FACULDADE DE PARÁ DE MINAS
Curso de Administração de Empresas
Guilherme Augusto Araújo Almeida
Coproduto como ferramenta de gestão de redução de
custos
Pará de minas - MG
2012
Guilherme Augusto Araújo Almeida
Coproduto como ferramenta de gestão de redução de
custos
Monografia Apresentada ao Curso de
Administração de Empresas da Faculdade
de Pará de minas, como requisito parcial
para à obtenção do grau de Bacharel em
Administração.
Orientador: Prof.Flávio Linhares
Pará de minas - MG
2012
Guilherme Augusto Araújo Almeida
Coproduto como ferramenta de gestão de redução de
custos
Monografia Apresentada ao Curso de
Administração de Empresas da Faculdade
de Pará de minas, como requisito parcial
para à obtenção do grau de Bacharel em
Administração.
Aprovada em ____ /____ /____
____________________________________________
Prof. Flávio Linhares
____________________________________________
Prof. Marcus Vinicius
À minha família.
RESUMO
Nesta pesquisa iremos estudar a gestão de custos como um todo, para
sabermos qual a importância dela dentro das organizações e seus benefícios, para
dessa forma utilizarmos seus mecanismos dentro da gestão dos coprodutos, que
contribuem para a sustentabilidade de vários setores da economia, inclusive no setor
siderúrgico, do qual foi desenvolvida a pesquisa. Analisando o contexto do trabalho
como um todo, podemos ver o que consumo pelos vários tipos de materiais só vem
aumentando, que as maneiras de se tratar os custos desses produtos ou serviços
também cresceram juntas.
Pesquisas já realizada comprovam que quase 80% dos coprodutos gerados
pela indústria siderúrgica são reaproveitados por outros setores da economia, como
na pavimentação de estradas, construção civil, indústria de cerâmica, agricultura,
fabricação de cimento e concreto, evitando resíduos em aterros, reduzindo a
emissão de CO2 e preservando os recursos naturais não renováveis.
No trabalho foram pesquisadas duas empresas do ramo da Siderurgia, da
qual as duas são da mesma região e trabalham com as ações de sustentabilidade
muito parecidas, utilizando-se das mesmas formas de reaproveitamento e da mesma
maneira de gerar seus processos de produção. Pois todas essas ações são
revertidas em benefícios para empresas, que antes tinham poucas opções para o
tratamento e a reutilização de coprodutos subprodutos e sucatas, mas hoje como
contam com varias opções para tratar esses matérias.
Portando essa pesquisa trás benefícios tanto para área de gestão de custos
como para o meio ambiente e demonstra que os coprodutos são mais uma
ferramenta para se trabalhar dentro da organização na busca de uma melhor
rentabilidade e competitividade no mercado.
Palavras-chave: coproduto, sustentabilidade, custos
ABSTRAT
In this research we study the cost management as a whole, so we know how
important it within organizations and its benefits, to thereby utilize the mechanisms
within the management of co-products that contribute to sustainability in various
sectors of the economy, including the steel industry, which was developed to search.
Analyzing the context of the work as a whole, we can see that the consumption by
the various types of materials has been increasing; the ways to treat the cost of those
products or services also grew up together.
Research already conducted show that almost 80% of co-products generated
by the steel industry are reused by other sectors of the economy, such as road
paving, construction, ceramics industry, agriculture, manufacture of cement and
concrete, avoiding waste at landfills reducing CO2 emissions and conserving
exhaustible natural resources.
At work the two companies were surveyed branch of metals, of which two are
from the same region and working with the sustainability actions very similar, using
the same forms and reuse the same way to generate their production processes. For
all these actions are reversed in benefits for companies, which previously had few
options for the treatment and reuse of byproducts and co-products scraps, but today
as have several options for handling these matters.
Porting behind this research benefits to both management area as costs to the
environment and demonstrates that co-products are one more tool to work within the
organization in search of better profitability and market competitiveness
Keywords: coproduct, sustainability, costs
SUMÁRIO
Capítulo 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 8
1.1 Situação Problemática ....................................................................................... 9
1.2 Justificativa da pesquisa .................................................................................... 9
1.3 Objetivos .......................................................................................................... 10
1.4 Caracterização das Empresas ......................................................................... 10
Capítulo 2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................... 12
2.1 Origens dos custos .......................................................................................... 12
2.2 Conceituação ................................................................................................... 12
2.3 Classificação dos custos .................................................................................. 14
2.4 Gestão dos Custos ........................................................................................... 18
2.5 Distinção entre Coprodutos, Subprodutos e Sucatas ....................................... 21
2.6 Coprodutos da Siderurgia ................................................................................ 24
Capítulo 3 METODOLOGIA CIENTÍFICA .................................................................. 30
3.1 Abordagem do problema .................................................................................. 30
3.2 Objetivo da pesquisa ........................................................................................ 31
3.3 Procedimentos da pesquisa ............................................................................. 31
3.4 Análise e Coleta de Dados ............................................................................... 31
Capítulo 4 ANÁLISE DE DADOS .............................................................................. 32
4.1 Interpretação dos Dados obtidos ..................................................................... 33
Capítulo 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
ANEXOS ................................................................................................................... 42
8
Capítulo 1 INTRODUÇÃO
Há um esforço continuo das empresas para reduzir o consumo de matérias-
primas e estabelecer processos cada vez mais eficientes, sendo assim essa
pesquisa procura conhecer os mecanismos que trazem resultados econômicos e
ambientais, minimizando o uso de recursos não renovais e os impactos sobre a
natureza.
A produção de resíduos vem aumentando com o avanço tecnológico e
industrial em todos os países do mundo, independente do seu grau de
desenvolvimento. Torna-se necessário desenvolver e implementar tecnologias para
que se possa destinar, de maneira adequada e segura, os resíduos.Como
consequência , a reciclagem de resíduos é considerada , por vários setores
industriais, uma prática a contribuir para a minimização de tais problemas.
A legislação ambiental determina que o gerador de resíduos industriais seja o
responsável pela sua destinação adequada, com tratamento antes da disposição
final ou armazenamento temporário, de forma que não prejudique o meio ambiente.
(Instituto Aço Brasil, 2010)
O consumo per capita de aço bruto no Brasil é de 108 kg por habitante/ano, e
são gerados 640 kg de coprodutos para cada tonelada de aço produzida. São
materiais que sobram de um processo produtivo, e que possuem um grande
potencial de reutilização, tanto no mesmo processo, quanto em qualquer outro, ao
invés do descarte final.
A gestão dos co-produtos, subprodutos e sucatas geradas no processo
produtivo, vem com o propósito de buscar a minimização dos impactos ambientais e
a redução do uso de matérias primas. Sendo assim, trata-se de mais um tema a ser
pesquisado a fim de que seja instrumentalizado na redução de custos.
9
1.1 Situação Problemática
Qual a importância dos coprodutos como ferramenta de gestão de redução de
custos numa empresa?
1.2 Justificativa da pesquisa
Nesta pesquisa analisaremos a gestão de custos num plano mais geral, para
sabermos qual a sua importância dela dentro das organizações e seus benefícios,
para utilizarmos seus mecanismos dentro da gestão dos coprodutos que contribuem
para a sustentabilidade de vários setores da economia. Ademais, nessa pesquisa
estudaremos especificamente indústrias siderúrgicas.
Pesquisas já realizadas comprovam que quase 80% dos co-produtos gerados
pela indústria siderúrgica são reaproveitados por outros setores da economia, como
na pavimentação de estradas, construção civil, indústria de cerâmica, agricultura,
fabricação de cimento e concreto. Como consequência evita-se que resíduos sejam
depositados em aterros, reduzindo assim, a emissão de CO2 e preservando os
recursos naturais não renováveis.
Portando, essa pesquisa traz benefícios tanto para área de gestão de custos,
como para o meio ambiente. Também demonstra que os coprodutos são mais uma
ferramenta para se trabalhar dentro da organização na busca de uma melhor
rentabilidade e competitividade no mercado.
10
1.3 Objetivos
Gerais:
Pesquisar e analisar os fundamentos da formação dos custos, que são os
gastos destinados à produção, para assim chegarmos às ferramentas necessárias
para a gestão de coprodutos. Demonstrando como eles são utilizados na
substituição de matérias-primas em outros processos produtivos, para o melhor
reaproveitamento e sustentabilidade do setor.
Específicos:
Conhecer a Formação dos custos;
Trabalhar as ferramentas de Gestão de Custos;
Conhecer e diferenciar os Co-produtos, subprodutos e sucatas;
Trabalhar a importância do reaproveitamento e da sustentabilidade, tendo
como ferramenta a Gestão dos Coprodutos, Subprodutos e Sucatas.
1.4 Caracterização das Empresas
O Estado de Minas Gerais atraiu a atividade siderúrgica por ser rica em dois
insumos básicos para a produção do ferro gusa – o carvão vegetal e o minério de
ferro, transformando-se no maior produtor do Brasil, possuindo atualmente sessenta
e oito indústrias siderúrgicas na região de Minas Gerais.
Especificamente na região de Pará de Minas, onde foi feita a pesquisa, são
duas siderúrgicas instaladas, que atuam a mais de quinze anos na região, com
importante participação para a economia local.
A história do ferro gusa é muito marcada pelas bruscas flutuações no preço
do produto no mercado internacional, ocasionando picos de vendas intercaladas
com paralisação em massa da produção, como ocorreu a partir de outubro de 2008,
em decorrência da crise econômica global. (Instituto Aço Brasil, 2010)
O setor de siderurgia em Minas Gerais tem uma imagem negativa, atribuída
principalmente pelos desmatamentos de florestas nativas que realizou durante
décadas para a produção de carvão vegetal. Além disso, sempre foi alvo constante
11
de denúncias e um dos setores campeões em número de autuações aplicadas pelo
órgão ambiental.
Com o passar dos anos, boa parte do setor foi melhorando seu desempenho
tecnológico, com a adoção de medidas, muitas vezes exigidas pelo órgão ambiental,
e outras realizadas por iniciativa própria. O processo industrial do ferro gusa não foi
marcado por muitos avanços tecnológicos desde a implantação dos primeiros altos-
fornos, e ainda depende muito da mão-de-obra humana. Em Minas Gerais, houve
grande avanço, principalmente a partir do século XXI, no quesito de
equipamentos/instalações de controle ambiental, com a implantação de sistemas de
despoeiramento de efluentes atmosféricos, tratamento de esgoto sanitário e águas
pluviais, entre outros, mas tudo resultado das exigências do órgão ambiental.
12
Capítulo 2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Origens dos custos
A necessidade de estudos e conhecimentos sobre gastos começou junto com
o desenvolvimento das civilizações, onde o comercio de bens de consumo começou
a se desenvolver e o homem deixou de pensar somente no seu consumo familiar e
passou a explorar bens da natureza para se beneficiar e oferecer a outros homens
seus bens de consumo.
Conforme (Dutra, 2003) Com a descoberta de novas tecnologias e o
aparecimento de sistemas complexos de produção e o consequente crescimento
das empresas houve a necessidade de um maior controle que proporcionasse um
melhor gerenciamento dos processos produtivos e de aplicação de capital,
apresentando resultados mais positivos em suas operações. Dessa forma, foram
desenvolvidas técnicas para a racionalização da produção, surgindo o controle dos
custos, que oferece aos gestores das organizações saberem quanto custa produzir
cada um dos seus produtos ou serviços de sua empresa. Facilitando assim a
verificação da margem de lucro de cada produto. Nesse Processo, são comparados
os custos de produção aos preços de venda para uma tomada de decisões sobre as
melhores alternativas a serem adotadas em busca da melhor rentabilidade.
2.2 Conceituação
Para melhor conhecer e entender os custos, devemos abordar alguns
conceitos que sempre nos deparamos no dia a dia ou nas organizações. São eles:
matéria-prima, mão-de-obra, gastos, preço, receita, despesa, perda, doação,
desperdícios e custos, para assim tratarmos acerca do assunto com maior facilidade.
De acordo com (Dutra, 2003) Matéria-Prima é o nome dado ao material que
sirva de entrada para um sistema de produção qualquer e que sofrerá transformação
ou agregação para o surgimento de outro bem diferente. Esta pode ser adquirida de
outras empresas. Nesses casos, seu valor representa o somatório das
remunerações de cada classe de pessoas envolvidas em todas as fases do
13
processo produtivo, ou também pode ser obtida na extração diretamente da
natureza, onde é um bem natural, ou seja, o custo será zero.
Segundo (Dutra, 2003) Mão-de-obra é o elemento que atua sobre a matéria-
prima para a obtenção de outro bem, quer transformando, quer agregando varias
matérias-primas.
Os gastos são necessidades que estão direta ou indiretamente ligadas à
elaboração dos bens, mas que não são classificados nem como matéria-prima nem
como mão-de-obra. São sacrifícios financeiros com os quais uma organização tem
que arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo considerados esses objetivos, a
obtenção direta de um produto ou serviço qualquer. (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006) ressaltam que é preciso ter cuidado para não confundir gastos com
desembolso, pois o dinheiro é desembolsado, mas o que é realmente gasto, são os
bens e serviços utilizados e obtidos através do desembolso imediato ou futuro.
Também afirmam que todos os gastos incorridos no processo produtivo de uma
empresa industrial ou no processo da execução de determinado serviço são
classificados pela contabilidade como custos de produção ou fatores de produção.
Preço é o valor estabelecido a um produto ou serviço para efetuar uma
transação. Além do custo, no preço pode estar ou não incluído o eventual lucro ou
prejuízo, concluindo-se que o preço pode ser simplesmente igual ao custo, ou igual
ao custo mais o lucro, ou ao custo menos o prejuízo. Dessa forma, se o preço for
igual ao custo, não haverá prejuízo, nem lucro. Evidentemente, se o preço for maior
que o custo, haverá lucro; caso menor que o custo, haverá prejuízo.
A Receita de um bem consiste no seu preço de venda multiplicado pela
quantidade vendida.
Desembolso é o pagamento parcial ou total de algo adquirido, elaborado ou
comercializado. Em outras palavras, desembolsar é tirar do bolso, significa pagar ou
quitar. Ele ocorre após a aquisição da propriedade de um bem ou serviço, podendo
ser executado antes ou após a posse. Segundo essa afirmativa (Hernandez,
Martins, & Guedes, 2006) confirmam que o desembolso ocorre devido ao
pagamento de uma compra efetuada à vista ou de uma obrigação assumida
anteriormente como, por exemplo, a compra de matéria-prima à vista, pagamento de
salário dos funcionários, pagamento de empréstimo bancário e pagamentos de
despesas programadas no período anterior.
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Despesa é o gasto necessário para a obtenção de receita, é a parcela do
gasto que ocorre desligada das atividades de elaboração dos bens e serviços, são
gastos incorridos durante as operações de comercialização. Mas, de acordo com
(Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) as despesas são gastos relativos aos bens e
serviços consumidos no processo de geração de receitas e manutenção dos
negócios da empresa. Ademais, esses gastos são direta ou indiretamente ligados à
realização de receitas.
Perda consiste no gasto involuntário e anormal que ocorre sem intenção de
obtenção de receita. Um exemplo seria a perda de matéria-prima ou outros itens
perdidos por acidentes, tais como: inundações, incêndios e etc.
Doação é o gasto voluntário efetuado sem intenção de obtenção de receita e
sem qualquer ligação com as atividades para as quais a empresa foi criada.
Desperdícios são ocorridos nos processos (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006) afirmam que o desperdício está sendo classificado como custo ou despesa e
sua identificação e eliminação é fator determinante do sucesso ou fracasso de um
negócio.
Por fim, de acordo com (Dutra, 2003) Custo é a parcela do gasto que é
aplicada na produção ou em qualquer outra função de custo. É o valor aceito pelo
comprador para adquirir um bem ou é a soma de todos os valores agregados ao
bem desde sua aquisição, até que ele atinja o estágio de comercialização.
2.3 Classificação dos custos
Custos de Produção são os que ocorrem nos setores de produção e
necessários apenas à fabricação dos produtos e à execução dos serviços, incluindo-
se o custo de aquisição dos materiais, acrescidos dos demais gastos incorridos na
produção.
Custos Administrativos são os necessários à administração, programação e
controle, elementos indispensáveis às políticas organizacionais das atividades das
empresas.
Custos de Comercialização são aqueles necessários a movimentação,
controle e distribuição dos produtos, desde sua compra e pagamento aos
fornecedores, à sua distribuição e recebimento dos clientes.
15
Custos Diretos são aqueles que podem ser alocados diretamente a cada
produto, e que podem ser imediatamente apropriados a um só tipo de produto ou a
um só tipo de serviço.
Custos Indiretos são aqueles que não podem ser alocados diretamente a
cada produto. Sendo assim, são rateados para que possam integrar um custo a
cada produto. O rateio é uma divisão proporcional por uma base cujos dados
tenham valores conhecidos em cada uma das funções de custos e que se julga que
o custo ocorre nas mesmas proporções dessa base.
Custos Fixos ocorrem período por período sem variação dentro de
determinada capacidade instalada e são independentes ao volume de produção
como demonstra a tabela abaixo:
Custos Fixos de um Período
Volume de produção Custos Fixos por Unidade
$ 12.000 01 unidade $ 12.000
$ 12.000 5000 unidades $ 2,40
$ 12.000 4000 unidades $ 3,00
A análise da tabela demonstra a seguinte conclusão: o valor de cada
unidade produzida acompanha a variação do volume de produção, por se tratar de
um valor fixo diluído por uma quantidade maior, ou seja, quanto melhor a utilização
da capacidade instalada da fabrica, menor serão os custos unitários de produção.
Custos Variáveis são a soma dos fatores variáveis em uma produção e variam
de acordo com o volume produzido ou vendido. Podem estar presentes em um
período e no outro não. Dessa maneira; o valor absoluto dos custos variáveis cresce
à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Graficamente podemos
representar os Custos Variáveis da seguinte forma.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
0 100 200 300 400 500
$
Quantidade de Produção
Total dos Custos variáves
16
Custos Mistos são os que possuem, em sua totalidade, uma parcela fixa e
outra variável. Um exemplo é o aluguel de uma máquina copiadora, cujo valor é fixo
até determinado número de cópias e, a partir desse número, passa a variar em
função de cópias tiradas. Ou seja, existe uma parte fixa, e outra que pode ou não
variar de acordo com o volume.
Custos Diretos são aqueles que podem ser quantificados e identificados no
produto ou serviço com facilidade. De acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006), não são necessários critérios de rateio para serem alocados aos produtos
fabricados ou serviços prestados, já que são facilmente identificados. Os custos
diretos, na grande maioria das indústrias, compõem-se de matérias primas, mão de
obra direta e entre outros.
Custos Indiretos são os custos que não são perfeitamente identificados nos
produtos ou serviços, não podendo ser apropriado de forma direta para unidades
específicas. Portanto necessitam de um critério de rateio para sua alocação.
Custo dos Produtos vendidos de acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006), são o valor dos gastos incorridos no processo de produção dos bens que
foram sacrificados para que a empresa gerasse receita de vendas de produtos.
Custo das Mercadorias vendidas consistem no valor dos gastos incorridos no
processo de aquisição dos bens que foram sacrificados para que a empresa gerasse
receita de vendas de mercadorias.
A diferenciação de Produtos e Mercadorias é que os Produtos passam por um
processo de transformação, já a Mercadoria é o bem que é apenas revendido, sem
ser alterada sua composição original.
Para complementarmos o que foi dito anteriormente foi criado o seguinte
fluxograma baseado nos conceitos de Custos e Despesas, fixas e variáveis,
Indiretas e Diretas propostos por (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006).
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Gastos
Consumo de bens e Serviços
Custos
Gastos Incorridos na Produçao de novos Bens ou
serviços
Fixos
Aluguel e Depreciaçao
Indiretos
Apropriaçãode forma subjetiva por criterios de rateio
Variaveis
Material Direto
Diretos
Apropriaçao de forma objetiva por meio de controles
Despesas
Gastos Incorridos no processo de
geração de receitas
Fixas
Despesas Administravivas
Indiretas
Apropriadas de forma subjetiva por criterios de rateio
Variaveis
Comissao Sobre vendas
Diretas
Apropriadas de forma obejtiva por meio de controles
18
2.4 Gestão dos Custos
O Controle dos Custos além de apurar seus custos de fabricação para efeito
de demonstrações financeiras e pagamento de impostos, a empresa necessita
conhecer seus custos para poder controlá-los. Sobre esse assunto, os autores
(Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) argumentam que a maneira mais simples e
concisa de controlar, significa conhecer cada realidade e compará-la a algo que se
esperava. Também analisar as possíveis diferenças e identificar as causas, para
assim tomar as decisões necessárias para eliminar e reduzir as diferenças. O
sistema de custeio que melhor atende a finalidade de controle é conhecido como
custeio padrão ou standard, que por meio de análises técnicas da experiência
passada e da expectativa do futuro, são estabelecidos padrões ou objetivos de custo
para determinados produtos ou departamentos, sendo comparados com a realidade
para efetivação do controle.
A Gestão de Custos para eliminação de desperdícios identifica possibilidades
de melhorias de processo que resultem na identificação e eliminação de
desperdícios que podem vir a onerar o custo da produção e reduzem a lucratividade
ou competitividade das empresas. De acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006) o sistema de custeio que melhor atende a essa necessidade Baseado em
Atividades, é por meio da descrição de processos, funções, atividades, tarefas e
operações, permite identificar atividades que não agregam valor, e demonstrar qual
seu custo e sua participação nos custos dos produtos, para assim aplicar as
ferramentas gerencias que possam identificar os erros a serem eliminados.
Nas empresas industriais, a elaboração das demonstrações contábeis de
forma correta depende diretamente da avaliação do custo dos produtos fabricados,
tanto dos produtos vendidos como daqueles que permaneceram dentro da empresa
como produtos acabados ou em processo de fabricação. Sendo assim, a Gestão dos
Custos é um auxilio muito grande na tomada de decisões gerenciais. Dentre os
comuns, pode-se citar a fixação de preço de venda, o cálculo da lucratividade e a
rentabilidade dos produtos. Alem disso, de acordo com (Hernandez, Martins, &
Guedes, 2006), com o atual dinamismo da economia, os administradores
necessitam de informações confiáveis e rápidas, para uma tomada de decisão que
os possibilitem o alcance e a superação de metas e resultados.
19
Margem de Contribuição segundo (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) é
um conceito de extrema importância para o custeio variável e para tomada de
decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença
entro o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis
(Martins, 2010) Conceitua Margem de Contribuição por unidade como sendo
a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto. É o valor que
cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que
de fato provocou e que lhe pode ser imputada sem erro.
Margem de Contribuição unitária é dada pela fórmula:
MC = PV – (CV + DV)
Onde:
MC = Margem de Contribuição
PV = Preço de venda
CV = Soma dos custos variáveis
DV = Soma das despesas variáveis
De acordo com (Martins, 2010) a melhor maneira de se avaliar o grau de
sucesso de um empreendimento é calcular seu retorno sobre o investimento
realizado e a margem de contribuição é uma das ferramentas essenciais para
obtenção dessa informação.
Custos para melhoria de processos de eliminação de desperdícios que antes
eram considerados de pouca importância, hoje passaram a ser fundamentais para a
sobrevivência e expansão das empresas, para sobreviverem ao mercado
globalizado e competitivo.
Melhor desenho de produtos: produtos cada vez mais sofisticados, de alta
tecnologia e de vida útil cada vez menor
Maior Sensibilidade para o mercado: o consumidor tem liberdade de escolha e
valoriza seu dinheiro, o código de Defesa do Consumidor tornou o cliente mais
exigente com relação à qualidade dos produtos.
Melhor desenho do processo: os processos produtivos devem ser eficazes,
para que sejam evitados gargalos e desperdícios. A implementação de células de
produção passou a ser fundamental para a flexibilidade da produção.
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Melhor gestão estratégica: uma gestão voltada para o mercado passou a ser
fundamental. Filosofia, missão, valores, propósitos, planejamento estratégico
estabelecem instrumentos de controle.
Melhor gestão operacional: um adequado Sistema de informações gerenciais,
adaptado às novas ferramentas de apuração e processamento de informações,
fornece subsídios essenciais para o controle das operações.
Tratamento Contábil das Perdas de Materiais
Segundo (Martins, 2010) em vários processos produtivos ocorre o desperdício
de materiais, principalmente de matérias primas. Entram 10.000 kg de determinado
material, por exemplo, mas 700 kg são desperdiçados, não se incorporando ao
produto elaborado. Sendo assim, surge a necessidade de diferenciarmos as Perdas
Normais das Perdas Anormais.
Perdas Normais são inerentes ao próprio processo de produção, são
previsíveis e já fazem parte da expectativa da empresa, constituindo-se num
sacrifício que ela sabe que precisar suportar para obter o produto
As perdas Anormais ocorrem de forma involuntária, e não representam
sacrifício premeditado, como é o caso de danificações, degeneração, incêndio,
desabamento, etc. Segundo (Martins, 2010)
“As Perdas Normais podem ocorrer por problemas de corte, tratamento térmico, reações
químicas, evaporação etc., e por serem inerentes à tecnologia da produção, fazem parte do
custo do produto elaborado. Se entrarmos com 10.000kg de material, mas aproveitarmos
apenas 9.300 kg em condições normais, para os produtos será apropriado o valor total dos
10.000kg. O custo do material perdido fará parte do custo dos produtos fabricados ou dos
serviços prestados.” (Martins, 2010, p. 122)
“Por sua vez, as perdas Anormais não sofrem o mesmo Tratamento, por serem aleatórias e
involuntárias, deixam de fazer parte do custo da produção e são tratadas como perdas do
período, indo diretamente para o resultado, sem se incorporarem aos produtos; só deixam de
ser assim tratadas se forem de um valor em reais muito pequeno, e, devido a sua irrelevância,
em nada influírem na avaliação dos estoques. Caso aqueles 700kg fossem perdidos por um
problema anormal, um incêndio, por exemplo, não seriam incluídos no Custo da Produção, e
os bens elaborados arcariam com o custo relativo aos 9.300kg.” (Martins, 2010, p. 122)
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Tratamento Contábil dos Subprodutos e das Sucatas
Durante um processo produtivo surgem materiais que não são aproveitados,
mas que trazem algum tipo de recuperação à empresa, através de sua venda.
Nascem ai os Subprodutos e as Sucatas.
Conforme (Martins, 2010) Subprodutos são itens que nascem de forma
natural durante um processo de produção. Possuem comercialização normal no que
diz respeito a preço e compradores, mas que têm uma representação pouco
significativa no faturamento total da empresa. Devido a isto e também ao fato de se
originaram de desperdícios, deixam de ser considerados produtos propriamente
ditos. Segundo autor, surge daí o problema de como avaliarmos esses estoques de
subprodutos e de como contabilizarmos suas vendas. Sendo assim, o procedimento
mais correto é o de considerarmos a receita originada de sua venda como redução
do custo de produção da empresa.
Conforme (Don & Maryanne, 2001) o principal objetivo da contabilidade de
subprodutos é determinar o resultado e o estoque para propósitos de relatórios
financeiros. Quando ocorre a geração de subprodutos, nenhum valor é lançado para
subprodutos no momento da produção, isto é feito somente na venda. As receitas de
vendas sobre subprodutos são tratadas como redução do custo do produto principal.
A justificativa para isso seria a de que os custos conjuntos foram incorridos para
obter os produtos principais. Portando, a receita de subprodutos deve reduzir o custo
do produto principal devido à analogia muito próxima entre gestão de desperdício,
resíduos e sucatas.
O melhor método de se fazer esses ajustes é o de incluir custos de
processamento, mais despesas administrativas e de vendas ligadas ao manuseio do
subproduto, a receita líquida então adquirida é creditada ao custo do produto
principal.
2.5 Distinção entre Coprodutos, Subprodutos e Sucatas
Em vários tipos de processos produtivos existe um fenômeno, muitas vezes
comum, que é o da Produção conjunta. Consiste no aparecimento de diversos
22
produtos a partir da mesma matéria prima e de acordo com (Martins, 2010), alguns
exemplos são o aparecimento de óleos e farelos a partir da soja, os ossos e os
diferentes tipos de carnes vindos do boi, a gasolina, querosene e etc. vindos do
petróleo. Produtos conjuntos que decorrem dos mesmos materiais, normalmente
classificados em Coprodutos e Subprodutos. (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006),
complementam dizendo que é cada vez mais comum a existência de companhias
que utilizam o mesmo complexo industrial para a produção de diversos coprodutos
ou subprodutos, que são gerados através da utilização da mesma matéria-prima,
máquinas e mão-de-obra, e vem ocorrendo principalmente nos setores de industriais
petroquímicas, farmacêuticas, usinas de processamento de produtos agrícolas, setor
metalúrgico, mineração e etc.
Já sabermos que o que separa o Subproduto da sucata são as características
de valor de venda e condições de comercialização normais. A partir dessa afirmação
(Martins, 2010), diz que os Coprodutos são os próprios produtos principais, assim
chamados porque nascem da mesma matéria prima e que tem correspondência no
faturamento da empresa.
Para contabilidade, as Sucatas não recebem atribuição de nenhum custo,
exatamente pelos problemas relativos à sua potencialidade de obtenção de renda.
(Hernandez, Martins, & Guedes, 2006). Afirmam que a sucata também conhecida
como sobra, pedaço, resíduo e apara, trata-se de um produto que pode ou não
surgir do processo de produção normal, assim como os co-produtos ou subprodutos
rejeitados, ou mesmo de um lote de matérias reprovado pelo controle de qualidade.
Já o Subproduto devido à maior facilidade de comercialização, tem tratamento
diferenciado: à medida que é produzido, tem seu valor liquido de realização
considerada como redução do custo de elaboração dos produtos principais.
Necessidade e Benefícios do correto tratamento de Coprodutos, Subprodutos
e Sucatas
A primeira necessidade para se ter uma gestão de Coprodutos, Subprodutos
e Sucatas é a de atender às legislações ambientais, que principalmente no setor da
siderurgia são muito cobradas, pelo fato do setor gerar muitos resíduos durante os
processos produtivos de ferro e aço.
23
De acordo com (Instituto Aço Brasil, 2010), Os Coprodutos são materiais que,
juntamente com o aço, resultam do processo siderúrgico e para os quais foram
desenvolvidas tecnologias que permitem sua utilização, de forma ambientalmente
adequada, como matéria prima ou fonte de energia na própria atividade geradora ou
por terceiros.
O uso de Co-produtos contribui para a sustentabilidade da indústria do aço,
evitando a deposição de resíduos em aterros, reduzindo a emissão de CO2 e
preservando os recursos naturais não renováveis.
A (Gerdau S.A, 2009) demonstra que quase 80% dos coprodutos gerados são
reaproveitados pela indústria siderúrgica ou por outros setores da economia, como
na pavimentação de estradas, na fabricação de baterias, em cimenteiras e na
indústria de cerâmica. Os materiais não reaproveitados são encaminhados para
centrais de armazenamento aprovadas pelas autoridades ambientais, as quais
seguem rigorosamente a legislação vigente.
De acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) o surgimento dos
subprodutos decorre da evolução da tecnologia dos processos produtivos, que
permite o aproveitamento, em nível comercial de parte das sobras ocorridas na
produção. Por exemplo, o vinhoto resultante do processamento da cana-de-açúcar
nas usinas, que era até recentemente considerado como um lixo poluente dos rios e
lagos, mas atualmente as usinas já estão reaproveitando comercialmente tais
resíduos para fabricação de fertilizantes. Outro exemplo também são as sobras nos
frigoríficos, que até recentemente eram incineradas ou jogadas no lixo, agora são
exploradas comercialmente para a fabricação de ração animal.
São essas ações que trazem a sustentabilidade aos diversos setores da
economia. Trata-se de algo que será muito cobrado daqui para frente. É cada vez
mais necessário termos o uso consciente de todos os materiais, a fim de que não
prejudiquemos a vida no planeta, tanto a médio, quanto à longo prazo.
Sustentabilidade no Setor Siderúrgico
A sustentabilidade é um assunto muito importante a ser tratado atualmente,
onde o consumo e a produção de produtos e serviços estão a cada dia maior,
descobrir maneiras sustentáveis de se trabalhar os recursos, principalmente os não
24
renováveis está virando prioridade. Para que gerações futuras possam viver bem, o
que consumimos e produzimos hoje deve ser controlado, para não causar sérios
danos no futuro.
É com esse pensamento que o (Instituto Aço Brasil, 2010) demonstra que ao
produzir aço, as empresas geram Coprodutos e Resíduos. As escórias de alto-forno
e aciaria são utilizadas na fabricação de cimento e pavimentação de vias, por
exemplo. Já os pós e lamas coletados nos sistemas de controle de efluentes líquidos
e atmosféricos são reciclados no processo, gerando benefício ambiental adicional,
devido à redução do consumo de recursos naturais, como minério de ferro e carvão.
A geração própria de energia também é referência nas ações de sustentabilidade do
setor. Os gases gerados no processo de produção são utilizados na geração de
energia.
A maior parte da água usada no processo siderúrgico (94%) é continuamente
re-circulada, reduzindo drasticamente a necessidade de captação externa de água.
Apenas 6% do volume total da água necessária para a produção do aço é captada
em rios. Dessa forma, a água dos cursos d’água fica disponível para outros usos,
como o abastecimento de municípios, geração de energia e na agricultura. Além
disso, a indústria do aço tem o compromisso com a melhoria da qualidade de vida
da sociedade brasileira através da manutenção de usinas eficientes, produtivas e
orientadas pelo mercado, gerando oportunidades de crescimento e riqueza para
colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas e comunidades.
2.6 Coprodutos da Siderurgia
As escórias representam cerca de 60% dos Co-produtos gerados pelo
processo produtivo das siderúrgicas. Encontrar alternativas para agregação de valor
a estes materiais constitui o grande foco da Gestão dos Co-produtos, Subprodutos e
Resíduos.
Conforme o (Instituto Aço Brasil, 2010) a escória de alto forno é obtida no
processo de produção do ferro gusa nos altos-fornos das empresas e passa por um
processo de granulação e beneficiamento para ser disponibilizada ao mercado. Sua
principal utilização é na fabricação de cimentos. Esta aplicação ocorre desde 1991 e
25
o percentual de utilização de cimentos que levam em sua composição a escória de
alto forno cresce a cada ano. Além das características especiais e o uso para toda e
qualquer obra, são cimentos que propiciam benefícios ambientais, devido à
substituição de clínquer por escória de alto forno e, consequentemente, reduz a
emissão de CO2 e o consumo de recursos naturais não renováveis (jazidas de
calcário).
Já a escória de aciaria é um resíduo gerado no processo de produção e refino
do aço. Após seu resfriamento, beneficiamento e controle de qualidade, passa a ser
classificada como agregado siderúrgico podendo ser aplicado principalmente em
lastros ferroviários, bases e capas asfálticas de pavimentos rodoviários, e
fertilizantes de solos.
Os Finos de Carvão e Finos de Coque são materiais resultantes da
movimentação e peneiramento dos carvões e do coque. Apresentam-se na forma de
pequenas partículas e são utilizados como combustível para reuso na siderurgia ou
outras indústrias.
Os Finos de Minério são materiais resultantes da movimentação e
peneiramento do minério de ferro. Apresenta-se na forma de partículas finas de
óxido de ferro que é matéria prima para a sinterização e produção de cimento.
A área de Produtos Carboquímicos é responsável pelo tratamento do gás,
gerado durante o processo de produção de ferro-gusa nos alto-fornos. O gás é
beneficiado em um sistema de limpeza para ser usado como fonte de geração de
energia em outras unidades da usina, assim como para obtenção dos produtos
carboquímicos, com alto valor agregado.
Valorização da Gestão de custos, na produção conjunta, dos Co-produtos,
Subprodutos, Sucatas.
Diversas metodologias são utilizadas para custeio da produção conjunta.
Coprodutos devem ser valorizados com base nos custos efetivamente incorridos,
atribuídos conforme métodos de pesagens ou medições adequadas. Na
impossibilidade de aplicação de critérios objetivos, a apropriação dos custos poderá
ser efetuada por métodos com critérios arbitrários, inexatos, onde deve se verificar o
melhor a ser aplicado que são eles:
Método do valor de mercado.
26
Método dos Volumes Produzidos.
Método das Ponderações.
Método da Igualdade do Lucro bruto.
Para exemplificar a utilização desses métodos arbitrários de apropriação de
custos conjuntos, tomar com base os seguintes dados:
Quadro 1.1: Informações sobre o custo de produção e faturamento de co-
produtos.
Co-produtos Quantidade produzida e Vendida
Preço unitário- $ Faturamento de vendas -$
A 5.000 05 25.000
B 3.000 10 30.000
C 2000 20 40.000
10.000 95.000
Consumo de custos Conjuntos $
Meteria Prima 31.350
Mão-de-obra 17.100
Custos indiretos 8.550
57.000
Método do valor de mercado, de acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes,
2006) é o mais usado pelas indústrias que produzem diversos coprodutos derivados
da mesma matéria-prima, onde os custos de produção de cada coproduto são
proporcionais à sua participação nas receitas totais com as vendas de todos os
produtos.
Quadro 1.2: Apropriação dos custos em conjunto pelo método do valor de
mercado.
Co-produtos Faturamento de Vendas- $
Faturamento proporcional %
Custo da Produção-$ Total, proporcional ao faturamento
Unitário (1)
A 25.000 26,32 15.000 3,00
B 30.000 31,58 18.000 6,00
C 40.000 42,10 24.000 12,00
95.000 100,00 57.000 (1) Custo total, dividido pela quantidade produzida.
27
Essa apropriação baseia-se no conceito de que o preço de venda esta
relacionado ao custo do produto.
Método dos Volumes Produzidos apropria os custos de acordo com as
quantidades produzidas, como (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) demonstram a
seguir.
Quadro 1.3: Apropriação dos custos conjuntos pelo método dos volumes
produzidos.
Co-produtos Quantidade produzida
Produção proporcional %
Custo da Produção -$ Total, proporcional à produção
Unitário (1)
A 5.000 50,00 28.500 5,70
B 3.000 30,00 17.100 5,70
C 2.000 20,00 11.400 5,70
10.000 100,00 57.000 (1) Custo total, dividido pela quantidade produzida.
Como pode ser observado, o custo unitário obtido é igual para todos os
produtos, relacionando os produtos por seu volume produzido.
Método das ponderações é para coprodutos com composição de custos e
processo de fabricação diferente. E que são ponderados pelos seguintes fatores:
Grau de dificuldade para produção
Importância do co-produto para o faturamento da empresa
Custos específicos após o ponto de separação
Dificuldades ou facilidades para a comercialização
Perdas de materiais após o ponto de separação
Com base nesses fatores aleatórios de ponderação, pode-se chegar à
conclusão de que os custos em conjuntos devem ser apropriados da seguinte forma:
28
Quadro 1.4: Apropriação dos custos conjuntos pelo método das ponderações.
Co-produtos
Quantidade produzida
Fator de ponderação (1)
Quantidade ponderada
Custo de produção
Total, proporcional à produção
Unitário (2)
A 5.000 1,0 5.000 22.093 4,41
B 3.000 1,3 3.900 17.233 5,74
C 2.000 2,0 4.000 17.674 8,84
10.000 4,3 12.900 57.000 (1) Aleatória, com base na importância relativa para a empresa
(2) Custo total, dividido pela quantidade produzida.
Método da Igualdade do lucro Bruto é a forma de apurar o lucro bruto unitário que
será aplicado a todos os co-produtos. Deduzindo do preço de venda o lucro bruto
unitário, obtém-se o custo de produção de cada co-produto.
Quadro 1.5: Apropriação dos custos conjuntos pelo método da igualdade do
lucro bruto.
Demonstração do lucro bruto por unidade produzida e vendida de co-produto
Faturamento total $95.000
(-) Consumo de custos conjuntos $57.000
Lucro bruto total $38.000
Quantidade Produzida e vendida-total 10.000
Lucro bruto para cada unidade de coproduto $3,80
Co-produtos
A B C
Preço de venda 5,00 10,00 20,00
Lucro Bruto 3,80 3,80 3,80
Custo de Produção 1,20 6,20 16,20
Quadro 1.6: Comparação dos custos obtidos de acordo com a utilização de
diferentes métodos de Gestão dos custos dos Co-produtos
Custo de Produção - $ Co-produtos
Método Utilizado A B C
Valor de mercado - Quadro 1.2 3,00 6,00 12,00
Volumes Produzidos - Quadro 1.3 5,70 5,70 5,70
Ponderações Quadro - 1.4 4,41 5,74 8,84
Igualdade do Lucro Bruto - Quadro 1.5 1,20 6,20 16,20
29
Conforme pode ser observado, dependendo do método utilizado, a
distribuição dos custos fica diferenciada e consequentemente o resultado apurado
será diferente. A escolha do método a ser utilizado dependerá do tipo de empresa e
da composição do custo dos produtos.
Subprodutos, de acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) são
geralmente valorizados pelo valor líquido de realização, tendo como contrapartida a
redução do custo de fabricação dos produtos principais, mediante lançamento a
débito de estoques de subprodutos e a crédito dos custos de fabricação.
O valor líquido de realização é o valor de vendas menos as despesas de
vendas e os custos adicionais para término e preparação para comercialização dos
Subprodutos.
Sucatas não recebem atribuição nenhuma de custos, mesmo que elas sejam
inerentes ao processo e surjam como itens normais em uma produção contínua. Não
são valorizados por não terem comercialização usual e mercado assegurado.
Quando vendidas, a receita obtida deve ser apropriada como Rendas eventuais em
Outras receitas Operacionais ou também podem ser diretamente deduzidas do custo
de produção.
De acordo com (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) o seu tratamento
contábil pode variar, dependendo do setor industrial e valores envolvidos. Por
exemplo, em empresas que usam metais nobres como matéria-prima (cobre,
alumínio, níquel, prata e etc.) nesse caso as sucatas podem representar valores
significativos que mereçam controles contábeis específicos.
Podem ocorrer também casos de perdas anormais, em decorrência de falhas
no processo ou acidente onde grandes lotes de matérias-primas, produtos em
processo ou acabados podem ser danificados no transporte ou armazenamento
inadequado. (Hernandez, Martins, & Guedes, 2006) Afirmam que tais perdas
anormais não devem ser inclusas nos custos de produção, mas como despesas
Eventuais do período.
30
Capítulo 3 METODOLOGIA CIENTÍFICA
Para dar sequência na pesquisa científica é importante que se utilize de
ferramentas para direcionar mais especificamente ao objetivo. De acordo com
(Lakatos, 2001) O trabalho cientifico inicia-se com a coleta de dados, sejam eles
bibliográficos ou de pesquisa de campo, sendo ambos importantes para um referido
problema.
A Metodologia tem como objetivo captar e analisar as características dos
vários métodos de pesquisa, avaliando suas capacidades, potencialidades e
limitações e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. (Lakatos,
2001) Afirma que especificamente é um procedimento critico que nos permite
descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de
conhecimento.
3.1 Abordagem do problema
O tipo de pesquisa abordada neste trabalho foi a pesquisa qualitativa, em
virtude da preocupação em analisar e interpretar aspectos mais profundos,
descrevendo a complexidade dos dados obtidos.
Pesquisa qualitativa
Conforme (Lakatos, 2001), a Pesquisa Qualitativa tem caráter exploratório,
isto é, estimula a pensar livremente sobre algum tema, objeto de pesquisa ou
conceito. Ela é capaz de alcançar aspectos subjetivos e de atingir motivações não
explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando se
busca percepções e entendimento sobre a natureza geral.
31
3.2 Objetivo da pesquisa
O Trabalho em questão apresenta característica de pesquisa descritiva,
porque o pesquisador procurou conhecer e interpretar a realidade, sem nela intervir
para modificá-la.
Pesquisa Descritiva
(Lakatos, 2001), argumenta que a pesquisa descritiva caracteriza-se por
apontar características fundamentais de determinadas situações, através
principalmente, da relação entre as diversas variáveis existentes e de uma análise
dos dados pesquisados.
3.3 Procedimentos da pesquisa
O procedimento de pesquisa utilizado para o trabalho será o de questionário,
que é um instrumento de coleta de dados constituído por uma serie ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas por escrito sem a presença do entrevistador.
3.4 Análise e Coleta de Dados
Os dados serão coletados através de um questionário entregue a empresas
específicas do ramo da siderurgia, para termos idéia de como elas trabalham e
conduzem suas políticas de reaproveitamento de materiais. Sendo assim iremos
analisar esses dados com base no referencial montado para tirarmos conclusões
sobre a Gestão de Coprodutos, subprodutos e sucatas do ramo da siderurgia.
32
Capítulo 4 ANÁLISE DE DADOS
O questionário foi aplicado em duas Empresas do ramo da Siderurgia a qual
chamaremos de Empresa A e Empresa B. As duas têm tratamento dos seus
resíduos principalmente para atender à legislação ambiental vigente que fiscaliza
como as empresas estão agindo e trabalhando com a destinação desses resíduos
sólidos.
As duas empresas trabalham com os resíduos gerados como sendo
coprodutos, subprodutos e sucatas, utilizando-se de profissionais da área ambiental
e administrativa a fim de mantê-las sempre dentro das normas e de buscar um
melhor reaproveitamento e comercialização desses produtos.
Através da pesquisa dos resíduos gerados pela indústria siderúrgica, e após
os dados coletados, podemos analisar qual percentual de geração de cada resíduo e
também com seu devido tratamento recebe destinação correta para melhor trabalhar
seu reaproveitamento.
Em geral, nas siderúrgicas que trabalham com carvão vegetal, algo muito
comum em nossa região de Minas Gerais, os principais resíduos gerados são:
escória de alto-forno, finos de minério, finos de carvão, pó de balão e a lama do alto
forno. São os resíduos sólidos, mas também iremos falar dos gases reaproveitados
e da água mantida em circuito fechado.
As práticas utilizadas para o gerenciamento de resíduos sólidos nas duas
empresas são por ordem de interesse:
A não geração de resíduos,
A redução da geração de resíduos,
A reutilização e reciclagem de resíduos,
O tratamento de resíduos
Disposição final.
33
Gráfico 1.1- Representatividade dos resíduos sólidos gerados no processo de
produção em siderúrgicas integradas a carvão vegetal.
4.1 Interpretação dos Dados obtidos
Empresa A
Tem tratamento de seus resíduos gerados e não possui dificuldades para o
tratamento dos custos desses resíduos. Trabalha com a gestão de co-produtos com
profissional da área ambiental e sabe que é importante o ramo siderúrgico trabalhar
com a sustentabilidade e responsabilidade com os recursos não renováveis.
Trabalha para integrar os certificados de ISO 9000, ISO14000, ISSO 18000 e
SA8000.
A empresa trabalha com o circuito fechado de água, realizando controle de
qualidade da água utilizada na termoelétrica e na limpeza dos gases, dessa forma,
37%
32%
21%
7%
3%
Geração de Residuos
Escoria de Alto Forno
Finos de minerio
Finos de Carvão Vegetal
pó de balão
Lama de Alto Forno
34
reaproveitando a água utilizada no processo. Os gases são utilizados na co-geração
de energia elétrica na termoelétrica e na secagem do minério.
A Escória de alto forno é a que tem maior índice de geração e é um coproduto
trabalhado para fins comercias principalmente utilizado na indústria de cimento. Os
Finos de minério vêm em segundo lugar no índice de geração de resíduos e também
tem a finalidade comercial. Contudo, devido a pouco demanda, ficam estocados por
algum tempo para uma futura comercialização, pois são vendidos em lotes maiores.
Os Finos de Carvão são tratados e reaproveitados no próprio processo. Eles
vêm em terceiro no índice de geração de resíduos, são moídos e injetados nos altos
fornos através da Injeção de Finos, dessa forma reduzindo o consumo de carvão
vegetal.
No final da pesquisa na empresa, o responsável pelo e setor e pela resposta
ao questionário reforçou, que todos os subprodutos são destinados de forma
ambientalmente correta, obedecendo rigorosamente a Legislação Ambiental Vigente.
Empresa B
Possui tratamento dos resíduos gerados e afirma ter dificuldades para o
tratamento dos custos desses resíduos, afirmando que os custos para destinação
final sempre são muito altos. Dessa forma sempre, realiza uma análise
mercadológica para buscar uma melhor comercialização, mas sempre opta em
primeiro lugar pelo reaproveitamento desses resíduos.
A empresa possui departamento especializado na área de coprodutos. Afirma
que é impossível não trabalhar com pensamentos e ações sustentáveis, e buscam
sempre trabalhar para minimizar os impactos ambientais gerados pelo setor
siderúrgico.
Utiliza do circuito fechado de água, que tem como benefício a diminuição do
desperdício de água e o reaproveitamento da mesma, mas afirma que possui
dificuldades e que ainda há perdas no processo, mas busca ações para aperfeiçoá-
lo.
A empresa também possui termoelétrica e os gases gerados são parcialmente
utilizados para a co-geração de energia. Mas, por possuir uma estação de menor
35
porte, não consegue manter-se totalmente com a energia produzida e necessita do
uso da energia de terceiros.
A escória do alto forno é o resíduo de maior volume, tendo o tratamento,
destino certo para a comercialização. Os finos de minério também têm como
destinação a comercialização. O beneficio é a lucratividade obtida, mas tem como
dificuldade o armazenamento até a destinação final. Os finos de carvão são
reaproveitados no próprio processo sendo moídos e injetados nos altos fornos
através da Injeção de Finos.
Para finalizar a pesquisa afirmaram, ter outros resíduos gerados, sendo eles
de menor volume, mas que também são comercializados ou encaminhados para a
disposição final, tudo feito e trabalhado de acordo com a legislação ambiental
vigente.
Principais destinos dos Coprodutos
A seguir vamos apresentar as formas de destinação dos resíduos sólidos
gerados no processo produtivo, utilizadas pelas siderúrgicas de Minas Gerais no ano
de 2008 de acordo com (Instituto Aço Brasil, 2010). Observa-se que o número total
de destinações para os resíduos ultrapassa o número de siderúrgicas, uma vez que
algumas empresas optam por mais de uma forma de destinação para o mesmo
resíduo. Todas elas são caracterizadas como formas de reaproveitamento de
resíduos válidas.
36
Finos Minérios de ferro
Gráfico 1.2 - Representatividade do destino dos Finos de Minério de Ferro
gerados no processo de produção em siderúrgicas integradas a carvão vegetal.
Podemos concluir com base no gráfico 1.2 que a maioria das siderúrgicas
optou pela conformação de vias ou aterramento como principal forma de
reaproveitamento dos finos de minério de ferro, as demais siderúrgicas vem
divididas quase que na mesma proporção de escolha da maneira de
reaproveitamento uma das outras. Já as duas empresas pesquisadas optaram pela
forma de estocagem interna como sendo sua principal opção para o
reaproveitamento desse coproduto, tendo como finalidade a comercialização futura
em um lote de produto maior.
0
5
10
15
20
25
30
Conformação de Vias ou
Aterramento
Reutilizaçao no Alto forno
Sintetiração Estocagam Interna
Cimenteira
Qu
an
tid
ad
ed
e S
ide
rurg
ica
s
Formas de Re-aproveitamento
Destino dos Finos de Minerio de Ferro
Siderurgicas de MG
Empresa A
Empresa B
37
Finos de Carvão Vegetal
Gráfico 1.3 - Representatividade do destino dos Finos de Carvão gerados no
processo de produção em siderúrgicas integradas a carvão vegetal.
Observando o gráfico 1.3 podemos analisar que do total do número de
siderúrgicas, a maioria optou pela comercialização com cimenteiras como sendo a
principal forma de destino dos Finos de Carvão. Já as empresas A e B optaram pela
reutilização interna em seus próprios altos fornos, devido as duas terem a linha de
Injeção de Finos, que é um investimento alto, e que muitas siderúrgicas não têm
condições de possuir. Mas trata-se de um processo onde se reduz o uso de carvão
vegetal através da injeção de finos de carvão no alto forno.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Cimenteira Reutilizaçao no Alto forno
Beneficiamento Calcinaçao
Qu
anti
dad
e d
e Si
der
urg
ica
s
Formas de Re-aproveitamento
Destino dos Finos de Carvão Vegetal
Siderurgicas de MG
Empresa A
Empresa B
38
Escoria de Alto Forno
Gráfico 1.4 - Representatividade do destino da Escoria de Alto Forno gerada
no processo de produção em siderúrgicas integradas a carvão vegetal.
Conforme já vimos anteriormente, a Escória de Alto Forno é a que possui
maior volume de geração. Em decorrência de seu volume, é a que traz maior
rentabilidade para empresas na hora da comercialização. Analisando o gráfico 1.4,
podemos ver que as siderúrgicas se dividiram entre o beneficiamento da Escória e a
comercialização com cimenteiras como sendo suas principais formas de destino
desse coproduto. O beneficiamento é o tratamento interno dado a escória, buscando
agregar valor a ela antes de partir para a comercialização, ou também podendo ser
vendida de forma bruta para cimenteiras. As duas empresas pesquisadas optam por
mais de uma forma de re-aproveitamento para esse co-produto, sendo eles o
Beneficiamento da Escória e a comercialização com cimenteiras, tendo como
variável para essa escolha a demanda pelo produto.
0
5
10
15
20
25
30
Beneficiamento Cimenteira Pavimentaçao de Estradas
Construção Civil
Qu
anti
dad
e d
e Si
der
urg
ica
s
Formas de Re-aproveitamento
Destino da Escoria de Alto Forno
Siderurgicas de MG
Empresa A
Empresa B
39
Capítulo 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando o contexto do trabalho como um todo, podemos ver o que o
consumo de vários tipos de materiais só vem aumentando e que as maneiras de se
tratar os custos de compra, utilização e vendas desses produtos ou serviços também
cresceram juntas.
Podemos concluir também que a globalização vem tornando a economia
acelerada em vários países em desenvolvimento (como é o caso do Brasil). Tal
desenvolvimento também traz consigo uma grande demanda pelo consumo de
vários tipos de produtos e serviços. Desses produtos são gerados vários resíduos,
como demonstramos nesse trabalho, cujo foco foi o ramo da siderurgia. Esse ramo é
muito requisitado para fabricação de ferro e aço, mas que também traz muitos danos
ao meio ambiente, por se utilizar de recursos não renováveis. E essa questão fica
valida para qualquer tipo de segmento de mercado ou serviço, sendo assim,
trabalhar com ações sustentáveis tem sido a grande opção e também o foco para
chegarmos a um futuro próximo onde todos possam continuar desfrutando de
nossos recursos.
No trabalho foram pesquisadas duas empresas do ramo da Siderurgia, as
quais são da mesma região e trabalham com as ações de sustentabilidade muito
parecidas, utilizando-se das mesmas formas de reaproveitamento e da maneira de
gerir seus processos de produção. Todas essas ações são revertidas em benefícios
para as empresas, que antes tinham poucas opções para o tratamento e a
reutilização de coprodutos subprodutos e sucatas, mas hoje, conforme analisamos,
contam com várias opções para tratar tais matérias.
Os benefícios são claros: a empresa esta comprando para produzir e durante
o processo são gerados os resíduos e as sobras, mas com o correto tratamento e
gerenciamento dos custos, o que antes era visto como lixo contaminado, hoje é
revertido em rentabilidade para empresa. Além da rentabilidade, também atende às
legislações ambientais do setor e consequentemente, estão colaborando para um
futuro mais sustentável e com produção de matérias de forma consciente.
40
Limitações e dificuldades do trabalho
Devido à paralização da indústria onde os dados seriam coletados e também
ao desligamento do autor da pesquisa da empresa, a coleta de dados não foi feita
diretamente em campo. Foi alterado no decorrer do trabalho para a aplicação de um
questionário, entregue a empresas do setor siderúrgico e respondido sem a
presença do entrevistador.
Portando foram obtidos dados para a análise de uma forma mais geral, não
sendo possível utilizar alguns mecanismos da gestão de custos como: apuração dos
custos de cada coproduto e a margem de contribuição de cada um.
41
REFERÊNCIAS
Don, R. H., & Maryanne, M. M. (2001). Gestao de Custos Contabilidade e Controle.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Dutra, R. G. (2003). Custos : Uma Abordagem Prática. São paulo: Altas.
Gerdau S.A. (2009). Acesso em 21 de 04 de 2012, disponível em Gerdau:
http://www.gerdau.com.br/
Hernandez, J. P., Martins, L. d., & Guedes, R. C. (2006). Gestão Estrategica de
Custos. São Paulo: Atlas.
Instituto Aço Brasil. (2010). Acesso em 21 de 04 de 2012, disponível em Centro de
Coprodutos Aço Brasil: http://www.ccabrasil.org.br/
Lakatos, E. M. (2001). Metodologia do Trabalho Científico, pesquisa Blibliografica ,
projeto e relatório, publicações e trabalhos cientifícos. São Paulo: Atlas.
Martins, E. (2010). Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas.
42
ANEXOS
Questionário de pesquisa sobre o tratamento de materiais
siderúrgicos: coprodutos, subprodutos e sucatas.
1. A siderúrgica tem tratamento de seus resíduos gerados durante o processo
de produção?
( ) Sim ( ) Não
2. Tem alguma dificuldade no tratamento dos custos desses resíduos?
( ) Sim ( ) Não
Explique ou Justifique:
___________________________________________________________________
3. Trabalha ou já ouviu falar da gestão de Coprodutos, Subprodutos e sucatas?
( ) Sim ( ) Não
Explique ou Justifique:
___________________________________________________________________
4. Acha importante o ramo siderúrgico trabalhar com sustentabilidade e respeito
aos recursos não renováveis?
( ) Sim ( ) Não
Explique ou Justifique:
___________________________________________________________________
5. A siderúrgica tem reaproveitamento da água utilizada no processo? Quais os
benefícios e as dificuldades?
( ) Sim ( ) Não
Explique ou Justifique:
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6. A siderúrgica tem reaproveitamento dos gases gerados pelo processo? Quais
os benefícios e as dificuldades?
( ) Sim ( ) Não
Explique ou Justifique:
43
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7. Sobre a Escória gerada no alto forno, quais os procedimentos são tomados:
( ) é tratada ( ) é comercializada ( ) outros
Explique Benefícios e as Dificuldades:
___________________________________________________________________
8. A Respeito dos Finos de minério gerados no processo:
( ) é tratada ( ) é comercializada ( ) outros
Explique Benefícios e as Dificuldades:
Explique ou Justifique:
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9. A Respeito dos Finos de carvão gerados no processo:
( ) é tratada ( ) é comercializada ( ) outros
Explique Benefícios e as Dificuldades:
Explique ou Justifique:
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10. Para finalizarmos o questionário de pesquisa sobre reaproveitamento de
produtos siderúrgicos faça um comentário sobre a pesquisa ou acrescente
algo que possa ter faltado. Obrigado
Comentários e Sugestões:
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