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Cinco estudantes universitários oriun-dos da Ucrânia trabalharam afincada-mente e venceram a final internacionalda edição de 2009 do Global Manage-ment Challenge. Para chegar ao topo aequipa teve de fazer frente a mais 24países, oriundos de vários cantos domundo, desde a Europa até ao conti-nente americano.

A formação portuguesa era constituí-da por três quadros da Critical Manu-facturing. Apesar de bem preparados,

uma má decisão afastou-os dos oito lu-gares cimeiros desta prova de estraté-gia e gestão que conta com 31 anos deexistência.

O Global Management Challenge che-gou à Ucrânia há cerca de quatro anose esta foi a primeira vitória do país anível internacional. Depois da Rússiater vencido a edição de 2008, foi a vezde mais um país do Leste europeu pro-var as capacidades de gestão desta zo-na da Europa. Situação que já tinha

ocorrido em 2004 com a vitória da Po-lónia e em 2006 com a República Che-ca. Cada vez mais os países do Lesteeuropeu mostram as suas capacidadesneste evento de gestão. A China, equi-pa temida pelas suas cinco vitórias quealcançou em 15 anos de participação,chegou apenas ao sexto lugar e Macauao sétimo. Hong Kong ficou com aquarta posição.

A Rússia foi o país anfitrião da finalinternacional. A cidade de Khanty-

Mansiysk, na Sibéria foi o local escolhi-do para acolher o evento. A organiza-ção russa promoveu ao máximo o con-vívio entre as comitivas e mostrou co-mo a Sibéria está longe de ser apenas olocal para onde se deportavam pes-soas. A região tem uma história rica euma cultura que a diferencia.

No próximo ano as equipas vão com-petir pelo título de campeão em Ma-cau. Será a terceira vez que o territórioacolherá esta iniciativa.

Ucrânia vence final internacionalO Leste europeuesteve em alta coma vitória da equipaucraniana e oterceiro lugar obtidopela Rússia

A equipa vencedora do Global Management Challenge2009 ergue bem alto o prémio recebido e faz-se

acompanhar de Pedro Alves Costa, à direita na foto,vice-presidente da organização internacional

A formação da Finlândia (foto à esquerda) ficou em segundo lugar e a Rússia (ao centro) em terceiro. A equipa portuguesa (foto à direita) esteve ausente dos lugares cimeiros

“O mais importante neste desafioé a capacidade de desenvolvimento dascaracterísticas fundamentais para o exercícioda gestão e que são: a capacidadedo trabalho em equipa; a rapidezna tomada de decisão;a capacidade de avaliaçãodo impacto da tomadade decisão a curtoe a longo prazo” P4

“O Global Management Challenge é umacompetição que promove a competitividade

saudável entre jovens num domínio tãoimportante como é o da gestão. E issoé uma forma importante de promover

a qualificação de quadros,capacitando-os através de

exercícios que, embora simulados,treinam a capacidade de

intervenção e decisão rápida” P4

José Vaz Pinto(Singular)

Alexandre Rosa(IEFP)

ExpressoEste caderno faz parte integrante do Expresso nº 1961

de 29 de Maio de 2010, não podendo ser vendido separadamente

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Textos de Maribela Freitas

Aequipa da Ucrânia ven-ceu a final internacio-nal do Global Manage-ment Challenge 2009,que se realizou estemês, nos dia 17 e 18,em Khanty-Mansiysk,na Sibéria. Formadapor cinco jovens estu-

dantes universitários, a formação lutouafincadamente perante mais 24 países efoi por uma pequena diferença que supe-rou a concorrência. Portugal ficou forados oito lugares cimeiros, uma vez quenão passou da semifinal.

Depois de no ano passado a final inter-nacional ter ocorrido em Lisboa, foi a vezda Rússia ser o país anfitrião. Ao todo es-tiveram em campo 25 países oriundos decontinentes tão diferentes como Améri-ca, África ou Ásia. Como é habitual, a fi-nal dividiu-se por dois dias. No primeiro,o da semifinal, estiveram presentes os 25países que estavam a competir pelo título

de campeão. As equipas foram distribuí-das por quatro grupos e as duas maisbem classificadas de cada grupo disputa-ram no dia seguinte a finalíssima.

Portugal competiu na semifinal integra-do num grupo onde figuravam também aFinlândia, França, Hungria, Índia e aUcrânia. A competição foi feroz e a equi-pa nacional não conseguiu classificar-separa a finalíssima. “Na primeira decisãoestávamos bem, mas depois cometemosum erro de previsão provocado por umasituação nova de que não nos apercebe-mos e não foi possível corrigi-la a tem-po”, contou Francisco Almada Lobo, che-fe da equipa nacional, no final do primei-ro dia de competição, depois de saberque a sua formação não se tinha qualifica-do para o dia seguinte. Do seu grupo saiupara a finalíssima a Ucrânia e a Finlân-dia, equipas que haveriam de ficar respec-tivamente em primeiro e segundo lugar— factor que atesta que Portugal estavanum dos grupos mais fortes desta finalinternacional.

No dia da finalíssima sentia-se no ar atensão entre as equipas. Alemanha, Ma-

cau, Rússia, Ucrânia, Finlândia, HongKong, Turquia e República Popular daChina foram as formações presentes. “Ogrupo é muito forte e competitivo”, foiuma das frases mais proferidas pelasequipas que estavam a tentar obter o títu-lo de campeão. Rússia, Hong Kong e aUcrânia eram os mais temidos. Um prog-nóstico que afinal acabou por se revelaracertado, uma vez que foi a Ucrânia quese sagrou campeã e levou para o seu paísa primeira vitória internacional nestacompetição.

Vitória do Leste

O último dia de prova acabou com umjantar de gala realizado num edifício deespectáculos, localizado no centro da ci-dade de Khanty-Mansiysk. No evento fo-ram revelados os vencedores da noite.Depois de anunciados os resultados, a fe-licidade da comitiva ucraniana era maisque evidente. “A competição foi muitoforte e não foi fácil ganhar, mas o factode termos conseguido prova que a Ucrâ-nia tem capacidade para ser competiti-

va”, frisou Markiin Serchynskyi, líder daequipa vencedora, após o anúncio dos re-sultados. Contava ainda o líder que du-rante as cinco decisões que tiveram detomar nem sempre estiveram no topo,mas no fim conseguiram vencer. A felici-dade de levarem para casa o título eravisível, ao ponto de Markiin Serchynskyiafirmar: “Não há pessoas mais felizes doque nós hoje”.

A alegria da vitória foi partilhada comAnna Degtereva, organizadora na Ucrâ-nia do Global Management Challenge.“O resultado obtido mostra aos estudan-tes ucranianos que se trabalharem po-dem atingir grandes objectivos. Vimoshoje que a Ucrânia tem futuro e esse futu-ro são os jovens estudantes, que serão osgestores de amanhã”, referia visivelmen-te emocionada Anna Degtereva. A Ucrâ-nia aderiu a esta competição portuguesahá cerca de quatro anos e, com esta vitó-ria, posicionou-se como um dos países atemer nas finais internacionais.

Em segundo lugar ficou a equipa da Fin-lândia. Em oposição aos vencedores, o de-sapontamento era visível no rosto dos três

A equipa de Macau (foto à esquerda) ficou em sétimo lugar. Na imagem ao centro vislumbra-se o aspecto festivo do jantar de gala do Global Management Challenge 2009 e a organização (foto da direita) d

Estudantes na liderançaKHANTY--MANSIYSK FOI ACIDADE DA SIBÉRIAQUE ACOLHEUA FINALINTERNACIONALDA EDIÇÃO DE2009 DO GLOBALMANAGEMENTCHALLENGE

Final internacional Estiveram presentes no evento 25 países e foi a equipa da Ucrânia que se sagrou vencedora

COMPETIÇÃO

II ECONOMIA

Expresso, 29 de

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Representantes da organizaçãointernacional e da russa, proferiram

um breve discurso na entregados prémios (fotos em cima

à esquerda). Depois de seremconhecidas as classificações, váriasdas formações presentes no evento

ergueram as bandeiras dos seuspaíses num fraterno convívioe posaram para a fotografia

jovens chineses a estudar na Finlândia eque representaram este país na final. Estafoi a sua segunda participação numa finalinternacional, e depois de, no ano passadoem Lisboa, terem ficado em terceiro, esteano conseguiram apenas o segundo lugar.

A Rússia foi o país que se classificou emterceiro lugar. No início do dia da finalís-sima, Anton Fedorov, líder da formação,queixava-se da estratégia da China, Ma-cau e Hong Kong, que tinham optado porbaixar os preços. Uma estratégia que nãolhes serviu de muito, uma vez que HongKong ficou na quarta posição, a China nasexta e Macau na sétima.

Durante a finalíssima, a Turquia foi umdos países que esteve no topo nalgumasdecisões. Contudo, no final do dia só con-seguiu a quinta posição. No primeiro diade prova, Kaya Duman, líder da forma-ção turca, não se mostrava muito confian-te no seu desempenho. No entanto passa-ram para o dia seguinte, feito esse quelevantou os ânimos aos elementos da Tur-quia. Apesar de não terem vencido, aquinta posição tornou-os competidoresfortes. Mais ainda tendo em conta que es-

te país desenvolve esta prova apenas háquatro anos. A Alemanha classificou-seem oitavo lugar.

Uma das mais recentes adesões ao Glo-bal Management Challenge foi o Gana,cujos representantes estiveram pela pri-meira vez numa final internacional. Ri-chard Leigh, o líder da equipa, conside-rou a prova “muito desafiadora. Existemmuitas dinâmicas e está sempre tudo amudar”. Talvez por isso não tenham pas-sado da semifinal. Arnold Parker, organi-zador da competição no Gana, acompa-nhou a sua equipa à Rússia. Contou que aedição de 2009, a primeira realizada noGana, teve 93 formações inscritas. As ex-pectativas para a edição de 2010 estão al-tas e Arnold Parker acredita que mais es-tudantes e quadros de empresas vãoapostar numa participação no Global Ma-nagement Challenge.

Depois de na Rússia terem estado pre-sente 25 países, espera-se que a próximafinal internacional congregue cerca de32 países, tendo em conta as novas ade-sões à competição, das quais se destaca aVenezuela, Cazaquistão e Moçambique.

A final internacional da edição de 2009do Global Management Challenge tevepela primeira vez uma cerimónia deabertura. O objectivo do evento foi pro-mover o contacto entre as equipas, co-mitivas e entidades locais, antes do iní-cio da competição. Foi também nestafesta que se procedeu à distribuição das25 equipas pelos quatro grupos em quese integraram para disputar a semifinal.

A festa começou com as boas-vindasde Natalia Zapadnova, governadora deKhanty-Mansiysk, região autónoma deOkurg-Ugra, na Sibéria. Visivelmenteemocionada com a presença de comiti-vas de países tão diferentes, lembrouque a Sibéria é muito mais do que a re-gião da Rússia para onde eram deporta-dos aqueles que não concordavam como regime vigente. “Estamos orgulhosospor receber este evento de gestão”, re-feriu. Um evento que serviu também pa-ra promover uma zona da extensa Sibé-ria e mostrar aos presentes a beleza dasua cultura. O encanto desta pequenacidade siberiana ficou bem patente noespectáculo de danças e cantares típi-cos apresentado na cerimónia de aber-tura. O colorido dos trajes tradicionaise a beleza dos cânticos entoados nãodeixaram as comitivas internacionaisindiferentes.

A seguir às danças, a organização pro-cedeu ao sorteio para dividir as 25 equi-pas a competir pelo título internacionalem quatro grupos. O primeiro integrouo Gana, Hong Kong, China, Polónia,Singapura e Eslováquia. O segundo aFinlândia, França, Hungria, Índia, Por-tugal e Ucrânia. Bielorrússia, Brasil, Di-namarca, Alemanha, Itália e Macauconstituíram o terceiro grupo. E Aus-trália, República Checa, Grécia, Méxi-co, Roménia, Turquia e Rússia comple-taram o quarto. Assim organizados,apenas duas equipas de cada grupo figu-raram na finalíssima, de onde, como jáfoi referido, a Ucrânia saiu vencedora.

Vyacheslov Shoptenko, organizadorrusso do Global Management Challen-ge, espera que “a partir de agora a ceri-mónia de abertura se torne numa tradi-ção”. Na sua perspectiva, este evento éideal para quebrar o gelo entre as equi-pas, uma vez que se realiza um dia an-tes de as formações começarem a com-petir umas contra as outras.

Ainda no domínio das novidades, a or-ganização russa realizou uma conferên-cia sobre a Skolkovo Moscow School ofManagement. Aqui foram dados a co-nhecer os MBA e Executive MBA minis-trados por esta instituição, que queratrair público estrangeiro.

distribui as formações pelos grupos para a semifinal

A parceria entre o Canal UP e o GlobalManagement Challenge dura há trêsanos. A sua criação e manutenção temcomo objectivo promover a competiçãono meio universitário.

O Canal UP emite para o mundo univer-sitário e dá cobertura a toda a academianacional. “Apoiamos as iniciativas acadé-micas que consideramos meritórias eque necessitam de promoção, visibilida-de e apoio para potenciar o seu sucesso”,revela André Sousa, director comercialdo Canal UP.

Foi por esta razão que estas duas mar-cas se associaram e até agora, o balançoda união é positivo. “É uma parceria está-vel e existe já uma associação entre asduas marcas, no contexto universitário”,refere o director comercial.

Apesar de não ser uma competição aca-démica, o Global Management Challen-

ge desperta grande interesse no meio uni-versitário, e anualmente conta com cente-nas de equipas inscritas, provenientesdeste meio. Nesta medida, o Canal UP éencarado como um parceiro estratégicoque divulga as acções da competição jun-to da comunidade académica.

André Sousa considera que é umamais-valia para o Canal UP estar ligado auma prova de estratégia e gestão. “A as-sociação a uma iniciativa reconhecida pe-los estudantes como sendo profissional,bem-sucedida e com dimensão, sãomais-valias para um projecto como o nos-so”, frisa. Além da divulgação da prova, oCanal UP apoia ainda a inscrição de equi-pas, acção que é encarada como maisuma forma de promover a proximidade einteractividade com o estudante universi-tário. “São valores que o Canal UP muitopresa e defende intransigentemente”, sa-lienta André Sousa.

O contributo para a promoção do em-preendedorismo nacional, num contextoeconómico que não só o valoriza, comodele necessita, é uma das principais quali-

dades do Global Management Challenge,que o director comercial do Canal UP des-taca. Na sua perspectiva, os estudantesque participam na iniciativa encontramnela uma oportunidade de adquirir no-vos conhecimentos e de contactar com omercado de trabalho. “A competição fun-ciona como um complemento à forma-ção que os estudantes recebem nas esco-las e experimentam um ambiente próxi-mo da realidade profissional, que os pre-para para o futuro próximo, podendo atécaptar o interesse das empresas envolvi-das na prova”, acrescenta André Sousa.

Apesar de o Global Management Chal-lenge ser uma simulação virtual, as equi-pas são chamadas a decidir sobre aspec-tos que têm consequências práticas nodestino do negócio que estão a gerir. “Oambiente competitivo, o contacto comdiferentes dimensões do negócio e o re-flexo das decisões tomadas na cotaçãoda empresa são seguramente mais-va-lias na preparação destes estudantes pa-ra o mercado”, finaliza o director comer-cial do Canal UP.

Foi há 15 anos que o Global Manage-ment Challenge chegou às longínquas pa-ragens da República Popular da China eda Região Administrativa Especial deMacau. Para comemorar esta data, a or-ganização internacional da competiçãodecidiu que seria Macau a organizar apróxima final internacional referente àedição de 2010 do Global ManagementChallenge. O evento está agendado paraAbril de 2011 e espera-se que estejampresentes mais de 30 países a competirpelo título de campeão internacional.

A chegada à Ásia foi um marco na inter-nacionalização desta competição portu-guesa. Para a organização foi um feitomemorável e este ano comemora o seu15º aniversário. Luís Alves Costa, presi-dente da SDG, considera que “foi umaousadia levar este tipo de competição pa-ra um país como a China”.

Macau aderiu à competição na mesmaaltura que a República Popular da Chinae será o anfitrião da próxima final inter-nacional. Paulina Luk, organizadora doGlobal Management Challenge neste ter-ritório, considera que “a realização desteevento é uma boa oportunidade para oOcidente entrar em contacto com oOriente”. Antiga colónia portuguesa, Ma-cau é um destino que toca na alma nacio-nal. Para além dos muitos locais de diver-são que o território tem para oferecer,os visitantes podem desfrutar da sua ricahistória, cultura e contactar com o queainda resta da presença portuguesa nes-ta paragem distante.

“É importante para Macau receber a fi-nal da edição que marca os 15 anos deentrada da competição na Ásia”, referePaulina Luk. Localmente e no últimoano participaram na prova 293 forma-ções de quadros e estudantes. O facto dena edição de 2007 Macau ter sido o ven-cedor internacional, deu novo folgo aoGlobal Management Challenge na re-gião. “Funcionou como um incentivo pa-

ra continuarmos e para mais pessoasquererem participar”, acrescenta Pauli-na Luk.

Desde que integra esta competição, aRepública Popular da China já venceupor cinco vezes a final internacional. Aúltima vez foi em 2005, mas, mesmo as-sim, as equipas oriundas deste país conti-nuam a ser vistas como das mais compe-titivas e por isso temidas pelos restantesparticipantes. Neste país, a popularidadedo Global Management Challenge égrande. “Contamos na edição deste anocom cerca de 1200 formações”, refereFrank Zhuge, organizador chinês da pro-va. É o país que mais formações agrega,seguido da Rússia e depois por Portugal.

Na República Popular da China, a popu-laridade da competição “é maior entreos estudantes do que nos quadros de em-presas”, conta Frank Zhuge. No caso dosestudantes, uma vitória internacionaltem um alto impacto nas suas carreiras,uma vez que lhes abre perspectivas e pornorma surgem boas oportunidades detrabalho.

Canal UP divulga competiçãoA actuar no meio universitário,o Canal UP divulga o GlobalManagement Challenge juntodo seu público-alvo

Naturais de Khanty-Mansiysk mostraram as danças e cantares típicos da região

Macau organiza final de 2010

Pela primeira vez uma finalinternacional contou comum evento de abertura que juntouequipas e entidades locais

A escolha de Macau para organizara próxima final internacionalestá relacionada com os 15 anosde existência da prova no território

Rússia cria cerimónia de abertura

ECONOMIA IIIe Maio de 2010

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‘‘A competição promove a qualificação’’

ASingular International éa mais recente patroci-nadora do Global Mana-gement Challenge. José

Vaz Pinto, director-geral da em-presa, encara a ligação a estacompetição como uma forma dedar a conhecer a acção da Singu-lar International. Esta parceriapermite ainda à empresa contac-tar com quadros e estudantes,potenciais talentos que possaminteressar aos seus clientes.

“Como empresa de executivesearch fazemos a ponte entre ostalentos e as empresas que pre-cisam desses mesmos talentos.Participar nesta iniciativa per-mite-nos travar contacto comorganizações a quem podemosdar a conhecer os nossos servi-ços e com quadros que podere-mos vir a recrutar ou aconse-lhar aos nossos clientes no futu-ro”, refere José Vaz Pinto. Sãoestas, em suma, as razões quemotivaram a parceria estabele-cida entre esta empresa de exe-cutive search e o Global Manage-ment Challenge.

José Vaz Pinto é um entusiastadesta competição de estratégiae gestão, organizada há mais de30 anos pelo Expresso e pelaSDG. Na sua opinião este desa-fio português funciona comoum laboratório de ensaio ondeas equipas testam capacidadesque depois vão ser postas à pro-va no mundo real. “O mais im-portante neste desafio é a capaci-dade de desenvolvimento das ca-racterísticas fundamentais parao exercício da gestão e que são:a capacidade do trabalho emequipa; a rapidez na tomada dedecisão; a capacidade de avalia-ção do impacto da tomada de de-cisão a curto e a longo prazos”,salienta o director-geral da Sin-gular International. São algu-mas das características que qual-quer gestor deve ter bem defini-das e afinadas para ser capaz desobreviver num mercado compe-titivo como o actual.

Particularizando um poucomais, José Vaz Pinto consideraque os estudantes ao participa-rem no Global ManagementChallenge têm a oportunidadede antecipar um pouco do queirá ser a sua vida após a univer-sidade. “Permite-lhes estar emcontacto com um meio maisrealista do que a universidade”,salienta.

Já aos quadros de empresasdá-lhes a oportunidade de “a-portar às questões e aos proble-mas uma visão completamentelimpa e desintoxicada que podeser útil na avaliação dos proble-

mas e situações”, acrescenta Jo-sé Vaz Pinto.

Tendo em conta a actividadede executive search que realiza,o director-geral da Singular In-ternational não esconde que aparticipação no Global Manage-ment Challenge funciona comomais um factor de avaliação po-sitivo num candidato a um em-prego.

“Temos de avaliar a pessoa noseu todo e o facto de participarem iniciativas onde as suas com-petências são postas à prova ésempre uma mais-valia. Podeainda ajudar-nos a avaliar de

uma forma mais profunda a pes-soa com quem estamos a traba-lhar”, explica.

Quanto à implantação da com-petição em Portugal, José VazPinto encara o seu crescimentode forma muito positiva. “Maisdifícil do que arrancar com umprojecto é conseguir mantê-loao longo do tempo, de uma for-ma sustentada. Nos últimos 30anos registaram-se mudançasbrutais na nossa vida e é extraor-dinário como uma iniciativa des-tas conseguiu manter-se viva aolongo de todo este tempo”, expli-ca o director-geral da Singular

International. Tal só foi possívelporque este projecto soube ajus-tar-se às evoluções da sociedadee do mundo. “Não ficou fechadonum modelo ou formato inicial,soube adaptar-se”, acrescenta.No que respeita à internacionali-zação, refere que “é um passo di-fícil de dar e de manter. Pela di-versidade de países onde está,penso que não existem muitoscasos destes em Portugal”.

Criada há cerca de um ano, aSingular International actua naárea do executive search em Por-tugal, Angola e Moçambique.“Começámos em Portugal e emAngola onde estamos a operarcom alguma intensidade. Mo-çambique virá a seguir e, parajá, temos nesse país uma peque-na estrutura e estamos em con-dições de desenvolver aí algunsprojectos”, conta José Vaz Pin-to. A empresa começou por tra-balhar em executive search, maso objectivo é evoluir a partir da-qui para outras áreas sempredentro da consultoria de recur-sos humanos. Uma medida quevisa aumentar a base de clien-tes, dentro e fora de Portugal,tendo sempre em vista um cres-cimento sustentado.

Num mundo altamente compe-titivo como o actual, a utilizaçãodo executive search pode ser umtrunfo para as empresas. “A nos-sa actividade é fundamental,uma vez que quanto mais exi-gente é o mercado, mais bempreparados devem estar os qua-dros das organizações. E as em-presas querem ter a certeza deque escolhem a pessoa adequa-da para o lugar em causa”, sa-lienta o director-geral da Singu-lar International.

Ciente de que os mercados emque actua estão em diferentes fa-ses económicas, os objectivos daSingular International são, parajá, consolidar a actividade emPortugal e em Angola e prepa-rar o lançamento da empresaem Moçambique.

Aligação entre o GlobalManagement Challen-ge e o Instituto de Em-prego e Formação Pro-

fissional (IEFP) existe há maisde dez anos. Alexandre Rosa, vi-ce-presidente do conselho direc-tivo do IEFP expõe algumas dasqualidades inerentes à provaque justificam a manutençãodesta parceria.

“O Global Management Chal-lenge é uma competição que anosso ver promove a competiti-vidade saudável entre jovensnum domínio tão importante co-mo é o da gestão de empresas.E isso é uma forma importantede promover a qualificação dequadros, capacitando-os atra-vés de exercícios que, embora si-mulados, treinam a capacidadede intervenção e decisão rápi-da", explica Alexandre Rosa.

O estímulo às aptidões de aná-lise e decisão em contextos pró-ximos do real é, na opinião dovice-presidente do conselho di-rectivo do IEFP, algo de impor-tante para a formação dos jo-vens portugueses. A este propó-sito, refere que “a prática simu-lada de gestão é um instrumen-to útil para a aprendizagem e,por isso, potenciador da empre-gabilidade”.

As relações e redes que se esta-

belecem durante a competição,nomeadamente entre os ele-mentos das equipas e as empre-sas que apoiam a sua inscrição,contribuem para facilitar a apro-ximação dos jovens estudantesao mercado de trabalho. “É por-que reconhecemos esse poten-cial à iniciativa que a apoiamoshá tanto tempo”, acrescentaAlexandre Rosa.

Para o IEFP é importante es-tar ligado a este desafio portu-guês organizado pelo Expressoe pela SDG. Como serviço públi-co de emprego que é, cabe aoIEFP promover o desenvolvi-mento da política pública de em-prego nacional, o que envolve di-versas intervenções, como se-jam os apoios à criação de em-prego, a promoção do ajusta-mento entre a oferta e a procu-ra de trabalho e dar o seu contri-buto para a empregabilidade,

através da formação profissio-nal e da gestão de medidas acti-vas de emprego. Para Alexan-dre Rosa, “o Global Manage-ment Challenge desempenhaum papel neste domínio. Amais-valia que retiramos da par-ceria é, por isso, aquela que de-corre do proveito que os partici-pantes que apoiamos levam daexperiência que aí adquirem”.

Os dados mostram que existeuma correlação entre qualifica-ção e emprego. Quanto mais ele-vadas são as qualificações,maior é a probabilidade de en-contrar trabalho. A economianacional atravessa um processode transformação em que as ac-tividades consumidoras demão-de-obra desqualificada vãoperdendo lugar, em benefíciode actividades mais exigentesdo ponto de vista das qualifica-ções.

O vice-presidente do IEFP con-sidera que “o desafio que temospela frente é precisamente o devencer e superar os défices decompetitividade da economiaportuguesa e a principal variá-vel, por todos reconhecida, é aqualificação”. Neste domínio, ci-ta iniciativas como as NovasOportunidades que têm mostra-do um grande potencial no de-senvolvimento da formação es-

colar e profissional, especial-mente da população adulta já in-tegrada no mercado de traba-lho.

Além da característica formati-va, Alexandre Rosa salienta queo Global Management Challen-ge promove a aproximação en-tre parceiros e aprofunda assuas relações de convivência. Odinamismo patente nesta inicia-tiva portuguesa tem contribuídopara o seu sucesso, tanto emPortugal, como no estrangeiro.É de salientar que são mais de30 os países que desenvolvem acompetição. “Tudo o que seja le-var uma imagem de modernida-de e inovação de Portugal para oexterior é algo extremamentepositivo para a promoção dopaís”, salienta o vice-presidentedo conselho directivo do IEFP.Na sua opinião, o Global Mana-gement Challenge tem consegui-do fazer isso nos espaços e con-textos em que actualmente está.

“A competição transfor-mou-se num bem transaccioná-vel e isso, por si só, é bom. Acapacidade que revelou em afir-mar a sua presença em diversospaíses é bem revelador da quali-dade do produto que é. Paraalém disso, contribui tambémpara a afirmação de Portugalno mundo”.

O director-geral da Singular Internacional, José Vaz Pinto, vê o desafio como um laboratório que testa aptidões FOTO LUÍS FAUSTINO

Na opinião de Alexandre Rosa, vice-presidente do IEFP, estainiciativa projecta o nome de Portugal FOTO ANTÓNIO PEDRO FERREIRA

“Queremos ser visíveis para o mercado”

‘‘A prática simuladade gestão é um instrumentoútil para a aprendizageme, por isso, potenciadorda empregabilidade

‘‘Nos últimos 30 anosregistaram-se mudançasbrutais na nossa vida e éextraordinário como umainiciativa destas conseguiumanter-se viva ao longode todo este tempo

José Vaz Pinto director-geral da Singular International, revela as motivações do patrocínio a esta prova

Alexandre Rosa vice-presidente do IEFP aponta algumas qualidades a este desafio de estratégia e gestão

PROTAGONISTAS

IV ECONOMIA Expresso, 29 de Maio de 2010