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Porto Alegre
Julho /2012
Janine França
Zootecnista, Universidade Federal de Uberlândia
População PET
Fonte: ANFALPET – Associação Nacionaldos Fabricantes de Produtos para Animaisde Estimação, 2011.
Produção de Petfood no Brasil
Fonte: Sindirações, 2012 (Boletim técnico do setor – maio/2 012).
Produção de Petfood no Brasil
Fonte: Sindirações, 2012 (Boletim técnico do setor – maio/2 012).
“Cerca da metade dos cães e gatos em lares brasileiros
são alimentados com alimentos industrializados...
... A contínua ascensão das classes sociais com aumento
consistente da renda dos brasileiros e da nítida
constatação da ampliação do exercício da posse
responsável permitem a indústria de alimentação animal
projetar projeção de 2,3 milhões de toneladas em 2012,
aumento de 6% em relação ao ano de 2011.”
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Consumo de ração 2011
Fonte: Sindirações, 2012 (Boletimtécnico do setor – maio/2012).
Mercado Petfood• Classificação dos alimentos
disponíveis no mercado: função; tipo de processamento e segmentação de mercado
• Alimentos completos, balanceados:• Alimentos secos;• Alimentos semiúmidos;• Alimentos úmidos.
“Mundialmente, o número de marcas de dietas comercia is prontas para o consumo é crescente, com formulações cada vez mais sofisticadas e específicas” (Steiff & Bauer, 2001).
Mercado Petfood
Competitividade
Segmentação de produtos
Padrões comerciais e nutricionais distintos
Carciofi, (2008)
OUTROS NICHOS DE MERCADO!!!
Mercado Petfood
Alimentos crus
Dietas caseiras
Alimentos para cães atletas
Alimentos para saúde intestinal; saúde do trato urinário, etc.
Alimentos livres de grão
Mercado
PET global
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Mercado Petfood
“Hoje, os proprietários de animais de estimação (cã es e
gatos) desfrutam e podem escolher dentre uma grand e
variedade de alimentos. O alimentos premium e
superpremium fornecem aos consumidores uma garantia de
ingredientes de qualidade e de disponibilidade de n utrientes.
Outros alimentos são comercializados para atender à s
necessidades dos donos de animais para fornecer um
alimento que é seja natural, orgânico, vegetariano, entre
outros.”
(Case et al., 2011)
Alimentos convencionais e alternativos
Alimentos para cães e gatos
“Convencionais”
Alimentos secos, semiúmidos e
úmidos
“Alternativos”
Alimentação crus, dietas caseiras,
BARF, etc.
Alimentos convencionais e alternativos Alimentos convencionais e alternativos
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• Alimentos orgânicos e naturais• O United States Department of Agriculture (USDA) – Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos:– Estabeleceu o Programa Nacional Orgânico, que fornece um conjunto de padrões
para alimentos orgânicos humanos;
– O USDA inspeciona e certifica produtores de alimentos e humana processadores,mas não estendeu seu programa de certificação biológica para alimentosdestinados a animais;
– Embora AAFCO - Association of American Feed Control Officials, não terdescrito os regulamentos para rotulagem de alimentos orgânicos para animais,reconhece o termo orgânico e exige o cumprimento com os padrões do USDApara ingredientes de alimentos para animais que são rotulados como orgânicos.
Alimentos convencionais e alternativos
• Alimentos naturais• “A designação “natural”, por exemplo, abrange os alimentos sem
produtos químicos e sem conservantes artificiais. Segundo a The European Pet Food Industry Federation, FEDIAF, uma definição mais estrita seria: componentes dos alimentos para animais de estimação sem eventuais aditivos e que apenas tenham sido submetidos a um processamento para torná-los aptos para
produção pet food e a manutenção do conteúdo de todos os nutrientes essenciais. Como exemplos de processamento podem
ser citados: congelamento, concentração e pasteurização”.(Groot & Schreuder, 2009)
• Os alimentos naturais são preservados usando combinações deantioxidantes de ocorrência natural, tais como a mistura detocoferóis, ácido ascórbico, e extrato de alecrim, entre outros.
Alimentos convencionais e alternativos
• Alimentos naturais• Uma dieta natural, proposta por Billinghurst (1993), é
comumente referida como dieta BARF, acróstico de“bone and raw food”, ou “biological aproprieted raw.”
Alimentos convencionais e alternativos
“ALIMENTOS CRUS”
• Dietas caseiras (“Homemade Diets”)
– Os proprietários que alimentados com uma dieta caseiro a sua cão ou gato, menos de 30% utilizaram uma receita que específica para cães ou gatos;
– Dessas receitas, 50% foram “encontradas” na Internet ou obtidas a partir de fontes não identificadas.
(Case et. al., 2011)
Alimentos convencionais e alternativos
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• Dietas veganas e vegetarianas
• Veganismo: apenas alimentos de origem vegetal são consumidos e não existem produtos de origem animal incluídas na dieta;
• Vegetarianismo: não consumem carne porém...– Ovovegetarianos: consomem vegetais e ovos;
– Lactovegetarianos: consomem vegetais e produtos lácteos;– Ovolactovegetarianos: consomem plantas, ovos eprodutos lácteos.
Alimentos convencionais e alternativos
• Alimentos secos
Vantagens e desvantagens
• Baixa umidade do produto final -
controle de fungos;
• Menor volume consumido –
concentração de nutrientes e energia
em base da MS;
• Vida de prateleira – “longa”;
• Facilidade de armazenamento;
• Higiene bucal – mastigação;
• Qualidade fecal - ?
• Volume fecal - ?
• Qualidade do alimento!!!
• Alimentos semiúmidos
Vantagens e desvantagens
• Maior concentração de carboidratos simples,
(porém a % de CHO é semelhante aos
alimentos secos);
• Não exigem refrigeração antes da abertura e
têm um relativamente longo período de vida útil;
• Maior suavidade na textura – palatabilidade;
• Mais baixos energia que os alimentos úmidos;
• Podem secar e diminuir a palatabildade
quando exposto por um período prolongado de
tempo.
• Alimentos úmidos
Vantagens e desvantagens
• Mais palatáveis – positivo ou negativos???;
• Maior proporção de PB e Gordura na MS;
• Menor proporção de carboidratos;
• Mais caros;
• Alta % de umidade;
• Antes de aberto – vida de prateleira longa;
• Custo - ?
• Gatos – urolitíase??
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Vantagens e desvantagensNutrientes contidos em alimentos secos, semiúmidos e enlatados para cães,com base na matéria natural (MN) e matéria seca (MS).
Categoria do alimento Base MN Base MSSecoUmidade (%) 6-10 0Gordura (%) 7-20 8-22Proteína (%) 16-30 18-32Carboidrato (%) 41-70 46-74EM (kcal/kg) 2800-4050 3000-4500
SemiúmidoUmidade (%) 15-30 0Gordura (%) 7-10 8-14Proteína (%) 17-20 20-28Carboidrato (%) 40-60 58-72EM (kcal/kg) 2550-2880 3000-4000
Enlatado (úmido)Umidade (%) 75 0Gordura (%) 5-8 20-32Proteína (%) 7-13 28-50Carboidrato (%) 4-13 18-57EM (kcal/kg) 875-1250 3500-5000Fonte: NRC (2006).
• Alimentos alternativos
Vantagens e desvantagens
• Se o proprietário optar por uma dieta crua e/ou
por alimentação alternativa a seu animal de
estimação:
• Os riscos - seleção de ingredientes;
• Os perfis nutricionais e de qualidade –
ingredientes destinados ao consumo
humano???;
• Segurança alimentar – contaminantes,
agentes biológicos;
• Processamento (?)
• Falta de experimentação (?);
• Formulação adequada (?)
Experimentação e comparaçõesNíveis nutricionais MN
(%)Alimentos
Ração seca Ração úmida Mix carne bovina Mix de frangoUmidade (max.) 10 80,00 75,0 73,0Proteína bruta (min.) 25 8,00 10,0 11,0Extrato etéreo (min.) 16 4,00 8,0 9,0Fibra bruta (max.) 5,0 1,5 1,2 1,2
Matéria mineral (max.) 8,4 2,5 2,4 2,2
Cálcio (max.) 1,28 0,4 0,4 0,40
Fosfóro 0,74 0,2 0,3 0,75
Composição básica
Ração seca
Carne de frango, farinha de subproduto de frango, farinha de milho, trigo integral moído, sorgointegral moído, farinha de peixe, gordura de frango, cevada, polpa de beterraba, hidrolisado defrango, levedura seca de cervejaria, ovo desidratado, cloreto de sódio (sal comum), vitamina E,betacaroteno, essência de alecrim, premix mineral-vitamínico-aminoácido.
Ração úmidaÁgua, carne de frango, miúdos de bovinos, miúdos de aves, miúdos de suínos, cloreto de sódio(sal comum), carragena, premix vitamínico e mineral.
Mix carne bovina
Músculo bovino cru, fígado boi cru, cenoura crua, tomate cru, ovo integral cozido, abóbora crua,beterraba crua, abobrinha crua, semente de linhaça, óleo de soja refinado, óleo de peixe, óleo decanola, couve-flor crua, brócolis cru, fosfato bicálcio, algas calcáreas, alfafa desidratada,levedura de cervejaria ativa (Saccharomyces cerevisiae – probiótico natural), vinagre de uva,salsinha fresca, cloreto de sódio (sal comum), alecrim fresco, minerais (manganês, zinco eselênio)
Mix de frango
Peito de frango, sobrecoxa de frango, pé de frango moído, pescoço de frango moído, cenouracrua, fígado frango, beterraba crua, abóbora crua, tomate cru, alfafa desidratada, levedura decervejaria ativa (Saccharomyces cerevisiae – probiótico natural), abobrinha crua, couve-flor crua,brócolis cru, semente de linhaça, óleo de peixe, vinagre de uva, óleo de canola, salsinha fresca,cloreto de sódio (sal comum), alecrim fresco, minerais (manganês, zinco e selênio)
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
TRATAMENTOSVALORES MÉDIOS 1
CDAMS CDAPB CDAEE CDAEB
(1) Ração seca 83,33(±2,45)B 82,17(±3,96)C 93,64(±0,68)B 86,53(±1,49)C
(2) Ração úmida 87,33(±0,76)A 90,39(±1,95)B 93,77(±0,92)B 90,80(±0,57)B
(3) Mix carne cru 83,70(±2,84)B 92,98(±1,10)A 94,19(±1,18)B 91,19(±1,60)B
(4) Mix frango cru 85,76(±2,33)A 93,79(±1,31)A 96,16(±0,53)A 93,53(±1,03)A
(5) Mix carne aquecido 86,17(±2,04)A 93,90(±1,28)A 95,12(±0,77)A 93,13(±1,27)A
(6) Mix frango aquecido 87,07(±5,00)A 93,83(±2,77)A 96,00(±1,55)A 93,72(±2,54)AMédia 85,56 91,18 94,81 91,48
Coeficientes de digestibilidade de nutrientes e energia bruta
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Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Energia digestível aparente (EDA) e energia metabolizável aparente (EMA) na matéria seca, em kcal/kg.
TRATAMENTOSVALORES MÉDIOS 1
EDA EMA(1) Ração seca 4161,34(±71,83)D 3652,90(±177,81)B(2) Ração úmida 5025,23(±31,72)C 4144,15(±298,94)A(3) Mix carne cru 5006,52(±87,69)C 3865,21(±410,17)B(4) Mix frango cru 5367,29(±58,81)A 4133,23(±172,91)A(5) Mix carne aquecido 5305,45(±72,24)A 4253,34(±323,54)A(6) Mix frango aquecido 5207,01(±141,31)B 4264,78(±660,09)AMédia 5012,14 4052,27
Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Valores médios para nitrogênio amoniacal das fezes, em g/100g, dos animais submetidos às dietas experimentais em estudo.
TRATAMENTOSValores médios1
N amoniacal (g/100g)
(1) Ração seca 0,415(0,057)B
(2) Ração úmida 1,018(0,125)A
(3) Mix carne cru 0,465(0,136)B
(4) Mix frango cru 0,375(0,070)B
(5) Mix carne aquecido 0,350(0,132)B
(6) Mix frango aquecido 0,378(0,096)B
Média 0,50
Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Valores médios para nitrogênio amoniacal das fezes, em g/100g, dos animais submetidos às dietas experimentais em estudo.
TRATAMENTOSValores médios1
N amoniacal (g/100g)
(1) Ração seca 0,415(0,057)B
(2) Ração úmida 1,018(0,125)A
(3) Mix carne cru 0,465(0,136)B
(4) Mix frango cru 0,375(0,070)B
(5) Mix carne aquecido 0,350(0,132)B
(6) Mix frango aquecido 0,378(0,096)B
Média 0,50
Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Valores médios do pH urinário final e em função dos tratamentosestudados.
TRATAMENTOSValores médios1
pH urinário
(1) Ração seca 6,09C
(2) Ração úmida 5,80D
(3) Mix carne cru 6,58B
(4) Mix frango cru 6,37B
(5) Mix carne aquecido 6,83A
(6) Mix frango aquecido 6,44B
Erro-padrão 0,11
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Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Análises das seis dietas experimentais para Salmonella sp. (presença ouausência), clostrídio sulfito redutor (NMP/g) e coliformes fecais (UFC/g).
TRATAMENTOS
Contaminantes biológicos
Salmonella
presença em
Clostrídio sulfito
redutor (NMP/g)
Coliformes
fecais (UFC/g)(1) Ração seca ausente <10,00 >2400,00
(2) Ração úmida presente 5,0 x 101 >1000,00
(3) Mix carne cru presente 2,3 x 102 >2400,00
(4) Mix frango cru presente 1,6 x 102 >1000,00
(5) Mix carne aquecido presente <10,00 680
(6) Mix frango aquecido presente 1,0 x 101 <3,00
Experimentação e comparações
Tese de doutorado França, J. (2009) – Universidade Federal de Lavras
Proporção para presença ou ausência de Salmonella nas amostras defezes e de alimentos dos comedouros de todos os animais, segundo ostratamentos estudados.
TRATAMENTO PROPORÇÃO
Salmonela Comedouro Salmonela Fezes
(1) Ração seca 0,0001 1,0000(2) Ração úmida 1,0000 1,0000(3) Mix carne cru 1,0000 1,0000(4) Mix frango cru 1,0000 1,0000(5) Mix carne aquecido 1,0000 1,0000(6) Mix frango aquecido 1,0000 1,0000
Então......como escolher????
� Finalidade da dieta escolhida
�Facilidade de armazenamento - praticidade;
� Estilo de vida do proprietário;
� Animais com necessidades especiais;
� Animais com apetite caprichoso;
� Custo;
� Qualidade de dieta formulada – especialista (?);
� Segurança alimentar;
CONHECIMENTO E BOM SENSO SEMPRE!!
Obrigada pela atençã[email protected]
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