OS RUMOS DA EXPANSÃO
PORTUGUESAO infante Dom Henrique, filho de D. João I e Mestre da Ordem de Cristo (a antiga Ordem dos Templários), foi o grande impulsionador da expansão portuguesa.
Outro retrato do infante D. Henrique (supõe-se que
seja…) e a Cruz da Ordem de Cristo, ostentada
nos navios dos descobrimentos
A expansão portuguesa tomou
dois rumos:
A guerra: conquista de terras no Norte de África
As viagens de descobrimento de novas terras
Rumo 1 - A guerra de conquista:
Ceuta, 1415,
início da Expansão Portuguesa
Conquista fácil, insucesso
económico
Razões para a conquista de
Ceuta
1) Aceder a um mercado rico em ouro, especiarias e outros produtos valiosos.
Ceuta era um ponto estratégico na passagem do Mediterrâneo para o Atlântico e uma base de pirataria muçulmana.
Ceuta era um importante entreposto comercial, onde chegavam especiarias do Oriente, ouro, escravos e havia notícias que Ceuta era uma grande região produtora de cereais.
A conquista de Ceuta foi um importante feito militar, que prestigiou D. João I e os seus filhos, que aí foram armados cavaleiros.
Vantagens
– Foram sobretudo simbólicas (derrota dos muçulmanos) e estratégicas (controlo de um ponto estratégico).
Desvantagens económicas da
conquista de Ceuta
Os muçulmanos atacavam a cidade com frequência.
Os portugueses eram obrigados, por isso, a manter uma forte guarnição militar (e a ter mais despesas).
Os muçulmanos desviaram as rotas de comércio da cidade.
Ceuta tinha de ser abastecida com produtos portugueses (o que aumentava as despesas).
Rumo 2 - Viagens de
descobrimento das ilhas
atlânticas:
Redescoberta da Madeira (1419-20)
Descoberta dos Açores (1427)
As ilhas pertenciam ao Infante D. Henrique,
mas este entregou a tarefa de as colonizar a
membros da pequena nobreza
Eram os capitães-donatários, que tinham como funções:
Distribuir as terras pelos colonos.
Cobrar rendas e impostos.
Administrar a justiça (excepto no caso de crimes mais graves, como os que implicavam a pena de morte).
A passagem do Cabo Bojador permitiu:
1) Pôr fim a alguns mitos e lendas aterradoras sobre “monstros” e “povos estranhos”.
2) Dar acesso ao ouro e outras riquezas africanas, que se encontravam em lugares da costa, mais a sul.
Dica: se tiveres o programa GoogleEarth, escreve Bujador no local de busca. Irás ter ao lugar da moderna cidade com o mesmo nome. “Aproxima-te” o mais que puderes, procura a linha de costa e observa a fotografia aérea do mar, em frente do cabo e um pouco mais para sul. Notas os remoinhos na água, com uma cor mais clara? São as correntes e os baixios que tanto atrapalharam as primeiras tentativas para passar esse cabo, há mais de 500 anos.
Até à sua morte, em 1460, o Infante D. Henrique
teve o controlo das viagens de exploração,
atingindo-se a Serra Leoa.
Conquistas no Norte de África
Alcácer Ceguer (1458)
Arzila, Tânger e Larache (1471)
Ao lado: conquista de Tânger, pormenor de uma tapeçaria comemorativa.
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