7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
1/192
Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada
Educao Fsica para Idosos: Por uma Prtica Fundamentada Marisete Peralta Safons e
Mrcio de Moura Pereira (Organizadores)
2 Edio Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminrio Internacional sobre
Atividades Fsicas para a 3 Idade
Marisete Peralta Safons e Mrcio de Moura Pereira Princpios Metodolgicos da
Atividade Fsica para Idosos (Organizadores)
2 Edio (Revisada e Atualizada) Inclui os anais do VII Seminrio Internacional sobreAtividades Fsicas para a 3 Idade
Conselho Regional de Educao Fsica da 7 Regio ? CREF7 Endereo: SGAN 604
conjunto C ? Clube de Vizinhana Norte CEP: 70840-040 - Braslia-DF Tel: (61)3321-
1417 (61)3322-6351 Site: www.cref7.org.br
CONSELHEIROS: Alex Charles Rocha Alexander Martinovic Alexandre Fachetti
Vaillant Moulin Andr Almeida Cunha Arantes Cristina Queiroz Mazzini Calegaro
Elke Oliveira da Silva Geraldo Gama Andrade Guilherme Eckhard Molina Joo Alves
do Nascimento Filho Jos Ricardo Carneiro Dias Gabriel Lcio Rogrio Gomes dos
Santos Luiz Guilherme Grossi Porto Marcellus Rodrigues N. Fernandes Peixoto
Marcelo Boarato Meneguim Mrcia Ferreira Cardoso Carneiro Paulo Roberto da
Silveira Lima Ramn Fabin Alonso Lpez Ricardo Camargo Cordeiro Telma de
Oliveira Pradera Waldir Delgado Assad Wylson Phillip Lima Souza Rgo DIRETORIA
EXECUTIVA: Presidente Alexandre Fachetti Vaillant Moulin 1 Vice-presidente PauloRoberto da Silveira Lima 2 Vice-presidente Marcellus R. N. Fernandes Peixoto 1
Secretrio Marcelo Boarato Meneguim 2 Secretria Elke Oliveira da Silva 1
Tesoureiro Jos Ricardo Carneiro Dias Gabriel 2 Tesoureiro Alex Charles Rocha
Universidade de Braslia ? UnB Faculdade de Educao Fsica ? FEF Grupo de Estudos
e Pesquisas sobre Atividade Fsica para Idosos ? GEPAFI Endereo: Campus
Universitrio Darcy Ribeiro ? Gleba B ? Asa Norte CEP: 70910-970 Tel.: 3307 ? 2252
Site FEF: www.unb.br/fef Blog GEPAFI: http://www.gepafi.com
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
2/192
Editores CREF/DF e FEF/UnB/GEPAFI Autores Marisete Peralta Safons Doutora em
Cincias da Sade pela UnB Mrcio de Moura Pereira Mestre em Educao Fsica pela
UCB Editorao Eletrnica Aderson Peixoto Ulisses de Carvalho Publicao CREF7
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) Educao Fsica para Idosos:
Por uma Prtica Fundamentada / Marisete Peralta Safons; Mrcio de Moura Pereira -
Braslia: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007.
ISBN 978-85-60259-04-5 1. Educao fsica para idosos. 2. Metodologia do ensino. 3.
Esporte e educao. I. Pereira, Mrcio de Moura. II. Ttulo.
AGRADECIMENTO: Agradecemos Fundao de Apoio Pesquisa do Distrito
Federal ? FAP/DF, pelo apoio financeiro concedido no mbito do edital FAP/DF
01/2004, ao CESP/UnB, Universidade de Braslia e ao CREF7 pelo efetivo apoio
realizao deste trabalho.
APRESENTAO Esta publicao apresenta posies de renomados pesquisadores do
Brasil e do Exterior, atuantes no campo de intervenes e pesquisas sobre atividades
fsicas para idosos.
Ela fruto do ?VII Seminrio Internacional sobre Atividades Fsicas para a Terceira
Idade ? VII SIAFT? apresentada aos estudiosos e pesquisadores da rea agora em sua
segunda edio, no formato digital.
O VII SIAFT promoveu a integrao dos profissionais e estudiosos para divulgar e
discutir as tendncias nacionais e internacionais das pesquisas no campo das atividades
fsicas para idosos; disseminar informaes sobre a produo cientfica e publicaes
especializadas sobre atividade fsica para a terceira idade. Alm disso, o VII Seminrioproporcionou espao para apresentao das produes e experincias de interveno na
rea da atividade fsica para idosos.
Este livro apresenta o resgate histrico sobre a disseminao do conhecimento sobre
atividade fsica e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Jnior.
Este livro apresenta o resgate histrico sobre a disseminao do conhecimento sobre
atividade fsica e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Junior.
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
3/192
Traz tambm as questes do envelhecimento nas suas idiossincrasias, fragilidades e
possibilidades humanas, como espao de reviso e construo como bem apresenta o
texto da Prof. Altair Lahud. Ao mesmo tempo em que com a Prof. Maria Lais as
questes polticas e sociais so levantadas e discutidas.
luz de trs teorias psicossociais sobre o envelhecimento bem sucedido, a Prof. Jessie
Jones destaca que o sucesso do envelhecer centra-se na capacidade de adaptao do
indivduo s mudanas provenientes da existncia humana. A questo tratada, ainda,
sob a tica da influncia de fatores ambientais pelo Prof. Eino Heikkinen.
Enquanto a Prof. Sandra Matsudo rev a produo que relaciona envelhecimento,
atividade fsica e sade; a Prof. Ana Patrcia apresenta a atividade fsica como recursoteraputico inserido no rol de opes disponveis para a manuteno da sade ssea.
Os professores Linda Ueno, Paulo Farinatti e Sandor Balsamo levantam importantes
questes relativas fisiologia circulatria, fisiologia da marcha e fisiologia muscular,
respectivamente. A Prof. Roberta Rikli apresenta e discute a questo da avaliao fsica
e funcional do idoso.
As bases tericas e metodolgicas da Educao Fsica para idosos so discutidas pelosprofessores Jos Francisco, Silene Okuma, Maria Luza e Mrcio Moura que
apresentam experincias e sugestes de interveno.
Nas produes cientficas - temas livres e psteres - o foco central das discusses a
atividade fsica e suas relaes com o ser idoso. A temtica abordada nas dimenses:
Educao, Esporte e Lazer, Psicossocial e Sade.
Procuramos, desta forma, integrar percepes e posicionamentos acerca de algunsfatores relacionados atividade fsica que influenciam as diferentes formas de viver e
envelhecer.
Alfredo Faria Junior
............................................................................................................. 16
Altair Macedo Lahud Loureiro
............................................................................................. 25
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
4/192
Ana Patrcia de Paula
........................................................................................................... 28
Eino Heikkinen
.................................................................................................................... 35
C. Jessie Jones
..................................................................................................................... 46
Jos Francisco Silva Dias
..................................................................................................... 51
Linda Massako Ueno........................................................................................................... 53
Mrcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons
............................................................. 56
Maria Lais Mousinho Guidi
................................................................................................. 59
Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marlia Velardi
........................... 62
Paulo de Tarso Veras Farinatti
............................................................................................. 70
Roberta E. Rikli
................................................................................................................... 76
Sandor Balsamo
................................................................................................................... 88
Sandra Mahecha Matsudo
.................................................................................................... 92
Silene Sumire Okuma ........................................................................................................105
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
5/192
TERCEIRA IDADE ? VII SIAFT ............................................................................. 113
Presidente do seminrio .....................................................................................................
114
Comisso Organizadora .....................................................................................................
114
Comisso Cientfica ...........................................................................................................
114
Convidados Nacionais........................................................................................................
114
Convidados Internacionais .................................................................................................
114
Programao ......................................................................................................................
115
TEMA LIVRE: EDUCAO ....................................................................... 130
Marco Aurelio Acosta ........................................................................................................
131
Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues.....................................................................
132
Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS................................................................... 133
Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues
................................................ 134
Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma .............................................................................
135
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
6/192
Rafael Botelho ...................................................................................................................
136
TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER ...................................................................... 137
Josu Lima Nri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues
....................................................... 138
TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL ............................................................................. 139
Federici Ericka Nascimento Letcia; Okuma, Silene Sumire; Lefvre, Fernando
............... 140
Regina Celi Lema Santos ...................................................................................................
141
Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF
........................................ 142
NASCIMENTO, Letcia, FEDERICI , Ericka, OKUMA, Silene
........................................ 143
Lus Carlos Lira .................................................................................................................
144
Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda
................................................................................ 145
Lourdes; Costa, Geni de Araujo .........................................................................................146
Costa..................................................................................................................................
147
TEMA LIVRE: SADE .............................................................................................. 148
SANTOS, Eliane Rosa dos.................................................................................................
149
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
7/192
NASCIMENTO, Patrcia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos
........................................ 150
CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski
..................................................................... 151
Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG
................................................. 152
Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Arajo Costa
.................................................... 153
Ana Tereza Coelho , Regina Soares e Rosangela Villa Marin .....................................154
Mris Sayuri Tanaka, Rosngela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo
.............. 155
NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Arajo;AZEVEDO, Paula Guimares de
............ 156
Azevedo, Paula Guimares; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Arajo
........................... 157
Signori ...............................................................................................................................
158
Raquel Guimares Lins, Juliana Benigna de Oliveira
......................................................... 159
Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo
................................................ 160
PSTER: EDUCAO .............................................................................................. 161
Rosemary Rauchbach ; Laiza Danielle de Souza ..............................................................
162
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
8/192
Marize Amorim Lopes .......................................................................................................
164
GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco
Aurlio;............................................................. 165
Mrcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons
............................................................. 166
Patrcia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons
................... 167
PSTER: ESPORTE E LAZER ................................................................................ 168
Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski
...................................... 169
PSTER: PSICOSSOCIAL ........................................................................................ 170
Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira
...................................... 171
Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues
.............................................................................. 173
AZEVEDO, Paula Guimares, MELO ,Flvia Gomes, COSTA, Geni Arajo
................... 174
Rodrigues .........................................................................................................................175
Costa..................................................................................................................................
176
Brando, Marilia Velardi....................................................................................................
177
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
9/192
PSTER: SADE ........................................................................................................
178
Arajo Costa ......................................................................................................................
179
Keila Lopes , Ceclia S.P. Martins , Carlos Kemper , Ricardo Jac de Oliveira ............
180
Jos GS Junior , Marco AV Caffarena , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..............
181
Marco AV Caffarena , Jos GS Junior , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..............182
Tatiana Schneider Rocha, Ktia da Silva Silveira, Igor Taciano
Rodrigues......................... 183
Suiara PereiraTeixeira ........................................................................................................
185
Cardozo, Walter Jacinto Nunes ..........................................................................................
186
Cimbra,Rogrio Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons
............. 187
NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Arajo; AZEVEDO, Paula Guimares
............... 188
STERN, Claudia Rossi e GOMES, Snia Beatriz da Silva.
................................................ 189
Vagner Raso , Ivete Balen , Mnica Schwarz , Cristiane Ribeiro Coppi ........................
190
Raso ...............................................................................................................................191
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
10/192
Gisele Pugliese e Rosemari Frackin. ..................................................................................
192
Luciane Moreira Chaves ....................................................................................................
193
Guillermo Cardoso.............................................................................................................
194
ARANTES, Luciana Mendona .........................................................................................
195
Raso ...............................................................................................................................196
Giovana Zarpellon Mazo....................................................................................................
197
Adriana G Nardi , Rodrigo G Quito , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..................
198
Rodrigo G Quito , Adriana G Nardi , Francisco L Pontes Jr. , Vagner Raso ..................
199
Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Arajo
Costa.......... 200
Emerson de Melo ...............................................................................................................
201
Giovana Zarpellon Mazo ; Jorge Mota ; Lucia Hisako Takase Gonalves
......................... 202
Christine Borges Mendona, Eliane Rosa Santos, Geni Arajo
Costa................................. 203
Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Arajo Costa................................. 204
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
11/192
Pontes Jr. , Vagner Raso ...............................................................................................
205
Raso ...............................................................................................................................
206
Raquel Guimares Lins ......................................................................................................
207
Giovana Zarpellon Mazo....................................................................................................
208
Anglica; Costa, Geni Arajo. ............................................................................................209
do Nascimento, Geni Arajo Costa ....................................................................................
210
CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski
..................................................................... 211
Costa, Silvio Soares Santos ................................................................................................
212
Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons
............................................... 213
Cardoso, Ivanete Bredow Faber .........................................................................................
214
Nunes . ..............................................................................................................................
215
Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Jnior
............................................................ 216
Pontes Jr , Vagner Raso ................................................................................................217
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
12/192
Marize Amorim Lopes .......................................................................................................
218
DISSEMINAO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FSICA E
ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO Alfredo
Faria Junior Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Esta comunicao tem como objetivo apresentar uma anlise da origem e do
desenvolvimento da disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e
envelhecimento no Brasil. Essa anlise calcou-se nos resultados de uma pesquisa feita
para integrar o Atlas do Esporte no Brasil (COSTA, 2004). Assim, todas as citaes
feitas neste texto tm suas referncias nesse Atlas, criado exatamente para ser um bancode dados com acesso direto atravs da Internet.
O argumento central desta comunicao que a disseminao do conhecimento naquela
rea apresentou mudanas paradigmticas influenciadas por tendncias internacionais,
mas foram demarcadas temporalmente por elementos do contexto nacional.
Cristina Oliveira, Rafael Botelho e Alfredo Faria Junior definiram ?disseminao do
conhecimento? como o procedimento que permite propagar informaes, fatos,concluses, idias e trabalhos provenientes da capacidade e inteligncia humanas, nos
mais diversos suportes de informao. Na perspectiva daquela pesquisa, foram includos
livros, separatas, opsculos, folhetos, desdobrveis [folders], anais, peridicos, CD-
ROM e vdeos (FARIA JUNIOR, BOTELHO, In: COSTA, 2004).
No perodo que chamo de ?propedutico?, que teve incio na dcada de 30 e se estendeu
at 1969, persistia um tradicional e sedimentado entendimento que a educao fsica
deveria voltar-se, prioritariamente, para crianas e jovens. Assim, atividades fsicas para
adultos e para idosos eram encaradas como menos importantes e menos relevantes
(FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995). Entretanto, evidenciou-se a emergncia de um
novo paradigma com o lanamento da primeira campanha TRIM, em 1967, na Noruega,
elaborada dentro dos princpios do que ficou mundialmente conhecido como Esporte
para Todos, idealizada pelo professor de educao fsica, Per Hauge-Moe.
No Brasil, a disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e envelhecimentoparece ter tido incio nas dcadas de 30 e 40, do Sculo XX, feita atravs de artigos
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
13/192
publicados nas Revista Educao Physica e Revista Brasileira de Educao Fsica
(RBEF). Os temas buscavam estabelecer relaes entre exerccios fsicos, desporto e
longevidade e levantavam preocupaes com a maturidade de crianas, jovens e
adultos, envelhecimento
precoce, aposentadoria e alimentao. Na RBEF encontram-se ainda fotos que fazem
proselitismo da prtica de atividades fsicas em idades avanadas, como a do Rei
Gustavo, da Sucia, aos 88 anos, ?jogando sua partida diria de tnis? (TISS, 1946) e
de ?membros do Parlamento sueco, de vrias idades, em pleno trabalho ginstico?
(RBEF, 1947). No final do perodo propedutico, destaca-se o texto de Fernando Telles
Ribeiro sobre ?Exerccios fsicos Em 1970 iniciou-se um segundo perodo, o do
?entusiasmo inconseqente?, que se estendeu at 1994, ano em que foi sancionada aPoltica Nacional do Idoso. Em 1990, o pas tinha 4717 milhes de pessoas com mais de
60 anos, e em 1980, 7215 milhes, sendo possvel perceber que o Brasil entrava no que
os demgrafos chamavam de ?transio demogrfica?.
Da percepo clara da nossa transio demogrfica resultou a expanso massiva e
descontrolada da oferta de programas de atividades fsicas para idosos, mas que
geralmente incluam pessoas mais jovens como forma de completar turmas e inchar
estatsticas. Assim, proliferaram por todo o pas, em praias, hortos, ruas e praas
pblicas, estacionamentos de supermercados, clubes sociais e desportivos, condomnios
residenciais e at em universidades, esses programas, ?geralmente oferecidos por
voluntrios, e concebidos sem qualquer base terica. Esses programas, ministrados
geralmente por leigos, pessoas sem qualquer tipo de qualificao ou treinamento para o
exerccio profissional no campo das atividades fsicas para idosos, eram movidos
apenas pelo que chamo de ?entusiasmo inconseqente? (FARIA JUNIOR, In: MOTA,
CARVALHO, p. 37).
A primeira mudana paradigmtica no campo do conhecimento das atividades fsicas e
do envelhecimento no Brasil deve-se a quatro principais influncias tericas. A
primeira, j mencionada, refere-se s idias de Per Hauge-Moe que deram origem ao
movimento denominado de Esporte para Todos. Em 1970, a questo das atividades
fsicas e envelhecimento j estava posta e includa no livro Esporte para Todos ? as
atividades fsicas e a preveno de doenas? - Sport pour Tous ? les activits physiqueset la prevention des maladies (RVILLE, 1970), publicado pelo Conselho da Europa.
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
14/192
A segunda influncia terica, diz respeito s idias de Kenneth H. Cooper, que
estimulavam a incluso de adultos e idosos nos programas de atividades fsicas. Nessas
idias difundidas por Cludio Coutinho, Cooper recomendava ?aos brasileiros de todas
as idades ... a observncia das prescries ... como um meio de continuar vivendo ...
saudveis de corpo e de esprito? (1970). O livro de Cooper apresentava ?tabelas
adicionais? para pessoas com ?50 anos ou mais - andar, basquete, ciclismo, corrida,
corrida no mesmo lugar, handball e natao? (ibid).
A terceira influncia diz respeito s idias de Helmut Schultz que se referem
Matroginstica (1975), uma atividade fsica entre mes e seus filhos, de diferentes
idades, cooperando mutuamente na execuo dos exerccios. Schultz recomendava
ainda a participao de todo o grupo familiar nas atividades fsicas.
Posteriormente, as idias de Kurt Meinnel (1984) influenciaram na constituio da base
terica e na denominao dada ao Projeto desenvolvido na Universidade do Amazonas
por Rita Maria dos Santos Puga Barbosa. Para Meinnel (ibid), a Terceira Idade Adulta
?caracterizada como a fase da crescente diminuio do rendimento motor? (p. 378). No
incio do ?perodo do entusiasmo inconseqente? os peridicos continuaram a ser os
meios preferenciais para a disseminao do conhecimento.
Possivelmente o primeiro foi ?A chegada da Velhice?, de Rona e Laurence Chery
(1974), seguindo-se os de Fernand Landry, Mark Sarner, W. Hollmann Herbert de
Vries, Jean-Michel Lehmans, John Piscopo, Janis A. Work, Patrick Fitzgerald e Roy
Shephard.
Quanto aos autores nacionais, no existindo revistas especializadas em atividades fsicas
para idosos no Brasil, publicavam seus artigos nas revistas de educao fsica.
Inicialmente observou-se uma disperso desses artigos por amplo e variado leque de
temticas: atividade fsica e lazer na terceira idade, longevidade desportiva, terceira
idade no EPT; treinamento fsico na terceira idade; atividade fsica, envelhecimento e
questes de gnero; exerccios aerbicos; a higidez das pessoas idosas atravs da
natao, segurana, descontrao e sade na terceira idade e o idoso e o desporto.
No perodo constatou-se o surgimento de uma segunda tendncia no sentido de os livroscomearem a aumentar sua importncia na disseminao do conhecimento
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
15/192
especializado. Assim, foi publicado pelo Servio Social do Comrcio (SESC) de So
Jos dos Campos, possivelmente, o primeiro opsculo brasileiro sobre a temtica ?
?Caractersticas da terceira idade e atividades fsicas?, de Srgio S. Arajo (1977).
No contexto internacional, em 1982, a Organizao das Naes Unidas (ONU)
recomendou que os pases membros declarassem-no como o Ano Internacional do
Idoso.
Alm disto organizou, em Viena, a Assemblia Mundial do Envelhecimento, que reuniu
representantes de todos os pases membros e teve repercusso mundial.
Isto parece ter despertado a ateno da rea da educao fsica para as questes do
envelhecimento, tendo o SESC de So Paulo (Bertioga) publicado um opsculo
intitulado Esporte e cultura para a terceira idade (1982). Dois anos depois, a
Universidade de So Paulo (USP) publicou cinco cadernos sobre envelhecimento sob o
ttulo - Problemas do idoso. Um
desafio social. O quarto Caderno foi escrito por Antnio Boaventura da Silva e teve
como subttulo ?Aspectos fsicos e psicolgicos do envelhecimento? (1984).
Comeamos tambm a ter acesso a obras estrangeiras ou a tradues de obras de autores
estrangeiros. Isto se deu tanto em partes de obras gerais sobre o envelhecimento como
na ?A Boa Idade?, de Alex Confort (1997) quanto em obras completas como o livro
?Ginstica, jogos e esportes para idosos? [Gymnastik, Spiel und Sport fur Seniorem]
(BAUR, EGELER, 1983). Este livro foi recomendado editora Ao Livro Tcnico por
Jrgen Dieckert, professor alemo, visitante na Universidade de Santa Maria (UFSM) e
coordenador da srie ?Educao Fsica ? Prtica?. No prefcio Dieckert, criticava o
preconceito de encarar o jogo e o esporte como ?atividades somente para gente jovem,
especialmente homens? (p. III). A mesma coisa ocorreu com o livro ?Motricidade ? O
desenvolvimento motor do ser humano? [Bewegungslehre]? de Kurt Meinnel (1984),
que mais tarde viria a influenciar na construo terica do Projeto ?Universidade na
Terceira Idade Adulta? (1993) desenvolvido na Universidade Federal do Amazonas, por
Rita Puga Barbosa.
Em 1990, os brasileiros tomaram conhecimento do livro publicado em Portugalintitulado ?Educao Fsica Geritrica? (FRADINHO, 1990), da traduo do livro de C.
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
16/192
Raul Lorda Paz, intitulado ?Educao fsica e recreao para a terceira idade? (1990) e
mais tarde do livro ?Actividade fsica e sade na terceira idade? (MARQUES, BENTO,
CONSTANTINO, 1993).
A hegemonia dos livros estrangeiros, traduzidos do alemo e do espanhol ou editados
em Portugal, s comeou a se desfazer com a publicao da obra ?A Atividade Fsica
para a Terceira Idade?, de Rosemary Rauchbach (1990), seguido de outros dois ttulos:
?O idoso e a atividade fsica?, organizado por Alfredo Faria Junior (1991), e ?Yoga para
a Terceira Idade?, escrito por Beatriz Esteves (1991).
Quanto aos artigos de autores nacionais publicados em peridicos, os temas
continuaram dispersos: envelhecimento, atividade fsica, lazer e esporte (natao, ioga,exerccios aerbicos, desporto mster, segurana, prescrio e benefcios, questes de
gnero); atividade fsica ? um imperativo para todas as idades; treinamento (fsico,
aerbico, com pesos) na terceira idade; atitudes, auto-estima, auto-conceito,
expectativas dos idosos frente s atividades fsicas; longevidade desportiva; gnero e
sade na terceira Idade;
A partir da segunda metade dos anos 80, os temas dos artigos comearam a se voltar
mais para uma vertente acadmico/cientfica, com enfoque mdico ou no ?
osteoporose, envelhecimento e atividade fsica; respostas cardiorrespiratrias em funo
da intensidade do
exerccio; alteraes do sistema cardiovascular; consumo de oxignio e caractersticas
antropomtricas do idoso.
No final dessa dcada, em 1989, foi criado um Projeto de interveno e pesquisa
denominado: Idosos em Movimento ? Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA), hoje
Instituto de Educao Gerontolgica IMMA, em Niteri, uma Organizao No
Governamental (ONG), possivelmente um dos nicos fora da esfera pblica a fazer
pesquisas e disseminar conhecimentos.
No contexto internacional, em 1991, foi fundado o European Group for Research into
Elderly and Physical Activity [EGREPA], que viria a ter grande influncia na
disseminao do conhecimento no campo das atividades fsica para idosos. A filiao aoEGREPA era franqueada tanto para membros individuais, como para instituies. O
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
17/192
EGREPA era dirigido por um Comit Executivo composto pelo presidente em
exerccio, pelo presidente eleito, pelo presidente anterior, pelo vice-presidente, pelo
secretrio e pelo tesoureiro. A entidade tinha um Comit Gestor (The Board of
Directors) integrado por 13 membros, e apenas um brasileiro integrou esse Comit,
Alfredo Faria Junior. Em termos institucionais, o Centro de Estudos do Projeto Idosos
em Movimento ? Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA) era o representante do
EGREPA no Brasil. Para cumprir suas disposies estatutrias, o EGREPA realizava,
periodicamente, Congressos Internacionais, todos gerando Actas [proceedings]. Em
Congressos do EGREPA dois nicos brasileiros foram convidados como conferencistas
[keynote speakers]: Victor Matsudo, em 1993 (Oeiras) e Alfredo Faria Junior, em 2000
(Bruxelas). A partir de outubro de 1997 o EGREPA passou a editar um Boletim
[Bulletin] distribudo a todos os membros e em agosto de 2004 lanou o peridico
European Review of Aging and Physical Activity (EURAPA).
Com a Poltica Nacional do Idoso (BRASIL. Lei n 8.8842/94) iniciou-se um novo
perodo que denominei de Em busca de fundamentao terica e cientfica, que se
estende de 1994 at hoje. Essa Poltica determinava o ?apoio a estudos e pesquisas
sobre as questes relativas ao envelhecimento; adequar currculos, metodologia e
material didtico aos idosos;
Em 1996, deu-se um importante fato que muito contribuiu para incentivar a
disseminao do conhecimento: a realizao, no Rio de Janeiro, por iniciativa de
Alfredo Faria Junior e com o apoio do Projeto IMMA, do ?I Seminrio Internacional
sobre Atividades Fsicas para a Terceira Idade?. Hoje, em sua stima verso, esse
Seminrio considerado o mais reputado evento cientfico da rea graas s exigncias
sempre crescentes para aceitao
de comunicaes e por sua regularidade. Nestes sete anos, os organizadores locais dos
Seminrios sempre colocaram disposio os Anais dos encontros (FARIA JUNIOR,
19996;
FARIA JUNIOR, MARQUES, KRIGEL, 1998; FARIA JUNIOR, DECARO,
SANCHES, 2000; GUEDES, 2001a; 2001b; OKUMA, 2002) com exceo do realizado
em Belm, no Par.
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
18/192
No perodo, continuou-se a no ter peridicos especializados, sendo o que mais se
aproximaria disto o ?Caderno Adulto?, do Ncleo Integrado de Apoio Terceira Idade,
da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1997). Entretanto, alguns peridicos
lanaram nmeros temticos - ?Terceira Idade? (Ano I, n. 10, jul. 1995), ?Motus
Corporis? (v. 4, n. 2, nov. 1997), ?Revista do Colgio Brasileiro de Cincias do
Esporte? (v. 23, n. 3, maio 2002) e ?Fitness & Performance? (maio/jun. 2002).
Quanto aos artigos em peridicos, em alguns casos, os temas passaram a refletir os
rumos que as pesquisas estavam tomando, com temas mais voltados para a vertente
biomdica - capacidade funcional de idosos, avaliao isocintica e isotnica,
composio corporal, risco cardiovascular, desenvolvimento motor, e menos para as
cincias humanas e sociais ? atividade fsica e bem estar psicolgico, motivao para aprtica regular do exerccio fsico e/ou atividade desportiva, atitudes dos idosos quanto
prtica de atividade fsica.
A publicao de livros aumentou no perodo, destacando-se as obras de autores
nacionais: Terceira Idade: uma experincia de amor: terapia corporal para idosos
(VILAS- BOAS, 1994), Idosos em Movimento ? Mantendo a Autonomia: evoluo e
referencial terico (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995), Idosos em Movimento:
Mantendo a Autonomia.
Ensaios e Pesquisas (FARIA JUNIOR, NOZAKI, RIBEIRO, 1996), Exerccio,
envelhecimento e promoo da sade (LEITE, 1996), Atividades Fsicas para a Terceira
Idade (FARIA JUNIOR et al. 1997), Atividade Fsica na 3 Idade (MEIRELES, 1997),
?Sade na Terceira Idade?, com temas sobre ginstica, Yoga para idosos
(HERMGENES, 1997). O Idoso e a Atividade Fsica (OKUMA, 1998), Por que no
Educao Fsica Gerontolgica?
a (BARBOSA, 1998 ), Manual de Regras e Smulas de Esportes Gerontolgicos
(BARBOSA, 1998,b) e Universidade e Terceira Idade: percorrendo novos caminhos
(MAZO, 1998), Ginstica, Dana e Desporto para a terceira idade (FARIA JUNIOR,
1999), Hidroginstica na Maturidade (BONACHELA, 199 -), Avaliao do Idoso ?
fsica & funcional (MATSUDO, 2000), Idoso, Esporte e Atividade Fsica (GUEDES,
2001b), Atividade fsica na maturidade (MOREIRA, 2001), Terceira Idade & Atividade
Fsica (CORAZZA, 2001); Idoso, Esporte e Atividades Fsicas (GUEDES, 2001); A
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
19/192
Atividade Fsica para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2001) e Envelhecimento e
Atividade Fsica (MATSUDO, 2001),
Contribuies para o Trabalho com a Terceira Idade (ACOSTA, 2002), Longevidade e
Esporte (LENK, 2003), Atividade Fsica na 3 Idade (MEIRELES, 2003), A Atividade
Fsica para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2003), Atividade fsica na 3idade: o
segredo da longevidade (FERREIRA, 2003), Atividades fsicas no processo de
envelhecimento: uma proposta de trabalho (MARQUES FILHO, 2003), Exerccio,
Maturidade e Qualidade de Vida (DANTAS, OLIVEIRA, 2003) e Educao Fsica
Gerontolgica. Construo sistematicamente vivenciada e desenvolvida (BARBOSA,
2003).
Foi possvel encontrar no perodo alguns livros sobre envelhecimento que incluam
captulos sobre idosos e atividade fsica, como: O corpo em movimento, no livro
?Rejuvenescer a velhice? (NICOLINI, In: GUIDI, MOREIRA, 1994); Cincia e
Conscincia: tatuagens no corpo do idoso, em ?Corpo Presente? (SIMES, In:
MOREIRA, 1995), A mulher idosa e as atividades fsicas sob um enfoque multicultural,
em ?Mulheres em Movimento? (FARIA JUNIOR, In: ROMERO, 1997), Efeitos do
exerccio fsico na senilidade, em ?Exerccios em Situaes Especiais I? (SILVA,
1997), Atividade fsica e bem- estar na velhice, no livro ?E por falar em boa velhice?
(VITTA, In: NERI, FREIRE, 2000), Atividade fsica, movimentao e transferncia, em
?Como cuidar dos idosos? (DIOGO, RODRIGUES, In: RODRIGUES, DIOGO, 2000),
e Atividade fsica e envelhecimento, na obra ?Envelhecendo com qualidade de vida?
(CUNHA, TERRA, 2001) e Corporeidade, atividade fsica e envelhecimento:
desvelamentos, possibilidades e aprendizagens significativas, em ?Longevidade, um
novo desafio para a educao? (COSTA, In: KACHAR, 2001).
Algumas editoras, como a Manole e a Phorte, prosseguiram na estratgia de oferecer
traduo de obras de autores estrangeiros, como por exemplo: ?Hidroginstica na
terceira idade? (SOVA, 1998), ?Treinamento de fora para a Terceira Idade?
(WESTCOTT, BAECHIE, 2001) e ?Envelhecimento, atividade fsica e sade?
(SHEPARD, 2003).
Em outubro de 2003 foi institudo o Estatuto do Idoso (BRASIL. CONGRESSO
NACIONAL, Lei n 10 741 de 1 de outubro de 2003) que no Captulo V trata das
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
20/192
questes relacionadas com Educao, Cultura, Esporte e Lazer. Este Estatuto,
entretanto, no mais deixa consignada a preocupao com a pesquisa, como o fazia a
Poltica Nacional do Idoso (op. cit.). Quanto preocupao com a disseminao do
conhecimento menciona apenas que o Poder Pblico ... ?incentivar a publicao de
livros e peridicos, de contedo e padro editorial adequados ao idoso, que facilitem a
leitura, considerada a natural reduo da capacidade visual?.
Em concluso, a disseminao do conhecimento sobre atividade fsica e envelhecimento
passou por trs momentos influenciados por mudanas paradigmticas. Essas mudanas
foram causadas, em grande parte, por tendncias internacionais. Entretanto, as
demarcaes temporais dos trs perodos ocorreram por influncia de elementos do
contexto nacional. Assim, o segundo perodo pode ser contado a partir do momento emque o Municpio de Itapira-SP ampliou, em 1970, a oferta de atividades fsicas fora das
escolas e clubes, atendendo toda a populao em parques e reas livres. Pessoas de
vrias idades se reuniam ento, ao ar livre, para a prtica de atividades fsicas conforme
preconizava o movimento do Esporte para Todos. Quanto ao terceiro, o ano da sano
da Poltica Nacional do Idoso (1994) marca seu incio e se caracteriza pela busca de
melhor fundamentao cientfica, sobretudo com a incluso da temtica em programas
de ps-graduao stricto sensu.
Hoje em dia, apesar da predominncia dos artigos em peridicos, se observou um
crescimento digno de registro do nmero de livros e de autores brasileiros que passaram
a se dedicar temtica. Observou-se, tambm, o crescimento do nmero de captulos
sobre atividades fsicas para idosos em livros sobre o envelhecimento em geral e em
peridicos no especializados em educao fsica. Com o incentivo dado pelo Estatuto
do Idoso espera-se uma popularizao dos conhecimentos atravs de livros de auto-
ajuda e de peridicos no acadmico/cientficos, vendidos em bancas de jornal.
O pesquisador brasileiro que deseja publicar seus achados em peridicos dispe de
revistas interdisciplinares: ?Revista Kairs Gerontologia? (PUC/SP), ?A Terceira
Idade? (SESC), ?Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento? (UFRGS),
?Gerontologia? (SBGG/SP) que, sob a ?ditadura do Qualis? (2004), so C Nacional.
Cabe lembrar ainda que, em 2004, o Caderno Adulto (UFSM) entrou em ?fase de
mudana de sua estrutura, sendo a partir de ento suprimidas da revista as sesses deVivncias e Opinies?. Os peridicos brasileiros geralmente no tm periodicidade, tm
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
21/192
pssimo sistema de assinatura e distribuio, e tm impacto quase nulo na massa de
estudantes de graduao em educao fsica, e pequeno na de estudantes de ps-
graduao.
No contexto brasileiro, no campo da disseminao das atividades fsicas para idosos, o
maior impacto produzido por livros. O termo impacto aqui entendido como a
importncia que tem uma publicao tanto sobre a formao do leitor, estudante ou
professor de educao fsica, quanto sobre o contexto para provocar mudanas
paradigmticas. Para isto influem a atuao das Comisses Editoriais, as tiragens em
torno de 3000 exemplares, a existncias de redes nacionais de distribuio montadas
pelas editoras e o sistema de permuta, doaes e
compra implantado pelas Instituies de Ensino Superior (IES). Assim nesses livros
que os mais de 116 mil estudantes de educao fsica do pas encontram os
conhecimentos bsicos sobre o tema, dentro de uma tica de professor generalista. Este
fato desconsiderado pelos consultores da CAPES, que desvalorizem os livros nas
avaliaes dos programas de ps- graduao stricto sensu, s permitindo que a ?a
produo de livros e captulos? seja ?considerada at o mximo de 25% da produo
qualificada em A ou B? (CAPES, Grande rea da Sade).
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS FARIA JUNIOR, A.; BOTELHO, R. G. Esporte
e incluso social ? Atividades fsicas para idosos In: COSTA, L. P. da (org.). Atlas do
esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
ESCOLA, IMAGINRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSVEIS
PRECONCEITOS
Altair Macedo Lahud Loureiro Professora pesquisadora da PGE/UNIC/MT e da
PGGerontologia/UCB Conselheira de Educao do DF ? CEDF; Assessora de pesquisa
do NEPTI/CEAM/UnB
Escola, lugar de considerao das diferenas, de formao e Imaginrio, potncia
organizativa
Apresenta-se aqui, de forma preliminar, o processo e alguns dados obtidos, carentes
ainda da anlise mais aprofundada, em pesquisa em andamento; d-se notcias da
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
22/192
investigao, com dados j levantados no campo, em fase de organizao, que
relacionam, temas, fenmenos, processos e realidades considerados: a escola, no
processo de formao e de mudana de atitudes, na dinmica curricular e no ensino
aprendizagem, como lugar de considerao das diferenas; a velhice nas suas
idiossincrasias, fragilidades e possibilidades humanas e cidads, como espao de
reviso e construo; e o imaginrio na sua complexidade e fora organizativa. A
pesquisa relaciona, com postura interdisciplinar, Educao, Gerontologia, Imaginrio e
Complexidade, privilegiando neste momento apenas as falas, os depoimentos, mas que
privilegiar, em ao culturanaltica, o AT-9, de Yves Durand (1988), para desvendar o
imaginrio de um grupo formado por alunos e dirigentes de uma escola fundamental e
identificar as representaes imagticas de um grupo de alunos idosos e de idosos
asilados e depois entrecruzar estes olhares. Alm da simples escuta, a pretenso
maffesolianamente ?escutar a relva crescer?, transcender o que dado e posto de forma
patente, quer dizer, ir ao latente submerso, ouvir o inaudvel, enxergar o invisvel e
perceber o imperceptvel. A pesquisa situa-se no rol das investigaes que, no-
satisfeitas com os preconceitos, com os etnocentrismos desgastados, os esteretipos,
enfim, com as seguranas apenas do discurso ?competente?, propem a ao instituinte
na escola. V a escola na sua potncia transformadora, no seu poder de mudar vises de
mundo, de atualizar e, principalmente, de criar a construo crtica no-excludente e,
assim, diminuir ou eliminar os bachelardianos ?complexos de cultura?, notadamente
com relao velhice. V o homem, em qualquer idade, como um neteno, quer dizer,
que tem a condio de mudar sempre: de aprender e reaprender.
A criana e o adolescente tm presente, no elenco de imagens pessoais, uma imageria
que pode estar desequilibrada nas suas polaridades de natureza/pulses internas e de
cultura/presses externas. Pode ser que o convvio familiar, religioso, social, escolar,
cultural e as condies por vezes precrias de sobrevivncia tenham pressionado o eu
interior pulsante de humanidade e de solidariedade para com o diferente, no caso para
com o velho, pesando, de forma no-harmnica, no ?trajeto antropolgico?, o caminho
circular simbitico de interior e exterior. Mas Seefeldt e col. (apud Nri, 1991: 51)
registra ? em investigao sobre as percepes de crianas sobre velhos ?, ?que atitudes
e esteretipos se desenvolvem precocemente e tendem a permanecer como influncias
relativamente estveis?. Pressupe-se, ento, que a viso de mundo gerada e permeada
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
23/192
com as influncias da escola, na tenra idade, desperte, aprimore ou incentive no aluno ?
o homem em formao ? a compreenso do fenmeno da velhice e da(s) realidade(s) do
velho, entendendo o ser humano velho na sua singularidade, to digno e com direitos e
deveres, como qualquer outro em qualquer idade ? como na infncia e na adolescncia,
?fase? em que os alunos se encontram. Isto far a diferena no encarar, entender e se
relacionar com os seus idosos de casa, da comunidade e da sociedade em geral. Erikson
(1984: 156 in Andrade, 2002) diz que ?a velhice precisa encontrar um lugar
significativo na ordem social e econmica ? significativa para os velhos e para os que
fazem parte de todos os outros grupos de idade, comeando pela infncia?.
Acompanhar o olhar, descobrir o imaginrio destas crianas/destes adolescentes e dos
dirigentes da escola, nas suas aes e na organizao, sobre a velhice, o processo doenvelhecimento e a(s) realidade(s) do velho, do idoso, possibilitar, por um lado, a
influncia formadora da escola na elaborao ou na reviso dos seus projetos
pedaggicos e na formulao ou reformulao curricular, notadamente na sua
possibilidade transversal e, por outro, o possvel sair do idoso da inatividade segregada
e qui solitria, desenvolvendo ou imiscuindo-se em atividade, por ele desejada, no
convvio intergeracional saudvel, na interao com escolares crianas e/ou
adolescentes. As vantagens sero recprocas quando os avs se desenrugam no sorrisoque resulta da estima recuperada ou ampliada na possibilidade de se sentir til e
prestigiado, ouvido e considerado, da interao com criaturinhas, que sempre lembram
seus netos, em uma escola, enquanto as crianas tero ao vivo a evidncia das
possibilidades dos idosos, contando histrias vividas, reais ou fictcias, cantando
canes folclricas ou no, aprendidas em um passado h tempos vivido e agora
revivido mas ainda desconhecido das crianas. preciso deixar falar nestes momentos
tanto os velhos como as crianas, sem a imposio da hierarquia rgida vazia do apenasrespeito sem fundamento. O velho deve ser respeitado como todo ser humano, mas
precisa tambm respeitar. Ao demonstrarem sua ateno para com as crianas, os avs,
os idosos, estaro recuperando ou condicionando o resgate do respeito aparente ou
realmente perdido nesta poca de violncia e
de desprezo pelo que no novo, pelo velho ou envelhecido; pelo que no mais entra no
mosaico preconcebido de uma sociedade desamorosa do apenas lucro e produo. O que
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
24/192
se considera que, no caleidoscpio da vida, o velho feliz pode ainda ser produtor de
felicidade e neste movimento ser considerado.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Contributos para a formao pessoal e social dos
alunos de uma escola secundria. Lisboa: Instituto de inovao educacional, Ministrio
de Educao, 2002.
DURAND, G. As estruturas antropolgicas do imaginrio: introduo arquetipologia
geral. trad. Lisboa: Editorial Presena, 1989.
DURAND, G. As estruturas antropolgicas do imaginrio: introduo arquetipologia
geral. trad. Lisboa: Editorial Presena, 1989.
DURAND, Yves. L?exploration de l?imaginaire: introduction la modlisation des
univers mythiques. Paris: L?Espace Bleu, 1988.
LAHUD, Altair Macedo. Imagens da vida e da morte: vetores culturanalticos de um
grupo de idosos e pistas para a criao de um espao cultural. Tese de Doutorado. So
Paulo: FEUSP, 1993.
____. ?Os velhos, as mudanas de um novo tempo e o medo da morte: lutar, conciliar
ou se acomodar??. Cadernos de educao. v.7, n. 1. Cuiab/MT: UNICMT, 2003.
_____. (org) O velho e o aprendiz. O imaginrio em experincias com o AT-9. So
Paulo: Zouk, 2004 ____.(org.) Terceira Idade: ideologia, cultura, amor e finitude.
Braslia: UdUnB, 2004.
NERI, Anita Liberalesso. Envelhecer num pas de jovens: significados do velho e
velhice segundo brasileiros no idosos. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1991.
ROY, Jean Pierre. Bachelard ou le concept contre l?image. Montral: Presses de
l?Universit de Montral, 1977.
SADE SSEA E O ENVELHECIMENTO Ana Patrcia de Paula Reumatologista
doHospital Universitrio de Braslia
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
25/192
A osteoporose um problema de sade pblica com importantes conseqncias fsicas,
psicossociais e financeiras. O reconhecimento daqueles indivduos com risco e a
identificao dos pacientes com osteoporose e encaminhamento para preveno e
tratamento deve ser uma preocupao de todos, principalmente daqueles que trabalham
visando promoo da sade.
Aproximadamente 13 a 18% das mulheres norte-americanas acima dos 50 anos tm
osteoporose e cerca de 50% tm osteopenia, segundo critrio densitomtrico da
Organizao Mundial de Sade, 1990 (normal = T score ? ?1.0; osteopenia = T score ?2.5; osteoporose = T score ? ?2.5, onde T score o desvio padro em relao a
mdia da densidade mineral ssea de adultos jovens). A Sociedade Brasileira de
Osteoporose, a Sociedade de Osteoporose de Braslia e a Sociedade Brasileira deReumatologia tm como meta verificar os dados nacionais relacionados osteoporose
em nosso pas.
Osteoporose definida atualmente como uma desordem esqueltica caracterizada por
fora ssea comprometida predispondo a um aumento do risco de fratura. Fora ssea
primariamente reflete integrao entre densidade ssea e qualidade ssea.
Sendo esta uma doena silenciosa, precisamos estar atentos para identificar as pessoas
com fatores de risco tais como: histria familiar de fratura por osteoporose, raa branca,
baixa estatura e peso, sexo feminino, menarca tardia, menopausa precoce, nuliparidade,
baixa ingesto de clcio, alta ingesto de sdio, alta ingesto de protena animal,
sedentarismo, tabagismo, alcoolismo crnico, uso de medicamentos (corticides,
heparina, methotrexate, fenobarbital, fenitona, ciclosporina, agonistas de GnRH). A
histria clnica e o exame fsico so importantes na identificao de fatores de risco para
osteoporose, e o nosso objetivo deve ser diagnosticar os pacientes antes doacontecimento da primeira fratura.
Seguindo critrios da Organizao mundial de Sade o diagnstico de osteoporose
feito de maneira quantitativa atravs do exame de densitometria ssea. A densidade
mineral ssea representa um dos melhores determinantes da resistncia ssea. A
densitometria de dupla emisso com fontes de raios X (DXA) considerada padro-
ouro para a medida de
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
26/192
massa ssea, sendo um mtodo no-invasivo que, alm de fornecer o diagnstico,
permite o seguimento dos pacientes. Atravs da densitometria ssea mensura-se o
contedo mineral sseo ou a densidade mineral areal, que corresponde quantidade
mineral divida pela rea ssea estudada. O exame deve ser realizado rotineiramente em
coluna lombar e fmur proximal.
importante lembrar que o nosso esqueleto constitui-se de ossos cortical (80%) e
trabecular (20%), ressaltando-se que o colo femoral tem 75% de osso cortical e a coluna
lombar tem 66% de osso trabecular. O Osso trabecular tem um metabolismo mais ativo
que o cortical, portanto sendo este o que primeiro apresenta reduo frente a um
desequilbrio no processo de remodelao ssea. A remodelao ssea um processo
contnuo de formao e reabsoro sseas, resultante do acoplamento das funes dososteoblastos e osteoclastos, relacionado a homeostasia de clcio e fsforo. O
remodelamento sseo ocorre em unidades circunscritas, disseminadas por todo o
esqueleto. O remodelamento de cada unidade requer um perodo estimado em cerca de
trs a quatro meses. A seqncia dos fenmenos celulares sempre a mesma: ativao
dos precursores dos osteoclastos e depois reabsoro ssea osteoclstica, seguida de
formao osteoblstica do osso.
A puberdade o perodo crucial para a aquisio da massa ssea, aps a menarca, a taxa
de aumento de massa ssea desacelerada e entre os 17 - 20 anos os ganhos so
mnimos. de fundamental importncia reconhecer que maximizando o pico de massa
ssea estaremos contribuindo para uma reduo do risco de fraturas anos depois. Sabe-
se que um aumento de 10% no pico de massa ssea pode representar uma reduo de at
50% no rico de fratura aps os 50 anos de idade. Existe um declnio da densidade
mineral ssea com a idade e a mulher inicia uma perda rpida, logo nos primeiros anos
aps a menopausa (observe o grfico abaixo). Os homens tm uma curva desviada para
a direita j que a pubarca acontece um pouco mais tarde e a perda rpida ocorre mais
tarde do que nas mulheres.
Massa ssea Pico de massa ssea Menopausa
Sem reposio hormonal 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade (anos)
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
27/192
relevante lembrar alguns dos determinantes do pico de massa: Fatores genticos
(responsveis por 60 a 80% da variabilidade da massa ssea), nutrio adequada (clcio,
vitamina D, protenas e calorias adequadas), nvel dos hormnios sexuais na puberdade,
nvel do hormnio do crescimento e exerccio fsico.
FRATURA O risco de fraturas de qualquer stio entre os homens similar ao risco de
desenvolver cncer de prstata (13%), e o risco entre as mulheres (39,7%) maior que o
risco de desenvolver cncer de mama, ovrio ou endomtrio.
Risco de fratura em idosos associa-se a vrios fatores: ? Fatores genticos ?
responsveis por 60 a 80% da variabilidade da massa ssea ? Geometria femoral
(comprimento do eixo do quadril, largura do colo femoral) ? Microarquitetura sseaalterada
Fraturas Vertebrais A maioria das fraturas vertebrais assintomtica. Menos de 1/3 dos
pacientes com deformidades vertebrais procuram assistncia mdica. Aps a primeira
fratura vertebral aumenta-se em 2 a 5 vezes o risco de nova fratura. Nenhum tratamento
medicamentoso ou to eficiente quanto antes da primeira fratura.
Fratura de quadril A mortalidade nos primeiros seis meses aps fratura de quadril de18-34%, sendo maior entre os homens do que entre as mulheres. Aps um ano a
mortalidade de 20%. Seis meses aps o evento fratura mais de 50% dos pacientes
ainda queixam-se de dor e requerem assistncia para deambular e cerca de 1/3 dos
pacientes perdem a independncia e necessitam de cuidados familiares ou de outro
cuidador permanente.
Incidncia de Fraturas Vertebrais, de Quadril e de Antebrao nas Mulheres com mais de
50 anos Incidncia anual por 1000 mulheres Vertebral
40 30 20 Quadril Antebrao 10 50 60 70 80 idade(anos)
Tratamento ? Exerccio fsico com ao da gravidade ? Preveno - reconhecimento das
pessoas de maior risco ? Preveno de quedas ? Medicamentos que:Aumentam a
formao ssea Reduzem a reabsoro ssea
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
28/192
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
29/192
Teriparatida ? Teriparatida uma nova forma de tratamento da osteoporose severa de
mulheres e homens ? Teriparatida reduz o risco de fraturas vertebrais e no vertebrais
em mulheres e homens com osteoporose
Considerando o acima exposto consideramos essencial prevenir: o baixo pico de massa
ssea, a reduo da massa ssea, o aparecimento da primeira fratura e o aparecimento
de novas fraturas. Portanto sempre poderemos agir em benefcio daqueles com
diagnstico de osteoporose.
HOLICK, M.S. &DAWSON-HUGHES, B. Nutrition and Bone Health. Humana Press,
2004.
WASNICH RD. Primer on the Metabolic Bone Diseases and Disorders of Mineral
Metabolism. 4th edition. Academic Press, 1999.
ROSEN, C.J.; GLOWACKI, J., BILEZIKIAN, J.P.The Aging Skeleton. Academic
Press, 1999.
PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE Eino
Heikkinen The Finnish Centre for Interdisciplinary Gerontology University of
Jyvskyl, Finland.
Background The individual and social burden of diseases increases in parallel with the
increase in human life expectancy and the proportion of elderly people in both the
developing and industrialized countries. The ongoing demographic change has
sometimes been called as an ?apocalyptic demography? referring to the mass nature of
the issue which would require mass solutions (e.g. Ebrahim 2002). The increase in the
proportion of people over 80 years of age presents a particular challenge. It has beenestimated that in many developed countries st their proportion will increase by about
40% during the first two decades of the 21 century, and that the most rapid relative
increase in life expectancy will occur in this age group. On the other hand the
uncomfortable and uncompromised consequences of ageing are the increasing number
of diseases, functional limitations and disabilities (E.g. Heikkinen 2003). Only about
10% of people aged 80 years are free of a clinically diagnosed disease, and various
disabilities decrease the quality of life. In the industrialized European societiesapproximately 20% of people aged 70 years or older and 50% of people aged 85 and
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
30/192
over report difficulties in basic activities of daily living (e.g. BURDIS report, 2004). It
has been estimated that the use of social and health services increases in parallel with
the increase in various disabilities.
Disability increases, e.g., the risk of need for home help, hospitalization, nursing home
admission and premature death. Disability prevention has become an important public
health concern.
Osteoporotic fractures and falls are common, interrelated conditions in elderly people.
Approximately one third of community-dwelling older people fall at least once each
year, multiple falls are common and the cumulative incidence of falls has led to an
epidemic of osteoporotic fractures, particularly among postmenopausal women.Fractures are associated with increased mortality and healthcare costs.
Significant increase in life expectancy has occurred in both developed and th developing
countries during the 20 century. In many developed countries the average life
expectancy at birth is over 80 for women and over 75 years for men. In addit ion,
among women the average life expectancy at 65 is over 20 years and in men over 15
years. It has been estimated that genetic factors determine about 25 % of the differencein the age of death;
the environmental factors in different phases of life seem to be more important in
modifying the differences in life expectancy.
Physical activity level decreases with advancing age. There does not seem to be,
however, any consensus about the definition of physical inactivity or sedentary behavior
in elderly populations. People whose physical activity is limited to mainly sitting in oneplace or practicing only light physical activity can be regarded as sedentary people.
According to our observations their proportion among people aged 75-80 years vary
between 20 and 40 percent among, for example, urban populations in the Nordic
countries Denmark, Finland and Sweden (NORA studies 2002). The proportions of
those regarded as moderately active (moderate physical activity for about 3 hours per
week) vary between 30 and 50% whereas the proportion of physically active (moderate
physical activity over 4 hours per week or intense physical activity up to 4 hours perweek or active sports at least 3hours per week) vary between 15 and 40%. It is obvious
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
31/192
that at least one third of elderly populations should start practising some form of
physical exercise and that an additional one third should consider increase of their
physical activity.
This paper aims at describing, on the basis of the current scientific literature, including
our own research work, the roles of physical activity in the prevention of disability, falls
and fall related fractures in old age and as a determinant of longevity.
Disability and physical activity Research on disability in old age has identified several
factors that contribute to shaping the dimensions of disabilities in old age. These factors
include both non-modifiable risk factors such as age, gender and genetics and
modifiable risk factors such as unhealthy behaviors, and characteristics of theenvironment and the degree to which it is free from, or encumbered with physical,
social and cultural barriers. A part of the modifiable risk factors stem from earlier
phases of life. Currently some, if limited knowledge exists on the role of genetic factors
predisposing older people to functional limitation and disability (Tiainen et al.
2004). There is a marked gender difference in longevity. In European countries women
often live about five years longer than men but women have a longer duration of life
lived with disability.
Much research has been dedicated to identifying risk factors for the onset of disability
by applying the disablement model developed by Nagi (1976). The main pathway of the
model consists of four components: pathology, functional impairments, functional
limitations, and disability. In elderly people, pathology causes impairments (e.g.
decreased muscle strength, low oxygen consumption, poor balance). Impairments
predispose people fo functional limitations (e.g. poor walking speed) which may lead todisabilities (e.g.
difficulties in carrying out daily activities and in mobility). In a systematic literature
review Stuck et al. (1999) listed various behavioral and health factors that at on
individual level contribute to the development of disability in old age. The highest
strength of evidence for an increased risk in functional status decline, defined as
disability or physical function limitation was found for (in alphabetical order): -
cognitive impairment - low level of physical activity - depression - no alcohol use
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
32/192
compared to - disease burden - moderate use - increased and decreased body mass index
- poor self-perceived health - lower extremity functional limitation - smoking - low
frequency of social contacts - vision impairment
Other risk factors include elevated blood lipids and glucose, low bone density and
alcohol and drug misuse. Research has also shown that certain psychological and
psychosocial characteristics, such as poor self-efficacy, coping strategies and social
integration predict the development of disability. Recent evidence suggests that the
accumulation of deficits across multiple domains (co-impairment) may better explain
the development of functional limitation than decline in a single domain.
Disability can be defined as a gap between a persons abilities and environmentalrequirements. Identical physical and mental conditions may results in different patterns
of disability depending, for example, on the occupation, housing conditions or family
structure of a person. On the other hand, a similar type of disability may arise from
different types of health conditions. Women have a longer duration of life lived with
disability and it has been suggested that they may suffer from ?multiple jeopardy?, i.e.
have combinations of social and health disadvantages. Also cultural factors may
produce disability. Prejudice and discrimination in different arenas of life may disable
and restrict peoples activities even more than impairments and functional limitations.
Current research suggests, however, that among other factors physical activity is
associated and may counteract several individual level risk factors of old age disability.
Chronic illnesses Current studies suggest that the health benefits of physical activity
that have been observed in middle-aged persons also are likely to occur in elderly men
and women.
Sedentary lifestyle and aging increase a persons risk of many chronic diseases
including coronary heart disease, hypertension, stroke, cancer, certain metabolic
disorders (e.g. non- insulin dependent diabetes) and osteoporosis (e.g. Spirduso 1994,
Carlson et al. 1999, Christmas et al. 2000). It has been estimated that about one third of
deaths from coronary heart disease, colon cancer and diabetes could be prevented if all
American adults were vigorously active (Powell & Blair 1994). It has also been
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
33/192
estimated that individuals of all ages with established osteoarthritis can benefit from
exercise programs.
Both aerobic and resistive exercises have resulted in diminished pain and disability
scores and enhanced measures of physical function without worsening of the disease
radiographically. Diseases are often associated with sarcopenia which may result from
disease related nutritional deficiencies and inflammatory reactions. Sarcopenia on the
other hand may lead to functional limitations and disability. The current physical
activity guidelines for adults of 30 minutes of moderate intensity activity preferably all
days a week is of importance for reducing health risks for a number of chronic diseases
(ACSM 1998). The dose-response relationship shows that ?a moderate physical activity
program is likely to give important health benefits and indicates that some activity isbetter thant none, and that more is better than less? (e.g. Bokovoy & Blair 1994).
Depression The prevalence of clinically important depressive symptoms among
community-dwelling older adults ranges from approximately 8 % to 16% (Blazer 2003).
Depression is associated with physical illness and disability, and it is often accompanied
by decreased physical activity, resulting in functional limitations and disability. On the
other hand exercise may reduce depressive symptoms among older persons (0Connor
et al. 1993, Penninx et al. 1998).
An observational study among a representative population sample aged 65-84 year at
baseline showed that over the follow-up of 8 years the amount of depressive symptoms
increased among sedentary people compared to their physically more active
counterparts (Lampinen et al. 2000). It appears that physical activity participation rather
than physical fitness per se may be related to psychological well-being in elderly people(McAuley & Rudolph 1995).
There is, however, no compelling experimental evidence that exercise per se is effective
in preventing or treating depression in elderly people.
Self-rated health Despite the high prevalence of clinical diagnoses in elderly people
many of them evaluate their health as good. The factors underlying these evaluations
include functional performance (muscle strength in particular), physical activity,severity of diseases, sensory performance (vision in particular), and cognitive
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
34/192
performance. Decreased physical activity has emerged as the most powerful variable
predicting a negative change in self-rated health (e.g. Leinonen et al. 2001). Older
peoples cognitive interpretation of being physically active may impart a sense of vigor,
which is considered an important aspect of health. It may be that older people are likely
to emphasize attitudinal and behavioral factors in assessing their own health.
Leannes and obesity A change in body composition is one of the most apparent findings
with human aging. There is a loss of muscle mass and strength (sarcopenia), and a
relative increase in body fat. In the 70- to 79-year-old age group about one third has
been reported to be Obese (BMI >- 27.8 for men and 27.3 for women; Kuszmarski et al.
1994). The decline in daily physical activity is clearly a major factor contributing to the
current obesity epidemic affecting both developed and developing countries. Therequired amount of physical activity to maintain a recommended BMI values may be
higher compared to the guidelines concerning chronic diseases. Although definite data
are lacking, it seems likely that moderate intensity activity of approximately 45 to 60
minutes per day is required to prevent the transition to overweight or obesity (Erlichman
et al. 2002b, Saris et al. 2003). The low BIM also seems to be a risk factor of disability.
Both chronic diseases and lack of physical activity reduce muscle
mass and may increase the proportion of fat tissue leading to a lower BMI which is
associated with poor functional performance and increased mortality.
Functional limitation According to the model of Verbrugge and Jette (1994) functional
limitation is a precursor of disability. It has been demonstrated that among non-disabled
older persons living in the community, objective measures of lower-extremity function
are highly predictive of subsequent disability (Guralnik et al. 1995). It has also been
shown that grip strength in middle-age independently predict levels of functionalindependence at the follow-up 25 years later (Rantanen et al. 1999).
Strength loss in elderly people is well established and has repeatedly been linked to
poor performance and falls. In particular, lower extremity strength loss has been
associated with increased time to rise from a chair, climb stairs, and walk, and with a
decrease in the amount of walking performed per week (e.g. Chandler & Hadley 1996).
Decline in muscle strength is partially reversible with exercise. The consistency of
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
35/192
strength gain with training across elderly age groups and levels of frailty is very
promising but the clinically meaningful strength change is not yet clear.
Social factors The low levels of social activity and social contacts seem to be associated
with poor functional outcomes, even if correcting for potential confounding factors such
as cognitive functioning (Moritz et al. 1995). It has also been observed that a greater
frequency of emotional support from social networks has a favorable impact on
functional outcomes (Seeman et al. 1995).
Physical activity facilitates the involvement of elderly people in social activities through
preventing functional limitations, which may become obstacles to social participation.
In addition, physical exercise often involves group activities being thus able to maintainand create social contacts.
Injurious falls and physical activity Several risk factors have been identified for non-
vertebral fracture, which is ultimately determined by bone strength, the risk of falling
and the force of impact in the event of fall. Established risk factors for falls in older
adults include lower-extremity muscle weakness, impaired balance and vision,
decreased reaction time, impaired cognition, decreased body mass, and impaired
mobility in general. In addition, medications, alcohol intake, inappropriate footwear,
physical factors in the environment and acute situational factors have also been
identified as important risk factors for falls.
A review of the epidemiologic evidence on the relationships between physical activity,
falls and fractures among older adults (Gregg et al. 2000) suggests that higher levels of
leisure time physical activity prevent hip fractures, and that certain exercise programs
may reduce risk of falls. In addition to preventing functional limitation physical activityhelps maintain mobility and bone mineral density and in doing so, may prevent falls and
osteoprotic fractures. It is, however, unclear whether physical activity is associated with
the risk of osteoporotic fractures at sites other than the hip. Future research is also
needed to identify which populations will benefit most from physical activity and to
evaluate the types and amount of exercise needed for protection of falls in old people.
Longevity and physical activity Several prospective observational studies have shown
that low physical activity levels predict an increased risk of mortality among older
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
36/192
people (E. g. Bokovoy & Blair 1994, Erlichman et al. 2002a). The highest mortality
rates, both overall and from cardiovascular disease has been found in sedentary men,
and on the other hand physically active elderly people have a longer life-expectancy
compared to their more sedentary counterparts (ij et al. 2002). The differences
between the sedentary and physically active elderly people remain after controlling for
their status of health.
It has been suggested that the effect of physical activity on survival is most important
among those elderly individuals who already have disabilities such as mobility
difficulties (e.g. Hirvensalo et al. 2000). It is, however, difficult to control for all the
factors (health behaviors, socio-economic position, education, genetic factors, severity
of diseases) which may modify or confound the relationships between physical activityand survival among elderly people. Additional research is, therefore, needed to
determine the amount and
quality of physical activity to be recommended as well as the characteristics of
individuals who will benefit from physical activity from the point of view of an
increased survival.
Concluding remarks There now exists a wealth of data demonstrating that physical
activity and exercise may ameliorate diseases, reduce depressive symptoms and delay
the occurrence of functional limitations and disabilities in elderly populations. Physical
activity may also contribute to increased longevity compared to sedentary lifestyle.
There are, however, both conflicting finding and gaps in our knowledge concerning the
importance of physical activity amongst the various risk factors and the effectiveness of
physical activity interventions aimed at maintaining health and preventing diseases anddisabilities in elderly people and increasing longevity.
The situation is complex and has recently rendered even more complex by observations
showing that individuals of the same age, gender and ethnic group vary markedly in
their physiological responses to the same dose of physical activity and that this
variability is characterized by a familial aggregation of these responses, which has both
genetic and environmental components (Bouchard & Rankinen 2001).
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
37/192
There is, however, enough evidence regarding the beneficial health effects of physical
activity in older people to start strengthen research activities with the aim of developing
effective interventions for the prevention of physical inactivity and facilitation of
physically active lifestyles. An important goal for exercise scientists and sport medicine
clinicians is to discover new ways to encourage physical activity in the unfit and most
sedentary elderly people.
A step forward would be to consider the disablement concept in the context of the
newer concept of enablement. Disabling processes are described as those that increase
the needs of help of the individual and also often lead to isolation and dependency.
Enabling processes, including physical activities, restore and improve function and
expand access to social and physical environment.
REFERENCES IJ M, HEIKKINEN E, SHCROLL M, STEEN B (2002). Physical
activity and mortality of 75-year-old people in three Nordic localities: A five-year
follow-up. Aging Clinical and Experimental Research 14;83-89 AMERICAN
COLLEGE OF SPORTS MEDICINE POSITION STAND. Exercise and physical
activity for older adults. Med Sci Sports Exerc 30:992-1008 BLAZER DG (2001).
Depression in later life: review and commentary. Journals of gerontology Series A.
Biological sciences and medical sciences 58:249-265 BOKOVOY JL, BLAIR SN
(1994). Aging and Exercise: A Health Perspective. Journal of Aging and Physical
Activity 2: 261-272 BOUCHARD C, RANKINEN T (2001). Individual differences in
response to regular physical activity. Med Sci Sports Exerc 33:5446-5451 CARLSON
JE, OSTIR GV, BLACK SA, MARKIDES KS et al. (1999). Disability in older adults
2:physical activity as prevention. Behavioral Medicine 24: 157-169 CHANDLER JM,
HADLEY EC (1996). Exercise to improve physiologic and functional performance in
old age. Clinics in Geriatric Medicine 12:761-784 CHRISTMAS C, ANDERSON RA
(2000). Exercise and Older Patients: Guidelines for the Clinician. JAGS 48:318-324
Disability in Old Age. Burden of Disease Network Project 2004.
http://www.jyu.fi/BURDIS EBRAHIM S (2002). Ageing, health and society. Int J
Epidemiol 31:715-718 ERLICHMAN J, KERBEY AL, JAMES WPT (2002a). Physical
activity and its impact on health outcomes. Paper 1: the impact of physical activity on
cardiovascular disease and all- cause mortality: an historical perspective. Obesityreviews 3:257-271 ERLICHMAN J, KERBEY AL, JAMES WPT (2002b). Physical
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
38/192
activity and its impact on health outcomes. Paper 2: prevention of unhealthy weight
gain and obesity by physical activity: an analysis of the evidence. Obesity reviews
3:273-287 GREGG EW, PEREIRA MA, CASPERSEN CJ (2000). Physical Activity,
Falls, and Fractures Among Older Adults: A Review of the Epidemiological Evidence.
JAGS 48:883- 893 GURALNIK JM, FERRUCCI L, SIMONSICK EM, SALIVE ME,
WALLACE RB (1995).
Lower-extremity function in persons over the age of 70 years as a predictor of
subsequent disability. New England Journal of Medicine 332:556-561
HEIKKINEN E (2003).What are the main risk factors for disability in old age and how
can disability be prevented? WHO regional Office for Europes health evidencenetwork synthesis report. Available online at: http://www.euro.who.int HIRVENSALO
M, RANTANEN T, HEIKKINEN E (2000). Mobility difficulties and physical activity
as predictors of mortality and loss of independence in community-living older
population. JAGS 48:493-498 KUJALA UM, KAPRIO J, KOSKENVUO M (2002).
Modifiable Risk Factors as Predictors of All-Cause Mortality: The Roles of Genetics
and Childhood Environment. American Journal of Epidemiology 156:985-993
LAMPINEN P, HEIKKINEN R-L, RUOPPILA I (2000). Changes in Intensity of
Physical Exercise as Predictors of Depressive Symptoms among Older Adults. An
Eight-Year Follow- up. Preventive Medicine 30:371-380 LEINONEN R, HEIKKINEN
E, JYLH M (2001). Predictors of decline in self-assessments of health among older
people ? a 5-year longitudinal study. Social Science and Medicine 52:1329-1341
MCAULEY E, RUDOLPH D (1995). Physical Activity, Aging, and Psychological
Well- Being. JAPA 3:67-96 MORITZ DJ, KASL SV, BERKMAN LF (1995).
Cognitive functioning and the incidence of limitations in activities of daily living in an
elderly community sample. Am J Epidem 141:41-49 NAGI SZ (1976). An
epidemiology of disability among adults in the United States. Milbank Mem Fund Q
Health Soc 54:439-467 NORA studies (2002). Nordic Research on Ageing: The five-
year follow-up of the functional capacity of 75-year-old men and women in three
Nordic localities. A.Viidik (Guest editor) Aging.Clin Exp Res Suppl 14 0`CONNER PJ,
AENCHENBACHER LE, DISHMAN RK (1993). Physical activity and depressive
symptoms in the elderly. JAPA 1:34-58 PENNINX BWJH, GURALNIK JM,
FERRUCCI L, SIMONSICK EM et al. (1998).
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
39/192
Depressive symptoms and physical decline in community-dwelling older persons.
JAMA 279: 1720-1726 RANTANEN T, GURALNIK JM, FERRUCCI L, LEVEILLE
S et al. (2001). Coimpairments as predictors of severe walking disability in older
women. JAGS 49:21-27 RANTANEN T, GURALNIK JM, FOLEY D, MASAKI K et
al. (1999). Mid-life hand grip strength as a predictor of old age disability. JAMA
286:558-560
RANTANEN T, GURALNIM JM, SAKARI-RANTALA R et al. (1999). Disability,
Physical Activity, and Muscle Strength in Older Women: The Womens Health and
Aging Study.
Arch Phys Med Rehab 80:130-135 SARIS WHM, BLAIR SN, VAN BAAK MA,EATON SB et al. (2003). How much physical activity is enough to prevent unhealthy
weight gain? Outcome of the IASO 1st Stock Conference and consensus statement.
Obesity reviews 4:101-114 SEEMAN TE, BERKMAN LF, CHARPENTIER PA,
BLAZER DG et al. (1995). Behavioral and psychosocial predictors of physical
performance: McArthur studies of successful aging.
Journal of Gerontology, Medical Sciences 50: M177-M183 SPIRDUSO WW (1994).
Physical Activity and Aging: Retrospections and Visions for the Future. JAPA 2:233-
242 STUCK AE, ALTHERT JM, NIKOLAUS T et al. (1999). Risk factors for
functional status decline in community-living elderly people: a systematic literature
review. Social Science & Medicine 48: 445-469 TIAINEN K, SIPIL S, ALEN M,
HEIKKINEN E et al. (2004). Heritability of maximal isometric muscle strength in older
female twins. J Appl Physiol 96:173-180 VERBRUGGE LM, JETTE AM (1994). The
disablement process. Social Science and Medicine 38:1-14
PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE C. Jessie Jones FACSM - Division of
Kinesiology and Health Science California State University, Fullerton
?We cannot go back and make a new start, Introduction Chances are you?re going to
live a long life because of the advances in sanitation, public health, medical and
pharmaceutical technology, and food science. However, what is your prognosis for a
successful old age? First it is important to understand want is meant by the phrase
?successful old age?. It is difficult to define because the term ?success? itself is quite
7/27/2019 Educao Fsica para Idosos Pratica Fundamentada.docx
40/192
ambiguous. The concept of successful aging dates back several decades (Baltes &
Baltes, 1980; Havighurst, 1961; Palmore, 1979; Rowe & Kahn, 1987). Havighurst
(1961) coined the term ?successful aging? referring to it as ?adding life to the years?
and ?getting satisfaction from life?. Palmore (1979) defined successful aging as
including longevity, lack of disability, and life satisfaction. Rowe and Kahn (1987)
further defined successful agers as people with better than average physiological and
psychosocial characteristics in late life, and positive genes. Other experts in the field
have added the following indicators of successful aging: autonomy (independence),
financial and social status, sense of meaningful purpose in life, and self-actualization.
Successful aging is not something that begins in later life; rather it is an accumulation of
where and how we have lived our lives, experiences we have encountered, people in ourlives, how we feel about ourselves, our attitudes, and choices we make regarding how
we care for ourselves and manage our lives (see figure 1). In fact, people who seem to
age successfully tend to be those who stay ?actively? involved with the many pleasures
of everyday living, and have a passion for living life to the fullest.
Genetics Culture & Gender Physical & Social Successful Environment Aging
Socio-economic Status Life Events Health & Social Services Lifestyle Choices &
Behaviors
Psychological Attributes Figure 1. Predictors of Successful Aging. Adapted from the
determinants of Active Ageing,
Top Related