O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica 2007
Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA ( OAC )
ÁREA: GEOGRAFIA
PROFESSOR: ADEMILSON FRANCISCO DOS SANTOS
2008
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
Universidade Estadual de MaringáPró-Reitoria de Extensão e Cultura –
Coordenadoria de Apoio à Educação BásicaInternet: www.pec.uem.br - Fone: (044) 3261-3882 - correio eletrônico: [email protected]
OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA ( OAC )
IDENTIFICAÇÃO
ÁREA: GEOGRAFIA
PROFESSOR PDE: ADEMILSON FRANCISCO DOS SANTOS
PROFESSORA ORIENTADORA: SUSANA VOLKMER
MUNICÍPIO DE REALIZAÇÃO: MARINGÁ
NRE: MARINGÁ
MUNICÍPIO DE ATUAÇÃO: LOANDA
NRE DE ATUAÇÃO: LOANDA
TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO:
A DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
TÍTULO:
RECURSOS MINERAIS DO PARANÁ: Litologias associadas a
distribuição Geográfica e importância econômica.
Autor: Ademilsom Francisco dos Santos
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Presidente Afonso Camargo Ensino Fundamental e Médio
Ensino: Médio
Disciplina: Geografia
Conteúdo estruturante: A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
Conteúdo específico: RECURSOS MINERAIS DO PARANÁ: litologias associadas a distribuição geográfica e importância econômica.
Palavras –chave: litologias, minerais, localização,economia.
CHAMADA PARA PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
O Potencial didático dos Recursos Minerais do Paraná como ferramenta para o ensino dos conteúdos de Geografia.
PROBLEMATIZAÇÃO
O foco deste Objeto de Aprendizagem Colaborativa
(OAC) parte do conteúdo de Geologia, considerando-se o
conceito de rochas e de seus minerais constituintes, para
que, a partir dos mesmos, o educando possa estudar os
recursos minerais contextualizando-os com as Litologias do
Estado do Paraná. Além do conhecimento destes recursos
minerais, o aluno deve perceber a importância dos mesmos
na ocupação, na colonização, e no desenvolvimento da
região, em que ocorrem.
Rochas e minerais sempre despertaram o interesse
nos alunos. Partindo deste fato, o presente trabalho
pretende explorar este interesse, propiciando ao discente,
o acesso via ilustrações e amostras (quando possível), aos
recursos minerais referenciando-os às questões de
ocupação do espaço geográfico.
Para tal, pretende-se inicialmente, propor um
nivelamento básico aos professores denominado, Base
Conceitual Introdutória. Ela abrange conhecimentos sobre
as principais rochas ( Ígneas, Metamórficas e
Sedimentares), e seus principais minerais formadores. Em
decorrência das rochas estudadas verificar-se-á os
prinicpais solos associados, ressaltando- se os ocorridos no
Paraná em particular no município a qual o professor
trabalha. As informações do nivelamento básico podem ser
expostas oralmente, de forma sintética, juntamente com a
apresentação de banners auto-explicativos e ilustrativos.
Os banners conterão assuntos tais como a associação de
rochas e minerais, em geral, (incluindo-se os conceitos e
seus processos de formação), a classificação dos minerais
(principais minerais formadores de rochas, argilominerais),
incluindo-se as principais propriedades físicas, e a relação
solos x componentes minerais.
Da Base Conceitual Específica, o professor deve, a
partir das informações obtidas (levantamento bibliográfico
e cartográfico), apreender conceitos elementares sobre
Geologia do estado do Paraná. Conhecidos os principais
grupos de rochas e/as litologias dispostas nos três grandes
compartimentos geomorfológicos do estado, partir-se- á
para o conhecimento dos respectivos recursos minerais
associados.
A apreensão deste conteúdo faz-se por meio de
exploração oral suscinta, acompanhada por ilustração
( banner ou transparência ou powerpoint ) contendo fotos,
figuras, organogramas, visando um melhor aproveitamento
didático-pedagógico. Para tal deve ser apresentado alguns
dos termos e expressões afetos e este tema incluindo-se a
classificação de minerais de interesse econômico. Por fim,
apresenta-se a lista dos recursos minerais do Paraná,
associando-os com a sua ocorrência e qual a sua utilização
( transparências da Mineropar – Sua casa vem da
Mineração e as Principais Ocorrências Minerais do
Paraná ).
Além do tema ser interessante, a forma como o
mesmo será ministrado, deve permitir a inserção do
referido assunto com a ocupação do espaço geográfico, no
seu contexto histórico e cultural.
Este tipo de estudo deve suscitar o interesse para a
preservação e o desenvolvimento sustentável do meio
ambiente, partindo-se da contraposição dos conceitos de
paisagem natural e paisagem antropizada.
O propósito deste trabalho é conscientizar o aluno de
que o conhecimento em si não deve ser fracionado, ou seja,
desconectado da compreensão de outros conhecimentos
correlatos. Esta proposta certamente despertará no aluno,
o maior interesse pelo estudo, propiciando ao seu
professor também uma nova forma de aprender conteúdos
para transmiti-la de forma igualmente diversa, e assim,
despertar maior interesse nos seus interlocutores.
Para viabilizar a apresentação do banner explicativo,
o professor deve ter acesso às técnicas e métodos
disponíveis nas áreas de cartografia e geoprocessamento,
além dos tradicionais recursos áudio-visuais. Para a melhor
compreensão dos conteúdos a serem apreendidos pelos
alunos, é importante explorar os recursos visuais, de tal
modo que o professor deve utilizar de gráficos, tabelas,
quadros explicativos, mapas, e fotografias, associados a
fluxogramas e dendogramas. E para tal propósito é vital ter
acesso aos softwares que viabilizem a construção dessas
diferentes representações gráficas, tais como Corel Draw,
Autocad, Power Point e Impress e outros. Os recursos
áudio-visuais utilizados servirão como referencial técnico
auxiliar para elucidar os conteúdos tratados em sala de
aula.
O tema abordado neste trabalho está inserido na
Dimensão Sócio-Ambiental do Espaço que integra as
Diretrizes Curriculares de Geografia da Rede Pública de
Educação do Estado do Paraná. A proposta didática para o
Ensino Fundamental e Médio, aqui apresentada, se utiliza,
portanto, de uma abordagem multi e interdisciplinar, tendo
como tema-referência os conteúdos da geologia.
Cabe ressaltar que no estudo desses recursos
minerais deve haver lusão aos prováveis recursos minerais
do município ou região onde o professor trabalha.
Como material complementar foi montado uma
coleção e material fotográfico das principais rochas e
minerais, salientando sua diversidade e utilidade, visando
aguçar no aluno, o interesse por estes materiais, de modo
que o mesmo possa estender a sua visão sobre os materiais
litológicos e mineralógicos, e com isto, reforçando o
aprendizado dos principais temas abordados.
INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
Titulo: O que são Recursos Minerais?
O que são recursos minerais e quais são os critérios
qualitativos e quantitativos utilizados para se definir e
explorar um recurso mineral.
Conhecer os principais bens minerais do Estado do
Paraná, de modo que o aluno possa visualizar:
a) a distribuição espacial destes recursos, por tipos de
minerais;
b) a distribuição espacial destes recursos por elementos
químicos explorados.
c) a distribuição de recursos minerais por região.
O objetivo é demonstrar a importância estratégica dos
Recursos Minerais do nosso Estado e a relação destes com
a ocupação e o desenvolvimento sócio-economico de cada
região, proporcionando a concientização dos nossos
discentes sobre a utilização racional e consciente dos
Recursos Minerais do Estado em beneficio de toda a
população Paranaense.
PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
Título: Interdisciplinaridade.
A realização deste Trabalho é instrumentalizar o
educador a utilizar o potencial didático dos Recursos
Minerais do Paraná na abordagem dos conteúdos
geográficos e seu aproveitamento em uma correlação
prática da Geografia Física com a Geografia Humana.
Trata-se de uma tentativa de romper com a dicotomia que
tem tomado conta da Geografia, a divisão em Geografia
Física-Humana, partindo-se do tema dos Recursos
Minerais. Este trabalho tem como proposta idealizadora,
transmitir ao educando, o fato de que o conhecimento não
deve ser fracionado, ou seja, desconectado da
compreensão de outros conhecimentos correlatos. Assim a
partir da presente proposta, este trabalho visa
interrelacionar-se com alguns conteúdos da Química,
Ciências e História. No primeiro caso ( Química), o assunto
está ligado ás formulas químicas dos compostos minerais e
ao uso dos mesmos na indústria. No segundo caso
( Ciências), os recursos minerais, a partir de sua extração,
podem ter relação com o desmatamento, problemas
ambientais, tais como poluição, erosão, extração e
consumo de água, doenças associadas aos procedimentos
de extração dos recursos minerais ( Ex: uso de mercúrio
para extração de Ouro nos sedimentos de fundo de rio),
etc. E em relação à História, o tema estudado pode
abordar a história de ocupação de um determinado local
( cidade, povoado) a partir do interesse para procura de
Recursos Minerais como Ouro, Diamante, Petróleo, Carvão,
etc...
CONTEXTUALIZAÇÃO
Titulo: A Importância dos Recursos Minerais
O tema abordado no presente trabalho está inserido no
conteúdo de geologia do Paraná que é tratado na Geografia
Física. Como há perspectiva interdisciplinar de trabalho, é
possível buscar nos conhecimentos de geologia ( rochas,
minerais e recursos minerais ) a base da interrelação com
outros temas da Geografia Física ( como solos, relevo, a
água), e até mesmo da Geografia humana ( extrativismo,
ocupação do espaço, crescimento da população,
desenvolvimento das cidades ou da região).
A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS MINERAIS
“ Toda a nossa sociedade repousa e depende de nossa
água, nossas terras, nossas florestas e nossos minerais. O
modo pelo qual utilizamos esses recursos influenciam
nossa saúde, segurança, economia e bem-estar.” ( Jonh F.
Kennedy, em “ Mensagem sobre os Recursos Nacionais”;
Congresso, 23 de fevereiro de 1961.)
Os Bens minerais tem importância significativa para a
sociedade, de modo que podemos observar no processo de
evolução histórica da humanidade a utilização das diversas
formas de recursos minerais, eles já foram utilizados para
fazer ferramentas ( facas, machadinhas, pontas de lança,
flecha etc.), na idade da pedra, e posteriormente ao
beneficiamento dos minerais (bronze, ferro) para a
produção de uma infinidade de produtos (lanças, panelas,
armaduras etc.). As civilizações que fizeram uso desses
recursos minerais tiveram dominação armada sobre as
demais. Na sociedade moderna o conhecimento e a
utilização de novos recursos minerais como o carvão
mineral, o petróleo e o urânio, proporciona um maior
desenvolvimento do país e consequentemente uma melhor
qualidade de vida à sua população.
Nenhuma civilização pode prescindir do uso dos bens
minerais quando se pensa em qualidade de vida. Os
recursos minerais detêm a capacidade de alavancar a
economia de uma região, gerando oportunidades de
emprego, renda, desenvolvimento social e econômico e
consequentemente o aumento da qualidade de vida da
população, como também pode ocorrer o inverso, a
extração de um recurso mineral de uma região pode gerar
riqueza para poucos e os dejetos da exploração do recurso
mineral resultar em um significativo prejuízo a qualidade
de vida da população ao redor do local de exploração do
recurso mineral.
Uma pessoa consome direta ou indiretamente
cerca de dez toneladas/ano de produtos do reino mineral,
abrangendo trezentos e cinqüenta espécies minerais
distintas. A construção de uma residência é um exemplo
desta diversidade.
A indústria da mineração disponibiliza para a
sociedade recursos minerais essenciais ao seu
desenvolvimento, sendo a intensidade de aproveitamento
dos recursos um indicador social. Tomando como exemplo
o consumo per capita de agregados para construção civil
(areia+brita), este reflete a real intensidade estrutural de
uma sociedade, pois está associado diretamente às vias de
escoamento de produção, obras de engenharia como
viadutos e pontes, saneamento básico, hospitais, escolas,
moradias, edifícios, energia elétrica e diversos elementos
intrínsecos ao desenvolvimento econômico e social de uma
nação.
Como o crescimento sócio-econômico implica maior
consumo de bens minerais, torna-se importante garantir a
disponibilidade dos recursos demandados pela sociedade.
Existe, portanto, uma relação direta entre desenvolvimento
econômico, qualidade de vida e consumo de bens minerais.
CARTOGRAFIA GEOLÓGICA DO PARANÁ
Na Cartografia Geológica destaca-se que o Paraná
foi um dos primeiros territórios da colônia portuguesa a
ser explorado, sendo pioneiro no desbravamento do
interior do Brasil meridional. A primeira investigação de
cunho geológico data do século XVI, em 1531, quando um
grupo liderado por Pero Lobo atravessou a Serra do Mar
até a região de Curitiba em busca de ouro e pedras
preciosas. O Paraná foi pioneiro na mineração de ouro,
com a exploração regular das minas de Paranaguá a partir
de 1578.
Entretanto , os conhecimentos geológicos só
adquiriram maior consistência no fim do século XVIII e na
primeira metade do século XIX. Em 1875, a Comissão
Geológica do Império do Brasil iniciou pesquisas mais
sistemáticas sobre a geologia paranaense. Nas duas
primeiras décadas do século XIX, foram notáveis as
contribuições á geologia e paleontologia do Paraná, em
1898, os trabalhos de J.V. Siemiradzki traçaram o primeiro
perfil geológico do Paraná.
Em 1953, Reinhard Maack elaborou um mapa
geológico do Paraná, na escala 1:750.000, editado pelo
então Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas –
IBPT. Os trabalhos desenvolvidos pela Petrobrás em 1971,
para prospecção de petróleo e gás, originaram mapas, nas
escalas 1:50.000 e 1:100.000, da porção da Bacia do
Paraná.
Desde 1978, a MINEROPAR vem realizando
levantamentos em escalas regionais e de grande detalhe,
objetivando avaliar e desenvolver o aproveitamento dos
recursos minerais do estado, e , a partir de 1992, vem
elaborando trabalhos de geologia aplicada ao planejamento
territorial e urbano, visando o uso e ocupação racional do
meio físico e a determinação de áreas de risco geológico.
Nos últimos anos, varias outras instituições vêm
desenvolvendo levantamentos geológicos em escala de
1:25.000 até 1: 200.000, com finalidades diversas. Entre
estas, destacam-se: Petrobrás, JICA/MMAJ, Petromisa,
CNEM, CPRM, UFPR, Petrosix, Copel e DNPM.
Em 2006, a MINEROPAR realizou a integração geológica
do Estado do Paraná, publicando trabalho sob título de
Cartas Geológicas do Paraná na escala 1: 250.000
A GEOLOGIA DO ESTADO DO PARANÁ
No Contexto Geológico a geologia atual do estado
do Paraná e seus recursos minerais são resultantes do ciclo
das rochas ao longo da evolução da terra e processos
inerentes a ele, e são representados em diferentes cores no
mapa geológico como unidades litoestratigráficas, isto é,
unidades que representam conjuntos de rochas formadas
em determinados períodos de tempo.
De maneira geral, o mapa geológico paranaense
depara-se com uma compartimentação muito clara. A
região litorânea e o primeiro planalto apresentam rochas
antigas e formam uma espécie de assoalho para a bacia
sedimentar que se depositou a oeste (escudo). O primeiro
Planalto apresenta uma grande diversidade de rochas
metamórficas de médio a baixo grau ( xistos, quartizitos,
mármores e filitos) e granitos de porte variado, são rochas
antigas e já destruídas pela erosão, e parte das rochas
erodidas foram transportadas para oeste, preenchendo
uma enorme depressão alongada com área de 1.400.000
KM2, onde se acumulou um pacote de sedimentos com até
6km de espessura. Esta enorme estrutura é conhecida
como Bacia do Paraná e, na geografia do território
paranaense, corresponde aos Segundo e Terceiro
Planaltos.
O Paraná possui cerca de 200.000 Km2 de território e pode
ser subdividido do ponto de vista geológico e de vocação
mineral em quatro compartimentos.
Compartimento I – Embasamento – É composto pelas
rochas do embasamento da Bacia do Paraná que
geograficamente corresponde ao Litoral e ao Primeiro
Planalto. É representado por uma ampla diversidade de
ambiente e tipos de rochas que ocupam cerca de 10% do
território paranaense – 21.000 Km2, onde se concentra
praticamente toda a atividade mineral do Estado, com
exceção dos energéticos.
Compartimento II – representado pelos grupos Passa
Dois , Guatá, Itararé e Paraná - Ocupa cerca de 25% do
território paranaense onde afloram as rochas sedimentares
da Bacia do Paraná, porção esta que se constitui de uma
faixa média de 130 Km e que corta o Estado de norte e sul.
Este compartimento geológico do estado é o principal
produtor de insumos energéticos.
Compartimento III – Grupo São Bento - Ocupa mais da
metade do território paranaense – 53% - e é representado
pelos derrames basálticos do imenso vulcanismo fissural
continental ocorrido no período Jurássico/Triássico e que
possibilitou o desenvolvimento de um solo de excelente
qualidade.
Compartimento IV – Arenito Caiuá – Cerca de 12% do
território paranaense – 23.500Km2 - É representado por
rochas formadas em ambientes fluvial e desértico,
predominando os arenitos, seguidos de siltitos e argilitos
que apresentam baixo potencial mineral.
Com estas informações tem-se a base do
conhecimento geológico necessário para compreender a
distribuição e gênese dos recursos minerais em suas
respectivas rochas-fonte. A partir daí utilizando-se da
cartografia localizar a distribuição geográfica dos Recursos
Minerais do Paraná.
SÍTIOS
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUTOS MINERAIS
http://www.dnpm.gov.br Acesso em Dezembro de 2007.
Site do Departamento Nacional de Produção Mineral –
orgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Neste site pode-se acessar os ícones que trazem
informações sobre a Instituição, assuntos de interesse do
minerador, Atos publicados, Legislação Mineral, Economia
Mineral, Estatísticas, Arrecadação e também proporciona
retirada de uma série de documentos de interesse do
minerador.
MINEROPAR – MINERAIS DO PARANÁ S/A.
http://www.mineropar.pr.gov.br acesso em Dezembro de
2007.
Site da Mineropar – Minerais do Paraná, empresa de
economia mista, vinculada a Secretaria de Estado da
Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (SEIM).
No site encontra-se assuntos relacionado a Instituição,
Serviço Geológico, Economia Mineral, Geologia na
Educação e Atendimento ao Público.
Este site traz informações com relação aos Recursos
Minerais no Estado do Paraná, alem de diversos mapas da
geologia do estado, sendo um desses interativo.
MUSEU DE MINERAIS E ROCHAS HEINZ EBERT
http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/index acesso em
Dezembro de 2007.
Site que traz informações sobre o museu, com fotos e
descrições dos minerais do grupo dos arseniatos,
carbonatos, fosfatos, óxidos, vanadatos etc.
Ótimo site que traz informações sobre os tipos de
rochas (magmáticas, sedmentares e metamorficas) alem de
fotos e descrições dos minerais, com suas composições
químicas, utilização, ocorrência na natureza e outras
informações.
SONS e VÍDEOS
VÍDEO: O NÚCLEO – MISSÃO AO CENTRO DA TERRA.
DIREÇÃO: DISCOVERY CHANNEL
DURAÇÃO: 02:20
LOCAL DE PUBLICAÇÃO: ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA
ANO: 2003
Comentário:
Filme de ficção científica que relaciona as partes do
interior do planeta Terra até chegar ao magma.
Sinopse:
Por razões desconhecidas, o núcleo da Terra parou de
girar e o campo eletromagnético do planeta começa a se
deteriorar rapidamente. A vida em todo o globo muda
dramaticamente. Em Boston, 32 pessoas com marca-
passos, todas numa área de dez quarteirões, morrem
inesperadamente. Em São Francisco, a ponte Golden Gate
cai, matando centenas de pessoas. Na praça Trafalgar, em
Londres, bandos de pombos perdem a noção de navegação
e se jogam contra os transeuntes e contra os pára-brisas
dos carros fazendo com que os motoristas percam o
controle dos veículos. Em Roma, milhares de turistas
observam uma supertempestade elétrica transformar em
pó o Coliseu. Tentando solucionar a crise, membros do
governo e das forças armadas dos Estados Unidos
convocam o geofísico Josh Keyes e uma equipe dos mais
talentosos cientistas do mundo para fazerem uma viagem
ao núcleo da Terra numa nave especial pilotada pelos
“terranautas” major Rebecca “Beck” Childs e o
comandannte Robert Iverson. A missão deles é detonar
uma bomba nuclear para reativar o núcleo — e salvar o
mundo da destruição.
VÍDEO: SED - "INVASION GOTA A GOTA" - ( SEDE,
INVASÃO GOTA A GOTA).
DIREÇÃO: MAUSI MARTINEZ
DURAÇÃO: 00:24
LOCAL DE PUBLICAÇÃO: ARGENTINA
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2004
Comentário:
Documentário que pauta sua narrativa no Aqüífero Guarani
- maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta.
O Aqüífero Guarani tem cerca de 1,2 milhão de km², sendo
840.000 Km² no centro-sudoeste do Brasil (Estados do
Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), 255.000 Km²
no nordeste da Argentina, 58.500 Km² no noroeste do
Uruguai e 58.500 Km² no sudeste do Paraguai. Em solo
brasileiro está 70% deste tesouro natural que pode
fornecer água potável ao mundo por duzentos anos.
Anotem: no futuro o vídeo será levado mais a sério.
Sinopse
Retrata o interesse dos EUA na região da Tríplice
Fronteira, devido a riquesa escondida no subterraneo: o
aqüífero Guarani. “Sed, Invasión Gota a Gota” denuncia o
acordo entre os governos do Paraguai e dos EUA. No
documento os soldados estadunidenses têm imunidade em
operações locais. Enquanto Argentina e Uruguai discutem
fábricas, o Paraguai têm uma base militar dos EUA a
apenas 200 km da Argentina e 300 km do Brasil.
VÍDEO: ROCHAS
DIREÇÃO: MEC
PRODUTORA: TV ESCOLA
DURAÇÃO: 00:19
LOCAL DE PUBLICAÇÃO: BRASIL
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2003
Comentário:
O vídeo é um reforço visual de parte do conteúdo explicado
através do Primeiro Banner.
SINOPSE
Este filme pertence a uma série de três filmes
intitulado “Materiais e suas propriedades”, abordam
transformações que ocorrem no planeta, sob diferentes
aspectos. Os programas versam sobre ferrugem, fogo e
rochas.
O programa Rochas pode ser utilizado para demonstrar os
fenômenos de transformação, não necessariamente
químicos, mas também físicos, sem que haja alteração da
estrutura da matéria: erosão, resfriamento etc. na verdade
o vídeo trata apenas de algumas características das rochas,
tais como formação e classificação.
IMAGENS
Powerpoint com foto das rochas obtidas no
laboratório de mineralogia do Departamento de Geografia
da UEM e Wikipédia de domínio público, para ser utilizado
na Tv pendrive.
PROPOSTA DE ATIVIDADES
Tìtulo: Os Recursos Minerais do Paraná
Tendo em vista o propósito OAC, com vistas ao
entendimento da importância dos recursos minerais do
estado no crescimento e desenvolvimento do mesmo, é
necessário, para o aluno do ensino básico, visualizar o
tema (recurso mineral) a partir de diferentes cartogramas
e outras formas de representação gráfica. Por meio de
fluxogramas e organogramas é possível estabelecer as
relação inter e intradisciplinares previstas no trabalho.
Esta forma de proposição permitirá ao educador e
consequentemente ao seu educando, apreender os
conteúdos de uma forma mais acessível e integradora.
Tendo como base:
1 – Principais Rochas , seus Minerais formadores e solos
associados.
2 – Principais rochas e seus minerais do estado do Paraná.
3 – Recursos Minerais no Paraná.
Uma vez construídos os recursos visuais, partir dos
mesmos para o estabelecimento da sua relação com os
problemas, econômicos, sociais, ambientais dos municípios
ou da regiões, por eles afetas.
Materiais Didáticos-Pedagógicos Elaborados
O material didático-pedagógico necessário ao
desenvolvimento do trabalho enfocando a importância dos
recursos minerais, envolve a produção de:
1 - Banner auto explicativo com conteúdo e ilustrações das
principais rochas do globo, seus minerais formadores e
argilominerais mais importantes associados. ( recurso
visual). O Professor através de transparências ensina os
conceitos fundamentais ( Mineralogia,Mineral,
Polimorfismo, Mineralóide, Cristal, Argilo Minerais,
Mineral de Minério, Ganga, Minério, Mineral Industrial,
Recursos Minerais, Jazida Mineral), e a divisão dos
Recursos Minerais do Paraná em: Não Metálico, Metálicos
e Energéticos. Como sugestão de trabalho deste banner,
deve-se usar a caixa de rochas e minerais do Projeto
Geologia na Escola para os alunos trabalharem com o
concreto e visualizar as diferenças. Reforçando a
aprendizagem deste banner os alunos podem utilizar
reproduções da transparência Rochas e Minerais do
Paraná da Mineropar para que o educando possa utiliza-lo
para consulta, o professor entrega um mapa das
mesorregiões do Paraná e pede para os alunos para
indicarem a distribuição dos recuros minerais do estado
por região, ele terá que fazer uma leitura ponto a ponto o
que contribuirá para que o mesmo memorize a localização
espacial das rochas e minerais em nosso estado.
Trabalhar:
· Filme da TV Escola: “Rochas”, em 19 minutos
conceitua a formação dos três tipos de rochas;
· Recursos minerais do Paraná (site Mineropar);
· Montar com os alunos o Ciclo das Rochas.
2 - Banner relacionando os problemas ambientais de
exploração das rochas e relacionando rochas e solo com
enfoque ao município que o professor trabalha ( recurso
visual). O professor que for usar esta proposta deve mudar
para o município de vivência dos alunos. Para fundamentar
este banner temático fez-se o uso do “Mapa do Paraná –
Solos e Usos do Solo”. Os alunos podem montar uma aula
multimídia (power point) formada com fotos aéreas do
programa google earth e com fotos tiradas por eles dos
diferentes tipos de solo e o uso do solo urbano e rural,
destacando os principais problemas ambientais
conseqüentes desta exploração dos diversos usos do solo.
Como complemento deste banner orienta-se o uso do
Projeto de Extensão Universitária com o título “Solo na
Escola” coordenado pelo Departamento de Solos e
Engenharia Agrícola (www.dsea.ufpr.br) da Universidade
Federal do Paraná (www.ufpr.br), cujo objetivo é a
conscientização de que o solo é um componente do
ambiente natural que deve ser conhecido e preservado
tendo em vista sua importância para a manutenção do
ecossistema terrestre e sobrevivência dos organismos que
dele dependem
3 - Banner contendo os Recursos Minerais do Paraná, e as
utilidades domésticas e industriais destes recursos
minerais. ( Mapas da Mineropar), o professor mostra aos
alunos o quanto os recursos minerais estão a nossa volta e
como são importantes para a nossa sobrevivência.
4 – Mapa das mesorregiões geográficas do Paraná, para
iserção de atividade em sala de aula dos recursos minerais,
visando a avaliação da distribuição geográfica dos mesmos
e a concentração dos minerais por região como citada
acima.
– Mapa do estado do Paraná com os quatro
compartimentos geológicos e os três compartimentos
geomorfológicos, para inserção de atividade em sala de
aula visando a avaliação da distribuição dos recursos
minerais nos mesmos.
5 – Construção de caixas de perfil de solo contendo solos
de Loanda (latossolo vermelho), indicando os diferentes
horizontes do mesmo , para avaliação do processo de
intemperismo.
6 – Províncias de ocorrências minerais do Paraná
( organizado pelo autor), tendo como material de
referência as transparências produzidas pela Mineropar.
7 – Power point sobre os recursos Minerais do Paraná que
serão estudados, para que os educandos possam visualizar
as rochas através da Tv pendrive.
8 – Organograma de correlações dos Recursos Minerais.
a - a colonização e o desenvolvimento das cidades em
função do extrativismo
b – os recursos minerais x desenvolvimento regional
c - paisagem natural x paisagem antropizada
Antes da exploração mineral depois da exploração mineral
As atividades deste OAC são individuais, sendo a
avaliação fracionada, o professor atribui um valor para
cada atividade realizada e utiliza a melhor maneira de
avaliar os educandos ( atividades escritas, sintese de
textos,apresentações orais etc.), ou seja, para cada turma o
professor utiliza uma técnica que tenha maior dominio
para que a proposta de trabalho obtenha o exito que é
transmitir conhecimentos científicos com o objetivo de
formar um cidadão que conheça o mundo a sua volta e
possa atuar sobre a realidade.
SUGESTÃO DE LEITURA
CADERNOS PEDAGÓGICOS - SERIE GEOLOGIA NA ESCOLA
Uma importante fonte de conhecimento sobre os
recursos minerais é a Série Geologia na Escola, uma
coleção com seis cadernos que fazem parte do Kit
mineralógico, contendo amostras de rochas e
transparências, que foram entregues nas escolas públicas
do Paraná, uma parceria entre a Mineropar e a Caixa
Econômica Federal que muito podem contribuir para a
ampliação dos conhecimentos dos professores e alunos..
Os cadernos trazem noções no campo da geologia que
servem de material didático auxiliar no ensino desta
matéria, traz também informações sobre a geologia do
Estado do Paraná e suas potencialidades minerais.
A publicação deste material mostra uma versão
simplificada e de fácil entendimento das ciências da Terra,
o processo de criação do nosso planeta, sua constituição,
dinâmica interna e externa, bem como os diferentes tipos
de rochas e minerais, até o aproveitamento desses
recursos e sua aplicações industriais.
LIVRO MINAS DO PARANÁ
MINEROPAR – Minerais do Paraná S.A.
AUTOR: Antonio Liccardo e Luis Tadeu Cava
Minas do Paraná, Curitiba, 2006. 165p.
O livro inicia falando da época das Capitanias
Hereditárias onde a região do atual estado do Paraná
localizava-se na capitania de São Vicente, que pertencia ao
donatário Martín Afonso de Souza e nela surgiram, ao
final do século XVI, as primeiras noticias sobre extração de
minerais, relacionados a descoberta de ouro na região do
atual estado do Paraná, e foi as lavras de ouro que deram
origem as primeiras povoações em Paranaguá e Curitiba.
Até fins do século XVII a produção de ouro aluvionar
era de grande importância e só veio a decair com a
descoberta de ouro e diamante em Minas Gerais.
O livro é riquíssimo em ilustrações sobre o trabalho
de exploração do ouro, diamantes e vários outros recursos
minerais, bem como fotografias, sendo as mesmas do
arquivo da MINEROPAR, como também de arquivos de
pessoas particulares que cederam as fotografias para
publicação no livro. Também destaca-se a Cartografia
Geológica descrevendo todo o processo de evolução do
conhecimento geomorfológico e geológico do estado do
Paraná.
O livro termina com uma análise sobre o fato da
atividade de mineração estar estreitamente vinculada aos
irreversíveis processos de urbanização e industrialização, e
evidentemente que as tendências apontam para um
crescimento, mesmo que não linear deste setor. Como os
recursos minerais são necessários, e em proporções cada
vez maiores, é preciso chegar a um compromisso de
impacto ambiental aceitável e recuperável, com aplicação
de pesquisa e conhecimento. Este compromisso exige que
os efeitos do impacto sejam controlados, controláveis e
reversíveis, na escala humana de espaço e de tempo.
É preciso esforços conjuntos e consciência comum
para que a extração mineral possa se tornar compatível
com o desenvolvimento sustentável.
DESTAQUES
TRADIÇÕES, MITOS E LENDAS SOBRE OS MINERAIS
Ao pensar nos minerais em termos de sua aplicação
na indústria moderna e pela ciência, esquecemos que, no
passado, eram tidos como substâncias dotadas de
propriedades mágicas, místicas e medicinais. Algumas
dessas crenças são surpreendentemente corretas, outras
apenas bizarras.
O futuro previsto no quartzo
Durante milhares de ano as pessoas inventaram histórias
extraordinárias a respeito dos minerais e das pedras
preciosas. Daí o grande número de tradições que envolvem
a mágica, a astrologia, a alquimia e simbolismos religiosos.
O Santo Graal, da Última Ceia de Cristo, segundo se dizia,
era uma taça de esmeralda. A bola de cristal na qual os
videntes previam o futuro era feita de quartzo. Segundo
crenças antigas, certos minerais tornavam imunes a
envenenamentos quem os possuísse. Acreditava-se que
algumas gemas acalmavam febres, curavam ressaca e
tornavam oe guerreiros invencíveis. Os alquimistas
afirmavam que podiam transformar metais comuns em
ouro ou prata.
Propriedades de cura
Em tempos idos, acreditava-se que os minerais e as gemas
tivessem propriedades de cura tão benéficas e eficazes
quanto as plantas. Em alguns casos, a evidência científica
apoia a teoria: o sal de Epsom ou sal amargo, por exemplo,
de fato alivia o sistema digestivo. Mas outras idéias
antigas, tais como engolir ametista moída para evitar
ressaca, não passam de histórias da carochinha, e
provavelmente provocaram mais danos físicos do que
cabeças desanuviadas.
Da mesma forma , é altamente improvável que a ágata
moída, ingerida junto com vinho, fosse capaz de curar
ferimentos expostos, ou que as safiras, misturadas ao leite,
conseguissem a acalmar cólicas intestinais.
Talismãs e amuletos
As gemas têm sido usadas como talismã e amuletos desde
o princípio da história do homem. Eram objetos
supostamente dotados de poderes sobrenaturais ou
mágicos – principalmente com o poder de evitar o mal ou o
infortúnio.
De início entoavam-se fórmulas cabalísticas em torno de
talismãs e amuletos para investi-los de poderes mágicos,
mas as civilizações posteriores começaram a inscrever
essas fórmulas mágicas nos próprios amuletos e talismãs.
NOTICIAS
DEPUTADOS APROVAM NOVAS NORMAS PARA GARRAFÕES DE ÁGUA MINERAL
A Assembléia Legislativa aprovou nesta segunda-feira
(26 de novembro de 2007), em terceira discussão, o projeto
de lei do deputado Alexandre Curi (PMDB) que cria novas
normas para os vasilhames plásticos utilizados no
envasamento de água mineral no Paraná. O projeto
determina que os garrafões devem ser tampados com
sistemas de vedação que impeçam o vazamento da água e
sua possível contaminação. Os vasilhames ainda terão de
apresentar, no fundo, a data de fabricação e o tempo de
vida útil, que não pode ultrapassar os três anos.
A reutilização de embalagens só será permitida para
vasilhames com capacidade superior a cinco litros. O
projeto estabelece ainda o prazo de um ano para os
fabricantes de garrafões se adequarem às novas normas. Já
as empresas de água mineral terão três anos para a
substituição de todos os vasilhames em circulação no
mercado pelos novos produtos. Em caso de
descumprimento das obrigações, as empresas podem ser
punidas com com advertências ou multa de R$ 2 mil por
infração. A proposta segue agora para sanção do
governador Roberto Requião (PMDB).
Fonte: www.portal.rpc.com.br/gazeta do povo/parana/conteudo.phtml?id=16595 - 29 K. Acesso em 11/12/2007.
Comentário
O professor pode utilizar esta reportagem para
demonstrar que a água é um recurso mineral, que existem
várias empresas em todo o estado que explora este
recurso, e que estão sujeitas a regulamentação, como esta
lei que quer evitar a contaminação da água dentro dos
galões, e que a água envazada tem um prazo de validade
que garante a qualidade do produto.
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL E HUMANA POR
CHUMBO NO VALE DO RIBEIRA
Autor: Bernardino Ribeiro Figueiredo
É bem conhecido que a produção e o aproveitamento
inadequados dos recursos minerais podem ocasionar danos
ambientais duradouros e efeitos adversos à saúde dos
trabalhadores das minas e das populações residentes. Ao
longo do século passado ocorreu importante atividade de
mineração e refino de chumbo, zinco e prata no Alto Vale
do Ribeira (SP-PR). Os impactos dessa atividade na
qualidade das águas e sedimentos da bacia do Ribeira já
foram descritos em vários estudos nas últimas décadas.
Transcorridos dez anos desde que a refinaria de metal,
Plumbum (Adrianópolis, PR), encerrou as suas atividades e
as últimas minas de chumbo foram fechadas, permanecem
o passivo ambiental que foi deixado para trás e os riscos a
que ainda estão sujeitas as populações locais.
O desafio de avaliar cientificamente esses riscos ensejou a
realização de uma abrangente pesquisa sobre a exposição
humana ao chumbo nos municípios do Alto e Médio Vale,
Adrianópolis, Ribeira, Iporanga, Eldorado e também na
cidade de Cerro Azul (PR). Esta última, por estar localizada
fora da região de mineração, foi escolhida como área de
controle. Essa pesquisa envolveu a participação voluntária
de 472 crianças (7-14 anos) e 523 adultos (15-70 anos) e
foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética da
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Os resultados
comprovaram que subsistem problemas na região, entre os
mais preocupantes, a convivência de certos grupos
populacionais com áreas contaminadas, o que sugere a
necessidade de ações de intervenção ambiental e a
realização de campanhas de monitoramento humano
periódicas.
Comentário
Esta é uma parte da reportagem que mostra um grave
problema ambiental e de saúde que afeta o ser humano,
que está ocorrendo no Município de Adrianópolis – PR,
devido a mineração de chumbo, o professor pode acessar
ao site e ler a reportagem na integra para compreender
melhor a gravidade da situação. O texto serve como
subsidio para o professor trabalhar a importância do uso
racional dos recursos minerais, e mostrar que casos de
mineração irresponsáveis como a que ocorreu em
Adrianópolis não podem ser mais admitidos em nosso
Estado.
Fonte: http://www.conciencia.br/reportagens/2005/11/09.shtm. Acesso em Dezembro de 2007.
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