Custeio por Absorção
Prof. Carlos Alexandre
CUSTEIO
- Custeio significa Apropriação de Custos aos produtos;
- Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis;
- Custeio por absorção e custeio variável (direto).
Custeio por absorção
O Custeio por Absorção consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
Custeio por absorção
Não é um princípio contábil propriamente dito, mas uma metodologia decorrente deles, nascida com a própria Contabilidade de Custos. Outros critérios diferentes têm surgido através do tempo, mas este é ainda o adotado pela Contabilidade Financeira; portanto, válido tanto para fins de Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados como também, na maioria dos países, para Balanço e Lucro Fiscais.
É obrigatório para fins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço).
Custeio por absorção
Também o Imposto de Renda costumeiramente o usa: no Brasil é utilizado obrigatoriamente, com pequenas exceções;
No Custeio por Absorção, a depreciação dos equipamentos e outros imobilizados amortizáveis utilizados na produção deve ser distribuída aos produtos elaborados; portanto, vai para o ativo na forma de produtos, e só vira despesa quando da venda dos bens.
Esquema básico da contabilidade de custos
Esquema básico da contabilidade de custos
1° PASSO: A SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS.
A primeira tarefa é a separação dos Custos de Produção. Teremos então a seguinte distribuição dos gastos:
Esquema básico da contabilidade de custos
Esquema básico da contabilidade de custos
As despesas, que não entraram no custo de produção, as quais totalizam $315.000, vão ser descarregadas diretamente no Resultado do período, sem serem alocadas aos produtos.
Esquema básico da contabilidade de custos
2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS
Digamos que essa empresa elabore três produtos diferentes, chamados A, B e C. O passo seguinte é o de se distribuírem os custos diretas de produção aos três itens.
Suponhamos ainda que nessa empresa, além da Matéria-prima, sejam também custos diretos parte da Mão-de-obra e parte da Energia Elétrica.
O problema agora é saber quanto da Matéria-prima total utilizada, de $350.000 e quanto de Mão-de-obra Direta foi aplicado em A, em B e em C.
Para o consumo de Matéria-prima, a empresa mantém um sistema de requisições de tal forma a saber sempre para qual produto foi utilizado o material retirado do Almoxarifado. E, a partir desse dado, conhece-se a seguinte distribuição:
2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS
Para a Mão-de-obra, a situação é um pouco mais complexa, já que é necessário verificar do total de $120.000 quanto diz respeito à Mão-de-obra Direta e quanto é a parte pertencente à Mão-de-obra Indireta. A empresa, para poder conhecer bem esse detalhe, mantém um apontamento (verificação) de quais foram os operários que trabalharam em cada produto no mês e por quanto tempo.
2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS
Vamos agora analisar a forma ou as formas de alocar os custos indiretos que totalizam, neste exemplo, $225.000. Uma alternativa simplista seria a alocação aos produtos A, B e C proporcionalmente ao que cada um já recebeu de custos diretos. Esse critério é relativamente usado quando os custos diretos são a grande porção dos custos totais, e não há outra maneira mais objetiva de visualização de quanto dos indiretos poderia, de forma menos arbitrária, ser alocado a A, B e C.
3° PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS
Esquema Básico
Por enquanto, o esquema básico é:
a) separação entre Custos e Despesas;
b) apropriação dos Custos Diretos diretamente aos produtos ou serviços;
c) rateio dos Custos Indiretos.
Os custos incorridos num período só irão integralmente para o Resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as despesas — de Administração, de Vendas, Financeiras etc. — sempre são debitadas ao Resultado do período em que são incorridas: assim é que funciona o Custeio por Absorção.
Características do Custeio por absorção
1. O Custeio por Absorção atende ao Princípio da Competência dos exercícios, tendo em vista que os Custos apropriados aos produtos só são lançados no resultado quando estes produtos são vendidos;
2. O Custeio por Absorção é aceito pelo Fisco, tendo em vista que os Custos de Produção são transferidos ao Resultado na proporção em que são vendidos.
3. O Custeio por Absorção tem como inconveniente a arbitrariedade do critério de rateio escolhido. Dependendo do critério de rateio, como, por exemplo, valor da Mão-de-Obra utilizada na produção ou valor do Material Direto utilizado em cada produto, os custos de cada produto serão diferentes.
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