como a "Marcha para o Oeste", e os migrantes
foram chamados de "candangos". Dcadas de 1950 e 1960 - Sada de
nordestinos (principalmente) rumo ao Sudeste, motivada pela
industrializao. As cidades de So Paulo e do Rio de Janeiro
receberam o maior fluxo de imigrantes. Dcadas de 1960 e 1970 -
Salda de nordestinos que continuaram migrando para o Sudeste, o
Centro-Oeste (Mato Grosso) e o Sul (Paran). A partir de 1967, com a
criao da Zona Franca de Manaus, ocorreu intensa migrao de
nordestinos rumo Amaznia (principalmente Manaus). Em grande parte
foi uma migrao orientada pelo Governo Federal. Dcadas de 1970 a
1990 - Migraes de sulistas rumo ao Centro-Oeste (agropecuria) e de
nordestinos rumo Amaznia (agropecuria e garimpes). Em consequncia,
o Nordeste e o Centro-Oeste foram, respectivamente as regies que
apresentaram o maior crescimento populacional do Brasil, nas ltimas
dcadas. Os movimentos internos da populao brasileira Os nmeros
anteriores so impressionantes: ramos 146,8 milhes de habitantes e
53,3 milhes de migrantes em 1991, isto , quase 40% do total da
populao. Essa grande migrao interna ou grande mobilidade espacial
populacional um dos traos marcantes da populao brasileira. As
migraes internas no Brasil caracterizam-se por dois tipos
principais; a intra-regional e a inter-regional.
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Slide 27
A migrao intra-regional Significa a migrao de pessoas dentro de
uma mesma regio. Destacamos dois exemplos reiterados plos
resultados preliminares do Censo 2000: - A sada de pessoas das
pequenas cidades nordestinas rumo s suas respectivas capitais, onde
a possibilidade de novas oportunidades maior do que em suas cidades
de origem. - A sada de pessoas das metrpoles nacionais localizadas
no Sudeste, isto , So Paulo e Rio de Janeiro, rumo s cidades mdias
do prprio Sudeste, em busca de melhor qualidade de vida (menos
violncia, reas de lazer, menor custo de vida, menor trnsito, ar
mais puro, etc.). Novos plos de desenvolvimento, como Ribeiro
Preto, Campinas, So Jos dos Campos, So Carlos, So Jos do Rio Preto,
Uberlndia, Juiz de Fora, Belo Horizonte, tm atrado esses migrantes.
Em outras regies brasileiras tambm ocorre crescimento migratrio em
direo aos novos plos de desenvolvimento, como Londrina e Curitiba
(Paran), Fortaleza (Cear), Recife (Pernambuco) e Salvador (Bahia).
Um tipo muito comum de migrao intra-regional a transumncia, ou
seja, o deslocamento peridico ou temporrio da populao motivado por
mudanas climticas (sazonal) ou econmicas. As pessoas retornam ao
local de origem quando as condies que motivaram sua sada temporria
so resolvidas. Um exemplo desse tipo de migrao ocorre entre os
trabalhadores sem qualificao profissional que residem entre o
Agreste e o Serto nordestino (os corumbs) e se deslocam para a Zona
da Mata (faixa litornea) para realizar o corte da cana. Aps a
safra, geralmente depois de alguns meses, retomam aos seus locais
de origem. A migrao inter-regional A migrao de pessoas entre as
regies brasileiras foi e continua sendo a mais tpica e a
quantitativamente mais expressiva dentre as transferncias
populacionais no interior do nosso pas. Durante meio sculo de
histria, a regio Nordeste que nunca recuperou a importncia econmica
aps o declnio da economia aucareira (nos sculos XVI e XVII),
caracterizou-se como regio de expulso populacional. Primeiro, para
a regio Sudeste; depois, para as novas "fronteiras agrcolas" das
regies Norte e Centro-Oeste. A regio Sudeste, ao contrrio, viveu
dois momentos fundamentais para a economia brasileira - a economia
cafeeira e a industrializao - alm da descoberta do ouro, em tempos
coloniais. Por esses fatores e por ter abrigado a capital federal
(a cidade do Rio de Janeiro) at o incio da dcada de 1960, o Sudeste
tornou-se o "corao econmico do pas" e, em consequncia, a maior
regio de atrao populacional do Brasil, principalmente at a dcada de
1980.
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Porque sair do campo e ir para as cidades A sada da populao das
zonas rurais para as zonas urbanas - xodo rural - o principal
movimento populacional interno brasileiro. As pssimas condies dos
moradores das reas rurais, como a alimentao insuficiente,
super-explorao da mo-de-obra, poucas oportunidades de trabalho para
os jovens, secas prolongadas, baixos salrios, mecanizao de algumas
lavouras e, principalmente, a industrializao que se acentuou aps a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945) constituem as principais causas
do intenso xodo rural brasileiro. A vez do Norte e do Centro-Oeste
A partir da dcada de 1960 ocorreram grandes fluxos migratrios rumo
s regies Norte e Centro Oeste, que se refletiram nos expressivos
crescimentos populacionais. Esses significativos crescimentos
demogrficos tiveram nas migraes sua causa mais importante. Os
principais contextos histricos que envolveram essas migraes para as
duas regies anteriormente destacadas foram: a partir da dcada de
1970, as migraes internas para o Norte e o Centro-Oeste foram
provocadas pelo Governo Federal. Era o perodo militar (1964-1984),
quando a nfase nas grandes obras ocultava a represso poltica
interna. Entre essas grandes obras estavam as construes das
rodovias Transamaznica (regio Norte) e Cuiab-Santarm (regies
Centro-Oeste e Norte, respectivamente) e um projeto de colonizao
que fixaria os novos migrantes em uma faixa de 10 km ao longo
dessas rodovias. Era inclusive uma maneira de desviar o fluxo
migratrio do Sudeste, que j apresentava sinais de saturao.
Posteriormente, projetos agropecurios, de minerao, tanto do governo
brasileiro quanto estrangeiros, e a possibilidade de enriquecimento
atravs de garimpes, atraram milhares de nordestinos e sulistas,
respectivamente, para essas regies. Esses intensos fluxos
migratrios para essas reas, que ficaram conhecidas como novas
fronteiras agrcolas, foram os responsveis por torn-las as de maior
crescimento populacional no Brasil. As migraes internas no sculo
XXI Mais recentemente, a partir das dcadas de 1980 e 1990, novas
tendncias passaram a contradizer o que antes parecia imutvel, isto
: - diminuio da migrao interna rumo ao Sudeste, como reflexo do
aumento das migraes intra-regionais; - diminuio da migrao interna
rumo s duas metrpoles nacionais: So Paulo e Rio de Janeiro.
Verifica-se essa tendncia a partir de uma comparao com outras
capitais. As cidades que apresentaram maior crescimento foram as
que receberam, entre outros fatores, maior fluxo migratrio, como
Boa Vista, Curitiba, Porto Velho e outras. A volta de nordestinos
aos seus estados de origem tambm foi significativa, e
principalmente a busca das capitais da regio, como Fortaleza,
Salvador e Recife, comea a mudar o seu perfil de rea de expulso
populacional, embora paradoxalmente isso no signifique diminuio da
pobreza de sua populao.
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Rede urbana Sistema de hierarquizao urbana, no qual vrias
cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espao. Em cada
nvel, as maiores polarizam as menores. O IBGE classifica a rede
urbana brasileira de acordo com o tamanho e importncia das cidades.
As categorias de cidades so:[9][10] Metrpoles globais: suas reas de
influncia ultrapassam as fronteiras de seus estados, regio ou mesmo
do pas. So metrpoles globais So Paulo e Rio de Janeiro Metrpoles
nacionais: encontram-se no primeiro nvel da gesto territorial,
constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do
pas. So metrpoles nacionais Braslia, Rio de Janeiro e So Paulo
Metrpoles regionais: constituem o segundo nvel da gesto
territorial, e exercem influncia na macrorregio onde se encontram.
So metrpoles regionais Belm, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza,
Goinia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador Capitais regionais:
constituem o terceiro nvel da gesto territorial, e exercem
influncia no estado e em estados prximos. Dividem-se em trs nveis:
Capitais regionais A: Aracaju, Campinas, Campo Grande, Cuiab,
Florianpolis, Joo Pessoa, Macei, Natal, So Lus, Teresina e Vitria
Capitais regionais B: Blumenau, Campina Grande, Cascavel, Caxias do
Sul, Chapec, Feira de Santana, Ilhus/Itabuna, Joinville, Juiz de
Fora, Londrina, Maring, Ribeiro Preto, So Jos do Rio Preto,
Uberlndia, Montes Claros, Palmas, Passo Fundo, Poos de Caldas,
Porto Velho, Santa Maria e Vitria da Conquista Capitais regionais
C: Araatuba, Araguana, Arapiraca, Araraquara, Barreiras, Bauru, Boa
Vista, Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes, Caruaru,
Cricima, Divinpolis, Dourados, Governador Valadares, Iju,
Imperatriz, Ipatinga/Coronel Fabriciano/Timteo, Juazeiro do
Norte/Crato/Barbalha, Macap, Marab, Marlia, Mossor, Novo
Hamburgo/So Leopoldo, Pelotas/Rio Grande, Petrolina/Juazeiro,
Piracicaba, Ponta Grossa, Pouso Alegre, Presidente Prudente, Rio
Branco, Santarm, Santos, So Jos dos Campos, Sobral, Sorocaba,
Tefilo Otoni, Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa
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Bioma, domnio morfoclimtico e ecossistema Apesar de haver
semelhanas entre esses termos eles no so sinnimos. interessante
destacarmos o conceito de cada um, dependendo da ocasio eles podem
ser abordados com enfoque diferentes. Vale lembrar que dependendo
do autor e da anlise em foco os conceitos podem sofrer sutis
alteraes. Aqui adaptaremos um conceito conforme nossas fontes
consultadas. Biomas.Uma rea de grandes dimenses com caractersticas
em comum de clima, vegetao, fauna, hidrografia e solo. Visualmente
apresenta uma paisagem vegetal de aspecto semelhante, apesar da
diversidade de vegetao que os compem. Domnio morfoclimtico. um
conjunto espacial de certa ordem de grandeza onde existe uma
coerncia no aspecto do relevo, nos tipos de solo, na vegetao, no
clima e na hidrografia. Ecossistema. um complexo onde ocorre a
interao entre seres vivos e os elementos no vivos (biticos e
abiticos) havendo transferncia de energia e de matria entre eles.
Um sistema natural comandado por fluxos de energia. Notas bsicas.
Um domnio pode conter mais de um bioma e mais de um ecossistema.
Por exemplo, no domnio do cerrado o bioma predominante o cerrado,
mas tambm ocorre matas galeria e formaes campestres. No domnio dos
mares de morros predomina a Mata Atlntica, mas ocorre bosques de
araucrias e ecossistemas costeiros. De modo geral, bioma e
ecossistema so termos mais usados em biologia e domnio
morfoclimtico e paisagem natural so mais usados em geografia.
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Ecossistemas Brasileiros.
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Biomas Brasileiros
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Relevo Brasileiro Classificaes de relevo Uma das classificaes
mais atuais do ano de 1995, de autoria do gegrafo e pesquisador
Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de
So Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil,
um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil
tirou diversas fotos da superfcie do territrio brasileiro, atravs
de um sofisticado radar acoplado em um avio. Jurandyr Ross
estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em
planaltos, plancies e depresses. Caractersticas do relevo
brasileiro O relevo do Brasil tem formao muito antiga e resulta
principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vrios
ciclos climticos. A eroso, por exemplo, foi provocada pela mudana
constante de climas mido, quente, semi-rido e rido. Outros fenmenos
da natureza (ventos e chuvas) tambm contriburam no processo de
eroso. O relevo brasileiro apresenta-se em : Planaltos superfcies
com elevao e aplainadas, marcadas por escarpas onde o processo de
desgaste superior ao de acmulo de sedimentos. Plancies superfcies
relativamente planas, onde o processo de deposio de sedimentos
superior ao de desgaste. Depresso Absoluta - regio que fica abaixo
do nvel do mar. Depresso Relativa fica acima do nvel do mar. A
perifrica paulista, por exemplo, uma depresso relativa. Montanhas
elevaes naturais do relevo, podendo ter vrias origens, como falhas
ou dobras. O territrio brasileiro pode ser dividido em grandes
unidades e classificado a partir de diversos critrios. Uma das
primeiras classificaes do relevo brasileiro, identificou oito
unidades e foi elaborada na dcada de 1940 pelo gegrafo Aroldo de
Azevedo. No ano de 1958, essa classificao tradicional foi
substituda pela tipologia do gegrafo Aziz AbSber, que acrescentou
duas novas unidades de relevo.
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Vegetao Brasileira Floresta Amaznica Ocupa cerca de 40% do
territrio brasileiro em uma rea que abrange a totalidade da Regio
Norte, o norte de Mato Grosso e o oeste do Maranho , estendendo-se
ainda pelos pases vizinhos (Suriname, Guiana, Venezuela, Colmbia,
Equador, Peru e Bolvia), alm da Guiana Francesa. uma floresta
latifoliada (do latim, lati, que significa "largo"), ou seja, com
predominncia de espcies vegetais de folhas largas. Com
caractersticas prprias de clima equatorial, tipicamente quente e
supermido, tambm conhecida como hilia. Apresenta grande
heterogeneidade de espcies animais e vegetais e caracteriza-se por
trs diferentes matas: de igap, vrzea e terra firme. A mata de igap
corresponde parte da floresta onde o solo se encontra inundado.
Ocorre principalmente no baixo Amazonas e rene espcies como liana,
cip, epfita, parasita e vitria-rgia. A mata de vrzea prpria das
regies que so periodicamente inundadas, denominadas terraos
fluviais. Intermedirias entre os igaps e a terra firme, as espcies
da mata de vrzea tm formaes variadas, como seringueira, palmeira,
jatob e maaranduba. A altura dessas espcies aumenta medida que se
distanciam dos rios. As matas de terra firme correspondem parte
mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundao, as rvores
podem chegar a 65 m de altura. O entrelaamento de suas copas, em
algumas regies, impede quase totalmente a passagem de luz, o que
torna seu interior muito mido, escuro e pouco ventilado. Em terra
firme encontram-se espcies como o castanheiro, o caucho e o guaran.
Os principais produtos extrados da floresta so o guaran, o ltex e a
castanha-do-par. Embora sua explorao econmica possa ocorrer de
forma a no interferir no equilbrio ecolgico e a garantir a
sobrevivncia de comunidades da floresta, ela continua acontecendo
de maneira predatria na maioria dos casos. Os impactos ambientais
de maior escala em toda a Amaznia tm sido provocados pela extrao
ilegal de madeira e pela destruio de extensas reas, por meio de
desmatamentos e queimadas, para a prtica da agricultura e da
pecuria. A floresta j perdeu uma rea de 512.400 km, cerca de 12,8%
de seu total de origem.
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Mata Atlntica uma floresta de clima tropical quente e mido.
Predomina na costa brasileira, onde planaltos e serras impedem a
passagem da massa de ar, provocando chuva. Entre as florestas
tropicais, a que apresenta a maior biodiversidade por hectare do
mundo, com espcies como ip, quaresmeira, cedro, palmiteiro, canela
e imbaba. a mais devastada das florestas brasileiras. No passado
estendia-se do litoral do Rio Grande do Norte ao de Santa Catarina.
No perodo colonial foi intensamente destruda para dar lugar cultura
canavieira no Nordeste e, posteriormente, no Sudeste, cultura
cafeeira. Os 7% restantes da mata original, que ocupava 1.290.692,4
km, encontram-se nas regies Sul e Sudeste, preservados graas
presena da serra do Mar, obstculo ao humana. Atualmente, mesmo essa
rea se encontra em situao de risco, especialmente para espcies como
jacarand, cedro e palmito. Contribuem ainda com a devastao o
turismo predatrio e o elevado ndice de poluio da costa
brasileira.
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Caatinga Ocupa a regio do serto nordestino, de clima semi-rido,
o que corresponde, aproximadamente, dcima parte do territrio
brasileiro. composta de plantas xerfilas, prprias de clima seco,
adaptadas pouca quantidade de gua: os espinhos das cactceas, por
exemplo, tm a funo de diminuir sua transpirao. O solo da caatinga
frtil quando irrigado. Essas plantas podem produzir cera, fibra,
leo vegetal e, principalmente, frutas. Por causa do baixo ndice
pluviomtrico da regio sertaneja, as plantas dependem de irrigao
artificial, possibilitada pela construo de canais e audes.
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Pantanal mato- grossense a maior plancie inundvel do mundo.
Ocupa uma rea de 150.000 km, englobando do sudoeste de Mato Grosso
ao oeste de Mato Grosso do Sul at o Paraguai. Nessa formao podem
ser identificadas trs diferentes reas: as alagadas, as
periodicamente alagadas e as que no sofrem inundaes. Nas reas
alagadas, a vegetao de gramneas desenvolve-se no inverno e usada
para o gado bovino. Nas de eventuais alagamentos encontram-se, alm
de vegetao rasteira, arbustos e palmeiras como o buriti e o carand.
E nas que no sofrem inundaes predominam os cerrados e, em pontos
mais midos, espcies arbreas da floresta tropical. Em razo da
regularidade e da alternncia de perodos de cheia e de seca, existe
grande variedade de espcies animais e vegetais. A princpio, a criao
de gado no causou danos ambientais, mas, recentemente, com o
investimento de grandes capitais e a excessiva proliferao do gado,
o equilbrio vem sendo ameaado. H tambm contaminao por causa de
agrotxicos utilizados na agricultura, nos garimpos irregulares, na
caa e na pesca predatrias. Tudo isso prejudica a qualidade da gua,
elemento-base de todo o ecossistema pantaneiro.
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Cerrado Formao tpica de rea tropical com duas estaes marcadas,
um inverno seco e um vero chuvoso. Sua rea de ocorrncia o Brasil
central. O solo, deficiente em nutrientes e com alta concentrao de
alumnio, d mata uma aparncia seca. As plantas tm razes capazes de
retirar gua e nutrientes do solo a mais de 15 m de profundidade. A
vegetao caracteriza-se principalmente pela presena de pequenos
arbustos e rvores retorcidas, com cortia (casca) grossa e folhas
recobertas por plos. Encontram- se, ainda, gramneas e o cerrado, um
tipo mais denso de cerrado que j abriga formaes florestais.
Tradicionalmente utilizado pela pecuria, o cerrado tem sido ocupado
pela monocultura da soja, responsvel pela descaracterizao dessa
cobertura, que j representou cerca de 25% do territrio
brasileiro.
Slide 42
Campos Formados por herbceas, gramneas e pequenos arbustos,
ocupam reas descontnuas do pas e possuem caractersticas diversas.
So denominados campos limpos quando predominam as gramneas. Se a
estas se somam os arbustos, so denominados campos sujos. Quando
ocupam reas de altitude superior a 100 m so chamados de campos de
altitude, como na serra da Mantiqueira e no planalto das Guianas. J
os campos da hilia se referem s formaes rasteiras que se encontram
na Amaznia. Os campos meridionais, quase sem espcie arbustiva, como
a Campanha Gacha, no Rio Grande do Sul, so ocupados principalmente
pela pecuria.
Slide 43
Mata de araucria Prpria do clima subtropical, encontrada na
Regio Sul e em trechos do estado de So Paulo. uma floresta
aciculifoliada (folhas em forma de agulha, finas e alongadas) e tem
na Araucaria angustifolia, ou pinheiro-do-paran, a espcie
dominante, cujo fruto o pinho. Atingem mais de 30 m de altura e
possuem formao aberta, oferecendo certa facilidade circulao. Seu
principal produto, o pinho, tem ampla e variada aplicao econmica na
indstria de mveis, na construo civil e na indstria de papel e
celulose. As florestas dessa formao so a principal fonte produtora
de madeira do pas, o que levou a seu desaparecimento quase total.
As reas de reflorestamento voltam-se principalmente para o pinus e
os eucaliptos, menos nobres, porm mais explorveis em curto
intervalo de tempo.
Slide 44
Mata de cocais Situada entre a floresta Amaznica e a caatinga,
a mata de cocais est presente nos estados do Maranho e do Piau e
norte do Tocantins. No lado oeste, onde a proximidade com o clima
equatorial da Amaznia a torna mais mida, freqente o babau:
palmeiras que atingem de 15 a 20 m de altura. Dos cocos do babau
extrai-se o leo, muito utilizado pelas indstrias alimentcia e de
cosmticos. No lado mais seco, a leste, domina a carnaba, que pode
atingir at 20 m de altura. Das folhas da carnaba extrada a cera. A
mata de cocais utilizada por vrias comunidades extrativistas que
exercem suas atividades sem prejudicar essa formao vegetal. A
destruio, no entanto, acontece com a criao de reas de pasto para a
pecuria, principalmente no Maranho e no norte do Tocantins.
Slide 45
Mangue uma formao vegetal composta de arbustos e espcies
arbreas que ocorrem em reas de lagunas e restingas ao longo de todo
o litoral. Nessa formao vegetal predominam troncos finos e razes
areas e respiratrias (ou razes- escora), adaptadas salinidade e a
solos pouco oxigenados. Por ser rico em matria orgnica, tem papel
muito importante na reproduo e no abrigo de espcies da fauna
marinha. Tradicionalmente, no mangue se realiza, como atividade
econmica, a pesca de caranguejo. Sofre a ao destrutiva do turismo
predatrio, da ocupao imobiliria e da poluio provocada por
esgotos.
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Restinga uma vegetao prpria de terrenos salinos, formada por
ervas, arbustos e rvores. Predomina no litoral da Bahia ao Rio de
Janeiro e no do Rio Grande do Sul. Os destaques so a
aroeira-de-praia e o cajueiro. Recebe os efeitos da mesma ao
destrutiva a que est exposto o mangue.
Slide 47
Slide 48
Clima Brasileiro Clima corresponde ao conjunto de variaes do
tempo de uma determinada localidade. Para estabelecer o clima de um
lugar necessrio analisar os fenmenos atmosfricos durante um perodo
de, aproximadamente, 30 anos. O clima est diretamente relacionado
formao vegetal. No territrio brasileiro ocorre uma grande
diversidade climtica, pois o pas apresenta grande extenso
territorial com diferenas de relevo, altitude e dinmica das massas
de ar e das correntes martimas, todos esses fatores influenciam no
clima de uma regio. A maior parte da rea do Brasil est localizada
na Zona Intertropical, ou seja, nas zonas de baixas latitudes, com
climas quentes e midos. Outro fator interessante do clima
brasileiro se refere amplitude trmica (diferena entre as mdias
anuais de temperatura mximas e mnimas), conforme se aproxima da
linha do Equador, a amplitude trmica menor. O critrio utilizado no
Brasil para classificar os diferentes tipos de clima foi a origem,
a natureza e, principalmente, a movimentao das massas de ar
existentes no pas (equatoriais, tropicais e polares). Conforme
anlises climticas realizadas no territrio brasileiro, foi possvel
estabelecer seis tipos de climas diferentes, que veremos nos
prximos slides.
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Equatorial e Tropical Equatorial Presente na Amaznia, ao norte
de Mato Grosso e a oeste do Maranho, sofre ao direta das massas de
ar equatorial continental e equatorial atlntica, de ar quente e
mido. Apresenta temperaturas mdias elevadas (de 25 C a 27 C),
chuvas durante todo o ano e reduzida amplitude trmica (inferior a 3
C). Tropical Clima do Brasil central, tambm presente na poro
oriental do Maranho, extensa parte do territrio do Piau e na poro
ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Encontrado tambm no extremo
norte do pas, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura elevada
(18 C a 28 C), com amplitude trmica de 5 C a 7 C, e estaes bem
definidas (uma chuvosa e outra seca). A estao de chuva ocorre no
vero; no inverno ocorre a reduo da umidade relativa em razo do
perodo da estao seca. O ndice pluviomtrico de cerca de 1,5 mil
milmetros anuais.
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Tropical de Altitude e Atlntico. Tropical de Altitude
encontrado nas partes mais elevadas, acima de 800 metros, do
planalto Atlntico do Sudeste. Abrange principalmente os estados de
So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Esprito Santo. Est sob
influncia da massa de ar tropical atlntica, que provoca chuvas no
perodo do vero. Apresenta temperatura amena, entre 18 C e 22 C, e
amplitude trmica anual entre 7 C e 9 C. No inverno, as geadas
ocorrem com certa frequncia, em virtude da ao das frentes frias
originadas do choque entre as massas tropical e polar. Tropical
Atlntico Conhecido tambm como tropical mido, compreende a faixa
litornea do Rio Grande do Norte ao Paran. Sofre a ao direta da
massa tropical atlntica, que, por ser quente e mida, provoca chuvas
intensas. A temperatura varia de 18 C a 26 C, apresenta amplitude
trmica maior medida que se avana em direo ao Sul. No Nordeste, a
maior concentrao de chuva se d no inverno. No Sudeste, no vero. O
ndice pluviomtrico mdio alto, de 2 mil milmetros anuais.
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Subtropical e Semi-rido. Subtropical Ocorre nas latitudes
abaixo do trpico de Capricrnio. Est presente no sul do estado de So
Paulo e na maior parte do estado paranaense, de Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. influenciado pela massa polar atlntica, possui
temperatura mdia anual de 18 C e amplitude trmica elevada (10 C).
As chuvas no so muito intensas, mil milmetros anuais, porm, ocorrem
de forma bem distribuda na regio. Nessa regio climtica do Brasil so
comuns as geadas e nevadas. O vero muito quente e a temperatura
pode ultrapassar os 30 C. O inverno, bastante frio, apresenta
temperaturas mais baixas do pas, inferiores a 0 C. Semirido Ocorre
no interior do Nordeste, na regio conhecida como Polgono das Secas,
corresponde a quase todo o serto nordestino e aos vales mdio e
inferior do rio So Francisco. Caracteriza-se por temperaturas
elevadas (mdia de 27 C) e chuvas escassas e mal distribudas, em
torno de 700 milmetros anuais. H perodos em que a massa equatorial
atlntica (supermida) chega ao litoral norte da regio Nordeste e
atinge o serto, causando chuvas intensas nos meses de fevereiro,
maro e abril.
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Hidrografia Brasileira Hidrografia a rea ocupada por um rio
principal e todos os seus tributrios, cujos limites constituem as
vertentes, que por sua vez limitam outras bacias. No Brasil, a
predominncia do clima mido propicia uma rede hidrogrfica numerosa e
formada por rios com grande volume de gua. As bacias hidrogrficas
brasileiras so formadas a partir de trs grandes divisores: Planalto
Brasileiro Planalto das Guianas Cordilheira dos Andes O Brasil
dotado de uma vasta e densa rede hidrogrfica, sendo que muitos de
seus rios destacam-se pela extenso, largura e profundidade. Em
decorrncia da natureza do relevo, predominam os rios de planalto
que apresentam em seu leito rupturas de declive, vales encaixados,
entre outras caractersticas, que lhes conferem um alto potencial
para a gerao de energia eltrica. Quanto navegabilidade, esses rios,
dado o seu perfil no regularizado, ficam um tanto prejudicados.
Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai so
predominantemente de plancie e largamente utilizados para a
navegao. Os rios So Francisco e Paran so os principais rios de
planalto. De maneira geral, os rios tm origem em regies no muito
elevadas, exceto o rio Amazonas e alguns de seus afluentes que
nascem na cordilheira andina. Ressaltam-se oito grandes bacias
hidrogrficas existentes no territrio brasileiro; a do Rio Amazonas,
do Rio Tocantins, do Atlntico Sul, trechos Norte e Nordeste, do Rio
So Francisco, as do Atlntico Sul, trecho leste, a do Rio Paran, a
do Rio Paraguai e as do Atlntico Sul, trecho Sudeste.
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Bacia Amaznica a maior bacia hidrogrfica do mundo, com
7.050.000 km, sendo que 3.904.392,8 km esto em terras brasileiras.
Seu rio principal (Amazonas), nasce no Per com o nome de Vilcanota
e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Maraon.
Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimes e, aps o encontro
com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O
Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em
extenso (aps o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) o maior do mundo
em vazo de gua. Sua largura mdia de 5 quilmetros e possui 7 mil
afluentes, alm de diversos cursos de gua menores e canais fluviais
criados pelos processos de cheia e vazante. Bacia Amaznica est
localizada em uma regio de plancie e tem cerca de 23 mil km de rios
navegveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte
hidrovirio. A navegao importante nos grandes afluentes do Rio
Amazonas, como o Madeira, o Xing, o Tapajs, o Negro, o Trombetas e
o Jari. Em 1997 inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira,
que opera de Porto Velho at Itacoatiara, no Amazonas. Possui
1.056km de extenso e por l feito o escoamento da maior parte da
produo de gros e minrios da regio. Bacia do So Francisco Possui uma
rea de 645.067,2 km de extenso e o seu principal rio o So
Francisco, com 3.160 km de extenso. o maior rio totalmente
brasileiro e percorre 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco,
Alagoas e Sergipe). Alm disso fundamental na economia da regio que
percorre, pois permite a atividade agrcola em suas margens e
oferece condies para a irrigao artificial de reas mais distantes,
muitas delas semi-ridas. Os principais afluentes perenes so os rios
Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas. Seu maior trecho navegvel se
encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) com
1.371km de extenso. O potencial hidreltrico do rio aproveitado
principalmente pelas grandes usinas de Xing e Paulo Afonso.
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Bacia do Tocantins Araguaia E a maior bacia localizada
inteiramente em territrio brasileiro, com 813.674,1 km. Seus
principais rios so o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com
2.640 km de extenso, nasce em Gois e desemboca na foz do Amazonas.
Possui 2.200 km navegveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belm-PA)
e parte de seu potencial hidreltrico aproveitado pela usina de
Tucuru, no Par - a 2 maior do pas e uma das cinco maiores do mundo.
O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Gois e une-se
ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construo da
Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs
(Organizaes No-Governamentais) em razo dos impactos ambientais que
ela pode provocar, cortando dez (10) reas de preservao ambiental e
35 (trinta e cinco) reas indgenas, afetando uma populao de 10 mil
ndios.00 km navegveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belm-PA) e
parte de seu potencial hidreltrico aproveitado pela usina de
Tucuru, no Par - a 2 maior do pas e uma das cinco maiores do mundo.
O Rio Araguaia nasce em Gois, prximo a cidade de Mineiros e ao
Parque Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do
estado de Tocantins. A construo da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem
sido questionada pelas ONGs (Organizaes No-Governamentais) em razo
dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10)
reas de preservao ambiental e 35 (trinta e cinco) reas indgenas,
afetando uma populao de 10 mil ndios. Bacia do Atlntico Sul
composta de vrias pequenas e mdias bacias costeiras, formadas por
rios que desaguam no Oceano Atlntico. O trecho norte-nordeste
engloba rios localizados no norte da bacia amaznica e aqueles
situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio So Francisco.
Entre eles, est o Rio Parnaba, na divisa entre o Piau e o Maranho,
que forma o nico delta ocenico das Amricas. Entre a foz do rio So
Francisco e a divisa do Rio de Janeiro e So Paulo esto as bacias do
trecho leste, no qual se destaca o rio Paraba do Sul. A partir
dessa rea comeam as bacias do sudeste-sul. Seu rio mais importante
o Itaja, no estado de Santa Catarina. Bacia do Atlntico Sul -
trechos sudeste e sul A bacia do Atlntico Sul, nos seus trechos
sudeste e sul, composta por rios da importncia do Jacu, Itaja e
Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importncia
regional, pela participao em atividades como transporte hidrovirio,
abastecimento d'gua e gerao de energia eltrica. Bacia do Atlntico
Sul - trechos norte e nordeste Vrios rios de grande porte e
significado regional podem ser citados como componentes dessa
bacia, a saber: rio Acara, Jaguaribe, Piranhas, Potengi,
Capibaribe, Una, Paje, Turiau, Pindar, Graja, Itapecuru, Mearim e
Parnaba. Em especial, o rio Parnaba o formador da fronteira dos
estados do Piau e Maranho, por seus 970 km de extenso, desde suas
nascentes na serra da Tabatinga at o oceano Atlntico, alm de
representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos
agrcolas da regio.
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Bacia do Atlntico Sul - trecho leste Da mesma forma que no seu
trecho norte e nordeste, a bacia do Atlntico Sul no seu trecho
leste possui diversos cursos d'gua de grande porte e importncia
regional. Podem ser citados, entre outros, os rios Pardo,
Jequitinhonha, Paraba do Sul, Vaza- Barris, Itapicuru, das Contas e
Paraguau. Bacias do rio Paran e Uruguai A bacia platina, ou do rio
da Prata, constituda pelas sub-bacias dos rios Paran, Paraguai e
Uruguai, drenando reas do Brasil, Bolvia, Paraguai, Argentina e
Uruguai. O rio Paran possui cerca de 4.900 km de extenso, sendo o
segundo em comprimento da Amrica do Sul. formado pela juno dos rios
Grande e Paranaba. Possui como principais tributrios os rios
Paraguai, Tiet, Paranapanema e Iguau. Representa trecho da
fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado o
aproveitamento hidreltrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW,
maior usina hidreltrica em operao do mundo. Posteriormente, faz
fronteira entre o Paraguai e a Argentina. Em funo das suas diversas
quedas, o rio Paran somente possui navegao de porte at a cidade
argentina de Rosrio. O rio Paraguai, por sua vez, possui um
comprimento total de 2.550 km, ao longo dos territrios brasileiro e
paraguaio e tem como principais afluentes os rios Miranda, Taquari,
Apa e So Loureno. Nasce prximo cidade de Diamantino, no estado de
Mato Grosso, e drena reas de importncia como o Pantanal
mato-grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de
Assuncin, capital do Paraguai, e forma a fronteira entre este pas e
a Argentina, at desembocar no rio Paran, ao norte da cidade de
Corrientes. O rio Uruguai, por fim, possui uma extenso da ordem de
1.600 km, drenando uma rea em torno de 307.000 km2. Possui dois
principais formadores, os rios Pelotas e Canoas, nascendo a cerca
de 65 km a oeste da costa do Atlntico. Fazem parte da sua bacia os
rios Peixe, Chapec, Peperiguau, Ibicu, Turvo, Iju e Piratini. O rio
Uruguai forma a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao
sul, a fronteira entre Argentina e Uruguai, sendo navegvel desde
sua foz at a cidade de Salto, cerca de 305 km a montante.
Slide 57
Industrializao Brasileira Pensar na origem da indstria no
Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira
desenvolvida no pais durante o sculo XlX e boa parte do XX, pois
ela foi quem deu as bases para o surgimento da indstria no pas, que
comeou a ocorrer ainda na Segunda metade do sculo XlX. Dentre as
contribuies da economia cafeeira para a industrializao, podemos
mencionar: a) Acumulao de capital necessrio para o processo b)
Criao de infra-estrutura c) Formao de mercado de consumo d) Mo de
obra utilizada, especialmente os migrantes europeus no portugueses,
como os italianos. No incio do sculo XX, a industrializao
brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no
caf, por exemplo, do que na indstria. Com a crise de 1929, o rumo
da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas,
emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o
processo de industrializao impulsionado, com base nas polticas de
carter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia cada vez
maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrs, Eletrobrs,
etc., com o objetivo de industrializar o pas. No governo de JK, se
d a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas
multinacionais e pelos enormes emprstimos para o estabelecimento de
infra estrutura e de grandes obras como a construo da capital
federal no centro do pas, no planalto central, Braslia.
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Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK continuado,
grandes projetos so estabelecidos, a economia do pas chega a
tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre
brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das
que mais cresce, essa festa toda s parada em decorrncia da Crise do
petrleo, que se d a partir de 1973. A grande contradio desse
crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo
grande endividamento externo, e por outro atravs de grande represso
( vide o AI 5), e arrocho salarial, sobre a classe trabalhadora
brasileira, confirmando a tendncia de Modernizao conservadora da
economia nacional. A partir da dcada de 90, e da emergncia das
idias neoliberais, o processo de industrializao do pas toma novo
rumo, com a privatizao de grande parte das estatais e da abertura
cada vez maior da economia do pas ao capital internacional, alm da
retirada de direitos trabalhistas histricos. Mudanas espaciais
tambm so verificadas na distribuio atual das indstrias no pas, pois
desde o incio da industrializao, a tendncia foi de concentrao
espacial no Centro-sul, especialmente em So Paulo, isso fez com que
esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em
decorrncia disso recebesse os maiores fluxos migratrios, mas o que
se verifica atualmente que a tendncia mundial atual de
desconcentrao industrial tambm tem se abalado sobre o Brasil, pois
localidades do interior de So Paulo, do Sul do pas e at mesmo
estados nordestinos comeam a receber plantas industriais que em
outros tempos se dirigiriam sem sombra de dvidas para a capital
paulista. Esse processo se deve em especial a globalizao da
economia que tem acirrado a competio entre as empresas, que com
isso buscam a reduo dos custos de produo buscando produzir onde
mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar no apenas o
espao industrial brasileiro, mas de vrias reas do mundo. O mais
interessante no caso brasileiro, que ele no tem enfraquecido o
papel de So Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas
pelo contrrio fortalece, pois o que se desconcentra a produo e no a
deciso.
Slide 59
CLASSIFICAO DAS INDSTRIAS As indstrias podem ser classificadas
com bases em vrios critrios, em geral o mais utilizado o que leva
em considerao o tipo e destino do bem produzido: a) Indstrias de
base: so aquelas que produzem bens que do a base para o
funcionamento de outras indstrias, ou seja, as chamadas matrias
primas industrias ou insumos industriais, como o ao. b) Indstrias
de bens de capital ou intermedirias: so aquelas que produzem
equipamentos necessrios para o funcionamento de outras indstrias,
como as de mquinas. c) Indstrias de bens de consumo: so aquelas que
produzem bens para o consumidor final, a populao comum, elas
subdividem-se em: c.1) Bens durveis: as que produzem bens para
consumo a longo prazo, como automveis. c.2) Bens no durveis: as que
produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em considerao outros critrios como por exemplo:
1-Maneira de produzir: a) Indstrias extrativas b) Indstrias de
processamento ou beneficiamento c) Indstria de construo d) Indstria
de transformao ou manufatureira. 2-Quantidade de matria prima e
energia utilizadas: a) Indstrias leves b) Indstrias pesadas
3-Tecnologia empregada: a) Indstrias tradicionais b) Indstrias
dinmicas.
Slide 60
OS FATORES LOCACIONAIS Fatores locacionais devem ser entendidos
como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a
instalao de uma indstria. Podem ser eles: Matria prima abundante e
barata Mo de obra abundante e barata Energia abundante e barata
Mercados consumidores Infra estrutura Vias de transporte e
comunicaes Incentivos fiscais Legislaes fiscais, tributrias e
ambientais amenas. Durante a 1 Revoluo industrial as indstrias
inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carbonferas, o
que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que
ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrncia do
pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2
Revoluo Industrial do final do sculo XlX, com o desenvolvimento de
novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilizao de novas fontes
de energia ( eletricidade, petrleo, etc.) houve uma maior liberdade
na implantao de indstrias que fez com que surgissem novas reas
industriais. No sculo XX as metrpoles urbano industriais passaram a
concentrar as maiores e mais importantes indstrias, o que as tornou
o centro da economia de vrios pases do planeta, como o caso da
regio metropolitana de So Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt
nos EUA. Atualmente a tendncia a da desconcentrao industrial, onde
as indstrias buscam novos locais onde os custos de produo sejam
menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na
relocalizao produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera
uma mudana significativa dos fluxos migratrios, cidades como So
Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de
pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de So Paulo
dentre outras localidades.
Slide 61
A TERCEIRA REVOLUO INDUSTRIAL Na dcada de 1970, a crise do
petrleo fez com que emergisse para o mundo algo que j vinha sendo
gerado no decorrer do sculo XX, a 3 Revoluo Industrial, tambm
chamada de Revoluo tecnocientfica informacional. Esta por sua vez
correspondia aos avanos tecnolgicos em especial da informao e dos
transportes, representado por invenes como por exemplo Internet, e
os avies supersnicos. Os avanos nesses setores tornaram o mundo
menor, encurtaram as distncias e em alguns casos aniquilaram o
espao em relao ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre
tantos outros exemplos. Tudo isso gerou e tem gerado transformaes
colossais no espao geogrfico mundial, as indstrias buscam a inovao,
investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mo
de obra como a robtica, o desemprego estrutural se expande. Antigas
regies industriais entram em decadncia com o processo de
desconcentrao industrial, surgem novas regies industriais. Surge a
fbrica global, que se constitui na estratgia utilizada pelas
grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das
vantagens comparativas que oferecem os variados pases do mundo. A
terceirizao, tambm torna-se algo comum, como o que ocorre com
empresas de calados como a NIKE, que no tem um nico operrio em
linhas de produo, pois no produz apenas compra de empresas menores.
Fruto tambm da revoluo tecnocientfica informacional, surgem os
chamados Tcnopolos, locais, que podem ser cidades ou at mesmo
bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma
Microsoft, em geral associadas a instituies de pesquisa como
universidades. o caso do Vale do Silcio nos EUA, Tsukuba no Japo, e
cidades como Campinas e So Carlos no Brasil.
Slide 62
AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS A partir do final do sculo
XlX, comeam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentrao
e centralizao do capital), os quais do origem a empresas
multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para alm
das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras
empresas globais, como o caso da Coca- cola. A grande arrancada das
multinacionais em direo dos pases subdesenvolvidos se deu a partir
do ps 2 Guerra mundial, quando vrias empresas dos EUA, Europa e
Japo, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas
por esses pases. Hoje a presena de multinacionais j faz parte do
cotidiano de milhes de pessoas no mundo todo, elas comandam os
fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar
receitas muito superiores a de vrios pases do mundo. As maiores
multinacionais do mundo so dos EUA, seguidas de japonesas e
europias. Empresas desse tipo surgidas em pases do mundo
subdesenvolvido ainda so poucas, e no to poderosas como dos
primeiros. I No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a
partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital
internacional proporcionando grande internacionalizao da economia,
por outro lado tambm beneficiou multinacionais como por exemplo na
opo pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele
momento atraiu vrias multinacionais produtoras de automveis, mas
que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse
tipo de transporte. Hoje a presena delas no Brasil muito intensa e
numerosa, elas sendo responsveis por grande parte da drenagem de
capitais que saem do pas atravs das remessas de lucros.
Slide 63
Industrializao Brasileira HISTRICO 1a fase: 1822 a 1930 Perodo
de reduzida atividade industrial, dado a caracterstica
agrrio-exportadora do pas. Nessa fase, no entanto, ocorrem dois
fatos que facilitam a industrializao futura: a Abolio da
Escravatura e a entrada de imigrantes, que vo servir e mo-de-obra.
2a fase: 1830 a 1956 O ano de 1930 considerado por alguns autores
como o da "Revoluo Industrial" no Brasil. Efetivamente o ano que
marca o incio da industrializao (processo atravs do qual a
atividade industrial vai se tornar a mais importante do pas)
beneficiada pela Crise de 1929 e pela Revoluo de 1930). A Crise de
1929 determinou a decadncia da cafeicultura e a transferncia do
capital para a indstria, o que associado a presena de mo-de-obra e
mercado consumidor, vai justificar a concentrao industrial no
Sudeste, especificamente em So Paulo. Esta fase, assim como a
primeira, tem uma caracterstica inicial de quase exclusividade de
indstrias de bens de consumo no durveis, definindo o perodo chamado
de "Substituio de importaes". No entanto, a ao do Estado comea a
alterar o quadro, com o Governo Vargas criando as empresas estatais
do setor de base, como a CSN (siderurgia), PETROBRS e a CVRD
(minerao). 3a fase: 1956 a 1989 Constitui o perodo de maior
crescimento industrial do pas em todos os tipos de indstria, tendo
como base a aliana entre o capital estatal e o capital estrangeiro.
O governo Juscelino Kubitschek d incio a chamada "Internacionalizao
da Economia", com a entrada de empresas transnacionais, notadamente
do setor automotivo. O processo iniciado por J.K. teve continuidade
durante a Ditadura Militar (1964 a 1985), destacando-se o Governo
Mdici, perodo do "Milagre Brasileiro", que determinou crescimento
econmico, mas tambm aumento da dvida externa e concentrao de renda.
4a fase: 1989 a... Esta fase iniciada no Governo Collor com
continuidade at o Governo Fernando Henrique marca o avano do
Neoliberalismo no pas, com srias repercusses no setor secundrio da
economia. O modelo neoliberal adotado determinou a privatizao de
quase todas as empresas estatais, tanto no setor produtivo, como as
siderrgicas e a CVRD, quanto no setor da infra-estrutura e servios,
como o caso do sistema Telebrs. Alm disso, os ltimos anos marcaram
a abertura do mercado brasileiro, com expressivas redues na alquota
de Importao. Por outro lado, houve brutal aumento do desemprego,
devido a falncia de empresas e as inovaes tecnolgicas adotadas, com
a utilizao de mquinas e equipamentos industriais de ltima gerao,
necessrios para aumentar a competitividade e resistir concorrncia
internacional.
Slide 64
A CONCENTRAO INDUSTRIAL NO SUDESTE A distribuio espacial da
indstria brasileira, com acentuada concentrao em So Paulo, foi
determinada pelo processo histrico, j que no momento do incio da
efetiva industrializao, o estado tinha, devido cafeicultura, os
principais fatores para instalao das indstrias, a saber: capital,
mercado consumidor, mo-de-obra e transportes. Alm disso, a atuao
estatal atravs de diversos planos governamentais, como o Plano de
Metas, acentuou esta concentrao no Sudeste, destacando novamente So
Paulo. A partir desse processo industrial e, respectiva concentrao,
o Brasil, que no possua um espao geogrfico nacional integrado,
tendo uma estrutura de arquiplago econmico com vrias reas
desarticuladas, passa a se integrar. Esta integrao reflete nossa
diviso inter-regional do trabalho, sendo tipicamente
centro-periferia, ou seja, com a regio Sudeste polarizando as
demais. A DESCENTRALIZAO INDUSTRIAL Atualmente, seguindo uma
tendncia mundial, o Brasil vem passando por um processo de
descentralizao industrial, chamada por alguns autores de
desindustrializao, que vem ocorrendo intra-regionalmente e tambm
entre as regies. Dentro da Regio Sudeste h uma tendncia de sada do
ABC Paulista, buscando menores custos de produo do interior
paulista, no Vale do Paraba ao longo da Rodovia Ferno Dias, que
liga So Paulo Belo Horizonte. Estas reas oferecem, alm de
incentivos fiscais, menores custos de mo-de-obra, transportes menos
congestionados e por tratarem-se de cidades-mdias, melhor qualidade
de vida, o que vital quando trata-se de tecnoplos. A desconcentrao
industrial entre as regies vem determinando o crescimento de
cidades- mdias dotadas de boa infra-estrutura e com centros
formadores de mo-de-obra qualificada, geralmente universidades. Alm
disso, percebe-se um movimento de indstrias tradicionais, de uso
intensivo de mo-de-obra, como a de calados e vesturios para o
Nordeste, atradas sobretudo, pela mo-de-obra extremamente
barata.
Slide 65
Fontes de Energia A estrutura geolgica do Brasil privilegiada
em comparao com outros pases. O potencial hidreltrico brasileiro
elevado, as possibilidades de obteno de energia usando a biomassa
como parte primria so enormes e a produo do petrleo e gs natural
vem aumentando gradualmente. O que falta para atingir a
auto-suficincia energtica a poltica energtica com planejamento e
execuo bem intencionados. No setor petrolfero o Brasil j
auto-suficiente. Petrleo Em 1938, foi perfurado o primeiro poo de
petrleo em territrio nacional. Foi no municpio de Lobato, na bacia
do Recncavo Baiano, que a cidade de Salvador. Com a criao do CNP
(Conselho de Petrleo) o governo passou a planejar, organizar e
finalizar o setor petrolfero. Em 1953, Getulio Vargas criou a
Petrobrs e instituiu o monoplio estatal na extrao, transporte e
refino de petrleo no Brasil; monoplio exercido em 1995. Com a crise
do petrleo, em 1973, houve a necessidade de se aumentar a produo
interna para diminuir o petrleo importado, mas a Petrobrs no tinha
capacidade de investimento. Por volta do ano 1999, houve a
descoberta de uma importante bacia petrolfera em alto-mar, na
plataforma continental de Campos, litoral norte do estado do Rio de
janeiro. Essa bacia responsvel por mais de 65% da populao nacional
de petrleo. Ainda na plataforma continental, destaca-se nos estados
de Alagoas, Sergipe e Bahia, que juntos so responsveis por cerca de
14% da produo do petrleo bruto. No continente a rea mais importante
Massor, seguida do Recncavo baiano. Mais da metade do petrleo
consumido no Brasil gasto no setor de transporte, cujo modelo de
desenvolvimento o rodoviarismo. Essa opo a que mais consome energia
no transporte de mercadorias e pessoas pelo territrio. Por isso h
uma necessidade de o pas investir nos transportes ferrovirios e
hidrovirios para diminuir custos e o consumo de uma fonte
no-renovvel de energia. Carvo Mineral e Biomassa O Rio Grande do
Sul e Santa Catarina possuem usinas termeltricas devido a
disponibilidade de carvo mineral, tornando bsicos os gastos com
transportes. H usinas termeltricas tambm, em So Paulo, por
apresentar duas vantagens: o custo de instalao de uma usina
termeltrica bem menor do que de uma hidreltrica, e a localizao de
uma usina hidreltrica determinada pela topografia do terreno,
enquanto uma termeltrica pode ser instalada em locais mais
convenientes. Atualmente, no estado de So Paulo, muitas usinas de
acar e lcool esto usando a queima de bagao da cana-de-acar como
fonte primaria para a produo de energia (Biomassa) e tornaram-se
auto-suficientes.
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Solar Atualmente h vrios projetos, em curso ou em operao, para
o aproveitamento da energia solar no Brasil, particularmente por
meio de sistemas fotovoltaicos de gerao de eletricidade, visando ao
atendimento de comunidades isoladas da rede de energia eltrica e ao
desenvolvimento regional. J a tecnologia do aquecedor solar j vem
sendo usada no Brasil desde a dcada de 60, poca em que surgiram as
primeiras pesquisas. Em 1973, empresas passaram a utiliz-la
comercialmente (ABRAVA, 2001). Segundo informaes da Associao
Brasileira de Refrigerao, Ar Condicionado,Ventilao e Aquecimento
(ABRAVA, 2001), existiam at recentemente cerca de 500.000 coletores
solares residenciais instalados no Brasil. Em Belo Horizonte, por
exemplo, j so mais de 950 edifcios que contam com este benefcio e,
em Porto Seguro, 130 hotis e pousadas. Hidrulica De acordo com o
perfil longitudinal, pode-se encontrar rios brasileiros com
caractersticas predominantes de plancie e de planalto. Esses rios
tm um perfil importante na avaliao do potencial hidreltrico.
Destacam-se, nesses, o rio Paran e seus principais afluentes,
Parnaba, Grande, Tiet, Paranapanema e Iguac, com desnvel das
cabeceiras at o p da barragem de Itaipu; o Tocantins e seu afluente
Araguaia, que desce das cabeceiras foz; o rio Uruguai e seus
afluentes de curso perene, com desnvel at Paulo Afonso. O rio
Amazonas tem a mais vasta bacia hidrogrfica do planeta, com cerca
de 6.315.000 km2, a maior parte do territrio brasileiro (3.984.000
km2, da ordem de 63,1%). Sendo assim o Brasil rico em potencial
Hidrulico e, dentre in