EIXOS ESTRUTURANTES
DOPARTENARIADO
Helena Neves Almeida
PARTENARIADO
FABRICE DHUME (2001)
• CONSTRUÇÃO CONCEPTUAL
• INSTRUMENTO PARA A MUDANÇA DE PRÁTICAS E PARA A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS COLECTIVOS DE PROFISSIONALIDADE
3 PRINCIPIOS ESTRUTURANTES
• O SENTIDO DA DILIGÊNCIA COLECTIVA
• O LUGAR DOS ACTORES NO PARTENARIADO
• A ACÇÃO PARTENARIAL
O SENTIDO DA DILIGÊNCIA COLECTIVA
•ACÇÃO COLECTIVA COMO SUPORTE DE UMA COMUNIDADE DE INTERESSE
•ENVOLVIMENTO LIVRE E CONTRATUAL
•ENVOLVIMENTO MÚTUO E NÃO RECÍPROCO (LÓGICA DE INVESTIMENTO DE UM CAPITAL QUE REVERTE NUM OUTRO PLANO, PARCIALMENTE SIMBÓLICO)
•PARTILHA DE UMA RESPONSABILIDADE COLECTIVA (LÓGICA DE COMPLEMENTARIDADE)
O LUGAR DOS ACTORES NO PARTENARIADO
• IGUALDADE DE ESTATUTO DOS PARCEIROS, RENEGOCIAÇÃO DE ESTATUTOS, RUPTURA COM UM SISTEMA DE ACÇÃO PROTOCOLAR
• OS ACTORES PERMANECEM DIFERENTES. ELABORA-SE UM PROJECTO COERENTE A PARTIR DE UMA VISÃO CALEIDOSCÓPICA. OPERA-SE A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA IDENTIDADE.
• A REGULAÇÃO DO CONFLITO LEVA À EMERGÊNCIA DE UMA CULTURA COMUM E DE RESPEITO PELAS DIFERENÇAS.
• OCORRE O NASCIMENTO DE UM NOVO ACTOR QUE CONDUZ A UMA NOVA PRODUÇÃO
A ACÇÃO PARTENARIAL
• A ACÇÃO RESULTA DE UM QUADRO ESPECÍFICO COM REGRAS PRÓPRIAS
• O PROJECTO É CONDIÇÃO FUNDADORA DO COLECTIVO E GARANTE DA COERÊNCIA DA ACÇÃO.
• EXISTE UMA LÓGICA DE MUDANÇA EXTERIORIZADA, COM ADAPTAÇÃO DA ACÇÃO AO SENTIDO E AO CONTEXTO DE COMPLEXIDADE.
O PARTENARIADO
SITUA-SE NUM CONTÍNUUM DE RELAÇÕES ENTRE INSTITUIÇÕES
A. TRABALHO INTER-INSTITUCIONALB. TRABALHO EM INTER-
INSTITUCIONALIDADEC. TRABALHO TRANS-INSTITUCIONAL
A - TRABALHO INTER-INSTITUCIONAL
• O TRABALHO EM REDE
Noção de Rede : Relação entre profissionais ou entre serviços no quadro da sua função ou missão. A rede caracteriza os laços (afectivos, organizacionais, comunicacionais) entre as pessoas ou as estruturas. O laço pode ser formal (contratualizado) ou não.
O FUNCIONAMENTO DE UMA REDE ESTRUTURADA EXIGE
• ACTORES DIFERENTES COM LAÇOS ENTRE SI.
• NECESSIDADE DE FAZER APELO A UMA 3ª PESSOA COMPETENTE OU DISPONÍVEL PARA RESOLVER UMA SITUAÇÃO
• UMA CHEFIA QUE GARANTA O FUNCIONAMENTO DA REDE E UMA RESPOSTA SATISFATÓRIA EM RELAÇÃO À SOLICITAÇÃO
ALMEIDA, Helena (2001). Conceptions et pratiques de la médiation sociale. Les modèles de médiation dans le quotidien professionnel des assistants sociaux,
Coimbra, Fundação Bissaya-Barreto / Instituto Superior Bissaya-Barreto (132-134).
“O conceito de rede pode ser entendido como um paradigma necessário àcompreensão de um novo princípio de organização da sociedade. Nesta modalidade de trabalho descobre-se a força dos laços, a estruturalidade e funcionalidade do quotidiano em relação à globalidade da organização social (Sanicola, 1994). O trabalho de rede é a configuração mais ou menos estável e permanente de interacções entre indivíduos que se conhecem e reconhecem como actores, e que privilegiam as relações sociais primárias. Consiste num conjunto de intervenções que permitem que os recursos estabeleçam conexões entre si e que desenvolvam estratégias capazes de produzir relações significativas num dado território. Através da cooperação voluntária entre actores, a rede assegura a conjugação de energias individuais, o que exige um confronto de lógicas profissionais num dado momento. A necessidade de uma acção global exige que tais lógicas sejam trabalhadas de forma interactiva, promovendo o conhecimento interpessoal e uma dinâmica de mudança de atitudes, de perspectivas e de acção.
Podem identificar-se três tipos de redes: a) rede de actores institucionais, como recursos mobilizáveis - a lógica do partenariado; b) rede de inter-conhecimentos - rede de actores no terreno para assegurar uma abordagem global e aberta dos problemas; c) rede informal tecida pelos sujeitos num dado território” (2001:132)
Porquê trabalhar em rede? Quais as suas vantagens?
“Aquilo que mobiliza uma rede não são os objectivos institucionais strito sensu mas uma lógica de qualidade de serviços e rapidez de acção, articulando esforços entre os vários parceiros formais ou informais. Não são os compromissos formais que ligam os diversos intervenientes, mas a vontade de encontrar alternativas de forma criativa para ultrapassar problemas que embora apresentem um carácter individual também são sociais e afectam todos os que vivem na comunidade. É a autonomia técnica e o sentimento de identidade de interesses partilhado tanto pelos profissionais como pelas instituições que anima e impulsiona um trabalho de rede e lhe confere eficácia. Por vezes é necessário construir uma dupla rede de actores locais, mobilizados sobre a inserção dos sujeitos:
� uma rede de actores económicos que representam o mundo do trabalho (empresas, associações) e que permitem o enquadramento e o apoio a uma mão de obra com características distintas (por exemplo, os deficientes)
� uma rede de actores (políticos, económicos, sociais, associativos) susceptíveis de serem pessoas-recursos, que tenham em vista o acompanhamento social e profissional dos sujeitos e que sejam simultaneamente capazes de dar respostas práticas aos problemas que se colocam no quotidiano. Estes actores locais são diversificados: eleitos locais, trabalhadores sociais, formadores, professores, médicos, entre outros.
• Esta dupla rede de actores locais potenciam o trabalho de apoio e inserção social e criam condições para um protagonismo social dos utentes dos serviços. No entanto, pressupõe um acordo tácito entre as partes , que permita rentabilizar serviços e assegurar uma marcação atempada das situações de risco social. O trabalho em rede permite reavivar a esperança na construção de um futuro diferente ou renovado.” (2001:133-134)
B - TRABALHO EM INTER-INSTITUCIONALIDADE
(REORGANIZAÇÃO DE COMPETÊNCIAS)
CONJUNTO DE RELAÇÕES DE COLABORAÇÃO ENTRE INSTITUIÇÕES CUJA ORIGEM DA PROCURA PROVEM DE UMA DELAS E CUJA FINALIDADE É A INTERVENÇÃO DE UMA OUTRA INSTITUOÇÃO-RECURSO NA RESOLUÇÃO DE DIFICULDADES E QUESTIONAMENTOS INTERNOS (DHUME, 2004:122).
� OBJECTO DO TRABALHO EM REDE : RESPOSTA A SITUAÇÕES DOS UTENTES
� OBJECTO DO TRABALHO EM INTER-INSTITUCIONALIDADE : NECESSIDADES INTERNAS DA INSTITUIÇÃO INICIADORA
C - TRABALHO TRANS-INSTITUCIONAL
• ORGANIZAÇÃO DE UM PARTENARIADO
Negociação das orientações e contratualização
Afectação de meios
Quadro especifico ao projecto em partenariado
Realização do projecto
INSTITUIÇÃO
1
Pré-projecto
Diagnóstico de uma
necessidade
INSTITUIÇÃO
2
Pré-projecto
Diagnóstico de uma
necessidade
Retorno da informação Avaliação interna
NÍVEIS DO COLECTIVO ATÉ AO PARTENARIADO
IDENTIFICAÇÃO DO OUTRO RELAÇÃO DE PROXIMIDADE
CONEXÃO
COESÃO
CONEXÃO DINÂMICA
COESÃO DINÂMICA
COMPLEXIDADECOMPLEXIDADECOMPLEXIDADECOMPLEXIDADE
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