Educação Ambiental: construindo uma proposta no contexto escolar
Rosangela Cristina Alves Silva1
RESUMO
Diante dos impasses ambientais do mundo contemporâneo, a humanidade enfrenta um novo desafio: o de promover o desenvolvimento sustentável. A escola e a sociedade são chamadas para enfrentar este desafio. Por ser a escola a principal instituição responsável pela educação e formação do indivíduo é que ela deve oferecer ao estudante condições para exercer sua cidadania, vivenciando atitudes que levem à preservação do meio ambiente. O presente artigo buscou discutir temas como: sociedades sustentáveis, consumo consciente, descartabilidade, obsolescência planejada, Política dos 3 R’s e visão de reciclagem segundo os discursos oficial e alternativo. Também neste artigo é apresentado e analisado o resultado da implementação do Projeto Na Escola Tem Lixo! O Que Fazer Com Ele? desenvolvido no primeiro semestre de 2009 no Colégio Estadual José Pavan, na cidade de Jacarezinho(PR) comestudantes do Ensino Médio matutino. O referido Projeto foi implementado no âmbito das ações políticas da Secretaria Estadual da Educação do Estado do Paraná (SEED) voltadas para a formação continuada de professores, mais especificamente, do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Palavras-chave: Educação Ambiental, sociedade sustentável, consumo, preservação, contexto escolar.
1 INTRODUÇÃO
Em busca de soluções para resolver os problemas gerados pelo modo
de produção vigente em todo o planeta, a sociedade tem organizado 1 Professora da Rede Pública Estadual de Educação do Paraná na cidade de Jacarezinho; e-mail: [email protected]
frequentes campanhas em prol da preservação do meio ambiente. Diante
desse quadro faz-se necessário trabalhar com Educação Ambiental (EA) formal
tendo em vista que a escola é a principal instituição responsável pela educação
e formação do indivíduo. Desta forma, entende-se que a escola assume a
função social de formar cidadãos, por meio da construção de conhecimentos,
atitudes e valores que levem o indivíduo a ser solidário, crítico, participativo e
ético. Sabe-se que tal função muitas vezes é prejudicada pela ideia de que ela
deva formar cidadãos para o mercado de trabalho, não levando em
consideração a formação humanista e, sim técnica, para atender a lógica do
capital.
Nessa perspectiva, trabalhar com a EA na escola significa dar
condições ao aluno para exercer sua cidadania, a partir da conscientização de
que deve ter um relacionamento saudável com a natureza, vivenciando atitudes
que levem à preservação do meio ambiente. “A EA é parte do movimento
ecológico e surge da preocupação da sociedade com o futuro da vida e com a
qualidade da existência das presentes e futuras gerações” (CARVALHO, 2005,
p. 51).
Segundo Carvalho (2005, p.52), a EA começa a ser objeto de discussão
de políticas públicas, no plano internacional, em Conferências que
aconteceram em Estocolmo, na Suécia em 1972, em Tbilisi, na ex-URSS em
1977 e em Tessalônica, na Grécia em 1997. Já no Brasil, o evento mais
significativo para o avanço da EA foi o Fórum Global, no Rio de Janeiro, em
1992, que ocorreu paralelamente à Conferência da ONU sobre
Desenvolvimento e Meio Ambiente, conhecida como Rio-92.
A respeito do referido Fórum Global, Carvalho (2005, p.53) explicita que
“as ONGs e os movimentos sociais de todo o mundo reunidos formularam o
Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, cuja
importância foi definir o marco político para o projeto pedagógico de EA”.
Jacobi (2003, p.194) ressalta ainda que este Tratado “coloca princípios e um
plano de ação para educadores ambientais, estabelecendo uma relação entre
as políticas públicas de educação ambiental e a sustentabilidade”.
No plano governamental, os acontecimentos que merecem destaque
neste artigo são: 1988, na Constituição Federal a EA é incluída como direito de
todos e dever do Estado, em 1992, criação do IBAMA (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em 1997, inclusão do
tema “meio ambiente” nos Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pelo
MEC e em 1999, aprovação da Política Nacional de Educação Ambiental pela
Lei 9795, cujo artigo 1° tem a seguinte redação:
Art. 1 – Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.2
Para complementar o parágrafo acima encontra-se em Viel que “A EA
começa a receber apoios e incentivos para a construção de um modo de vida
ecologicamente correto, necessário à construção de sociedades sustentáveis”
(2008, p. 206). É importante salientar que para se construir uma sociedade
sustentável é preciso promover o desenvolvimento sustentável. Tal processo é
possível buscando o equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o
desenvolvimento socioeconômico, atendendo às necessidades do presente
sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
Diante disso, percebe-se que para atingir os ideais do desenvolvimento
sustentável é necessário englobar aspectos sociais, econômicos e ambientais.
Entende-se que a sustentabilidade só ocorrerá quando os indivíduos
(consumidores) adquirirem uma consciência voltada para a preservação do
planeta. Educar-se ambientalmente é um grande desafio para toda a
sociedade. Concorda-se com Gomes (2006, p.25) ao apontar que “o modelo
econômico adotado atualmente pela sociedade proporciona e induz a um alto
padrão de consumo, que, mesmo ao alcance de poucos, é insustentável pelos
danos que acarreta para o meio ambiente”.
Neste sentido, ressalta Penna (1999, p, 216) apud Gomes (2006, p. 25):
Os efeitos da degradação ambiental não podem ser tratados sem que se combatam suas causas. O capitalismo moderno deu à luz o consumismo, o qual criou raízes profundas entre as pessoas. O consumismo tornou-se a principal válvula de escape, o último reduto de auto-estima em uma sociedade que
22 A citação provém do endereço eletrônico http://hps.infolink.com.br/peco/lex02.htm.
está perdendo rapidamente a noção de família, de convivência social, e em cujo seio a violência, o isolamento e o desespero dão sinais de crescimento.
Vale destacar o conceito de Funival (2006) apud Guanabara, Gama e
Eigenher (2008, p. 126) para sociedade de consumo: “é aquela em que a
atividade de consumo ocupa papel central na vida das pessoas que a
constituem”. Consome-se muito e a cada dia que passa observa-se uma
quantidade maior de resíduos. Além disso, há uma enorme geração desses
resíduos embutida na fabricação de produtos, que quando chegam às lojas já
carregam consigo uma enorme quantidade de resíduos pré-consumo.
Conforme Layrargues (2005, p. 201) para cada tonelada de lixo gerada pelo
consumo, vinte são geradas pela extração de recursos e cinco durante o
processo de industrialização.
Todo esse consumismo acarreta grandes desperdícios contribuindo para
o aumento da produção de resíduos gerados pela sociedade moderna. Ao lado
do excesso de consumo e de desperdício aparece outro problema. Trata-se da
obsolescência planejada que, segundo Layrargues (2005, p. 183) acontece
quando as pessoas são forçadas a consumir bens que se tornam obsoletos
antes do tempo, tendo em vista que atualmente os produtos saem das fábricas
com tempo de validade “vencido”. Isso, porque os produtos fabricados
atualmente duram muito menos tempo que os de antigamente. Quando esses
necessitam de consertos não é economicamente viável. Assim o indivíduo opta
pela compra de um produto novo, ao invés de mandá-lo consertar.
Uma das soluções para o problema ambiental descrito acima seria “A
eliminação da obsolescência planejada [...]: afinal, produzir um refrigerador que
funcione doze anos ao invés de oito significa ter um terço de refrigeradores a
menos no lixo durante esse mesmo período de tempo” (LAYRARGUES, 2005,
p. 184). Desta forma observa-se que os avanços tecnológicos contribuem para
a descartabilidade de produtos que ainda poderiam ser úteis, haja vista que a
todo o momento aparecem produtos de última geração no mercado. Percebe-
se, assim, uma clara união entre a obsolescência planejada e a criação de
“demandas artificiais no capitalismo”, gerando a obsolescência planejada
simbólica, induzindo o indivíduo ao pensamento ilusório de que a vida útil do
produto esgotou-se, mesmo que ele ainda esteja em perfeitas condições de
uso.
A moda e a propaganda provocam um verdadeiro desvio da função primária dos produtos. Ocorre que a obsolescência planejada e a descartabilidade são hoje elementos vitais para o modo de produção capitalista, por isso encontram-se presentes tanto no plano material como simbólico. (LAYRARGUES, 2005, p.184)
Nessa perspectiva, a implementação da EA na escola considera-se a
Política ou Pedagogia dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) a qual oferece
subsídios técnicos e pedagógicos importantes para o enfrentamento da
questão. Conforme essa política, a princípio é necessário reduzir o volume de
resíduos produzidos tanto pelas residências quanto pelas indústrias; em
seguida é fundamental reutilizar , ao máximo, esses resíduos e só por fim
lançar mão da reciclagem.
Essa Pedagogia é muito utilizada em projetos de EA que têm os
resíduos sólidos como tema, embora sua implementação possa trazer algumas
contradições. Segundo Layrargues (2005, p.180):
Apesar da complexidade do tema, muitos programas de educação ambiental na escola são implementados de modo reducionista, já que, em função da reciclagem, desenvolvem apenas a Coleta Seletiva do Lixo, em detrimento de uma reflexão crítica e abrangente a respeito dos valores culturais da sociedade de consumo, do consumismo, do industrialismo, do modo de produção capitalista e dos aspectos políticos e econômicos da questão do lixo.
O pesquisador advoga que a reciclagem do lixo deve ser um tema
gerador de questionamentos sobre suas causas e conseqüências e não
apenas uma atividade-fim; que é preciso estabelecer uma política pública para
a gestão do lixo e não apenas que se discutam seus aspectos técnicos,
psicológicos e comportamentais.
De acordo com Carvalho (1991, apud Layrargues, 2005, p. 182) existem
dois discursos ecológicos vigentes na sociedade: o discurso ecológico oficial,
proferido pelo governo; e o discurso ecológico alternativo, enunciado pelo
movimento social organizado. É importante ressaltar que um opõe-se ao outro.
“Enquanto o oficial deseja manter o status quo, o alternativo deseja transformá-
lo”. O discurso ecológico alternativo critica o consumismo que seria combatido
pela diminuição da descartabilidade e a eliminação da obsolescência
planejada.
Já o discurso ecológico oficial prioriza a reciclagem, em detrimento da
redução do consumo e da reutilização. Assim, estamos diante de um grande
desafio, porque colocar em prática os ideais da Educação Ambiental pressupõe
mudanças significativas nas atitudes comportamentais do indivíduo, o que não
é muito simples, pois abrir mão de hábitos de consumo que trazem facilidades
para a vida moderna é, realmente muito difícil, contudo não é impossível. Um
trabalho de conscientização constante, políticas públicas que realmente
queiram transformar o status quo, aliados a boa vontade de cada cidadão, são
caminhos a percorrer para a realização dessas mudanças.
Assim, para se construir uma sociedade sustentável os consumidores
devem alterar seu comportamento e rever seus valores. Para Gomes (2006,
p.26) “o consumo consciente e responsável é a principal manifestação de
responsabilidade social do cidadão”. Ainda de acordo com a mesma autora:
responsabilidade social é a contribuição direta de cada indivíduo para o
desenvolvimento social, construindo uma sociedade mais justa e igualitária, por
meio da condução correta de seus negócios e de suas ações pessoais.
O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global expressa que “a Educação Ambiental é um processo
de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida.
Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação
humana e social e para a preservação ecológica.” (CARVALHO, 2005, p. 235).
Portanto, a Educação Ambiental é um processo contínuo, participativo que
procura incutir nos estudantes uma consciência crítica sobre a problemática
socioambiental.
É preciso aceitar também que ela não é a “salvadora da pátria”, pois não
tem a solução mágica para os problemas ambientais, já que a educação como
um todo é sempre “um processo contínuo de aprendizagem de conhecimento e
exercício da cidadania, capacitando o indivíduo para uma visão crítica da
realidade e uma atuação consciente no espaço social” (Meyer, 2008).
Enquanto a educação escolar tem o objetivo de formar o indivíduo para
a vida social e situá-lo em seu contexto histórico, o da EA é posicioná-lo no
mundo em que vive com responsabilidade em relação aos outros e ao
ambiente gerando condição necessária para o enfrentamento das questões de
ordem socioambiental e seus elementos causais.
Neste sentido, a Educação Ambiental deve estabelecer ação educativa
que respeite as condições culturais de cada região. Por sua ação pedagógica o
homem deve tornar agente consciente, pois somente a partir do conhecimento
é que o indivíduo é capaz de julgar com responsabilidade a sua própria
realidade, assumindo atitudes que possam garantir o desenvolvimento sócio-
econômico de uma comunidade, e ao mesmo tempo garantir o seu bem-estar e
a preservação ambiental.
Foi com o propósito de querer colaborar com a disseminação dos ideais
da EA na comunidade escolar, que nasceu o projeto: Na Escola Tem Lixo! O
Que Fazer Com Ele? com a intenção de levar à comunidade escolar propostas
e ações que verifiquem o nível de conhecimento sobre a produção e o destino
mais adequado para os resíduos gerados na escola. Não é pretensão que essa
proposta fique apenas nos limites da comunidade escolar. Espera-se que a
partir da conscientização dos estudantes, os pais e outros moradores do bairro
também sejam atingidos e passem a assumir atitudes mais sensatas em prol
do ambiente, dentro e fora da escola.
1.1 Objetivos
Este artigo tem como objetivo apresentar e analisar os resultados do
desenvolvimento do projeto Na Escola Tem Lixo! O Que Fazer Com Ele?
implementado no âmbito das ações políticas da Secretaria Estadual da
Educação do Estado do Paraná (SEED) voltadas para a formação continuada
de professores, mais especificamente, do Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE).
1.2 Metodologia
O projeto iniciou-se no segundo semestre de 2008 com um estudo
exploratório das condições da escola e de seu entorno. Com predominância de
abordagem qualitativa, foram elaborados um roteiro de observação e uma
entrevista semi-estruturada3 com a finalidade de verificar a concepção de
professores e funcionários sobre a EA e as possíveis dificuldades para a
implementação do projeto na escola sob a ótica dos entrevistados. Além de
procurar diagnosticar quais ações concretas têm sido realizadas em sala de
aula no âmbito da EA.
O trabalho prosseguiu durante o primeiro semestre de 2009, com o
desenvolvimento de outras ações como: aplicação de questionários junto aos
alunos envolvidos no Projeto, exibição de filmes, realização de palestras e a
instalação de lixeiras. O cenário para seu desenvolvimento foi o Colégio
Estadual José Pavan que está localizado na periferia da cidade de
Jacarezinho, norte do Paraná, atendendo a um corpo discente de mais ou
menos 700 estudantes, a maioria pertencente a uma classe social
desprivilegiada. É conveniente lembrar aqui que o Projeto foi desenvolvido
especificamente com estudantes na faixa etária de 15 a 20 anos do Ensino
Médio, período matutino.
2 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3 Os resultados da entrevista semi-estruturada foram apresentados no artigo Educação Ambiental na Escola: desafio da sociedade contemporânea, como Produção Didático-Pedagógica, material obrigatório do segundo período do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
A partir do roteiro de observação foi possível diagnosticar informações
interessantes sobre a escola que, muitas vezes, pode passar despercebidas
diante do olhar da comunidade escolar. Dentre elas, destacam-se algumas
peculiaridades da escola, como, por exemplo, a arquitetura antiga do prédio,
com 58 anos de construção, mas que ainda se mantém em bom estado de
conservação, embora as condições de conservação do ambiente no entorno da
escola estivessem razoáveis, havendo certa quantidade de lixo espalhado
pelas ruas e falta de árvores, inclusive nas calçadas que circundam a escola.
Um problema que pôde ser detectado facilmente foi a considerável quantidade
de lixo jogada no leito do riacho denominado Ribeirão Ourinhos, localizado há
umas três quadras da escola que, além de estar poluído, ainda possui pouca
mata ciliar.
Observou-se também que a escola possui uma boa biblioteca com
acervo bastante rico, porém com poucos livros específicos sobre a EA. Todas
as treze salas de aula estão equipadas com a TV Multimídia, além de
laboratório de informática com acesso à internet. Não possuía lixeiras para
coleta seletiva, mas havia latões espalhados pelo pátio para a coleta
convencional do lixo. Apesar da existência de murais informativos para a
apresentação de trabalhos, não foram encontrados murais específicos para as
questões ambientais.
Antes de apresentar o Projeto aos estudantes foi proposto a eles um
questionário composto por duas questões de resposta livre: “O que é ambiente
pra você?” e “Este ambiente está com boa qualidade ou pode ser melhorado?”.
Participaram da pesquisa um total de 57 estudantes que não apresentaram
nenhuma objeção e nem dificuldade para respondê-las, apresentando um total
de sete respostas diferentes para a primeira pergunta, conforme aponta o
gráfico abaixo:
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1015202530
Luga
r ond
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emos
Tudo o
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Parque
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Figura 1 - Resposta dos estudantes à questão "O que é ambiente pra você?"
Nú
mer
o d
e es
tud
ante
s
Série1
Como se pode observar pela Figura 1, a maioria das respostas para a
primeira questão (45%) foi: lugar onde vivemos. Isso demonstra que os
estudantes já possuíam um conhecimento prévio sobre o assunto que pode ter
sido adquirido tanto em contexto escolar quanto na sociedade em geral. Cabe
ressaltar, que na entrevista realizada como primeira ação deste projeto junto
aos professores, muitos deles disseram trabalhar com questões relativas ao
meio ambiente, ora com atividades sistematizadas, ora com discussões
surgidas espontaneamente em sala de aula. Isso permite pensar que muitos
estudantes tenham adquirido tal conhecimento em contexto escolar.
Para a segunda questão do questionário, o resultado foi o seguinte: 54
dos 57 entrevistados disseram que o ambiente pode ser melhorado e apenas
três acreditam que ele está com boa qualidade. O que leva a perceber, mesmo
que de forma sutil, um certo grau de descontentamento com relação ao
ambiente em que eles vivem. Isso ficaria mais evidente caso tivesse sido
proposto a eles que apontassem os problemas a serem melhorados. Cabe
ressaltar que essas duas questões são de cunho diagnóstico, pois os
estudantes até então não tinham conhecimento acerca do Projeto. Somente
depois desta primeira ação é que este foi apresentado a eles.
Já conscientes da implementação do Projeto, os alunos assistiram ao
curta-metragem Ilha das Flores4·, documentário de Jorge Furtado, produzido
em 1989, que retrata a mecânica da sociedade capitalista. O filme mostra o
caminho de um tomate: plantado, colhido e vendido a um supermercado pelo
4Disponível em http://.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28
Sr. Suzuki; comprado, rejeitado e jogado no lixo por Dona Anete; levado como
lixo para a Ilha das Flores, rejeitado como alimento para os porcos, e
finalmente, encontrado por pessoas que passam fome e têm cinco minutos
para recolher as sobras dos porcos.
Após a exibição do curta novamente foi proposto aos estudantes um
questionário com quatro perguntas relacionadas ao filme. O objetivo geral
dessa atividade foi levá-los a refletir sobre questões imbricadas à Educação
Ambiental, como: o desperdício, a qualidade do lixo, a responsabilidade do
cidadão perante os problemas advindos da falta de educação ambiental, dentre
outras. A primeira pergunta proposta foi “Qual a diferença entre Dona Anete e
as pessoas que vão recolher lixo para sua alimentação na Ilha das Flores?”.
Cerca de 50% das respostas a esta questão aponta o fator social como
principal diferença entre Dona Anete e as pessoas que recolhem o lixo,
evidenciado no fato de que ela tem trabalho, dinheiro, família. Situação que, na
visão dos alunos, dá a ela melhor condição social, permitindo-lhe o
desperdício, já que tendo dinheiro pode substituir os produtos de má qualidade
a qualquer momento. O que não acontece com as pessoas de classe social
desprivilegiada, principalmente, as que buscam seu alimento no lixo.
Outra questão pertinente apontada pelos alunos é que, segundo eles, a
pessoa que tem dinheiro não tem consciência do valor e/ou do preço dos
alimentos que possuem, por isso joga-os. Respostas que apontam para outras
discussões no âmbito da EA, já que o desperdício pode não estar
necessariamente relacionado à condição social do indivíduo.5
A segunda pergunta do questionário foi “O que coloca os seres humanos
da Ilha das Flores depois dos porcos na prioridade de escolha de alimentos?”.
Pergunta feita durante a exibição do filme, pelo narrador, cuja resposta é
“porque eles não têm dinheiro nem dono”. Tendo em vista que tal pergunta já
tivesse sido respondida no filme, esperava-se que as respostas dos alunos
fossem essa também. Ao contrário, apenas sete dos setenta e cinco
estudantes participantes desta atividade, deram essa resposta.
A grande maioria apontou a falta de dinheiro e o fato de as pessoas
serem livres como principais fatores que as colocam depois dos porcos na
5 Essa problemática será discutida em sala de aula no próximo ano letivo.
prioridade de escolha de alimentos. Se tivessem dinheiro poderiam comprar
seus alimentos e se tivessem um dono como os porcos têm, certamente, teriam
alguém que providenciaria seus alimentos. A liberdade ganha, na visão dos
alunos, um status de prisão, pois sendo livres, são responsáveis pelo seu
próprio alimento.
A terceira questão proposta foi “De quem é a culpa por esta situação dos
seres humanos da Ilha das Flores? Por quê?”. A Figura 2 mostra a resposta
dada pelos estudantes a esta questão:
0
5
10
15
20
25
30
Governo,autoridades
De todos nós Do dono dosporcos
Nossa e dogoverno
Respostasem sentido
Dona Anete De ninguém Delesmesmos
Dos lixeiros Do Sr.Suzuki
Figura 2 - Respostas dos estudantes à pergunta citada acima
Nú
me
ro d
e e
stu
dan
tes
Série1
Em geral, os alunos culparam os governantes6 pelo estado deplorável
encontrado pelas pessoas apresentadas em Ilha das Flores. Resposta que já
era esperada, já que culpar o governo por todos os problemas ocorridos na
sociedade faz parte do senso comum. Esperava-se que essa resposta pudesse
ter uma porcentagem ainda maior. Alguns estudantes consideraram culpado o
dono do terreno na ilha onde é depositado o lixo, pois, segundo eles, para este
seria mais importante o lucro que os porcos poderiam lhe dar, do que alimentar
as pessoas que não tem o que comer.
6 Tendo em vista que os alunos atribuíram a culpa ao governo ou autoridades em suas três instâncias (municipal, estadual e federal), optou-se neste artigo pelo uso da palavra “governantes” para designar todas as esferas governamentais.
Foi interessante perceber que 24% dos estudantes, ou seja, 18 deles
depositaram a culpa em toda a sociedade. Isso mostra claramente que eles
têm consciência de que todas as pessoas também têm responsabilidades,
como cidadãos, perante as pessoas menos favorecidas. É conveniente lembrar
que, alguns alunos apontaram mais de um culpado para tal situação. Dos 27
estudantes que atribuíram a culpa ao governo, seis deles, também depositaram
uma parcela dessa culpa em toda a sociedade, elevando a porcentagem de
estudantes que reconhecem a responsabilidade do cidadão diante de tal
situação. A soma desses seis alunos mais os 18 já citados anteriormente eleva
para um total de 24 estudantes (32%) que apresentam essa consciência.
Muitos dos que disseram pertencer a culpa a “todos nós”, citaram o
desperdício como um dos principais problemas a ser resolvidos pela sociedade
para melhorar, ou pelo menos, amenizar a condição de indigência vivenciada
por muitas pessoas que passam fome. Acredita-se que os alunos que culparam
a Dona Anete (4 estudantes), o dono dos porcos (8 estudantes), os lixeiros (2
estudantes) e o Sr. Suzuki (um estudante) apresentaram concepção
semelhante, pois suas respostas levam a perceber que eles conseguiram ver
em cada personagem do filme a representação de algum tipo de
comportamento humano que poderia ser mudado para a transformação da
sociedade.
O comportamento de Dona Anete, pela ótica dos alunos, pode simbolizar
o desperdício, isto é, as pessoas que desperdiçam alimentos; o dono dos
porcos, a pessoa que tem dinheiro e não pensa em seus semelhantes, só
deseja lucrar e os lixeiros, as pessoas omissas, já que eles poderiam, de
alguma maneira, separar o lixo bom e doar às pessoas menos favorecidas.
Assim, pensando nos 24 estudantes que já haviam demonstrado consciência
social, com mais esses 15 agora citados, têm-se um total de 39, ou seja, 52%
dos alunos que responderam ao questionário apresentam tal pensamento. Não
se esperava um número tão expressivo.
A quarta e última questão proposta foi “Você acredita que nós podemos
fazer alguma coisa para melhorar esta situação? O quê?” A Figura 3 mostra a
resposta dada pelos estudantes a esta questão:
0
5
10
15
20
25
Desperdiçarmenos
Ajudar as pessoas Separar o lixo Criar maisempregos
Cobrar daautoridades
Doar alimentos Doar dinheiro
Figura 3 - Resposta dos estudantes à questão citada acima
Nu
mer
o d
e es
tud
an
tes
Série1
Como podemos observar pela leitura do gráfico acima, para a maioria
dos estudantes (22), ou seja, 29% deles, desperdiçar menos alimentos é a
melhor maneira de o indivíduo contribuir para a reversão de tal situação. Na
visão de 17% dos alunos (13), as pessoas podem contribuir separando
adequadamente o lixo para a reciclagem. Como o Projeto já tinha sido
apresentado a eles, considera-se um número razoável de estudantes que
deram essa resposta.
É interessante observar que, como na questão anterior 27 estudantes
haviam culpado o governo pela situação sub-humana vivenciada pelas pessoas
que buscavam seu alimento no lixo depositado em Ilha das Flores, esperava-se
que para esta questão esses mesmos estudantes respondessem que seria
necessário cobrar atitudes do governo, contudo, apenas sete deles deram
essa resposta. Oito alunos responderam que a criação de novos empregos
pode ser um caminho para reverter tal situação, remetendo também ao
governo. Aumentando, portanto, o número de estudantes (15) que acreditam
estar nas mãos das autoridades governamentais as ferramentas para o
enfrentamento dessa problemática.
A grande maioria deles, entretanto, acredita que a solução está nas
mãos da própria sociedade. Para eles, “desperdiçar menos alimentos”, “separar
adequadamente o lixo”, “ajudar as pessoas”, “doar alimentos” e “doar dinheiro”,
são atitudes, que segundo os estudantes, poderiam ser tomadas diariamente
pela população em geral para amenizar tal situação. Pelo menos 58
estudantes, ou seja, 77% deles deram respostas que vão nessa direção.
Ainda com relação a essa questão, vale ressaltar que, as respostas de
dois estudantes chamam a atenção. A do primeiro pela expressiva carga de
pessimismo, já que segundo o aluno, não se pode fazer nada para melhorar a
vida das pessoas que passam fome e a do segundo, porque acredita que é
fundamental a conscientização de que todos os seres humanos são iguais, a
única diferença é a conta bancária. O aluno ainda chama atenção para a
extrema desigualdade social: “vejam o descaso com o próximo, uns
construindo castelos e outros rasgando o lixo”.
Quinze dias após a exibição de Ilha das Flores, foi exibido outro filme: A
História das coisas e novamente proposto um questionário com três questões.
O filme discute questões relacionadas à produção de bens e serviços, desde a
extração de matéria prima, passando pela produção, venda, consumo e
descarte de produtos em comunidades de diversos países. O filme é um alerta
pela urgência em se criar um mundo mais sustentável e justo, revelando as
conexões entre diversos problemas ambientais e sociais.
Ele coloca de uma maneira muito clara e com uma linguagem bem acessível o grande erro da sociedade moderna - achar que nosso planeta é capaz de fornecer ao nosso sistema produtivo e ao nosso modo de vida todos os recursos que precisamos, indefinidamente. Ele mostra como nós, consumidores, contribuímos para criar um sistema econômico totalmente insustentável, e as conseqüências desastrosas que isso tem causado à sociedade e ao planeta.(www.pt.shvoog.com)
O objetivo geral dessa atividade foi levá-los a refletir sobre outras
questões imbricadas à Educação Ambiental, que não foram discutidas no
primeiro filme como: o consumismo, a quantidade de lixo produzido pelas
pessoas e pelas indústrias, a descartabilidade de produtos que ainda poderiam
ser úteis, a exposição das pessoas a produtos químicos tóxicos, dentre outras.
A primeira questão referente ao conteúdo do filme foi “Você acredita
que se as mulheres em idade reprodutiva de países pobres soubessem do
perigo que correm em ficar expostas às toxinas que afetam a gestação e
carcinogênicos para trabalhar em indústrias, desistiriam de trabalhar? Por
quê?” Essa questão foi proposta com o objetivo de levá-los a refletir sobre a
exposição de pessoas a produtos tóxicos que afetam a saúde humana. Como
era de se esperar 67 estudantes (89%) responderam não, mesmo sabendo dos
perigos que correm, elas não desistiriam, pois não tinham outra opção de
trabalho, dependiam daquele. Além disso, muitas tinham que sustentar os
filhos com o dinheiro que ganham nessas fábricas.
O fato de os estudantes pertencerem a uma comunidade de baixa renda
pode ter influenciado na resposta dada, já que se eles mesmos tivessem que
optar, provavelmente, iriam preferir trabalhar correndo riscos de saúde, a
ficarem desempregados e consequentemente sem dinheiro.
A segunda questão proposta foi a seguinte: “Depois de receber as
informações do filme sobre exteriorizar o verdadeiro custo de produção, você
acha que pagamos o preço justo por produtos importados? Por quê?” Sessenta
e cinco estudantes (86%) disseram não ser pago o preço justo e os motivos
citados por eles foram bastante variados: a baixa qualidade dos produtos, os
operários não receberem um salário justo, os produtos não possuírem garantia
e a destruição da natureza, foram os motivos mais enfatizados. Os dez
estudantes que responderam “sim, pagamos o preço justo” também apontaram
como motivo a baixa qualidade dos produtos.
A terceira questão proposta, como no Ilha das Flores, foi “Você acredita
que nós podemos fazer alguma coisa para melhorar esta situação? O quê?”.
Dos 75 estudantes que participaram desta atividade 67, o equivalente a 89%,
responderam que sim, o restante, oito estudantes (11%) ou responderam
apenas não ou afirmaram que essa ação deve ser dos governantes. A Figura 4
mostra as ações mais citadas pelos estudantes que deram resposta afirmativa
para melhorar esta situação:
0
5
10
15
20
25
30
35
Diminuir oconsumismo
preservar o planeta Recilar o lixo Reciclar e diminuir oconsumo
Utilizar produtos semtoxinas
Emprego com saláriojusto
Figura 4 - Respostas dos estudantes à questão citada acima
Nú
mer
o d
e es
tud
an
tes
Série1
Considerando que o Projeto tinha como ação final a instalação de
lixeiras para a coleta seletiva de lixo, o objetivo desta questão era verificar se
essa ação apareceria nas respostas dos estudantes. Pode-se verificar pelo
exposto no gráfico acima que seis estudantes deram essa resposta e cinco
responderam reciclar e consumir menos. Somando-se as duas categorias tem-
se um total de 11 estudantes (16%) que afirmaram estar na reciclagem a
solução para melhorar essa situação. Para a grande maioria (44%), entretanto,
como está exposto no gráfico acima, a chave para resolver os problemas
gerados para o ambiente pelo modo de produção vigente (44%) é a diminuição
do consumo. Somando-se mais os cinco que além da reciclagem também
deram essa resposta, a porcentagem sobe para 52%.
Esse resultado vem ao encontro do que foi discutido na introdução deste
trabalho, quando trata da opinião do pesquisador Layrarques (2005, p.180)
sobre essa problemática. Como já foi enfatizado, o estudioso defende que a
solução para resolver o problema do aumento de resíduos sólidos está na
diminuição do consumismo e não apenas no desenvolvimento de programas de
coleta seletiva de lixo sem envolver reflexões críticas sobre a “sociedade de
consumo, o industrialismo, o modo de produção capitalista e os aspectos
políticos e econômicos da questão do lixo”.
Após a exibição desses dois filmes foi proposto aos alunos a leitura de
textos que abordavam a temática do meio ambiente e do lixo. Posteriormente
foram realizadas discussões em sala, com base no conteúdo dos textos, com o
objetivo de levá-los à reflexão sobre a temática principal do Projeto, como
elemento para atingir a perspectiva crítica do estudo e possibilitando, pela ação
prática transformadora, a criação de condições para que os estudantes atuem
com atitudes conscientes em prol do ambiente escolar, tal como propõe os
ideais da Educação Ambiental.
Foi realizada também uma palestra com Jussara Aparecida Fernandes,
responsável pela gestão ambiental da empresa Seara Cargill, unidade de
Jacarezinho, cujo ramo é o alimentício e a atividade é o abate de aves. A
palestrante versou sobre os tipos de resíduos sólidos e sobre a cor adequada
de lixeira para estes serem depositados. A referida atividade teve boa
aceitação pelos estudantes, o que demonstra interesse pelo assunto abordado.
A última ação do Projeto foi a instalação das lixeiras para coleta seletiva
no pátio da escola. Essa ação tinha o objetivo de dar ao estudante condição de
contribuir para mudar seu ambiente de forma a abrandar o problema em
análise. Do ponto de vista pedagógico, essa ação exige um conjunto de
conhecimentos e potencializam o aprendizado dando sentido ainda mais
dinâmico do papel da escola na vida cotidiana.
3 CONCLUSÃO
Os dados de implementação do projeto Na Escola Tem Lixo! O Que
Fazer Com Ele? obtidos por meio das cinco ações junto aos estudantes do
Colégio Estadual José Pavan reforçam a necessidade de se trabalhar com os
ideais da Educação Ambiental formal juntos aos alunos. Isso porque, como já
foi enfatizado na Introdução deste artigo, trabalhar com a EA na escola significa
dar a eles condições para o exercício de sua cidadania, fundamentado na
conscientização de que deve ter um relacionamento saudável com a natureza,
por intermédio da vivência de atitudes que levem à preservação do meio
ambiente. Demonstrando com isso, preocupação “com o futuro da vida e com a
qualidade da existência das presentes e futuras gerações” (CARVALHO, 2005,
p. 51).
Os resultados deste Projeto apontam para várias reflexões, bem como
diversas possibilidades de atuação e de desenvolvimento de trabalho no
âmbito da Educação Ambiental em contexto escolar. A maioria dos
entrevistados tem consciência de que o ambiente é o lugar onde vive e que
esse ambiente não está com boa qualidade, podendo ser melhorado com
ações que remetem a eles mesmos, como a redução de desperdício de
alimentos, a separação adequada de lixo, a diminuição do consumo”. O que é
bastante pertinente, já que o primeiro passo para a mudança de atitudes está
na consciência da necessidade dessa mudança.
É necessário, entretanto, que se tenha vontade e coragem de assumir e
de adotar determinadas atitudes. O conhecimento acerca dos problemas
gerados pelo modo de produção vigente em todo o planeta é fundamental para
impulsionar a transformação do indivíduo. Somente a partir do conhecimento
é que o indivíduo é capaz de julgar com responsabilidade a sua própria
realidade, assumindo atitudes que possam garantir o desenvolvimento
socioeconômico de uma comunidade, e ao mesmo tempo garantir o seu bem-
estar e a preservação ambiental.
Com base nos dados obtidos no âmbito da primeira etapa de
desenvolvimento do Projeto, foi possível constatar que projetos relacionados a
EA encontrarão poucos problemas de implementação em contexto escolar. O
discurso dos professores, apesar do conhecimento limitado a respeito das
políticas de Educação Ambiental, ratifica o discurso que circula socialmente a
respeito da necessidade do homem assumir uma posição responsável para o
desenvolvimento social e econômico que mantenha equilíbrio com a
preservação da natureza. Nosso maior desafio, contudo, é fazer com que esse
discurso não permaneça no vazio, mas que se transforme em práticas efetivas
e conscientes no cotidiano daqueles que participaram deste Projeto.
Embora a EA faça parte de um processo contínuo, espera-se que com o
desenvolvimento do projeto Na Escola Tem Lixo! O Que Fazer Com Ele?, a
comunidade escolar tenha passado a ter uma visão crítica das condições da
escola e do seu entorno e que passe a agir efetivamente para melhorar essas
condições, não jogando lixo em qualquer local, adequando-os às lixeiras que
serão instaladas em seu interior e que se sensibilize para as questões
ambientais gerais, consciente de que cada um tem sua responsabilidade nesse
processo.
REFERÊNCIAS
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