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CONFLITO E BULLYING

Trabalho realizado por:

Alice Cruz

Fátima Santos

Felícia Figueiredo

Natália Viseu Junho 2010

Professoras: Susana Henriques Luísa Aires

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Consequências possíveis do bullying nas vítimas

Desequilíbrio emocional: ansiedade, depressão;

Sintomas psicossomáticos como, por exemplo, dores no corpo, insónias, molhar a cama durante o sono;

Isolamento social (ter poucos amigos);

Dificuldades de relacionamento/antipatia com os pares;

Absentismo na escola;

Redução do desempenho escolar e da avaliação;

Tendências suicidas (em casos extremos).

Bullying: um conflito a erradicar

São diversas as situações de conflito nas escolas, as quais podem envolver alunos, professores ou pessoal auxiliar.

Resultam de incompatibilidades de interesses e desejos ou diferença de percepções, que podem levar a encarar o outro como inimigo.

A mediação de conflitos pode contribuir para que exista um reencontro entre os alunos e o restabelecimento das relações.

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O que é O que é o bullyingo bullying?? Introduzido nos a «provocação /vitimação» , «intimidação» ou «agressividade/violência».

O termo “bullying” surge do vocábulo em inglês to bully.

Refere-se a fenómenos que correspondem a provocação/vitimação ; intimidação ; agressividade/violência.

Foi introduzido nos países escandinavos no início da década de 80 .

Associa-se ao uso do poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção e perseguir os outros.

Representa uma acção negativa em que alguém, intencionalmente, causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a

outra pessoa.

O termo “bullying” surge do vocábulo em inglês to bully.

Refere-se a fenómenos que correspondem a provocação/vitimação ; intimidação ; agressividade/violência.

Foi introduzido nos países escandinavos no início da década de 80 .

Associa-se ao uso do poder ou força para intimidar, excluir, implicar, humilhar, não dar atenção e perseguir os outros.

Representa uma acção negativa em que alguém, intencionalmente, causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a

outra pessoa.

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Causas do bullying As situações de bullying podem estar associadas a : Práticas educativas que incluam diversas formas de violência. Carências afectivas; Permissividade; Abandono; Ausência de limites; Exposição a situações de violência; Jogos Virtuais; Influência dos Media (programas sensacionalistas ou determinadas notícias); Influência cultural (ideia de alcançar o poder a qualquer custo, a intolerância, ... ) Uso de telemóveis.

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Os agressores: comportamentos e traços de personalidade

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Que tipo(s) de agressão(ões)? Que tipo(s) de agressão(ões)?

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RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Intervenção sistémica Intervenção sistémica

Estabelecer parceria escola/família.

Partilhar objectivos e responsabilidades.

Definir “factores barreira” associados às alterações da estrutura familiar e a factores de ordem psicológica ( sentimentos de falta de auto-eficácia, desconfiança pela escola).

Elaborar programas de intervenção dirigidos aos alunos.

Solicitar a colaboração externa de mediadores sistémicos.

Intervir nos padrões de interacção, ou seja, atender ao princípio da interdependência usando estratégias centradas nos indivíduos.

Mediação de paresMediação de pares

Separar os envolvidos que têm percepções diferentes sobre a situação de conflito.

Reconhecer as emoções envolvidas no processo.

Diferenciar o foco de interesses já que são estes que definem o problema.

Introduzir conteúdos nos currículos que promovam competências para a resolução das situações de conflito.

Ensinar os alunos a identificarem exemplos concretos de situações de conflito.

Resolver construtivamente conflitos reais, que ocorram nas turmas ou na escola, criando mediadores nas turmas que rotativamente desempenham o seu papel.

Elaborar programas baseados na teoria da vinculação.

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Análise de uma situação de Análise de uma situação de bullyingbullying

A jovem agredida é detentora de qualquer tipo de vulnerabilidade que a tornou alvo de bullying;

A escola (pais, professores, Conselho Executivo) não percepciona os problemas da vítima;

A forma como a jovem respondeu às situações de agressão contribuiu para a escalada do conflito;

A sua reacção emocional aos maus-tratos fomentou o desejo de vingança; O pai intervém na defesa da sua educanda, mas parece pouco preparado para

contribuir para a resolução do conflito; O Conselho Executivo aparenta o desejo de alheamento do problema, como se não

lhe dissesse respeito; A tutela não foi informada da ocorrência; A situação é aparentemente ignorada, excepto pelo pai e pela vítima.

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Grelha de análise de uma situação de conflito/bullying: Proposta de resolução

Tipo de

conflito

Pessoas ou

partes

implicadas

Causas do

conflito/

motivações

Como se geriuProposta para

gerir de outra

forma

Bullying Físico,

verbal e

cyberbullying

Aluna

vítima.

Quatro

alunas

agressoras.

Alunos que

assistem.

Não gostam

dela.

Violência

gratuita.

Vítima ameaçada tenta defender-se

dando uma estalada: as 4 alunas

agressoras batem violentamente na aluna

vítima.

O pai queixa-se à PSP e Conselho

Executivo da escola.

A aluna vítima, que deu uma estalada,

e uma aluna agressora são suspensas.

A escola não toma medidas

preventivas.

A violência sobre aluna vítima

continuou dentro e fora da escola.

O Conselho Executivo não comunicou

a ocorrência ao ME, PSP e Comissão de

Protecção de Menores.

De acordo com a

abordagem

sistémica proposta

de Coleman e

Deutsch:

Mediação;

Formação;

Supervisão e

acompanhamento;

Envolvimento da

escola;

Envolvimento da

Comunidade.

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Impacto das atitudes dos adultos na resolução do conflito/bullying

O Bullying, nas escolas, ocorre frequentemente em locais onde a supervisão de adultos é nula ou mínima.

Os professores podem ajudar a prevenir o bullying fornecendo conhecimentos aos alunos sobre como lidar com os bullies: implementar um plano de resolução pró-activa de conflitos na sala de aula e na própria escola, que assente em regras de resolução de diferendos através de meios não violentos.

Os pais devem ser fonte de amor e afecto para com as crianças/jovens e saber impor limites ao que podem ou não fazer. Adoptar medidas educativas que não envolvam violência gera crianças menos agressivas, equilibradas e mais independentes. Devem ainda deixar que o filho(a) se sinta importante ; manter uma palavra de compromissos de modo a que a criança possa confiar nele; não confundir terror com necessidade de obediência a regras; encorajar, elogiar e dar auto-confiança de modo a melhorar a auto-estima e espírito positivo que lhe permitam enfrentar os desafios.

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Intencionalidades dos actores envolvidos na Intencionalidades dos actores envolvidos na prevenção e intervençãoprevenção e intervenção

O blog possibilita o envolvimento dos alunos e, consequentemente, o recurso a uma das estratégias mais preconizadas para a resolução de conflitos: a mediação entre pares;

Os alunos podem, através do blog, apoiar os seus pares; Mediadores que tiveram problemas de conflitos na escola aumentam a

sua auto-estima; O trabalho de mediação inter-pares está articulado com o currículo (Área

de Projecto); Os problemas da escola são resolvidos na escola, com a colaboração de

alunos e professores; Esta estratégia de resolução de conflitos incrementa características de

resiliência e desenvolve competências de formação para a cidadania.

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As tecnologias e o bullying

As tecnologias (Internet e telemóveis) como oportunidade para abuso: Ameaças através de e-mails anónimos e mensagens instantâneas;

Divulgação de rumores e acusações em sites da Internet;

Transmissão de informações falsas sobre assuntos escolares (por exemplo, a alteração de datas de testes de avaliação);

Publicação de fotografias embaraçosas e de excertos de diários.

O anonimato atenua o medo de represálias ou consequências e transforma jovens indecisos em bullies.

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As tecnologias como contribuição sistémica para a mudança

Possibilidade de realização de experiências continuadas que fomentem a resiliência;

Mediação entre pares através da comunicação online;

Criação de blogs de turma, integrados na disciplina, no currículo, na pedagogia, na cultura escolar e na comunidade (adaptado da teoria de Coleman & Deutsch, 2001);

Intervenção a nível do curriculum, para possibilitar o envolvimento do conselho de turma e a criação de programas de formação dirigidos aos alunos sobre a resolução de conflitos, fomentando a cooperação, assertividade, consciência das diferenças culturais, pacificação, melhoria da auto-estima.

Possibilidade de realização de experiências continuadas que fomentem a resiliência;

Mediação entre pares através da comunicação online;

Criação de blogs de turma, integrados na disciplina, no currículo, na pedagogia, na cultura escolar e na comunidade (adaptado da teoria de Coleman & Deutsch, 2001);

Intervenção a nível do curriculum, para possibilitar o envolvimento do conselho de turma e a criação de programas de formação dirigidos aos alunos sobre a resolução de conflitos, fomentando a cooperação, assertividade, consciência das diferenças culturais, pacificação, melhoria da auto-estima.

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As tecnologias e a denúncia/prevençãoAs situações de conflito são mediatizadas diariamente , alvo de notícias sensacionalistas, na tentativa de melhorarem níveis de audiências.

A Internet permite o acesso facilitado a imagens de situações reais, muitas vezes sem o respeito pelo direito à protecção da imagem dos envolvidos.

Após a denúncia, nem sempre é dado o necessário encaminhamento à situação, nomeadamente: Desenvolvimento de campanhas anti-violência; Prestar especial atenção aos alunos objecto de situações conflituosas; Motivar e aumentar a auto-estima dos alunos alvo de conflito; Proporcionar uma intervenção por pessoal especializado (psicólogos, assistentes sociais); Aplicar medidas correctoras imediatas perante uma atitude agressiva /violenta; Intensificar a Educação para os Valores; Desenvolver habilidades de auto-regulação e de auto-controlo.

Relativamente aos media: Evitar a exaltação da violência; Promover campanhas de sensibilização anti-violência através da imprensa escrita, rádio e televisão; Reformular a legislação sobre programação televisiva e jogos educativos .

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BIBLIOGRAFIA

Carvalhosa, S. F., Matos, M. G. & Lima, L. (2002). Bullying-A provocação/ vítima entre pares no contexto escolar português. Análise Psicológica, 4 (XX), 571-585

Costa, M. & Matos, P.(2007). Abordagem Sistémica do Conflito. Lisboa. Universidade Aberta 

Matta, Isabel (2001). Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Lisboa. Universidade Aberta

http://www.anprofessores.pt/portal/CmpComponentes/DocsVisualizar.aspx?DOCID=151

 http://ap-cd.pt/private/admin/ficheiros/uploads/559763cc6d3ebece039c5d1e904d6547.pdf

http://www.anprofessores.pt/portal/CmpComponentes/DocsVisualizar.aspx?DOCID=159