UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL
Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE Pinus caribaea var caribaea NO SUDOESTE MATO-GROSSENSE
FERNANDA MEYER DOTTO MAMORÉ
CUIABÁ-MT 2016
FERNANDA MEYER DOTTO MAMORÉ
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE Pinus caribaea var caribaea NO SUDOESTE MATO-GROSSENSE
ORIENTADOR: Ronaldo Drescher
COORIENTADOR: Sidney Fernando Caldeira
CUIABÁ-MT
2016
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais, da Universidade Federal de Mato Grosso, como parte dos requisitos para a obtenção do título de mestre em ciências florestais e ambientais.
FERNANDA MEYER DOTTO MAMORÉ
CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE Pinus caribaea var
caribaea NO SUDOESTE MATOGROSSENSE
FOLHA DE APROVAÇÃO
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, Rosiles (Mãe), Odenilson
(Companheiro) e Ana Luiza (Irmã), pelo apoio em todos os momentos.
AGRADECIMENTOS
Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais,
PPGCFA pela aprendizagem e oportunidade.
Aos colegas do PPGCFA e do Laboratório de Crescimento e Produção
Florestal pelo seu auxílio nas tarefas desenvolvidas durante o curso e
todo apoio por esses dois anos.
Em especial, aos alunos graduandos de Engenharia Florestal, Allan
Falavinha, Emilly Martelo e Gabriel Caldeira pelo apoio ao
desenvolvimento deste trabalho.
Ao Grupo Falavinha, Sr. José Milton Falavinha e Tiago Falavinha,
proprietário e gerente da Fazenda São Paulo respectivamente, por
disponibilizar a parte mais importante desta pesquisa, os dados, assim
como o apoio dado aos discentes na estádia durante as coletas de dados.
Ao Professor Dr. Ronaldo Drescher, pelas orientações, pelo conhecimento
e apoio passados.
Aos Professores, Dr. Sidney Fernando Caldeira e Dr. Romulo Môra, pelas
contribuições neste trabalho.
A CAPES pela provisão da bolsa de mestrado concedida
iii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS..................................................................................IV
LISTA DE FIGURAS...................................................................................V
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 9
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................ 11
2.1. O GÊNERO PINUS E SEU HISTÓRICO NO BRASIL .................... 11
2.2. PINUS TROPICAIS ....................................................................... 13
2.3. O CRESCIMENTO E A PRODUÇÃO FLORESTAL ....................... 15
2.4. ANÁLISE DE TRONCO ................................................................. 17
2.5. VOLUME ....................................................................................... 19
2.6. CAPACIDADE PRODUTIVA LOCAL ............................................. 20
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................. 22
3.1. ÁREA DE ESTUDO ....................................................................... 22
3.2. COLETA DE DADOS .................................................................... 25
3.3. ANÁLISE DE TRONCO ................................................................. 27
3.4. NORMALIDADE DOS DADOS ...................................................... 28
3.5. CORRELAÇÃO DE PEARSON ..................................................... 28
3.6. VOLUME ....................................................................................... 28
3.7. CRESCIMENTO E PRODUÇÃO ................................................... 30
3.8. CLASSIFICAÇÃO DA PRODUTIVIDADE LOCAL ......................... 31
3.9. CRITÈRIOS DE SELEÇÃO DE MODELOS ................................... 32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................ 33
4.1. DESCRIÇÃO DOS DADOS E DO POVOAMENTO AOS 35 ANOS 33
4.1. ANATRO ....................................................................................... 34
4.2. VOLUME ....................................................................................... 39
4.3. CRESCIMENTO E PRODUÇÃO ................................................... 41
4.4. CLASSIFICAÇÃO DA PRODUTIVIDADE LOCAL.......................... 48
5. CONCLUSÕES ................................................................................ 53
6. APÊNDICES..................................................................................... 54
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 60
iv
LISTA DE TABELAS
Página 1: CRITÉRIO DE CLASSE DE DOMINÂNCIA DE ACORDO COM HOSOKAWA E SOUZA (1987) 26
2: MODELOS VOLUMÉTRICOS TESTADOS PARA P. caribaea., NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO 29
3: MODELOS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO TESTADOS PARA P. caribaea, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 30
4: CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS ESTIMATIVAS OBTIDASNOS MODELOS DE VOLUME E CRESCIMENTO E PRODUÇÃO 32
5: ESTATÍSTICAS DE VERIFICAÇÃO DA INTENSIDADE IDEAL DE AMOSTRAGEM SOB OS DIÂMETROS DO POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 33
6: VALORES DE REFERÊNCIAS PARA POSIÇÃO SOCIOLÓGICA DE P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO-GROSSENSE 34
7: VALORES MÉDIOS E RESPECTIVOS DESVIOS PADRÃO DE DIÂMETRO A 1,30M (Dap), ALTURA TOTAL (H) E VOLUME (V) DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 36
8: COEFICIENTES DE REGRESSÃO, COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO AJUSTADO (R²aj.) E ERRO PADRÃO DA ESTIMATIVA EM PERCENTAGEM (Syx %) PARA OS MODELOS DE VOLUME AJUSTADOS PARA P. caribaea var. caribaea NA REGIÃO SUDOESTE, MT. 40
9: COEFICIENTES DE REGRESSÃO, COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO AJUSTADO (R²aj.) E ERRO PADRÃO DA ESTIMATIVA EM PERCENTAGEM (Syx %) PARA OS MODELOS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO em Dap, V e H, AJUSTADOS PARA P. caribaea var. caribaea NA REGIÃO SUDOESTE, MT. 42
10: DADOS ALTURA DOMINANTE POR IDADE E ÍNDICE DE LOCAL PARA POVOAMENTO DE P. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE, NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO. 51
v
LISTA DE FIGURAS
Página
1: ÁREAS APTAS PARA O PLANTIO DE PINUS CARIBAEA E P. OOCARPA NO BRASIL. (KRONKA ET AL., 2005). 12
2: DISTRIBUIÇÃO NATURAL DE P. caribaea (FONTE: THOMPSON et al, 1999) 14
3: EXEMPLO DE CURVAS DE INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA), INCREMENTO CORRENTE ANUAL E O PONTO DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE. (FONTE:CHAVES, 2013) 16
4: DIAGRAMA DO MÉTODO DO PARALELISMO PARA INTERPOLAÇÃO DA ALTURA TOTAL DA ÁRVORE A UMA DETERMINADA IDADE (FONTE: ROSOT et al., 2003). 19
5: LOCALIZAÇÃO DO PLANTIO DE P. caribaea var. caribaea NO MUNICÍPIO DE NOVA MARILÂNDIA EM MATO GROSSO (A); (B) LIMITES DO PLANTIO DE P. caribaea var. caribaea (ROSSI, 2015). 22
6: PRECIPTAÇÂO PLUVIOMÉTRICA ANUAL DA ESTAÇÃO DEDIAMANTINO, MT NO PERÍODO DE 1982 A 2015. 23
7: A-POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea; PRESENÇA DE GRAMÍNEAS; PLANTIO DE SOJA ADJACENTE; E B - REGENERAÇÃO DO CERRADO, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 24
8: MARCAÇÃO DOS RAIOS E ANEIS DE CRESCIMENTO EM FATIA DE P. caribaea. var caribaea NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 27
9: DISTRIBUIÇÃO DOS INDIVÍDUOS P. caribaea var. caribaea EM CLASSES DE DOMINÂNCIA NO SUDOESTE DE MATO GROSSO. 34
10: PERFIL LONGITUDINAL DA ÁRVORE MÉDIA DE P. caribaea var. caribaea, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 35
11: CURVAS DE INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) E INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) EM VOLUME (m³.ha1) DE P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE DE MATO GROSSO 39
vi
12: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL DE DAP PARA P. caribaea var. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE HOERL ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 44
13: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL EM ALTURA DE P. caribaea var. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 46
14: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL EM VOLUME DE P. caribaea var. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO. 47
15: CURVA DA ALTURA DOMINANTE AJUSTADA PELO MODELO DE MOISSEV PARA POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO. 48
16: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS DE ESTIMATIVA DA ALTURA DOMINANTE PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV, PARA POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE, NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO 49
17: CURVAS DE PRODUTIVIDADE LOCAL E DISTRIBUIÇÃO DAS ALTURAS DOMINANTES ENTRE AS CURVAS DE PRODUTIVIDADE LOCAL PARA P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE DE MATO GROSSO 50
18: DISPERSÃO GRÁFICA DE RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE VOLUME PARA P. caribaea var. caribaea DO SUDOESTE DE MATO GROSSO 55
19: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM Dap PARA P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE. 57
20: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS ERROS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM H PARA P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE 58
21: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM V PARA P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE. 59
vii
RESUMO
MAMORÉ, Fernanda Meyer Dotto. Crescimento e Produção de Pinus caribaea var. caribaea no Sudoeste Mato-Grossense. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá – MT. Orientador: Ronaldo Drescher. Neste trabalho objetivou-se avaliar o crescimento e a de um povoamento de Pinus caribaea var. caribaea com 35 anoslocalizado no município de Nova Marilândia, região Sudoeste do estado de Mato Grosso. O povoamento em estudo não foi desbastado ou submetido a algum tratamento silvicultural. Foram coletados dados de diâmetro a 1,30m de altura e da altura total em 31 parcelas temporárias com 900 m² (30m x 30m) e realizado o abate de 60 árvores dominantes e codominantes. Destas, 31 delas foram cubadas rigorosamente pelo método de Smalian e em 29 realizada a análise de tronco. Os dados coletados foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro Wilk; também, foi verificada a correlação de Pearson entre as variáveis, diâmetro, altura e volume. Foram utilizadas quatorze equações de volume; Classificada a produtividade local, além do ajuste de nove modelos de crescimento e da produção florestal. A verificação da acurácia das estimativas de todos os modelos testados foi dada, pelo Coeficiente de determinação ajustado (R²aj.); o Erro padrão das estimativas (Syx%); e a análise gráfica dos resíduos percentuais. O modelo que apresentou melhores estimativas de volume obtido com o modelo de Schumacher-Hall,. Os modelos de crescimento e produção adequados ao P. caribaea para as estimativas de diâmetro foi o de Hoerl, de altura e volume foi o de Moissev. Na classificação da produtividade local, foram determinadas 3 classes de sitio que variam entre 18 e 26 m nas idade índice de 35 anos com o modelo de Moissev. Palavras-Chave: Pinus tropical; volumetria; produtividade local.
viii
ABSTRACT
MAMORÉ, Fernanda Meyer Dotto. Growth and yield of Pinus caribaea var. caribaea in the Southwest of Mato Grosso. 2016. Dissertation (MSc in Forestry and Environmental Sciences) - Federal University of Mato Grosso, Cuiabá - MT. Advisor: Dr. Drescher Ronaldo. The objective of this study was to evaluate the growth and yield through statistical models about the variables of Dbh, total height and volume of a stand of Pinus caribaea var. caribaea 35, established under the initial spacing of 3 x 3 meters, located in the village of New Maryland, Southwest region of the State of Mato Grosso. The population under study was not buffed or subjected to any silvicultural treatment. Diameter were collected data to 1.30m high and the total height of 31 temporary plots with 900 m² (30m x 30m) and carried out the killing of 60 dominant trees and codominant. In that 31 were rigorously scaled by Smalian method and 29 held the stem analysis. Data were submitted to normality test Shapiro Wilk; Also, the Pearson correlation was found between the variables, diameter, height and volume. fourteen volume equations were adjusted; Classified local productivity, and setting the nine models of forest growth and production. The verification of the accuracy of all tested models estimates were given, the adjusted determination coefficient (R²aj.); the standard error of the estimate (Syx%); and the percentage error (Error%) arranged graphically. For determining the volume of P. caribaea. caribaea, the best fit was obtained with the Schumacher-Hall model. The growth and yield models suitable for the P. caribaea diameter of the estimates was Hoerl, height and volume was the Moissev. In the classification of local productivity, we were determined site in 3 classes ranging between 18 and 26 m in 35-year-old content to the model of Moissev. Keywords: Pinus; volumetry; local productivity.
9
1. INTRODUÇÃO
A escassez de madeira oriunda das florestas naturais e a
demanda de mercado por produtos florestais têm intensificado os plantios
de florestas homogêneas e equiâneas pelo Brasil. As florestas plantadas
no Brasil tem desempenhado papel importante, como fonte alternativa de
recursos florestais, para suprir a demanda por produtos madeireiros e
seus derivados.
Dentre as diferentes florestas plantadas no país, os
florestamento e reflorestamento dos diversos gêneros de Eucalyptus sp. e
Pinus sp., são os mais difundidos.
Independentemente do produto final, as florestas plantadas
devem ser bem conduzidas e ter o manejo florestal adequado a maior e
melhor produtividade.
Para isso, o manejo florestal e suas decisões de investimento
requerem predições e projeções exatas, tanto de crescimento quanto de
produção dos povoamentos.
Os estudos do crescimento e da produção são ferramentas que
auxiliam no planejamento das atividades do manejo florestal, em que,
utilizam-se modelos estatísticos para predição de características
quantitativas dos povoamentos que são essenciais ao gerenciamento das
florestas e seus recursos florestais.
Para estimar e predizer variáveis dendrométricas utiliza-se
como ferramenta a modelagem que Busca modelos capazes de descrever
uma realidade com maior nível e precisão. Este termo, dentro da
mensuração florestal, esta relacionado a estimativa da produção de
povoamentos florestais conforme descreveu CARVALHO et al. (2011).
Existem diferentes modelos para predição do crescimento e da
produção florestal e na maior parte dos casos, mais de um modelo pode
ser adequado aos dados (FLORIANO et al., 2006). Esta é uma técnica
fundamental na estruturação da produção florestal.
10
A espécie Pinus caribaea var. caribaea avaliada neste estudo é
pouco cultivada no Brasil, e uma das poucas espécies plantadas no
estado de Mato Grosso, que em levantamentos florestais, não apresenta
áreas de plantio de pinus, podendo esta ser uma nova alternativa de
cultivo florestal no estado e devido existirem poucos estudos sobre a
mesma no pais, faz-se necessária a avaliação do seu crescimento e
produção.
Diante do exposto, o objetivo geral deste trabalho foi descrever
o crescimento e a produção para Pinus caribaea var. caribaea (P.
caribaea) em um povoamento localizado na região Sudoeste de Mato
Grosso.
Os objetivos específicos foram:
Testar equações de estimativa do volume individual em
qualquer idade;
Avaliar o crescimento passado das árvores de P. caribaea a
partir das variáveis, diâmetro, altura total e volume;
Construir curvas de sítio;
Testar e selecionar modelos de crescimento e da produção.
11
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O GÊNERO PINUS E SEU HISTÓRICO NO BRASIL
A palavra Pinus tem origem do latim "Pinu", gênero que é
conhecido como pinheiro em português, pertencente à ordem Coniferae,
do grupo das gimnospermas, que ocorre naturalmente na Europa, Ásia,
América do Norte e América Central. Esse gênero apresenta mais de 100
espécies identificadas, que fisiologicamente são resistentes à seca, muito
exigentes com luz, suportam temperaturas que variam de -65°C até 50°C,
e apresentam diferentes exigências quanto à fertilidade, textura e
profundidade do solo. Devido a esta grande versatilidade o plantio de
Pinus spp. é possível sob diferentes condições edafoclimáticas (KRONKA
et al., 2005; SHIMIZU, 2008).
O Pinus foi introduzido no Brasil há pouco mais de um século,
inicialmente sendo utilizado para fins ornamentais por imigrantes
europeus. A partir da década de 60 iniciou o seu plantio em escala
comercial e na década de 70, se tornou a principal fonte de matéria-prima
para o desenvolvimento da indústria florestal. A boa adaptação às
condições ambientais brasileiras, o seu rápido crescimento, com
dimensões homogêneas e a diversidade de aplicações, favoreceram o
emprego da madeira de pinus em serraria, no setor moveleiro e de
celulose de papel (KRONKA et al., 2005; MODNA, 2007; SHIMIZU, 2008;
SEBBENN et al, 2008).
Já em 2015, o relatório da IBA (Indústria Brasileira de Árvores)
registrou uma área total ocupada por florestas de pinus de 1,59 milhões
de hectares. Diferentemente da área plantada com pinus registrada pela
Abraf (2013) no ano de 2012, que correspondia a 1,64 milhões de
hectares. Esse declínio da área plantada com pinus advêm dos avanços
em produtividade com Eucalyptus sp.
12
Mesmo o estado de Mato Grosso apresentando condições
favoráveis ao plantio de Pinus (FIGURA 1), Shimizu et al. (1997) e o
relatório da Sociedade Brasileira de Silvicultura (2008) afirmaram haver
apenas pequenos plantios de Pinus no estado. Porém o Anuário
Estatístico da ABRAF - Associação Brasileira dos Produtores de Florestas
Plantadas - (2013) e o Diagnóstico de Florestas Plantadas da
Famato,(2013) não registraram o mesmo, nem mesmo a área em estudo
deste trabalho que possui cerca de 215 hectares e 35 anos de idade.
FIGURA 1: ÁREAS APTAS PARA O PLANTIO DE PINUS CARIBAEA E P. OOCARPA NO BRASIL. (KRONKA ET AL., 2005).
13
2.2. PINUS TROPICAIS
Dentre as diversas espécies de pinus, aquelas oriundas da
América Central e Sudeste dos Estados Unidos são classificadas como
pinus tropicais, e se destacam as espécies: P. caribaea, P. chiapensis, P.
maximinoi, P. oocarpa e P. tecunumanii. (KRONKA et al., 2005; MARTO
et al., 2006).
Pinus caribaea, é uma espécie que abrange três variedades
naturais: P. caribaea Morelet var. caribaea, P. caribaea var. hondurensis e
P. caribaea var. bahamensis (ZHENG; ENNOS, 1999).
A variedade hondurensis é um dos pinus tropicais mais
plantados no mundo, devido a diversidade de condições ambientais na
região de origem, a América Central. No Brasil, esta variedade é plantada
exclusivamente na região tropical, por não tolerar geadas. O Pinus
bahamensis, é original das Ilhas Bahamas, local próximo ao nível do mar,
porém, esta espécie tem apresentado crescimento adequado no Brasil,
tanto ao nível do mar quanto no planalto. Quanto à variedade caribaea
que é original de Cuba, o seu crescimento é mais lento que as demais
variedades, porem, apresenta forma do seu fuste geralmente reta, com
ramos numerosos e finos (ZHENG; ENNOS, 1999; SHMIZU, 2008).
O Pinus caribaea var. caribaea (P. caribaea) é original
especificamente da “Isla de los Pinos” e de “Pinar del Rio” (FIGURA 2),
com formações puras em floresta clímax tolerante ao fogo ou em floresta
aberta com vegetação rasteira de gramíneas e arbustos, em regiões de
solos bem drenados e ácidos; ocorre desde o nível do mar até 700 metros
de altitude; a precipitação anual varia entre 1.000 a 1.800 mm, com
inverno seco; sendo que esta variedade não é tolerante ao frio. Esta
região apresenta clima do tipo tropical com temperatura média anual entre
24,5 e 25ºC, e precipitação anual que varia entre 1.200 e 1.600mm. A
estação seca tem duração de 4 a 5 meses. A espécie se desenvolve em
solos ácidos, com pH entre 4,5 e 6,0, preferencialmente em solos altos e
secos, além disso, apresenta melhor adaptação do que as demais
14
variedades de caribaea às regiões com déficit hídrico. Geralmente, o
melhor desenvolvimento é observado em solos úmidos em relação
aqueles com maior disponibilidade de nutrientes (ZHENG; ENNOS, 1999;
NIETO; RODRIGUEZ, 2003; KRONKA et al, 2005; FARJON, 2013;
AGUIAR et al, 2013).
FIGURA 2: DISTRIBUIÇÃO NATURAL DE P. caribaea (FONTE:
THOMPSON et al, 1999)
P. caribaea é uma espécie de rápido crescimento, que produz
madeira resinosa, muito útil na produção de madeira e de papel. A
madeira tem de cor marrom avermelhada ou marrom amarelada; anéis de
crescimento vivíveis a olho nu, largos no lenho outonal e cerne não
formado até os 15 anos. É amplamente utilizada em diversas finalidades,
como a carpintaria, laminados, aglomerados, lenha, móveis, cercas,
chapas, ladrilhos, dormentes, tintas, celulose, entre outros produtos
(CHUDNOFF, 1984; FRANCIS, 1992; WANG et al., 1999).
15
2.3. O CRESCIMENTO E A PRODUÇÃO FLORESTAL
O crescimento é o aumento do tamanho ou peso, de um
organismo ou comunidade viva (SCHNEIDER et al., 2008).
Segundo Campos e Leite (2013), o crescimento de arvores é
um processo caracterizado por mudanças da forma e tamanho do tronco,
dadas pela adição de camadas de lenho ao longo de todo o material
lenhoso.
Esse processo é de grande interesse florestal, pois as
inferências corretas sobre o crescimento de uma árvore ou do
povoamento possibilita o uso dessas informações para definir a rotação e
realizar a prognose da produção florestal (VANCLAY, 1994).
A quantificação do crescimento e da produção é condição
essencial para definir a utilização dos produtos florestais, além de
fornecer informações que subsidiam a tomada de decisões para a maioria
das atividades ligadas ao setor (ABREU, 2000).
Existem várias maneiras de expressar o crescimento, como os
incrementos corrente anual (ICA), o médio anual (IMA) e o periódico anual
(IPA). Os incrementos são utilizados para descrever o desenvolvimento
de determinada característica quantitativa (altura, diâmetro, área basal,
volume) em determinado período de tempo, e podem ser expressos
através de curvas de crescimento ou também por modelos aplicados aos
dados avaliados, assim, serão expressos os crescimentos através de
curvas de crescimento (FINGER, 1992; SCOLFORO, 2006).
Em estudos de curvas de crescimento e produção o máximo
IMA é alcançado no ponto em que a curva de IMA encontra a curva de
ICA, sendo este ponto, definido como a máxima taxa média de incremento
da produção que uma determinada espécie pode alcançar num local
(CAMPOS; LEITE, 2013) (FIGURA 3).
16
FIGURA 3: EXEMPLO DE CURVAS DE INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA), INCREMENTO CORRENTE ANUAL E O PONTO DE MÁXIMA PRODUTIVIDADE. (FONTE:CHAVES, 2013)
O termo produção é definido por Assmann (1970) e Alves
(1982), como o processo de crescimento da floresta em relação ao tempo,
que é altamente influenciada pelas condições de sítio e as medidas
técnicas e econômicas adotadas no manejo de povoamentos florestais. A
quantificação da produção quando realizada por meio de modelos de
produção, possibilita mensurar tanto a produção atual ou presente, quanto
a produção futura dos povoamentos.
A produção é obtida ao somar os incrementos correntes anuais
até a idade de interesse. A produção de um povoamento pode ser
expressa por uma equação de produção e, matematicamente, o
crescimento é obtido ao derivar essa equação de produção (CAMPOS;
LEITE, 2013).
Para a avaliação da produtividade de um povoamento, é
necessário o conhecimento do seu crescimento. Segundo Caraglio e
Barthelemy (2003) estudos florestais geralmente consideram o
crescimento do tronco, avaliando-se, o crescimento primário pela altura e
o crescimento secundário pelo diâmetro.
17
2.4. ANÁLISE DE TRONCO
A análise de tronco, comumente conhecida como ANATRO, é,
segundo Husch et al. (1982), uma técnica que possibilita o registro do
crescimento de uma árvore pela medição dos seus anéis de crescimento.
A ANATRO serve para estudar o crescimento passado das
árvores em diâmetro, em altura e como sua forma se transforma à medida
que seu volume aumenta. Podendo ser aplicada em árvores já maduras
para obter informações quanto ao desenvolvimento destas árvores desde
a implantação até o corte para coleta dos discos (CAMPOS; LEITE,
2013).
Essa técnica geralmente é aplicada com a coleta de árvores
em áreas que não possuam parcelas permanentes instaladas para
medições periódicas, fornecendo assim, informações quanto ao
crescimento passado das árvores. Por se tratar de uma fonte de dados
para estudos de crescimento e produção florestal, a única restrição para a
realização da analise de tronco é a possibilidade de emprego somente
com espécies que possuam anéis de crescimento anuais bem distintos
(CAMPOS; RIBEIRO, 1987; CAMPOS; LEITE, 2013).
Segundo Wolff II (2012), na ANATRO, as alturas para retirada
das fatias a 0,0 e 1,3 metro são consideradas imprescindíveis, porque na
base (0,0 m) define-se a idade real e o maior diâmetro da árvore e na
altura de 1,30 m permite-se obter dados sobre a dinâmica de DAP, área
transversal e fator de forma.
Atualmente, existem diversas técnicas de ANATRO, inclusive
aquelas que utilizam tecnologias avançadas, desde fotografias,
equipamentos como o Lintab, a softwares para mensuração dos anéis de
crescimento; porém, a metodologia descrita por Barusso (1977), continua
sendo a mais empregada, e a base de comparação de informações com
as demais técnicas.
A metodologia descrita por Barusso (1977) deve ser realizada
com auxilio de régua milimétrica, traçando-se quatro raios sobre as fatias.
18
Sendo o primeiro raio traçado a 45º no sentido horário ao maior raio da
seção, os demais os raios são marcados a cada 90° de cada um com
uma linha traçada do centro da árvore à extremidade com ou sem casca.
A contagem dos anéis é feita no sentido da medula para a casca e as
medições dos raios são no sentido da casca para a medula, sendo
registradas as distâncias do centro da seção até os limites dos anéis.
Para a obtenção das alturas totais das arvores em cada idade,
Rosot et al. (2003) ao estudar uma floresta de Pinus taeda, utilizou o
método do paralelismo.
Esse método consiste em; utilizar as informações do anel
anterior para obtenção das alturas das demais idades, essa altura em
determinada idade é obtida quando somada a altura de tomada da fatia
inferior a altura estimada do término do anel com as equações 1, 2 e 3.
(1)
(2)
(3)
Em que : H= comprimento da seção; h= altura do término do anel; d= comprimento do penúltimo raio da fatia inferior; p = comprimento do último raio da fatia inferior, e; x= comprimento do ultimo raio da fatia superior.
Rosot et al. (2003), propuseram um diagrama do método do
paralelismo para fácil entendimento do mesmo, quando testaram a Anatro
digital investigando o crescimento passado de Pinus elliottii (FIGURA 4).
19
FIGURA 4: DIAGRAMA DO MÉTODO DO PARALELISMO PARA INTERPOLAÇÃO DA ALTURA TOTAL DA ÁRVORE A UMA DETERMINADA IDADE (FONTE: ROSOT et al., 2003).
2.5. VOLUME
O volume de madeira contido em uma árvore pode ser
definido como a variável, mais importante, que se busca descrever dentro
da mensuração florestal. A estimativa do volume pode ser considerada
um problema, devido a dificuldade da sua determinação direta pela
cubagem das seções de fuste. Por isso faz-se o uso de expressões
matemáticas que estimam o volume sobre medições simples (PRODAN et
al., 1997; WEST, 2009).
Segundo Campos e Leite (2013) o volume é diretamente
influenciado pelo diâmetro, a altura da árvore e sua forma, podendo,
árvores com mesmo diâmetro e altura não possuírem o mesmo volume,
devido as diferentes formas de tronco.
O volume de uma árvore, pode ser calculado, quando são
conhecidos o fator de forma para o volume total ou comercial (f), a altura
total (H) e a área seccional a 1,3m (g), por V = g.H.f. Mas também, pode
ser obtido por equações de volume ou funções de afilamento (CAMPOS;
LEITE, 2013).
Para estimativas do volume com precisão é comum, fazer o
uso do seccionamento do fuste, a cubagem rigorosa, que expressa a
20
variação do diâmetro ao longo do fuste, que influencia diretamente na
estimativa do volume.
2.6. CAPACIDADE PRODUTIVA LOCAL
A estimativa do crescimento e da produção de um povoamento
florestal depende de diversos fatores, inclusive da capacidade produtiva
local, sendo, segundo Wolff II (2012) imprescindível em trabalhos de
projeção de crescimento a correta determinação da capacidade produtiva
do local.
A capacidade produtiva de um local refere-se ao seu potencial
para produzir madeira ou outro tipo de produto, em desenvolvimento, de
uma determinada espécie sob diversas condições ambientais (edáficas,
climáticas e bióticas) existentes e aos tratamentos silviculturais aos quais
as árvores foram submetidas. O seu conhecimento é de fundamental
importância para eleger os melhores locais de plantio, para a espécie nas
condições adequadas, e também para mudanças das condições locais de
desenvolvimento através de intervenções silviculturais (PRODAN et al.,
1997; LEITE et al., 2011; CAMPOS; LEITE, 2013).
A capacidade produtiva local pode ser avaliada segundo três
categorias: avaliação da qualidade do lugar pela vegetação indicadora;
avaliação por fatores climáticos, edáficos, fisiográficos e bióticos, e
avaliação por meio da relação entre a altura dominante e a idade, com a
definição de índices de local (JONES, 1969).
Em geral, esta classificação no é baseada na relação entre a
altura dominante, representada pela média aritmética das alturas das 100
árvores com maior diâmetro por hectare, e a idade. As curvas de índice
de local constituem-se atualmente o método mais prático, quantitativo e
consistente de avaliação da qualidade local, sendo altamente
correlacionada com a produção volumétrica, e não sofrem a influência dos
tratamentos silviculturais e da competição (ASSMANN, 1970; TONINI,
2002; CAMPOS;LEITE, 2013).
21
Existem diferentes métodos de construção de curvas de índice
de local, sendo eles: o método da curva guia; o método de atribuição
preliminar de índices de local; o método da equação das diferenças; o
método de Hammer e o método da predição de parâmetros. A todos eles,
inicialmente escolhe-se um modelo de regressão que envolva as variáveis
altura dominante e idade (CAMPOS; LEITE, 2013).
Selle et al. (2008) e Campos e Leite (2013), ao descreverem o
método da curva guia, utilizando o modelo de Schumacher,
exemplificaram que é um dos modelos mais utilizados na Classificação da
capacidade produtiva local no Brasil. Com a curva guia ajustada, os
autores desenvolveram as demais curvas de sitio a partir de uma idade
índice de maneira que abrangessem a amplitude dos dados.
22
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. ÁREA DE ESTUDO
Para este estudo foram coletados dados de um povoamento
não desbastado de P. caribaea de 215,47 ha da Fazenda São Paulo
situada as margens da BR-364. A área está circunscrita a coordenada
geográfica 57° 34” 13,772’ O e 14° 11” 39,125’ S, no município de Nova
Marilândia, ao sudoeste mato-grossense (FIGURA 5).
FIGURA 5: LOCALIZAÇÃO DO PLANTIO DE P. caribaea var. caribaea NO MUNICÍPIO DE NOVA MARILÂNDIA EM MATO GROSSO (A); (B) LIMITES DO PLANTIO DE P. caribaea var. caribaea (ROSSI, 2015).
23
Segundo Alvares et al. (2013), a região apresenta altitude
variável entre 300 e 400 m, temperatura média anual que varia entre 24 e
26°C, precipitação anual de 1600 e 1900 mm, característica essa de
regiões com clima tropical sub úmido, denominado Aw de inverno seco,
nos meses de abril a junho. Dados de série histórica de 1982 a 2015 da
Agência Nacional de Águas (ANA) da estação pluviométrica de
Diamantino, próxima a Nova Maringá registram valores semelhantes
(FIGURA 6).
O solo é do tipo Argissolo vermelho amarelo distrófico típico,
com textura médio-arenosa, de relevo suave-ondulado. Quanto ao uso,
não são recomendáveis a agricultura devido a sua erodibilidade, então se
recomenda o desenvolvimento de pastagem, reflorestamento e
preservação da fauna e flora (EMBRAPA, 2006; IBGE, 2009; MATO
GROSSO, 2009).
O plantio foi estabelecido no ano de 1980, a partir de mudas
seminais, sob o espaçamento 3,0 x 3,0 m e densidade inicial de 1.111
árv/ha -1, em meio a plantios agrícolas de soja e de algodão.
FIGURA 6: PRECIPTAÇÂO PLUVIOMÉTRICA ANUAL DA ESTAÇÃO
DEDIAMANTINO, MT NO PERÍODO DE 1982 A 2015.
Na mesma propriedade são desenvolvidas atividades agrícolas
no entorno do plantio de P. caribaea que nunca foi submetido a nenhum
0
500
1000
1500
2000
2500
82 85 88 91 94 97 00 03 06 09 12 15
Pre
cip
tação (
mm
)
Anos
24
tratamento silvicultural (FIGURA 7A). No interior do povoamento,
desenvolveram-se gramíneas e ha regeneração de espécies do cerrado
(FIGURA 7B).
FIGURA 7: A-POVOAMENTO DE P. caribaea; PRESENÇA DE
GRAMÍNEAS; PLANTIO DE SOJA ADJACENTE; E B - REGENERAÇÃO DO CERRADO, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
A
B
25
3.2. COLETA DE DADOS
Foram mensurados o diâmetro a 1,30 m (DAP) de todos os
indivíduos, e a altura total (H) das nove árvores mais grossas
(dominantes) de acordo com a definição de Assmann (1970) com o
hipsômetro Haglöf, de um total de 322 árvores em 31 parcelas de 900 m²
(30 x 30 m) distribuídas aleatoriamente dentro do povoamento de pinus,
totalizando 2,79 hectares amostrados.
Utilizando a metodologia de verificação da intensidade ideal de
amostragem (n) sob os dados de Dap mensurados, fez-se os cálculos
com as equações 4 a 10, utilizando um limite de erro de 10% e um nível
de significância de 5%.
∑ ( )
(4)
∑ ( )
( ) (5)
√∑ ( )
( ) (6)
√ (7)
( )
(8)
( )
(9)
( )
( )
(10)
Onde: = media aritmética; xi= diâmetros; = variância; Sx = desvio
padrão; = número de parcelas amostradas; = valor tabelado do teste
26
“t” de Student; ( ) = erro amostral em %; = coeficiente de variação
em percentagem; = intensidade ideal de amostragem.
Como a classe de dominância é um critério para selecionar
indivíduos ao desbaste, foi realizada a classificação sociológica dos
indivíduos inventariados de acordo com a metodologia de Hosokawa e
Souza (1987) (TABELA 1), para serem abatidas árvores de todas as
classes sociológicas de forma a representar o povoamento.
TABELA 1: CRITÉRIO DE CLASSE DE DOMINÂNCIA DE ACORDO COM HOSOKAWA E SOUZA (1987)
Classe Critério
Dominante (D) DAPi ≥ DᾹP+ 2(Sxn-1)
Co-dominante (CD) DᾹP+(Sxn-1) ≤ DAPi< DᾹP+2(Sxn-1)
Intermediária (I) DᾹP-2(Sxn-1) < DAPi < DᾹP+(Sxn-1)
Suprimida (S) DᾹP-2(Sxn-1) < DAPi ≤ DᾹP-(Sxn-1)
Oprimida (O) DAPi ≤ DĀP - 2(Sxn-1)
Em que: DAPi: diâmetro a 1,30 m; DᾹP: diâmetro a 1,30 m médio; Sx: desvio padrão.
Usando esse critério foram derrubadas 60 árvores, sendo, 31
árvores cubadas, e o volume total observado (V) aos 35 anos foi estimado
pelo método de Smalian que foi considerado como o real. Das outras 29
arvores, foram coletados discos ao longo do fuste, destinados ao
processo de análise de tronco. As alturas relativas à cubagem e retirada
de fatias foram 0,1 m, 0,7 m, 1,3 m e em seguida a cada metro até um
diâmetro mínimo de quatro centímetros.
Os discos coletados foram secos a temperatura ambiente e
posteriormente foram lixados para facilitar a visualização dos anéis de
crescimento. Aqueles discos que apresentavam riscos ou defeitos devido
ao corte com motosserra foram submetidos a novo lixamento e polimento
manual.
27
3.3. ANÁLISE DE TRONCO
A análise de tronco obedeceu a metodologia tradicional
descrita por Barusso (1977) (FIGURA 8).
FIGURA 8: MARCAÇÃO DOS RAIOS E ANEIS DE CRESCIMENTO EM FATIA DE P. caribaea. var caribaea NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
Para obtenção da altura total a cada idade, utilizou-se o
método do paralelismo que foi aplicado por Rosot et al. (2003) em uma
floresta de Pinus taeda.
Por se tratar de um plantio seminal, nos estudos de
crescimento e incremento em diâmetro a 1,30 m (Dap) em cm, altura total
28
(H) em m e volume total (V) em m³ foram desconsideradas as idades 1 e
2 anos devido à heterogeneidade do crescimento nestas idades.
3.4. NORMALIDADE DOS DADOS
Os dados foram submetidos a verificação da normalidade dos
erros através do teste de Shapiro-Wilk (W) que é dado pela equação 11.
(∑ ( )
)
∑ ( )
(11)
Onde: valores ordenados de amostras ( é o menor); constantes geradas a partir de média, variâncias e covariâncias da ordem estatística de uma amostra de tamanho n e uma distribuição normal, seu valor é tabelado; n = tamanho da amostra.
3.5. CORRELAÇÃO DE PEARSON
Para verificar o grau de relações entre as variáveis, os dados de
Dap, H e V foram submetidos à Correlação de Pearson (formula 12).
∑( )( )
√(∑( ) )(∑( ) ) (12)
Onde: variável x; variável y; média da variável independente; média da variável dependente.
3.6. VOLUME
Foram testados quatorze modelos volume para P. caribaea.
Nestas funções, as variáveis independentes foram o Dap (cm) e H (m)
(TABELA 2)
29
Para o procedimento de ajuste foram utilizadas 60 árvores,
provenientes da cubagem rigorosa e das árvores coletadas para
ANATRO.
TABELA 2: MODELOS VOLUMÉTRICOS TESTADOS PARA P. caribaea., NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO
N° Autor Modelo
1 Berkhout
2 Kopezky-Gehrardt
3 Spurr
4 Stoate (
)
5 Husch ( )
6 Spurr 2 ( )
7 Schumacher-Hall ( ) ( )
8 Prodan ( ) ( ) ( ) ( )
9 Meyer ( ) (
)
10 Naslund
modificado
( ) ( )
11
( ) (
)
12 Hohenadl-Krenn
13
( ) (
) ( )
14
( )
Sendo: V: volume; h= H: altura; d = Dap; : parâmetros dos modelos; ln:
logaritmo neperiano; e: erro aleatório
Nos modelos logarítmicos, ao realizar o antilogarítmico, as
estimativas dos volumes apresentam discrepâncias logarítmicas, ou erros
sistemáticos, que devem ser corrigidos através do fator de Meyer, em
que, o volume estimado deve ser corrigido multiplicando-o ao fator de
Meyer. Esse fator é obtido através da equação 13
( ) (13)
30
Em que; e: exponencial e Syx: erro padrão da estimativa.
As estimativas foram comparadas ao volume observado obtido
pela metodologia de Smalian. Aquele que apresentou o maior coeficiente
de determinação ajustado (R²aj.), o menor erro padrão das estimativas em
porcentagem (Syx%) e a melhor distribuição dos erros percentuais, foi
considerado o mais acurado.
3.7. CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
Para a avaliação do crescimento em diâmetro (Dap), altura (H)
e volume (V) das arvores foi utilizado nove modelos (TABELA 3)
TABELA 3: MODELOS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO TESTADOS PARA P. caribaea, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
n Autor Modelos de Crescimento
1 Schumacher ( )
2 Hoerl ( )
( )
3 Moissev ( )
(
)
(
)
4 Prodan ( )
5 Chapman Richards ( ( ))
6 Backman ( )
7 Backman modificado ( )
8 Gram ( )
9 Mitscherlich ( ( ))
Em que: Y = variável dependente (Dap, H, V); t = tempo (idade); ln =
logaritmo neperiano; βn = coeficiente de regressão.
31
Para o ajuste dos modelos de crescimento e produção foram
considerados os dados de Anatro a partir dos três anos de idade. Os
modelos não lineares foram ajustados utilizando o software R através do
pacote nls.
Assim como, para volume, nos modelos logarítmicos, as
estimativas passaram pela correção através do fator de Meyer e também
aquele que apresentou o maior coeficiente de determinação ajustado
(R²aj.), o menor erro padrão das estimativas em porcentagem (Syx%) e a
melhor distribuição dos erros percentuais, foi considerado o mais acurado.
3.8. CLASSIFICAÇÃO DA PRODUTIVIDADE LOCAL
Para este estudo, a determinação da capacidade produtiva
local de P. caribaea foi baseada na altura média das arvores dominantes,
na idade-índice de 35 anos, a partir do método da curva guia (ASSMANN,
1970; SCHNEIDER, 1993; CAMPOS; LEITE, 2013).
Foram utilizados os dados de altura dominante da análise de
tronco e inventario, entre as idades de 3 e 35 anos, optando por dados a
partir dos 3 anos, devido a heterogeneidade das alturas nas idades
iniciais.
Para classificação da produtividade local dos dados de P.
caribaea foi utilizado àquele modelo que melhor descreveu o crescimento
em altura total.
No método da curva guia, é necessária a identificação de uma
idade índice, podendo esta ser escolhida de maneira aleatória, sendo,
neste estudo utilizada a idade de 35 anos.
Foram determinados o número de classes de capacidade
produtiva local que correspondem as classes de altura dominante
encontradas na área de estudo.
32
3.9. CRITÈRIOS DE SELEÇÃO DE MODELOS
Os critérios de seleção dos modelos aplicados foram: i) o
coeficiente de determinação ajustado (R2aj); ii) o erro-padrão das
estimativas em percentagem (Syx%). Considerou-se tambem a
distribuição gráfica dos residuos em porcentagem (Resíduo %),
selecionando aquele modelo que apresentar menor variação dos
residuos, sem tendenciosidades em superestimar ou subestimar os
valores (TABELA 4).
TABELA 4: CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS ESTIMATIVAS OBTIDASNOS MODELOS DE VOLUME E CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
Em que: QMres= Quadrado médio residual; SQres= Somatória Quadrática
dos resíduos; SQtotal= Somatório quadrático total; n= número de
observações; p= número de coeficientes do modelo; Y= Variável
observada; = Variável estimada.
Parâmetro Estatistico Fórmula
Coeficiente de Determinação
Ajustado
Erro Padrão das estimativas √
Resíduo ( )
33
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. DESCRIÇÃO DOS DADOS E DO POVOAMENTO AOS 35 ANOS
As estatísticas obtidas, para verificação da intensidade ideal de
amostragem através dos diâmetros mensurados estão dispostas na
Tabela 5.
TABELA 5: ESTATÍSTICAS DE VERIFICAÇÃO DA INTENSIDADE
IDEAL DE AMOSTRAGEM SOB OS DIÂMETROS DO
POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea, NOVA
MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
Estatística DAP
25,95
CV 15,56
S 5,10
Erro Padrão 0,91
E% 5,48
12,16
De acordo com a Tabela 5, as 31 parcelas mensuradas foram
representativas do povoamento, pois, de acordo com os cálculos
aplicados, seriam necessárias apenas 13 parcelas de 900 m²para cobrir
toda a variabilidade dos diâmetros desse povoamento, ao nível de 5% de
probabilidade e erro de 10%.
Quanto à normalidade dos dados, de acordo com teste de
Shapiro Wilk, os dados de Dap, H e V tem distribuição normal com p-valor
maior que 0,05 (nível de significância).
Os dados de Dap, H e V segundo a correlação de Pearson (r)
ao longo dos 35 anos são altamente correlacionados. Para Dap e H, r
igual a 0,89, para Dap e V, r é de 0,95 e para H e V r é de 0,85. Valores
superiores a 0,7 demonstram alta correlação entre as variáveis.
34
De acordo com o critério estabelecido por Hosokawa e Souza
(1987) os valores de referência para classificação sociológica estão
apresentados na Tabela 6.
TABELA 6: VALORES DE REFERÊNCIAS PARA POSIÇÃO SOCIOLÓGICA DE P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO-GROSSENSE
A distribuição dos indivíduos em classes de dominância
(FIGURA 9) é considerada normal. A maioria dos indivíduos, 69,6% foram
classificados como intermediários, e o restante se distribuiu nas classes
codominantes, dominantes e suprimidos, não sendo observado nenhum
indivíduo na classe oprimida, devendo este fato, a baixa densidade do
povoamento, com 115 árvores.ha-1
FIGURA 9: DISTRIBUIÇÃO DOS INDIVÍDUOS P. caribaea var. caribaea EM CLASSES DE DOMINÂNCIA NO SUDOESTE DE MATO GROSSO.
Onde: O = oprimida; S = suprimida; I = intermediária; CD = codominante; D = dominante.
4.1. ANATRO
A análise de tronco foi utilizada para investigar o
desenvolvimento passado das árvores de P. caribaea, desde o plantio até
os 35 anos de idade, sendo obtido para cada árvore, o diâmetro a 1,30m
0
50
224
39 9
0
50
100
150
200
250
O S I CD D
Núm
ero
de indiv
íduo
s
Posição sociológica
CLASSE DENSIDADE DᾹP (CM)
Dominantes 9 44,935 Codominantes 39 39,728 Intermediárias 224 32,318
Suprimidas 50 27,187 Oprimidas 0 0
35
FIGURA 10: PERFIL LONGITUDINAL DA ÁRVORE MÉDIA DE P. caribaea
var. caribaea, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
(Dap), a altura total (H) e o volume total (V) em cada idade, e construído o
perfil longitudinal de cada uma das arvores e da arvore média (FIGURA
10).
Raio (cm)
Altura
(m
)
36
Na Figura 10 é possível visualizar que P. caribaea apresentou
até os 12 anos um crescimento elevado, em média de 2 cm em diâmetro.
A partir de então, este incremento diminuiu para cerca de 1 cm ao ano.
Os dados de ANATRO também permitiram descrever a média e
o desvio padrão do Dap, H e o V ao longo dos 35 anos de P. caribaea
(TABELA 7), que corroboram as informações visualizadas no perfil
longitudinal da arvore média.
TABELA 7: VALORES MÉDIOS E RESPECTIVOS DESVIOS PADRÃO DE DIÂMETRO A 1,30M (Dap), ALTURA TOTAL (H) E VOLUME (V) DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
Idade
(anos)
Dap
(cm)
H
(m)
V
(m³)
Idade
(anos)
Dap
(cm)
H
(m) V (m³)
Idade
(anos)
Dap
(cm) H (m) V (m³)
35 35,22 23,39 1,148
24 28,34 20,91 0,667
13 19,97 16,09 0,258
±3,22 ±1,77 ±0,22 ±2,83 ±1,46 ±0,13 ±2,97 ±1,63 ±0,07
34 34,35 23,07 1,076
23 27,81 20,66 0,635
12 19,05 15,27 0,224
±3,09 ±1,72 ±0,20 ±2,87 ±1,50 ±0,13 ±3,02 ±1,82 ±0,07
33 33,45 22,82 1,010
22 27,11 20,36 0,595
11 17,90 14,46 0,189
±2,90 ±1,70 ±0,18 ±2,89 ±1,48 ±0,13 ±3,03 ±1,97 ±0,06
32 32,65 22,46 0,947
21 26,28 20,03 0,552
10 16,58 13,46 0,151
±2,80 ±1,60 ±0,17 ±2,90 ±1,45 ±0,12 ±3,01 ±1,96 ±0,05
31 32,02 22,25 0,903
20 25,57 19,62 0,512
9 15,50 12,34 0,122
±2,84 ±1,57 ±0,17 ±2,91 ±1,35 ±0,11 ±2,98 ±2,11 ±0,05
30 31,34 22,06 0,858
19 24,92 19,34 0,479
8 14,40 11,42 0,098
±2,81 ±1,54 ±0,16 ±2,94 ±1,48 ±0,11 ±2,91 ±2,26 ±0,04
29 30,66 21,85 0,814
18 24,20 18,79 0,439
7 13,27 10,02 0,074
±2,81 ±1,51 ±0,15 ±2,94 ±1,34 ±0,10 ±2,88 ±2,33 ±0,03
28 30,15 21,66 0,781
17 23,46 18,35 0,404
6 11,99 8,873 0,054
±2,82 ±1,49 ±0,15 ±2,90 ±1,33 ±0,09 ±2,87 ±2,32 ±0,03
27 29,73 21,48 0,753
16 21,82 17,31 0,330
5 10,54 7,509 0,036
±2,81 ±1,48 ±0,15 ±2,94 ±1,44 ±0,08 ±2,78 ±2,35 ±0,02
26 29,24 21,31 0,723
15 21,79 17,26 0,328
4 8,839 5,914 0,020
±2,82 ±1,47 ±0,14 ±2,99 ±1,44 ±0,08 ±2,68 ±2,29 ±0,01
25 28,75 21,15 0,694
14 20,94 16,68 0,294
3 6,494 4,278 0,008
±2,80 ±1,47 ±0,14 ±3,01 ±1,57 ±0,085 ±2,439 ±1,882 ±0,006
37
Silva (2005) fazendo a avaliação genética de um plantio de P.
caribaea em Selviria - MS, aos 14,3 anos, encontrou Dap médio entre
21,07 e 24,85 cm, altura média variando entre 18,35 e 19,95 m, e, volume
médio por árvore entre 0,448 e 0,697 m³, tendo este povoamento valores
médios bem superiores aos encontrados para P. caribaea deste estudo,
principalmente quanto ao Dap.
Quintana et al. (2007) avaliando procedências de P. caribaea
aos 5 anos em Cuba, descreveram Dap médio encontrado de 5,04 cm e
altura média de 2,45 m. Francis (1989) em Cuba, encontrou em árvores
com 4,8 anos altura média de 4,10 m, já em porto Rico, em árvores com
23 anos o autor obteve valores médios de 21,60 m de altura e 29,30 cm
de Dap . P. caribaea cultivado no Mato Grosso nas idades de 5 e 4,8 anos
apresentou médias bem superiores, porem, aos 23 anos somente o Dap
médio foi superior ao encontrado por Francis (1989).
Trianoski (2012) avaliando a qualidade da madeira de diversas
espécies de pinus tropicais, para P. caribaea aos 17 anos cultivados em
Itararé-SP encontrou valores médios de Dap igual a 34,45 cm, altura
média de 26,34 cm e volume médio igual a 1,167 m³. Valores estes
superiores aos encontrados nesta pesquisa e também aos de Francis
(1989), Silva (2005), Quintana et al (2007).
Elesbão e Schneider (2011) ao comparar plantios de Pinus
taeda desbastados e plantios não desbastados, aos 17 anos,
encontraram médias de Dap de 24,3 cm e H de 24 m para o povoamento
não desbastado, médias estas, superiores ao plantio de P. caribaea,
principalmente quanto a H, que é muito próxima da altura total aos 35
anos.
Moura e Drovak (2001), ao avaliarem o um plantio de P.
caribaea var. hondurensis de diferentes procedências aos 12 anos,
registram um volume médio individual de 0,23 m³.arv-1 no Distrito Federal,
ainda que superior ao volume médio encontrado para P. caribaea, em se
tratando de pinus tropicais, e considerando o desvio padrão, o volume
38
médio de P. caribaea é muito próximo ao de P. caribaea var. hondurensis
na mesma idade.
Bertoloti et al.(1983) ao estudar métodos de desbastes em P.
caribaea var. hondurensis até os 14 anos de idade, concluiu que devido à
estagnação do crescimento em diâmetro da arvores entre os 11e 12 anos,
o primeiro desbaste pode ser aplicado nestas idades.
Schneider et al. (1999) estudando efeitos da desrama em Pinus
elliottii Engelm. no Rio Grande do Sul aos 11 anos de idade observaram
incrementos médios de 23,95 m³ha-1 ano nos plantios não desbastados,
valor este superior ao incremento médio (17,74 m³ ha-1 ano) de P.
caribaea na mesma idade.
Kageyama e Caser (1982) estudando a adaptação de espécies
de pinus no nordeste brasileiro encontraram para P. caribaea aos 7 anos,
incremento de 23 m³ ha-1 ano.
Silva (2005) avaliando um plantio de P. caribaea em Selviria-
MS, registrou que o incremento médio anual foi de 1,34 cm para Dap e
0,80 m para H aos 15,3 anos um ano após a realização de desbaste,
porem, após 2 anos, este incremento caiu para 1,02 cm para Dap e 0,50
m para altura total, incremento este, que se assemelha ao de P. caribaea
na região sudoeste de Mato Grosso.
P. caribaea em média a partir dos 10 anos de idade,
apresentou declínio de incremento em diâmetro, e a partir dos 16 anos
houve declínio em incremento de altura, podendo-se inferir que a
sugestão de desbaste dada por Bertoloti et al. (1983), poderia ter sido
aplicada a este povoamento entre as idades sugeridas de 11 e 12 anos.
Ainda que os valores médios de diâmetro e altura demonstrem
diminuição de incremento aos 10 e 16 anos, respectivamente, quando
avaliamos o incremento corrente anual de volume em m³.ha-1, notamos
que P. caribaea, apresentou aos 12, 23, 27 e 31 anos, aumento da
produtividade (FIGURA 11).
39
FIGURA 11: CURVAS DE INCREMENTO MÉDIO ANUAL (IMA) E INCREMENTO CORRENTE ANUAL (ICA) EM VOLUME (m³.ha1) DE P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE DE MATO GROSSO
Este aumento da produtividade pode ser justificado pela
abertura de espaço por mortalidade natural de indivíduos, abate de
algumas arvores para pequenas construções da propriedade e a
ocorrência de fogo acidental, ou ainda, pela baixa densidade arvores, 115
árv.ha-1 A falta de registros históricos sobre estes acontecimentos
impedem a certeza dos anos de ocorrência destes fatos.
4.2. VOLUME
Na Tabela 8 são apresentados os coeficientes e as estatísticas
de precisão das quatorze equações ajustadas para a estimativa do
volume para P. caribaea.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
V (
m³.
ha
-1)
t (anos)
IMA ICA
40
TABELA 8: COEFICIENTES DE REGRESSÃO, COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO AJUSTADO (R²aj.) E ERRO PADRÃO DA ESTIMATIVA EM PERCENTAGEM (Syx %) DAS EQUAÇÕES DE VOLUME AJUSTADAS PARA P. caribaea var. caribaea NA REGIÃO SUDOESTE, MT.
n° R2aj Syx% 1 -0,3800 0,0371
0,8985 22,805
2 -0,0607 0,0008
0,9555 15,097
3 0,0161 3,7385
0,9814 9,754
4 -0,0161 -5,4415 0,0003 0,0033
0,9822 9,531
5 -9,3383 2,6604
0,9618 18,884
6 -9,7922 0,9616
0,9909 9,956
7 -9,8168 1,8674 1,0308
0,9938 9,745
8 -9,8168 0,00002 0,9337 0,0001 0,5154
0,9937 9,745
9 0,0061 0,0034 -0,0002 0,0003 3,5705 -0,0049 0,9826 9,435
10 0,0034 0,00014 0,0001 2,1565 -0,0001
0,9827 9,406
11 -0,2962 0,0015 1,2790
0,9665 13,087
12 0,0008 -0,00659 0,0010
0,9567 14,888
13 -0,0573 0,0006 0,2513 8,8748
0,9784 10,521
14 -0,1348 0,0013
0,9524 15,607
De acordo com os dados apresentados na Tabela 8, a maioria
das equações foram acuradas nas estimativas de volume quanto a R²aj.
A equação de Schumacher-Hall (7) foi a que estimou com
maior acurácia o volume de P. caribaea, com R²aj. de 0,9938 e Syx% de
9,745% e a equação de Prodan (8) apresentou resultados muito
semelhantes de R²aj. (0,9937) e Syx% (9,745 %).
Elesbão (2008), Morais Neto (2009), Kohler et al (2012), Melo
et al (2013), Martins et al (2015), também consideraram o modelo de
Schumacher-Hall quanto aos critérios estatísticos de R²aj. e Syx%, com
valores respectivos, superior a 0,9 e inferior a 10 %, acurado nas
estimativas de volume de diferentes espécies de pinus em diferentes
idades e localidades.
Môra et al. (2014) ao testarem modelos para estimativas
volumétricas para P. taeda cultivados no Paraná, sob diferentes sistemas
integrados de modelos volumétricos e de afilamento, também
consideraram o modelo de Schumacher-Hall o mais preciso.
41
Melo et al. (2013), trabalharam com diversos modelos de
estimativas volumétricas para um povoamento de P. caribaea var.
hondurensis aos 10 anos de idade na Bahia e consideraram o modelo de
Stoate como o mais acurado, seguido pelo modelo de Schumacher-Hall
com R²aj. de 0,971 e Syx% de 18%, superior e inferior, respectivamente,
as estatísticas obtidas para P. caribaea.
Draper e Smith (1966) afirmaram que nenhuma equação de
estimativa deve ser usada antes da análise gráfica dos resíduos, mesmo
que os índices de ajuste e precisão, R²aj. e Syx%, sejam satisfatórios.
Todos os modelos apresentaram tendenciosidades de
estimativa de volume total nas idades iniciais (APÊNDICES-FIGURAS 18
e 19).
A equação de Schumacher-Hall também apresentou
tendenciosidades na estimativa de volume nas idades iniciais, porem, foi o
que apresentou menor dispersão dos erros ao longo dos anos.
As equações de Berkhout, Kopezky-Gehrardt, (TABELA 8; Eq.
11 e 14), apresentaram os piores R²aj. e Syx% dos testes, e também
maior heterogeneidade na distribuição dos erros percentuais até os 20
anos, com sub e superestimativas dos volumes em 100%.
4.3. CRESCIMENTO E PRODUÇÃO
Os coeficientes de regressão e estatísticas de ajuste e precisão
dos modelos utilizados nas estimativas de Dap, H e V para P. caribaea
encontram-se na Tabela 9.
Com base nas estatísticas de ajuste e precisão das equações
obtidas não foi possível à determinação de um único modelo para estimar
Dap, H e V de P. caribaea, sendo, escolhido aquele que apresentou
distribuição de resíduos mais homogêneos e menores tendenciosidades.
A distribuição gráfica dos erros percentuais do ajuste de cada
equação para as variáveis de Dap, H e V estão apresentadas nas Figuras
20, 21 e 22 (APÊNDICES).
42
TABELA 9: COEFICIENTES DE REGRESSÃO, COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO AJUSTADO (R²aj.) E ERRO PADRÃO DA ESTIMATIVA EM PERCENTAGEM (Syx %) DAS EQUAÇÕES DECRESCIMENTO E PRODUÇÃO em Dap, V e H, AJUSTADOS PARA P. caribaea var. caribaea NA REGIÃO SUDOESTE, MT.
Dap
Autor β0 β1 β2 β3 R2aj. Syx%
Schumacher 3,5948 -6,9558
0,9762 16,5258
Hoerl 1,9878 -2,8035 0,4581
0,9848 13,2193
Moissev 3,1094 -2,5522 0,1391 -0,0132 0,8912 35,3553
Prodan 1,6179 0,1211 -0,002
0,9782 15,8337
Chapman Richards 31,6399 0,044 1,8
0,9757 22,0544
Backman 0,2296 1,4059 -0,1349
0,9844 13,376
Backman modificado
1,4059 -0,1349
0,8922 25,1819
Gram 0,6283 0,9951 -0,0186
0,9839 13,5766
Mitscherlich 40,29 0,0511 0,9706 13,5772
H
Autor β0 β1 β2 β3 R2aj. Syx%
Schumacher 3,2589 -5,786
0,9901 10,3901
Hoerl 2,456 -3,7113 0,2289
0,9912 9,8191
Moissev 3,3902 -9,0011 12,9666 -8,2714 0,9914 9,7157
Prodan 1,5373 0,1154 -0,0021
0,9857 12,5021
Chapman Richards 20,9991 0,0936 1,39
0,9847 12,9477
Backman 0,0303 1,5691 -0,1956
0,9913 9,7403
Backman modificado
1,5691 -0,1956
0,9907 10,0739
Gram 0,5554 1,0105 -0,0295
0,9909 9,9686
Mitscherlich 26,511 0,062
0,9891 10,9121
V
Autor β0 β1 β2 β3 R2aj. Syx%
Schumacher 0,9967 -19,6976
0,9064 38,7823
Hoerl -3,0203 -9,3182 1,1449
0,9418 30,5583
Moissev 0,9754 -38,7467 116,6218 -162,838 0,9648 23,7864
Prodan -4,6788 0,3575 -0,00598
0,8699 45,7244
Chapman Richards 2,899 0,0558 2,519
0,9313 33,2021
Backman -8,9623 4,3809 -0,4653
0,9387 31,3509
Backman modificado
4,3809 -0,4653
0,7634 47,9819
Gram -7,6399 3,0006 -0,0666
0.9332 32,8057
Mitscherlich 2,8021 0,029 0,8777 44,3039
43
A equação de Hoerl obteve R²aj. igual a 0,9848 e o Syx% de
13,2193, foi a mais acurada nas estimativas de Dap para P. caribaea,
seguida pelas equações de Backman, Gram, Prodan, Schumacher,
Chapman Richards, Mitscherlich, Backman mod. e Moissev.
Todas as equações apresentaram valores superiores a 10%
para Syx% que se refletem nos gráficos de distribuição dos resíduos
percentuais, e tendenciosidades de estimativas de Dap (APÊNDICES-
FIGURA 20).
A equação de Hoerl apresentou resíduos dispersos à linha
central principalmente nas idades iniciais, assim como, Backman e Gram.
As equações de Prodan e Chapman Richards apresentaram
tendenciosidades em sub e superestimar Dap tanto nas idades iniciais
como nas finais. Mitscherlich superestimou o Dap em todas as idades.
Para a equação de Backman modificado, observou-se na distribuição dos
resíduos a ocorrência de subestimativa em todas as idades avaliadas de
P. caribaea.
Com o ajuste da equação de Hoerl foram construídas as curvas
de incremento corrente anual e incremento médio anual do Dap de P.
caribaea em cm. (FIGURA 12). O máximo incremento médio anual em
diâmetro ocorreu aos 6 anos, quando a curva do IMA interceptou a curva
do ICA.
Elesbão (2008) também testou o modelo de Hoerl para
estimativas de crescimento de Pinus taeda, porém, não foi considerado o
mais preciso nas estimativas de Dap, obtendo R²aj. de 0,93, inferior ao
ajuste do mesmo modelo para diâmetros de P. caribaea.
Eleotério et al. (2012) também consideraram o modelo de
Hoerl o mais ajustado para estimar Dap, obtendo R²aj. igual a 0,984 e
Syx% de 4,81, um ótimo ajuste se comparado ao ajuste do mesmo para
P. caribaea.
44
FIGURA 12: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL DE DAP PARA P. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE HOERL ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
De acordo com Campos e Leite (2013), quando nas curvas de
ICA e IMA verifica-se uma intersecção em determinado ano, este pode ser
utilizado como referência para aplicação de desbaste.
Analisando as curvas de incremento de P. caribaea o ponto
máximo de incremento em Dap ocorreu aos 6 anos.
Sarria et al. (2012) e Suaréz et al. (2011) ao avaliarem o
crescimento em diâmetro em plantios de P. caribaea encontraram o ponto
de intersecção entre as curvas de IMA e ICA entre 6 e 7 anos, igual ao
encontrado nesta pesquisa, com incremento de 1,73 cm.
Para altura, todos os modelos testados para apresentaram
R²aj. superiores a 0,9 e Syx% baixos, valores estes que referem-se a
acurácia e precisão de estimativa com poucos erros (TABELA 9).
Considerando somente os valores de R²aj. e Syx% a equação
de Moissev, foi a mais acurada para estimativa dessa variável. Porém, ao
realizar a análise gráfica dos resíduos de cada modelo, verifica-se a
existência de tendenciosidades na estimativa das alturas nas idades
iniciais e finais, o que diminui o grau de acurácia desta equação. As
0
0,5
1
1,5
2
2,5
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
Incre
me
nto
Da
p (
cm
)
t (anos)
ICA
IMA
Máximo
45
outras equações consideradas mais acuradas nas estimativas de altura
de P. caribaea foram as de Backman, o de Hoerl, como para Dap
(APÊNDICES – FIGURA 21).
Verifica-se que, todas as equações apresentaram
tendenciosidades para a estimativa de altura total para P. caribaea nas
idades iniciais, e isso ocorre devido a alta variabilidade das alturas da
arvores, especialmente em povoamentos seminais.
Nas demais idades, as equações de Hoerl, Moissev e Prodan
apresentaram algumas tendenciosidades em subestimar e superestimar
as alturas, principalmente após os 25 anos, diferentemente da equação
de Schumacher.
No estudo de Nascimento et al. (2015), entre as diversas
equações testadas, as equações de Schumacher e Prodan também foram
testadas para estimativas de altura em povoamentos de Pinus taeda e
Pinus eliotti até os 34 anos, diferentemente deste estudo a equação de
Schumacher obteve R²aj. de 0,70, e a equação de Prodan obteve R²aj.
0,99, superior ao estimado para P. caribaea.
Já Floriano et al. (2006) ao estudarem o crescimento em altura
de povoamentos desbastados de Pinus elliottii plantados em 1985,
consideraram a equação de Chapman Richards a mais acurada nas
estimativas de alturas de Pinus elliottii com R²aj. de 0,87, inferior ao obtido
para o povoamento de P. caribaea, pelo ajuste com o mesmo modelo.
Eleotério et al. (2012), utilizando a equação de Moissev
obtiveram R²aj. igual a 0,966 e Syx% de 1,07, um ótimo ajuste se
comparado ao ajuste para P. caribaea, principalmente quanto a Syx%
Tonini et al. (2001) também tiveram problemas nas estimativas
para P. elliottii para idades iniciais inferiores a 8 anos, e justificaram este
problema ao período de adaptação das plantas as condições
edafoclimáticas do local de implantação.
A partir da equação de Moissev foram geradas as curvas de
incrementos, médio e corrente anual de Dap em cm para P. caribaea
(FIGURA 13).
46
Sarria et al. (2011) e Sarria et al. (2012), ao estudarem o
crescimento em altura de plantios de P. caribaea situados em Viñales e
La Palma, Cuba, encontraram incremento médio anual de 1 m. ano-1 e
intersecção das curvas de IMA e ICA nas idades de 5,5 e 10,6 anos,
respectivamente. O plantio de Viñales tem resultado semelhante ao
encontrado para P. caribaea em Mato Grosso, que obteve incremento
máximo em altura (m) aos 5 anos.
FIGURA 13: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL EM
ALTURA DE P. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
Para volume, assim como para altura, a equação de Moissev
foi a mais acurada, com R²aj. igual a 0,9648 e Syx % igual a 23,78.
Todos os modelos apresentaram Syx % superior a 20% (TABELA 9).
Todas as equações apresentaram tendenciosidades nas
estimativas de volume ao longo dos 35 anos, principalmente nas idades
iniciais (APÊNDICES – FIGURA 22)
A equação de Backman modificado foi a que apresentou as
piores estimativas de volume, superestimando os volumes nas idades
iniciais e, subestimando nas idades finais
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
Incre
me
nto
H (
m)
t (anos)
IMA
ICA
máximo
47
A equação de Moissev apresentou resíduos dispersos a linha
central nas idades iniciais, porem, ao longo dos 35 anos, a mesma
apresentou distribuição mais homogênea e agrupada, o que evidência
maior acurácia.
O incremento máximo em volume estimado pelo modelo de
Moissev ocorreu aos 32 anos (FIGURA 14), o que pode indicar a idade de
rotação da espécie no Mato Grosso, bem diferente do período encontrado
por Sarria et al. (2013) aos 11 anos para um plantio de P. caribaea em
Viñales, Cuba, com 7,23 m³.ha-1.ano de incremento.
FIGURA 14: INCREMENTOS CORRENTE E MÉDIO ANUAL EM
VOLUME DE P. caribaea var. caribaea ESTIMADO PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV ATÉ 35 ANOS, NOVA MARILÂNDIA, MATO GROSSO.
O incremento máximo em volume estimado pelo modelo de
Moissev ocorreu aos 32 anos, o que pode indicar a idade de rotação da
espécie no Mato Grosso, bem diferente do período encontrado por Sarria
et al. (2013) aos 11 anos para um plantio de P. caribaea em Viñales,
Cuba, com 7,23 m³.ha-1.ano de incremento.
Medel et al. (2011), avaliando P. caribaea em Cuba, indicaram
como idade de rotação o período entre 30 e 35 anos, corroborando a
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36
Incre
me
nto
V (
m³.
ha
- ¹.a
no
)
t (anos)
ICA
IMA
máximo
48
idade de rotação encontrada nas curvas de incremento de volume
estimado pelo modelo de Moissev.
4.4. CLASSIFICAÇÃO DA PRODUTIVIDADE LOCAL
O modelo utilizado para a classificação da produtividade local
para P. caribaea é o de Moissev, que se ajustou aos dados de altura
dominante (Hd) da seguinte maneira:
( )
(
)
(
)
Em que: ln = logaritmo neperiano; Hd = altura dominante; βn= coeficientes de regressão; t = idade (anos).
Os coeficientes apresentados representam a curva guia na
idade indice de 35 anos (FIGURA 15), e as estatísticas de ajuste e
precisão do modelo de Moissev aos dados de altura dominante foram de,
R²aj. igual 0,9917 e e Syx% de 9,4567%.
FIGURA 15: CURVA DA ALTURA DOMINANTE AJUSTADA PELO
MODELO DE MOISSEV PARA POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO.
0
5
10
15
20
25
30
35
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Hd (
m)
t (anos)
49
Medel et al. (2011) ao avaliar um plantio de P. caribaea em
Cuba, identificaram que a idade de rotação desta espécie encontra-se
entre 30 e 35 anos, o que justifica a utilização da idade de referência
como 35.
Ainda que retiradas parte das idades iniciais para a
classificação da produtividade local, a grande variabilidade das alturas
dominante em idades iniciais é vista nos dados do povoamento seminal
de P. caribaea e comprovada ao ajustar o modelo de Moissev, que
apresentou tendenciosidades de estimativas tanto superestimando,
quanto subestimando valores de altura dominante nestas idades, mesmo
com estatisticas (R²aj. e Syx %) que evidenciam precisao nas estimativas,
os maiores erros percentuais de estimativa ocorreram até os 8 anos
(FIGURA 16).
FIGURA 16: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS DE
ESTIMATIVA DA ALTURA DOMINANTE PELA EQUAÇÃO DE MOISSEV, PARA POVOAMENTO DE P. caribaea var. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE, NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO
De acordo com Silva et al. (2013), em estudos de curvas de
produtividade local, à medida que o povoamento envelhece, menores são
as variações do padrão de desenvolvimento em altura, não sendo
indicado estudos de sitio em povoamentos muito jovens devido à
variabilidade da altura dominante em idades iniciais.
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Err
o %
t (anos)
50
As curvas de produtividade local geradas são do tipo
anamórficas, são 3, que se distanciam em 4 metros. As Classes I, II e III
referem-se a locais de alta produtividade (26 m), média produtividade (22
m) e baixa produtividade (18 m), em termos de capacidade produtiva.
Nota-se que os indivíduos distribuem-se na maior parte dos 35 anos entre
as classes de boa e média produtividade (FIGURA 17).
Os limites inferior e superior para cada classe de produtividade
local estão dispostos na Tabela 10, sendo, os limites sombreados
correspondentes a distribuição dos valores das médias de altura
dominante em cada idade de P. caribaea, o que corrobora com a adesão
dos indivíduos as curvas de produtividade local, estando a maioria
distribuídos nas classes “I” e “II”.
FIGURA 17: CURVAS DE PRODUTIVIDADE LOCAL E DISTRIBUIÇÃO DAS ALTURAS DOMINANTES ENTRE AS CURVAS DE PRODUTIVIDADE LOCAL PARA P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE DE MATO GROSSO
I
II
III
0
5
10
15
20
25
30
35
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Hd (
m)
t (anos)
I
II
III
H
51
TABELA 10: DADOS ALTURA DOMINANTE POR IDADE E ÍNDICE DE LOCAL PARA POVOAMENTO DE P. caribaea ATÉ 35 ANOS DE IDADE, NA REGIÃO SUDOESTE DE MATO GROSSO.
Idade (anos)
III II I
LI LS LI LS LI LS
3 2,48 3,50 2,70 3,81 2,93 4,13
4 4,09 5,78 4,47 6,31 4,84 6,83
5 5,54 7,82 6,04 8,53 6,54 9,24
6 6,77 9,56 7,39 10,43 8,00 11,30
7 7,82 11,04 8,53 12,04 9,24 13,04
8 8,71 12,29 9,50 13,41 10,29 14,53
9 9,47 13,37 10,33 14,58 11,19 15,80
10 10,13 14,30 11,05 15,59 11,97 16,89
11 10,70 15,10 11,67 16,47 12,64 17,85
12 11,20 15,81 12,21 17,25 13,23 18,68
13 11,64 16,43 12,70 17,93 13,75 19,42
14 12,03 16,99 13,12 18,53 14,22 20,07
15 12,38 17,48 13,51 19,07 14,63 20,66
16 12,70 17,93 13,85 19,56 15,01 21,19
17 12,98 18,33 14,16 19,99 15,34 21,66
18 13,24 18,69 14,44 20,39 15,65 22,09
19 13,48 19,03 14,70 20,76 15,93 22,49
20 13,69 19,33 14,94 21,09 16,18 22,85
21 13,89 19,61 15,15 21,39 16,42 23,18
22 14,07 19,87 15,35 21,67 16,63 23,48
23 14,24 20,11 15,54 21,93 16,83 23,76
24 14,40 20,33 15,71 22,18 17,02 24,02
25 14,54 20,53 15,87 22,40 17,19 24,27
26 14,68 20,73 16,01 22,61 17,35 24,49
27 14,81 20,90 16,15 22,80 17,50 24,70
28 14,92 21,07 16,28 22,99 17,64 24,90
29 15,04 21,23 16,40 23,16 17,77 25,09
30 15,14 21,38 16,52 23,32 17,89 25,26
31 15,24 21,52 16,62 23,47 18,01 25,43
32 15,33 21,65 16,73 23,62 18,12 25,58
33 15,42 21,77 16,82 23,75 18,22 25,73
34 15,50 21,89 16,91 23,88 18,32 25,87
35 15,58 22,00 17,00 24,00 18,42 26,00
Os valores limítrofes obtidos para a variedade caribaea
cultivada no Mato Grosso, quando comparados aos obtidos por Scolforo
et al.(1992) para Pinus caribaea var. hondurensis são relativamente
52
baixos, porém, a variedade hondurensis historicamente tem
desenvolvimento superior que as demais.
De acordo com Kageyama e Caser (1982) ainda que a
variedade hondurensis apresente maior crescimento dentre as diversas
espécies de pinus tropicais, em regiões onde os períodos de seca são
maiores as variedades caribaea e bahamensis podem se sobressair em
crescimento, devido a maior resistência a seca. O que comprova isso, é a
relação do aumento do incremento em volume de P. caribaea justamente
em anos (1992 e 2003) onde os níveis de precipitação foram abaixo da
media da região sudoeste de Mato Grosso.
Mendonça et al (2011) estudando plantios de P. caribaea var.
hondurensis ao longo de 18 anos, obteve alturas mínimas e máximas de
arvores dominantes e codominantes de 3,2 m (idades iniciais) e 28,1 m
(aos 18 anos), onde, nas idades iniciais as alturas são semelhantes as de
P. caribaea no Sudoeste de Mato Grosso, já aos 18 anos que P. caribaea
apresenta em todas as classes de produtividade altura inferior a de P.
caribaea var. hondurensis
Olivera et al. (2014), avaliando dados de diversos plantios de
P. caribaea da região ocidental de Cuba, utilizando o modelo de
Schumacher, determinou classes de produtividade local de 14 m a 26 m,
sob a idade de referencia de 30 anos, resultados que se assemelham as
classes obtidas para P. caribaea no sudoeste de Mato Grosso. Os
mesmos autores indicaram a necessidade de aplicação de desbastes
para classe de 14 m a 20 m entre 7 e 9 anos, e para classes de 23 m a 26
m entre 5 e 6 anos, o que corrobora com as curvas de incremento de Dap
e H que tem incremento máximo aos 6 anos.
53
5. CONCLUSÕES
Pinus caribaea var. caribaea no Sudoeste de Mato Grosso
tem incremento em Dap de 1 cm, em altura de 0,7 m e volume, com
incremento médio de 29,4 m³.ha-1.ano aos 35 anos.
Para a estimativa de volume individual de Pinus caribaea var.
caribaea em qualquer idade, a equação de Schumacher–Hall foi
considerada a mais precisa.
O plantio de Pinus caribaea var. caribaea aos 35 anos se
subdivide em 3 classes de produtividade, de 18 m , 22 m e 26 m,
encontrando-se a maioria dos seus indivíduos distribuídos nas classes de
média e alta produtividade.
Não foi possível determinar um único modelo de crescimento
e produção das variáveis de Dap, H e V de P. caribaea. O Dap é melhor
estimado pela equação de Hoerl, e a altura total e o volume de P.
caribaea são adequadamente estimados pela equação de Moissev.
54
6. APÊNDICES
55
FIGURA 18: DISPERSÃO GRÁFICA DE RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE VOLUME PARA P. caribaea var.
caribaea DO SUDOESTE DE MATO GROSSO
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Berkhout
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Kopezky-Gehrardt
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Spurr
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Stoate
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Husch
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Spurr 2
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Schumacher-Hall
56
FIGURA 19: DISPERSÃO GRÁFICA DE RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE VOLUME PARA P. caribaea var.
caribaea DO SUDOESTE DE MATO GROSSO
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Prodan
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40R
esíd
uo
s %
t (anos)
Meyer
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Naslund modificado
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
11
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
Hohenald-Krenn
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
13
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Resíd
uo
s %
t (anos)
14
57
FIGURA 20: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM DAP PARA
P. caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE.
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Schumacher
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Hoerl
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Re
síd
uo
s %
t (anos)
Moissev
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Prodan
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40R
es
ídu
os
%
t (anos)
Backman
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Backman modificado
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Gram
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Chapman Richards
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Mitscherlich
58
FIGURA 21: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS ERROS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM H PARA P.
caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Schumacher
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Hoerl
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Moissev
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Prodan
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40R
es
ídu
os
%
t (anos)
Backman
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Backman modificado
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Gram
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Chapman Richards
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Res
ídu
os
%
t (anos)
Mitscherlich
59
FIGURA 22: DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DOS RESÍDUOS PERCENTUAIS DAS EQUAÇÕES DE CRESCIMENTO EM V PARA P.
caribaea var. caribaea NO SUDOESTE MATO GROSSENSE.
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Schumacher
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Hoerl
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Moissev
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Prodan
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Chapman Richards
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Backman
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Backman modificado
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Gram
-100
-50
0
50
100
0 10 20 30 40
Err
o %
t (anos)
Mitscherlich
60
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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