CRIANÇAS CRIATIVAS: “PEQUENOS ESCRITORES”
RESUMO
A criatividade é o desejo de encontrar soluções para problemas reais vivenciados, neste caso, a proposta em trabalhar com o desenvolvimento de produção textual é levantar as principais dificuldades didáticas encontradas pelos alunos, oferecendo um roteiro prático e objetivo para que os educadores possam aplicar e guiar os alunos na execução desse tipo de atividade dentro ou fora da escola. Considerando isso, iremos aplicar o projeto ‘’pequeno escritor’’, onde a criança irá desenvolver a sua criatividade, criando e ilustrando um livro de sua autoria, com o intuito de estimular a produção de texto de forma prazerosa.
Palavras-chave: 1 – Leitura. 2 – Criança leitora. 3 – Criatividade. 4 –
Produção textual.
Licenciatura em Pedagogia Período: 2º Orientadora: Profª Msc. Karyn Cristine Cavalheiro Autoras: AMANDA SOARES FRANÇA DE SOUZA
ANA PAULA LIMA CANDIDO E SILVA
ISABELE SOARES
LARISSA SALES
STHEFANY TRENTIN
Inova+ Cadernos de Graduação da Faculdade da Indústria – N.1/V.1, p. 194-210 – Fev/2020
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1 INTRODUÇÃO
A criatividade surge com o desejo e necessidade de encontrar soluções para problemas reais
vivenciados, neste caso, a proposta em trabalhar com o desenvolvimento de produção textual é levantar as
principais dificuldades didáticas encontradas por alunos e professores, e através desse projeto oferecer
meios de desenvolver e incentivar essa prática para uma geração de novos escritores. Além disso, serve
como um instrumento que vem de encontro com as necessidades pedagógicas e ao mesmo tempo para
despertar mais interesse e envolvimento dos alunos, sendo um tipo de atividade proposta dentro ou fora
da escola.
O projeto “Pequenos Escritores” consiste em desenvolver a criatividade da criança, onde ela cria e
ilustra um livro de sua autoria, podendo ser também construído em conjunto com a participação dos
demais colegas. A intenção é estimular a produção de texto de forma interessante e atrativa.
Conforme a síntese das aprendizagens encontrada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
referente à Escrita, Fala, Pensamento e Imaginação se fazem necessário atingir essas especificações e vem
de encontro com a nossa pesquisa, visto que considera:
expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes meios. Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e casual, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é produzida. Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas. Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura como fonte de prazer e informação. (BNCC,2018)
Leitor e escritor andam juntos, pois o escritor escreve sempre para alguém, no caso o leitor.
Vivemos em um mundo onde tudo está relacionado com a escrita e a leitura. Atualmente é grande a
demanda de alunos com dificuldade de se expressar através da escrita. A leitura tem que ser incentivada
desde cedo às crianças, pois quanto mais elas leem, mais facilidade terão para escrever. Como o projeto
traz a proposta da criação de livros, demos como base obras literárias de acordo com o interesse e a idade
do nosso público alvo, no caso alunos do 5º ano, instigando assim a imaginação para composição de seus
livros.
Este artigo se organiza começando pela fundamentação teórica que defende a importância para o
desenvolvimento da criatividade a prática da escrita e do desenho de forma significativa para o aluno,
seguido da metodologia utilizada para levantamento de dados e aplicação do projeto. Após os resultados
obtidos através dos questionários aos professores e aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I e da
realização do projeto “Pequenos Escritores”, foram reunidos os dados para análise e relevância do tema se
está congruente ao que é apresentado na teoria. E por fim, temos as considerações finais com o conteúdo
gerado durante toda nossa pesquisa. Seguem disponíveis os anexos com todos os questionários realizados
e o relatório redigido através de observações feitas no dia do projeto.
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2. A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO ARTÍSTICO-LITERÁRIO NA FORMAÇÃO CRIATIVA DO
ALUNO
O homem dentre os seres vivos, é o único que desenvolveu formas de comunicação para expressar
suas ideias e sentimentos. Além da linguagem oral, viu a necessidade de registrar o que se pensa, através
de pinturas do cotidiano, passando a criar símbolos, gerando a escrita. Desde o surgimento desse meio, é
cada vez mais exigido que se tenha domínio de como escrever e do modo de organização das ideias dentro
do que está sendo escrito, e o lugar onde se desenvolve esse conhecimento é na escola.
Essa imagem apresenta a evolução dos símbolos alfabéticos em diversas regiões em vários períodos.
A Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, é um documento que normatiza aprendizagens
essenciais na vida escolar do aluno, baseando-se nas necessidades atuais para formação integral do aluno.
Ela estabelece dez competências gerais que são necessárias para a construção de conhecimentos, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, e voltados a importância da escrita
ressaltamos dois tópicos:
1. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 2. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, idéias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.” (BRASIL, p.9)
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Refletindo isso, observamos que o aluno deve ser incentivado a usar da criatividade, sob orientação
dos professores, para desenvolver produções de texto bem elaboradas, com a possibilidade de expor suas
ideias de forma criativa, espontânea e prazerosa. Mas será que, na realidade existe esse estímulo e
instrução a formação escrita dos alunos? Segundo Lerner, a escola tem
o desafio é promover a descoberta e a utilização da escrita como instrumento de reflexão sobre o próprio pensamento, como recurso insubstituível para organizar e reorganizar o próprio conhecimento(...). O desafio é, em suma, combater a discriminação que a escola opera atualmente, não só quando cria o fracasso explícito daqueles que não consegue alfabetizar, como também quando impede aos outros – os que aparentemente não fracassam – chegar a ser leitores e produtores de textos competentes e autônomos. O desafio que devemos enfrentar, nós que estamos comprometidos com a instituição escolar, é combater a discriminação desde o interior da escola; é unir nossos esforços para alfabetizar todos os alunos, para assegurar que todos tenham oportunidades de se apropriar da leitura e da escrita como ferramentas essenciais do processo cognoscitivo e de crescimento pessoal. (2002, p. 28-29).
Mas infelizmente, os alunos não sentem motivação e liberdade nas suas produções de texto, devido
à forma de como se conduz esse processo de ensino.
Segundo Brito “a prática da escola parece distanciada da funcionalidade da escrita no contexto da
sociedade, limitando-se aos usos mecânicos e descontextualizados” (2007, p.2). Os alunos são orientados a
escrever redações para o professor, pela vontade e orientação do educador, sem que haja entusiasmo,
pensando somente na composição gramatical que deve ser respeitada, tornando a escrita uma atividade
obrigatória e sem haver deleite pela criação. Segundo Vygostsky em seu livro Imaginação e Criação na
Infância,
na velha escola, o desenvolvimento da criação literária dos alunos, caminhava, principalmente na seguinte direção: o professor apresentava o tema da composição e as crianças viam-se diante tarefa de escrevê-la, aproximando-se a sua fala o mais possível da literária dos adultos ou dos estilos dos livros que leram. Esses temas permaneciam estranhos à compreensão dos alunos, não tocavam sua imaginação nem seus sentimentos. (2009, p.65)
Procurando essa motivação de criação na produção literária nos alunos, sabemos da importância de
orientá-los a descobrir os meios onde poderão encontrar direção para reproduzir com entusiasmo, ao invés
do professor introduzir apenas um padrão de tema que, na maior parte das vezes não se relaciona com a
vivência do aluno, ele apresenta assuntos que se relacionem e toquem a realidade da infância, remetendo
a criatividade literária, dentro disso ainda menciona Vygotsky, “o principal exercício para orientar as
crianças nas composições estão na apresentação de temas, mas nem tanto em apresentar quanto em
proporcionar maior possibilidade de escolha, em indicar tamanho do texto, em demonstrar os primeiros
procedimentos.” (2009, p.64)
O processo de ensino-aprendizagem do desenvolvimento da escrita inicia desde a educação infantil,
com a inserção de livros no cotidiano escolar, fazendo leituras, apresentando as crianças as cores, texturas
e histórias que mais estimulam ao desejo de desfrutar de produções escritas. Mas é no Ensino
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Fundamental, em conjunto com o processo de alfabetização, que a instrução da escrita deve ser
promovida. Para Vygostsky, “a tarefa consiste em criar na criança a necessidade de escrever e ajudá-la a
dominar os meios de escrita” (2009, p.66). A BNCC dividiu por eixos de aprendizagem o que se deve
proporcionar aos alunos segundo as necessidades da sociedade atual, que tem como característica o uso
de tecnologias em seu cotidiano. O Eixo da Produção de Texto tem como objetivo educar para
as práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos como, por exemplo, construir um álbum de personagens famosas, de heróis/heroínas ou de vilões ou vilãs; produzir um almanaque que retrate as práticas culturais da comunidade; narrar fatos cotidianos, de forma crítica, lírica ou bemhumorada em uma crônica; comentar e indicar diferentes produções culturais por meio de resenhas ou de playlists comentadas; descrever, avaliar e recomendar (ou não) um game em uma resenha, gameplay ou vlog; escrever verbetes de curiosidades científicas; sistematizar dados de um estudo em um relatório ou relato multimidiático de campo; divulgar conhecimentos específicos por meio de um verbete de enciclopédia digital colaborativa; relatar fatos relevantes para a comunidade em notícias; cobrir acontecimentos ou levantar dados relevantes para a comunidade em uma reportagem; expressar posição em uma carta de leitor ou artigo de opinião; denunciar situações de desrespeito aos direitos por meio de fotorreportagem, fotodenúncia, poema, lambe-lambe, microrroteiro, dentre outros.” (BRASIL, p.76). Portanto, se vê cada dia mais necessário a formação de escritores para a evolução da sociedade, que exige de cada cidadão consciência no que se escreve, tanto em comunidade como dentro da rede de internet que na atualidade, liga os povos de todo o mundo. Para Lerner, a escola tem que ser “uma comunidade de escritores que produzem seus próprios textos para mostrar as suas ideias, para informar sobre fatos que os destinatários necessitam ou devem conhecer”. (2002, p. 18).
Até o quinto ano do Ensino Fundamental I, o aluno precisa ter adquirido domínio da escrita, é o
esperado, por isso a escolha desse público para participar do projeto, na gramática, ele deve “utilizar, ao
produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e
verbal, convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em enumerações)
e regras ortográficas.[...] recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações
de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível adequado de informatividade
(BRASIL. 2018, p.131), seja na forma de expressar suas ideias com clareza, onde haja coesão, possibilitando
“criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes descritivos, sequências de eventos e
imagens apropriadas para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de fala de
personagens (BRASIL. 2018, p.132).
Para que essa formação seja alcançada, segundo a BNCC, é necessária que a escola desenvolva
técnicas pedagógicas voltadas a prática de linguagem, com o intuito de desenvolver as habilidades
referentes a cada objeto de conhecimento que esteja desenvolvendo, sempre respeitando a realidade de
cada aluno, incentivando-os desde os pequenos progressos.
Envolvidos com o mundo dos livros, além de se desenvolver a criatividade escrita, os alunos
também desenvolvem a técnica dos primórdios, a arte do desenho. Sugerimos pensar sobre o caráter
originário do desenho. E para Tiburi e Chuí apud Gunzi, temos a seguinte atribuição: “o desenho está no
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fundamento de toda a cultura. [...] ele está na base de toda subjetividade nascente (desenho, logo existo -
na sua apropriação do cogito cartesiano)” (2016, p.25). Para Flusser apud Gunzi, “é pelo desenho que
deixamos de ser meros mamíferos e nos tornamos artistas livres e, além disso, deuses nascidos do
artificial” (2016, p.25).
Nesse sentido, constamos que o desenho não é um elemento dado pela natureza. O desenho
viabiliza a materialização de uma ideia, pois por meio dele, é possível visualizá-la e comunicá-la a outras
pessoas. Apesar de a arte nos acompanhar desde os primórdios foi apenas no período moderno que o
desenho ganhou seu lugar como linguagem, adquirindo de extrema importância sua autonomia, tornando-
se tão importante quanto uma pintura num quadro ou escultura, e desde então se chamou uma
representação artística. Derdyk apud Gunzi ressalta que “o desenho não pode ser considerado somente um
esboço ou uma representação” (2016, p.24). Segundo ele, essas representações carregam consigo
características conceituais, aspectos simbólicos, culturais, etc.
Um pequeno exemplo pode ser quando é desenhado o “coração”, nesta ilustração já carrega consigo o
aspecto de amor. Podemos pensar então que o desenho é uma forma de comunicar, transmissão de ideia e
até mesmo intenções. Como já foi dito, esse aspecto nos acompanha desde o início da nossa raça e hoje
tem suas diversas manifestações culturais, étnicas, religiosas, entre outras. Ferreiro e Teberoski definem
que
o desenho é uma das atividades que prepara a criança para a alfabetização, pois, desenhando ela organiza suas ideias e sua mão para a leitura e a escrita, pelo desenho ela coloca no papel seus conhecimentos e seus pensamentos. O desenho é como se fosse escrita, através dele a criança vai escrevendo no papel no chão e em outros lugares o que sabe do mundo e das pessoas. (1985, p.92)
Então chegamos à importância desses desenhos permanecerem em nossos cotidianos. Durante o
processo de alfabetização costumamos dar mais importância só para a língua portuguesa, a produção de
texto, deixando assim o conteúdo restrito, sendo que este mesmo processo também pode incluir outras
matérias e que são de suma importância para a vida do aluno. Neste caso estamos tratando do desenho
que consigo expressa essas ideias do indivíduo.
Ao relacionarmos a importância do incentivo à produção de texto e a criação artística em forma de
desenho, observamos que envolve o desenvolvimento da criatividade. A criatividade, que está interligada
com o termo criar e deriva do latim creare, que significa dar existência, estabelecidas pelo universo de cada
indivíduo, essa criatividade nos incentiva a realizar, agir e fazer.
Para La Torre (2003), criatividade é saber utilizar as informações disponíveis, tomar decisões, ir
além do aprendido, mas, sobretudo, saber aproveitar qualquer estímulo do meio para solucionar
problemas. Já para Vygotsky (1989), a criatividade é resultante de uma interação mutuamente benéfica
entre a pessoa e o ambiente. São uma das funções psicológicas superiores, eminentemente humana,
intimamente relacionada ao desenvolvimento pessoal, social, científico e cultural de uma sociedade.
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Quando se fala em produção textual e criação artística englobando a criatividade na escola, requer
mais que uma simples solicitação ao aluno. A criatividade pode ser entendida como uma forma de saber
utilizar as informações, resultando interação com processos cognitivos, personalidade, e elementos
inconscientes, envolve também uma interação dinâmica com vários elementos relativos e ao ambiente,
considerando assim um fenômeno psicossocial.
O mundo da escrita faz parte das tarefas do nosso dia a dia, temos uma variedade de textos
escritos como rótulos, anúncios, livros, revistas, jornais, quadrinhos, cartazes e entre outros. Diante disto
podemos perceber que a produção textual está presente em uma complexa função de todos mencionados,
mais ainda há quem discuta, sobre a produção de texto a partir da criatividade, onde várias pessoas
questionam o que realmente é um texto criativo? E que variáveis podem ser evidenciadas na produção de
um texto criativo? Para Giglio (1996), que estudou sobre criatividade na produção de textos a partir de
uma pesquisa com professores da educação básica, o texto criativo evidencia-se pela “liberdade de
expressar o novo, seja ele manifestado por uma maneira pessoal de usar a língua ou pela apresentação de
ideias originais, produzido a partir da elaboração individual de experiências”.
As pesquisas e contribuições aqui expostas estão diretamente relacionadas à prática educativa para
a criança leitora e criativa intencionalmente, desenvolver e causar mudança dentro das diversas realidades
sociais, através do livro, baseando-se na aprendizagem significativa. Consideramos, portanto, a fase de
desenvolvimento dessas crianças no meio escolar com ênfase na expressão e comunicação da língua
portuguesa e como a linguagem verbal, escrita, e o desenho fazem um importante elo para aprimorar a
prática de produção de texto. Segundo um influente psicólogo da educação
Vygotsky, a escrita deve ter significado para as crianças, uma necessidade intrínseca deve ser
despertada nelas e a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida. Só então
se pode estar certo de que ela se desenvolverá, não como hábito de mãos e dedos, mas como forma nova
e complexa da linguagem. (1987, p.54). Por isso, o tipo de abordagem e a construção do projeto "Pequenos
Escritores" faz diferença na vida dos participantes, pois envolve o aluno torna-o sujeito ativo e
protagonista de todo processo sendo ainda mais interessante o fazer do que apenas ler, promovendo a
valorização da sua produção, de si e dos seus ideais. Para Matos e Santos
ler é muito mais que simplesmente decifrar símbolos. É um ato que requer um intercâmbio constante entre texto e leitor e envolve um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto - quer seja ele verbal ou não verbal - a partir dos objetivos do leitor, do seu conhecimento sobre o assunto, de tudo o que sabe sobre a linguagem. (2006, p.62).
A presença de textos no nosso cotidiano nos rodeia e fica evidente através das notícias, televisão,
rádio, exposição artística, pintura, sem falar da expansão que os meios digitais de comunicação como a
internet proporcionam. Tão intrínseco que merece atenção e aprimoramento, nesse contexto
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Vygotsky (1996) reforça dizendo “que tanto o desenho quanto a escrita se constitui sobre a base da
linguagem verbal e ambos podem ser vistos como diferentes momentos no desenvolvimento da linguagem
escrita”.
Nas últimas décadas, o domínio da língua portuguesa e a demanda pela leitura têm exigido uma
qualificação mais aprofundada na área linguística e gramatical, decorrente dessa compreensão surge a
problemática: como é possível trabalhar a escrita de forma significativa para a formação artística literária
do aluno? Nota-se que quando a escola oferece suporte para o professor e alunos, as diferentes maneiras
de trabalhar a leitura, como por exemplo: baú ou cantinho de leitura, feira e roda literária entre outros,
consequentemente possibilita a formação de escritores, capacitando o aluno a se tornar um cidadão crítico
e reflexivo dentro do meio social no qual o mesmo está inserido. O projeto baseia-se na produção de texto
realizado pelos alunos, e sugere a troca de suas produções com os colegas de classe, para que a história
seja ilustrada com outro olhar diferente do escritor, possibilitando a visão de diversos modos. Assim a
construção dos livros será de forma conjunta, incentivando a escrita e a representação artística de cada
aluno.
Para a composição do projeto, realizamos a pesquisa de campo, que segundo Neves e Domingues,
os pesquisadores coletam “dados suficientes para concluir que aquele sistema estudado é viável (ou não) e
pode (ou não) ser integrado ao sistema de campanha desdobrado” (2007, p.26). Tendo público alvo
crianças que cursam o quinto ano do Ensino Fundamental I, moradores do Bairro Guatupê de São José dos
Pinhais. Antepomos essa faixa etária, por possuírem aptidão para realizar produções de texto de forma
mais complexa, que de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dentro do Ensino
Fundamental I deve-se trabalhar com ênfase no:
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO – Campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos, representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos, fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis, quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre outros. (BRASIL, p.134)
Para analisar qual importância da produção de texto dentro dessa faixa etária realizamos a pesquisa
de caráter qualitativo, que segundo Neves e Domingues os pesquisadores “buscam-se, então, na literatura
ou nos veículos de comunicação, informações existentes sobre o objeto de estudo, no sentido de construir
um arcabouço teórico para um melhor delineamento do estudo” (2007, p.56),usaremos de pesquisa
bibliográfica, que segundo Cervo e Bervian “procura explicar um problema a partir de referências teóricas
publicadas em documentos”(1996, p.48), e de caráter documental onde “são investigados documentos a
fim de poder descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras características”
(CERVO, BERVIAN. 1996, p.50).
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Como instrumento de coleta de dados, aplicamos em alunos do quinto ano do EFI o questionário
fechado, que segundo Neves e Domingues, “é uma série ordenada de perguntas a serem respondidas por
escrito pelo informante, onde [...] as opções de respostas são dadas pelo pesquisador” (2007. p.60), e um
questionário aberto aos professores do quinto ano, “onde a resposta é livre, isto é, o informante escreve o
que desejar sobre o assunto em pauta sem nenhuma espécie de restrição do pesquisador” (NEVES,
DOMINGUES. 2007, p.59), com o intuito de conhecer a experiência compartilhada pelo profissional.
Para levantamento de dados utilizamos de pesquisa quantitativa, que “pode exigir, de acordo com o
objetivo geral do estudo, cálculos de tamanhos de amostras e testes estatísticos para aceitação ou rejeição
das hipóteses” (NEVES, DOMINGUES. 2007, p.47).
Dentro dessa proposta conseguimos desenvolver além da criatividade, áreas motoras, cognitivas e
afetivas interligadas com algumas necessidades sociais de cooperação, emocionais da capacidade criadora,
de autoconceito, autoestima, como seres capazes de realizar invenções proveitosas que foram feitas por
suas próprias mãos, trazendo a valorização do trabalho e aprendizagem significativa.
Após a pesquisa do referencial, e ter aplicado os questionários, realizamos a análise de dados, “que
utiliza um discurso subjetivo por meio de análises semânticas ou de conteúdo dos textos e depoimentos
coletados, a fim de comporem um caminho coerente e lógico que permita chegar a uma solução para o
problema de pesquisa” (NEVES, DOMINGUES. 2007, p.65), para levantar se a teoria condiz com a realidade.
Por fim, concluímos com as considerações finais, que “apresentará um resumo dos resultados mais
significativos da pesquisa e sintetizará os resultados que conduzirão à comprovação ou rejeição da
hipótese de estudo. Fará inferências que os dados alcançados permitem fazer e indicará aspectos que
merecem mais estudo e aprofundamento. (CERVO, BERVIAN. 1996, p.55)
Nesse contexto apontamos o resultado obtido com a realização do projeto, se a proposta da
elaboração do livro teve significância para cada criança e quais suas experiências.
Ao reunirmos informações baseadas nos autores e documentos que sustentam nossa
fundamentação teórica, contamos com a colaboração e vivência de algumas professoras que nos
possibilitaram analisar na prática as possíveis contribuições que a execução desse tipo de projeto traria
para o desenvolvimento dos alunos. Entrevistamos três professoras (que são referidas aqui como A, B e C),
todas trabalham com turmas do 5º ano, cada uma delas compartilhou e agregou conhecimento em nossa
pesquisa. Para fazer a análise de dados das 9 (nove) questões escolhemos as respostas com maior
relevância, não foram relacionadas as questões 1(hum) e 2 (dois). Sendo assim, seguem as escolhidas:
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3- Para você, qual a importância de estimular a produção de texto com os alunos?
Professora C: A importância da produção de texto está no princípio em que o aluno exprime suas ideias,
seu aprendizado diário, sua vivência cotidiana e quanto mais ele escreve mais ele pensa, mas ele pratica
esse aprendizado.
A educadora ressalta a importância que se tem ao incentivar os alunos, que quando estimulados
exprime suas vivências e suas práticas de forma prazerosa. Ao findar este aprendizado, os alunos
conseguem produzir com mais facilidade, tanto a escrita, quanto organizar suas ideias. E é isso que aponta
a BNCC: “expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes meios.
Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e casual, organizando e adequando sua fala
ao contexto em que é produzida. Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas. Conhecer
diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da função social da escrita e
reconhecendo a leitura como fonte de prazer e informação (2018).
Seguimos com a próxima questão:
4 – Como você trabalha a produção de texto no cotidiano escolar?
Professora B: Me preocupo com a formação cidadã dos alunos. Portanto, relaciono textos que contemplem
a diversidade temática coerente com a realidade social e cultural do aluno. Além dos textos do próprio livro
didático, busco outros assuntos do cotidiano deles e de seu interesse.
Considerando o aperfeiçoamento e domínio da comunicação sendo uso correto da linguagem e
escrita que deve haver no processo de aprendizagem dos alunos durante a educação básica, é importante
relacionar ao cotidiano por isso Vygotsky cita que “a escrita deve ter significado para as crianças, uma
necessidade intrínseca deve ser despertada nelas e a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária
e relevante para a vida. Só então se pode estar certo de que ela se desenvolverá, não como hábito de mãos
e dedos, mas como forma nova e complexa da linguagem. (1987, p.54)
Justamente o que vem de encontro com a fala da Professora B, que busca trabalhar textos de forma
significativa na vida do aluno, para que traga significado na sua vida em geral. Partimos para a próxima
questão:
5 - Os alunos tem o domínio da escrita ou possuem dificuldade para elaborar um texto?
Professora B : Assim como os adultos, as crianças tem habilidades diferenciadas. Portanto, umas têm mais
facilidade que outras. Mas, se o assunto é do interesse, fazem um grande esforço para elaborar e concluí-
lo.
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A professora percebe que nem todos os alunos conseguem desenvolver com êxito produções de
texto, e como estratégia ela busca trabalhar assuntos do cotidiano dos seus alunos, gerando um maior
envolvimento por parte deles. Essa prática condiz com o que defende Giglio (1996), que defende que para
realizar a escrita o aluno deve ter liberdade para se expressar, com ideias baseadas em suas experiências.
Partimos para a questão relacionada ao interesse dos alunos:
6 – Os alunos sentem interesse em elaborar textos?
Professora A: Geralmente apresentam dificuldade, reclamam de falta de ideias. Após, estimulados,
produzem textos com boas ideias, interessantes…
Nessa resposta, a professora A diz que quando estimulados, os alunos tendem a desenvolver
melhor suas ideias em um texto, que conforme Lerner (2002) a escola tem esse desafio de promover a
descoberta da utilização da escrita como instrumento de reflexão do próprio pensamento, sendo assim
com a motivação do professor o escrever será algo involuntário e agradável.
Referente ao desenho como um dos instrumentos da comunicação:
7 – E em relação a criação de desenho, qual o entusiasmo dos alunos para cria-los?
Professora C: Os alunos, na maioria dos casos não gostam de produzir textos, mas gostam de desenhar. Eu
tenho o costume de sempre que se produz um texto, ele faça o desenho da produção e os trabalhos saem
muito caprichados.
Dentro dos instrumentos de comunicação, temos também o desenho, a arte que são aceitos muito
bem dentro dessa faixa etária dos alunos. A Professora C, relatou sua proposta de atividade com a turma e
a reação deles. Podemos comparar junto a ideia das autoras Ferreiro e Teberoski, definindo que “o
desenho é uma das atividades que prepara a criança para a alfabetização, pois, desenhando ela organiza
suas ideias e sua mão para a leitura e a escrita, pelo desenho ela coloca no papel seus conhecimentos e
seus pensamentos. O desenho é como se fosse escrita, através dele a criança vai escrevendo no papel no
chão e em outros lugares o que sabe do mundo e das pessoas. (1985, p.92).
Seguimos para a questão:
8 – Você explica a importância de se desenvolver a escrita para os alunos?
Professora C: Eu tenho o costume de sempre que se produz um texto, ele faça o desenho da produção e os
trabalhos sai muito caprichado. Diariamente se comenta a importância do estudo em geral para a vida
profissional e o desenvolvimento da escrita está dentro do que é conversado.
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Segundo a professora, dentro da sua metodologia, ela ressalta a importância do desenvolvimento
da escrita e do estudo em geral para a vida profissional. Vindo de encontro com o que aponta Vigostsky
(2009), que aponta que para o processo de ensino- aprendizagem do desenvolvimento da escrita é preciso
a inserção de livros no cotidiano escolar, fazendo leituras e histórias que estimulem o desejo da produção
da escrita, para criar na criança a necessidade de escrever e ajuda-la a dominar os meios de escrita.
Seguimos para a última pergunta, que está voltada a aplicabilidade do projeto “Pequenos
Escritores”. Dentre as respostas, destacamos a da professora B:
9 – Qual seria o possível engajamento dos alunos propondo nosso projeto?
Professora B : Creio, que como citei acima, terão aqueles que farão com afinco, outros nem tanto, mas
farão. Será uma ótima oportunidade, para continuar o processo do pleno exercício da cidadania.
Geralmente, os alunos, têm dificuldade em aceitar o “novo”, mas com persistência e motivação,
mostrando-lhes a em aceitar o “novo”, mas com persistência e motivação, mostrando-lhes a
Segundo a professora, o projeto “Pequenos escritores” é uma ocasião onde é possível mostrar a
importância do desenvolvimento da criatividade para a formação do cidadão, vindo de encontro com o que
aponta Lerner (2002), que defende que devemos promover o uso da escrita como meio de reflexão sobre o
próprio pensamento, com todos os alunos, inclusive naqueles que possui maiores dificuldades, para que
possam se apropriar da leitura e escrita como práticas essenciais para desenvolvimento cognoscitivo e
crescimento pessoal.
Dando continuidade à nossa pesquisa, aplicamos um questionário para 56 alunos em três
instituições de ensino, levantando dados sobre a vivência deles em relação à leitura, à escrita e ao
desenho. Seguimos com os gráficos:
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Com base nos gráficos levantados a partir da pesquisa com os alunos observamos que o interesse
em desenhar é bem maior que em ler e escrever, que segundo Ferreiro e Teberoski (1985), o desenho é
uma forma de organizar ideias de forma que levará a ler e produzir textos expressando seus
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conhecimentos e seus pensamentos, é como se fosse escrita, escreve o que sabe do mundo e das pessoas.
Também analisamos a grande influência da tecnologia no cotidiano dos alunos, que conforme a BNCC
(2018) afirma a valorização do meio tecnológico dentro do processo ensino-aprendizagem.
Após a concretização do projeto, com sete crianças na faixa de dez anos de idade fora do ambiente
escolar, fizemos uma análise do que foi vivenciado (conforme o relatório em anexo) com a teoria dos
autores que defendem o desenvolvimento da criatividade através do desenho e da escrita. Ao dar início ao
projeto, primeiramente fizemos uma abordagem descontraída, levantando suas preferências entre
personagens de livros, filmes e jogos, e na sequência apresentamos exemplos de livros infantis para servir
de inspiração, pois como cita Vygotsky (2009), é importante apresentar diversos temas e proporcionar a
possibilidade de escolha, além de dar orientação sobre os procedimentos.
O objetivo do projeto foi apresentado a eles, com a proposta de criar uma história com tema livre e
no gênero de preferência de cada um e ilustrá-la. Com isso, as crianças sentiram-se a vontade para
expressar suas ideias com entusiasmo, assim como é defendido pela BNCC (2018) de propor aos alunos
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Durante o desenvolvimento do projeto, deixamos a critério de cada criança como seria a confecção
de seus livros. A maioria teve maior dedicação na escrita, enquanto outros preferiram voltar-se a
ilustração, sendo também valorizada sua importância, pois segundo Ferreiro e Teberoski (1985), é através
do desenho que a criança expressa suas ideias e o que ela conhece sobre o mundo.
Segundo Vygotsky, a escrita é uma necessidade intrínseca ao ser humano e que deve ser
incorporada a vida de cada pessoa, mas em vivências como a do projeto, observamos que nem todos
desenvolvem esse gosto pela escrita, ficando nítido em um dos participantes que demonstrou desdém ao
projeto, fazendo uma produção de texto com pouco interesse, e recusou-se a ilustrar, ficando o tempo
ocioso jogando no celular.
Ao findar-se o tempo estipulado para a realização do projeto, observamos a variedades de temas
escolhidos pelas crianças, ressaltando o quão importante o desenvolvimento da criatividade durante a
infância, pois segundo La Torre (2003), é através da criatividade que se usa a informação para melhores
tomadas de decisão, principalmente na solução de problemas.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na abordagem geral do nosso tema que consiste em fundamentar a importância de se
trabalhar a produção textual de maneira criativa e contemplar o desenho como um dos instrumentos de
comunicação é perceptível que a falta de leitura reflete no desenvolvimento dos alunos.
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Ao propor esse projeto fora da escola, incentivamos a criatividade livre, a valorização das criações
dos alunos, evidenciando a importância do domínio da linguagem para eles se tornarem os protagonistas
de suas próprias histórias. Observamos a influência digital nessa geração, aonde a essência da comunicação
vai sendo esquecida e substituída por superficialidades, mas ainda sendo uma necessidade intrínseca ao
ser humano registrar conhecimentos, contribuindo para o progresso da intelectualidade no futuro.
REFERÊNCIAS
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