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GRAFITE: PRIMEIROS PASSOS
Eu grafito, logo existo!
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Proposta
Pensar o grafite a partir de sua relao com o espao
e, em seguida, observar as intervenes sociais,culturais e polticas desses artistas e seusresultados
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" partir dos anos s, temos uma s#rie deintervenes no espao urbano $ue buscavam
romper com os espaos tradicionaisromper com os espaos tradicionais, onde at# entose expun%am as obras de arte
&u mel%or, buscavam romper com a percepobuscavam romper com a percepotradicional sobre o espaotradicional sobre o espao
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'useus
(uptura com museus e galerias, na busca de novos
territ)rios urbanos para reali*ao de suas atividades
E, assim, romper com a concepo tradicional deromper com a concepo tradicional de
espao priviliegiado de exposio, com a pr)priaespao priviliegiado de exposio, com a pr)priaconcepo tradicional de arte e de imagemconcepo tradicional de arte e de imagem+valori*ada+valori*ada
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-ransformaes
Essas mudanas geraram novas interrogaesnovas interrogaes em
suas aes artsticasaes artsticas, transformando as concepesconcepesem relao ao espao, local e lugarem relao ao espao, local e lugar e,fundamentalmente, ampliaram as interfer.ncias noespao urbano
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/magem aur0tica
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"ura
e acordo com 2alter 3en4amin, a aura consiste emuma s#rie de elementos $ue conferem autenticidadeautenticidade5 obra de arte +# originaloriginal, unicidadeunicidade, car0tercar0ter
testemun%altestemun%al tanto de uma #poca $uanto da pr)priapassagem do tempo6" aura confere, portanto, um valor 7nico evalor 7nico e
inimagin0vel a uma obra de arteinimagin0vel a uma obra de arte
&bras expostas em ambientes fec%ados, $uase&bras expostas em ambientes fec%ados, $uasesempre religiosossempre religiosos
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(eproduo
8om as novas tecnologias, especialmente afotografia, as obras perdem sua aura e soreprodu*idas em massa de forma $ue a c)pia tende a
substituir o original8omo conse$u.ncia, as imagens saem destes espaosprivilegiados +catedrais e tomam as ruas, as casas, oespao p7blico portanto, na verdade, se pensarmosse pensarmos
com 3en4amin, o processo de ruptura com os espaoscom 3en4amin, o processo de ruptura com os espaostradicionais de exposio comea 40 com o adventotradicionais de exposio comea 40 com o adventoda cultura de massada cultura de massa
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ubverso do espao
Primeiras manifestaes ocorrem em locaisconsiderados :proibidos;6
Espao deixa de ser monopoli*ado por umaconcepo semi)tica basicamente econcomercial, subversiva, disruptiva
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8aractersticas
e aproxima da ?and "rt, essa forma de arte $ue fa*
do seu territ)rio a pr)pria mat#ria $ue ser0artisticamente trabal%ada
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Escultura
Esse processo de ruptura, naturalmente, pode serobservado desde o s#culo @/@, como # o caso da
escultura $ue passa a ser criada a partir dos maisvariados tipos de materiais, $ue substituem om0rmore e o bron*e
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Aovos materiais
Aovos materiaisAovos materiais so introdu*idos na criao artstica
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Aovo materiaB novos di0logos
" utili*ao dessas outras mat#rias fa* com $ue osartistas abandonem as formas rgidas e est0ticas de
t#cnicas tradicionais, para dialogar com o informe, omale0vel e com novas t#cnicas
Aovo di0logo com a mat#ria, com o estilo e com oAovo di0logo com a mat#ria, com o estilo e com o
pr)prio espao ver o grafite na sua relao compr)prio espao ver o grafite na sua relao comtodas essas transformaes na concepo de arte etodas essas transformaes na concepo de arte eimagemimagem
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C ineg0vel, a d#cada de conferiu oxig.nio poltico
e est#tico 5s obras de arte, redefinindo o estatuto daarte e possibilitando, entre outras coisas, o seudi0logo com o informe, com novos materiais e suac%egada ao espao p7blico
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'udana de estatuto
" obra de arte deixa de ser concebida como imortal,aut.ntica e transcendendo a %ist)ria +auraD a arte #
ef.mera e se transforma ao longo da passagem dotempo e pode ser reprodu*ida
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?ugar e ?ocalB sentidos do espao
" partir da utili*ao de espaos no convencionaispelos artistas, os termos lugar e local ad$uiremnovos significados e conceituaes na artecontempor=nea
?ugar definio mais impessoal e geogr0ficaD
?ocal espao 40 %umani*ado, com suas narrativas eespao 40 %umani*ado, com suas narrativas e%ist)rias pr)prias%ist)rias pr)prias6
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Frafite cria locais
Portanto, as diferenas entre :lugar; e :local;marcam diferentes relaes nossas com o espaoD
&ra, grande parte do esforo de interveno, geradopelo grafite, consiste em fa*er com $ue o :lugar;+impessoal se transforme em :local; +sede de
identificaes, afetos e %ist)rias
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"feto
Gma das dimenses %umanas mais surpreendentes
do grafite # a construo de laos de afeto com oespao pblico
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/dentificao e afeto
" imagem do grafite cria, assim, signos deidentificaoidentificao, isto #, $ue permitem com $ue o su4eito
se identifi$ue com as marcas do localmarcas do local6 &ra, essaidentificao possibilita o lao fundamental de afetolao fundamental de afetoentre su4eito e cidade
Em $uestoB vencer o frio, o in)spito, o impessoal dolugar
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Ernest Hac%arevic > murais
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&s pr)ximos tr.s grafites so de Ieit% Jaring
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?ocalB mem)ria e afeto
& local permite com $ue ao lugar, :some>se um
conte7do da mem)ria $ue fa* do lugar umaconte7do da mem)ria $ue fa* do lugar umamultiplicidade de locaismultiplicidade de locais; +3"((&, 199K>996 p6LL6
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/maginao
& espao, ento, antes de ser %umani*ado, #indiferenciado, ou se4a, # entendido como um lugar
:ainda no tocado pela imaginao, mat#ria prima daimaginao, mat#ria prima dacriaocriao; +/E', p6LM6 E, a arte, ao propor outraspossibilidades de percepo atrav#s dos sentidos,oportuni*a a individuali*ao dos lugares, dos locais
e dos espaos6
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"ncestrais
Para 8elso Fita%N +1999, a manifestao mais antigado grafite pode ser detectada nas pinturas rupestrespinturas rupestres,
seguida dos %ier)glifos egpcios%ier)glifos egpcios, $ue misturamtextos e imagens, passando pelos primeiros cristosprimeiros cristosromanosromanos, com seus smbolos inscritos emcatacumbas, em cu4o local reuniam>se secretamente6
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8rtica, ironia e aus.ncia de consumo
ua nature*a # ef.meranature*a # ef.mera, abordando temastemas desde acrtica social, poltica e econse acessvel para op7blico transeunte6 "o mesmo tempo, # incorporadopelos espaos de instituies culturais, museus e
galerias de arte6
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Pic%aes
Esse processo de incorporao encontra mais
barreiras entre os pic%adores
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Protesto
Por outro lado, as pic%aes nos espaos p7blicospertencem a outro grupo de artistas de rua, cu4o
intuito # interferir em muros, monumentos efac%adas ar$uitet
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&rigem
" origem da pic%ao pode ser atribuda aosxingamentos, carta*es eleitorais, an7ncios e poesias
$ue foram encontradas em paredes da cidade dePompeia, ou mesmo na /dade '#dia, no perodo dain$uisio, $uando os padres pic%avam com betumeas paredes dos conventos de ordens $ue no l%es
eram simp0ticos
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Palavra @ Palavra e /magem
" pic%ao # produ*ida de uma forma espont=nea egratuita, utili*ando a palavra e a letrapalavra e a letra como meio de
expresso, diferenciando>se do grafite, $ue utili*aprocedimentos do desen%o, da gravura +est.ncil edesen%o, da gravura +est.ncil eda pinturada pintura
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Fraffit e Pop "rt
Embora os artistas grafiteiros manifestem com totalliberdade em relao 5s imagens $ue pintam sobre osespaos urbanos, tamb#m so influenciados pela pop art6Esse movimento artstico utili*ava elementos da
iconografia da cultura de massa, operando com signosest#ticos massificados das ilustraes, dos $uadrin%os, docinema e da publicidade, usando materiais noconvencionais como a tinta acrlica, l0tex, poli#ster, aserigrafia, o est.ncil, cores intensas, reprodu*indo emob4etos do cotidiano em dimenses maiores6
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Aesse sentido, a crtica ir
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8arlo 'atuQ
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3ansQN
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ib d fi i
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-ribo dos grafiteiros
entro deste contexto, ao adentrarmos no mundodos grafiteiros percebemos $ue estes possuem aindaoutras caractersticas importantes como os signospr)prios, a linguagem +gria, a m7sica +%ip %op, o
esporteR%obbN +sQate e suas roupas +grunge,manifestando assim a ideologia de vida, arte econ%ecimento de uma parcela da sociedadereprimida pela cultura dominante6 & grafite possuiuma assinatura do autorRartista grafiteiro $ue sec%ama tag e $uando grupo, se c%ama creSs
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?etters
Ao podemos nos es$uecer das letras estili*adas,c%amadas de letters, $ue possuem v0rios estilos,cores, formas e geralmente taman%os grandes,extrapolando os limites ao $ual # desen%ado6
"lgumas ve*es estas compem frases com citaesfilos)ficas, $uestionamentos atuais, provocativas ouprov#rbios6 8om fre$u.ncia tamb#m vemos entre osgrafites a repetio de certos personagens criadospor estes artistas, de forma a reforar a identidade,como uma assinatura do pr)prio grafiteiro6
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