O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO
JOANA D’ARC CONRADO
Gênero tira: elemento incentivador para a leitura dialógica e para a
prática social da escrita
CAMPO MOURÃO
2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO
JOANA D’ ARC CONRADO
Gênero tira: elemento incentivador para a leitura dialógica e para a
prática social da escrita
Produção didática (Caderno pedagógico) apresentada à Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão (FECILCAM) e à Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED) para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), sob a orientação da Profª Me. Adriana Delmira Mendes Polato.
CAMPO MOURÃO
2010
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 4
2 IDENTIFICAÇÃO ................................................................................................. 5
3 TEMA DE ESTUDO ............................................................................................ 5
4 TÍTULO................................................................................................................ 6
5 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6
6 CAPÍTULO UM - PANORAMA BAKHTINIANO DOS GÊNEROS ....................... 7
7 CAPÍTULO DOIS - DESVENDANDO O GÊNERO TIRA .................................. 10
8 CAPÍTULO TRÊS - DIVULGANDO O PROGRAMA ......................................... 14
9 CAPÍTULO QUATRO – UNIDADE UM – CONHECENDO TIRAS .................... 15
10 CAPÍTULO CINCO – UNIDADE DOIS – PRODUZINDO TIRAS ..................... 26
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 33
12 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 33
ANEXO I ............................................................................................................... 36
ANEXO II .............................................................................................................. 37
ANEXO III ............................................................................................................. 38
ANEXO IV ............................................................................................................ 39
4
1 APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico - fruto de estudos realizados durante o
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Estado do Paraná –
embasado no teórico da linguagem, Mikhail Bakhtin e nas Diretrizes Curriculares
Estaduais (DCE) propõe uma série de atividades visando tornar o gênero tira mais
próximo do educando e a partir dele, incentivá-los à leitura e à produção de outros
gêneros discursivos.
Em seu primeiro capítulo, este caderno pedagógico percorre os estudos
de Bakhtin a respeito dos gêneros sob a perspectiva sócio-interacionista na busca
da qualidade do processo de ensino e aprendizagem da linguagem no Ensino
Fundamental. Durante este estudo são apresentados ao professor a definição de
gênero, seus elementos constitutivos, a classificação, as esferas de circulação, o
dialogismo e os suportes utilizados para os gêneros discutidos tanto pelo próprio
Bakhtin em suas obras quanto na releitura dele por estudiosos e autores como
Carlos Alberto Faraco, José Luiz Fiorin, João Luiz Gasparin, João Wanderlei
Geraldi, e Luiz Antonio Marcushi.
No capítulo seguinte, aborda o gênero tira, sua história desde os
primórdios da Humanidade, autores e obras. Nele são apresentadas as
características e os elementos essenciais do gênero de forma didatizada para que
o professor tenha subsídios para aplicar este material em sala de aula - caso
necessite deles.
O terceiro capítulo descreve o Hagáquê, criado na UNICAMP
(Universidade de Campinas). Este programa é utilizado pelo educando para a
produção das tirinhas. Com ele, é possível escolher o ambiente, os personagens,
as ações, os balões, as onomatopéias, os ícones, além – é claro – de poder soltar
a imaginação nos diálogos produzidos.
Amparado nas Diretrizes Curriculares, este caderno traz ainda duas
unidades didáticas, destinadas ao educando, sendo que a primeira o leva a
conhecer o gênero através da análise, compreensão e interpretação de tiras. Este
gênero discursivo trabalha com elementos lingüísticos e extralingüísticos,
servindo como instrumento para desenvolver a leitura e a escrita do educando.
Trabalha ainda com a interação entre colegas e professor em debates,
5
discussões e pesquisas sobre o tema sempre utilizando a Internet como
ferramenta de aprendizado e ampliação do conhecimento.
A segunda unidade desperta o educando para a produção do gênero no
laboratório de informática, utilizando o programa Hagáquê. É nesta unidade,
propriamente dita, que o educando torna-se autor de tiras com o objetivo de
contribuir com o jornal do colégio onde estuda, havendo assim a prática social da
escrita.
Nos anexos, são oferecidos aos professores a capa da primeira revista
em quadrinhos do Brasil e exemplos de balões, onomatopéias e ícones utilizados
quando se estuda ou se produz tiras. Esses anexos podem ser usados para
ilustrar as aulas.
Desta forma, este caderno procura ser um diferencial às aulas de Língua
Portuguesa, despertando no educando o interesse em ler e produzir outros tipos
de gêneros a partir do gênero tira.
2 IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: Joana d’Arc Conrado
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE: Campo Mourão
Professor Orientador IES: Profª. Me. Adriana Delmira Mendes Polato
IES vinculada: UEM/ FECILCAM
Escola de Implementação: Colégio Estadual de Campo Mourão – Ensino
Fundamental, Médio, Profissional e Normal.
Público objeto da intervenção: 8ª. Série do Ensino Fundamental
3 TEMA DE ESTUDO
O gênero tira nas aulas de Língua Portuguesa
6
4 TÍTULO
Gênero tira: elemento incentivador para a leitura dialógica e para a prática social
da escrita
5 INTRODUÇÃO
Esta produção didática surgiu a partir de questionamentos sobre a falta de
motivação do educando ao ler e/ou produzir textos. E não apenas isso: é
necessário que ele saiba interagir, utilizando os diferentes gêneros do discurso,
que surgem e integram-se à cultura na qual ele está inserido ou quer inserir-se. É
importante esclarecer que os gêneros não são dissociados da realidade social e
levam o educando a atingir seus objetivos de forma satisfatória ou não,
dependendo da escolha dos elementos argumentativos e/ou coercivos – enfim, o
gênero é eleito de acordo com a intencionalidade, o propósito do educando em
cada momento histórico e deve adequar-se a cada prática social constituída.
Buscando estratégias para alcançar esse objetivo, o gênero tira foi
selecionado para que o educando se perceba como sujeito histórico e some seu
conhecimento empírico ao sistematizado, delineando a sociedade atual com
todas as suas mazelas e toda a sua beleza através do texto imagético e escrito da
chamada Nona Arte. As atividades propostas são elementos incentivadores
dessas habilidades, pois unem imagem e palavra, potencializando
significativamente o texto, de modo que este possa ser produzido agradavelmente
pelo autor e da mesma forma possa ser recebido pelo leitor.
Para que esta proposta de atividades fosse elaborada houve a
necessidade de um aprofundamento teórico sobre o gênero tira, desde a definição
e características dos gêneros segundo Bakhtin até a definição, características e
história do surgimento das tiras em nossa sociedade. Todo esse estudo está
presente neste caderno pedagógico que busca, não só o aprimoramento das
aulas dos professores de Língua Portuguesa, como também a alegria de ensinar
e obter resultados satisfatórios.
7
6 CAPÍTULO UM - PANORAMA BAKHTINIANO DOS GÊNEROS É pela linguagem que o ser humano se comunica, troca experiências,
aprende ou apreende o que lhe é ensinado e descobre-se sujeito social com seus
direitos e deveres num trabalho coletivo (interacionista). Como diz Bakhtin (1997,
p. 282), “A língua penetra na vida através dos enunciados concretos que a
realizam, e é também através dos enunciados concretos que a vida penetra na
língua”.
Foi, pois, esse caráter social da linguagem que levou Bakhtin e os teóricos
de seu círculo a criarem o conceito de gênero discursivo – “tipos relativamente
estáveis de enunciados” (idem, p. 279). Destaca-se nessa definição o termo
“relativamente” – que parece sem muito valor, porém guarda em si toda a
diferença. São “relativamente estáveis”, pois ao estudar os gêneros deve-se
considerar o momento histórico, concluindo-se que, ao realizar esta ação, estes
se tornam mutáveis devido às exigências de cada época e de cada esfera de sua
circulação – portanto, são maleáveis, não sofrem normatização e as fronteiras
entre um gênero e outro são imprecisas (Fiorin, 2008, p. 64), podendo
determinado gênero surgir ou desaparecer de acordo com a necessidade e a
intensidade de seu uso, sem esquecer, é claro, que os gêneros transformam-se
em instrumentos de ação social.
Segundo Bakhtin (1997, p. 279), todo enunciado é caracterizado por três
elementos, a saber: conteúdo temático, estilo e construção composicional. Estes
são selecionados de acordo com as intenções dos locutores, as esferas de
circulação do gênero e seus suportes significando que “a língua é um instrumento
de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica” (DCE-PR, 2008, p. 53)
dependem do domínio de sua esfera de comunicação - é possível dominar a
esfera de determinado gênero de comunicação ao se ter o controle do gênero que
ela demanda - um autêntico direito de todos os cidadãos.
A definição de cada elemento do gênero de acordo com Bakhtin (1997, p.
279) neste momento se faz pertinente e é importantíssimo que, principalmente os
educadores, a tenham em mente: o conteúdo temático como o próprio nome já
diz, não é apenas o assunto, porém a propriedade que determina o sentido de
que se ocupa o gênero em questão; a construção composicional é a organização
8
do texto, isto é, o modo de estruturar o texto, com todos os itens necessários ao
gênero de determinada esfera; e o estilo é a preferência que o enunciador tem por
determinadas palavras, figuras de linguagem, enfim, é a seleção feita para
expressar suas idéias e atingir a compreensão do interlocutor.
Portanto, as aulas de Língua Portuguesa, na concepção de linguagem
como forma de interação (GERALDI, 1984, p. 43), devem estar voltadas para o
estudo do discurso, do gênero e do texto, pois
a falta de domínio do gênero é a falta de vivência de determinadas atividades de certa esfera. Fala-se e escreve-se sempre por gêneros e, portanto, aprender a falar e a escrever é, antes de mais nada, aprender gêneros (Fiorin, 2008, p.69),
Todos os campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem
(Bakhtin, 1997, p. 279) e em outras palavras, segundo o próprio Bakhtin (idem,
p.301), podemos dizer que os gêneros são muitos e variados e “na prática,
usamo-los com segurança e destreza, mas podemos ignorar totalmente a sua
existência teórica. [...] nós falamos por gêneros diversos sem suspeitar da sua
existência.” E ele acrescenta que “Na conversa mais desenvolta, moldamos nossa
fala às formas precisas de gêneros, às vezes padronizados e estereotipados, às
vezes mais maleáveis, mais plásticos e mais criativos” (idem, p. 301).
Por isso, é imperativo observar que o texto – tanto oral quanto escrito, ou
qualquer outro conjunto de signos (desenhos, gestos, cores, formas em
movimento...) – é a manifestação concreta do discurso, carregando consigo
ideologias e axiologias dos sujeitos produtores desses discursos, portanto,
nenhum texto, em nenhum gênero é neutro.
No mesmo livro, Estética da criação verbal, (p. 281) Bakhtin separa os
gêneros em primários e secundários de acordo com seu nível de complexidade,
isto é, de acordo com a sua heterogeneidade (um único um gênero pode ter em
seu interior a presença de vários tipos de textos - descritivos, injuntivos,
argumentativos, narrativos, expositivos): os gêneros primários surgem na vida
cotidiana, na comunicação automática, no contexto imediato e geralmente são
orais – é o caso de uma conversa informal ou um telefonema. Já os secundários
passam a existir a partir de uma comunicação cultural mais elaborada, são
9
predominantemente escritos e transformam os primários – uma notícia ou um
romance (idem, p. 281).
Em outro momento, Bakhtin aborda o dialogismo que ocorre tanto nos
gêneros primários quanto nos secundários. Ele trata o dialogismo como parte
integrante da constituição do ser humano – um sujeito social que se constitui
discursivamente e historicamente sempre em relação a outro ser humano e suas
vozes sociais. Este filósofo da linguagem diz que “Em todos os seus caminhos até
o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem
e não pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa” (Bakhtin,
1990, p. 88).
Todo e qualquer discurso é utilizado socialmente e composto por uma
camada de outros discursos, sempre estratificado – isto é o dialogismo: o discurso
é sempre impregnado de palavras, ideologias e axiologias alheias que se
sobrepõem a esse mesmo discurso (Faraco, 2009, p.56).
Cabe aqui diferenciar dialogismo e intertextualidade (esse termo não foi
usado por Bakhtin). Enquanto aquele é o encontro de vozes sociais presentes no
discurso, a intertextualidade é “o encontro de duas materialidades linguísticas, de
dois textos” (Fiorin, 2008, p.52) num só texto – é a relação de sentido entre dois
enunciados, desde “que um texto tenha existência independente do texto que com
ele dialoga” (idem, p. 53).
Outro ponto a ser considerado é o suporte do gênero - o local onde o texto
será veiculado - pois de acordo com o suporte, mudam-se as intenções, os
objetivos, as características, enfim pode ser o mesmo texto, mas não será o
mesmo gênero se o suporte lhe conferir uma funcionalidade diferente da inicial.
(Marcushi, 2002, p. 21)
Assim, no ensino da língua portuguesa, cujo conteúdo estruturante é o
discurso como prática social, “professor e aluno tornam-se co-autores no
processo ensino/aprendizagem, pois os conteúdos devem ser integrados e
aplicados teórica e praticamente no dia a dia do educando” (Gasparin, 2005, p. 2),
para que todos se transformem em pessoas realmente comprometidas com o
bem comum.
E, conforme Bakhtin (1997, p. 304):
10
É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço, que descobrimos mais depressa e melhor nossa individualidade neles (quando isso nos é possível e útil), que refletimos, com maior agilidade, a situação irreproduzível da comunicação verbal, que realizamos, com o máximo de perfeição, o intuito discursivo que livremente concebemos.
7 CAPÍTULO DOIS - DESVENDANDO O GÊNERO TIRA
A tira faz parte do dia-a-dia dos educandos, através de jornais, Internet,
revistas periódicas e, por ela, elementos da vida cotidiana são percebidos,
estudados e/ou satirizados. Também é possível trabalhar as condições em que
acontece a produção:
A quem se dirige o enunciado? Como o locutor (ou o escritor) percebe e imagina seu destinatário? Qual é a força da influência deste sobre o enunciado? É disso que depende a composição, e sobretudo o estilo do enunciado. Cada um dos gêneros do discurso, em cada uma das áreas da comunicação verbal, tem sua concepção padrão do destinatário que o determina como gênero. (BAKHTIN, 1992, p. 321)
Ao trabalhar este gênero, “o professor propiciará ao aluno a análise crítica
do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionando conteúdos específicos,
[...] para a prática de leitura ou de produção [...] que explorem discursivamente o
texto” (DCE-PR, 2008, p. 64), pois a tira exige que o leitor preencha o vazio ou as
lacunas existentes, usando para isso, seus sentidos e experiências. Todos os
recursos utilizados pelo autor da tira (as vozes, as onomatopéias, o movimento, a
continuidade do cenário) dão vida à história e o leitor é uma espécie de co-autor
da tira (MCCLOUD, 1995, p. 115).
Todo esse processo acaba por gerar maior interação entre o aluno e o
professor e/ou aluno e aluno uma vez que estes se tornam concomitantemente
produtores e leitores das tirinhas. Também juntos situam nas tiras axiologias
(valores) e ideologias presentes no grupo, quer positivas ou negativas, criando
uma atmosfera de aprendizado através de atividades que ensinam sem deixar de
ser prazerosas, fazendo com que a língua seja usada nas mais diversas situações
comunicativas.
Muitos estudiosos defendem a tese de que este gênero tenha nascido nas
grutas ou abrigos rochosos ocupados por grupos pré-históricos, pois com os
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desenhos rupestres o ser humano expressava seus medos e suas alegrias. Essas
representações mostravam cenas de luta, de caça, de dança e outras atividades
socioculturais importantes para os grupos – porém, é óbvio, sem a escrita.
Somente no final do século XIX, é que o gênero surgiu como o
conhecemos hoje e começou a ser publicado em jornais norte-americanos. O
marco oficial data de 1895 com a criação de Yellow Kid (O menino amarelo) de
Richard Outcault, apesar de a tira já existir em várias partes do mundo – inclusive
no Brasil.
Aqui, de acordo com Vergueiro (2003), Ângelo Agostini - grande crítico do
Segundo Império no país - é identificado como o introdutor das tiras com “As
aventuras de Nhô Quim” (conta-se que essa tira foi publicada no dia 30 de janeiro
de 1869 no Jornal Vida Fluminense – RJ e narrava as aventuras de um caipira na
cidade grande) e “As aventuras de Zé Caipora” (em 1883) – portanto, bem antes
do americano. Ele elaborou também o logotipo da primeira revista em quadrinhos
infantil brasileira “O Tico-tico” em 1905 (Ver anexo I).
Após esse início brilhante, por muito tempo, as tiras e as histórias em
quadrinhos foram discriminadas pela sociedade e pela academia e tidas como
ameaças ao desenvolvimento intelectual. Com todo esse preconceito ao seu
redor, as tiras foram praticamente banidas das escolas e bibliotecas.
Recentemente, professores de todos os níveis de ensino têm demonstrado
interesse na utilização desse gênero em suas aulas.
De acordo com Mccloud (1995, p. 9), as tiras apresentam dois a quatro
quadrinhos (também chamados vinhetas) e criam uma narrativa visual, isto é,
unem o texto imagético à linguagem escrita. Podem ser apresentadas em preto e
branco ou coloridas, tendo narração completa ou seriada, diariamente ou
semanalmente, tornando-se cada vez mais popular em suportes como jornais,
revistas ou Internet ao redor do mundo.
Seus pontos altos e provocadores de riso são os mal-entendidos e
equívocos gerados por palavras mal utilizadas, desconhecimento acerca do uso
de alguns termos da língua materna e até mesmo o duplo sentido surgido de
metáforas não compreendidas.
Franco (2001) alude a alguns elementos essenciais que compõem as tiras:
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Texto: ao contrário de outros textos literários que narram os fatos e
descrevem personagens e ambientes, na tira, o texto pode até ser dispensado,
dependendo da força que a imagem apresenta. O texto contém, normalmente,
apenas a fala dos personagens – que deve ser clara e concisa, estabelecendo
uma ligação estreita com o texto imagético. Em poucos casos, o autor se vale da
fala do narrador para esclarecer alguns detalhes da tira.
Texto imagético: é elemento imprescindível à tira e, por isso, precisa ser
elaborado com cuidado, uma vez que tempo, ambiente, ações e expressões são
definidos pela imagem. As cores têm aqui grande importância, bem como
detalhes fisionômicos que darão à tira o significado preciso estipulado pelo autor.
Muitas vezes, o desenho fala por si mesmo e conduz o leitor por universos
múltiplos, fazendo-o identificar-se com personagens e participar de situações
apresentadas nas tiras ou reprová-los. Outras vezes o cenário ou outros
elementos não são desenhados, deixando assim a imaginação do leitor livre para
criá-los a partir de experiências de seu cotidiano.
Percepção Visual: os quadrinhos são apresentados simultaneamente no
passado, no presente e no futuro, um ao lado do outro. Os olhos estão na vinheta
presente, porém a qualquer tempo, podem voltar ou seguir em frente, pois tudo
está à disposição do leitor. Além disso, é preciso que o leitor tenha percepção da
linguagem verbal associada à não-verbal, ative conhecimentos anteriores e
realize inferências sobre o assunto das tiras.
Sarjeta: é o espaço entre um quadrinho e outro, que implica na elipse
narrativa. São saltos entre uma ação e outra para que o autor não precise
desenhar quadrinhos que podem ser subentendidos - são trechos da tira onde o
leitor tem participação ativa, completando esses espaços mentalmente, isto é, o
leitor imagina ações dos personagens que o autor não desenhou. Essa leitura
elíptica faz parte da configuração e da interpretação das tiras.
Tempo: nas tiras, o tempo pode ser representado através do imagético
(figuras características do dia, da noite ou do tempo transcorrido) e ainda através
do tamanho do quadrinho (um quadrinho maior implica em tempo maior – um
menor, tempo menor). Essa definição é feita pelo autor, dependendo de sua
intencionalidade.
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Requadro ou enquadramento: é a moldura das tiras e também o elemento
responsável pela característica mais forte desse gênero. É impossível fazer tiras
inteiras sem o requadro (pode-se, sim, deixar de fazer um ou outro para indicar o
sentimento de liberdade de um personagem ou a amplitude de um espaço). O
enquadramento influencia no ritmo da leitura, pois o formato e o tamanho dos
quadrinhos delimitam o tempo e o espaço da tira. É no requadro ou quadrinho que
o autor demonstra toda a sua capacidade de ilustrar cenário, personagens, ações,
tempo simultaneamente.
Balões: são linhas fechadas ou pontilhadas que abrigam em seu interior as
falas e os pensamentos dos personagens. Também trazem onomatopéias e
ícones – metáforas visuais - responsáveis pelas atitudes dos personagens. Há
diversos tipos de balões: fala, pensamento, sussurro ou cochicho, grito,
entrecortado, uníssono, de medo... (Ver anexo II).
Onomatopéias: são as representações gráficas dos sons necessários às
tiras. Há um cuidado muito especial com relação à forma de expressar esses
sons: letras trêmulas (medo), cubos de gelo formando palavras (frio)... Tudo para
ampliar e reforçar a mensagem da tira (Ver anexo III)
Ícones: são desenhos que por si só traduzem toda uma frase. É o caso da
lâmpada significando que o personagem teve uma idéia, cobras e caveiras
indicando que o personagem está falando palavrões ou um ponto de interrogação
onde o personagem está em dúvida. Os ícones seguem uma convenção para que
possam ser usados por todos os escritores e entendidos pelos leitores (Ver anexo
IV).
Linhas de movimento, linhas cinéticas ou linhas de velocidade:
representam a ilusão do movimento dos personagens ou ainda a trajetória dos
objetos. Normalmente são sutis ou até mesmo inexistem.
Como é possível perceber, o gênero tira não é apenas um pequeno texto
acompanhado de um desenho – há a necessidade de se conhecer cada elemento
e com ele trabalhar de forma habilidosa e harmoniosa para que o prazer de
produzir esteja também aliado ao deleite de saber que seu trabalho está sendo
entendido e apreciado.
14
8 CAPÍTULO TRÊS - DIVULGANDO O PROGRAMA
A ferramenta que será utilizada para criar as tiras é o ambiente HAGÁQUÊ
desenvolvido pelo Laboratório de Educação e Informática Aplicada (LEIA),
pertencente à Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP). Este ambiente foi desenvolvido para, de forma simplificada e
atraente, trabalhar as atividades básicas de edição (consegue abrir e usar
imagens GIF1, JPEG2, WMF3, EMF4 e ICO5). Além disso, o HAGÁQUÊ está
disponível para toda a comunidade escolar, com sua instalação, manual de
instruções e artigos prontos para download que podem ser encontrados no site
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/. Também apresenta histórias criadas por
alguns educandos, um livro de visitas para receber depoimentos e sugestões
sobre o seu uso, possibilitando a troca de experiências entre todos os seus
usuários. Esse programa capacita os educandos a editarem sua própria tira
liberando o poder educativo das tirinhas. Eles criam e vestem seus personagens;
dão-lhes emoções, ações e palavras; adicionam outros personagens, cenários e
adereços; podem fazer as tiras e imprimi-las, copiá-las, enfim, fazer delas o que
sua capacidade criadora mandar.
1 ou Graphic Interchange Format: permite salvar imagens em tamanho reduzido.
2 ou Joint Pictures Expert Group: comprime, isto é, reduz imagens fotográficas.
3ou Windows Metafile Format: identifica e trabalha com desenhos usados em cliparts no Windows.
4 ou Electromagnetic Field: um programa MS-Windows com extensões que o fazem específico.
5 ou do grego "eikon": imagem - formato padrão de ícones para diversos sistemas operacionais
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/http://www.saugus.net/Computer/Terms/MS-Windows/view
15
9 CAPÍTULO QUATRO – UNIDADE UM – CONHECENDO TIRAS
O que esta palavra lembra a você?
Você já viu tiras?
Onde?
Como se faz tiras?
Para que se usam tiras?
Vamos estudar sobre:_______
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RISO
SORRISO
RISADA
GARGALHADA
TIRA
Vamos ver algumas tiras?
17
ACORDO ORTOGRÁFICO -1
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10 Acesso em 03/11/2009
Converse com seu professor e seus amigos sobre essa tira:
1- O que ela conta?
2- Onde possivelmente a tira foi veiculada? Quem seria seu público leitor?
3- Qual o objetivo dessa tira? Qual é a reflexão que ela apresenta?
4- Por que ela é engraçada? Isso ocorre em nossa sociedade?
5- O que é acento diferencial?
6- Você sabe as regras da nova ortografia? Cite algumas.
7- Você conhece o contexto em que o Acordo Ortográfico foi firmado? Que países
participam dele?
Para saber mais sobre o Acordo Ortográfico, vá ao laboratório de informática
e pesquise nos seguintes sítios:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=48
http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/
www.academia.org.br
http://umportugues.com/
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=48http://www.brasilescola.com/acordo-ortografico/http://www.academia.org.br/
18
ACORDO ORTOGRÁFICO – 2
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10 Acesso em 03/11/2009
Converse com seus colegas sobre essa tira:
1- O que ela conta?
2- Essa tira possivelmente foi veiculada através de que suporte?
3- Qual o objetivo dessa tira?
4- Por que ela é engraçada? Qual é a reflexão apresentada nessa tira?
5- Por que o personagem secundário escolheu justamente a palavra “enjôo”?
6- O que é um hiato? Explique essa regra dando outros exemplos.
7- Converse com seu professor de Artes sobre a importância do texto imagético: a
fisionomia dos personagens, as cores, o ambiente e depois responda se esse
texto imagético chama a atenção do leitor.
No laboratório de informática, pesquise sobre o texto imagético nos sítios:
http://pictorescos.blogspot.com/2009/10/o-texto-imagetico-leitura-partir-de.html
http://webinsider.uol.com.br/2003/10/30/textocentrismo/
blogtextosurbanos.blogspot.com/.../caixa-dagua-velha-na-praia-de-salinas.html
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://pictorescos.blogspot.com/2009/10/o-texto-imagetico-leitura-partir-de.htmlhttp://webinsider.uol.com.br/2003/10/30/textocentrismo/
19
ACORDO ORTOGRÁFICO – 3
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10 Acesso em 03/11/2009
Analise a tira e se tiver alguma dúvida, comente com seu professor e seus
colegas:
1- Que história ela conta?
2- Onde possivelmente a tira foi veiculada?
3- Qual o objetivo desta tira?
4- Por que ela é engraçada?
5- Isso ocorre em nossa sociedade?
6- Qual é a reflexão apresentada nesta tira?
7- O que é um ditongo aberto?
8- O que é uma paroxítona?
9- Explique a regra acima citando outros exemplos.
10- Qual a sua opinião sobre o texto imagético?
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10
20
Anote em seu caderno os seguintes dados:
Após observar as tiras acima, reúna-se com seus colegas, encontre e discuta as
respostas que você ainda não sabe ou não se recorda. Para isso, vocês podem ir
à biblioteca, verificar livros de séries anteriores ou mesmo visitar alguns sítios na
Internet. Por exemplo:
http://www.eca.usp.br/agaque/nucleousp/materias_waldomiro_obrasilcomemora.a
sp
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tira_di%C3%A1ria
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/janeiro/30-dia-nacional-dos-
quadrinhos.php
http://www.tiburcio.locaweb.com.br/prev3.htm
http://www.cbpf.br/~eduhq/index2.html
http://www.legal.adv.br/zine/hq/hq.htm
Como podemos definir “tira”?
Qual a importância da imagem para as tiras?
Quais são as características das tiras?
Por que a tira precisa ser breve, curta?
Onde as tiras são publicadas, isto é, quais são seus suportes?
O que é a sarjeta? E para que serve?
Para que servem as onomatopéias nas tiras?
O que são molduras e por que alguns quadrinhos não as têm?
Qual deve ser o tamanho das tirinhas?
Quais são os tipos de balões, como são e em que situação cada um deles
é usado?
Qual a diferença entre tira e charge?
Comente algumas tiras que você já leu.
EM GRUPO
http://www.eca.usp.br/agaque/nucleousp/materias_waldomiro_obrasilcomemora.asphttp://www.eca.usp.br/agaque/nucleousp/materias_waldomiro_obrasilcomemora.asphttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tira_di%C3%A1riahttp://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/janeiro/30-dia-nacional-dos-quadrinhos.phphttp://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/janeiro/30-dia-nacional-dos-quadrinhos.phphttp://www.tiburcio.locaweb.com.br/prev3.htmhttp://www.cbpf.br/~eduhq/index2.htmlhttp://www.legal.adv.br/zine/hq/hq.htm
21
* TIRA é uma história engraçada escrita e desenhada em dois a quatro
quadrinhos enfileirados na horizontal ou na vertical.
* Nem sempre a tira precisa ser cômica; ela pode ser também de aventura, de
mistério, policial, de heróis ou super-heróis...
* É conhecida também por:
Tirinha ou tira de quadrinhos;
Banda desenhada ou tira cômica (Portugal);
Fumetti (Itália);
Comic strips (EUA);
TBO ou bandas deseñadas (Espanha);
Bande dessineé (França e Bélgica);
Historieta (Argentina e América Latina).
O Zé da Farmácia é um
catarinense que adora fazer tirinhas em suas
horas vagas...
Se quiser saber mais sobre ele entre no site::
http://josejamesteixeira.blogspot.com/.
Veja uma de suas tirinhas:
22
CRIANÇAS:
Disponível em: http://josejamesteixeira.blogspot.com/ Acesso em: 05/10/2009
1-Individualmente faça o que se pede:
a) Leia silenciosamente a tira apresentada.
b) Quais são os elementos do mundo natural a que o menino se refere?
Destaque-os.
c) Da mesma forma, quais são os elementos do mundo da cultura a que o
menino se refere? Enumere-os.
2- Agora, em duplas, discuta e responda estas questões:
a) A tira geralmente relata o cotidiano da sociedade e muitas vezes nos faz
pensar sobre a vida de uma forma bem humorada. Qual aspecto da nossa
sociedade é abordado nessa tira?
b) Onde podemos encontrar tiras como esta?
c) A que público esta tira é dirigida?
d) O que esta tira critica?
e) Enunciador é aquele que produz o discurso. Qual é a posição do
enunciador desta tira? De quem é esse tipo de discurso?
f) Podemos dizer que esse texto chama a atenção dos leitores? Por quê?
http://josejamesteixeira.blogspot.com/
23
g) O que se pode notar na sequência dos fatos na tira?
h) Na tira há uma relação de poder estabelecida? Explique.
a) Durante anos, na infância, os pais são infalíveis e quase sempre heróis de
seus filhos. O que acontece quando os filhos ficam mais velhos? O que muda?
Por quê?
b) Em agosto comemoramos o dia dos pais. Essa data, veiculada pela mídia e
pelo comércio em geral, homenageia aquele que, normalmente, é o companheiro
dos filhos em todos os momentos, sanando suas dúvidas e o ajudando a ser uma
a) No último quadrinho, o cômico, isto é, aquilo que faz rir por ser
engraçado, se constrói justamente pela quebra de expectativa produzida na
pergunta do filho ao pai. O leitor, acostumado com tantas perguntas infantis,
pensaria que o pai daria essa resposta ao filho? Provavelmente, qual seria a
resposta?
b) O que produz a comicidade desta tira?
c) Diante de tantas perguntas do filho, o pai se mantém calmo quase imóvel
em sua pescaria. Como parece ser o relacionamento entre os dois?
d) Com a resposta do último quadrinho da tira, o pai justifica que se o filho
não perguntar, nunca aprenderá nada. No momento em que estão ali, o filho
está questionando o pai, portanto deveria estar aprendendo algo. Isso
acontece? Explique por quê.
Reúna-se aos colegas de equipe e responda:
24
pessoa cada vez melhor. Nos nossos dias, isso acontece em todos os lares?
Como está a família em nossa sociedade? Comente.
c) Toda imagem traz em si uma mensagem. Qual é, portanto, a mensagem
que a tirinha está trazendo com relação ao relacionamento entre pais e filhos?
a) Vocativo é um chamamento e sempre vem seguido de algum sinal de
pontuação. Na tira foi usada a vírgula. Que outro sinal de pontuação poderia
substituí-la?
b) Esta tira é cheia de vocativos. No entanto, em uma das falas, a pontuação
não está correta. Qual é? Como você escreveria esta frase empregando
corretamente o vocativo?
c) O vocativo pode vir em que locais da frase? Comprove sua resposta
baseando-se na tira.
d) Transcreva a tira para o discurso direto, fazendo uso da pontuação
adequada.
e) Agora o passe para o discurso indireto.
f) Qual a diferença entre um discurso e outro? Qual tipo de discurso você
prefere? Por quê?
g) Observe este período: “Você perderá o emprego caso chegue atrasado”.
A oração sublinhada impõe uma condição que fará com que o sujeito perca o
emprego. Como já estudamos anteriormente, esta é uma oração subordinada
adverbial condicional. No último quadrinho da tira, aparece uma adverbial
condicional. Qual é essa oração? Em que o uso dessa oração ajuda na
compreensão do texto?
h) Agora, observe este outro período: “A empresa pediu que a mercadoria
fosse entregue”. A oração sublinhada completa o sentido do verbo pediu e não
está ligada a esse verbo por uma preposição – isto é, ela funciona como objeto
25
direto da oração principal - por isso, é chamada de oração subordinada
substantiva objetiva direta. A última fala do menino apresenta uma dificuldade
quanto à oração objetiva direta. Como se apresenta essa dificuldade e como
resolvê-la de acordo com a norma culta?
i) Os pronomes podem substituir um substantivo ou podem acompanhá-lo,
qualificando-o de alguma maneira. Qual é o pronome que aparece na tira e nos
remete à idéia de que os barcos não afundam? Que pronome é esse e por que foi
usado? Como ficaria o enunciado caso o pai não utilizasse esse pronome?
j) Conforme o novo acordo ortográfico, a palavra céu está corretamente
acentuada? Justifique a regra. Que outras palavras você conhece que utilizam a
mesma regra?
E você? Como pensa ser o
relacionamento entre pais e filhos?
Discuta com seus colegas de grupo e
depois, produza individualmente um texto
que traduza esse debate. Pode ser uma
história, um comentário, um texto de
opinião, uma tira, um poema, uma música
ou qualquer outro texto.
26
10 CAPÍTULO CINCO – UNIDADE DOIS – PRODUZINDO TIRAS
Nesta unidade, você vai produzir tiras.
Portanto, no laboratório de informática forme seu grupo de trabalho...
E mãos à obra!
Acesse o programa Writer ou Word e insira a caixa de texto para elaborar as tirinhas.
Lembre-se de observar cada detalhe do texto imagético.
27
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
28
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
Conversa com o chefe
Crie, com seus colegas, uma pequena história a partir da sequência de
desenhos apresentada.
Não se esqueça de observar estas questões durante a criação:
1. Qual é o tema da tira?
2. Quem são os personagens e o que está ocorrendo?
3. O que a fisionomia dos personagens reflete?
4. Está demonstrada uma relação de poder? Qual?
5. Como a sociedade age normalmente nestes casos?
6. Qual é a quebra de sentido que torna a tira engraçada?
7. Qual é o objetivo com esta tira?
8. Qual é o seu público leitor?
29
Vamos para a próxima tira:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
30
Vamos para a última tira deste treino:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&or
derby=titleA&show=10 Acesso em 15/01/2010
Dom Quixote
Caprichem e não se esqueçam das questões durante a criação:
1. Qual é o tema da tira?
2. Quem são os personagens?
3. Você conhece a história deles? O que fazem? Como são conhecidos?
4. O que a fisionomia dos personagens reflete?
5. O que pode estar ocorrendo?
6. Está demonstrada uma relação de poder? Qual?
7. Como a sociedade age normalmente nestes casos?
8. Qual é a quebra de sentido que torna a tira engraçada?
9. Qual é o objetivo com esta tira?
10. Qual é o seu público leitor?
31
Vamos conhecer o editor de Histórias em Quadrinhos da UNICAMP:
O HAGÁQUÊ
Acesse e instale o programa através do site:
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/
Observe todos os recursos disponíveis
Conheça cada ícone
Enfim, teste o programa...
Esta é a hora de mostrar sua criatividade:
Mostre aos colegas o seu trabalho através da TV multimídia.
A preguiça do adolescente
Caprichem e não se esqueçam das questões durante a criação:
1. Qual é o tema da tira?
2. Quem são os personagens?
3. O que a fisionomia dos personagens reflete?
4. O que pode estar ocorrendo?
5. Está demonstrada uma relação de poder? Qual?
6. Como a sociedade age normalmente nestes casos?
7. Qual é a quebra de sentido que torna a tira engraçada?
8. Qual é o objetivo com esta tira?
9. Qual é o seu público leitor?
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/
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VAMOS PRATICAR?
Faça adaptações, crie cenários e personagens para as seguintes tirinhas:
Com sua equipe de trabalho elabore uma tira.
Lembre-se das questões instigativas, da importância do texto imagético e
capriche, pois sua Tira será colocada no
“Jornal do Estadual”
1 - Incrível, Felisbinha!Você vê um cabelo louro na minha
camisa do outro lado da sala e não vê a entrada da garagem com três metros de largura?!
2- - O senhor vai parar de
beber cerveja. Durante um ano só vai beber leite. - Outra vez, doutor?
- O quê?! O senhor já fez esse tratamento?
- Já. Durante os primeiros meses da minha vida...
3-
PROFESSORA: - Bruno, a sua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do seu
irmão. Você copiou? BRUNO: Não, professora. O cão é que é o mesmo.
Esta é a hora de mostrar sua criatividade:
Mostre aos colegas o seu trabalho
através do data show.
BOM TRABALHO!
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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa busca sempre melhorar algo que já está posto, sanar algumas
dúvidas e enfim, alcançar sucesso. Este material didático – caderno pedagógico –
procura incentivar o educando a ler e a produzir mais e melhor. No entanto, sabe-
se que esse objetivo não depende apenas do material, mas também de uma série
de situações que fogem do controle dos educadores: são questões sociais,
psicológicas, afetivas, financeiras, entre outras.
Porém, como eternos perseguidores de uma educação de excelência, cada
professor tem neste caderno um início para seus trabalhos. Ele pode ser utilizado,
ampliado ou diminuído de acordo com os interesses e possibilidades de cada
educador e de acordo com o nível cognitivo de cada educando.
O importante é que este caderno pedagógico seja utilizado e transforme-se
numa ponte entre o educando e a leitura e a produção de textos, desmistificando-
as e fazendo com que o domínio deste gênero – a tira – os leve a também querer
dominar outros gêneros e a alcançar novos e melhores patamares educacionais.
12 REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2ª ed.- São Paulo: Martins Fontes, 1997. _______________. Questões de literatura e de estética. São Paulo: Editora HUCITEC. 1990; FARACO, Carlos Alberto. Linguagens & diálogo: as idéias linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. FIORIN, José Luiz - Introdução ao pensamento de Bakhtin. S. Paulo: Ática, 2008. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-crítica. 3ª. Ed. Campinas: Autores associados, 2005. GERALDI, João Wanderlei. Concepções de Linguagem e o Ensino de Português. In: O texto na sala de aula. Cascavel: Assoeste, 1984. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e textualidade. In:
34
DIONÍSIO, A. P., et all. Gêneros textuais e ensino. 2 ed, Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. McCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. Tradução Hélcio de Carvalho, Marisa do Nascimento Paro. São Paulo: Makron Books, 1995. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
REFERÊNCIAS ONLINE
Acordo ortográfico. Disponível em: http://www.portugues.seed.pr.gov.br/mo dules/conteudo/conteudo.php?conteudo=48. Acesso em 15/01/2010. Acordo ortográfico. Disponível em: http://www.brasilescola.com/acordo-orto grafico/. Acesso em 15/01/2010. Acordo ortográfico. Disponível em: www.academia.org.br. Acesso em 15/01/ 2010. Acordo ortográfico. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/ modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10 Acesso em 03/11/2009. Acordo ortográfico. Disponível em: http://umportugues.com/ Acesso em 24/06/2010. CALIXTO, Márcio. O texto imagético – a leitura a partir de imagens. 27 de outubro de 2009. Disponível em: http://pictorescos.blogspot.com/2009/10/o-texto-imagetico-leitura-partir-de.html. Acesso em 04/01/2010. Dia nacional dos quadrinhos. Disponível em: http://www.Portalsãofrancisco. com.br/alfa/janeiro/30-dia-nacional-dos-quadrinhos.php. Acesso em 11/12/2009
Eduhq. Disponível em: http://www.cbpf.br/~eduhq/index2.html. Acesso em 11/12/ 2009.
FERNANDES, Fábio. Textocentrismo. Disponível em: http://webinsider.uol. com.br/2003/10/30/textocentrismo/. Acesso em 04/01/2010.
FRANCO, Edgar Silveira. HQTRÔNICAS: do suporte papel a rede Internet. 2001. Disponível em http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000236050 acesso em 08/09/2009 Hqs. Disponível em: http://www.legal.adv.br/zine/hq/hq.htm Acesso em 11/12/ 2009.
http://www.brasilescola.com/acordo-orto%20grafico/http://www.brasilescola.com/acordo-orto%20grafico/http://www.academia.org.br/http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/%20modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/%20modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/%20modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=A&min=130&orderby=titleA&show=10http://umportugues.com/http://pictorescos.blogspot.com/2009/10/o-texto-imagetico-leitura-partir-de.htmlhttp://pictorescos.blogspot.com/2009/10/o-texto-imagetico-leitura-partir-de.htmlhttp://www.cbpf.br/~eduhq/index2.html.%20Acesso%20em%2011/12/http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000236050http://www.legal.adv.br/zine/hq/hq.htm
35
LEIA – Laboratório de Educação e Informática Aplicada. HAGÁQUÊ. UNICAMP. Disponível em: http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/. Acesso em 08/11/2009.
TEIXEIRA, José James. Crianças. Disponível em http://josejames teixeira.blogspot. com/. Acesso em 05/10/2009. Texto imagético. Disponível em: blogtextosurbanos.blogspot.com/.../caixa-dagua-velha-na-praia-de-salinas.html. Acesso em: 04/01/2010. TIBURCIO. A tira em quadrinhos. Disponível em: http://www.tiburcio.Loca web. com.br/prev3.htm. Acesso em 11/12/2009. Tira diária. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tira_di%C3%A1ria. Acesso em 11/12/2009. VERGUEIRO, Waldomiro. O Brasil comemora as histórias em quadrinhos... Comemora? 2003. Disponível em: http://www.eca.usp.br/hagaque/nucleousp/ materias_waldomiro_obrasilcomemora.asp. Acesso em 25/02/2010.
http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/http://pt.wikipedia.org/wiki/Tira_di%C3%A1riahttp://www.eca.usp.br/hagaque/nucleousp/%20materias_waldomiro_obrasilcomemora.asphttp://www.eca.usp.br/hagaque/nucleousp/%20materias_waldomiro_obrasilcomemora.asphttp://www.eca.usp.br/hagaque/nucleousp/%20materias_waldomiro_obrasilcomemora.asp
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ANEXO I CAPA DA REVISTA TICO-TICO
PRIMEIRA REVISTA EM QUADRINHOS DO BRASIL
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ANEXO II TIPOS DE BALÃO
FALA PENSAMENTO
GRITO SUSSURRO
ENTRE-CORTADO UNÍSSONO
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ANEXO III ONOMATOPÉIAS
ONOMATOPÉIAS são palavras que imitam sons. Veja algumas delas.
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ANEXO IV ÍCONES
ÍCONES são desenhos que por si só expressam toda uma frase. Veja alguns
ícones:
DÚVIDA
IDÉIA
COMIDA
XINGAMENTO
??
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