ELEVADORES
1. COMPONENTES DO ELEVADOR
1.1. CASA DE MÁQUINAS
Def. NBR MN207: Recinto no qual estão instaladas as
máquinas e o equipamento relacionado com elas.
É destinada à colocação das máquinas, painéis de
comandos e despacho, limitador de velocidade e
outros componentes da instalação. O posicionamento
ideal para a Casa de Máquinas é na parte superior do
edifício, sobre a caixa do elevador. Quando a Casa de
Máquinas estiver situada em outro local do prédio
(por exemplo: na parte inferior do edifício, ao lado do
Poço), obrigatoriamente deverá ser construída uma
casa de polias sobre a caixa.
1.1.1. Máquina de tração
É responsável pelo movimento do elevador e
sustentação do conjunto cabina e contrapeso. Novos
sistemas de tração, conhecidos como Gearless,
oferecem a ausência de caixa de engrenagem, como
nas máquinas de tração convencionais,
proporcionando menos ruído, maior conforto e fácil
manutenção.
1.1.2. Lona do freio
Instalada na sapata do freio, efetua o contato com a
flange da máquina no momento da frenagem
1.1.3. Volante
O volante é um disco de plástico instalado no extremo
do eixo do motor. Possibilita a movimentação manual
do elevador, nos dois sentidos de direção Utilizado
principalmente em operações de resgate.
1.1.4 Encoder
O encoder é um dispositivo instalado no eixo do
motor. Monitora a rotação do motor fornecendo
informações de velocidade e posição para o quadro
de comando.
1.1.5. Bulbo térmico
O Bulbo térmico é um dispositivo de monitoração da
temperatura dos enrolamentos do motor de tração.
Este item de segurança impede o funcionamento do
elevador caso esteja em sobrecarga.
1.1.6 Base integrada
A base integrada é uma estrutura de aço instalada no
solo da casa de máquinas e suporta a máquina de
tração do elevador
1.1.7. Quadro de comando
Responsável pelo comando do elevador. Agrupam
sistemas de controle e monitoração do elevador,
responsáveis pelo gerenciamento das chamadas,
abertura e fechamento de porta e comando do
movimento do elevador. Atualmente, o comando de
velocidade do motor é realizado por um sistema de
controle vetorial, através de freqüência e tensão,
baixo consumo de energia e baixo nível de ruído.
Possui um amplo sistema de opcionais facilmente
instalados no conjunto
1.1.8. Regulador de velocidade
Def. NBR NM 207: limitador de velocidade:
Dispositivo que, quando o elevador atinge uma
velocidade predeterminada, causa a parada do
elevador e, se necessário, aciona o freio de segurança.
Dispositivo de monitoramento de velocidade,
fundamental para a segurança do elevador. Situado
na casa de máquinas, o regulador de velocidade
aciona o freio de segurança, localizado na estrutura
da cabina, realizando a frenagem da mesma, caso a
velocidade do elevador ultrapasse o limite permitido.
1.1.9. Quadro de força
O quadro de força da casa de máquinas realiza a
distribuição das fases, provenientes do quadro de
distribuição do prédio, para o quadro de comando do
elevador.
As principais exigências da NBR NM-207 para a Casa
de Máquinas são:
A porta de acesso à Casa de Máquinas deve
ser de material incombustível e sua folha deve
abrir para fora, estar provida de fechadura
com chave para a abertura pelo lado externo
e abertura sem chave pelo lado interno.
As máquinas, outros dispositivos do elevador
e as polias devem ser instalados em recinto
exclusivo contendo paredes sólidas, piso,
teto e porta de acesso com fechadura de
segurança. Os pisos devem ser
antiderrapantes.
Não devem ser usadas para outros fins que
não sejam instalação de elevadores.
Não devem conter dutos, cabos ou
dispositivos que não sejam relacionados com
elevadores.
O acesso deve ser utilizável com segurança,
sem necessidade de passar em lugar privado.
As entradas devem ter altura mínima de
2,00m e largura mínima de 0,70m.
As escadas de acesso devem ser construídas
de materiais incombustíveis e antiderrapantes
com inclinação máxima de 45º, largura
mínima de 0,70m, possuindo no final um
patamar coincidente com a porta de entrada,
com dimensões suficientes para permitir a
abertura para fora da porta da Casa de
Máquinas (a escada não pode ser do tipo
“caracol”).
Quando o desnível for inferior a 1,20m a
inclinação pode ser de até 60º com degraus
de 0,25m de altura Máxima e 0,19m de
profundidade mínima.
Devem ser providas de ganchos instalados no
teto para levantamento de equipamento
pesado durante a montagem e manutenção
do elevador. Altura mínima de 2,00m.
Quando a função do edifício exigir (ex.:
moradias, hotéis, hospitais, escolas,
bibliotecas, etc.) as paredes, pisos e tetos das
casas de máquinas devem absorver
substancialmente os ruídos oriundos da
operação dos elevadores.
Devem ter ventilação natural cruzada ou
forçada, com 1/10 de área de piso.
Devem ser iluminadas, garantindo o mínimo
de 200lx ao nível do piso e possuir pelo
menos uma tomada elétrica.
Devem dispor de luz de emergência,
independente e automática, com autonomia
mínima de 1hora para garantir iluminação de
pelo menos 10lx sobre a máquina de tração.
A temperatura da Casa de Máquinas deve ser
mantida entre 5ºC e 40ºC.
Para possibilitar a entrada dos equipamentos,
na maior parte dos casos é necessário
construir um alçapão no piso da Casa de
Máquinas. Quando fechado, deve ser capaz
de suportar uma carga de 1000 N em uma
área de 0,20m X 0,20m. Sobre o alçapão e
sobre cada máquina deve ser instalado um
gancho, com resistência suficiente para
suportar a carga das máquinas durante as
operações de montagem e manutenção
1.2. CAIXA DE CORRIDA E POSSO
Def. NBR NM 207: caixa: Espaço onde o carro e o
contrapeso viajam. Este espaço é limitado pelo fundo
do poço, as paredes e o teto.
1.2.1. Amortecedores
A) amortecedor da cabina
O amortecedor da cabina, instalado no extremo
inferior da caixa de corrida, é um sistema de
amortecimento (hidráulico ou por mola) que
amortece o choque da cabina, quando esta
ultrapassar o limite do primeiro pavimento.
b) amortecedor do contrapeso
O amortecedor do contrapeso, instalado no extremo
inferior da caixa de corrida, é um sistema de
amortecimento (hidráulico ou por mola) que
amortece o choque do contrapeso, quando a cabina
ultrapassar o limite do último pavimento
1.2.2. Cabos de tração
Os cabos de tração são responsáveis pela ligação do
conjunto cabina e contrapeso, passando pelas polias
da máquina de tração. São elas que realizam a
transferência de torque entre o motor e o conjunto
formado pela cabina e contrapeso, efetuando o
movimento do elevador
1.2.3. Guias
Def. NBR NM 207: guias: Os componentes rígidos
destinados a manter a direção do movimento do carro
ou do contrapeso
As guias são responsáveis por guiar o elevador e o
contrapeso na caixa de corrida. Percorrem o poço de
extremo a extremo e garantem a linearidade do
movimento da cabina e do contrapeso
1.2.4. Contrapeso
O contrapeso é responsável pelo balanceamento do
peso da cabina nas polias da máquina de tração. Seu
peso é dimensionado de acordo com as características
de cada elevador
1.2.5 Limites de percurso
Os limites de percurso são contatos eletromecânicos
instalados nos extremos da caixa de corrida. Este
dispositivo de segurança desliga o elevador,
impedindo-o de ultrapassar a distância limite nos
extremos do poço.
1.3. CABINA
A parte do elevador que transporta passageiros e
objetos
1.3.1. Régua de segurança
É uma cortina de proteção constituída por feixes
infravermelhos. É responsável pela interrupção do
fechamento das portas de cabina enquanto algum
passageiro estiver entrando ou saindo do elevador,
garantindo assim, total segurança durante o seu
embarque e desembarque.
1.3.2 Corrediças da cabina
As corrediças de cabina, instaladas no extremo
inferior e superior na estrutura da cabina, guiam
linearmente a cabina através das guias do poço.
A) corrediça de rolo
Corrediças de rolo são usadas nos elevadores de alta
velocidade, guiando a cabina linearmente pela
estrutura das guias
B) corrediça de nylon
Corrediças de Nylon são usadas nos elevadores de
baixa velocidade, guiando a cabina linearmente pela
estrutura das guias.
1.3.3. Painel de operação
Instalado no interior da cabina, o painel de operação é
composto por botões e indicadores visuais de registro
de chamadas.
1.3.4. Indicador de posição
Dispositivo instalado no painel de operação,
composto por setas e números de sinalização, indicam
o sentido de movimento e posição da cabina
1.3.5. Operador de portas
O operador de portas comporta um motor elétrico e
um inversor de freqüência. Instalado no extremo
superior da cabina, sua função é realizar a abertura e
fechamento das portas de pavimento e cabina, esta,
presa à sua estrutura
A) motor do operador
O motor do operador de portas é responsável pela
geração de força que efetuará a abertura e o
fechamento das portas de cabina e pavimento
B) inversor de freqüência
O inversor de freqüência do operador de portas é
responsável pela alimentação do motor do operador,
controlando aceleração, velocidade nominal e
desaceleração, através de tensão e freqüência
1.3.6. Iluminação de emergência
Dispositivo responsável pela iluminação da cabina na
falta de energia elétrica, garantindo a segurança e a
tranqüilidade do passageiro
1.3.7. Freio de segurança
Instalado no inferior da estrutura da cabina, o freio de
segurança é um aparelho que efetua a frenagem da
cabina caso ela exceder a velocidade máxima definida.
Este dispositivo é acionado pelo regulador de
velocidade, situado na casa de máquinas, cuja função
é monitorar a velocidade do elevador.
1.3.8. Portas da cabina
As portas de cabina isolam a cabina e a caixa de
corrida. Elas atuam somente quando a cabina atingir
uma posição segura no pavimento, próxima ao nível
do andar. A porta de cabina possui um contato
elétrico de fechamento de porta, que por segurança,
realiza a confirmação de fechamento de porta de
cabina.
A) Porta de cabina de abertura central
Isolam o interior da cabina e a caixa de corrida do
elevador. De abertura a partir do centro, atua quando
o elevador atingir o nível de pavimento
B) Porta de cabina de abertura lateral
Isolam o interior da cabina e a caixa de corrida do
elevador. De abertura a partir da lateral, atua quando
o elevador atingir o nível de pavimento
1.4. PAVIMENTO
1.4.1. Dispositivo de bombeiros
Instalado nos pavimentos, o dispositivo de bombeiro é
um botão de segurança usado em situações de
emergência. Ao acioná-lo, o elevador se dirige e
estaciona em um pavimento pré-definido.
1.4.2. Indicador de posição
Dispositivo instalado nos pavimentos, composto por
setas e números de sinalização, indicam o sentido de
movimento e posição da cabina.
1.4.3. Botoeira
Dispositivo instalado nos pavimentos, geralmente ao
lado da porta do elevador, realizam a chamada do
elevador através de botões capacitivos ou mecânicos,
com confirmação visual do registro da chamada
através de Led.
1.4.4. Portas de pavimento
As portas de pavimento isolam o hall de entrada do
elevador e a caixa de corrida. Elas atuam em conjunto
com a porta de cabina, que abre e fecha somente
quando a cabina atingir uma posição segura no
pavimento, próxima ao nível do andar. A porta de
pavimento possui também um fecho de porta, que
por segurança, realiza a tranca e confirmação de
fechamento de porta o através de um contato
elétrico.
A) Porta de pavimento de abertura central
Isolam o hall e o poço. De abertura a partir do centro,
atua em conjunto com a porta de cabina, quando o
elevador atingir o pavimento.
B) Porta de pavimento de abertura lateral
Isolam o hall e o poço. De abertura a partir da lateral,
atua em conjunto com a porta de cabina, quando o
elevador atingir o pavimento
2. Esquema básico de funcionamento
do elevador
A cabina é montada sobre uma plataforma, em uma
armação de aço constituída por duas longarinas
fixadas em cabeçotes (superior e inferior). O conjunto
cabina, armação e plataforma denominam-se carro.
O contrapeso consiste em uma armação metálica
formada por duas longarinas e dois cabeçotes, onde
são fixados pesos (intermediários), de tal forma que o
conjunto tenha peso total igual ao do carro acrescido
de 40 a 50% da capacidade licenciada. Tanto a cabina
como o contrapeso deslizam pelas guias (trilhos de
aço do tipo T), através de corrediças. As guias são
fixadas em suportes de aço, os quais são chumbados
em vigas, de concreto ou de aço, na caixa. O carro e o
contrapeso são suspensos por cabos de aço ou novos
elementos de tração que passam por polias, de tração
e de desvio, instaladas na casa de máquinas ou na
parte superior da caixa. O movimento de subida e
descida do carro e do contrapeso é proporcionado
pela máquina de tração, que imprime à polia a
rotação necessária para garantir a velocidade
especificada para o elevador. A aceleração e o
retardamento ocorrem em função da variação de
corrente elétrica no motor. A parada é possibilitada
pela ação de um freio instalado na máquina. Além
desse freio normal, o elevador é dotado de um freio
de segurança para situações de emergência. O freio
de segurança é um dispositivo fixado na armação do
carro ou do contrapeso, destinado a pará-los, de
maneira progressiva ou instantânea, prendendo-os
às guias quando acionado pelo limitador de
velocidade. Sua atuação é mecânica. O limitador de
velocidade, por sua vez, é um dispositivo montado
no piso da Casa de Máquinas ou no interior da caixa,
constituído basicamente de polia, cabo de aço e
interruptor. Quando a velocidade do carro ultrapassa
um limite preestabelecido, o limitador aciona
mecanicamente o freio de segurança e desliga o
motor do elevador.
3. Tipos de acionamento
Os motores das máquinas de tração dos elevadores
podem ser acionados através de corrente alternada
(CA) ou de corrente contínua (CC - fornecida por
conversores estáticos que substituem os motores
geradores), sendo a energia elétrica fornecida pela
rede do edifício.
A figura abaixo mostra a diferença básica entre os
tipos de acionamento (2a, 2b e 2c - corrente
alternada; 2d - corrente contínua).
3.1. “CORRENTE ALTERNADA - UMA VELOCIDADE”:
Em 2a o elevador parte da velocidade zero (V0)
diretamente para a sua velocidade nominal (V1),
invertendo o processo na frenagem. Utilizado no
passado para acionamento de elevadores de
passageiros, sua aplicação se restringe hoje ao
acionamento de equipamentos de transporte vertical
de cargas como monta-cargas. Este acionamento não
proporciona qualquer parâmetro de conforto e de
consumo de energia exigidos pelo mercado. Não
apresenta também compatibilidade com os
modernos recursos de hardware e software dos
sistemas de comando microprocessados.
3.2. “CORRENTE ALTERNADA - DUAS VELOCIDADES”:
Em 2b o elevador parte da mesma forma, mas antes
da frenagem final reduz sua velocidade a ¼ da
velocidade nominal. (V2 - velocidade baixa). Esta
solução tem parâmetros de conforto e número de
partidas por hora que restringem sua aplicação a
edifícios de pequeno e médio porte ou média
intensidade de tráfego.
3.3. ACIONAMENTO POR TENSÃO E FREQÜÊNCIA
VARIÁVEIS “VVVF” - (Variação de Velocidade e
Variação de Freqüência): Na figura 2c, através de um
circuito tiristorizado, a velocidade é controlada em
função de um padrão desejado; o que permite obter
aceleração (V0 para V1) e desaceleração (V1 para V0)
suaves do carro, evitando-se assim o salto na
passagem da velocidade alta para zero ou vice-versa.
Perfeitamente integrados aos mais modernos
recursos de hardware e software de comando,
controle de velocidade e despacho, permite operar
em condições ideais e em todas as velocidades,
alcançando 10,00 m/s. É a solução tecnológica mais
avançada para acionamento de equipamentos de
transporte vertical, aliando alto grau de conforto
(elimina os desagradáveis trancos e reduz o
nível de ruídos na casa de máquinas) à economia
de energia. Supera em até 60% a redução na
demanda por energia quando comparada aos
sistemas de frenagem dinâmica (VVFD) aos quais
veio substituir. Com o sistema VVVF, o aquecimento
do motor é muito menor, pois a corrente de partida
do é bem mais baixa (cerca de 1,5 vezes a nominal)
contra cerca de 10 vezes a nominal em sistemas
convencionais. Reduzindo o desgaste do motor é o
seu aquecimento, conseqüentemente o
envelhecimento e ressecamento dos materiais
isolantes. A aceleração e a desaceleração são
graduais, mantendo o desempenho
independentemente do número de pessoas na cabina.
Diminui o impacto nos componentes mecânicos,
reduz falhas, ruídos e desgastes das peças,
prolongando a vida útil do equipamento Aplica-se a
edifícios de pequeno, médio grande porte ou
qualquer intensidade de tráfego.
Redução no consumo de energia: entre 15% e 40%,
dependendo do tipo de equipamento instalado no
prédio. Reduz o efeito do piscar de lâmpadas na
partida do elevador, bem como as perdas elétricas
que se transformam em calor na casa de máquinas -
reduz a temperatura de trabalho do motor do
elevador.
3.4. ACIONAMENTO CC: A diferença de 2c para 2d
consiste no fato de que, neste último tipo, o controle
da aceleração e desaceleração é possibilitado pela
existência de conversores estáticos (ou moto-
gerador), que fornecem a tensão variável (corrente
contínua) ao motor de tração do elevador. Esta é
hoje uma solução restrita que vem sendo substituída
pela aplicação de acionamento VVVF. Em edifícios
construídos, que estejam passando por modernização
dos equipamentos de transporte vertical, ao
substituir painéis de comando a relés, por painéis de
comando micro processados, se especificam
conversores estáticos em substituição aos motores
geradores, permitindo, pela compatibilidade dos
sistemas do novo hardware, o aproveitamento das
máquinas de tração originalmente instaladas. A
instalação de conversores estáticos em substituição a
motores geradores proporciona economia de energia,
ao mesmo tempo em que libera espaço nas áreas
destinadas à casa de máquinas. O conversor só
consome energia quando o elevador está em
movimento, a passo que o gerador fica sempre ligado,
mesmo nas paradas do elevador. Quando o gerador
está operando sem carga consome 12% da potência a
plena carga, porém um gerador fica ligado sem carga
por cerca de 50% a 70% do tempo. Toda vez que está
parado nos pavimentos para entrada e saída dos
passageiros ou novos chamados, o gerador está
rodando. A eficiência de um motor gerador com
elementos rodantes é de 72% a 81%, enquanto que
um conversor estático opera com 95% a 97% de
eficiência, de 18% a 33% a mais de eficiência. Os
conversores também podem ser regenerativos, ou
seja, devolvem energia para a rede, quando
convertem energia mecânica em elétrica. Por
exemplo: quando o carro desce lotado, a energia
provocada pela força da gravidade das pessoas na
cabina é convertida em energia elétrica. Portanto,
com este sistema podemos estimar uma economia de
pelo menos 20% de energia elétrica. À medida que
passamos de um tipo de acionamento para outro (no
sentido 2a - 2d, na figura), obtemos as seguintes
vantagens principais, em doses crescentes:
Vida mais longa de vários componentes,
menos afetados pelas solicitações
decorrentes das partidas e frenagens (cabos
de tração, engrenagens, polias, sapatas de
freio, contatos, etc.).
Nivelamento mais preciso do carro com o piso
do andar independente da carga
transportada, ao realizar a frenagem com
velocidade cada vez menor.
Menor sobrecarga térmica sobre o motor e
menor perda de energia, pois na passagem da
alta para a baixa velocidade em CA (2V), toda
a energia cinética é transformada em calor.
Menor consumo de energia elétrica em 2c. Pelo
volume crescente da especificação de acionamento
por tensão e freqüência variáveis, VVVF, a redução de
custos aliada à economia proporcionada à construção
civil com a redução no dimensionamento
3.5. ACIONAMENTOS ANTIGOS
Os elevadores projetados há alguns anos não
contavam com dispositivos para evitar a formação de
degraus, diminuir o gasto de energia e o desgaste de
peças ou eliminar trancos nas paradas. Até a década
de 70, os elevadores acionados por corrente contínua
utilizavam moto geradores para controlar a
velocidade, obtendo acelerações e desacelerações
graduais. Esta solução proporcionava um bom nível de
conforto aos prédios comerciais de médio porte e
residenciais de grande porte, porém, apresentava um
alto consumo de energia elétrica
3.5.1 Sistema Antigo
- Máquina, motor de corrente contínua, moto
gerador, quadros de comando e despacho a relé.
3.5.2. Sistema moderno
- Elimina motor de corrente contínua, motogerador,
quadros de comando e despacho a relé.
- Aplica um motor de corrente alternada,
acoplamento e volante à máquina existente.
- Comando microprocessado VVVF.
- Oferece ganho de espaço, redução de ruído e
temperatura na casa de máquinas.
4. Inovações em elevadores
4.1. Sem casa de máquinas
Nesse tipo de elevador, os componentes que até
então eram implantados em uma casa de máquinas
passaram a ser instalados na parte superior da caixa
de corrida. Tal mudança foi viabilizada pelo
desenvolvimento de máquinas de tração compactas e
de alta eficiência, além do emprego de suspensão
com cabos de aço ou cinta de poliuretano. A
dimensão reduzida das máquinas possibilita a
instalação no interior da caixa de corrida (próximo ao
teto). Os quadros de comando, também mais
compactos, são instalados ao lado da porta do último
andar.
4.2 Elevadores com acionamentos com regeneração
de energia elétrica
Utilizam um sistema que transforma a energia
elétrica, antes desperdiçada e dissipada em resistores
do quadro de comando, em energia elétrica
reaproveitável, que é devolvida para a rede elétrica
predial. Isso possibilita economia na ordem de 30%
em relação aos sistemas com acionamento por
variação de voltagem e freqüência (VVVF).
4.3. Sistema antecipador de chamadas
Permite melhoria do tráfego vertical do edifício e
altera a forma de interação do usuário com o
equipamento. As botoeiras nos andares são
substituídas por um teclado no qual o usuário digita o
andar que pretende acessar ou utiliza um cartão
magnético para indicar o andar pretendido.
4.4. Elevadores de alta velocidade
A multiplicação dos edifícios com mais de 30
pavimentos e com velocidade de movimentação
elevada obrigou as indústrias a criar tecnologias que
antes eram exclusivas da indústria automobilística.
Como exemplo, há a suspensão ativa, que permite
que a cabina se desloque com elevada velocidade
sem a ocorrência de trepidação
Modernização total: quando todos os itens
mecânicos, elétricos e estéticos do elevador
são substituídos.
Modernização passo a passo: realizada em
etapas, de acordo com a disponibilidade
financeira do condomínio, é planejada de
forma a não impactar o dia a dia do edifício.
5. Instalações para elevadores
Para a instalação do equipamento de transporte
vertical, o aterramento deve estar conforme a NBR
5410 e as orientações do guia fornecido pelo
fabricante. Os elevadores devem estar conectados ao
sistema principal de aterramento e nunca a um
sistema secundário. O condutor de proteção dos
elevadores (PE) deve ser exclusivo, sendo de cabo
flexível e da cor verde e a resistência de aterramento
inferior a 10 ohms (figura 1).
5.1 Caixa
Quanto à instalação elétrica, é necessária a colocação
de um quadro provisório de força localizado no andar
térreo (segurança e emergência). A iluminação da
caixa deve ser permanente, proporcionando
luminosidade mínima de 20 lux durante reparos e
manutenção, mesmo quando todas as portas
estiverem fechadas. Essa iluminação deve
compreender uma lâmpada a 50 cm de cada um dos
pontos extremos da caixa (do mais alto e do mais
baixo) e lâmpadas intermediárias com distância entre
si não superior a 7 m. Os interruptores devem ser
instalados no fundo do poço e na casa de máquinas
(para elevador convencional), de modo que a
iluminação possa ser acionada de qualquer local
(figura 10). Já a iluminação elétrica dos pavimentos
deve ser natural ou artificial junto à porta de
pavimento do elevador de, no mínimo, 50 lux no nível
do piso.
5.2. Casa de maquinas
A iluminação elétrica da casa de máquinas deve ser
feita com lâmpadas fluorescentes aparentes
(preferencialmente) não inferior a 200 lux no nível do
piso, com proteção mecânica contra quedas/quebra e
com alimentação independente da máquina. O
interruptor deve estar a uma distância máxima de 1 m
da porta de acesso ou do patamar superior da escada
interna da casa de máquinas. Os eletrodutos e
respectivas fiações devem estar conforme indicado na
planta de montagem. As instalações de eletrocalhas
devem ser embutidas na canaleta no piso
A iluminação de emergência deve ser independente e
automática, com uma autonomia mínima de uma
hora, assegurando uma luminosidade mínima de 10
lux sobre a máquina, de modo a garantir a realização
das operações de um possível resgate. As duas
tomadas elétricas devem ser monofásicas de 600 W
(no mínimo), com identificação visual da tensão
elétrica da localidade, em circuito independente do
equipamento. Outra tomada deve ser colocada a, no
máximo, 1 m do painel de controle. A alimentação
elétrica e iluminação para a cabina devem ser
independentes. Os cabos devem ser flexíveis e nas
cores indicadas na planta de montagem, os
conectores conforme norma NBR 5410 e os circuitos
elétricos independentes (figura 15).
O quadro de força elétrico deve estar a uma distância
máxima de 1 m da porta de acesso, com barras de
aterramento e neutro, por elevador. Deve conter
chave multipolar blindada com dispositivo de
travamento mecânico por cadeado. Os fusíveis devem
ser renováveis, possuir curva característica e indicador
de interrupção, dimensionados de acordo com a
planta de montagem.
O disjuntor de iluminação/ventilador deve ter
alimentação independente da chave geral trifásica,
interruptor diferencial com proteção máxima de 30
mA, dispositivo de travamento mecânico por cadeado,
que proteja os circuitos de luz da cabina, alarme e
tomada elétrica para 250 V com ligação terra (figura
16).
Após a instalação dos equipamentos, recomenda-se
pintar o piso da casa de máquinas na cor cinza-claro.
Na casa de máquinas deve existir extintor de incêndio,
CO2 com capacidade de 6 kg, a no máximo, 1 m da
porta de acesso, fixado a uma altura máxima de 1,6 m
do piso. É recomendável que a temperatura ambiente
na casa de máquinas seja mantida entre 5 e 40oC,
salvo indicado o contrário na planta de montagem. A
casa de máquinas não deve ser usada como passagem
a qualquer outro lugar do prédio e deve estar
completamente desimpedida e livre de elementos
estranhos aos componentes do elevador.
5.3. Casa de polias
A casa de polias deve ser provida com iluminação
elétrica de instalação permanente proporcionando
uma iluminação mínima de 100 lx nas polias. A
alimentação desta iluminação deve atender 13.6.1.
Um interruptor, montado junto ao ponto de acesso, a
uma altura conveniente e pelo lado de dentro, deve
controlar a iluminação do recinto
5.4 cabina
Cabina deve dispor de iluminação elétrica
permanente assegurando uma intensidade de pelo
menos 50 lx ao nível do piso e nos dispositivos de
controle. Devem ser providas pelo menos duas
lâmpadas ligadas em paralelo. Deve haver uma fonte
de emergência automaticamente recarregável a qual
deve ser capaz de alimentar pelo menos duas
lâmpadas de igual potência (ou qualquer outro meio
emissor de luz) por uma hora no mínimo, de forma a
assegurar um iluminamento mínimo de 2 lx, medido
em qualquer ponto da botoeira da cabina. Estas
lâmpadas devem ser ativadas imediata e
automaticamente por falha do fornecimento normal
de energia. Se a alimentação referida acima é
também usada para alimentar o sinal do alarme de
emergência referido por 14.2.3, sua capacidade deve
ser convenientemente avaliada.
5.4. Instalação de tubulação hidráulica e elétrica
Norma NBR NM 207
13 Instalação elétrica
13.1 Generalidades
13.1.1 Limites de aplicação
13.1.1.1 As exigências desta Norma, relacionadas com
a instalação e dos seus componentes constituintes do
equipamento elétrico, aplicam-se:
a) à chave geral do circuito de potência e circuitos
dependentes;
b) ao interruptor do circuito de iluminação da cabina e
circuitos dependentes.
O elevador deve ser considerado com um todo, assim
como uma máquina com o seu equipamento elétrico.
13.1.1.2 Os requisitos nacionais relacionados com os
circuitos de fornecimento de eletricidade devem
aplicar-se até os terminais de entrada dos
interruptores referenciados em 13.1.1.1. Eles devem
aplicar-se a todos os circuitos de iluminação da casa
de máquinas, casa de polias (se existir), caixa e poço.
13.1.1.3 As exigências desta Norma para circuitos
dependentes dos interruptores referidos em 13.1.1.1
estão baseados, na medida do possível, nas
necessidades específicas dos elevadores, nas
seguintes normas:
- em nível MERCOSUL: NM;
- em nível internacional: IEC.
Sempre que uma dessas normas for usada, são dadas
as suas referências e os limites dentro dos quais são
aplicáveis. Quando não for fornecida informação
precisa, o equipamento elétrico usado deve atender a
normas nacionais relacionadas com a segurança.
13.1.2 Nas CASAS DE MÁQUINAS E CASAS DE POLIAS
é necessária uma proteção contra contato direto, por
meio de coberturas possuindo um grau de proteção
pelo MENOS IP 2X.
13.1.3 A resistência de isolação deve ser medida
entre cada condutor ativo e terra. Os valores
mínimos da resistência de isolação devem ser
tomados da tabela 6.
Quando houver dispositivos eletrônicos no circuito,
os condutores fase e neutro devem ser ligados juntos
durante as medições.
13.1.4 O valor médio em corrente contínua ou o valor
eficaz em corrente alternada da tensão entre
condutores ou entre condutores e terra não deve
exceder 250 V para os circuitos de controle e de
segurança.
13.1.5 O condutor neutro e o condutor para a terra
devem ser sempre distintos.
13.2 Contatores, contatores auxiliares e
componentes dos circuitos de segurança
13.2.1 Contactores e contactores auxiliares
13.2.1.1 Os CONTACTORES PRINCIPAIS (isto é,
aqueles necessários para parar a máquina, conforme
12.7) devem pertencer às seguintes categorias
definidas pela norma EN 60947-PT4-1.
a) AC-3 para contactores de motores c.a;
b) DC-3 para contactores de potência para c.c.
Esses contactores devem adicionalmente admitir 10%
de operações de partidas por impulsos.
13.2.1.2 Se, por necessidade da potência a transmitir,
deve-se usar contactores auxiliares para acionar os
contactores principais, os contactores auxiliares
devem pertencer às seguintes categorias definidas
pela norma EN 60947-PT5-1).
a) AC-15 para controlar eletroímãs c.a.;
b) DC-13 para controlar eletroímãs c.c.
13.2.1.3 Tanto para os contactores principais referidos
em 13.2.1.1 como para os contactores auxiliares
referidos em 13.2.1.2, pode ser admitido nas
providências adotadas para atender 14.1.1.1 que:
a) se um dos contatos de abertura (normalmente
fechado) está fechado, todos os contatos de
fechamento estão abertos;
b) se um dos contatos de fechamento (normalmente
aberto) está fechado, todos os contatos de abertura
estão abertos.
13.2.2 Componentes dos circuitos de segurança
13.2.2.1 Quando se usam dispositivos conforme
13.2.1.2 como relés em um circuito de segurança, as
hipóteses de 13.2.1.3 também devem aplicar-se.
13.2.2.2 Se os relés usados são tais que os contatos de
abertura e fechamento não estão fechados
simultaneamente em nenhuma posição da armadura,
a possibilidade de atração incompleta da armadura
[14.1.1.1.f] pode ser desconsiderada.
13.2.2.3 Dispositivos (se existentes) ligados depois de
dispositivos elétricos de segurança devem atender as
exigências de 14.1.2.2.3 no que diz respeito às linhas
de fuga e folgas no ar (não às folgas de corte).
Essa exigência não se aplica a dispositivos
mencionados em 13.2.1.1, 13.2.1.2 e 13.2.2.1 e que
atendem as exigências das normas EN 60947-PT4-1 e
EN 60947-PT5-1.
13.3 Proteção de motores
13.3.1 Motores ligados diretamente à rede elétrica
devem ser protegidos contra curto-circuito.
13.3.2 Motores ligados diretamente à rede elétrica
devem ser protegidos contra sobrecargas por meio
de dispositivos de desconexão de corte automático e
rearme manual (exceto como provido em 13.3.3),
que devem cortar a alimentação do motor em todos
os condutores ativos.
13.3.3 Quando a sobrecarga é detectada com base no
aumento da temperatura dos enrolamentos do
motor, o dispositivo de desconexão pode ser fechado
automaticamente depois de um arrefecimento
suficiente.
13.3.4 Os requisitos de 13.3.2 e 13.3.3 se aplicam a
cada enrolamento, se o motor tiver vários
enrolamentos alimentados por circuitos diferentes.
13.3.5 Quando os motores da máquina forem
alimentados por geradores de corrente contínua
acionados por motores, os motores da máquina
devem também ser protegidos contra sobrecargas.
13.4 Interruptores
13.4.1 As casas de máquinas devem possuir, para
cada elevador, um interruptor principal capaz de
cortar a alimentação do elevador em todos os
condutores ativos.
Este interruptor deve ser capaz de desligar-se para a
mais alta corrente que possa ocorrer nas condições
normais de uso do elevador.
Este interruptor não deve cortar os circuitos que
alimentam:
a) a iluminação da cabina ou ventilação, se existente;
b) a tomada elétrica no topo da cabina;
c) a iluminação da casa de máquinas e casa de polias;
d) a tomada elétrica na casa de máquina;
e) a iluminação da caixa do elevador;
f) o dispositivo de alarme.
13.4.2 O interruptor geral (se existir) e os
interruptores principais devem ter capacidade de
interrupção de acordo com a potência instalada e ter,
como mínimo, proteção contra curto circuito por
fusíveis. Devem possuir um grau de proteção pelo
menos IP 2X.
Os interruptores principais dos elevadores, com as
suas proteções, devem estar colocados na casa de
máquinas e situados no lado oposto às dobradiças da
porta de entrada e distante dela no máximo 1 m.
Os interruptores principais devem possuir
travamento mecânico na posição desligado com
porta-cadeados.
Quando, a partir deste interruptor, não se enxergar a
máquina correspondente, deverá haver em série um
segundo interruptor a partir do qual se possa
enxergar a respectiva máquina.
Além disso, para cada elevador deve ser instalado um
interruptor diferencial com proteção máxima de 30
mA, que proteja os circuitos de luz da cabina, alarme
e tomada elétrica para 250 V com ligação a terra.
Quando existir mais de uma máquina na casa de
máquinas, cada máquina e seu correspondente
interruptor devem possuir identificações iguais, e tais
identificações devem estar claramente visíveis.
13.4.3 No caso de um grupo de elevadores, se, depois
da abertura do interruptor principal de um dos
elevadores, partes do circuito de operação
permanecem ativas, estes circuitos devem ser capazes
de ser separadamente isolados na casa de máquinas,
se necessário por corte da alimentação de todos os
elevadores do grupo.
13.4.4 Quaisquer capacitores para corrigir o fator de
potência devem ser ligados a montante (antes) do
interruptor principal do circuito de potência. Se
houver risco de sobretensão, por exemplo, quando
os motores são alimentados por cabos de grande
comprimento, o interruptor do circuito de potência
deve também cortar a alimentação dos capacitores.
13.5 Fiação elétrica
13.5.1 Nas casas de máquinas e casas de polias e nas
caixas dos elevadores, os condutores e cabos (exceto
os cabos de comando) devem ser selecionados a
partir daqueles normalizados pelo CENELEC e com
uma qualidade pelo menos equivalente àquela
definida por HD 21.3 S2 e HD 22.4 S2.
13.5.1.1 Exceto para os circuitos de potência da
máquina, podem ser usados em todos os circuitos os
condutores selecionados conforme CENELEC HD 21.3
S2, partes 2 (HO7V-U e HO7V-R), 3 (HO7V-K), 4
(HO5V-U) e 5 (HO5V-K), desde que eles estejam
instalados em conduites (ou canaletas) feitas de metal
ou plásticos ou os condutores estejam protegidos de
maneira equivalente.
NOTA - Estas disposições substituem aquelas do guia
existente no anexo 1 de CENELEC HD 21.1 S2.
13.5.1.2 Os cabos rígidos definidos em 2 de CENELEC
HD 21.4 S2 podem somente ser usados em montagens
visíveis fixadas nas paredes da caixa (ou da casa de
máquinas) ou instaladas em dutos, canaletas ou
dispositivos similares.
13.5.1.3 Os cabos flexíveis comuns definidos de
acordo com 3(HO5RR-F) de CENELEC HD 22.4 S2 e
5(HO5VV-F) de CENELEC HD 21.5 S2, podem ser
usados somente em dutos, canaletas ou dispositivos
de proteção equivalente.
Os cabos flexíveis de capa grossa definidos em 5 de
CENELEC HD 22.4 S2 podem ser usados como cabos
rígidos nas condições definidas em 13.5.1.2 e para
ligação a um aparelho móvel (exceto como cabos de
comando para conexão ao carro) ou se eles estiverem
submetidos a vibrações.
Os cabos de comando de acordo com CENELEC HD
359 e CENELEC HD 360 devem ser aceitos como cabos
para conexão ao carro, dentro dos limites
estabelecidos por esses documentos.
Em todos os casos, os cabos de comando escolhidos
devem ser pelo menos de qualidade equivalente.
13.5.1.4 As exigências de 13.5.1.1, 13.5.1.2 e 13.5.1.3
não necessitam ser aplicadas:
a) a condutores e cabos não ligados a dispositivos
elétricos de segurança das portas de pavimento,
desde que:
1) eles não estejam submetidos a uma potência de
saída nominal maior que 100 VA;
2) a tensão, entre pólos (ou fases) ou entre pólo (ou
uma das fases) e terra à qual estão normalmente
submetidos não exceda 50 V.
b) à fiação de dispositivos de operação ou distribuição
nos armários ou painéis:
1) entre diferentes peças de equipamento
elétrico; ou
2) entre essas peças do equipamento e os terminais
de ligação.
13.5.2 Área da seção transversal de condutores
A área da seção transversal de circuitos de
dispositivos elétricos de segurança de portas não
deve ser menor que 0,75 mm2.
13.5.3 Método de instalação
13.5.3.1 A instalação elétrica deve ser provida com as
indicações necessárias para facilitar a sua
compreensão.
13.5.3.2 Conexões, terminais de ligação e conectores,
exceto aqueles indicados em 13.1.2, devem ser
localizados em armários, caixas ou painéis providos
com esse propósito.
13.5.3.3 Se, depois da abertura do interruptor
principal de um elevador, alguns terminais de ligação
permanecem ativos, eles devem ser nitidamente
separados dos terminais que não estejam ativos e, se
a tensão exceder 50 V, eles devem ser devidamente
marcados.
13.5.3.4 Terminais de ligação cuja interligação
acidental possa causar um funcionamento perigoso do
elevador devem ser nitidamente separados, a menos
que o seu método de construção tenha eliminado este
risco.
13.5.3.5 A fim de assegurar a continuidade da
proteção mecânica, a capa protetora dos condutores
e cabos deve ser totalmente introduzida na caixa de
interruptores e aparelhagens, ou deve ter uma manga
de construção adequada nas extremidades.
NOTA - As armações fechadas das portas de
pavimento e porta da cabina são consideradas como
caixas de aparelhagem. Contudo, se há risco de dano
mecânico devido ao movimento de elementos ou
arestas cortantes da própria armação, os condutores
ligados a dispositivo elétrico de segurança devem ser
mecanicamente protegidos.
13.5.3.6 Se o mesmo duto ou cabo contém
condutores cujos circuitos possuem tensões
diferentes, todos os condutores ou cabos devem ter
isolação especificada para a tensão mais alta.
13.5.3.7 Os circuitos de potência para a alimentação
dos elevadores, desde o quadro de entrada de força
ou saída da cabina primária, quando houver, até o
quadro principal das casas de máquinas poderão ser
individuais através de condutos próprios separados
ou comuns, através de cabos ou barramentos. Neste
caso, junto ao quadro principal da casa de máquinas
serão feitas as derivações para os interruptores
principais de cada elevador.
13.5.4 Conectores
Conectores e dispositivos do tipo de encaixe
colocados em circuitos de segurança devem ser
projetados e instalados de modo a ser impossível
encaixar o plugue incorretamente.
13.5.5 Aterramento
Todas as partes metálicas do elevador não
submetidas a tensão, tanto colocadas na casa de
máquinas como na caixa, devem estar aterradas.
13.6 Iluminação e tomadas elétricas
13.6.1 As alimentações elétricas da iluminação da
cabina, da caixa e das casas de máquinas e de polias
(se existem) devem ser independentes da
alimentação da máquina, tanto através de outro
circuito como através da ligação para o circuito de
alimentação da máquina do lado da alimentação do
interruptor principal ou dos interruptores principais
citados em 13.4.
13.6.2 Devem ser previstas tomadas elétricas no topo
da cabina, instaladas em locais visíveis e acessíveis. A
alimentação para as tomadas elétricas no topo da
cabina, nas casas de máquinas, na casa de polias (se
existir) e no poço devem ser derivadas dos circuitos
referidos em 13.6.1.
Essas tomadas elétricas são do tipo:
- dois polos mais terra, 250 V, alimentados
diretamente; ou
- alimentadas a muito baixa tensão de segurança, de
acordo com CENELEC HD 384.4.41 S1 item 411.
NOTA - O uso das tomadas elétricas acima não implica
que o cabo de alimentação tenha uma área de seção
transversal correspondente à corrente da tomada
elétrica. A área da seção transversal dos condutores
pode ser menor, desde que tais condutores estejam
corretamente protegidos contra correntes excessivas.
13.6.3 Controle dos circuitos de iluminação e de
alimentação das tomadas elétricas
13.6.3.1 Um interruptor deve controlar a alimentação
do circuito do carro (se a casa de máquinas contém
várias máquinas, é necessário ter um interruptor para
cada carro). Este interruptor deve ser localizado
próximo ao correspondente interruptor de potência
principal. Além disso, estes circuitos deverão estar
protegidos por um interruptor de corrente residual
(interruptor diferencial máxima de 30 mA).
13.6.3.2 Um interruptor deve controlar a alimentação
do circuito da casa de máquinas. Este interruptor deve
ser localizado dentro e próximo ao acesso à casa de
máquinas. Os interruptores da iluminação da caixa
devem ser colocados na casa de máquinas e no poço,
para que a iluminação possa ser comandada de ambos
os lugares.
13.6.3.3 Cada circuito controlado pelos interruptores
referidos em 13.6.3.1 e 13.6.3.2 deve ter a sua própria
proteção.