CARLOS BENJOINO Bidu
Escravidão: é uma forma de trabalho compulsório, isto é, ao qual o trabalhador está obrigado, mesmo contra a sua vontade. O que caracteriza a escravidão, no conjunto das formas de trabalho compulsório, é o fato de que o trabalhador é uma propriedade de seu patrão.
O uso de mão de obra escrava vem sendo usado pelo homem desde os tempos mais remotos. Desde os gregos, até os nazistas do século XX, o uso de tal forma de exploração sempre foi justificado, entretanto somente com a colonização européia nas Américas é que este sistema encontrou sua forma mais cruel.
Na Grécia e na Roma Antiga, a escravidão era a base da economia.
Podiam ser escravos prisioneiros de guerra, filhos de escravos e pessoas que contraíam dívidas e não conseguiam pagá-las.
Na Grécia , com exceção da Ática após a legislação de Sólon, o pai podia vender seus filhos como escravos.
As mulheres são destinadas aos trabalhos domésticos.
Aos escravos do sexo masculino são distribuídos, trabalhos pesados como a agricultura, pastoreio e obras públicas.
Existem diversos tipos de escravidão mais os três principais são:
1. Escravidão por raça;2. Escravidão por dívida;3. Escravidão por guerra.
O trabalho escravo indígena foi usado sobretudo na exploração do pau-brasil,já que o trabalho nos engenhos de açúcar
era muito diferente daquele que os indígenas estavam acostumados e ao
governo português interessava mais que os indígenas continuassem a se dedicar à
coleta das riquezas naturais da terra, como o pau-brasil.
O tráfico de escravos foi, durante séculos, uma das atividades mais lucrativas do comércio internacional, com a África sendo duramente disputadas pelas
principais potências da Europa.Os primeiros escravos negros chegaram ao Brasil com a expedição de Martim Afonso de Souza em 1530, vindos da Guiné. A partir da década de 1550, o tráfico negreiro intensificou-se, sendo oficializado em 1568 pelo governador-geral Salvador Correa de Sá.
CASTRO ALVES
Em 18 de abril de 1868o jovem poeta Castro Alves eternizou o Sofrimento dos africanos nos porões dos navios.
NÃO APENAS MÃO DE OBRA BRUTA:
Na África, os escravos eram adquiridos por traficantes a preços baixos e revendido a preços altos na América. Muitas vezes, o açúcar, o tabaco, a aguardente e outros produtos serviam de moeda de troca.
Quando chegavam à América portuguesa, os escravos eram colocados à venda em
mercados. Ficavam a mostra em exposição sendo tratados como
mercadorias.
A maioria dos africanos trazidos à colônia portuguesa como escravos pertencia a dois grandes grupos étnicos: os bantos,
originários de Angola, Moçambique e Congo, e que se tornaram mais
numerosos no centro-sul e no Nordeste; e os sudaneses, provenientes da Guiné, da Nigéria e da Costa do Ouro, e que foram levados principalmente para a região da
Bahia.
Os escravos começavam o trabalho ao raiar o dia e só paravam ao escurecer. Seu principal alimento era a mandioca. Os
escravos viviam e trabalhavam vigiados por capatazes e feitores. Quando fugiam,
eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que recebiam certa quantia por escravo
capturado e devolvido ao senhor.
Os principais castigos físicos sofridos pelos escravos eram:
Tronco – Os escravos ficavam presos imobilizados por horas e as vezes dias, o que provocava inchaço das
pernas, formigamento e forte dores; Bacalhau – Espécie de chicote de couro cru, que
rasgava a pele; muitas vezes os feitores passavam sal nos ferimentos, tornando a dor ainda maior;
Vira-mundo – Instrumento de ferro que prendia mãos e pés;
Gargalheira – Colar de ferro com várias hastes em forma de gancho.
As principais mudanças culturais impostas aos escravos negros africanos eram:
PPP Alimentação – Eles comiam o que o senhor lhes
dava; Roupas – Eram obrigados a vestir grossos panos de
algodão; Língua – Eram obrigados a aprender a língua local
dos portugueses; Religião – Eram obrigados a adotarem o catolicismo
como religião.
Grande parte do escravos negros fugitivos reuniram-se em comunidades chamadas de quilombos. A maior parte dos quilombos organizaram-se no Nordeste (Sergipe, Alagoas e Bahia). Os habitantes do quilombos eram chamados de quilombolas.
Dentre os quilombos mais conhecidos, destacam-se os da Serra da Barriga, região situada entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco. Eram cerca de dez quilombos, unidos sob o nome de Palmares,Palmares, que resistiram durante quase todo o século XVII aos ataques do governo e dos senhores de escravos. Palmares chegou a ter entre 20 mil e 30 mil habitantes e seu líder mais importante foi Zumbi.
Século XVIII: Quilombo do Quariterê ou do Piolho. Características: Localização: Guaporé. População: negros, índios cabixis e
caburés (mestiços)
Forma de Governo: Monarquia ( Rainha Teresa de Benguela)
Economia: Agricultura de subsistência.
Existência de um sincretismo religioso.
Destruição: Capitão-General João de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.
Evolução das leisLei Eusébio de Queirós (1850) – Proibia o tráfico
de escravos no Brasil;Lei do Ventre Livre (1871) – Determinava que os
filhos de mulher escrava nascidos a partir daquela data seriam livres, mas continuariam na condição de propriedade do senhor até os
21 anos de idade;Lei do Sexagenário (1885) – Declarava livres os
escravos com mais de 65 anos de idade;Lei Áurea (1888) – Declarava extinta a escravidão
no Brasil.
A escravidão marcou a sociedade brasileira atual. Os negros e mulatos, que descendem dos antigos escravos, são a maioria dos pobres. Os descendentes dos índios também não estão em melhor situação. Os sentimentos racistas e a discriminação contra a população negra continuam existindo no Brasil. Sem dúvida, são uma cruel herança do tempo da escravatura e mostra que o passado morto ainda pode ser um pesadelo para os vivos do presente.
Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas afirma:Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. — Artigo 1º
A escravatura permanece nos nossos dias...
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