Cuidados na alimentação da pessoa Idosa
• Trabalho realizado por:• Adelina Rocha• Carla Martins• Carla Monteiro• Conceição Pimenta• Sandra Andreia• Sandra Cristina• Silvana Costa• Sónia Rocha• Umbelina Coutinho• Data - 26-05-2011
Introdução
• Este trabalho foi proposto no modulo
U.F.C.D. xv , pelo Sr. enfermeiro Filipe
Moreira .Para nos dar a conhecer os
cuidados a ter com a alimentação da
pessoa idosa .
• Tendo como objectivo geral – Colaborar
na preparação e confecção de refeições
para a pessoa idosa.
• Tendo como objectivos específicos:
• Ser capaz de auxiliar nas refeições dos doentes dependentes, semi-dependentes e independentes.
• Ser capaz de auxiliar, na colaboração e na preparação e confecção das refeições
• Ser capaz de verificar quais as restrições dietéticas e condicionantes físicas da pessoa idosa .
Índice:
• 1º-Auxiliar nas refeições
• 2º-Cuidados de higienização de espaços e cuidados de higienização do cuidador e preparação
• 3º-Restrição dietética para vários tipos de doença
• 4º-Conclusão
• 5º-bibliografia-webgrafia
1º-Auxiliar nas refeições
• O auxílio nas refeições passa por ter em
conta quais as restrições físicas e
patológicas dos doentes e assim poder
dar o apoio que estes necessitam
dependendo do grau de dependência.
1.1.1-A alimentação nos: -Utentes independentes
• Os utentes independentes são aqueles que ainda são capazes de realizar as actividades de vida diária sozinhos , incluindo a alimentação , será apenas necessário fazer a vigilância enquanto estes realizam as refeições tendo em conta alguns passos como:
• Dar alimentos tendo em conta a sua preferência e gosto.
• Ter em conta a condição de saúde, oferecendo alimentos adequados
• Estimular a alimentação saudável, oferecendo alimentos nutritivos.
• Estimular a hidratação , oferecendo sempre água (Chá, sumos naturais)
• Dar o tempo necessário para que o utente realize a sua refeição .
1.1.2-A alimentação nos:- Utentes semi-dependentes
• Classifica-se de utentes semi-dependentes quando o doente apresenta alguma limitação física que o impossibilita de efectuar as refeições sozinho, ou tem dificuldades em mastigar e engolir, então além de supervisionar é necessário apoiar no que o doente precisa como:
• Ajudar a cortar os alimentos ou a triturá-los
• Auxiliar o doente a alimentar-se
• Estimular a hidratação
• Dar preferência a pratos coloridos, á temperatura adequada e cheirosos favorecendo assim a alimentação saudável.
1.1.3-A alimentação nos:- Utentes dependentes
• Classifica-se de utente dependente quando este é incapaz de se alimentar sozinho devido a limitações físicas graves ou mentais, ou usa sonda nasogástrica , sendo assim é necessário prestar apoio mais personalizado e ter em atenção a qualquer facto que ocorra .
• Estes doentes podem necessitar de serem alimentados de várias formas como:
• Dar alimentos á boca.• Dar alimentação por sonda nasogástrica• Estimular a hidratação• Dar preferência a pratos coloridos, á temperatura
adequada e cheirosos favorecendo assim a alimentação saudável.
1.2- A alimentação nos:Idosos acamados
• Nos doentes acamados a alimentação segue um padrão de normas e cuidados específicos visto estes estarem debilitados e mesmo com restrições físicas.
• A que ter em conta que o paciente deve de fazer as suas refeições sozinho sempre que possível
• Deve-se colocar a cama em posição semi-fowler • Estimular uma alimentação saudável• Oferecer pequenas quantidades de alimentos e ir ao
encontro das preferências do doente• No caso de existir imobilidade tem de se dar o alimento a
boca ou mesmo alimentá-lo por sonda nasogástrica • Estimular sempre a hidratação
• Os pratos coloridos e cheirosos com uma
temperatura adequada vão facilitar o
estimulo no paciente para que este se
alimente.
1.3- A alimentação por sonda nasogástrica
• A alimentação por sonda nasogástrica é usada em várias situações, de convalescença.
• Um dos objectivos da sonda nasogástrica é administrar alimentos e medicamentos esta é recomendada quando há dificuldade para engolir .
• Uma sonda nasogástrica é uma sonda de plástico fino que é introduzida suavemente pelo nariz e através da garanta até atingir o estômago ou o intestino delgado. Se a alimentação por sonda for por um longo período esta pode ser colocada directamente no estômago ou no intestino delgado através duma pequena incisão na parede abdominal.
1.2-Como alimentar o utente por sonda nasogástrica
• O doente deve de estar sentado ou quase sentado ( posição semi-fowler)
• O cuidador deve de lavar as mãos
• A comida deve de estar protegida do ar
• A comida deve de estar á temperatura ambiente
• Colocar a seringa ,aspirar
. Deve deixar o doente 30 minutos após dar a alimentação sentado. Dar água depois da alimentação (para hidratar e lavar a sonda).
2-Colaboração na preparação e confecção das refeições
Aqui vamos falar do conceito de colaborar , preparar e confeccionar as refeições destinadas aos IDOSOS dependentemente da sua condição física.
2.1-Contaminação dos alimentos
• È a presença não intencional de qualquer material estranho nos alimentos, de origem química, física ou biológica, que os torna inadequados para consumo humano .
• A contaminação dos alimentos pode ser causada por :
• - manipuladores de alimentos;
• -utensílios e equipamentos;
• -cruzamento entre alimentos sujos e limpos, crus e cozinhados;
• -lixo;
• -pragas/infestações
Contaminação química
• Pode ser devido a produtos químicos associados às características das próprias matérias-primas, ou introduzidos/criados durante o processo de manipulação e confecção.
• Exemplos de perigos químicos:
• Aditivos alimentares, quando usados em concentrações excessivas (ex.: corantes e conservantes);
• Pesticidas;
• Medicamentos veterinários;
• Toxinas naturais (ex.: cogumelos, peixes exóticos e marisco);
• Alérgicos (ex.: glúten e lactose);
• Substâncias naturais vegetais (ex.: solanina da batata);
• Químicos criados pelo processo (ex.: óleos de fritura) ou introduzidos durante o processo (ex.: produtos de limpeza e desinfecção).
Contaminação física
• Pode ser devida a objectos presentes nas matérias-primas, a objectos introduzidos nos produtos alimentares durante os processos a que estão sujeitos, ou pelos próprios manipuladores de alimentos. Este tipo de contaminação pode causar asfixia, danos nos dentes e lesões no aparelho digestivo.
• Os perigos físicos mais frequentes são: vidros, madeiras, metais, pedras, materiais de revestimento ou isolamento, plásticos, objectos de uso pessoal, ossos e espinhas.
Contaminação biológica
• Pode ser devida a bactérias, fungos, vírus, parasitas e toxinas
microbianas. Dos três tipos de contaminação, a biológica é a de
maior risco para a inocuidade do alimento. Aqueles microrganismos
vivem e desenvolvem-se nos manipuladores, que os podem
transmitir aos alimentos, ou ocorrem naturalmente no ambiente
onde os alimentos são produzidos. A maior parte é destruída por
processamentos térmicos e muitos podem ser controlados por
praticas adequadas de armazenamento e manipulação, boas
práticas de higiene e fabrico, controlo adequado do tempo e
temperatura de confecção.
• Nem todas as pessoas ficam doentes se ingerirem microrganismos.
O aparecimento de doença depende da quantidade de
microrganismos ingeridos, do estado imunitário do consumidor, da
sua idade e estado nutricional, além de outros factores. Assim, é
necessário ter em consideração os grupos mais vulneráveis e de
risco, como crianças, idosos, grávidas.
• A temperatura óptima de crescimento dos microrganismos causadores de problemas na saúde no homem, situa-se nos 36-37ºC. Qualquer valor acima ou abaixo destas temperaturas afecta o crescimento dos microrganismos, mas não impede o seu desenvolvimento. De facto, os microrganismos crescem em ambientes com temperaturas dos 4ºC aos 63ºC, sendo somente eliminados quando sujeitos à temperatura de ebulição (100ºC), durante 15-30 minutos. Embora a presença de água seja necessária para o desenvolvimento dos microrganismos, a sua falta não os mata, apenas inibe o seu crescimento até que as condições se tornem mais favoráveis.
CONTAMINAÇÃO ATRAVÉS DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS
• COMO OCORRE ?
• Através de:
• Farda suja
• Cabelo
• Mãos e unhas sujas
• Ferimentos
• Tosse, espirro, infecções da boca e nariz
• Uso de adornos
• COMO SE EVITA?
• Vestindo fardamento limpo e completo.
• Lavando as mãos e antebraços, e escovando as unhas frequentemente.
• Protegendo o cabelo com touca adequada.
• Não roendo as unhas e mantendo-as curtas, limpas e sem verniz.
• Não limpando as mãos ao avental ou fardamento.
• Mantendo uma higiene pessoal diária e cuidada.
• Protegendo as feridas, golpes e queimaduras com pensos estanques e de cor viva, e usando luvas ou dedeiras de borracha (protecção dos ferimentos e pensos).
• Não usando adornos.
Contaminação através de equipamentos e utensílios
• COMO OCORRE?
• Através de:
• Utensílios sujos
• Tábuas de corte sujas e não desinfectadas
• Talheres sujos e não desinfectados
• Equipamentos (incluindo as respectivas peças) sujos e não desinfectados
• COMO SE EVITA?• Lavando e desinfectando todos os utensílios antes e após a
sua utilização• Mantendo todo o material de trabalho em estado
impecável de limpeza• Usando as tábuas de corte apenas de um lado, lavando-as e
desinfectando-as após cada utilização• Lavando todos os equipamentos/máquinas após a sua
utilização, sendo os planos adequados de higienização• Guardando todas as peças, depois de lavadas, ao abrigo de
poeiras e outras sujidades• Lavando "de novo" todas as peças dos equipamentos antes
de cada utilização
Contaminação através do cruzamento de alimentos
• COMO OCORRE?
• Através de:
• Contacto de alimentos sujos com alimentos crus ou cozinhados
• Contacto entre alimentos crus e cozinhados
• COMO SE EVITA?
• Impedindo o contacto ou proximidade de alimentos sujos com outros alimentos crus ou cozinhados
• Impedindo o contacto ou proximidade de alimentos crus e cozinhados
• Mantendo todos os alimentos bem acondicionados e devidamente protegidos
Contaminação através do lixo
• COMO OCORRE?
• Por proximidade ou contacto entre lixos e alimentos
• COMO SE EVITA?
• Depositando o lixo em sacos próprios no interior de contentores adequados, providos de tampa accionada a pedal, que devem ser mantidos sempre fechados
Contaminação através de infestações
• COMO OCORRE?
• Por infestações veiculas por embalagens (cartão, madeira, etc.), sistemas de saneamento, orifícios em paredes e pavimentos, janelas não protegidas, etc.
• Nota: as pragas de roedores e insectos (ratos, baratas, moscas, mosquitos, etc.) são portadoras de inúmeros microrganismos prejudiciais à saúde)
• COMO SE EVITA?
• Efectuando a desinfestação periódica das instalações
• Controlando as matérias-primas no momento da sua recepção
• Mantendo as janelas fechadas, que devem estar protegidas com redes mosquiteiras de malha fina
• Garantindo a inexistência de fendas e orifícios em paredes e pavimentos
Cuidados do manipulador de alimentos
• Não comer, beber, mascar, fumar ou cuspir nas zonas de preparação e armazenamento
• Não tocar nos cabelos, nariz, olhos ou boca, enquanto se manipulam alimentos
• Não tomar ou guardar medicamentos na zona de laboração• Nas pausas de trabalho não deixar sujos os equipamentos,
utensílios e superfícies de trabalho sujos• Não mexer em dinheiro• Não humedecer os dedos com saliva para facilitar as
tarefas, nomeadamente separar toalhetes e folhas de papel vegetal
• Não espirrar, tossir, falar ou soprar sobre matérias-primas, produtos ou qualquer tipo de material
• Manter os locais de trabalho sempre limpos e arrumados
• Utilizar o fardamento específico somente nos locais de trabalho e durante os períodos de laboração
• Guardar a roupa e todos os pertences pessoais não utilizados nem necessários para a laboração, nos cacifos existentes nos vestiários
• È a melhor maneira para que não exista contaminação nos alimentos
2.2-Limpeza e desinfecção
• Um bom programa de higienização é essencialmente constituído por duas fases: a primeira consiste na remoção de todo o tipo de sujidade agarrada às superfícies, equipamentos e utensílios, com eliminação da solução detergente durante o enxaguamento final; a segunda fase consiste na desinfecção. A acção do desinfectante só é eficaz se houver previamente uma limpeza correcta.
• A limpeza a seco, com varredura, deve ser evitada pois espalha poeiras e microrganismos por superfícies que se encontram higienizadas. Após a limpeza, todas as superfícies devem ser bem secas com panos limpos e de utilização única, de modo a evitar a presença de água que possa favorecer o desenvolvimento e multiplicação de microrganismos.
Na higienização de espaços de confecção e
preparação de alimentos devemos de ter em
conta que na cozinha ( local de preparação de
refeições podendo também destinar-se ao
respectivo empratamento e distribuição. ) ou na
copa( zonas de apoio e destinam-se ao
empratamento (copa limpa) e lavagem de
louças e utensílios (copa suja).) São zonas
muito propicias a contaminações por isso temos
de seguir certas regras como :
-
• As prateleiras, armários e bancadas de
preparação das cozinhas devem ser de
material liso, resistente, lavável e
impermeável, e os talheres e todos os
utensílios para a preparação dos
alimentos devem ser de fácil lavagem e
ser mantidos em bom estado de higiene e
conservação
• Habitualmente nas cozinhas com copas
integradas sugere-se a existência de um
lavatório apenas para a lavagem das
mãos, com comando não manual,
doseador de sabonete líquido e toalhetes
de papel (ou secador eléctrico), localizado
na entrada da cozinha, mantendo-se as
cubas para a lavagem dos alimentos e
pré-lavagem da loiça e dos utensílios.
2.3-Recepção de matérias primas
• Na recepção de matérias-primas deve ser dada prioridade à entrada de produtos sensíveis a alterações térmicas. Deve existir um responsável pela recepção, controlo e armazenamento de todas as matérias-primas. Qualquer produto recebido em embalagens degradadas ou muito defeituosas, ou com prazo de validade expirado, deve ser imediatamente rejeitado e registado.
• CONGELADOS. Os produtos congelados devem ser adquiridos/recebidos devidamente embalados e etiquetados. As etiquetas devem mencionar, entre outras informações, a data de congelação e/ou data limite de consumo, o nome do produtor e/ou fornecedor e o peso. Quando o produto é recebido deve-se verificar a sua temperatura e estado de congelação (temperaturas <12ºC); se apresentar qualquer indício de descongelação deve ser rejeitado. Após o controlo da recepção, devem ser armazenados em câmara de conservação de congelados (congelador).
2.4- Acondicionamento
• ARMAZENAMENTO REFRIGERADO• A cadeia de frio não deve ser interrompida. As temperaturas das
câmaras de refrigeração ou de congelação devem ser adequadas aos produtos a que se destinam, e devem ser identificadas de acordo com o grupo alimentar a que se destinam.
• Os produtos a congelar devem ser congelados somente em arcas próprias - arcas com **** ( quatro estrelas) - e devem ser bem embalados e etiquetados. Todo o ar existente na embalagem deve ser retirado e o produto deve ser identificado por: (1º) nome, (2º) quantidade, (3º) data de entrada e (4º) data limite de congelação.
• Sempre que for detectado algum produto queimado pelo frio ou com outro tipo de alteração, deve ser isolado dos restantes e identificado para observação.
• ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE• Os produtos devem estar armazenados consoante a sua família e de
acordo com os seguintes princípios:• Devem estar devidamente arrumados e identificados; • Devem estar em perfeito estado de conservação e dentro dos prazos de
validade; • Os rótulos devem estar virados para a frente, de forma a facilitar a sua
leitura; • Os primeiros produtos a entrar e os que têm o período de validade mais
curto devem ser os primeiros a ser utilizados (colocados à frente); • Os mais pesados e as garrafas devem ser colocados nas prateleiras
inferiores; • Nenhum produto alimentar deve estar em contacto directo com o chão; • Os produtos de limpeza e de higiene devem estar afastados, o mais
possível, dos produtos alimentares.
• Qualquer produto com prazo de validade expirado, alterado ou contaminado, deve ser identificado e isolado dos restantes. Estes produtos não podem continuar armazenados, e a detecção de qualquer anomalia deve ser comunicada ao responsável.
• A identificação e isolamento de um produto impróprio para consumo deve ser feito do seguinte modo:
• Guardado em local separado dos produtos próprios para consumo;
• Identificado como “produto não conforme”; • Registado em suporte próprio (folha de registo).
2.5 Preparação e confecção de
refeições
• Antes do início da preparação dos alimentos, os manipuladores devem confirmar a limpeza adequada de todas as superfícies e utensílios de trabalho.
• Especificação de alguns cuidados a ter na preparação de alimentos:
• Rejeitar as folhas exteriores dos vegetais (acumulação de nitratos e outros poluentes);
• Lavar e desinfectar todos os vegetais e frutas - 1º lavagem em água corrente, 2º deposição em solução desinfectante, 3º nova lavagem em água corrente;
• Nunca utilizar o agrião em saladas (somente em sopa);
• Lavar bem o arroz, o feijão e o grão;
• Descascar o tomate, rejeitando-se os podres e os que apresentam fissuras;
• Lavar bem as batatas e cenouras antes de as descascar;
• Não utilizar a mesma faca, sem lavagem e desinfecção prévia, para cortar legumes e carne crua;
• Cortar os alimentos já cozinhados com uma faca limpa e em tábua própria, devidamente lavadas e desinfectadas;
• A carne deve ser picada e confeccionada o mais rapidamente possível.
ALGUMAS REGRAS NA CONFECÇÃO DOS
ALIMENTOS
• Todos os alimentos devem ser bem cozinhados, nomeadamente carnes e peixes
• Ao abrir os ovos deve-se ter cuidado, abrindo um de cada vez para um recipiente à parte
• Não deixar escurecer os refogados
• As partes queimadas dos alimentos devem ser rejeitadas
• As gorduras não devem atingir temperaturas muito elevadas
• A temperatura máxima para os óleos de fritura é de 180ºC
• Os óleos de fritura devem ser substituídos regularmente; quando ficam escuros, deitam fumo ou formam espuma, devem ser rejeitados de imediato
• O material de barro vidrado não deve ser utilizado na confecção de alimentos
• Os alimentos devem ser descongelados com
antecedência, no frigorífico ou no microondas
• Os condimentos devem ser adicionados durante a
confecção dos alimentos (nunca depois)
• Os tempos e temperaturas de confecção devem ser
controlados
• Não utilizar tábuas ou utensílios em madeira, pois
podem ter fissuras com restos de comida e
bactérias
• Nunca provar os alimentos com os dedos ou mãos -
utilizar uma colher que deve ser lavada de seguida.
Doenças e restrições dietéticas e condicionantes físicas da pessoa Idosa
• Uma alimentação saudável tem que ser completa, equilibrada e variada.
• Sabemos que com o aumento da idade as necessidades energéticas vão diminuindo.
• As alterações fisiológicas acentuam-se:• Diminuição do olfacto e do paladar;• Falta de dentição, alterações corporais e diminuição da saliva.• Falta de actividade física, que dá origem a imobilidade e ao
sedentarismo.
• - Assim sendo temos de ter em conta que estas podem influenciar na alimentação da pessoa Idosa:
3.1-Doença de Alzheimer:
• È uma doença degenerativa do foro neurológico que afecta a parte da percepção da memória.
• É uma doença pouco conhecida mas bastante comum que afecta as células cerebrais.
• É uma doença que causa diminuição das faculdades intelectuais do adulto.
• As alterações mais comuns da doença de Alzheimer ocorrem nas proteínas das células nervosas, do córtex cerebral (a camada exterior do cérebro conduzindo a uma acumulação de fibras anormais).
3.1.1- Alimentação na Demência de Alzheimer
• Pode fazer uma dieta geral.
• Em fase mais avançada esta doença poderá limitar o doente. E este terá de passar a dieta mole, por dificuldades de deglutição e mastigação.
• Dieta mole: purés, iogurtes pudins sopa passada com carne ou peixe.
3.2-Doença de Parkinson:
• È uma doença do foro neurológico que afecta a parte muscular.
• É a degeneração de um local do cérebro chamado “ gânglio da base”, causa de forma progressiva lentidão dos movimentos, tremores, rigidez e alterações de equilíbrio. Atinge ambos os sexos, principalmente após os 60 anos de idade.
3.2-Alimentação na doença de Parkinson
-• Uma dieta mole é o indicado pois o doente apresenta dificuldade de deglutição e rigidez muscular (limitação de movimentos, por causa do aumento da tensão normal dos músculos).
• Dieta mole: purés, iogurtes, pudins, sopa passada com carne ou peixe.
3.3-Disfagia:
• Caracteriza-se por um sintoma comum de diversas doenças. Pode ser causada por alterações neurológicas, como o acidente vascular encefálico (A.V.E.), ou outras doenças neurológicas e/ou neuromusculares e também alterações locais obstrutivas, como as doenças tumorais do esófago.
• Medidas adicionais paralelas ao diagnóstico das causas seriam o de evitar, o máximo possível, as complicações da Disfagia: desidratação, infecções pulmonares e subnutrição.
Alimentação na Disfagia (dificuldade em engolir)
• Dieta líquida, pois este doente tem dificuldade em engolir consiste em alimentos liquidificados (líquidos):
• -Sopas liquidas, sumos, batidos, etc. Geralmente administrada por sonda nasogástrica.
3.4-Osteoporose:
• É uma doença em que os ossos perdem cálcio, tornando-se mais frágeis, sofrendo fracturas com mais frequência, e de pequena violência.
• Osteoporose tipo 1: será a mais vulgar que afecta as mulheres na pós-menopausa, ou nos mais jovens cujos ovários tenham sido removidos.
• Osteoporose tipo 2:Ocorre tanto nos homens como em mulheres geralmente depois dos 75 anos.
• Os sintomas dessa doença são silenciosos e o processo começa cedo, a fractura é uma das consequências dos ossos doentes, porosos e frágeis.
Alimentação na Osteoporose
• Dieta á base de cálcio deve optar por alimentos como o queijo, leite iogurtes e peixe flocos de cereais e soja que é um nutriente que fornece cinco vezes mais cálcio do que o leite.
• Já o excesso de sal, cafeína, açúcar, gorduras, e tabaco aumenta o risco de osteoporose por isso são alimentos e costumes a evitar.
3.5-OBESIDADE:
• A obesidade é o resultado da ingestão de uma quantidade de calorias maior do que a utilizada pelo corpo.
• A obesidade abdominal foi relacionada com um risco muito mais elevado de doença coronária e com três dos seus principais factores de risco: a hipertensão arterial, a diabetes de início na idade adulta e as concentrações elevadas de gorduras (lípidos) no sangue.
• A obesidade pode causar vários problemas ortopédicos, incluindo dor na zona inferior das costas e agravamento da artrose, especialmente nas ancas, joelhos e tornozelos.
Alimentação na Obesidade
• O doente obeso deve de fazer uma Dieta hipolipídica. – Dieta com quantidades reduzidas de gordura.
• Leite, iogurte natural ou magro e queijo branco.
• Pão integral, cereais com fibras e torradas.
• Carnes brancas e sem pele.
• Preferir grelhados, cozidos ou assados sem gordura.
• Evitar queijos gordos, açucares simples e carnes gordas.
3.6-Diabetes Mellitus:
• É uma doença provocada pela deficiência ou ausência de produção de insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características.
• .É o aumento do açúcar no sangue (glicemia).• .Nos dias actuais constituí um problema de saúde pública
pelo número de pessoas que apresentam a doença, o distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras e tem consequências tanto quanto surge rapidamente como quando se instala lentamente.
• Existem dois tipos de Diabetes: Diabetes Mellitus1Diabetes Mellitus 2
Alimentação na diabetes
• A alimentação na diabetes deve ser hipoglicemica.• - Leite meio gordo, iogurte natural ou magro e de
preferência sem açúcar e queijo fresco.• - Manteiga e azeite em quantidades moderadas.• -Aumento do consumo de hortaliças e saladas.• -Todo tipo de peixe, em especial os gordos (ómega 3).• - Carnes: vitela e aves sem pele e sem gordura (entre
outros).• -Deve de beber 1,5L de água por dia nos intervalos das
refeições e não passar mais de 3h sem comer.• Deve de evitar alimentos açucarados, leite e queijos gordos
carnes gordas de charcutaria e salsicharia entre outros.
3.7-Hipertensão Arterial:
• Designa-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica, superiores a 90 com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima”se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão diastólica.
Alimentação na hipertensão arterial:
• A alimentação para o utente hipertenso deve ser hiposalinica (sem sal) rica em frutas, vegetais, substituir as gorduras animais por gorduras vegetais como por exemplo óleo de soja ou de girassol, optar por cozidos e grelhados.
• Deve de evitar enlatados e conservas, fritos, enchidos, bebidas alcoólicas, café, etc.
3.8-Colesterol Elevado:
• Colesterol alto é um dos principais factores de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares e derrame cerebral. Isso acontece pelo facto do excesso de colesterol se depositar nas paredes dos vasos sanguíneos formando as placas de ateroma, o que também conhecemos como aterosclerose, ou entupimento das artérias.
Alimentação no colesterol elevado
• A alimentação no colesterol elevado deve ser hipolipídica, reduzir os lipidos (gorduras e óleos).
• Deve dar preferência:• Leite de soja;• Leite de vaca, queijo, manteiga mas todos estes devem ser produtos
magros;• Carnes: aves de caça (frango sem pele, peru ou coelho)• Peixe de preferência gordos • Reforçar a quantidade de hortícolas e vegetais• Feijão, grão, favas, ervilhas;• Frutas.• Batata, arroz, massa, pão integral ou mistura• Chá ou infusão de ervas ou 1,5l de água por dia• Pão integral, rico em fibras• Aveia, farelo de trigo e de arroz.
3.9-Obstipação:
• Uma pessoa com Obstipação (prisão de ventre) produz fezes duras que podem ser difíceis de expulsar. Também pode ter a sensação de que o recto não fica totalmente vazio. A prisão de ventre aguda começa de forma repentina e a pessoa dá-se claramente conta disso. A crónica, por outro lado, pode começar de forma subtil e persistir durante meses ou anos.
• Muitas vezes a causa da prisão de ventre aguda não é mais do que uma alteração recente na dieta ou uma redução na actividade física (por exemplo, quando uma pessoa fica acamada durante 1 ou 2 dias por estar doente. São causas frequentes da prisão de ventre crónica uma escassa actividade física e uma dieta pobre em fibras.
Alimentação na obstipação:
• Na obstipação a alimentação deve ser:• Rica em fibras e vegetais;• Pão e biscoitos integrais;• Leite iogurte e queijo;• Sumos de fruta natural, laranja, tangerina, abacaxi e maracujá (com as sementes);• Frutas maduras: laranja, mamão, pêra, morango, abacaxi, manga, ameixa, uva e
figo;• Batidos de leite com fruta e mel;• Hortaliças cruas ou cozidas (cenoura, beterraba);• Leguminosas secas: feijão, favas, ervilhas e grão-de-bico;• Verduras: alface, aipo, agrião, nabo, repolho, couve-de-bruxelas, brócolos,
cenoura, beringela e espinafre;• Frutos secos: nozes, amêndoa, avelã, amendoim e castanhas.• Deve de se evitar arroz branco, farinha de trigo branca, acucar refinado
alimentação pouco variada a base de carne.
3.10-Insuficiência Cardíaca:
• A insuficiência cardíaca (insuficiência cardíaca congestiva) é uma doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia por minuto (débito cardíaco) é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio e de nutrientes do organismo.
Alimentação do doente cardíaco:
• Deve de optar por uma dieta geral mas com restrições (sal, carnes gordas etc.)
• Leite, iogurte e manteiga, sem sal, todos eles produtos magros.
• Queijo magro de barra sem sal.• Aumento de consumo de hortaliças e saladas.• Arroz, massa ou batata.• Peixe e carne magras.• Carne de ave sem pele.• Utilizar para temperar ervas aromáticas, condimentos,
alho, cebola, pimenta, limão e vinagre.
3.11-Insuficiência renal:
• A insuficiência renal é uma alteração da função dos rins na qual estes são incapazes de excretar as substâncias tóxicas do organismo de forma adequada. As causas da insuficiência renal são diversas; algumas conduzem a uma rápida diminuição da função renal (insuficiência renal aguda), enquanto outras conduzem a uma diminuição gradual dessa função (insuficiência renal crónica).
Alimentação do doente com Insuficiência renal:
• Carnes brancas (aves e coelho),carne de porco sem gorduras, carnes vermelhas(vitela);
• Todo tipo de peixe fresco;
• Fruta cozida ou assada(rejeitar a água de cozer a fruta);
• Farinha tipo maizena, flocos de arroz ou de mel;
• Açúcar, mel, compotas, doce, marmelada, gelatina, arroz doce sem ovos, leite creme sem ovos, bolos simples sem chocolate, frutos secos ou cristalizados.
• Azeite, óleo vegetal e manteiga sem sal.
• Deve de evitar sal, gorduras e açúcares em excesso
3.12-Subnutrição:
• A subnutrição pode ser o resultado de uma diminuição da ingestão (desnutrição).
• È um desequilíbrio entre as necessidades corporais e o consumo de nutrientes essenciais.A desnutrição, uma deficiência de nutrientes essenciais, é o resultado de uma ingestão inadequada devido a uma dieta pobre ou a um defeito de absorção no intestino (má absorção); de um gasto anormalmente alto de nutrientes por parte do corpo; ou de uma perda anormal de nutrientes por diarreia, perda de sangue (hemorragia), insuficiência renal ou então suor excessivo.
• Na velhice, as necessidades nutricionais são menores, mas a capacidade para absorver os nutrientes também está reduzida. Portanto, o risco de desnutrição é maior nestas etapas da vida.
Alimentação para doentes com subnutrição:
• Dieta hipercalorica – a base de proteínas, hidratos de carbono, lipidos e cálcio.
• O doente numa primeira fase deve de ingerir alimentos á base de líquidos sumos e sopas proteicas.
• Numa segunda fase o doente deve de ingerir alimentos de fácil digestão.
• Boas fontes proteicas, como peixe, carne, cereais, batatas, etc.
4- Conclusão :
• Com este trabalho chegamos á conclusão que a alimentação interfere no estado de saúde de um modo geral.
• Sendo por vezes até primordial para a recuperação de algumas doenças e prevenção de outras .
• Uma boa higienização de espaços e cuidados dos manipuladores na preparação de refeições são pontos essenciais para que se obtenha bons resultados nos cuidados relativos á alimentação da pessoa idosa .
5- webgrafia
• -portal da saúde-www.saude .gov.br
• -saude do idoso
• Dia -24-05-2011
• -12.00h
• -www.segurançalimentar.com/conteudos
• Recepção de matérias primas
• Dia- 19-05-2011
• -11.00h
Bibliografia
• Caderno do modulo ufcd XII
• ENFERMEIRO FILIPE MOREIRA
• SEBENTA – CONCEITO E” SAÚDE E DE
DOENÇA”
• P.P.G 6-32
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