ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA BEATHRIS CAIXEIRO
DEL CISITIA
CONFLITOS NOS BALCÃS
SOROCABA
2014
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Série: 3º B
CONFLITOS NOS BALCÃS
Trabalho de Pesquisa referente aos Conflitos que ocorrem no mundo para a disciplina Geografia
Professor (a): Jussara
SOROCABA
2014
SUMÁRIO
conflitos nos Balcãs.................................................................................................4
Conflitos Étnicos, Religiosos, Políticos e Territoriais.........................................................4
Conflitos Territoriais..................................................................................................5
Reino da Jugoslávia.................................................................................................5
Iugoslávia Ocupada.................................................................................................5
Tito e a Resistência Iugoslava....................................................................................5
República Socialista Federativa da Iugoslávia...............................................................6
A Pacificação de Tito................................................................................................6
Iugoslávia Após a Morte de Tito..................................................................................6
As Novas Repúblicas e a Guerra Civil.........................................................................6
As Guerras da Bósnia e de Kosovo............................................................................7
Guerra da Bósnia....................................................................................................7
Guerra de Kosovo...................................................................................................8
Bibliografia...........................................................................................................10
CONFLITOS NOS BALCÃS
Nos tempos antigos, a partir do século IV, a região balcânica serviu
como zona limítrofe entre o Império Romano Ocidental, com capital em Roma,
e o Império Bizantino, com capital em Constantinopla. Quando a Igreja cristã
dividiu-se em duas, uma parte católica, outra greco-ortodoxa, no séc. XI, os
habitantes da região também foram obrigados a optar, por uma ou por outra
religião.
No século XV a região foi invadida pelos turcos otomanos, vindo do
Sul, depois de terem ocupado Constantinopla em 1453. No intuito de
assegurar-se da fidelidade das suas áreas ocupadas, obrigaram a população
local, especialmente os moradores da Albânia e da Bósnia, à conversão ao
islamismo.
Conflitos étnicos, Religiosos, Políticos e Territoriais
O Caldeirão dos Balcãs
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Parte norte Iugoslávia, as regiões da Eslovênia e da Croácia: governo
de imperadores austríacos, de cultura alemã e religião católica.
Centro-sul: controle dos turcos muçulmanos
até o início do século XX.
Conflitos Territoriais
Reino da Jugoslávia
No início do século XX, a Sérvia encabeçou um projeto "pan-eslavista"
com o intuito de formar a Grande Sérvia, reunindo os povos eslavos dos Bálcãs
e dominando as outras etnias da região.
No final da I Guerra Mundial, a derrota e decomposição dos impérios
Turco-Otomano e Austro-Hungaro permitiram a formação da Polônia,
Thecoslováquia, Hungria e Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que mais
tarde se tornaria a República da Iugoslávia.
Iugoslávia ocupada
Em março de 1941, Pavel, o príncipe regente da
Iugoslávia, cedendo à pressão dos nazistas e dos fascistas
italianos, foi constrangido a assinar um tratado com o Eixo, o
que colocava os Bálcãs subordinados às potências fascistas
acirrando o ódio na região.
Tito e a resistência iugoslava
A Liga Comunista da Iugoslávia, comandada
pelo guerrilheiro Josef Broz, conhecido pelo codinome
de Tito, assumiu o controle das montanhas, com os
chamados partisans, tornando a vida dos ocupantes
alemães um inferno. Perto do fim da guerra, os guerrilheiros de Tito haviam
derrotado a maioria das divisões que os nazistas enviaram, o mesmo
ocorrendo na vizinha Albânia, com os partisans comandados por Enver Hoxa.
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Cristãos Ortodoxos e muçulmanos (Catedral de Sarajevo e mesquita em Banja Luka)
Benito Mussolini e Adolph Hitler em vista a Iugoslávia
Tito e o alto comando da Resistência
República Socialista Federativa da Iugoslávia
Com a forma de governo de uma república comunista, o país era
constituído pela união federal de seis repúblicas: Sérvia, com as regiões
autônomas de Kosovo e Voivodina, Croácia, Montenegro, Eslovênia, Bósnia-
Herzegovina e Macedônia.
A pacificação de Tito
O ódio entre as diversas etnias, reestruturadas como
estados dentro da República Socialista Federada da
Iugoslávia, proclamada em 1945, foi contido devido à
política hábil de Tito e, também, pelo clima de exaustão
geral pela guerra.
Iugoslávia após a morte de Tito
Quando Tito veio a falecer, em 4 de maio de 1980, entrou em efetiva
prática uma constituição, anteriormente preparada, que tinha por objetivo
alcançar a rotatividade de etnias no poder executivo.
Os pontos fracos desse sistema eram a não possibilidade de eleição
por voto direto e a fragilidade do poder do presidente. Além do sistema frágil, a
derrocada socialista no continente contribuiu para o desmembramento
iugoslavo.
As Novas Repúblicas e a Guerra Civil
Para fortalecer a Sérvia, Slobodan Milosevic suprimiu a autonomia das
províncias autônomas: Voivodina e Kosovo. No primeiro caso, não se provocou
problemas, pois a grande maioria da população é de origem Sérvia. Já no
Kosovo, a imensa maioria da população é de nacionalidade albanesa o que
provocou uma reação frente à supressão de sua autonomia, desencadeando a
repressão Sérvia.
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Doutrina comunista com apelo internacionalista;Diminuição de influência dos grupos maiores;Não alinhamento com Socialismo Soviético;
Isto incentivou a separação da Eslovênia, juntamente com a Croácia,
da Federação Iugoslava.
As guerras da Bósnia e de Kosovo
No início de 1991, a Iugoslávia tinha como presidente um sérvio e,
segundo o que estabelecia a forma colegiada de governo, que obedecia à
sucessão rotativa da presidência, um representante da Croácia deveria
substituí-lo. O presidente sérvio, contudo, não aceitou o político croata
escolhido, e se manteve na presidência.
A Eslovênia, então - manifestando-se contra a Sérvia na questão da
sucessão presidencial e a favor da independência de Kosovo (submetida, a
partir daquele mesmo ano, novamente à Sérvia), se declarou independente da
Iugoslávia, no que foi seguida pela Croácia e pela Macedônia. Como reação,
tropas do Exército Federal, composto por soldados da Sérvia e de Montenegro,
invadiram as repúblicas da Eslovênia e da Croácia, onde se encontram
minorias de origem sérvia.
Na Eslovênia, a guerra durou pouco tempo (ficou conhecida como
Guerra dos Dez Dias), mas na Croácia a situação foi bem mais complicada,
pois a população sérvia da Croácia não aceitou a independência da região e
passou a ser armada pelas tropas federais. Ao mesmo tempo, croatas que
habitavam a Bósnia-Herzegovina se lançaram na guerra do lado da Croácia.
Guerra da Bósnia
Em março de 1992 foi a vez da Bósnia-Herzegovina também se
declarar independente. Slobodan Milosevic, que culpava Josip Broz Tito (um
croata) pela situação de crise que a Sérvia vivia, investiu com todas as suas
forças contra croatas e bósnios.
Sarajevo, capital da Bósnia, foi cercada - e por vários meses os
moradores da cidade passaram por situações críticas: o fornecimento de água,
eletricidade e aquecimento foi cortado e a ajuda humanitária que chegava até
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eles não bastavam para suprir as carências de toda a população. As tropas
federais (melhor seria dizer, da Sérvia) chegaram a ocupar 70% do território
bósnio.
Nesse conflito, conhecido como Guerra da Bósnia, a limpeza étnica foi
um dos principais objetivos. E aqui não existem "mocinhos e bandidos": dos
dois lados as atrocidades praticadas foram enormes. Mas como as tropas
sérvias eram muito melhor armadas, bósnios e croatas foram os que mais
sofreram.
Parecia que o mundo assistia impassível ao conflito que dilacerava os
Bálcãs. No clima de final de Guerra Fria, a Rússia passava por uma enorme
crise, enquanto os EUA, que estavam saindo da Guerra do Golfo (1990-1991),
relutavam em participar de mais um conflito. A Europa, acostumada, por anos,
à submissão às ordens da OTAN ou do Pacto de Varsóvia, somente impôs um
bloqueio econômico à Sérvia.
Diante dessa conjuntura, o presidente dos EUA, Bill Clinton, mesmo
violando acordos internacionais, começou a armar tropas da Croácia, que
acabaram vencendo os sérvios em Krajina.
Tal vitória forçou os líderes da Sérvia, da Croácia e da Bósnia a
buscarem uma negociação de paz, selada em novembro de 1995: Eslovênia,
Croácia, Bósnia-Herzegovina e Macedônia seriam países independentes,
enquanto a Iugoslávia seria formada por Sérvia (incluindo Kosovo e Voivodina)
e Montenegro (que em 1996 se tornou independente).
Guerra de Kosovo
Contudo, mesmo assim, depois de os Bálcãs estarem supostamente
em paz, um problema ainda não havia sido resolvido: a questão de Kosovo.
Em 1996, os albaneses de Kosovo formaram o Exército de Libertação
de Kosovo e passaram a lutar por sua independência. A Sérvia reagiu
violentamente a tal manifestação e, em 1996, estourou mais um sério conflito
separatista e étnico na região: a Guerra de Kosovo.
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Mais uma vez as tropas internacionais tardaram a chegar: depois de
muita negociação e bloqueios econômicos, somente em 1999 a OTAN
interferiu no conflito - e por 78 dias bombardeou impiedosamente a região. Em
média, os países da OTAN gastaram US$ 64 milhões por dia de conflito, o que
permite perceber o enorme e moderno aparato bélico usado. Milosevic foi
obrigado a se render. Um ano depois, o líder sérvio foi preso e entregue ao
Tribunal de Haia, para ser julgado por crimes de guerra e contra a
Humanidade.
Desde então, Kosovo passou a ser uma região protegida pelas Nações
Unidas e pela OTAN (cerca de 28 mil soldados foram deslocados para a
província). Até que, em fevereiro de 2008, o governo de Kosovo declarou sua
independência, sem que tal atitude tenha sido aceita pela Sérvia.
Tal episódio dividiu o mundo. Os EUA e parte da Comunidade Europeia
apoiam Kosovo, mas a Rússia e a Espanha apoiam a Sérvia, pois temem que o
exemplo separatista kosovar estimule grupos separatistas em seus próprios
territórios.
As peças do xadrez da política internacional estão se movimentando...
e a questão ainda não está resolvida.
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Bibliografia
• http://www.academia.g12.br/professores/ismael/
imagens_geopolitica_mundial/imagens_conflitos_et_rel/imagem2.jpg
• http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualidade/iugoslavia.htm
• http://jhunhior.blogspot.com/2008/04/fragmentao-da-iugoslvia.html
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Bálcãs
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