A Origem da Pedagogia A palavra Pedagogia tem origem na Grécia Antiga, na palavra paidós (criança) e agogé (condução) – Condução da Criança. Pedagogos , e ram os escravos que acompanhavam as crianças que iam para a Escola, que tinham de impor a sua autoridade sobre elas. Na atual idade um pedagogo é um especialista em assuntos educativos.
PEDAGOGIA DO DESPORTO
Conceito de Pedagogia do Desporto
A Pedagogia é a arte de Ensinar (Rosado, 1997).
A Pedagogia do Desporto, trata então de educar o Homem no Desporto e através do Desporto.
Assim, a Pedagogia do Desporto apresenta-se como a Ciência do Ensino das atividades físicas e desportivas.
PEDAGOGIA DO DESPORTO
Definição de Pedagogia do Desporto A Pedagogia do Desporto, é uma área das Ciências do Desporto, que estuda os processos de ensino, de treino, de desenvolvimento e de aprendizagem das atividades físicas e desportivas, estando interdependente com as competências pedagógicas e profissionais (metodologia, didática, psicologia, avaliação…) dos intervenientes no processo desportivo (Professores/Treinadores) (Siedentop, 1998)
PEDAGOGIA DO DESPORTO
O que é?
PedagogiaPedagogia
ciência da educação
Entendida como uma ciência de síntese PORQUÊ?
Procura fornecer os princípios orientadores da prática e do processo educativo COMO?
Apoiando-se em conhecimentos deoutras áreas (psicologia, sociologia,biologia,…ex:AtGeraleVelocidade)
Intimamenteligadaaoatodeensinar/treinar
A Pedagogia do Desporto Possui as invariantes pedagógicas fundamentais e cujos saberes são transferíveis para qualquer modalidade (ex: do mais simples para o mais complexo, construir equipas homogéneas… “As Teorias”).
PEDAGOGIA E DIDÁTICA DO DESPORTO
A Didática do Desporto É a uma parte da Pedagogia do Desporto que responde às questões da condução do processo de treino, que procura encontrar as melhores soluções “técnicas”, ou os melhores meios para aprender uma determinada modalidade - “As Ferramentas”. (Rosado, 1997)
DIDÁTICA
Relaciona-se diretamente com a Pedagogia
Porquê? O quê? A quem? Como? Que resultados?
Diz respeito ao conjunto de todas as “ferramentas” ao dispor do professor de forma a otimizar o seu ensino e treino.
São 5 as questões da didática
PEDAGOGIA DIDÁTICA
EDUCAÇÃO
FORMAÇÃO
CONCEÇÃO (os fundamentos)
PARTE INSTRUMENTAL DA PEDAGOGIA
TÉCNICAS DE ENSINO/TREINO MEIOS, MÉTODOS, OBJETIVOS
… (Porquê? O quê? A quem?; Como? Que
resultados?)
DUAS FACES DA MESMA MOEDA
PEDAGOGIA DIDÁTICACiênciaqueprocurafornecerosprincípiosorientadores(fundamentos)dapráticaedoprocessoeducativo.
Parteinstrumentaldapedagogia,quecompreendeastécnicasdeensino/treino,
meios,métodos,objetivos,...quepermitemorientaras
aprendizagens
Ação teórica
Ação prática
O Treino
O Treino é um processo pedagógico, o
que significa que o Treino deve ser
entendido como um meio que
promove a Educação do praticante.
“FATORES A CONSIDERAR NA PREPARAÇÃO DO TREINO”
José Guilherme (2005)
A planificação do microciclo semanal de treino, deverá ser feita com antecedência, por escrito e de uma forma global, logo no início da semana.
Os fatores orientadores que deverão estar subjacentes à planificação semanal de treino deverão ser os seguintes (Guilherme, 2005):
-Conteúdos de Ensino / Lógica evolutiva do Modelo de Jogo -Jogo realizado anteriormente: aspetos positivos e aspetos negativos; -Jogo a realizar: estratégia a adotar (aspetos positivos e negativos da equipa adversária, particularidades individuais dos adversários, etc.).
A sessão de treino pressupõe por parte do Treinador a realização de três grandes funções:
ANTES DO TREINO ___ PLANIFICAÇÃO DURANTE O TREINO ___ REALIZAÇÃO APÓS O TREINO ___ AVALIAÇÃO
FUNÇÕES GERAIS DO TREINADOR (Mesquita, 2004)
PLANIFICAÇÃO . Definição dos Objetivos . Seleção dos Conteúdos . Seleção das Estratégias REALIZAÇÃO . Apresentação e Aplicação dos Exercícios . Comunicação com os Atletas . Gestão da Unidade de Ensino / Treino AVALIAÇÃO . Controlo das Atividades dos Jogadores . Análise dos Resultados da Formação . Controlo da Atividade do Treinador
)
Isto é, o Treino não é apenas um conjunto de repetições de exercícios escolhidos sem qualquer critério que não seja a inspiração do momento. Tudo o que se realiza no treino deve manter uma relação lógica com os objetivos traçados pelo Treinador (Treinar em Especificidade e em Representatividade).
O Treino é Um Processo Sistematizado
“TREINAR É MAIS IMPORTANTE QUE JOGAR E É NOS TREINOS QUE SE FORMA A BASE DE TODO
O JOGO” VAN GAAL (Ex-Treinador do Barcelona)
Para Van Gaal, “Treinar é mais importante que jogar e é nos treinos que se forma a base de todo o jogo”, daí que
atribua uma grande ênfase na preparação e na organização das sessões de treino, através de exercícios
dominantemente tático-técnicos, em consonância com o
modelo de jogo adotado, preconizando que estes sejam realizados sempre a grande intensidade.
RendimentoDespor<vo
Desenvolvimento
Aquisiçãodeumabasedepreparaçãogeraleespecífica.
Conservação
ManutençãodosníveisaLngidos(compossibilidadededesenvolvimento).
Redução
Quebratemporáriadosníveisderendimento.
RendimentoDespor<vo
FasesdaFormaDespor<va
SobrecargaO rendimento só é melhorado com esQmulos que induzam adaptaçõesestruturaisefuncionais.
ReversibilidadeAsadaptaçõescessamouregridemseotreinoforinterrompido.
EspecificidadeAsadaptaçõessãoespecíficasàscaracterísLcas/Lpodetreino.
IndividualizaçãoAsadaptaçõestêmelevadavariabilidadeinterindividual.
PrincípiosBiológicos
RendimentoDespor<vo
EsImulos ou stress imposto a um atleta durante os exercícios depreparaçãoousituaçõesdecompe<ção.
EstesesQmulosprocuraminduzir,deformaobjeLvaeintencional,estadosdefadiga controlada orientados para a obtenção de adaptações específicas(Platonov,1991).
CargadeTreino
RendimentoDespor<vo
NaturezadaCargaTreinovs.CompeLçãoEspecíficasvsNãoEspecíficas
GrandezadaCargaExterna (duração, intensidade, densidade, frequência e volume) vs. Interna(F.C.,VO2máx.,La)
OrientaçãodaCargaSeleLva (privilegia uma capacidade e uma fonte energéLca) vs. Complexa(diferentesfontesenergéLcas)
CargadeTreino
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
FundamentaçãoBiológica
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
RendimentoDespor<vo
Planearotreino Refere-seàelaboraçãodeumprojetoqueservederoteiroaotreinadorparaa
realizaçãodasprincipaistarefasdapreparação
Periodizaçãodotreino
Significa estruturar o plano em fases, ciclos e etapas temporalmente
delimitadasecomobjeLvos/orientaçõesparLcularesouespecíficas
PlaneamentoePeriodizaçãodotreino
ArteouCiência?
Existemuitopoucode“hardscience”narealizaçãodatarefadeplaneamentodotreino.
OplaneamentoeaperiodizaçãodotreinosãomaisbaseadosemevidênciasempíricasdoqueemevidênciascienQficas.
PlaneamentoePeriodizaçãodotreino
PlaneamentoePeriodizaçãodotreinoVariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
Avaliação Inicial
Alves, A (2013 )
DepreparaçãoFrequênciasemanaldetreinoNºdetreinosVolumedetreinoEstratégicos/táLcosTécnicosFísicosPsicológicos
OrganizacionaisClubeEquipaEquipaTécnica
Decompe<ção
Individuais/ColeLvos
ParLcipação
Classificação
Performance
PlaneamentoePeriodizaçãodotreino
Determinação dos Objetivos VariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
PlaneamentoePeriodizaçãodotreinoVariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
Determinação dos Objetivos
Compe<ção
ClassificaçãoaobterN.ºdepontosNecessáriosSubirdeDivisãoPromoçãodeJogadores
Preparação
ModelodeJogoEstratégicosTáLco-TécnicosCapacidadesMotorasPsicológicos
PlaneamentoePeriodizaçãodotreinoVariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
Avaliação Inicial
CalendáriodasCompe<ções
JogoseTorneiosdePreparação
CompeLçõesSecundárias
CompeLçõesPrincipais
PlaneamentoePeriodizaçãodotreinoVariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
Conteúdos, Métodos e Meios de Treino
Alves, A. (2013)
retrospe<va
Avaliaçãoprospe<va
exigências
resultadosrecursos
estratégiadetreinocapacidades
Obje<vosorganizacionaisdepreparaçãodecompeLção
Conteúdose
meios
Compe<ções Periodização
PlaneamentoePeriodizaçãodotreinoVariáveisnaPlanificaçãodeUmaEquipa
PlaneamentoePeriodizaçãodoTreino
Tiposdeplaneamento
Plurianual(ex.:carreiraoucicloolímpico;maisusadoaníveldasseleçõesnacionais.Duraçãomenor2-3anos–maturaçãodejogadoresnasequipas“B”)
Anual(ÉomaiscomumnaNossaorganizaçãodesporLva–duraçãoanual)
Macrociclos(AsseguraassuasregrasnasfasesdeevoluçãodaformadesporLva)Mesociclo(AsseguraasucessãoóLmademicrociclosdecaracterísLcasdisLntas)Microciclo(asseguraacoerênciadascargasaolongodeumasequênciadesessõesdetreino)Sessãodetreino(Permiteaaplicaçãodecargasparaodesenvolvimentodascapacidades)
Ciclostradicionaisdeumplanoperiodizado
MacrocicloHabitualmente uma época ou vários meses de uma épocadesporLva
Mesociclosubunidadedomacrociclo;váriassemanas(2a6-8semanas)
MicrocicloUsualmenteperíodosde7a10dias
Sessãodetreino
Periodizaçãodotreino
Macrociclo
Divide-seemperíodosefases
Períododepreparação(geral,específico)
Períododemanutenção/compeLção(preparatório,principal)
PeríododetransiçãoouderecuperaçãoaLva
Periodizaçãodotreino
A periodização do treino é equivalente ao planeamento de umjogo. Consiste na configuração da tá<ca de treino para alcançarumdeterminadoefeitonosatletas,numdadomomento.
A periodização é um aspeto particular do planeamento, que se relaciona com uma distribuição no tempo, de forma regular, dos comportamentos táticos de jogo, individuais e coletivos, assim como, a subjacente e progressiva adaptação do jogador e da equipa a nível técnico, físico, cognitivo e psicológico".
Mourinho (2001)
StevenPlisky,2004
Periodizaçãodotreino
Estruturação cíclica do plano de treino de acordo com osprincípios
con<nuidademul<lateralidadeespecificidadeprogressãoalternância
Periodizaçãodotreino
PeriodizaçãodotreinonoFutebol
O jogo desempenha um papel fundamental no estado de desenvolvimento individual e coletivo, devendo dar-se uma ênfase especial ao ciclo JOGO - TREINO - JOGO, ou seja parte-se do JOGO no sentido de identificar os problemas existentes, passa-se para o TREINO para a resolução dos problemas identificados e ou ao desenvolvimento de novos conteúdos e volta-se novamente ao JOGO, no sentido de avaliar se os problemas detetados foram já resolvidos e se os novos conteúdos foram já assimilados.
JOGO TREINO JOGO
PeriodizaçãodotreinonoFutebol
HáentãoumaconstantenecessidadedeajustamentodosMICROCICLOS.DeacordocomGuilherme,J.(2005),Osfatoresorientadoresquedeverãoestarsubjacentesàplanificaçãosemanaldetreinodeverãoserosseguintes:- LógicaEvoluLvadoModelodeJogo-Jogorealizadoanteriormente:aspetosposiLvosnegaLvos;- Jogoarealizar:estratégiaaadotar(aspetosposiLvosenegaLvosdaequipaadversária,parLcularidadesindividuaisdosadversários,etc.).
PROCESSO DE ENSINO E CORRESPONDÊNCIA ENTRE OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS/ATIVIDADES
Depois de decididos os objetivos e os conteúdos, é
n e c e s s á r i o p l a n i f i c a r a s e q u ê n c i a e
desenvolvimento desse mesmo processo, ou seja,
selecionar estratégias de ensino, envolvendo os
praticantes em atividades de aprendizagem
adequadas à consecução dos objetivos (via
conteúdos) definidos, ou, ainda, de planificar
situações, “ambientes” e meios propícios à
ocorrência da aprendizagem por parte dos
mesmos.
PROCESSO DE ENSINO E CORRESPONDÊNCIA ENTRE OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS/
ATIVIDADES
UM MÉTODO, ESTRATÉGIA OU ESTILO SÃO USADOS TIPICAMENTE
PARA UMA OU ALGUMAS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM E
OBJETIVOS DE CURTO PRAZO (METZLER, 2011)
ESTILOS DE ENSINO
Para alguns autores Estratégia = Estilo (por
exemplo, Mosston). No entanto é necessário
distinguir.
A Estratégia consiste na forma de organizar os
meios (processo de ensino-aprendizagem) de
modo a alcançar os objetivos.Interpretação Pessoal das estratégias de ensino.
Modo Particular como cada professor ou treinador
interpreta e concretiza as estratégias de ensino.
Estilo?
ESTILOS DE ENSINO
Critérios para clarificar as estratégias de ensino
1. A natureza da relação interpessoal
2. Tipologia dos objetivos (dimensão cognitiva,
afetiva, motora e social)
3. Organização do trabalho
ESTILOS DE ENSINO (MOSSTON, 2008)
Estilo
Comando
Tarefa
Avaliação Reciproca
Autoavaliação
Inclusivo
Descoberta Guiada
Divergente
Programa Individual
Características Essenciais
Professor toma todas as decisões
Alunos praticam e o professor prescreve as tarefas
Alunos trabalham em pares: um como tutor outro como aprendiz
Alunos avaliam a sua própria prestação em função de critérios previamente
estabelecidos
Professor providencia diferentes níveis de dificuldade para os alunos
Professor planeia um objetivo e leva os alunos a descobri-lo
Professor apresenta um problema e os alunos encontram a sua solução
Professor define um conteúdo e os alunos definem o seu próprio programa
Foco
Motor
Motor e Autonomia
Motor, Social e Cognitivo
Motor, Cognitivo e Autonomia
Motor, Ritmo Individual e Cognitivo
Motor e Cognitivo
Motor, Cognitivo, Social e Afetivo
Motor, Cognitivo,
Autonomia
ENSINO POR DESCOBERTA GUIADA
ENSINO POR DESCOBERTA GUIADA
ENSINO POR DESCOBERTA GUIADA
ENSINO POR DESCOBERTA GUIADA
A organização do processo de ensino / treino, exige por parte do treinador estar na posse de um conjunto de dados que lhe permita organizar de uma forma sistemática e coerente o desenvolvimento dos jovens jogadores.
O DOSSIER DO TREINADOR
Nesse sentido, uma preparação cuidada e refletida por parte do treinador, deverá ser concretizada através da elaboração de um conjunto de registos de todas as tarefas a desenvolver no processo de ensino/ treino, e que deverá constituir um documento de trabalho fundamental da tarefa do Treinador.
O DOSSIER DO TREINADOR
Deverá ser constituída por 2 partes (Mesquita, 2005):- Uma que deverá estar em arquivo e que constitui tudo aquilo que não é necessário para o dia-a-dia (caracterização do clube, dados dos jogadores, conteúdos tático técnicos e seus objetivos, avaliações). - Outra que constitui os elementos necessários a levar diariamente para o treino (plano semanal e de treino, controlo de presenças).
A ORGANIZAÇÃO DO DOSSIER DO TREINADOR
!58
Caraterização da Situação
Regulação do Processo
Planeamento
Controlo do Processo
Dados do Clube - condições de treino, material Ficha biográfica dos jogadores, contactos.
Modelo de Formação (Jogo, treino), Objetivos, Plano: Anual, Microciclo, Treino, Exercícios
Reuniões com Coord. Pais, dirigentes, atletas Reflexões, Análise dos resultados, de acordo com
os objetivos (Form., Compet) traçados
Assiduidade Treinos e Competição, Calendar. Avaliação (tático-técnica) e da competição
ELEMENTOS DO DOSSIER DO TREINADOR (Mesquita, 2005)
As funções do treinador
LÍDER EDUCADOR GESTOR MOTIVADOR CONSELHEIRO DISCIPLINADOR SABER/CONHECIMENTO ENSINAR PROPORCIONAR CLIMA MOTIVADOR
É a capacidade de influenciar o modo de atuar um grupo de indivíduos (uma equipa), visando alcançar determinados objetivos específicos (Araújo, 1994).
Daí que o Treinador tenha de ser um Líder.
CONCEITO DE LIDERANÇA
Liderar uma equipa representa para o Treinador, maximizar o seu grau de influência sobre todos com quem ele trabalham, através de intervenções e decisões baseadas no conhecimento que possua, as experiências que viveu e a sensibilidade para aceitar e compreender os que consigo trabalham (Araújo, 1994).
O TREINADOR COMO LÍDER
É a habilidade do treinador em se relacionar eficazmente com os diferentes elementos da equipa, de saber lidar com eles em diferentes situações (boas e más), de ser reconhecido como Líder (e em quem os jogadores acreditam) e possuir capacidade de motivá-los para seguirem os objetivos previamente traçados. (Adap. Castelo, 2000).
ATRIBUTOS DA LIDERANÇA E GESTÃO DO TREINADOR
As decisões do treinador, devem ser tomadas com independência e coragem, numa afirmação de responsabilidade e em obediência aos princípios que defende.
A amizade pessoal de uma dada personalidade, ou a pressão de um dirigente ou de um grupo de sócios, muitas vezes a favor de um dado jogador, deve ser ignorado pelo treinador, deve ser ignorado pelo treinador, fazendo jogar aquele que garanta o melhor desempenho em função dos interesses da equipa. (Castelo, 2000)
INDEPENDÊNCIA, DECISÃO E CORAGEM
O treinador deverá reagir às pressões com calma, e compostura e continuar a tomar as decisões e os comportamentos que julga mais corretos, com independência, coragem e com bom senso, na defesa da sua integridade e nos interesses da equipa (Adap. Castelo, 2000)
INDEPENDÊNCIA, DECISÃO E CORAGEM
As Competências do treinador
Combinação Conhecimento, Experiência e Capacidade de cada pessoa
(Batista et al., 2008)
HARD
SOFT
NIGUÉM ENSINA AQUILO
QUE NÃO SABE !
Os Conhecimentos do treinador
Científico
Técnico-metodológico
Relacional
Pessoal e social
Os Conhecimentos do treinador
Científico
Metodologia do treino e planeamento
Os Conhecimentos do treinador
Técnico-metodológico
Conhecimento da modalidade; Competências didático-pedagógicas; Deteção e seleção de talentos; Clima positivo de treino; Competências psicológicas.
Corresponde ao conhecimento substantivo do Futebol (a matéria de ensino), ou seja a sua compreensão conceptual, que é essencial para o treinador poder identificar, compreender, refletir e intervir sobre os conceitos da modalidade.
CONHECIMENTO DO CONTEÚDO
O treinador deverá ser, antes de tudo, um técnico especialista na sua modalidade, devendo possuir um conhecimento profundo da mesma, em todas as suas principais dimensões (metodológica, relacional, técnica, tática, estratégica…) e ter a capacidade de analisar o treino e a competição descortinando os aspetos essenciais que permitam aprender, aperfeiçoar e consolidar o rendimento individual (jogador) e coletivo (equipa), constituindo esta, a competência básica que todo o treinador deverá possuir. (Barreto, 1998).
CONHECIMENTO DO CONTEÚDO
O MELHOR TREINADOR ESFORÇA-SE SEMPRE POR AUMENTAR OS SEUS CONHECIMENTOS
Fábio Capello Treinador da Juventus, (Simon,2005) Procuro tirar ideias de outros treinadores. Creio mesmo que o melhor treinador é o maior dos “ladrões”, porque se esforça sempre por aumentar a soma dos seus conhecimentos. Quando vejo treinos ou jogos, procuro sempre “roubar” qualquer coisa. Se renunciarmos a isto fossilizamos. Vou sempre aos estádios ver os grandes campeonatos. Não os vejo na televisão, é muito redutor; não se vê nada.
Para além do conhecimento substantivo da modalidade (conhecimento da matéria), o treinador terá de possuir conhecimento sobre a forma de ensinar. Exige-se do treinador saber representar a matéria para os outros, não lhe basta saber para si (Graça, 2001).
O CONHECIMENTO PEDAGÓGICO
Sousa et al. (2012)
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Controlo
Os Conhecimentos do treinador
Relacional
Relação treinador – atleta; Acompanhamento por supervisor pedagógico.
Os Conhecimentos do treinador
Pessoal e social
Treinador modelo; Transmissão de valores.
O Plano de Atuação do treinadorAntes do JOGO
Palestra com informação básica do jogo (Instrução simples, direta e objetiva)
Presença dos intervenientes diretos no jogo
Construir atletas maduros (Comportamentos i n d i v i d u a i s e c o l e t i v o s , a u t ó n o m o s , concentrados...)
O Plano de Atuação do treinadorDurante do JOGO
Evitar criticar em voz alta
Evitar palavras complexas e incompreensivas
Ser sempre positivo e seguro
Elogiar sempre que seja necessário
Serenar e acalmar os intervenientes
O Plano de Atuação do treinadorDurante o intervalo do JOGO
Atribuir confiança aos atletas
Fomentar a coesão do grupo
Instruir depois dos primeiros minutos de entrada no balneário
Ser conciso, corretivo e coerente
O Plano de Atuação do treinadorApós o JOGO
Reunir e unir a equipa
Comentar resumidamente o jogo
Dar a palavra aos atletas (se necessário)
Nunca criticar após o jogo, mas sim acariciar e consolar.
NÍVEIS DE DESEMPENHO
FASES COMUNICAÇÃONAAÇÃO
ESTRUTURAÇÃODOESPAÇO RELAÇÃOCOMABOLA
JOGOANÁRQUICO- Centraçãonabola- Subfunções- Problemasna
compreensãojogo
ABUSODAVERBALIZAÇÃO AGLUTINAÇÃOEMTORNODABOLA
ELEVADAUTILIZAÇÃODAVISÃOCENTRAL
DESCENTRAÇÃO-Afunçãonãodependeapenasdaposiçãobola
PREVALÊNCIADAVERBALIZAÇÃO
OCUPAÇÃODOSESPAÇOSEMFUNÇÃODOSELEMENTOSDEJOGO
DAVISÃOCENTRALÀVISÃOPERIFÉRICA
ESTRUTURAÇÃO-Consciencializaçãodacoord.dasfunções
VERBALIZAÇÃOECOMUNICAÇÃOGESTUAL
OCUPAÇÃORACIONALDOSESPAÇOS(TÁCTICAINDIVIDUALEDEGRUPO)
DOCONTROLOVISUALPARAOPROPRIOCEPTIVO
ELABORAÇÃO-Açõesinseridasnaestratégiadaequipa
PREVALÊNCIADACOMUNCAÇÃOMOTORA
POLIVALÊNCIAFUNCIONAL.COORDENAÇÃODASACÇÕESTÁCTICASCOLECTIVAS
OPTIMIZAÇÃODASCAPACIDADESPROPRIOCEPTIVAS
FASESDOSJOGOSDESPORTIVOSCOLETIVOS
(Adap.Garganta,1985)
NÍVEIS DE DESEMPENHO DO JOGO E JOGADOR DE FUTSAL
CARATERIZÁ-LOS, TENDO COMO REFERÊNCIA:
• o relacionamento com a bola;
• a identificação com o objetivo do jogo;
• a organização posicional e funcional nos diferentes momentos/
fases do jogo;
• e a dinâmica coletiva que se consegue criar.
NÍVEL BÁSICO – Iniciação ao Objeto do Jogo
NÍVEL ELEMENTAR – Elaboração Elementar do Objetivo de Jogo
NÍVEL INTERMÉDIO – Desenvolvimento da Organização Posicional
NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – Especialização da Dinâmica Coletiva
Assim, consideramos quatro níveis qualitativos de desempenho:
NÍVEIS DE DESEMPENHO DO JOGO E JOGADOR DE FUTSAL
▪ São referências identificadoras de contextos.
▪ Existem interações entre eles que permite a existência de uma
certa plasticidade de interpretação e de ação.
NÍVEIS DE DESEMPENHO DO JOGO E JOGADOR DE FUTSAL
NÍVEL BÁSICO – Iniciação ao Objeto do Jogo
• Rudimentar relacionamento com a bola;
• Problemas no envolvimento e participação no jogo; • Organização posicional e funcional não existe;
• Problemas no cumprimento e no entendimento do objetivo do jogo • A bola é o objeto e objetivo do jogo:
• aglomeração: jogo individual e desorganizado;
• ausência de consciência do primeiro objetivo do jogo, a marcação de golos;
• Tudo funciona em torno do espaço físico da bola.
Este nível manifesta-se por grandes debilidades técnicas e por
uma ausência de entendimento do jogo, que não permitem uma
sequência desse mesmo jogo, tanto nos planos individual como
coletivo.
Os princípios de jogo mais elementares – penetração e contenção
– aparecem, mas de uma forma pouco clarividente e
desorganizada.
NÍVEL BÁSICO – Iniciação ao Objeto do Jogo
TÉCNICOS: • O f e ns i v o s : r e c e çã o /
controlo, condução, passe, remate;
• De f ens i v o s : po s i ç ão defensiva, interceção/desarme.
NÍVEL BÁSICO – Iniciação ao Objeto do Jogo
Quais os conteúdos que devemos privilegiar?
TÁTICOS: • Ofensivos: penetração e
cobertura ofensiva;
• Defensivos: contenção.
NÍVEL ELEMENTAR – Elaboração Elementar do Objetivo de Jogo
• Relacionamento com a bola ainda evidencia frequentes erros técnicos não provocados, interrompendo as ações individuais e coletivas do jogo.
• Reconhecimento dos diferentes jogadores do objetivo de jogo. • Começa a evidenciar-se uma organização posicional e funcional, todavia, de uma forma muito simples: estática e individual.
• As ações coletivas apenas são realizadas quando se reconhece que as individuais têm poucas probabilidades de êxito.
• Incorpora-se a noção entre ter e não ter a posse da bola. A noção de posição passa a transportar a noção de função (defensor / atacante e ataque / defesa).
NÍVEL ELEMENTAR – Elaboração Elementar do Objetivo de Jogo
Este nível ainda se manifesta por erros técnicos não provocados,
o que condiciona a fluidez do jogo.
Este nível também se evidencia pelo início do entendimento de
jogo (noção de posição e de função) em estruturas simplificadas
(Gr+3 x 3+Gr).
Os princípios de jogo – penetração / contenção e cobertura
ofensiva / cobertura defensiva e mobilidade – começam a surgir
esporadicamente.
NÍVEL ELEMENTAR – Elaboração Elementar do Objetivo de Jogo
Quais os conteúdos que devemos privilegiar?
TÉCNICOS: • O f e ns i v o s : r e c e çã o /
controlo, condução, passe, remate, drible/finta;
• De f ens i v o s : po s i ç ão defensiva, interceção/desarme.
TÁTICOS: • Ofensivos: penetração,
cober tura ofensiva e mobilidade;
• Defensivos: contenção e cobertura defensiva.
▪ A qualidade técnica dos jogadores já permite uma fluidez no jogo que lhes garante, com frequência, uma sequência de ações ininterrupta sem erros não provocados;
▪ Início da noção de organização posicional das diferentes fases/momentos de jogo. Os jogadores passam a ter consciência dos diferentes
posicionamentos estruturais e das respetivas funções;
▪ A evolução do jogo passa pelo enquadramento coletivo que as ações individuais começam a assumir;
▪ O jogo passa definitivamente a ser entendido como um projeto coletivo em que as ações individuais visão o benefício da equipa.
NÍVEL INTERMÉDIO – Desenvolvimento da Organização Posicional
Este nível carateriza-se por um domínio técnico das diferentes
habilidades, o que permite uma certa continuidade das ações
individuais e coletivas.
Manifesta-se pelo início de uma organização coletiva.
Os princípios de jogo mobilidade e espaço, equilíbrio e
concentração começam a ser evidenciados, no entanto, ainda
surgem erros de interpretação frequentes.
NÍVEL INTERMÉDIO – Desenvolvimento da Organização Posicional
NÍVEL INTERMÉDIO – Desenvolvimento da Organização Posicional
Quais os conteúdos que devemos privilegiar?
TÉCNICOS: • O f e ns i v o s : r e c e çã o /
controlo, condução, passe, remate, drible/finta;
• De f ens i v o s : po s i ç ão defensiva, interceção/desarme.
TÁTICOS: • Ofensivos: penetração,
c o b e r t u r a o f e n s i v a , mobilidade e espaço;
• Defensivos: contenção, cobertura defensiva, equilíbrio e concentração.
▪ A qualidade técnica dos jogadores é evidenciada de uma forma contextualizada às ações que o jogo vai constantemente requisitando;
▪ Existe compreensão dos diferentes contextos que o jogo pode assumir;
▪ Neste nível de jogo os praticantes já evidenciam, simultaneamente, duas características importantes: grande mobilidade e equilíbrio posicional
permanente;
▪ O jogo torna-se realmente coletivo e com todos os pressupostos necessários para que se possa partir para jogares com organização estrutural
e funcional complexa.
NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – Especialização da Dinâmica Coletiva
Existe um domínio técnico que permite uma fluidez constante do
jogo.
Os princípios de jogo mobilidade e espaço, equilíbrio e
concentração começam a aparecer constantemente na dinâmica
do jogo. Todos os princípios de jogo manifestam-se em interação
e de uma forma consistente.
Os jogadores já apresentam qualidades técnicas e tática que lhes
permite avançar para níveis de organização de jogo mais
complexas.
NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – Especialização da Dinâmica Coletiva
NÍVEL DE ESPECIALIZAÇÃO – Especialização da Dinâmica Coletiva
Quais os conteúdos que devemos privilegiar?
TÉCNICOS: • O f e ns i v o s : r e c e çã o /
controlo, condução, passe, remate, drible/finta;
• De f ens i v o s : po s i ç ão defensiva, interceção/desarme.
TÁTICOS:
• Ofensivos: penetração, c o b e r t u r a o f e n s i v a , mobilidade e espaço;
• Defensivos: contenção, c o b e r t u r a d e f e n s i v a , equilíbrio e concentração..
A sessão de treino é a estrutura base de todo o processo de treino
A organização da sessão subordina-se aos objetivos e tarefas da micro e meso-estrutura na qual se enquadra
ExercíciodeTreinoFunções:
- MelhorarorendimentodesporLvo- Desenvolvercapacidadesmotorasespecíficas- Aperfeiçoaratécnica- Desenvolver/melhoraratáLca- Desenvolvercapacidadesmotorasgerais- Recuperação
PlaneamentodaFormaçãoDespor<va
Principais operações do planeamento da sessão de treino
Determinação dos temas e tarefas
Definição da tipologia da sessão de treino Formas de organização da sessão Determinação da conteúdo e estrutura
Determinação dos temas e tarefas
É impossível treinar tudo
O trabalho sobre as várias componentes da performance podem visar
Aprender Aperfeiçoar Consolidar
Dois a três temas por sessão
Definição da tipologia da sessão de treino
Tipos de sessão ou tipologias possíveis dentro de cada sessão (Bompa, 1983)
De aprendizagem
De aperfeiçoamento
De repetição (aplicação)
De controlo
Definição da tipologia da sessão de treino
Tipos de sessão (Bompa, 1983)
De aprendizagem
Aquisição de novas habilidades técnicas e ações táticas
De aperfeiçoamento
Aprofundamento das aprendizagens ou da capacidades físicas, através da variação das formas de exercitação
Definição da tipologia da sessão de treino
Tipos de sessão (Bompa, 1983)
De repetição
Consol idação da técnica e tát ica com exercitação aproximada às condições do contexto competição (interferência contextual)
Preparação física
Definição da tipologia da sessão de treino
Tipos de sessão (Bompa, 1983)
Sessões de controlo
Treino da técnica e/ou tática nas condições de competição com integração das exigências físicas específicas
Formas de organização das sessões
Sessões individuais
Sessões de grupo e/ou coletivas
Sessões mistas
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
A sessão de treino divide-se em 3 partes
Preparatória 15’ - 25’ Principal ou fundamental 45’ - 110’
Final 10’ - 15’
Duração da sessão de treino: 30 a 120-150 min
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Preparatória
Caracteriza-se por dois momentos
introdução à sessão
ativação geral e específica
Parte Preparatória
introdução à sessão:
Recepção dos atletas (controlo da assiduidade e pontualidade)
Enunciar e explicar os objetivos da sessão; centrar os atletas nos aspetos fundamentais da sessão
Motivar os atletas
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Preparatória
ativação geral e específica ativação das principais funções orgânicas
melhoria da mobilidade e coordenação
otimização da atenção seletiva
exercitação para a prevenção de lesões
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Preparatória
ativação geral e específica exercícios de ativação geral das funções cardiorespiratórias através de exercícios mobilizando grandes grupos musculares de forma generalizada
Exercícios de mobilidade ativa e alongamento
Exercícios com forte componente propriocetiva
Exercícios técnicos preparatórios de intensidade moderada com exigências de atenção seletiva
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Principal
Estruturada de acordo com os temas e objetivos
A sequência da exercitação deve ter em conta a direção das solicitações e o efeito convergente dos mesmos
A ordem dos exercícios em função da sua direção deve acautelar o efeito da exercitação prévia para não prejudicar a performance em exercícios subsequentes
Prever intervalos de repouso e para hidratação
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Principal Estrutura e conteúdo da sessão de treino
1. Técnica (aprendizagem e aperfeiçoamento) Flexibilidade Resistência aeróbia Resistência muscular local
2. Técnica (aprendizagem e aperfeiçoamento) Velocidade de Reação Velocidade movimentos e força explosiva Tática individual, de grupo e coletiva
4. Velocidade de Reação Força máxima e força explosiva Técnica e tática (consolidação)
5. Técnica (aprendizagem e aperfeiçoamento) Técnica e tática (consolidação) Resistência anaeróbia
3. Flexibilidade Técnica (consolidação) Resistência de força Tática individual, de grupo e coletiva Resistência aeróbia
Parte Principal
Técnica e tática (sequência da exercitação)
Aprendizagem de novos elementos
Aperfeiçoamento
Aplicação
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Parte Final
Reduzir o esforço de forma progressiva
Utilizar exercícios de baixa intensidade
Exercícios de alongamento e de mobilização generalizada
Reunião para balanço das atividades realizadas
Estrutura e conteúdo da sessão de treino
Escolha e organização dos exercícios Definir o objetivo
Delimitar o contexto e condições de realização duração, intensidade, nº de repetições, forma (exigência,dificuldade,complexidade) nº de atletas envolvidos
posicionamento espacial dos atletas, deslocamentos
definição dos critérios de êxito (inclui sistemas de notação)
Definição de pontos de referência e colocação para efectuar avaliação
Medidas que contribuem para o sucesso da sessão de treino
Estabelecer regras de conduta
Pontualidade
Preparar equipamentos com antecedência
Diminuição dos tempos “mortos” aumentando a densidade do treino (aumentar a eficácia das transições)
Dar informação breve e concisa
Estabelecer convenções (sinais e nomes para os exercícios)
Definir tarefas durante os tempos de paragem entre exercícios
OBRIGADO !
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