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DISPERSÃO DE POLUENTES

Prof. Dr. Ariovaldo José da Silva

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Escalas de Movimentos na Atmosfera

Sinótica – movimentos do ar associados com a circulação geral da atmosfera. Sistemas frontais Anticiclones (altas pressões) Baixas pressões na troposferaOs efeitos da escala sinótica na poluição se

classificam em: Condição favorável à dispersão (baixas pressões,

frentes) Condição desfavorável (altas pressões estacionárias no

inverno e as inversões térmicas)

Extensão horizontal de 100 a 3000 km

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Escalas de Movimentos na Atmosfera

Mesoescala – movimentos que incluem as brisas marítima e terrestre, circulação dentro de vales, e o fenômeno de efeito de ilhas de calor. Extensão: 100 km na horizontal e dezenas de metros na vertical A qualidade do ar é influenciada por:

Variações diurnas da estabilidade atmosférica Topografia regional Os fenômenos que ocorrem dentro dessa camada têm

importância fundamental nos processo de transporte e dispersão das emissões.

Principais parâmetros meteorológicos Inversões térmicas de baixa altitude Variação diária da altura da mistura Taxa de ventilação horizontal dentro dessa camada

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Microescala – movimentos resultantes dos efeitos aerodinâmicos das edificações das cidades e dos parques industriais, rugosidade das superfícies e cobertura vegetal.Transporte e difusão de poluentes ocorre

num raio inferior a 10 km na horizontal e 300 m a 500 m na vertical.

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Fundamentos de Meteorologia

VentosA distribuição dos ventos numa

determinada área depende da intensidade, variação normal e trajetória das variações de pressão de grande escala que ocorre no planeta (fenômenos macrometeorológicos)

Os ventos sofrem variações temporal e espacial em função dos movimentos dos sistemas de pressão, aquecimento diurno e resfriamento da superfície da Terra.

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A direção predominante e velocidade dos ventos são apresentados na forma de um diagrama polar denominado “rosa dos ventos”.

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Variação da velocidade e direção do vento com a altitude

O vento geostrófico é um vento horizontal, não acelerado, que sopra ao longo de trajetórias retilíneas, que resulta de um equilíbrio entre a força de gradiente de pressão (horizontal) e a força de Coriolis. Este equilíbrio só é aproximadamente possível em altitudes nas quais o efeito do atrito seja omissível (isto é, acima de poucos quilômetros).

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Temperatura na atmosfera Gradiente vertical de adiabática

seca ou (Adiabatic Lapse Rate) Fenômeno de expansão ou

compressão do ar seco ou úmido

ΔT/Δz = 0,98ºC/100 m (~1ºC/100 m)

Teoricamente, um pequeno volume de ar quando deslocado para acima da superfície encontra baixa pressão, se expande e se resfria, mas na atmosfera isso nunca ocorre.

Portanto, este conceito serve apenas como referência para estimar a turbulência na atmosfera real

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Gradiente vertical da adiabática saturada

ΔT/Δz = 0,6º/ 100 m (para pressão de 1 bar e 10oC)

o Gradiente Térmico Vertical

ΔT/Δz = Xo/100 mo Temperatura potencial

o Temperatura que um volume de ar seco assumiria a pressão de 1 bar

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Camada Limite Planetária ou Camada de Mistura (Bondary Layer ou PBL) ou Camada de Atrito

É a região onde a atmosfera sofre os efeitos da superfície através de trocas verticais de momento, calor e misturas de massas de ar

Divide-se em três subcamadasPróxima ao chão (z0)Camada de superfície z0 a hs (10 a 200 m)Camada de Transição (Ekman) de hs a zi

(100 a 20000 m)

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Valores típicos para área urbanaVentos fracos : 120 mVentos moderados: 384 mVentos fortes: 1237 m

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Estabilidade e Instabilidade da Atmosfera

A estabilidade da atmosfera é entendida como a capacidade de resistir ou intensificar movimentos verticais, ou seja, suprimir ou aumentar a turbulência

Na baixa atmosfera o grau de turbulência depende do gradiente vertical de temperatura

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Uma camada de ar seco ou úmido é estável quando o gradiente térmico vertical é inferior ao gradiente da adiabática seca (0,98oC/ 100 m)

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Sempre que o gradiente térmico vertical for maior que o gradiente de Lapse Rate (Taxa de Lapso) a atmosfera é instável.

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Quando o decréscimo da temperatura vertical é muito próximo do gradiente adiabático seco caracteriza atmosfera indiferente ou neutra.

Quando o gradiente térmico da atmosfera estiver entre os valores do gradiente da adiabática e do ar saturado a atmosfera está condicionalmente instável. Isso ocorre até uma massa de ar seco se elevar, daí ela segue a Lapse Rate e tende a se estabilizar.

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Condições de Instabilidade Forte intensidade de radiação solar Céu com nebulosidade do tipo cúmulo convectivo Gradiente superadiabático Vento entre fraco e moderado Temperatura elevada

Condições de neutralidade Vento forte a moderado Céu nublado Forte mistura mecânica Não há resfriamento nem aquecimento A temperatura estabelece um perfil adiabático

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Inversão térmica

Os poluentes acumulam próximo a superfície ao invés de dispersarem

Nas grandes cidades a velocidade de deslocamento horizontal das massas de ar é dificultada pelas edificações. Isso ocorre também em regiões serranas.

O movimento vertical das massas de ar é governado pelo perfil de temperatura da atmosfera

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