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AVM FACULDADE INTEGRADA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E INFORMÁTICA APLICADA A EDUCAÇÃO: REFLETINDO SOBRE A APRENDIZAGEM DA
ESCRITA DO ALUNO SURDO.
Por: Letícia Peçanha Medeiros da Cunha
Orientadora Prof. Ms. Maria da Conceição Maggioni Poppe
Rio de Janeiro 2012
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AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E INFORMÁTICA APLICADA A EDUCAÇÃO: REFLETINDO SOBRE A APRENDIZAGEM DA
ESCRITA DO ALUNO SURDO.
Apresentação de monografia ao IAVM como requisito parcial para obtenção do título de Pedagoga e aprovada em sua forma final pelo curso de Licenciatura em Pedagogia. Por: Letícia Peçanha Medeiros da Cunha
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AGRADECIMENTOS Primeiramente a DEUS pela oportunidade e pelo privilégio que nos foram
dados em frequentar este curso, nos permitindo ter acesso ao conhecimento na
área da Pedagogia, e nos fazendo compartilhar experiências que levaremos
para as nossas vidas.
Especialmente a minha mãe LÍDICE pelo grande incentivo que tornou
possível a realização e conclusão deste curso.
Ao meu esposo ALEXANDRE e minha filha JÚLIA pelo carinho e paciência
em tolerar a minha ausência em diversos momentos de nossas vidas, no
período do curso.
A minha irmã LUCIANE também Pedagoga, e demais familiares que direta
ou indiretamente estiveram ao meu lado apoiando e dando força para que eu
seguisse em frente nesta caminhada.
A amiga e companheira CILAINE que tem lutado ao meu lado em prol a
Educação de Surdos, e demais amigos que de alguma forma sutil e indelegável
possibilitaram a execução deste trabalho.
A companheira de curso DANIELA pelo incentivo para ingressar neste curso
e por todo o conhecimento que adquirimos juntas nesta jornada.
A nossa Orientadora Professora MARIA POPPE pelo incentivo, simpatia e
presteza no auxílio às atividades e discussões sobre o andamento e
normatização desta Monografia de Conclusão de Curso.
A todos os professores, tutores, coordenadores e funcionários do AVM
Faculdade Integrada pelo espírito inovador e empreendedor na tarefa de
multiplicar seus conhecimentos, e também pelo carinho, dedicação e
entusiasmo demonstrado ao longo do curso.
E, finalmente, aos colegas de classe pela espontaneidade e alegria na troca
de informações e materiais numa rara demonstração de amizade e
solidariedade mesmo a distância.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe e em memória ao meu pai, por todo o amor e dedicação para comigo, e por terem sido a peça fundamental para que eu tenha me tornado a pessoa que hoje sou. Ao meu esposo e a minha filha pelo carinho e apoio dispensados em todos os momentos que precisei. A Escola Municipal Profª Olga Teixeira de Oliveira, a sua direção, aos professores e aos alunos surdos e ouvintes lá matriculados, por abrirem as portas e o coração para que eu pudesse realizar este trabalho.
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RESUMO
A presente pesquisa tem como objetivo geral trazer informações sobre
processo de aprendizagem da escrita da pessoa surda desde bebê até a idade
adulta, além das possibilidades de desenvolvimento de escritas mais
significativas. Nessa perspectiva o presente estudo apresenta formas
inovadoras e dinâmicas de aprendizagem. Tendo com principal recurso a
informática aplicada à educação, através da internet e de ferramentas
colaborativas, no auxilio do desenvolvimento cognitivo das pessoas surdas,
além de possibilitar uma maior interação com as pessoas ouvintes. Foi
realizado um experimento, ao qual um grupo de alunos surdos e ouvintes foram
orientados a editar um texto sobre bullying de forma colaborativa, utilizando a
ferramenta Google Docs para a construção do texto, que foi escolhida por sua
facilidade de uso. Com esse experimento ficou caracterizado através de
observações quea pessoa surdo pode alcançar uma escrita mais significativa e
contribuir para uma convivência mais harmoniosa e uma real interação entre as
pessoas ouvintes e surdas.
Palavras-chave: Pessoa surda. Informática aplicada à educação. Ferramenta
colaborativa.
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METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica cuja metodologia que foi utilizada
se baseou na coleta de dados/informações acerca de pesquisa documental e
experimental. Para isso, buscamos alguns documentos como, a Lei 7.853, de
1989; o Capítulo V da LDB, de 1996; o Decreto nº. 3.298, de 1999,
regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989; a Lei 10.172, de 2001;
a Resolução número 2, de 11 de setembro de 2001; a Resolução do Conselho
Nacional de Educação nº1/2002; a Lei nº 10.436/02; o Decreto Nº. 5.626/05; o
Decreto número 6.571, de 17 de setembro de 2008 e a Política Nacional de
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.
Além de referências teóricas paracontribuir e aprimorar com o tema
dessa pesquisadestacamoscomo os principais autores: Anderson(1994), que
coloca sobre a importância da língua de sinais e cultura dos surdos;Tânia
Amara Felipe(2007), que dispõe sobre aLIBRAS; Eulália Fernandes(1990), que
situa os problemas linguísticos e cognitivos do surdo; João Nascimento(2007),
que esclarece sobre a Informática aplicada à educação e H Moysés
Nussenzveig (2008), que aponta a facilidade de acesso a técnicas
computacionais que nos estimula a pesquisar sobre complexidade, que está
relacionado com sistema adaptativo, ou seja, a forma como os seres humanos
aprendem.
Trabalhamos dentro do enfoque qualitativo adotando um experimento,
como suporte para adquirir informações por intermédio do uso do computador,
através da ferramenta colaborativa – Google Docs, verificando a qualidade do
ensino aplicado aos alunossurdos, incluídos no ensino regular.
Esse estudo nos possibilitou comprovar que o aluno surdo tem condições de
desenvolver uma escrita significativa. E assim, fazer com que esse material
possa delinear uma nova abordagem, chegando a conclusões que possam
servir de embasamento para pesquisas futuras.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................09
CAPÍTULO I - O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA
DA PESSOA SURDA..........................................................................11
1.1. Estimulação precoce para bebês surdos .................................11
1.2. Cultura e Comunidade Surdas .................................................12
1.3. Estruturas gramaticais da língua de sinais ..............................13
1.3.1. Parâmetros................................................................................14
1.3.2. Convenções da Libras ..............................................................18
1.4. A aquisição da língua escrita por pessoas surdas ...................18
CAPÍTULO II - INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO ...............22
2.1. O computador como ferramenta de ensino .................................22
2.2. O papel do professor ...................................................................26
2.3. A internet na escola......................................................................28
CAPÍTULO III - FERRAMENTA COLABORATIVA PARA O
DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DO ALUNO SURDO...............31
3.1. A Informática Aplicada à Educação ...........................................31
3.2. O Experimento: Ferramenta Colaborativa .................................34
CONCLUSÃO ....................................................................................38
BLIOGRAFIA .....................................................................................39
ANEXOS ............................................................................................41
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Configuração das Mãos Fonte: Portal de Libras
Figura 2 – Sinais: APRENDER e SÁBADO
Figura 3 – Sinais: TRABALHAR, BRINCAR, ESQUECER e APRENDER
Figura 4 – Sinais: RIR, CHORAR, AJOELHAR e EM-PÉ
Figura 5 – Sinais: IR e VIR
Figura 6 – Sinais: ALEGRE e TRISTE
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo compreender como a informática
aplicada à educação pode contribuir na aprendizagem da escrita do aluno
surdo, visto que a legislação educacional que trata da inclusão tem se
aprofundado cada vez mais em busca da “escola para todos”.
Podemos constatar a trajetória das políticas públicas de inclusão a partir
das principais leis sobre a Educação para crianças com necessidades
educacionais especiais como, a Lei 7.853, de 1989, dispõe sobre o apoio às
pessoas portadoras de deficiência, sua integração social; a Declaração de
Salamanca, de 10 de junho de 1994, sobre princípios, políticas e práticas na
área das necessidades educacionais especiais; o Capítulo V da LDB, de 1996,
sobre a Educação Especial; a Resolução número 2, de 11 de setembro de
2001 que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica; o Decreto nº. 3.956, de outubro de 2001, que promulga a Convenção
Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala); a
Resolução do Conselho Nacional de Educação nº1/2002, que define que as
universidades devem prever em sua organização curricular formação dos
professores voltada para a atenção à diversidade e que contemple
conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades
educacionais especiais; a Política Nacional de Educação Especial na
perspectiva da Educação Inclusiva; a lei nº 10.436/02 reconhece a Língua
Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão; o Decreto
Nº. 5.626/05, que dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular,
a formação e a certificação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de
Libras; entre outras.
A informática aplicada à educação tornou-se uma aliada no processo de
ensino e aprendizagem para todos os alunos. Assim sendo o tema escolhido é
de grande relevância no que diz respeito aos alunos com deficiência auditiva e
surdez, porque apresentam maior dificuldade na língua portuguesa oral e
consequentemente na escrita.
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Vale ressaltar que a surdez no Brasil não é facilmente reconhecida na
sociedade como pessoas que possuem necessidades diferenciadas.
Entretanto, esse reconhecimento ocorre quando precisam se comunicar,
devido à dificuldade que apresentam no uso da linguagem coloquial oralizada,
praticada pelos indivíduos ouvintes. Sendo assim, nesse trabalho buscaremos
caminhos para otimizar a comunicação por meio das novas tecnologias com a
utilização da Internet, através das ferramentas informatizadas como
PowerPoint e editores de textos e principalmente o Google Docs, facilitando o
processo de aquisição da linguagem escrita, e consequentemente levará os
alunos surdos a alcançarem bons resultados na produção de textos
significativos.
Para tal propósito esse trabalho encontra-se subdividido em três
capítulos, sendo que primeiro trata do processo de aprendizagem da escritada
pessoa surda desde bebê até a idade adulta, através das estruturas
gramaticais da língua de sinais. Também definiremos a cultura e a comunidade
surda para compreendermos melhor a forma diferenciada e peculiar desse
grupo apreender o mundo que o cerca.
O segundo capítulo abordaremos sobre a informática aplicada à
educação, mostrando a importância do uso do computador como ferramenta de
ensino, a utilização da internet e o papel do professor nesse novo contexto
escolar.
E no terceiro e último capítulo de maneira mais específica mostraremos
como o uso de uma ferramenta informatizada colaborativa pode auxiliar no
desenvolvimento da escrita do aluno surdo.
Por fim, são tecidas as considerações finais, bem como a bibliografia de
apoio à pesquisa realizada.
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CAPÍTULO I
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA DA
PESSOA SURDA
Este capítulo pretende refletir sobre o desenvolvimento da escrita para a
pessoa surda.
Como a maioria das pessoas não compreendem as questões acerca da
surdez e o ensino da língua portuguesa escrita como L2 (segunda língua),
então trazemos estas reflexões para ampliar nossa visão sobre as pessoas
surdas e como se dá o seu processo de aprendizagem da escrita. A escrita é
uma função fundamental para a cognição, é através dela que os seres
humanos exteriorizam seus pensamentos, adquirem conhecimento e registram
as informações, utilizando um conjunto de símbolos criados e desenvolvidos
historicamente nas sociedades humanas. É através da escrita que se constrói
de novos conhecimentos, estreitando o caminho para as informações e
aumentando a capacidade de comunicação.
1.1. Estimulação precoce para bebês surdos
Para que o processo de aquisição da escrita do surdo tenha sucesso,
será importantíssimo abordar inicialmente sobre a estimulação precoce.
A estimulação precoce é de fundamental importância para o bebê que
nasce ou se torna surdo no período de zero a três anos de idade, porque
devidoà plasticidade neural, esse bebê poderá adquirir linguagem e se
desenvolver de forma mais natural possível. Importante ressaltar que para essa
tarefa,há a necessidade do apoio de um adulto surdo, para que o bebê tenha
um modelolinguístico da Língua de Sinais, além de representar as regras da
comunidade surda. Essa é uma tarefa difícil, e às vezes muito lenta. Por isso, a
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importância da pessoa surda adulta para facilitar o processo de
desenvolvimento do bebê surdo.
O adulto surdo tem o papel de estimular naturalmente o bebê surdo,
através da língua materna, no caso do Brasil, a LIBRAS – Língua Brasileira de
Sinais, passando para o bebê os seus métodos de comunicação e sua
identidade cultural.
A Língua Portuguesa nesse momento será aprendida gradativamente
pelo bebê surdo, e a partir dos três anos seria dada grande ênfase à escrita.
Mas, devemos sempre lembrar que o canal natural para o ensino e
aprendizagem do surdo é o visual.
2.2. Cultura e Comunidade surdas
A Cultura Surda diz respeito ao modo diferente que essas pessoas
têm de apreender o mundo. Felipe (2007, p.45), linguista, professora da
Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenadora do Programa Nacional
Interiorizando a Libras, explica que, a palavra “cultura” possui vários
significados. Relacionando esta palavra ao contexto de pessoas surdas, ela
representa identidade porque pode-se afirmar que estas possuem uma cultura,
uma vez que têm uma forma peculiar de apreender o mundo que as identificam
como tal. Para Anderson (1994, p.2), a cultura dos surdos sinaliza que as
normas, valores, tecnologia e linguagem dos surdos são diferentes dos de
outros grupos humanos.
Segundo a linguista surda Carol Padden (apud Felipe, 2007, p.45), há
uma diferença entre cultura e comunidade. Para ela, “uma cultura é um
conjunto de comportamentos aprendidos de um grupo de pessoas que
possuem sua própria língua, valores, regras de comportamento e tradições”. Ao
passo que “uma comunidade é um sistema social geral, no qual pessoas vivem
juntas, compartilham metas comuns e partilham certas responsabilidades umas
com as outras”. (Padden, 1989, p.5).
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Logo, podemos entender que para fazer parte da Cultura Surdaà pessoa
tem que assumir uma Identidade Surda. Não será o tipo e nem o grau de perda
auditiva que determinará essa condição, ou seja, não basta ser um deficiente
auditivo, tem que usar a mesma língua e compartilhar das mesmas crenças
das pessoas surdas.
E para fazer parte da Comunidade Surda, podem ser pessoas ouvintes e
surdas que compartilham de metas comuns e lutam pelos seus direitos de
igualdade em uma sociedade muitas vezes excludente. É através dessa
comunidade que se conquista os direitos políticos, como a cultura, educação e
trabalho, em busca da real inclusão social. De acordo com RANGEL (2004,
p.39):
3. Estruturas gramaticais da língua de sinais
Segundo Felipe (2007, p.21), “Os sinais são formados a partir da
combinação do movimento das mãos com um determinado formato, em um
determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço
em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas
aos fonemas e às vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros”.
“Significa “ser surdo” e optar por uma “política de
identidade” surda que existe no interior do povo surdo
Participar de uma política surda de e para surdos,
contribuindo para que cada vez mais as políticas surdas
tenham visibilidade na sociedade;
A comunidade surda não é só de sujeitos surdos, há
também sujeitos ouvintes – membros de família,
intérpretes, professores, amigos e outros – que participam
em compartilham os mesmos interesses em comuns em
uma determinada localização”.
(RANGEL, 2004, p.39).
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Figura 1 – Configuração das Mãos
Fonte: Portal de Libras (http://www.libras.org.br/libras.php)
1.1-1. – Parâmetros
Na Língua brasileira de sinais - Libras podemser encontrados os
seguintes parâmetros (FELIPE, Tanya Amara. LIBRAS em contexto: curso
básico, Brasília, 2007, p.21):
Configuração das mãos: são as formas das mãos, que são feitas
pela mão dominante (mão direita para os destros ou esquerda para
os canhotos), ou pelas duas mãos dependendo do sinal.
Os sinais APRENDER e SÁBADO têm a mesma configuração de
mão e são realizados em pontos diferentes no corpo.
Figura 2 – Sinais: APRENDER e SÁBADO
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Fonte: LIBRAS em contexto: curso básico (2007, p.22)
Ponto de articulação: é o lugar onde incide a mão predominante
configurada, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um
espaço neutro vertical (do meio do corpo até a cabeça) e horizontal
(à frente do emissor). Como por exemplo os sinais TRABALHAR e
BRINCAR que são feitos no espaço neutro e os sinais ESQUECER e
APRENDER que são feitos na testa.
Figura 3 – Sinais: TRABALHAR, BRINCAR,ESQUECER eAPRENDER
Fonte: LIBRAS em contexto: curso básico (2007, p.22)
Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não. Por
exemplo, os sinais RIR e CHORAR possuem movimento e
AJOELHAR e EM-PÉ não.
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Figura 4 – Sinais:RIR, CHORAR, AJOELHAR e EM-PÉ
Fonte: LIBRAS em contexto: curso básico (2007, p.22)
Orientação/direcionalidade: Os sinais têm uma direcionalidadecom
relação aos parâmetros acima. Assim, os verbos IR e VIR se opõem
em relação à direcionalidade.
Figura 5 – Sinais:IR e VIR
Fonte: LIBRAS em contexto: curso básico (2007, p.23)
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Expressão facial e/ou corporal: são de fundamental importância para
o entendimento real do sinal, poderíamos dizer que a entonação na
língua de sinais é a expressão facial, como os sinais ALEGRE e
TRISTE.
Figura 6 – Sinais: ALEGRE e TRISTE
Fonte: LIBRAS em contexto: curso básico (2007, p.23)
1.1-2. - Convenções da LIBRAS
Para a Libras ser representada de forma escrita será necessária algumas convenções (FELIPE, Tanya Amara. LIBRAS em contexto: curso básico, Brasília, 2007, p.24):
A grafia: os sinais em LIBRAS, para simplificação, serão
representados na Língua Portuguesa em letra maiúscula. Ex.: CASA,
INSTRUTOR.
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A datilologia (alfabeto manual): usada para expressar nomes de
pessoas, lugares e outras palavras que não possuem sinal, estará
representada pelas palavras separadas por hífen. Ex.: M-A-R-I-A, H-
I-P-Ó-T-E-S-E.
Os verbos: serão apresentados no infinitivo. Todas as concordâncias
e conjugações são feitas no espaço. Ex.: EU QUERER CURSO.
As frases: obedecerão à estrutura da LIBRAS, e não à do Português.
Ex.: VOCÊ GOSTAR CURSO? (Você gosta do curso?).
Os pronomes pessoais: serão representados pelo sistema de
apontação. Apontar em LIBRAS é culturalmente e gramaticalmente
aceito.
4. A aquisição da língua escrita por pessoas surdas
A aprendizagem sistematizada do saber, se inicia quando a criança
surda ingressa no sistema de ensino. Nesse momento ela é exposta a Língua
Portuguesa, um sistema linguístico que geralmente não domina ou domina
precariamente.
O aprendizado da escrita para as crianças surdas muito se diferi do
aprendizado para as crianças ouvintes, devido ao canal sensorial auditivo está
bloqueado para os sons. Sendo assim, será através da língua escrita que a
pessoa surda terá a possibilidade ao acesso da língua oral-auditiva,
proporcionando a interação com pessoas ouvintes não-usuários dalibras. A
tarefa de escrever é complexa, não bastando simplesmente à aprendizagem
dos códigos de uma língua. Requer do indivíduo habilidades para assimilar as
diferenças fonéticas, fonológicas, morfológicas e lexicais da língua, alémda
potencialidade de identificar as peculiaridades na estrutura sintática e na
significação e relações semânticas entre as palavras, como por exemplo, o
sentido da palavra cabeça, que varia dependendo do contexto: Ela cobriu a
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cabeça com lenço. (= parte superior do corpo humano); Ele é uma pessoa com
cabeça. (= inteligência); Quando fico nervoso, tento não perder a cabeça. (=
calma, controle); e Ele colocou-se à cabeça da manifestação. (= frente).
Devido a ausênciada audição impossibilitar o contato direto com a
linguagem oral, a pessoa surda fica prejudicada em seu desenvolvimento
emocional, comunicativo, educacional e do pensamento. Importante ressaltar
que a aquisição da linguagem éum fator primordial para a organização e
formação do pensamento, um atraso pode prejudicar a compreensão de
mundo, abstração e generalização. Neste sentido discorreFernandes (1990,
p.51):
Assim sendo, podemos observar que a Língua Portuguesa é um
instrumento linguístico que não facilita totalmente o intercâmbio do surdo com o
mundo, ela pode dificultar em alguns momentos. Em contrapartida, a Língua de
Sinais não é um código universal, mas sim, uma língua com suas diferenças,
que sofre as influências da cultura nacional e possibilita a interpretação,quando
se precisa estabelecer uma correspondência entre as duas línguas. Importante
ressaltar que cada país possui a sua própria língua de sinais e como qualquer
outra língua, ela também possui os regionalismos, ou seja, expressões que
diferem de região para região.
A LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais originou-se da Língua de Sinais
Francesa, ela deverá ser considerada a primeira língua (L1) de uma pessoa
surda, ou seja, a língua materna, devido a ser de natureza visuo-espacial-
“O atraso da linguagem advém da dificuldade em lidar com o
abstrato, uma vezque a linguagem é um processo abstrato do
conhecimento e esse retardo leva o surdo a ter um pensamento
mais concreto, dificultando sua internalização. Com isso, o surdo
também terá dificuldade em abstrair os conhecimentos
subjetivos do mundo e dos objetos, permitindo que sua
aquisição de linguagem abstrata seja bem restrita”.
(FERNANDES, 1990, p.51).
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motora, viabilizando o acesso mais fácil e natural a uma língua. Para isso, toda
criança surda deveria ser colocadaem contato regular com adultos surdos
fluentes em Libras, pois as crianças surdas, filhas de pais surdos geralmente
apresentam um bom desempenho acadêmico e psicológico, diferentemente
das crianças surdas filhas de pais ouvintes, por isso, essa necessidade de
proporcionar esse contato diário das crianças surdas filhas de pais ouvintes
com os adultos surdos, a fim de que aprendam sobre a cultura surda,
adquirindo uma linguagemde forma espontânea. De acordo com Kylle (1994,
p.12): "Para atingir uma boa educação para as crianças surdas, os pais
ouvintes precisarão de muita ajuda de um adulto surdo. Aprendendo sobre
experiência de vida de um adulto, esses pais podem desenvolver uma imagem
positiva de si próprios que refletirá no futuro de seus filhos".
A Língua Brasileira de Sinais – Libras é fundamental para o
desenvolvimento cognitivo dos surdos, ela pode ser comparável em
complexidade e expressividade a qualquer outra língua oral. Nesta abordagem
fica claro compreender que as línguas de sinais,
Então podemos entender que a boafluência em Libras,pode não facilitar
o bom desempenho da língua portuguesa oral, mas facilitará o
desenvolvimento da língua portuguesa escrita assim como o desenvolvimento
cognitivo, tão quanto ao de uma criança ouvinte, possibilitando o acesso a
níveis mais elevados de escolaridade. Antevendo a evolução escolar dos
alunos, em especial os surdos, vários teóricos e profissionais da educação vêm
buscando soluções para o desenvolvimento cognitivo destes. Sabendo que o
cérebro é provavelmente o sistema mais complexo conhecido, Nussenzveig
(2008, p. 09) afirma que, “a facilidade de acesso a técnicas computacionais
cada vez mais poderosas tem sido um dos principais fatores de estímulo às
“expressam ideias sutis, complexase abstratas. Os seus
usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de
esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para
fazer poesias, contar estórias, criar peças de teatro e humor”.
(FELIPE, 2007, p.20)
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pesquisas em complexidade”. A partir desta afirmação, desenvolveremos no
próximo capítulo sobre o uso da informática na educação, enfatizando a
importância do professor utilizar o computador como aliado no processo de
ensino-aprendizagem dos educandos.
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CAPÍTULO II
INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO As Universidades vêm discutindo há vários anos sobre informática
educativa, ou seja, ouso de computadores na educação. De acordo com
Nascimento (2007, p. 12),
A Informática Educativa ou InformáticaAplicada à Educação surgiu como
uma excelente forma de aprendizagem e um importante recurso pedagógicono
ambiente educacional. Por isso, trataremos esse assunto nesse capítulo,
abordando o uso do computador na escola, como uma ferramenta importante
para a prática pedagógica dosprofessores.
2.1- O computador como ferramenta de ensino.
Inicialmente o computador era visto pelos professores como um “ser de
outro mundo” ou uma máquina poderosa de difícil manuseio, distante de sua
prática. Por isso, muitos professores apresentavam dificuldades em dinamizar
ações pedagógicas utilizando as tecnologias de informática no ambiente de
aprendizagem escolar, envolvendo seus projetos de trabalho.
“os registros indicam que a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), foi à instituição pioneira na utilização do
computador em atividades acadêmicas, por meio do
Departamento de Cálculo Científico, criado em 1966, que deu
origem ao Núcleo de Computação Eletrônica (NCE). Nessa
época, o computador era utilizado como objeto de estudo e
pesquisa, propiciando uma disciplina voltada para o ensino de
informática”. (Nascimento, 2007, p. 12).
25
qualidade no processo educacional. E os laboratórios de informática
devidamente equipados e estruturados,são espaços importantes dentro das
escolas para beneficiartoda a comunidade escolar nesse processo. A escola
tem essa função de orientar o uso adequado desses instrumentos, visto que na
maioria das vezes os educandos fazem mau uso dessa ferramenta, limitando
as possibilidades, por isso, a escola deve entrar em ação e usar o seu poder
para promover o desenvolvimento humano e formar cidadãos preparados para
o futuro.
O desenvolvimento da tecnologia levou a humanidade a grandes
avanços na área da informática, possibilitando novas relações das pessoas
com o saber. Em dias atuais podemos realizar várias ações graças a esses
avanços, comose comunicar, fazer pesquisas, editar textos, criar desenhos,
entre outros. O uso do computador nos permite todas essas funções, que são
extremamente úteis no processo de ensino e aprendizagem. Através dessas
ferramentas os professores podem realizar projetos e atividades
interdisciplinares mais dinâmicos, com aulas mais interessantes, inovadoras e
criativas, que despertem nos alunos, o desejo de aprender,conhecer e
descobrir um novo mundo de conhecimentos. De acordo com Almeida,
Professora associada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(apud
Nascimento, 2007, p. 39):
“O problema está em como estimular os jovens a buscarnovas
formas de pensar, de procurar e de selecionarinformações, de
construir seu jeito próprio de trabalharcom o conhecimento e de
reconstruí-lo continuamente, atribuindo-lhe novos significados,
ditados por seusinteresses e necessidade. Como despertar-lhes
o prazer eas habilidades da escrita, a curiosidade para buscar
dados, trocar informações, atiçar-lhes o desejo de enriquecer
seudiálogo com o conhecimento sobre outras culturas epessoas,
de construir peças gráficas, de visitar museus,de olhar o mundo
além das paredes de sua escola, de seu bairro ou de seu país”.
(ALMEIDA, 1998).
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Na informática aplicada à educação os professores deixam de ser os
detentores do saber, e passam a ser os mediadores do processo de
conhecimento, possibilitando as trocas de experiências tanto entre o aluno X
aluno, quanto entre professor X aluno. A utilização e a apropriação das
ferramentas tecnológicas acontecem no decorrer do cotidiano escolar, de
acordo com os projetos desenvolvidos, que se dá de forma natural, permitindo
experimentar, errar e acertar. Esse processo também permite aos alunos o
sentimento de colaboração, estimulando a troca e o respeito entre colegas,
considerando que cada indivíduo é um ser único, sendo assim cada um tem um
ritmo de aprendizagem diferente. E será esse espírito colaborativo que
favorecerá o processo de construção cognitiva. “(...) ao trabalharmos com
novas tecnologias temos que ter como objetivo "a construção" e não a
instrução, pois assim daremos oportunidade para que os alunos sejam
protagonistas de suas aprendizagens, construindo sozinhos ou em grupos seus
novos conhecimentos”.(Magdalena e Costa, 2003, p. 16-17).
Existem escolas que possuem laboratórios de informática, mas utiliza
esse espaço, priorizando o aspecto administrativo, em detrimento o
aspectopedagógico. Nesse sentido, é importante reforçar que a informática
educativa, deve ter sempre uma preocupação pedagógica, onde o computador
é uma ferramenta de ensino, devendo ser utilizado para desenvolver atividades
em benefício dos conteúdos pedagógicos expostos em sala de aula. Para isso,
se faz necessário uma parceria entre os professores mediadores de informática
e os professores de sala de aula, e preferencialmente de forma interdisciplinar.
2.2- O papel do professor
O professor nessa nova perspectiva educacional, por muitas vezestem
um grande receio dos computadores, os enxergando como máquinas
poderosas que de alguma forma poderiam confrontar sua inteligência. Ou como
se o computador fosse uma espécie de “professor eletrônico”, e ele poderia ser
substituído por uma máquina, ou ainda, no qual se objetiva o ensino de
27
Informática, tornando o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação-
TIC’s uma prática relacionada com o ensino de técnicas.
Com o computador inserido no contexto escolar como recurso
pedagógico, cabe ao professor um novo papel. Ele deve proporcionar ao
aprendiz a possibilidade de desenvolver seus trabalhos em equipe, além de
enfatizarsua capacidade de criar, de pensar e de tomar decisões. O
professordeve assumir o papel de mediador, facilitador, organizador e parceiro,
atendendo às necessidades individuaisdos alunos.
Compreendemos que para obter sucesso nessas mudanças, será
preciso desenvolver políticas públicas que ofereçam aos professores
oportunidades para que possam conhecer e vivenciar experiências com o uso
das TIC’s em ambientes de aprendizagem e com a possibilidade de construção
de uma sociedade inclusiva, onde a Educação não seja encarada
simplesmente com transmissão de informações, mas sim como uma
construtora de conhecimentos. Estamos diante de uma nova era, em que teoria
e prática compartilham o mesmo espaço, desta forma se faz necessária requer
novas competências para o educador.
No cotidiano escolar devemos buscar iniciativas que otimizem a
mediação efetiva das TIC’s na Educação, não se trata de serem experiências
pedagógicas inovadoras ou não, mas sim de um processo de reflexão contínua
de melhoria das práticas pedagógicas.
A Escola atual não pode mais deixar de reconhecer a influência
dainformática na sociedade contemporânea e os reflexos dessa ferramentana
área educacional. Também, não pode restringir a informática naeducação à
informatização da parteadministrativa da escola ou ao ensino de técnica de
informática para os alunos. Ela deve inovar em busca de novas ideias quanto
ao uso dos laboratórios de informática, ou seja, redimensionar os conceitos
relativos ao espaço cibernético. Segundo Levy (2000, p. 5):
28
Ainda Levy (2000, p. 5) nos diz que,“a não linearidade desloca a
competência do professor para o lado do incentivo para aprender e pensar. O
docente torna-se um animador da inteligência coletiva de grupos (...), e
trabalha com diferentes níveis de aprendizagem”. O fato dealguns aprendizes
terem pouca ou não terem nenhuma fluência tecnológica não impossibilita o
desenvolvimento dos projetos. Muitas das vezes fica uma falsa ideia de que é
necessário ter domínio prévio do hardware e software como pré-requisito para
o uso e desenvolvimento de atividades que utilizem tecnologia. Porém, esses
conhecimentos podem ser adquiridos no dia-a-dia com o uso da ferramenta,
aos poucos e paralelamente.
2.3 - A internet na escola
É de conhecimento geral o fascínio das crianças e jovens pela internet.
A escola pode aproveitar e explorar essa pré-disposição dos alunos para
utilizara internet como mais um recurso dinâmico e interativo para facilitaro
processo de ensino-aprendizagem. No momento em que a escola se propõe a
utilizar a internet de forma planejada, à comunidade escolar obtem muitos
ganhos pedagógicos, como: acesso à pesquisa sobre diversos assuntos;
comunicação e interação com seus parceiros, com os professores e até com
outras escolas; descobrir curiosidades; desenvolver o raciocínio lógico;
desenvolver autonomia e liderançae principalmente desenvolver à escrita e à
leitura. Moran (apud Nascimento, 2007, p. 73) diz que:
“em seus estudos acena com a possibilidade de que o espaço
cibernético suporta tecnologias intelectuais que ampliam,
exteriorizam e alteram funções cognitivas humanas: a memória
(banco de dados, hipertextos, fichários digitais), a imaginação
(simulações), a percepção (sensores digitais, telepresença,
realidade virtual), os raciocínios (inteligência artificial,
modelização de fenômenos complexos), que contribuem para a
formação de um novo espaço - o espaço do saber”.
(Levy, 2000, p. 5).
29
Nesta perspectiva, o professor-mediador deverá fazer com que alunos
surdos e ouvintes utilizem a internet no contexto da Web 2.0, como fonte de
recursos para o aprendizado, ou seja, usando Docs compartilhados, Blogs,
redes sociais de relacionamento, compartilhando vídeos, fazendo download de
Podcasts e trocando informações com outras pessoas através de sites
conhecidos como Wikis. Entendemos que é através deste novo template que
os alunos poderão criar regras, elaborar e chegar aos conteúdos de que
necessitam de forma dinâmica e colaborativa, além de desenvolver a
capacidade dese monitorar e auto-regular, potencializando o próprio sistema.
Essa capacidade que as pessoas têm de compreender seu próprio
processamento cognitivo queé denominada como metacognição.
Além disso, as ferramentas colaborativas da web 2.0no contexto escolar
podem potencializar o processamento da informação, beneficiando o
desenvolvimento metacognitivo no que diz respeito à leitura e escrita, tanto
para as pessoas ouvintes quanto para as pessoas surdas.
A partir das discussões apresentadas neste capítulo, conseguimos
compreender que o professor em seu novo papel, o de mediador e orientador
do conhecimento,passará a respeitar o computador como ferramenta de
“A internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos
alunos pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveisde
pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se oprofessor
proporcionar um clima de confiança, abertura,cordialidade
com os alunos. Mais que a tecnologia, o quefacilita o processo
de ensino-aprendizagem é a capacidadede comunicação
autêntica do professor ao estabelecerrelações de confiança
com seus alunos por meio doequilíbrio, competência e
simpatia com que atua. O aluno desenvolve a aprendizagem
cooperativa, a pesquisa em grupo, a troca de resultados”.
(MORAN,1998, p. 33 ).
30
ensino, tornando-se conhecedor desse novo parceiro e transformando-o em
aliado na busca do conhecimento. Através de variadas possibilidades na
internet no contexto da Web 2.0, o professor poderá encontrar ferramentas
informatizadas que o auxiliarão na tarefa de transmitir conhecimento de forma
dinâmica e motivadora, como o uso de PowerPoint, Blogs,Google Docs,
etc.Afim de, demonstrar o uso de uma dessas ferramentas,escolhemosuma
ferramenta colaborativa denominada“Google Docs”, como um facilitador do
processo ensino e aprendizagem.
31
CAPÍTULO III
FERRAMENTA COLABORATIVA
PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DO ALUNO
SURDO
O uso do computador e da Internet no âmbito educacional possibilitou
grandes avanços no processo ensino-aprendizagem para todos os alunos.
Nesse capítulo mostraremos a grande contribuição desse novo paradigma
especialmente para os alunos surdos. Através de ferramentas colaborativas, o
aluno surdo poderá desenvolver a sua escrita, além de possibilitar uma maior
interação com os alunos ouvintes.
Esse trabalho apresenta o experimento realizado com alunos surdos e
ouvintes, utilizando a ferramenta Google Docs para a construção do texto. Para
a edição colaborativa desse texto foi escolhido o tema Bullying, por ser um dos
projetos que está sendo desenvolvida na Escola Municipal Professora Olga
Teixeira de Oliveira, situada no Município de Duque de Caxias, que atende
turmas do Ensino Fundamental 2º segmento.
3.1- Informática Aplicada à Educação
Inicialmente é importante compreender que o computador é apenas uma
ferramenta. Para que ele seja utilizado como recurso didático aplicado à
educação, necessita de professores capacitados para utilizar todos os recursos
oferecidos por este sistema tecnológico de forma significativa. Assim sendo,
não podemos utilizar os laboratórios de informática existentes nas escolas
como uma simples sala de entretenimento, onde o professor coloca qualquer
software para os alunos usarem, isso não gera aprendizado. Por isso a
necessidade de se trabalhar com projetos pedagógicos que envolvam a
utilização do computador e seus recursos. O aluno não pode ficar restrito a
32
uma simples digitação em bate-papos em sites de relacionamentos. Ele deve
ser estimulado a produzir conhecimentos com o uso do computador. Desta
forma, o professor deve ser um mediador e orientador do projeto nesse
processo. De acordo com Vygotsky (1991, p.13), “é pela mediação que se dá a
internalização (reconstrução interna de uma operação externa) deatividades e
comportamentos”.
O uso da Internet pode ser um grande aliado para o desenvolvimento
cognitivo dos alunos, mas para isso o professor deve tomar o cuidado para não
permitir o simples copiar e colar de conteúdos postados na internet. Importante
ressaltar que toda pesquisa e/ou outras atividades utilizando a Internet deve
ser orientada pelo professor para que estes façam o uso adequado dessa
poderosa ferramenta, e assim desenvolvam o real conhecimento. Segundo
Nascimento(2007, p.74):
Como professores mediadores e orientadores deve ser incentivado nos
alunos o a curiosidade e criatividade, assim mudando a postura do aluno de
passivo para ativo. Devemos mostrar ao aluno a sua capacidade de utilizar as
ferramentas tecnológicas de forma criativa e colaborativa. Os recursos que a
informática nos apresenta, pode ser um grande facilitador no trabalho
desenvolvido em sala de aula. Cabe ressaltar, que a informática aplicada à
educação sendo utilizada positivamente, auxiliará no desenvolvimento cognitivo
do aluno e consequentemente na aquisição da linguagem escrita.
“É preciso despertar, nos alunos, a consciência para a
realizaçãoadequada de pesquisas pela internet. Copiar e colar
ou,simplesmente, imprimir páginas de textos retirados dos
sítios,sem referências e sem qualquer reflexão ou análise crítica
porparte do aluno, é um comportamento que não pode ser
admitido.As pesquisas precisam ser devidamente orientadas”.
(NASCIMENTO, 2007, p.74)
33
No caso dos alunos surdos, poderão apresentar maior dificuldade na
aquisição da escrita, visto que este aprendizado está diretamente
correlacionado com a percepção auditiva, devido ao relacionamento dos sons
aos símbolos gráficos da escrita que caracterizam a língua materna áudio-
fonética. Para as pessoas surdas, a língua materna é viso-motora, dificultando
o processo de aprendizagem e a elaboração da escrita. Apesar dessa
dificuldade, Rinaldi (1998, p. 01) destaca que “um deficiente auditivo possui as
mesmas possibilidades de desenvolvimento da pessoa ouvinte, precisando, tão
somente, ter supridas suas necessidades especiais”.
Na informática aplicada à educação o sujeito se apropria das
ferramentas tecnológicas de acordo com a necessidade do uso, ou seja, a
aprendizagem das ferramentas informatizadas e/ou dos softwares ocorre
concomitantemente com o desenvolvimento do projeto que serão executados.
Também é oportunizado nesse processo as trocas de experiências entre os
participantes do projeto, favorecendo a aprendizagem de forma natural, através
das descobertas. Os participantes dessa forma buscam cada qual o seu próprio
caminho. E no processo final conseguem perceber que o trabalho ainda não
está pronto, porque está em permanente construção. O aluno sente-se cada
vez mais confiante e motivado.
No trabalho com grupos mistos, nesse caso ouvintes e surdos, favorece
o respeito ao ritmo de cada participante. Além de estimular a troca entre
parceiros, permitindo a cooperação e compreensão das diferenças, criando no
grupo de forma natural, regras autônomas de condutas de respeito mútuo. O
trabalho com a informática educativa permite a colaboração e a construção por
parte de todos, onde os conhecimentos são compreendidos e assimilados. Se
constitui no uso reflexivo da cognição, onde o sujeito torna-se capaz de
controlar o seu próprio processo de aprendizagem, estruturando a lógica e, por
consequência, tomar consciência do caminho que ele utiliza para a construção
do conhecimento. Hernández (apud Carmo, 2001, p. 02) diz que:
34
Importante ressaltar que quando a escola favorece atividades
estimuladoras e dinâmicas, motiva e despertar o interesse do aluno para
aprender determinadas tarefas, na consequente compreensão e domínio de
determinada regra, acelerando seu desenvolvimento.
3.2- O Experimento: Ferramenta Colaborativa
Considerando as diferenças entre pessoas surdas e ouvintes, a
comunicação por meio de novas tecnologias, utilizando-se a internet, além de
desenvolver a cognição, também pode ajudar a superar os obstáculos e
contribuir para melhorar a integração entre surdos e ouvintes.
A escrita colaborativa pode facilitar, permitindo que a diversidade de
conhecimento e de habilidades possam ajudar indivíduos que sozinhos teriam
dificuldade em formalizar determinado conhecimento ou construir uma solução.
“O caminho que vai da informação ao conhecimento pode ser
realizado por diferentes meios e segue diversas estratégias (não
usamos este termo no mesmo sentido do que se conhece por
estratégias de aprendizagem, ou seja, como caminho pré-fixado ou
treinamento cognitivo). Uma das mais relevantes seria a
consciência do indivíduo sobre seu próprio processo como
aprendiz. Consciência que não é estabelecida de forma abstrata e
seguindo princípios de generalização, mas em relação com a
biografia e a história pessoal de cada um. Neste processo, as
relações que vão se estabelecendo com a informação são
realizadas à medida que ela "vai se apropriando" (transferindo,
colocando em relação...) de outras situações, problemas e
informações, a partir da reflexão sobre a própria experiência de
aprender entre outros possíveis caminhos e opções”.
(Hernández, 1998)
35
Dessa forma, os problemas podem ser melhor resolvido por um grupo de
indivíduos trabalhando de maneira colaborativa, do que isoladamente.
A ferramenta colaborativa também promove o desenvolvimento da
capacidade de argumentação dos indivíduos envolvidos. Segundo Albino e
Ramos (2006, p. 49), “a criatividade aumenta, estimulada pelas discussões e
controvérsias, e o indivíduo aprende a aceitar riscos e divergências de
pensamento, gerando o conflito que proporciona o crescimento e a maturação”.
Isso propicia o desenvolvimento da consciência e aproveitamento das próprias
capacidades, tanto individuais quanto coletivas.
Sendo assim, foi realizado um experimento com um grupo misto
formado por alunos ouvintes e surdos incluídos em uma classe comum da
Escola Municipal Professora Olga Teixeira de Oliveira, no laboratório de
informática. Esse experimento envolveu a produção de um texto de maneira
colaborativa, onde foi utilizada a ferramenta informatizada do Google,
denominada de Google Docs, conforme anexo 1 (um). Refere-se a um sistema
gratuito e de fácil acesso, sendo necessário apenas de um cadastro de e-mail.
E serve para criar e partilhar trabalhos on-line em tempo real ou não.
Foi realizado uma produção de texto de maneira colaborativa, vide
anexos 2 (dois) e 3 (três), que contou com a participação de um grupo
composto por 5 (cinco) alunos surdos e 5 (cinco) alunos ouvintes, incluindo o
moderador do grupo que é ouvinte. O moderador do experimento é a autora
dessa pesquisa, que iniciou o texto e explicou aos participantes sobre o
desenvolvimento da tarefa de edição colaborativa. Para o bom entendimento
dos co-autores surdos, a comunicação utilizada foi a Língua Brasileira de
Sinais (LIBRAS). O tema do texto produzido foi definido, a saber: "Todos contra
o bullying". A escolha desse tema considerou essa onda de atitudes
agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que vem ocorrendo
dentro das escolas, sem motivação evidente, causando dor e angústia. O
bullying sempre deixa o ambiente contaminado e os alunos, sem exceção, são
afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
Considerando o projeto desenvolvido na escola, que surgiu para intervir contra
o bullyingde forma mais efetiva e intensa, a fim de excluir essa prática do
38
CONCLUSÃO A escola deve assumir um novo papel noprocesso de ensino-
aprendizageme o professordeve assumir uma nova postura diante das novas
tecnologias. Ele deve proporcionar ao aprendiz a possibilidade de desenvolver
seus trabalhos em equipe, enfatizando no aluno a sua capacidade
criativa,pensante e autônoma.
As pessoas surdas e deficientes auditivas há décadas vêm enfrentando
vários obstáculos na sua comunicação e interação com as pessoas ouvintes,
mesmo tendo iguais possibilidades de desenvolvimento cognitivo.Nesse
sentido, o professor nesse novo contexto das novas tecnologias, assumi o
papel de mediador e facilitador, atendendo às necessidades individuais dos
alunos, independentemente de suas diferenças.
O trabalho de parceria do professor com os demais personagens
inseridos na comunidade escolar deve ser realizado de forma efetiva, para que
a informática seja utilizada da melhor forma como um real recurso pedagógico,
visando o desenvolvimento cognitivo dos alunos surdos e ouvintes,
principalmente no processo de aprendizagem da escritada pessoa surda.
Importante ressaltar que o professor deve conhecer as estruturas gramaticais
da língua de sinais e a cultura e a comunidade surda para compreender melhor
a forma diferenciada e peculiar desse grupo apreender o mundo que o cerca.
Considerando as diferençasentre pessoas surdas e ouvintes,
verificamos que a comunicação por meio das novas tecnologias, principalmente
a informática aplicada à educação, com a utilização da Internet e as
ferramentas informatizadas, ajuda a superar obstáculos e contribui na
aprendizagem da escrita do aluno surdo.
A Informática aplicada à educação otimizaa comunicação por meio das
novas tecnologias com a utilização da internet. Cabe salientar que a utilização
da ferramenta informatizada Google Docs, favoreceo processo de aquisição da
linguagem escrita dos alunos surdos, os levando a alcançar bons resultados na
produção de textos significativos. E mais do que isso, pôde-se observar que o
39
processo de escrita colaborativa não apenas facilitou a interação do grupo
nessa atividade, mas também promoveu maior aceitação dos colegas surdos,
colaborando para o crescimento do vínculo social dos mesmos. Essa mudança
atitudinal pressupõe a transformação dos alunos em cidadãos íntegros e
felizes.
A escola tem um papel importante na formação dos seres humanos,
devendo assegurar conhecimento, transformado os alunos em sujeitos
pensantes, capazes de utilizar seu potencial de pensamento na construção e
reconstrução de conceitos, habilidades e valores.
40
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41
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42
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 - Tutorial para a utilização do Google Docs.
Anexo 2 - Construção do texto no Google Docs
Anexo 3 - Texto: “Todos contra o bullying” – Editado no Google Docs.
43
Anexo 1
TUTORIAL PARA A UTILIZAÇÃO GOOGLE DOCS
Entrar no google e selecionar Docs
Fazer o login utilizando o e-mail gmail
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Anexo 3
TEXTO: “TODOS CONTRA O BULLYING”
EDITADO NO GOOGLE DOCS.
“TODOS CONTRA O BULLYING” A palavra BULLYING é de origem inglesa e significa “valentão”. Muitas pessoas confunde o bullying como a prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas, mas na verdade é algo muito mais agressivo e negativo. É uma prática que ocorre repetidamente quando há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, podemos entender que essa prática se concentra na combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas, geralmente mais passivas. É uma forma de abuso psicológico, físico e social.
Muitas vezes, o bullying ocorre na presença de um grande grupo de espectadores relativamente descomprometido.Obully pode criar a ilusão de que ele ou ela tem o apoio da maioria presente que tem o medo de 'falar' em protesto das atividades de bullying sendo observado pelo grupo. Ver bullyng escola estudou muito ruim porque triste coração sofrer .Pessos precisar pagar castigo aprender nunca mais bullyng. Loiany escreve.
A "mentalidade bully” dentro de um grupo geralmente prejudica o grupo gasta tempo, energia, dificultando a união e a amizade . As pessoas que sofrem ficam muito tristes e pode até ficar doente de depressão. O bullying é muito sério e pode causar danos na vida de uma pessoa e prejudicar o futuro dessa pessoa.Obullying pode afetar a vida de uma pessoa de três maneiras:físicam,moralmente e verbalmente.Obullying é sério e pode fazer com que essa pessoa que sofreu bullying prejudicar o futuro como aquele caso em realengo que um homem entrou na escola e matou um monte de crianças em realengo.O principal a se fazer quando se sobre bullying é dizer ao seu responsável ou á algém de sua escola pois medidas sérias seram tomadas contra essa pessoa que pratica o bullying e essa pessoa deve ser punida sériamente pois bullying é e sempre sera'um crime. O bullying é muito cuidado pode pessoas perigosos.Podeacontenceu lembrar desaparecidos ou achar mortos, vocês conhecer Bruna? não. Mas colegas delas surdos foi zombas rir para Bruna. Ela ficar triste não querer escola difícil. O bullying na escola também pode fazer com que a pessoa que sofre de bullying não querer ir mais á escola!O bulling pode fazer com que as pessoas se sinta invergonhada ! Também existe o bullyingverbal : que são os apelidos,ameaças e as gozações!!Quem pratica o bullying não sabe como é ruim!!!
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O bullying um destroi a vida de um ser humano, todas as pessoas merececem respeito. by:lethicia! O bullying tudo que errado, por que explicar escola grupo pessoas provoca outras pessoas diferente. Exemplo: um jovem briga zomba rir e outro triste, chavteado. Ninguém poder fazer outro pessoa triste. Deus não gosta porque importante todo mundo junto feliz.
Bullying uma palavra que pessoas acham q acontece só em escolas, mais essas pessoas que acham que Bullyingocorre só em escolas está muito enganado, podemos ver vários tipos de Bullying, e em varios lugares não somente em escolas mais também em outros lugares como: empresas, entre outros, mais na verdade mesmo podemos ver Bullyingem todos os lugares. Sei que nem todos praticam o Bullyingmais entre 100%, 90% e praticante do Bullying. Muitas pessoas sofrem por Bullying porque se vestem diferente entre outros, mais os que praticam o Bullying não sabe o quanto as pessoas sofrem por isso, muitas já chegaram a se matar por isso, mesmo o Bullying sendo crime muitas crianças fazem isso, não somente criança mais para a vergonha muitos adultos também praticam o Bullying. Então aqui fica minha mensagem sobre o Bullying. (Débora) Bullying.oq realmente eu acho dele?? Nossa acho que é pior que uma doença, tem gente que acaba morrendo por causa disso Muitas pessoas pratica por diversão sem intenção de machucar a pessoa atingida mais tem outras que faz de proposito BULLYING e coisa seria é da ate cadeia Diga não ao Bullying By:Millena Cristina Bullyng pra mim é uma coisa que não deve ser feita por nimguem por que só pessoas que não tem o que fazer que praticam o bullying. O bullying prejudica muito as pessoas que estão sendo atingidas é pode atrapalha pisicologicamente e emocionalmente. DIGA NÃO AO BULLYING by: Nathalia GRUPO (10 alunos e 1 mediadora): SURDOS: Loiany, Michael, Bruna, Angelis e Gabriel OUVINTES:Millena, Tamirys, Nathalia, Luinar e Debora MEDIADORA: Letícia
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:AVM Faculdade Integrada
Título da Monografia: Educação Inclusiva e Informática Aplicada a
Educação: Refletindo sobre a Aprendizagem da Escrita do Aluno Surdo.
Autor: Letícia Peçanha Medeiros da Cunha
Data da entrega: 02/03/2012
Orientado por: Prof. Ms. Maria da Conceição Maggioni Poppe
Avaliado por: Prof. Ms. Maria da Conceição Maggioni Poppe e
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho.
Conceito: 10,0
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