Download - Cone nº22 - Agosto 2014

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#8 NARDALUNARDI

KETHERINKAFFKA

POUPANÇA NÃO MAIS...

CHILE PORYONATHAN

O LEGADODE AGOSTO

•O Lado da História

•Jovem, Cara e Coragem •Finanças •Tag de Viagem

•Ponto Alternativo

#28 # 32 # 42

#15

para o Dia das Criancas!O seu melhor presente

para o Dia das Criancas!O seu melhor presente

DELÍCIADELÍCIADELÍCIA

DELÍCIA

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DELÍCIA DELÍCIASuco DETOX

para a sua dietaficar mais saborosa!

Gelado dos Deuses

ou Morango Split

pra curtir com os

amigos!

Av. Rio Branco, 159 Centro, Santa Rosa - RS

55 3512 4000

O MUNDO MULTICOLORIDO DE

NARDA LUNARDIPor: Bárbara Corrêa

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Foto: Alexandre Paranhos

Dentro do seu apartamento no centro da cidade de Santa Rosa, Narda construiu seu oásis particular. Yoga, Dança Flamenca, a iniciação no violino e boas horas no seu atelier ocupam os dias da artista. Narda esconde seus 51 anos de idade na vida alternativa e leve que escolheu viver. Disposta e tranquila vive o que aprendeu na companhia de pessoas, as quais teve oportunidade de compartilhar experiências. Este conhecimento a tornou uma mulher multicor, transparente e cheia de persona-lidade. Filha de Raul Antonio Lunardi e Neusa Cappellari Lunardi a dançarina nasceu em Santa Rosa em 1963, teve três irmãos e um filho. O trabalho a fez conhecer o mundo, mas o amor e o companheirismo a fizeram voltar para sua terra natal.

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1- Como iniciou sua história com Santa Rosa?Bem, meu avô foi um dos fundadores da cidade, Vir-gílio Lunardi um dos fundadores do antigo frigorífico Prenda. Ele veio pra cá de barco desbravando os novos caminhos e se instalou. Meu pai foi industrialista, nos criamos aqui na cidade eu e meus irmãos. 2 – E sua infância foi marcada por quais lembranças?Eu comecei com as artes na Escola Visconde de Cairú ainda na infância, fui bailarina e artista. Quando cresci meu pai dizia “Eu não vou pagar faculdade boba para ninguém”, imagina investir em arte né? (risos). Meus irmãos eram advogados. Foi meu irmão mais velho que me inspirou nas artes e na dança, principal-mente quando me presenteou com Os Doces Bárbaros. Aos 17 anos ganhei um livro de artesanato, me inspirou muito.3 – Quando se mudou de Santa Rosa?Eu fui morar na Bahia quando me casei nos anos 80. Lá eu trabalhava com a arte que cultivo até hoje, os Batiks. Vivíamos em uma comunidade onde todo mundo se ajudava, conhecia muitas pessoas nesta via-gem, vivíamos trocando experiências. Lá eu aprendi a fazer pão que acabou virando um meio de sustento na cidade. Depois me mudei pro Rio de Janeiro e comecei a trabalhar em uma produtora de vídeo, morei em Flo-rianópolis também.4 – Seu trabalho artístico sempre te acompanhou?Sempre. Aprendi a fazer várias coisas artesanais o que me ajudava nas cidades onde morei. Voltei para Santa Rosa em 1998 e abri um o Le Bistrô, que marcou muito minha vida, foi uma experiência peculiar. O bar fun-cionou durante um ano, eu vivia viajando para trazer coisas diferentes e que na época a cidade não oferecia, não sou muito de me acomodar, gosto de encontrar o diferente.5 – Você já viajou para fora do país. O que trouxe na bagagem cultural?Viajei para muitos países, em alguns a passeio, outros convidada a expor minhas artes. Minha exposição já foi convidada para algumas galerias em distintos

países, agora pretendo ir para o Peru com a arte. As culturas nos ensinam muito sempre, volto renovada das viagens e com certeza com novas amizades que me ensinam muito.6 – Quando iniciou sua caminhada com a Yoga e a dança Flamenca?Desde 1998 eu pratico Yoga, em 2007 fiz uma prepara-ção para ser professora, em Florianópolis, lá ensinava Yoga e dança. A Yoga foca muito na respiração, no mantra e na postura física. Com ela eu procuro o equi-líbrio da vida, entendendo meu ser interior. A dança eu sempre pratiquei e encontrei nas duas atividades uma maneira de levar a arte aos outros.7 – Como você enxerga a nossa região e o Estado abertos para a arte?Nossa região é quase nula em apoio artístico, o Rio Grande do Sul costuma ser fechado para a arte. Às vezes sinto que o estado é outro país, pois subindo um pouco o Brasil já encontramos distintos espaços aber-tos para receber amostrar e divulgar artistas. Gosto do interior pela comodidade que ele me propõe, tantas coisas boas que podemos fazer sem nos preocuparmos com a segurança, o tempo, a distância.8 - Além de professora você também trabalha como artesã. Qual o seu princípio artístico?Eu vendo mais decoração. Trabalho com cerâmica e escultura. Fico muito feliz em ver a transformação do tecido em tantas coisas lindas que podemos fazer. Tra-balho muito com a internet, vendo boa parte das obras por lá. Hoje tu pode morar no meio do mato, mas com internet e computador tudo fica mais fácil e acessível para ser reconhecido.9 – Nesta edição comentamos muito sobre a supers-tição gostaria de saber qual sua opinião sobre o assunto.Eu não tenho superstição e também acredito que isso não existe. O que eu acredito mesmo é em energia, boa e ruim, na evolução do nosso ser em nos tornarmos algo melhor, mas a superstição é mito, ao menos pra mim.

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ETE Caio F e as sete ondas

verdes espumantesPor: Dieison Marconi

Caio Fernando Abreu sempre foi muito mais do que um escritor que se popularizou nas redes sociais por meio de textos que, em sua maioria, ele nunca escre-veu. Há poucos anos, através de um aplicativo do Fa-cebook chamado “Pílulas de Caio F”, qualquer um de nós poderia ler a um só clique, vários trechos de seus livros – também havia as “Pílulas de Clarice Lispec-tor”. Longe de mim fazer algum discurso higienista e defender que a literatura de Caio, de Clarice e de tan-tos outros não deva ser popularizada, compartilhada, comentada, conhecida. Ou então, que as pessoas não deveriam tomar suas pílulas literárias, mesmo que

“Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor?! Pois eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo. Meu deus, como você me dói de vez em quando. Um dia vou te encontrar no meio de uma praça de inverno, numa tarde, e aí meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer te dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar parado no meio da praça, só te olhando e pensando: meu deus, como você me dói de vez em quando.”

elas soem mais como autoajuda ou sejam supérfluas diante da obra que esses autores produziram. Mas também sempre acreditei que quem toma uma pílu-la hoje, pode buscar ler o livro amanha.

Mas agora, pra quem sabe e pra quem não sabe que Caio Fernando Abreu não é só o “cara do face”, temos o recém-lançado documentário Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes, um road movie poético sobre a vida e a obra do escritor, dirigido por Bruno Polidoro e Cacá Nazário. Embora a narrativa possa ficar um tanto quanto arrastada até o final dos seus 74 minutos de duração, a obra chega a ser tão inti-

mista e pessoal quanto a literatura que Caio produ-ziu em vida. Enquanto a câmera viaja pelas cidades de Santiago, Porto Alegre, São Paulo, Berlim, Paris, Amsterdam e Saint Nazarie, trechos de seus escri-tos invadem a tela, filmagens de arquivo ligam-se as ondas verdes, aos mares revoltos, ao céu azul e ensolarado: tudo aponta para uma viagem, para uma partida, para o estrangeiro, para o não lugar, o não pertencimento. Tal qual como Caio se sentia em vida: um estrangeiro onde quer que estivesse.

O documentário também não se mostra nenhum pouco preocupado em recontar e resinificar a biogra-fia de Caio em forma de um documentário expositi-vo e tradicional. O que tem nossa atenção e a nossa afetividade são justamente as palavras de Caio ga-nhado a tela em forma de imagem e som, sobrepos-tas nas paisagens dos lugares nos quais ele viveu ou então sendo lidas por seus amigos, conhecidos e admiradores, como Adriana Calcanhotto, Maria Ade-

laide Amaral, Gil Veloso e Marcos Breda. Além disso, a direção soube muito bem aliar cinema e literatura: o filme é narrado em sete capítulos – as sete ondas verdes espumantes. Cada onda traz algumas tessitu-ras que permeiam a obra literária e a vida de Caio F: a onda de solidão, do espanto, do amor, da melanco-lia, do transbordamento, do irremediável, e por fim, o Caio estrangeiro para além dos muros.

Mas além de em permitir que a literatura de Caio guiasse a narrativa, a escolha pelo gênero road mo-vie também foi uma grande sacada da direção: assim como Caio, o road movie ou filme de estrada nos traz uma noção de não pertencimento, de não lugares, de que está sempre de passagem, estrangeiro em todo parte. No entanto, ter entre nós uma produção como Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes após 18 anos da morte de Caio só nos mostra e fortalece a sen-sação de que ele ainda está aqui, nos doendo, nos aliviando, nos causando emoções.

O legado de Agosto

Rubem Fonseca denominou de “Agosto” seu livro lançado no Brasil em 1990, que refaz os acontecimentos que, possivelmente, tenham levado o presidente Getúlio Vargas a se suicidar, em agosto de 1954. Caio Fernando Abreu, famoso jornalista e escritor brasileiro, também dedicou ao mês de agosto diversas crônicas, poemas e contos. Além disso, agosto também foi tema de música, Zeca Baleiro revive dias apaixonados em meio ao mês do “desgosto”, na canção “Balada de Agosto”.Ainda que na literatura e na música, artistas utilizem suas superstições para transformá-las em arte, aqui do outro lado, milhares de pessoas de fato se preocupam com os presságios e mensagens que podem chegar junto com o oitavo mês do ano. Durante os trinta e um dias destinados ao mês de agosto, supersticiosos evitam, por exemplo, festas ou casamentos, por receio de que algo ruim lhes aconteça. Não se sabe de quando datam seus apelidos, ou desde quando existem estas crenças, mas por alguma razão, agosto recebeu denominações como o “mês do azar”, “mês do cachorro louco” e “mês do desgosto”.Entretanto, quando pesquisamos a fundo à respeito das origens de tantas crendices, percebemos que algumas das superstições fazem sentido, já que, historicamente, muitos fatos foram eternizados neste mês.No início do século passado, em 1ª de agosto de 1914, iniciava oficialmente a 1ª Guerra Mundial. Quase vinte anos depois, em 2 de agosto de 1932, o ditador Adolf Hitler assumia o governo da Alemanha. A 2ª Guerra Mundial também foi iniciada em meados de agosto,

no ano de 1939. Não há um consenso quanto à data exata do fim da 2ª GM, porém, tem-se sugerido que seu término aconteceu em 14 de agosto de 1945. No final da 2ª Guerra Mundial, em agosto do mesmo ano, as cidades de Hiroshima e Nagasaki eram atacadas e destruídas por ataques nucleares, deixando, no total, mais de 200 mil mortos. No dia 13 de agosto, em 1961, iniciava-se a construção do muro de Berlim, que dividiu a Alemanha em duas partes: a Alemanha capitalista e a Alemanha socialista. No Brasil, dois fatos políticos importantes na história do país aconteceram em agosto. Na madrugada do dia 24 de agosto do ano de 1954, o então Presidente do Brasil, o gaúcho Getúlio Vargas cometeu suicídio, com um tiro no coração, em seu quarto no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. O outro fato importante foi a morte de Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, que governou entre os anos de 1956 e 1961. As investigações da Comissão Nacional da Verdade, em 2012, constataram que o ex-presidente teria sido vítima de um assassinato.Todos estes acontecimentos só fomentam o imaginário popular de que agosto carrega consigo inúmeras possibilidades e energias negativas. O mês ainda leva esse nome de “mês do cachorro louco” por um motivo biológico: devido às condições climáticas favoráveis, a concentração de cadelas no cio aumenta. Enquanto as cadelas estão em seu período fértil, os machos ficam realmente loucos à procura das fêmeas que estão no cio. Essa corrida resulta em brigas ferozes

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O oitavo mês do ano chega ao fim e nós procuramos entender o por quê de o mês estar vinculado aos adjetivos “azar” e “desgosto”

Por: Manoella FiebigFotos: Bárbara Corrêa

entre cachorros machos, o que faz com que a raiva, doença transmitida por meio da saliva do animal, acabe se espalhando com muita facilidade.Em Santa Rosa, conversamos com uma cartomante para entendermos seu ponto de vista sobre de onde vem e por quê existem tantas superstições acerca do mês de agosto. Ela nos recebeu em sua casa, rodeada de imagens de santos, de deuses e fotos penduradas pelas paredes, contou-nos que já trabalha como cartomante há cinco anos e recebe muitas pessoas supersticiosas diariamente em sua casa. Segundo ela, essas crenças existem justamente da fé que as pessoas depositam nas coisas. “Se você acredita que teus óculos vão te curar de alguma coisa, e ter fé nisso, isso vai acontecer”, afirma a cartomante, que preferiu manter sua identidade preservada.Para ela, as superstições são um mito, é “algo que está na cabeça das pessoas”. Minutos antes de entrarmos em sua casa, uma cliente havia saído de lá na busca por uma espécie de consulta espiritual. A cartomante nos informou que a cliente buscava livramento, há dias a moça havia cruzado com um gato preto na rua e queria libertar-se do azar que o felino poderia provocar. O ato de benzer uma pessoa se dá pela reza e rituais e acredita-se que após este processo a pessoa está livre do mal. “Toda cura vem pela fé e oração em Deus. Eu penso que sou uma guia na vida das pessoas, uma guia espiritual e uso as cartas para comprovar aquilo que digo... para aquelas pessoas que só acreditam vendo”, frisa a cartomante, que

afirma atender muitas pessoas em busca de rezas e libertação. “Recebo muita gente aqui porque quebrou um espelho, cruzou com um gato preto na rua ou coisa parecida”, ressalta. Já para a jornalista Chayenne Cardoso, 23 anos, as crendices foram adquiridas com a vivência em família, a jovem frequentemente procura proteção no ato de se benzer. “Já me benzi várias vezes, mas você tem que acreditar, a última simpatia quem fez foi minha mãe”. Segundo ela, o que mais incentivou suas crenças e superstições foi a sua própria curiosidade sobre o assunto. “Bom, as superstições fazem parte da minha família. Minha avó materna acredita em muita coisa... Já eu, na minha adolescência, gostava muito de horóscopo e essas coisas”, relembra. Ainda assim, não há registros consistentes de que as superstições estejam diretamente ligadas à religião. No Cristianismo, por exemplo, encontramos passagens bíblicas que podem levar à origem destas crenças. Elas falam sobre as mentiras contadas por Satanás para afastar as pessoas de Deus. Segundo essas passagens (Gênesis 6:1, 2; Lucas 8:2, 30; Judas 6.), as superstições nasceram como um artifício para causar o medo e influenciar a mente das pessoas de pouca fé. Algumas pessoas, por sua vez, depositam a confiança nas superstições e acreditam que seus problemas podem ser provenientes do azar e do mau olhado, porém, em João 8:32, Jesus deixa um recado desmitificando as mentiras de seu opositor: “Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará”. A numerologia é uma prática que estuda os

ocultismos e o significado dos números e de sua influência na vida das pessoas. Segundo estes estudos, o mês de agosto, número oito, pode dar vazão a algumas superstições e por esta razão, numerólogos não indicam fazer viagens, assinar acordos de negócio e, inclusive, iniciar relacionamentos. Por outro lado, estes estudos indicam que o número 8 significa perseverança, liderança, poder e eficiência, e, por esta razão, a influência desse número pode ser positiva na vida das pessoas que crêem nisso. O portal Planeta Esotérico relata que “este número representa a vitória e a prosperidade. Representa também o poder e a boa administração do dinheiro”, evidenciando que, as pessoas que nasceram em agosto tem uma missão a cumprir: administrar o dinheiro de acordo com a justiça e não negligenciar os dons materiais que foram conquistados pelas suas características de liderança. Pensando nas relações entre a mente das pessoas e as superstições é que existe um ramo da psicologia que se dedica a estudar exatamente esses efeitos e a origem das crenças: é a psicologia comportamental. A psicologia comportamental, por sua vez, se ocupa também a estudar as atitudes supersticiosas das pessoas. Para a psicologia, as superstições são uma resposta a questões

ocultas da vida das pessoas, pois torna-se reconfortante a idéia de que algo não deu certo por causa do mau olhado, por exemplo. A psicologia trata essa relação entre a crença e as possibilidades de fracasso ou êxito como uma equação de causa versus efeito e que as pessoas tendem a desenvolver um comportamento supersticioso por atribuir a determinado estímulo do nosso cotidiano uma resposta que nada tem a ver com o mesmo.Com 52 anos de idade, e 5 anos de experiência no cargo, Júlio Cesar Maica Limas é um, dos quatro coveiros concursados do Cemitério Municipal de Santa Rosa. Em uma conversa no seu ambiente de trabalho, buscamos descobrir sobre os desafios que envolvem sua profissão, já que, como coveiro, está diariamente exposto a distintas realidades em um ambiente no mínimo “sinistro”. Durante seus dezessete anos de profissão, Júlio revela que já presenciou diversas situações em que as crendices falaram mais alto:- Tem uma senhora que vem até o portão e não entra mais. - E por quê ela não entra? O Senhor sabe? – perguntamos.

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IVO- Diz ela que tem pânico... E ela tava

procurando um lugar e como ia fazer pra enterrar o familiar dela, né? E não quis entrar no cemitério.- E o que o Senhor fez?- Daí eu tive que pedir onde era o enterro e fui até lá. Ela ficou pra fora, parada no portão. Ela dizia “não entro, não entro, não entro”... Superstição né, que não pode entrar no cemitério. – relembrou o coveiro.Quando perguntamos para o Júlio se ele carrega consigo alguma superstição, ele é categórico em afirmar que tinha receio de assombração, no início de sua carreira. “É... foi uma novidade pra mim. Porque nós fomos criados de um jeito que quando se passava na frente do cemitério com o pai e os irmãos, eles tiravam o chapéu e faziam o sinal da cruz... aquela superstição que eles tinham, dos mais antigos, né?”, relembra Júlio, com um cigarro na mão. Ainda assim, segundo ele, o cemitério é um lugar tranquilo, lugar que não demorou para se acostumar com a rotina do trabalho.Para ele, assim como para a cartomante que consultamos, as superstições não passam de um mito, de histórias que são contadas pelas pessoas. Entretanto, o coveiro não se esquece de fazer o sinal da cruz diariamente quando retorna para casa. Chayenne, por sua vez, toma diversas precauções para não dar chance ao azar. Ela

relata que “quando quebra algo, acredito que era algo ruim que poderia

acontecer, mas acertou

em algo material” e acrescenta que, “em relação, ao gato preto confesso que pesquisei muito à respeito. Depois de um tempo, descobri que ‘bruxas’ acreditam que eles são amuletos de proteção. Daí perdi o medo e penso que quando vejo um, significa proteção. Também bato na madeira e não passo debaixo de escada, é algo que me incomoda o resto do dia”, ressalta a jornalista. As superstições podem vir de diversas crenças diferentes. Algumas vêm da religião, outras da numerologia, dos signos do horóscopo, de ocultismos, de objetos e outras nem se sabe ao certo sua origem. É o que acontece com o mês de agosto, com a tradição de não passar por baixo de uma escada, ou como o ato de bater na madeira para espantar coisas ruins. De uma questão, ao menos, não temos dúvida: as crenças existem e o poder da fé depositada nelas é o que as tornam reais. Quanto ao agosto rodeado de superstições que acabamos de finalizar, vale lembrar as palavras de Caio Fernando Abreu, que fala em “agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo”. Ele se adianta e suplica, “não me critiquem por isso, angústias agostinianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Pois, para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto”. Assim como os operários de Caio Fernando Abreu, pouco importa sobre nossas superstições quando temos de levantar cedo e correr atrás de nossos sonhos. Seja o mês que for, respeite suas crenças, creia nelas, mas não se esqueça

de vestir a roupa da racionalidade para encarar o mundo que te espera

aqui fora.

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/BethsaySantaRosa

55 3512 7916 Rua Santos Dumont, 357 Sala 02 / Santa Rosa-RSHorário de atendimento: das 9h às 12h e das 13h30min às 18h30min

Sábados: 8h30min às 14h30min

METALIZADOS NA MODA 2015

Por: Ketherin Kaffka

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Pra quem gosta de brilho, o verão 2015 será propício. Visto em todas as passare-las, o metalizado estará novamente pre-sente nas roupas, calçados e acessórios. Tanto no dia quanto na noite, ele deixa qualquer look cool e descolado.

Além daquele tom fruta-cor, outros esti-los também aparecem, como os coloridos, e claro, o metal clássico, prata e dourado. Eu particularmente adoro, e acho que um ponto de metal no look faz toda a diferença. E pra usa-lo é muito simples, se for uma peça de roupa e você não quer chamar mui-ta atenção, contraponha com uma peça de cor básica. Outra ideia para você começar a usar o metalizado, é os acessórios. Aposte em um cinto bacana, um calçado com deta-lhes ou uma bolsa.Os homens também não ficam de fora des-sa onda, diversos desfiles já apresentaram metalizados nas suas composições. Para os homens mais estilosos, os metais aparecem em peças inteiras, como jaquetas e casacos, já para os mais discretos eles podem apare-cer em detalhes, como recortes em t-shirts, tênis e sapatos.

KETHERIN KAFFKABeleza, simpatia, talento e criatividade são

marcas registradas de Ketherin Kaffka. A blogueira, que particularmente tive a hon-ra de conhecer desde criança, deslanchou na carreira de modelo há 3 anos e ainda de-sembarcou na aventura de criar uma marca de roupas. Há algumas semanas Ketherin chamou ainda mais atenção do mercado da moda após ser premiada pela Calvin Klein e ganhar uma viagem para Nova Iorque.

Ketherin viveu a infância em Santa Rosa na casa de seus pais Ricardo Kaffka e Edeltraut Waldow Kaffka . Dona de uma personalidade tímida lembro que enquanto estudávamos juntas no ensino fundamental, dividíamos as horas do recreio compartilhando e plane-jando postagens no blog de fotos que man-tínhamos na época. Durante o ano de 2005 a Ketherin já manjava em montagens no computador e as amigas hão de lembrar as distintas “encomendas” que fazíamos implo-rando algumas montagens para os blogs.

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Os anos passaram e longe dos nossos blogs amadores Ketherin se profissionalizou. Ingres-sou na faculdade de Moda em Passo Fundo e formou--se em 2012. Atualmente cur-sa Design Gráfico e finaliza a Pós em Marketing pela FGV. “Eu tenho um perfil inovador e criativo, então desenvolvi um olhar apurado para reconhecer novidades e ideias que possam ser interessantes. Eu acho que o marketing é um canal desafiador, mas surpreendente, e é isso que me motiva nele. Sempre há uma nova ideia para se criar uma ação diferente, uma forma de impactar o consumidor muito além só da compra e venda”, rela-ta ela sobre o interesse nas áreas.

Desenvolvendo o perfil criativo, em 2010 a modelo caiu de cabeça no desenvolvimento de seu blog “Moda On” que se aperfeiçoou em 2013 na criação do seu site “Kaffka– Moda e Conteúdo”. Desde lá o “ditar moda” expan-diu-se para além de modismos, atingiu a pro-dução de conteúdo independente com foco nos leitores e preocupação com o consumo. O site hoje conta com mais de 30 mil acessos mensais e divulga o trabalho da modelo em parceria com marcas e empresas.

Conforme o IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística) o mercado da moda cresce a cada ano em meio a crises. Em 2013, 38% da população tratava de estarem em dia com moda e estilo, os consumido-res mais assíduos eram mulheres que representavam 79% da pesquisa. Os dados impulsionaram Ketherin e a sócia Ana Laura Sinigoski a criar no ano de 2013 a marca ANKE. “Sentimos a necessidade, pois víamos muita quan-tidade, mas pouca qualidade. Sentia falta de uma moda mais autêntica. No cenário que a gente vive hoje, as pessoas tem muita informação, com a internet é possível saber o que está rolando lá fora, ou o que é tendência antes de chegar à

A santarossense, blogueira e empreendedora desembarca em Nova Iorque para curtir o Fashion Rocks, evento de moda e rock and roll.

Por: Bárbara CorrêaFotos: Arquivo pessoal

própria loja. Eu que-ria trazer isso de uma

forma mais democráti-ca e rápida e com a op-

ção de ter algo realmente exclusivo, que fosse feito

só para você, exatamente como você quer. Podendo

escolher a modelagem, o te-cido, a estampa, tudo do jeito

que preferir”. Neste conceito a ANKE cria peças exclusivas que

podem ser escolhidas e produzi-das pela consumidora no próprio

site. Confira em www.ankemoda.com.

Para Ketherin criar sua marca não segue apenas um jogo de negócios,

a blogueira sempre entendeu a moda como um ramo no mercado que deve

ser explorado de distintas formas pelos consumidores. A moda tem mais a ofe-

recer do que vemos ou entendemos, deve ser por isso que ela insiste em se aventu-

rar nos diferentes acessos que a área ofe-rece. “Sempre quis estudar moda não para

ser apenas uma estilista. Sempre dei atenção às outras centenas de áreas que a moda tem.

Gosto muito da parte da informação, o jorna-lismo de moda, o marketing e áreas como co-

olhunter e styling me fascinam. Então é por aí que quero ir... Pra mim o que faço não é trabalho,

é um prazer. Moda tem 1% glamour e 99% de traba-lho. E muito trabalho, pois é um dos mercados mais

difíceis, pois se baseiam em detalhes, em extrema concorrência é feito de extrema sazonalidade.”

Sempre recomendei com o orgulho o trabalho da pro-fissional que paralelamente seguia como minha ami-

ga. O que mais admiro na Ketherin e o que questionei durante nossa entrevista é o fato de ter sido criada no

interior e ter escolhido um segmento de grande competi-tividade no mercado. “O fato de ser do interior é que algu-

mas coisas elevam muito o nível de dificuldade e também o nível de dedicação. Eu nunca tive muita essa nóia de “sou do

interior, sou inferior” o que mais vemos é casos de gaúchos e pessoas de lugares menores fazendo o maior sucesso quando

correm atrás. Acredito que como interioranos traçamos mais

metas e permanecemos com força de vonta-de. O preconceito existe sim, e nós precisa-mos batalhar para quebrar. Sinto também, uma imensa dificuldade do interior em re-conhecer os seus talentos. Precisamos sair nosso local, ser reconhecido nacionalmente, e a partir dai o seu lugar de origem começa a enxergar quão bom você é. Esse paradigma também precisa ser quebrado”, desabafa.

Aos 22 anos Ketherin traça planos de traba-lho e trabalho. “Meus planos giram em torno de trabalhar, trabalhar e evoluir. Sou muito nova, e aproveitei muito bem meu tempo até agora. Tenho muitas aptidões e muita vida pra viver, além de muito conhecimento pra receber”. Essa incansável busca pelo novo e desconhecido faz com que ela seja uma jo-vem cara e coragem. A modelo, designer, estilista e blogueira não cansa de acreditar que o caminho para o sucesso é busca pelo conhecimento e que os resultados só geram frutos a partir de muito trabalho, trabalho este que ela nunca hesitou em encarar e que nossa equipe nunca hesitou em apoiar.

TALENTO E BELEZA COM MUITO GLAMOUR!

PASSO A PASSO.

1- Limpar com escova ou com água e deixar secar bem:

2- Passar lixa de Madeira, dá um efeito de trabalhado:

A palavra “Pallet” é de origem inglesa. Na língua portuguesa foi adaptada como “Palete” ou “Pálete”, todas são oriundas do francês “Pallete”. É um estrado de madeira que tem sua origem na Segunda Guerra, foi criado com a finalidade de ajudar no transporte, manuseio, armazenagem e suporte de cargas, seu formato encaixa nas empilhadeiras que conseguem transportar uma carga maior e mais pesada.Aproveitando este material, que para as empresas não tem mais uso, que os paletes entra-ram na decoração e no artesanato com maior sucesso. Usar a criatividade e bom gosto é a receita perfeita, o melhor de tudo é que com a reciclagem ajudamos o meio ambiente.Encontramos os paletes facilmente em depósitos, transportadoras e empresas, o nosso foi doado gentilmente por uma gráfica.

Painel floreira de paletes24

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3- Pintar o palete com betume, (vendido nas casas de tintas), enfatizando o rústico.

4-Criar à seu gosto um painel floreira como esta com vasinhos baratinhos presos com pregos, plantando seu verde de preferência.

Por: Meri Buchholz

Painel floreira de paletes

17552_457TaAnSubFelipeHDiesel85x225.indd 1 3/28/14 7:08 PM

Turno Integral como opção para os pais.Atividades complementares para os alunos.

Uma das principais propostas de 2014, do Colégio Salesiano Dom Bosco, é o Turno Integral. Essa é uma mudança significativa para o cenário regional, já que a escola é uma das precursoras em proporcionar essa nova alternativa em educação.

Os alunos de 03 a 10 anos têm a oportuni-dade de frequentar a escola das 7h30min até às 18h. Eles são recebidos pela professo-ra e participam da “Acolhida”, onde rea-lizam momentos de brincadeiras e jogos. Após participam de atividades e diversas oficinas. Eles também realizam o almoço, dentro da Instituição, que é acompanhado por uma nutricionista. Após, as crianças realizam a higiene e são encaminhados para o descanso. Durante a tarde os alunos são encaminhados para as aulas regulares.

A ideia surgiu de uma demanda contex-tual, onde muitos pais buscam o turno integral em função do trabalho. Então, a credibilidade que tem com a escola propor-ciona segurança para deixarem seus filhos neste ambiente. A professora acompanha os alunos, do turno integral, na realização dos temas. Nos horários das oficinas, são desenvolvidas atividades como artesanato, música, expressão corporal, entre outras. Segundo a Coordenadora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, Aline Brincker, essas oficinas proporcionam di-

versos estímulos. “Estamos proporcionando atividades complementares ao currículo, que favorecem o desenvolvimento intelec-tual, físico, social e emocional por meio de atividades culturais, artísticas, esportivas e orientações de estudos”, destaca a Coorde-nadora.

A proposta do turno integral é opcional, os alunos que participam permanecem durante todo o dia na escola. Os alunos que mantém o período regular participam das aulas durante a tarde. Através de ativi-dades, oficinas e aulas são desenvolvidas ações nas áreas: arte, cultura, esporte, lazer, direitos humanos, cidadania, meio ambiente, saúde, alimentação e preven-ção. Para Aline Brincker, o Turno Integral é uma opção para os pais que priorizam a educação continuada, além dos conteúdos programáticos, com potencialidades para o desenvolvimento e a formação integral do ser humano.

Durante as primeiras semanas, um diag-nóstico está sendo realizado para identi-ficar as demandas complementares que ainda serão aplicadas, durante o ano, para o turno integral. A direção da escola acredi-ta que essa opção proporciona um traba-lho diferenciado no que diz respeito a uma educação de qualidade.

Baião de Dois

Para esta edição preparei uma receita pra lá de brasileira. O Baião-de-dois. Este prato é típico da região Nordeste do Bra-sil, oriundo do estado da Paraíba. Tam-bém é bastante apreciado nos estados de Rondônia e Acre. Consiste num preparado de arroz e feijão, de preferência o feijão verde ou feijão novo. Algumas regiões do Brasil se adiciona o charque.O termo baião, que deu origem ao nome do prato, designa uma dança típica do nordeste, por sua vez derivada de uma forma de lundu, chamada “baiano”. A origem do termo ganhou popularidade com a música Baião de Dois, parceria do compositor cearense Humberto Teixeira com o “Rei do Baião”, o pernambucano Luís Gonzaga, na metade do século XX. O baião, por ser uma mistura de dois elementos da culinária brasileira apreciados e de fácil acesso, o arroz e o feijão, é muito comum no prato dos brasileiros.

LIVRO DE RECEITAS

IngredIentes:1 xícara (chá) de bacon em cubos2 colheres (sopa) de manteiga1 pimentão verde picado1 cebola roxa ralada1 colher (sopa) de alho picado2 xícaras (chá) de feijão de corda cozido2 1/2 xícaras (chá) de arroz branco cozido1 1/2 xícara (chá) de queijo coalho em cubos1/2 xícara (chá) de cebolinha verde picadaCebolinha para decorar

Modo de preparo:Em uma panela grande, em fogo médio, frite o bacon em cubos até soltar a gordura.Retire o bacon e reserve. Na mesma pane-la, aqueça a manteiga, adicione o pimentão verde, a cebola roxa e refogue por mais 3 minutos. Acrescente o alho, o feijão e frite por 4 minutos aproximadamente. Junte o arroz e mexa. Adicione o queijo, o bacon reservado e a cebolinha, misture e sirva decorado com cebolinha por cima.

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RDEMúsica contra

a corrente Por: Manoella Fiebig

A banda Peixes Voadores ganha espaço na cenário musical gaúcha e vislumbra novos projetos ainda pra esse ano

Com a ideia de voar contra a corrente, a banda Pei-xes Voadores começa a ganhar seu espaço no cenário musical da região. Criada em 2010, a banda formada por Eduardo Daronch no vocal, Elvis Farias na bate-ria, Humberto Matheus Fabricio na guitarra e Rafael Thomaz no baixo, traz influências do heavy metal e punk rock dos anos 70 e se espelha em bandas nacio-nais para multiplicar o cardume de fãs.

A Peixes Voadores nasceu na garagem da casa dos garotos, na cidade de Tuparendi. Seu primeiro show foi em frente à igreja da cidade, “nós começamos na garagem de casa, sempre fomos amigos. Amigos de infância. Nosso primeiro show foi na frente da igreja de Tuparendi, tocamos rock para as velhinhas e para o padre”, relembra Daronch, com entusiasmo.

Desde o início, a banda tinha o objetivo de mos-trar seu trabalho autoral. “Tocamos covers, sim. Mas a ideia é mostrar o nosso trabalho mesmo”, cita Daronch. Hoje, com apenas quatro anos de estrada, o grupo já tem músicas gravadas, dois clipes e se apresentou com a banda punk Misfits, com o icônico Marky Ramone e bandas nacionais como Matanza, Velhas Virgens, Raimundos, Comunidade Nin Jitsu e Tequila Baby.

No Youtube, a banda já soma mais de 50 mil visu-alizações no clipe Zumbis do Sistema, lançado em abril deste ano, e mais de 110 mil no clipe de Sol-dado de Chumbo, divulgado no ano passado. Quando perguntamos sobre o objetivo do clipe Zumbis do Sistema, claramente inspirado na série televisiva “The Walking Dead”, Daronch ressalta que a ideia era mesclar a música, o cinema e a crítica social. A banda recebeu ainda o apoio de páginas na internet, como o Whiplash, um dos maiores sites de notícias de música do Brasil, e a The Walking Dead Walker’s, página de fãs da série que tem mais de 1 milhão de seguidores. “Foi muito gratificante, a recepção foi bem além do que nós esperávamos. Foi super diver-tido e está repercutindo muito”, acrescenta o voca-lista.

Até o final deste ano, a meta é finalizar o disco da banda, que está em fase de pré-produção e lançar material audiovisual. “Certo que vem um novo clipe

por aí”, asseguram. Além disso, os músicos estão apostando suas fichas nas composições autorais. “A ideia é tentar entrar na mente dos jovens que estão tentando se expressar. É como se fosse um grito de liberdade, pra mostrar o que está errado e ten-tar fazer diferente. Queremos puxar nossa música pro lado da educação. A música é nossa válvula de escape... foi a maneira que achamos para deixar nossa mensagem”, ressalta Daronch.

Quando questionamos sobre os desafios de produ-zir rock and roll no interior, a banda ressalta que é difícil se manter nesse ambiente, porém “se tu quer espaço, tu corre atrás, você cria seu próprio espaço, cria teus próprios festivais, vende os ingressos, vai atrás do patrocínio. Não tem outro caminho”, apon-tam. A ideia, agora, é migrar para Porto Alegre e alçar voos até São Paulo. Daronch ainda cita ACDC, reco-nhecendo que para “chegar lá, it’s a long way to the top if you wanna rock and roll”: é um longo caminho até o topo.

Torne-se um membro do “Cardume”:Para conhecer mais sobre a banda, basta

curtir a página “Peixes Voadores” no facebook e acompanhar as novidades, ou inscrever-se no canal do youtube, para conhecer as músi-cas e os clipes da banda.

Poupança não mais... Estamos na era da informação!

“Rentabilidade real da poupança no primeiro semestre foi negativa, existem produtos melhores.”

Por: Lucas Lorenzen

Olá meus caros leitores, nesta edição voltamos a falar sobre a bendita poupança. Acredito que todo mundo sabe o que é e como funciona a poupança, é o “investimento” mais tradicional no nosso país. No meu dia a dia entre uma reunião e outra é co-mum encontrar pessoas que ainda possuem uma parte significativa, quando não a totalidade, do seu patrimônio aplicado em poupança. A rentabilidade real da poupança no primeiro semestre de 2014 foi negativa, perda de 0,26% considerando a inflação do período e isso está acessível a todos, é só abrir qualquer site de notícias ou “jogar no Google”.

Estamos na era da informação, existem investi-mentos muito melhores com o mesmo risco ou te-oricamente com um risco menor. Tem NTN-B que é um título do governo federal que paga inflação mais 6% ao ano para quem segurar até o vencimen-

to do título, tem CDB’s de bancos médios e peque-nos pagando mais de 100% do CDI e mesmo com o IR gera um retorno maior que a poupança, as LCI’s e LCA’s chegam a pagar 100% do CDI com isenção de IR e são garantidas aplicações pelo FGC até R$ 250 mil. Enfim, tem muita alternativa na renda fixa basta procurar conhecimento e consultoria. Da mesma forma que quando vamos trocar de carro temos uma referência de preços e isso nos faz com-parar, nos investimentos também é preciso compa-rar, comparar para investir melhor.

O mais importante é “sair da zona de conforto”, levantar do sofá e passar a administrar mais ati-vamente o seu patrimônio. Lembre-se, o trabalho pode fazer você gerar receita, mas a riqueza só será alcançada com a correta gestão dos recursos pou-pados. Até a próxima!

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OS POVOS INDÍGENAS E A REVOLUÇÃONo final do ano passado estive presente no Primeiro “Congreso Pueblos Indígenas de América Latina - CIPIAL”, na cidade mexica-na de Oaxaca.

Por: Letícia Raddatz

No segundo dia do Congresso, em frente ao cartaz com o cronograma de apresentações, no jardim do Instituto Cultural Oaxaca, eu comia uma banana e observava a programação. Foi quando um rapaz me perguntou de onde eu era e uma conversa se desen-volveu em bom “portunhol”. Respondi que sou do sul do Brasil, um lugar próximo ao Uruguai e à Argentina. Quando percebi que tinha respondido enquanto mastigava, logo brinquei dizen-do que lá, de onde eu venho, é normal falar de boca cheia. Rindo, eu tentava engolir.Em certo momento da conversa, perguntei-lhe sobre a sua ocupação.- Yo soy un revolucionario.Ele disse isso com a maior naturalidade. Eu garga-lhei. Ainda bem que já tinha terminado de engolir a banana.Envergonho-me disso hoje. Manifestou-se naquele momento algum atavismo arraigado que me impe-diu de compreender com facilidade que a ocupação de uma pessoa não precisa necessariamente ser uma atividade rentável em termos econômicos. Isso ex-plica, mas não justifica a gargalhada. E eu me sinto idiota só de lembrar.Desculpei-me com o rapaz imediatamente depois de ele me olhar com o rosto sério e eu perceber que não era brincadeira.Ele me desculpou, e nos tornamos amigos.Seu nome é Carlos, um índio estudante e revolucio-nário. Com mestrado. Pero no zapatista, como ele esclareceu.Destaquei sua graduação porque sei que causará es-tranhamento em muitas pessoas que, absurdamen-te, ainda consideram os índios como “inferiores” aos brancos, apenas porque suas culturas não conside-ram a acumulação de capital como algo importante.Contou que pertence a uma das tribos dos arredo-res de Oaxaca, na qual viveu a famosa xamã Maria Sabina, conhecida por curar doenças usando hongos magicos, cujo uso é permitido no México para fins rituais.Em uma das muitas conversas, Carlos me explicou que a revolução que ele ajuda a construir é pacífica, de resistência. Que ele compartilha os seus conhe-cimentos em agronomia ensinando as pessoas, do campo e da cidade, a produzirem seus próprios alimentos para poderem se alimentar melhor, viver de forma mais saudável, e boicotar as empresas gi-gantes do agronegócio (as mesmas que jogam armas químicas da Segunda Guerra Mundial e da Guerra

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do Vietnã nas lavouras brasileiras sob o pretexto de produzir mais alimentos).No México, um país pouco avançado em direitos so-ciais, onde a informalidade predomina, e a política é dominada pelo imperialismo americano (um adágio popular diz que o azar do México é estar tão longe de deus e tão perto dos Estados Unidos), Carlos é um exemplo que ilustra o espírito de grande parcela da população indígena do mundo.A resistência pacífica talvez não seja o melhor mé-todo. Existe muita controvérsia quanto a isso e não me sinto nem um pouco segura, ainda, para entrar nesse mérito. Mas quem está no dia a dia da luta social sabe que nem sempre a violência que se sofre pode ser resistida sem violência.No entanto, acredito no Paulo Freire quando ele explica no seu livro clássico, Pedagogia do Oprimido, que somente os oprimidos podem nos libertar da opressão. E devem libertar a todos, tanto opressores quanto oprimidos, que são diuturnamente desuma-nizados pela opressão que impõem ou sofrem.Nesse contexto o papel dos índios, em movimentos pacíficos ou não, é e será fundamental. Certamente beberemos na fonte dos seus conhecimentos e das suas culturas para podermos nos libertar das crises ambiental e econômica que pioram a cada dia,

prenunciando o necessário fim da era capitalista, consumista e individualista.Senti, durante todo o tempo em que estive no México, e especialmente em Oaxaca, onde o Carlos me mos-trou os bairros mais pobres e circulei por algumas pequenas cidades dos arredores, que o povo mexi-cano mais marginalizado é o de origem indígena, mas é também o mais consciente, inconformado e lutador. Eles conhecem e honram sua tradição de lutas, resistindo bravamente com os seus valores e com a sua cultura.Tenho certeza que esta minha constatação não impressiona nem um pouco aqueles que conhecem a trajetória dos índios brasileiros depois da invasão do Brasil pelos europeus. Eles resistiram à escravidão e ao genocídio, e resistem até hoje na luta pelo reco-nhecimento da sua humanidade, dos seus territórios e do seu modo de vida.]Quando a hegemonia do atual modo de produção assassino, excludente, desumani-zador e destruidor terminar de ruir, nossa sobrevi-vência será resultado, em grande medida, da luta dos povos indígenas.

Então, fica a dica! Quando alguém com traços indí-genas afirmar ser revolucionário ou revolucionária, não ria! É a mais pura verdade.

Embora a popularidade do método Pilates seja mais comum entre as mulheres, é importante lembrar que inicialmente o método foi desenvolvido e aplicado para atender exigências masculinas.

O criador do Método Pilates, o alemão Joseph Pilates, aplicou os seus ensinamentos e comprovou a eficiência do seu método justamente em homens reclusos nos campos de concentração na Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial. Esses internos contemplavam melhor saúde e resistência física e não foram afetados pela Gripe Influenza que matou milhares de soldados em outros campos de concentração.

A grande maioria dos homens acredita que seus músculos precisam ser submetidos a enormes cargas e esforços para se tornarem fortes. No entanto, o método mostra que o fortaleci-mento da musculatura mais interna do nosso corpo promove uma melhor eficiência na potência muscular, deixando-os mais fortes.

Os exercícios de Pilates objetivam ainda aliviar a sobrecarga na coluna, trabalhando força e equilíbrio entre a musculatura ab-dominal e paravertebral (músculos da coluna) alinhando e ree-ducando a postura. Previne a perda de massa muscular e óssea, responsável pela osteopenia/osteoporose, promove a melhora da flexibilidade, já que estudos comprovam que os homens ten-dem a ser menos flexíveis que as mulheres e, previne lesões in-desejadas já que se trata de uma modalidade de baixo impacto.

A procura pelo Pilates vem aumentando cada vez mais, e atin-gem homens sedentários, atletas, executivos, jovens e idosos. Cada qual com os seus objetivos pessoais.

Os executivos por permanecerem muito tempo sentados, so-brecarregam de uma forma geral a coluna. Os jovens, na busca por membros superiores fortes e abdômen “trincado”. Os atle-tas na busca por melhores rendimentos no esporte como uma atividade complementar.

Seja atleta de alto rendimento ou homens que buscam um cor-po forte e sem lesões, o Método Pilates pode ser a escolha certa.

Homens também praticam PilatesAparentemente, para quem observa uma aula de Pilates, com movimentos precisos, coordenados e fluidos, leva a crer que se trata de uma atividade fácil, de baixa exigência e super feminina. Certo? Totalmente errado! Basta aventurar-se a realizar tais movimentos para perceber o quanto é difícil controlar a respiração e o centro de força (CORE) e assim executar o exercício.

Por: Letícia Kappes Hentz

Fisioterapeuta com Formação no Método Pilates com equipamentos, Mat Pilates e Pilates Bola, Pós-Graduação em Terapia Manual, inscrita no CREFITO 167.632-F.Atendendo na Clínica de Fisioterapia Rigo.Contato: 3512-6765 ou 9679-5715

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Sobre o que <nem sempre> se vêPor Cooperativa Rural de Alunos-Repórteres CooperInfo Rural, Santa Rosa (RS) Jovens com a missão de divulgar as potencialidades e as políticas públicas voltadas ao meio rural

Entre as novas propostasDeise Froelich

Entre a novidade Bruna Gunther

E o que – não – ficou para trás Patrícia Bullert

E o que deixou marcas na história Paula FriskeEnfim, entre as máquinas e tecnologias, o que

importa é QUEM que as faz mover.... José Schafer

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ESTEIRA, ELÍPTICO OU BICICLETA ERGOMÉTRICA? TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE QUAL PRATICAR

Se sua intenção é fazer uma atividade física aeróbia, sabe-se que a esteira, o elíptico e a bicicleta ergométrica são os mais indicados. Mas a escolha por um e outro, dependerá de uma avaliação física feita por um profissional habilitado que irá saber como está seu condicionamento físico e se há alguma lesão nas articulações. Através desta avaliação o profissional poderá indicar o aparelho com a carga e velocidade adequada, pois cada situação requer uma necessidade diferenciada.

Por Talita Martini

Os três exercícios são excelentes para quem deseja melhorar o condicionamento cardiovascular e ema-grecer. No entanto todos têm vantagens e desvanta-gens que os praticantes e, quem pretende iniciar a atividade, devem ter conhecimento antes de escolher em qual deles vai querer suar a camisa. ESTEIRA- MÉDIA DE 350 CAL EM 30 MINUTOS DE CA-MINHADA RÁPIDA;VANTAGENS: Envolve um número grande de grupos musculares; variação de intensidade e da inclina-ção, mais eficaz para perda de peso;DESVANTAGENS: Provoca muito impacto.A esteira é a campeã na queima de calorias, pois en-volve mais grupos musculares do que a bicicleta e o elíptico. Onde ela ainda possibilita a variação de velocidade e inclinação, permitindo que o pratican-te realize caminhada e corrida. A esteira é capaz de queimar até 36% a mais gordura do que um exercício contínuo e forte, pois o metabolismo se acelera para adaptar o corpo à mudança de ritmo. É um exercí-cio que tem muito impacto e pode ser um problema para quem tem dores ou já sofreu alguma lesão nos joelhos, tornozelos, coluna ou está acima do peso, neste caso é melhor optar por exercícios na bicicleta ou elíptico.ELÍPTICO- MÉDIA DE 270 CAL EM 30 MINUTOS DE EXERCÍCIO;VANTAGENS: Trabalha muito abdômen, glúteo e qua-dríceps; permite que a pessoa faça o exercício para trás aumentando o gasto calórico;DESVANTAGENS: Exige um condicionamento maior.O elíptico é um exercício sem impacto, não ofere-ce riscos às articulações, simula uma caminhada. Pessoas que já praticam alguma atividade tem faci-

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lidade ao praticá-lo. Pode ser feito movimento para trás, o que ajuda a torrar mais calorias, pois este movimento não é natural, o corpo precisa se esfor-çar mais para se adaptar. É um exercício que pro-porciona um gasto calórico maior do que a bicicleta ergométrica, pois envolve os braços, quadríceps, ab-dômen e panturrilha.BICICLETA- MÉDIA DE 200 CAL EM 30 MINUTOS DE PEDALADA;VANTAGENS: Trabalha os músculos inferiores, qua-dríceps e panturrilha; não exige muito condiciona-mento físico; não tem impacto; distribui melhor o peso do corpo; indicado para pessoas obesas, seden-tárias e gestantes.DESVANTAGENS: Queima poucas calorias.Por não provocar impacto e nem exigir muito con-dicionamento físico, a bicicleta é a melhor opção para os sedentários, idosos, obesos em início de tra-tamento, pessoas com problemas nas articulações e para gestantes que não praticam nenhuma atividade física. Para quem deseja perder peso ela é pouco in-dicada.Devo ressaltar que o gasto calórico em uma bicicle-ta de academia e uma convencional é diferente e a comparação é entre três aparelhos da academia. Bom agora que você tem conhecimento de cada um e tirou suas duvidas procure uma academia e um per-sonal trainer que poderá avaliar você para que tenha a escolha certa considerando seu gosto pessoal em seu treino.

Sempre procure se alimentar de maneira moderada e balanceada, beba muito líquido e faça exercícios regularmente.

CHILE – Check In na América do SulO Chile faz parte do chamado “Cinturão de Fogo do Pacífico”, região no entorno do Oceano Pacífico sujeita a vulcanismo e terremotos. É um dos países do mundo com maior quan-tidade de vulcões em seu território existem mais de 15 vul-cões ativos e inativos.Os chilenos também se destacam na literatura, além de grandes nomes o país foi contemplado com dois prêmios Nobel de Literatura, adquiridos por Pablo Neruda e Gabriela Mistral. O deserto mais árido do mundo fica no Chile. Alguns es-tudiosos afirmam que uma área do Deserto de Atacama passou incríveis 571 anos sem ver uma gota de chuva. Outro detalhe sobre o Atacama: as temperaturas podem variar de 40º C ao dia a 0º C à noite. O Atacama é uma das regiões com maior número de teles-cópios do mundo. Muitas das mais importantes descobertas da astronomia foram feitas graças a telescópios instalados lá, como o La Sila.

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Segundo o Guiness Book a maior piscina do mundo fica no Chile. Localizada no resort San Alfonso Del Mar, a piscina tem nada mais nada menos do que 1 Km de extensão, 250 mil m³ de água.Além disso algumas das melhores vinícolas estão no Chile, responsáveis por vinhos incríveis. Para quem pretende viajar, o passaporte não é preferência no país, basta o RG de brasileiro.Em mais uma edição temos a honra de contar com a co-laboração do fotógrafo Yonathan Adamchuck (lembrando que você pode conhecer mais sobre ele na nossa edição de número 19). É através do seu olhar delicado que captura imagens incríveis desse país contagiante. Yona economiza palavras, mas em contrapartida expõem sentimentos de um jeito único retratando a realidade do país.

Por Bárbara Corrêa - Fotos Yonathan Adamchuck

Há muitas curiosidades sobre os países da América do Sul. Procurados principal-mente pelas suas histórias e belezas naturais, países como o Chile, atrai visitantes o ano todo. Um paraíso nada europeu, mas tão belo quanto.

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