POLIANA SAMARA DE CASTRO FREITAS CUNHA
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SPONDIAS SUBMETIDAS A DOSES
DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) E SUBSTRATOS
MOSSORÓ - RN
2013
POLIANA SAMARA DE CASTRO FREITAS CUNHA
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SPONDIAS SUBMETIDAS A DOSES
DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) E SUBSTRATOS
Dissertação apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido, como
parte das exigências para obtenção do
título de Mestre em Agronomia:
Fitotecnia.
ORIENTADOR:
Prof. Dr. VANDER MENDONÇA
MOSSORÓ - RN
2013
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
A368a Cunha, Poliana Samara de Castro Freitas.
Enraizamento de estacas de Spondias submetidas a diferentes doses
de ácido indolbutírico (AIB) e substratos / Poliana Samara de Castro
Freitas Cunha. - Mossoró, 2013.
79f.:il.
Dissertação (Mestrado em Fitotecnia. Área de concentração:
Fruticultura) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Orientador: Profº. D. Sc. Vander Mendonça.
1.Spondias L.. 2.Propagação. 3.Auxina
I.Título.
CDD:634.421
Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva
CRB15 120
Aos meus avós Isaias da Silva
Freitas (in memorian) e Euvira
Bezerra Leal (in memorian), que
sempre torceram por mim, e me
ensinaram que ensino era o tesouro
mais valioso.
Dedico
A Deus que sempre esteve presente em minha
vida compartilhando comigo todas as minhas
conquistas, que foi meu real incentivo, me
trazendo o maior dos mandamentos: o amor.
A minha família, meu pai Jose Balbino de Castro
Neto, minha irmã, Priscila Nunes e seu esposo,
meu irmão, João Paulo Castro e minha mãe,
Maria Vera Lúcia de Freitas, pelo carinho, afeto,
exemplo de luta, persistência, otimismo e
dedicação.
Ao meu esposo Caio Hering Bezerra da Cunha,
que presenciou todas as etapas dessa difícil
jornada, sempre me apoiando, sendo por muitas
vezes fiel colaborador, incentivando e
fortalecendo-me quando precisei.
Ofereço
5
AGRADECIMENTOS
À Deus, criador do céu e da terra, que guia e me orienta em todos os momentos da
minha vida.
A UFERSA pela estrutura e apoio em toda a minha formação acadêmica.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao
Programa de Pós Graduação em Fitotecnia da UFERSA, pela concessão da bolsa, e
estrutura física para realização do trabalho realizado.
À Pós-Graduação em Fitotecnia, a todos aqueles que compõem o corpo docente,
pelos ensinamentos transmitidos durante o mestrado, contribuindo assim, para a
minha formação profissional.
Ao meu orientador, Vander Mendonça, pelo apoio, compreensão, orientação e
amizade.
Ao meu esposo, Caio Hering Bezerra da Cunha, que foi mais que essencial, foi
meu alicerce, compreensivo e auxiliador quando precisei. Deu-me incentivo a
continuar, que sem Ele não saberia como consegui chegar até aqui.
A minha família, primeiramente ao meu pai, Jose Balbino de Castro Neto, que
nunca desistiu de mim, sempre me auxiliando, com suas atitudes dizendo que eu
seria capaz de conseguir tudo que me propus a fazer até hoje, e que mesmo com
todas as dificuldades que passamos, com seu jeito sempre demonstrou seu amor, e
não me deixou abater. A minha mãe, Maria Vera Lucia de Freitas, que nas minhas
fases escolares iniciais, ensinou-me a acreditar que é preciso trabalhar para
consquistar, que o ensino e educação seriam essenciais para minha vida, e mesmo
com toda dificuldades que passamos nos dias atuais, sei que torce por mim. A
minha irmã, Priscilla Simara de Castro Freitas Nunes, que sempre foi o meu
espelho, de mulher, estudante, profissional, serva do Senhor. Que sempre
incentivou e fez-me acreditar que eu conseguiria alcançar mais degrau, orou por
mim, para que não desistisse no meio do caminho, foi meu porto seguro, chorou
comigo e por muitas vezes enxugou minhas lagrimas, é minha irmã, amiga,
psicóloga, conselheira, mãe, cúmplice. Agradeço ainda ao meu irmão, João Paulo
de Freitas Castro, que me ajudou muito nessa fase difícil, foi meu companheiro,
amigo, ajudando-me da forma que podia, sendo compreensivo as minhas ausências
e incentivador para eu ser sempre o meu melhor, o seu exemplo. Obrigada por
existirem em minha vida.
As minhas amigas, braço direito em todos os momentos, Luciana Freitas de
6
Medeiros Mendonça e Grazianny Andrade Leite, e aos amigos, Mauro da Silva
Tosta e João Paulo Nobre de Almeida, que me ajudaram bastante tanto em todas as
fases desses trabalhos, me apoiando e segurando as pontas por muitas vezes que
precisei e que não tenho palavras para expressar meu enorme agradecimento.
Aos meus amigos, Mickaell e Michell Medeiros, que sempre fraternos se
preocupam comigo, foram essenciais para eu chegar até aqui. Em especial a Kísia
Cristina de Oliveira e Melo, que sem suas palavras sempre certas, que as vezes
pareciam um tanto severas, mais necessárias para que continuasse, para que eu me
reerguesse, sempre uma amiga mais chegada que uma irmã, mais que essencial.
Aos colegas de Pós-Graduação em Fitotecnia da UFERSA, pela amizade e
convivência durante o curso de mestrado; alguns fizeram-se mais que colegas, hoje
posso chamá-los de amigos.
Ao Grupo de Fruticultura, pelas gargalhadas, pela amizade, por todos os momentos
que passamos juntos durante esse tempo. Sintam-se todos agradecidos e abraçados
por mim.
A minha amada Igreja Batista Regular da Fé e os irmãos em Cristo, que me
sustentou, apoiou, foi minha segunda família, dando-me a estrutura que tanto
necessitei.
Enfim, a toda(o)s que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste
trabalho, MUITO OBRIGADA.
7
RESUMO
CUNHA, Poliana Samara de Castro Freitas. Enraizamento de estacas de
Spondias sp. submetidas a doses de ácido indolbutírico (AIB) e substratos.
2013. 80f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do
Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, 2013.
O Nordeste brasileiro apresenta condições climáticas favoráveis ao cultivo de
diversas espécies frutíferas de clima tropical. Porém algumas espécies do gênero
Spondias a exemplo a cajazeira, serigueleira, cajaraneira, umbuzeiro, cujo interesse
por parte de indústrias de suco vem aumentando, são exploradas através do
extrativismo ou pomares domésticos sem utilização de tecnologia. Necessitando de
estudos relacionados às técnicas agronômicas empregadas no cultivo comercial,
como os métodos de propagação que auxiliem as técnicas de produção dessas
culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas de
cajaraneira e serigueleira sob efeito do ácido indolbutírico – AIB – em diferentes
substratos, em casa de vegetação no campo leste da Universidade Federal Rural do
Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O
delineamento experimental utilizado para as estacas de cajaraneira foi o de blocos
casualizados completos, em esquema fatorial 3X5, usando três substratos (Terra +
Esterco [1v:1v]; Substrato Tropstrato®; Pole Fértil
®) com cinco concentrações de
AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro repetições e 10 estacas
por unidade experimental. Para as estacas de serigueleira o delineamento
experimental utilizado o de blocos casualizados completos, em esquema fatorial
2X5, usando dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Substrato Tropstrato) com
cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro
repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem
do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do
broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;
porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e
sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,
brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados, observou-se que não houve efeito
significativo da utilização do AIB, no enraizamento de estacas lenhosas de
cajaraneira. Porém, o substrato comercial Tropstrato® influenciou positivamente no
enraizamento de estacas de cajaraneira, seguido do substrato Terra:Esterco (1v:1v),
já substrato Pole Fértil®
foi inadequado para a produção de mudas de cajaraneira
propagadas por estaquia. Em estacas lenhosas de serigueleira o AIB apresentou
efeito significativo obtendo maior enraizamento com a concentração de 600mg.dm-
3. O melhor substrato para o enraizamento de estacas de serigueleira foi o substrato
comercial Tropstrato®, seguido do substrato Terra:Esterco (1v:1v).
Palavras-chave: Spondias sp.. Propagação. Auxina. Substrato.
8
ABSTRACT
CUNHA, Poliana Samara de Castro Freitas. Rooting of Spondias sp. exposed to
doses of butyric acid (IBA) and substrates, Rio Grande do Norte, Brazil. 2013.
80lfs. Dissertation (Master’s degree in Phytotechny) – Universidade Federal Rural
do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, 2013.
The Brazilian Northeast has favorable climatic conditions for the cultivation of
several species of tropical fruit. But some species of the genus Spondias example
cajazeira, serigueleira, cajaraneira , umbuzeiro whose interest by juice industries is
increasing, are explored through the extraction or orchards without using
technology. Requiring studies related to agronomic techniques employed in
commercial cultivation, as the propagation methods that assist the techniques for
producing these crops. The aim of this study was to evaluate the rooting of
cajaraneira and serigueleira and under the effect of indolbultiric acid - IBA - on
different substrates in the greenhouse in the field east of the Federal Rural
University of the Semi- Arid, Mossoró/RN, in the period from August to December
2011. The experimental design used for cuttings cajaraneira was a randomized
complete block in factorial 3X5 using three substrates (Soil + Manure [ 1v : 1v ] ;
Substrate Tropstrato® ; Pole Fertile
® ) with five IBA concentrations ( 0, 600, 1200,
1800 and 2400 mg l - 1
) and using four replications and 10 cuttings per plot . To
cuttings serigueleira the experimental design used a randomized complete block in
factorial 2X5 , using two substrates (Soil + Manure [ 1v : 1v ] ; Substrate
Tropstrato® ) with five IBA concentrations ( 0, 600, 1200, 1800 and 2400 mg l
- 1 )
and using four replications and 10 cuttings per plot . At 115 days after assembly
experiment was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter,
number and length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting
percentage and root, sprouting percentage and rootless, sprouting percentage, dry
leaves, leaflets, buds, petioles and roots . Given the results, it was observed that
there was no significant effect of the use of IBA on rooting of woody cajaraneira .
However, the commercial substrate Tropstrato ® positively influenced the rooting
of cajaraneira, followed by substrate Soil : Manure ( 1v : 1v ), as substrate Pole
Fertile® was inadequate for the production of seedlings cajaraneira propagated by
cuttings. In hardwood cuttings of serigueleira IBA significant effect for better
rooting with the concentration of 600mg.dm-3
. The best medium for rooting
cuttings serigueleira was the commercial substrate Tropstrato®, followed by the
substrate Soil : Manure ( 1v : 1v ) .
Keywords: Spondias sp.. Cuttings. Auxin. Substrate.
9
LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO I
Figura 1 -
Figura 2 -
Número de folhas (NF) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró – RN,
UFERSA, 2012.............................................................................
Número de folíolos (NFo) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. .............................................
32
32
Figura 3 - Comprimento da folha (CF) de estacas de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico –AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 33
Figura 4 Número de brotos (NB) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico - AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 34
Figura 5
Comprimento do broto (CB) de estacas de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 35
Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 36
Figura 7 Número de raízes (NR) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ...................................... 37
Figura 8 Comprimento de raiz (CR) de estacas de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 37
Figura 9 Porcentagem de estacas calejadas (EC) de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 39
Figura 10 Estacas vivas (EV) de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (10A) e substratos (10B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 41
Figura 11 Porcentagem de estacas brotadas (EB) de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró
- RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 41
Figura 12 Estacas brotadas com raiz (EB CR) de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 42
Figura 13 Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 42
10
Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Foli) de estacas de cajaraneira sob
doses de ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B).
Mossoró - RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................... 44
Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró
- RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 44
Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de cajaraneira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró
– RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 45
Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 46
Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................................
47
11
LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO II
Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró –
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 63
Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 63
Figura 3. Número de brotos (NB) de estacas de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico - AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ........................................ 64
Figura 4. Comprimento do broto (CB) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico –AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 64
Figura 5. Comprimento da folha (CF) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 65
Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 66
Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. ........................................ 67
Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 67
Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró –
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 69
Figura 10. Estacas vivas (EV) de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (10A) e substratos (10B). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012 .............................. .................................. 70
Figura 11. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 70
Figura 12. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 71
Figura 13. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró
– RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 72
12
Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Fo) de estacas de serigueleira sob
doses de ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B).
Mossoró - RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................... 73
Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró
- RN, UFERSA, 2012 .............................. .............................. 73
Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró
- RN, UFERSA, 2012 .............................. ............................. 73
Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de serigueleira sob doses
de ácido indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró
- RN, UFERSA, 2012 .............................. ............................. 74
Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de serigueleira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012 .............................. ................................ 75
13
LISTA DE TABELAS CAPITULO I
Tabela 1 – Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico,
empregados para preparar 200 ml de solução de AIB...........
28
Tabela 2 Caracterização química de amostra dos substratos avaliado para
enraizamento de estacas de Spondias sp., quanto a
Condutividade Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica
(MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+), cálcio (Ca
+),
magnésio (Mg2+
). Mossoró – RN, 2012.................................
28
Tabela 3
Resumo da análise de variância em função do efeito de
substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no
enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.). Mossoró
- RN, 2012............................................................................
30
Tabela 4 Resumo da análise de variância em função do efeito de
substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no
enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.). Mossoró
- RN, 2012.............................................................................
31
Tabela 5 Resumo da análise de variância em função do efeito de
substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no
enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.)...........
31
14
LISTA DE TABELAS CAPITULO II
Tabela 1 Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico,
empregados para preparar 200 ml de solução de AIB........... 59
Tabela 2 Caracterização química de amostra do substrato avaliado para
enraizamento de estacas de Spondias purpurea L., quanto a
Condutividade Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica
(MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+), cálcio (Ca
+),
magnésio (Mg2+
). Mossoró – RN, 2012.................................
59
Tabela 3 Resumo da análise de variância do crescimento de estacas de
serigueleira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de
substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012...............................................................
61
Tabela 4 Resumo da análise de variância em função do efeito de
substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no
enraizamento de estacas de serigueleira (Spondias purpurea L.).
Mossoró - RN, UFERSA, 2012...................................................
62
Tabela 5 Resumo da análise de variância da massa seca de estacas de
serigueira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de
substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012.................................................................
62
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO GERAL ...................................................................... 16
REFERÊNCIAS......................................................................................... 21
CAPÍTULO I – ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE
CAJARANEIRA SOB CONCENTRAÇÕES DE AIB EM
DIFERENTES SUBSTRATOS.................................................................
24
RESUMO..................................................................................................... 24
ABSTRACT................................................................................................ 24
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 26
2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 27
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 30
4 CONCLUSÕES ....................................................................................... 48
REFERÊNCIAS......................................................................................... 49
CAPÍTULO II – ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE
SERIGUELEIRA SOB CONCENTRAÇÕES DE AIB EM
DIFERENTES SUBSTRATOS.................................................................
54
RESUMO..................................................................................................... 54
ABSTRACT................................................................................................ 54
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 55
2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 58
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 61
4 CONCLUSÕES ....................................................................................... 76
REFERÊNCIAS.........................................................................................
ANEXOS.....................................................................................................
77
81
16
INTRODUÇÃO GERAL
A família Anacardiaceae é representada por cerca de 80 gêneros e 600
espécies, que são conhecidas por produzirem frutos saborosos, excelente madeira,
compostos utilizáveis na indústria e na medicina (BARROSO et. al., 2002).
O gênero Spondias pertence à essa família e possui 18 espécies, seis dessas
ocorrem no Nordeste do Brasil, onde a cajazeira (Spondia mobim.), tem o centro de
diversidade na Amazônia e na mata atlântica, o umbuzerio (Spondia tuberosa L.) é
nativo do semiárido nordestino, a serigueleira (Spondia purpurea) originária da
América Central e a cajaraneira (Spondia sp.) é proveniente da Polinésia (SOUZA
e ARAÚJO, 1999). Ambas são árvores frutíferas tropicais, exploradas pelo valor
comercial dos seus frutos, cultivadas nos fundos de quintais em pequenos pomares
(MITCHELL e DALY, 1995).
Estas espécies produzem frutos do tipo drupa, de boa aparência, qualidade
nutritiva, aroma e sabor agradáveis, os quais são muito apreciados para o consumo
como fruta in natura ou processados como polpa, sucos, doces, néctares, picolés e
sorvetes, sendo evidente a crescente comercialização nos mercados, supermercados
e restaurantes do país (SOUZA e ARAÚJO, 1999) e em mercados locais ou nas
margens de algumas rodovias brasileiras (SANTOS e OLIVEIRA, 2008).
Dentre os frutos tropicais, os do gênero Spondias vem despertando
interesse, especialmente para agroindústria. A procura pelos frutos deste gênero
deve-se principalmente às boas características para a industrialização e para o
consumo “in natura” (FERNANDES et. al., 2005).
Apesar dos significativos avanços registrados na fruticultura brasileira,
consolidados tanto no aumento da produção, da produtividade e da melhoria na
qualidade dos frutos, como laranja, banana, manga, uva e maçã, a participação de
outras frutas tropicais, particularmente as nativas e exóticas, é praticamente
incipiente (LEDERMAN et. al., 2008). Muitas delas, em razão do seu caráter
extrativista, ainda permanecem na condição de cultivos que não existem sistemas
de produção definidos (LIMA et. al., 2000; SACRAMENTO e SOUZA, 2000).
17
Neste contexto se insere a serigueleira (FILGUEIRAS et. al., 2000) e a cajaraneira,
ambas com grande potencial econômico (BOSCO et. al., 2000; SACRAMENTO e
SOUZA, 2000; SILVA JÚNIOR et. al., 2004).
A crescente demanda pelos produtos das Spondias confirma o potencial
agrossocioeconômico de exploração dessas espécies, o que poderá gerar empregos
fixos no cultivo dos pomares e nas agroindústrias de processamento. No entanto,
para viabilização, há necessidade de pesquisas para solucionar os problemas
tecnológicos que impossibilitam a exploração comercial (SOUZA e ARAÚJO,
1999).
Produção de mudas de qualidade tem sido um dos temas discutidos, pois
como se sabe a disseminação de muitas doenças atualmente no Brasil deve-se à
introdução clandestina de material de uma região para outra, ou mesmo de material
proveniente de outros países. Além disso, a heterogeneidade dos pomares
brasileiros ocorre, geralmente, em função do processo de propagação não adequado
(LIMA, 2010).
Segundo Lima (2002) a avaliação da qualidade de mudas de espécies de
Spondias através do método assexual de propagação se faz necessária, uma vez que
algumas dessas espécies não produzem sementes viáveis e a propagação sexual
aumenta a variabilidade das progênies resultantes, o que é justificado quando se
trata de melhoramento genético, mas indesejável no cultivo da maioria das
frutíferas tropicais.
Souza e Araújo (1999) relatam que a propagação vegetativa garante a
transmissão de caracteres desejáveis, reduzindo a juvenilidade e o porte da planta,
aumentando a uniformidade no pomar. Entre os métodos de propagação vegetativa,
a estaquia constitui um dos mais importantes e se baseia no principio de que é
possível regenerar uma planta a partir de uma parte da planta mãe podendo ser raiz,
caule, folhas ou gemas (MAHSTEDE e HARBER, 1957; HARTMANN e
KESTER, 1978). É um processo de propagação desejável, pois as plantas
originadas são idênticas entre si e à planta matriz, além de ser relativamente
simples, rápido e não requer técnicas especiais, como na enxertia, que podem
ocasionar algumas incompatibilidades (PASCAL et. al., 2001).
18
A serigueleira e cajaraneira, tradicionalmente, são propagadas pelo método
vegetativo, através de estacas grandes plantadas diretamente no campo, as quais
demoram a enraizar e a formar a copa da nova planta. As estacas, na maioria das
vezes, emitem brotações, mas não enraízam. Uma das prováveis causas do alto
insucesso da propagação dessas espécies por estaquia é a época da coleta dos
propágulos que deve ser realizada no final da fase fenológica de repouso vegetativo
da planta, ou seja, poucos dias antes da emissão das brotações e das flores (SOUZA
e ARAÚJO, 1999).
Souza (2001) verificou que estacas lenhosas de cajarana apresentaram uma
baixa porcentagem de enraizamento e um sistema radicular deficiente, entretanto
maiores taxas de enraizamento foram obtidas por Coelho (2001) e Souza (2001) em
experimentos com aplicação de diferentes doses de ácido indolbutírico em estacas
herbáceas e semiherbáceas. Contudo, a capacidade que uma estaca caulinar tem de
emitir raízes é uma característica variável, em função de fatores que se encontram
nas próprias células, além de fatores ou substâncias que são produzidas nas folhas e
gemas, que são transportadas até a base da estaca (JANICK, 1966). Com isso a
presença das folhas e gemas na estaca pode afetar o enraizamento, pois constituem
fontes de auxina que pode ser transportada para a base da estaca (HARTMANN e
KESTER, 1978).
Segundo Gaspar e Hoffinger (1988) as auxinas, as giberelinas, as
citocininas, o etileno e o ácido abcísico são fundamentais no enraizamento. Porém,
as auxinas apresentam o maior efeito na indução da formação de raízes, sendo o
ácido indolbutírico o regulador de crescimento mais utilizado. Os reguladores de
crescimento favorecem o estímulo à iniciação radicular, proporcionando aumento
da porcentagem de estacas enraizadas, bem como a aceleração da formação de
raízes, com consequente diminuição do tempo de formação das mudas e
permanência das estacas no leito de enraizamento no viveiro (ALVARENGA e
CARVALHO,1998; BASTOS et. al., 2005).
Pascal et. al., (2001) relataram que a aplicação exógena de reguladores de
crescimento, principalmente o ácido indolbutírico (AIB), é uma das formas mais
comuns de fazer o balanceamento hormonal para o enraizamento, elevando a
19
concentração endógena de auxinas nos tecidos celulares, contribuindo para a
formação de raízes (GASPAR e HOFFINGER, 1988), pois, as auxinas induzem ao
alongamento celular e alteram as atividades fisiológicas da planta. (TAIZ e ZEIG,
2004).
HOFFMANN et. al. (2001) afirmam que outro fator importante no
processo de estaquia é a utilização do substrato adequado, pois, ele é o meio onde
as raízes se desenvolvem e deve ser rico em nutrientes, permeável, poroso, bem
drenado, livre de patógenos, pragas e propágulos de ervas daninhas, baixa
densidade (KÄMPF, 2000; SILVA et. al., 2001; WENDLING et. al., 2002), bem
como disponibilidade e viabilidade econômica.
Os substratos em geral têm como principal função dar sustentação, tanto do
ponto de vista físico como químico e, são constituídos por três frações, a física, a
química e a biológica. As frações físico-químicas são formadas por partículas
minerais e orgânicas, contendo poros que podem ser ocupados por ar e/ou água e a
fração biológica pela matéria orgânica (AGUIAR et. al., 1993). Segundo Kämpf
(2000), as características físicas são importantes de serem observadas uma vez que
podem influenciar no crescimento das mudas; por exemplo, quanto mais alta for à
densidade do substrato, mais difícil se torna o cultivo no recipiente, podendo
limitar o crescimento das mudas. Na composição do substrato para o crescimento
de mudas, a fonte orgânica é responsável pela retenção de umidade e pelo
fornecimento de parte dos nutrientes.
No processo de produção de mudas é comum o uso de matéria orgânica
misturada ao solo devido sua ação favorável sobre as propriedades físico-químicas
do mesmo. A matéria orgânica, responsável pelo fornecimento de parte dos
nutrientes às mudas e pela retenção de umidade, também influencia na densidade
do substrato, na porosidade total e no espaço poroso do solo. Na realidade, a
escolha por um determinado substrato vai depender da finalidade do uso, pois
dificilmente se encontra um material com todas as características que atenda às
condições para o ótimo crescimento e desenvolvimento das plantas (SOUZA et. al.,
1995). As características físicas, químicas e biológicas devem oferecer as melhores
condições para que haja um excelente crescimento das raízes e favoreça o
20
desenvolvimento das mudas (MINAMI e PUCHALA, 2000). O uso de um
substrato inadequado pode ocasionar irregularidade ou até mesmo impedimento do
desenvolvimento radicular, logo, o substrato se constitui num dos fatores mais
complexos na produção de mudas.
As pesquisas com as espécies de Spondias ainda são escassas, existindo
questionamentos a serem respondidos. A propagação vegetativa de Spondias por
estaquia apresenta limitações e não dispõe ainda de tecnologias para produção
comercial de mudas (SOUZA e ARAÚJO, 1999).
Assim, devido à escassez de dados sobre a produção de mudas de
cajaraneira e serigueleira nas regiões produtoras do semiárido, esse trabalho teve
como objetivo avaliar o enraizamento de estacas destas duas espécies sob
dosagens de ácido indolbutírico em diferentes substratos.
21
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24
CAPÍTULO 1
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CAJARANEIRA (Spondias sp.) SOB
CONCENTRAÇÕES DE AIB EM DIFERENTES SUBSTRATOS
RESUMO
A propagação assexuada das Spondias pelo método de estaquia apresenta fortes
limitações entre as quais o enraizamento e a escassez de conhecimento sobre a
aplicação de técnicas adequadas, não dispondo-se de tecnologias para a produção
comercial de mudas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o
enraizamento de estacas de cajaraneira sob doses de AIB, em diferentes substratos,
em casa de vegetação localizada no campo leste da Universidade Federal Rural do
Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O
delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em esquema
fatorial 3 x 5, três substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®; Pole Fértil
®) e
com cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1
) usando quatro
repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem
do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do
broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;
porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e
sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,
brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados, observou-se que o regulador de
crescimento, ácido indolbutírico (AIB), não influenciou o enraizamento de estacas
lenhosas de cajaraneira. O substrato comercial Tropstrato®
proporcionou maior
enraizamento de estacas de cajaraneira, seguido da terra+esterco (1v:1v). O
substrato Pole Fértil®
mostrou-se
inadequado para a produção de mudas de
cajaraneira propagadas por estaquia.
Palavras-chave: Spondias sp., estaquia, auxina
25
ROOTING OF CUTTINGS UNDER CAJARANEIRA (Spondias sp.) AIB IN
DIFFERENT CONCENTRATIONS OF SUBSTRATES
ABSTRACT
The asexual propagation of Spondias obtained from cuttings has strong limitations
including rooting and lack of knowledge about the application of appropriate
techniques, lacking are technologies for the commercial production of seedlings.
Thus, the aim of this study was to evaluate the rooting of IBA cajaraneira under
different substrates in a greenhouse located in the countryside east of the
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN, in the period from
August to December, 2011. The experimental design was a complete block
cazualizados in factorial 3 x 5 three substrates (soil+manure [1v:1v]; Tropstrato®;
Pole Fértil®) and five IBA concentrations (0, 600, 1200, 1800 and 2400 mg.L
-1)
using four replications and 10 cuttings per plot. At 115 days after assembly
experiment was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter,
number and length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting
percentage and root, sprouting percentage and without roots, sprouting percentage,
dry leaves, leaflets, buds, petioles and roots. Given the results, it was observed that
the growth regulator, butyric acid (IBA), did not influence the rooting of woody
cajaraneira. The commercial substrate Tropstrato® provided greater rooting of
cajaraneira, followed by land manure (1v:1v). The substrate Pole Fertil® was
inadequate for the production of seedlings cajaraneira propagated by cuttings.
Keywords: Spondias sp., cuttings, auxin
26
1 INTRODUÇÃO
A cajaraneira (Spondias sp.) apresenta um crescimento rápido, e oferece
grandes vantagens para o polígono das secas do nordeste, pois não tem muita
exigência com relação a suprimento hídrico para produzir. Predomina em todo tipo
de solo, desde os mais rasos tabuleiros aos mais profundos solos aluviais, o que se
constata sempre seu aspecto xerófilo e não há, também, exigência à topografia e
altitude, ocorrendo em morros e planícies. Encontrada no semiárido nordestino e
conhecida como uma planta xerófila introduzida e adaptada, tem uma excelente
facilidade de reprodução assexuada, facilitando dessa maneira a escolha de uma
linhagem genética para desempenho de produção (LIMA, 2010).
A estaquia consiste no enraizamento de partes de ramos, havendo a
necessidade de diferentes cuidados e das melhores condições de cultivo para cada
espécie, e até mesmo para cada cultivar, para que se obtenha sucesso neste
processo. São fatores importantes na propagação vegetativa através de estacas, a
época de coleta das estacas, o uso de reguladores de crescimento e substrato
adequado (FERRI et. al., 1996).
O período mais propício para reprodução assexuada de cajaraneira está
entre setembro e dezembro, quando suas folhas estão caindo, apresentando reservas
nutritivas (LIMA, 2010).
O uso de fitohormônios por meio de aplicação exógena proporciona maior
porcentagem, velocidade, qualidade e uniformidade de enraizamento em muitas
espécies (HARTMANN et. al., 2002). O teor adequado de auxina exógena para
estímulo do enraizamento, no entanto, depende da espécie e da concentração de
auxina existente no tecido (FACHINELLO et. al., 2005).
Hartmann et. al. (2002) sugerem o uso de reguladores de crescimento,
principalmente as auxinas, sendo o ácido indolbutírico (AIB) mais indicado para o
enraizamento de estacas de diversas espécies arbóreas (BERHE e NEGASH,
1998), pois não apresenta toxidade em uma larga faixa de concentração, além de
apresentar baixa mobilidade e maior estabilidade química no local de aplicação das
estacas, estabelecendo um equilíbrio hormonal adequado ao enraizamento.
27
Na propagação por estaquia, a utilização do substrato adequado é um dos
fatores de maior importância para o enraizamento (HOFFMANN et. al., 2001). Os
melhores substratos devem apresentar, entre outras características, ausência de
patógeno, riqueza em nutrientes essenciais, textura e estrutura adequada (SILVA et.
al., 2001), possibilitando o sucesso do enraizamento.
Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o
enraizamento de estacas de cajaraneira sob concentrações de ácido indolbutírico e
diferentes substratos.
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado e conduzido em casa de vegetação, com tela
de 50% de sombreamento, localizada no campo leste da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido (UFERSA), na cidade de Mossoró que está situado na região
semiárida do Nordeste brasileiro, no Estado do Rio Grande do Norte, localizado
pelas coordenadas geográficas 5o11' de latitude sul, 37°20' de longitude oeste e 18
m de altitude, com uma temperatura média anual em torno de 27,5 °C, umidade
relativa de 68,9%, nebulosidade média anual de 4,4 décimos e precipitação média
anual de 673,9 mm. Segundo classificação climática de Köppen, o clima de
Mossoró-RN é do tipo BSwh', ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação
chuvosa no verão atrasando-se para o outono (CARMO FILHO et. al., 1987).
As estacas foram coletadas, nas primeiras horas do dia 27 de agosto de
2011, de plantas adultas com bom desenvolvimento vegetativo, estando ao término
do repouso vegetativo da planta, ou seja, desfolhadas e com gemas intumescidas,
isenta de pragas e doenças, oriundas do CEMAS (Centro de Multiplicação de
Animais Silvestres) da UFERSA, na região de Mossoró, com o auxílio de tesoura
de poda as estacas foram padronizadas com 15cm de tamanho, com diâmetro
médio entre 7 e 9 mm, isenta de folhas, sendo armazenadas imersas em água até a
instalação do experimento, para retardar a desidratação do material e oxidação dos
tecidos no local do corte.
28
O delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em
esquema fatorial 3 x 5, três substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®;
PoliFértil®) e com cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L
-1)
usando quatro repetições e 10 estacas por unidade experimental.
As concentrações do ácido indolbutírico (Tabela 1) foram preparadas
conforme recomendado por Fachinello et. al. (1995) com algumas modificações,
pois o AIB, marca Vetec, foram diluídos em água, com preparo feito no mesmo dia
da coleta das estacas e armazenada em geladeira.
Tabela1 - Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico, empregados para
preparar 200 ml de solução de AIB.
Concentração
(mg.dm-³)
Zero 600 1200 1800 2400
AIB*(mg) 0 120 240 360 480
*Ácido 4-(3-Indolil) Butírico P. S.(C12H13NO2), produzido pela VETEC QUÍMICA FINA LTDA,
com 98% de pureza.
Logo após o término da coleta das estacas, as mesmas foram imersas em
soluções de AIB a 5 cm de profundidade durante 5 segundos, sendo
posteriormente, acondicionadas nos substratos comerciais Tropstrato®
e Pole
Fértil® (Tabela 2), além de um tratamento composto por
terra + esterco bovino (1v:1v), sendo utilizadas bandejas de plástico de 50 células,
com volume de 94mm3 por célula.
Tabela 2 - Caracterização química de amostra dos substrato avaliado para
enraizamento de estacas de Spondias SP., quanto a Condutividade Elétrica (CE),
pH, teor de matéria orgânica (MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+),
cálcio (Ca+), magnésio (Mg
2+). Mossoró – RN, UFERSA, 2012
¹ ,Composto Orgânico Pole Fértil Flores & Jardins é 100% natural e com alto teor de retenção de humidade da empresa Integral
Agroindustrial;
²Substrato comercial Tropstrato composto por material humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, da
Empresa Vida Verde na base de volume de 1:2
SUBSTRATO C.E. pH MO N P K+ Ca2+ Mg2+
(H2O) (g.kg-1) (mg.dm-3) (cmol.dm-3)
Pole Fértil¹ 11,5 7,7 5,47 0,07 9,3 137,8 5,0 0,4
Tropstrato² 4,61 3,68 4,03 7,9 11,0 13,5 2,30 1,8
29
Para a formação de um microclima, colocou-se um saco de plástico
transparente (5x19cm) em cada estaca, retirando-o quando as estacas começaram a
emitir brotações. Foram feitas irrigações diárias por nebulização intermitente,
durante todo o experimento, no período de agosto a dezembro de 2011.
Aos 115 dias após a estaquia, período em que as estacas são transplantadas
no campo, foi avaliado: o número de folhas (unidade/estaca), folíolos
(unidade/estaca) e brotos (unidade/estaca) pela metodologia da contagem;
comprimento do broto (cm) com auxilio de régua graduada; diâmetro do broto
(mm) utilizando um paquímetro digital; número de raízes (unidade/estaca) por
contagem; comprimento da raiz (cm) com auxilio de régua graduada; porcentagem
de estacas calejadas, vivas; porcentagem de estacas brotadas com raiz;
porcentagem de estacas brotadas sem raiz, por meio de contagem e transformado
para porcentagem (%); massa seca do folíolo (g), das folhas (g), dos brotos (g) e
das raízes (g); massa seca total (g) com o somatório de todas as variáveis de massa
seca, obtidas a partir da lavagem dos materiais colocados em sacos de papel e
levados a estufa a 65 ºC até o peso constante sendo posteriormente retiradas e
pesadas em balança de precisão para obtenção da massa seca em gramas.
Antes de submeter à análise de variância os dados foram submetidos ao
teste de Shapiro-Wilk, os significativos pelo teste W (p < 0,05), foram
transformados em “(y +0,5)1 / 2
”. Os dados foram submetidos à análise de variância
pelo teste F (p < 0,05), as médias qualitativas foram comparadas pelo teste de
Scott-Knott (p < 0,05), enquanto as quantitativas através equação de regressão,
cujos parâmetros foram significativos pelo teste t (p < 0,05), segundo
recomendações de Banzatto e Kronka (1989). As análises estatísticas foram
realizadas através do software Sistema de Análise de Variância - SISVAR
(FERREIRA, 2011).
30
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A utilização de doses de AIB associado com os substratos promoveu um
efeito significativo (p<0,05), pelo teste F, somente para o número de broto; ao
observar o efeito dos níveis de AIB é verificado um efeito significativo (p<0,01)
para o comprimento do broto, enquanto, para o número de brotos foi verificado um
efeito ao nível de 5% de probabilidade; no tocante dos substratos utilizados, foi
verificado um efeito significativo (p < 0,01), conforme esboço das Tabelas 3.
Tabela 3 - Resumo da análise de variância do crescimento de estacas de
cajaraneira (Spondias sp.) enraizadas sob efeito de substratos (S) e doses de ácido
indolbutírico (AIB). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
F. V. G. L.
Quadrado médio
NF ¹ NFo ¹ NB ¹ CB ¹ CF ¹ DB ¹ NR ¹ CR ¹
S 2 3,62** 32,22** 0,09** 0,69** 8,65** 0,18** 1,36** 24,29**
AIB 4 0,28ns 1,98ns 0,02* 0,21** 0,18ns 0,005ns 0,05ns 0,09ns
S x AIB 8 0,29ns 2,17ns 0,02* 0,05ns 0,27ns 0,002ns 0,005ns 0,32ns
Erro 42 0,19 1,03 0,007 0,04 0,46 0,012 0,03 0,66
C. V. (%) - 24,71 29,17 6,1 12,12 29,08 6,66 14,36 32
¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade;**- Efeito
significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: NF – número de folha;
NFo – número de folíolo; NB – número de broto; CB – comprimento do broto; CF – comprimento da folha; DB – diâmetro do
broto; NR – número de raiz; CR – comprimento da raiz.
Na Tabela 4, observa-se que apenas a fonte de variação substrato promoveu
um efeito significativo (p<0,01), pelo teste F, para todas as variáveis de
enraizamento. Enquanto que as doses de ácido indolbutírico e sua interação com os
substratos não influenciaram significativamente o enraizamento das estacas de
cajaraneira.
31
Tabela 4 - Resumo da análise de variância em função do efeito de substratos (S) e
doses ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de estacas de cajaraneira
(Spondias sp.). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
F.V. G.L.
Quadrado médio
EC ¹ EV ¹ EBCR ¹ EBSR¹ EB
S 2 124,60** 59,52** 85,09** 23,62** 61,91**
AIB 4 2,66ns 0,64ns 3,21ns 1,77ns 0,51ns
SxAIB 8 0,70ns 0,71ns 1,87ns 2,68ns 0,88ns
Erro 42 1,21 1,12 2,28 2,52 1,03
C.V.(%) - 14,83 12,35 39,1 21,51 11,82
¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade;;**- Efeito
significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: EC - estacas calejadas;
EV – porcentagem de estacas vivas; EB CR – estaca brotada com raiz; EB SR – estaca brotada sem raiz; EB – estaca brotada.
Não houve diferença estatística para a interação substrato x AIB e para as
concentrações de AIB ao nível de 5% de probabilidade. Entretanto, foi verificado
um efeito ao nível de 1% de probabilidade para todas as variáveis de massa seca
das estacas de cajaraneira enraizadas nos diferentes substratos utilizados, conforme
esboço das Tabelas 5.
Tabela 5 - Resumo da análise de variância da massa seca de estacas de
cajaraneira (Spondias sp.) enraizadas sob efeito de substratos (S) e doses de ácido
indolbutírico (AIB). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
F.V. G.L.
Quadrado médio
MSFo ¹ MSF ¹ MSB ¹ MSR ¹ MST ¹
S 2 595,02** 846,92** 734,63** 525,24** 1.239**
AIB 4 11,81ns 20,90ns 16,49ns 11,92ns 26,41ns
SxAIB 8 35,46ns 44,66ns 45,32ns 34,01ns 35,86ns
Erro 42 28,64 34,85 33,75 740,88 51,92
C.V.(%) - 44,09 42,71 40,7 56,61 4,41
¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade; ;**- Efeito
significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: MSFo – massa seca de
folíolos; MSF – massa seca da folha; MSB – massa seca da brotação; MSR – massa seca das raízes; MST – massa seca total.
Embora a utilização de 600 e 2400 mg dm-3
de AIB tenha promovido os
maiores valores para o número de folhas, não diferiram entre si, tendo como valor
32
médio de 2,92 unidades estaca-1
(Figura 1A). Comportamento semelhante foi
observado para o número de folíolos e comprimento das folhas, tendo como valor
médio de 13,93 unidades estaca-1
e 5,70 cm, respectivamente (Figura 2A e 3A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott
(p<0,05)
Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido indolbutírico
- AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
O substrato com Terra promoveu o maior número de folhas e folíolos (3,78
e 19,8 unidade estaca-1
, respectivamente), mas, não diferiu estatisticamente, pelo
teste Scott-Knott, do Tropstrato®, com 3,55 folhas e 16,2 folíolos estaca
-1;
entretanto, estes substratos diferiram do Pole Fértil®, o qual promoveu 1,43 folhas
e 5,8 folíolos estaca-1
(Figuras 1B e 2B). Entretanto, a utilização do substrato
Tropstrato® promoveu o maior valor para o comprimento da folha (7,13 cm), não
diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com Terra
(7,04 cm); o substrato Pole Fértil® promoveu o menor valor (2,92 cm) e diferiu
estatisticamente dos demais substratos utilizados (Figura 3B).
33
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott
(p<0,05)
Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-
Knott (p<0,05)
Figura 3. Comprimento da folha (CF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Sabendo que diferentes teores hormonais são capazes de levar à mudança
de indução foliar, no que se refere ao número, tamanho e comprimento de folhas
por estaca, como o que aconteceu nas estacas propagadas de cajaraneira, em que
Lima et. al. (2002), não foi verificado efeito das diferentes doses de AIB (0, 500,
750 e 1000 mg.L-1
) sobre a produção de folhas em estacas de cajarana (Spondias
sp.) e seriguela (Spondias purpurea). O mesmo foi observado na utilização de
diferentes substratos, a exemplo do que observaram Pio et. al. (2005), para as
estacas de figueiras, o maior número de folhas foi detectado quando se utilizou os
substratos solo + esterco bovino (1:1 v/v) e tropstrato®, resultados estes
semelhantes aos obtidos neste trabalho.
34
O aumento das dosagens de AIB não promoveu efeito significativo quando
foi utilizado os substratos com Terra e Pole Fértil®, tendo como valores médios
1,58 e 1,23 brotos estaca-1
, respectivamente; entretanto, ao utilizar o Tropstrato®
foi
observado um detrimento com o aumento das dosagens de AIB, onde para cada
aumento unitário do AIB foi observada uma redução de 0,01% do número de
brotos, onde a ausência de AIB foi observado um valor estimado de 1,82 brotos
estaca-1
(Figura 4A). Os substratos com Terra e Tropstrato® promoveram o maior
número de brotos e não diferiram entre si, pelo teste Scott-Knott, quando foi
utilizado as dosagens de 0, 600, 1.800 e 2400 mg dm-3
de AIB, mas diferiram
estatisticamente do substrato Pole Fértil®; quando utilizou 1.200 mg dm
-3 de AIB o
substratos com Terra e Pole Fértil® promoveram os maiores valores (1,50 e 1,49
brotos estaca-1
, respectivamente), não diferindo entre si estatisticamente pelo teste
de Scott-Knott, mas diferindo do substrato Tropstrato®, o qual promoveu um valor
de 1,27 brotos estaca-1
(Figura 4B).
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 4. Número de brotos (NB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Apesar do efeito significativo da interação substrato e AIB, verificou-se
um número reduzido de brotações, possivelmente devido a utilização das reservas
presentes nas estacas para o favorecimento do enraizamento. A presença de
significância observada com a aplicação de AIB é comprovada pelos resultados
obtidos por outros autores em plantas da mesma espécie ou do mesmo gênero.
Galvão et. al., (1985) avaliando o efeito do AIB no enraizamento de estacas de
35
umbuzeiro (Spondias tuberosa) observou que os melhores resultados para número
médio de brotos por estaca ocorreram na concentração 1000 ppm. Gomes et. al.
(2005) pesquisando a influência do AIB sobre o número de brotações de estacas de
umbu-cajazeira (Spondias spp.) verificaram que o AIB aumentou
significativamente o número de brotações. A emissão de brotos em estacas nem
sempre indica sucesso no processo de propagação por estaquia. Muitas vezes a
emissão do broto ocorre antes da emissão do sistema radicular, o que não é
desejável, pois torna as estacas susceptíveis ao ressecamento por perda de água e
prejudica a formação de raízes adventícias (BASTOS, 2006).
Em contrapartida, com o aumento das dosagens de AIB, independente do
substrato utilizado, foi observado um incremento para o comprimento do broto até
a dosagem estimada de 528,95 mg dm-3
, tendo um valor de 3,25 cm; o qual a partir
desta dosagem ocorreu um redução desta variável (Figura 5A). Estes resultados
assemelham aos encontrados por Gomes et. al. (2005) que verificaram ter o AIB
aumentado significativamente o comprimento das brotações. Galvão (1985)
também avaliando o efeito do AIB sobre o comprimento médio de brotos por
estacas de umbuzeiro, verificou melhores resultados na concentração de 1000 ppm.
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 5. Comprimento do broto (CB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
E para o diâmetro do broto, a utilização de níveis de AIB não promoveram
respostas, tendo como valor médio de 2,19 mm; embora a aplicação de 600 mg dm-
36
3 de AIB ter promovido o maior valor do diâmetro do broto (Figura 6A). Gomes et.
al. (2005) verificaram que houve influência significativa de AIB sobre o diâmetro
das brotações de umbu-cajazeira. Para a cajazeira não ocorreu efeito significativo
dos reguladores de crescimento, tendo o diâmetro das brotações desta espécie
apresentaram valores médios similares para AIB (SOUZA e LIMA, 2005).
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
No que se refere ao comprimento e diâmetro do broto, o substrato
Tropstrato® promoveu os maiores valores (3,11 cm e 2,50mm, respectivamente) e
diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais substratos utilizados; o
substrato com Pole Fértil® promoveu os menores valores (1,81 cm e 1,88mm) e
diferiu estatisticamente do substrato Terra, promovendo valores intermediários
(2,48 cm e 2,19mm) (Figuras 5B e 6B). Os resultados sobre substrato, foram
semelhantes àqueles verificados por Oliveira et. al. (2002), com a cultura da
cajazeira. Porém, Fráguas et. al. (2002), em estudo de aclimatização de figueira,
verificaram que o substrato Plantmax propiciou maior desenvolvimento da parte
aérea na cultura. Esta diferença pode estar relacionada com o potencial de emissão
de brotações de cada espécie, em função do substrato utilizado.
A utilização de dosagens de AIB não promoveu resposta para o número de
raízes, tendo como valor médio de 0,92 raízes estaca-1
, embora a utilização de
2.400 mg dm-3
de AIB promoveu o maior valor, de 1,2 raízes estaca-1
(Figura
7A).
37
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Com a utilização de 1200 mg dm-3
de AIB foi observado o maior valor para
o comprimento da raiz, entretanto, não foi observado efeito das dosagens
utilizadas, tendo como valor médio de 7,27 cm (Figura 8A).
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
O resultado com a aplicação de AIB tem sido bastante variáveis em função
da espécie, das cultivares, da dosagem utilizada, do tempo de imersão das estacas e
da idade dos ramos. Lima et. al. (2002), não verificaram efeito da aplicação de AIB
sobre o comprimento do sistema radicular de cajarana (Spondias sp.) e ciriguela
(Spondias purpurea). Da mesma forma, Gomes et. al. (2005), não verificaram
efeito significativo das doses de AIB em enraizamento de umbu-cajazeira.
38
Resultados diferentes foram obtidos por Lima (2002), trabalhando com a mesma
espécie verificou maior comprimento do sistema radicular na faixa de 0 a 800 mg
L-1
de AIB. E Tosta et. al. (2012), observaram que o comprimento do sistema
radicular aumentou até 1295,2 ppm, sendo observado um valor de 5,0 cm,
concentrações superiores promoveram decréscimo para esta variável, tendo um
aumento de 55,7% para esta variável se comparado a ausência de AIB.
A indução de raízes adventícias em estacas é estimulada por auxinas
(WENT e THIMANN, 1937). Sendo que o transporte desses hormônios endógenos
para a parte inferior das estacas promove, nessa região, a formação de raízes. A
dificuldade na formação de raízes, particularmente em muitas espécies lenhosas,
pode estar relacionada a alta atividade enzimática inativadora de auxinas por
degradação oxidativa (NORMANLY, 1997), ou por conjugação (COHEN e
BANDURSKI, 1982), ou ainda pela presença de substâncias inibidoras da
iniciação radicular (citocininas) e pela ausência de resposta á auxina acumulada
(TREWAVAS, 1981).
Da mesma forma, a formação de estacas calejadas de cajarana não foi
influenciada pelas dosagens de AIB, tendo como valor médio de 60% (Figura 9A).
Contudo, de acordo com Hartman et. al. (2002), a formação de calo na base de
estacas é um fato independente da indução radicular. Em alguns casos, segundo
Martins (1998), as raízes podem ser originadas desses tecidos, embora seja raro,
pois, na maioria das vezes, elas se originam de células do câmbio, de modo que o
calo não é essencial ao enraizamento. Esse fato deve ser melhor investigado para a
cajaraneira, no entanto, para as condições em que o trabalho foi realizado, a
presença de calo não significou enraizamento, embora a maioria das raízes emitidas
surgiram a partir de calos.
39
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
O substrato Tropstrato® promoveu o maior número e comprimento de
raízes (1,29 unidades estaca-1
e 9,86 cm), mas não diferiu estatisticamente, pelo
teste Scott-Knott, do substrato com Terra (1,18 raízes estaca-1
e 9,80 cm);
entretanto, diferiram do substrato Pole Fértil®, o qual promoveu os menores
valores, 0,3 raízes estaca-1
e 2,15cm de comprimento (Figura 7B e 8B). O maior
número de estacas calejadas (90%) foi promovido pelo substrato Tropstrato® e
diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais substratos utilizados; o
substrato com Pole Fértil® promoveu o menor valor de estacas calejadas (23,5%) e
diferiu estatisticamente (teste Scott-Knott) dos demais substratos; enquanto o com
Terra promoveu os valores intermediários, 66,5% de estacas calejadas (Figura 9B).
A formação de apenas uma raiz na estaca deixa o sistema radicular vulnerável ao
transplantio, podendo ocasionar problemas no pegamento da estaca e formação das
mudas.
Em geral, os substratos Tropstrato® e Terra favoreceram melhores
resultados. Essa superioridade pode ser explicada pelas possíveis características
físicas desses substratos. Boa aeração é uma das características físicas importantes
para o crescimento de plantas em recipientes (BEARDSELL et. al., 1979). Não
somente a água é necessária para as plantas, mas também o ar é importante para o
crescimento radicular (VERDONCK et. al., 1981). Sendo assim, verifica-se a
importância da escolha correta do substrato a ser utilizado. Um bom substrato para
40
a produção de mudas frutíferas deve proporcionar retenção de água suficiente e,
quando saturado (em excesso de água), deve manter quantidades adequadas de
espaço poroso para facilitar o fornecimento de oxigênio, indispensável no processo
de propagação (SMIDERLE e MINAMI, 2001). O substrato no enraizamento de
estacas desempenha importante função, principalmente para as espécies que
possuem dificuldades em emitirem raízes. Um substrato ideal é aquele que, além de
servir de suporte para a sustentação da estaca, retém água fornecida via irrigação
por um longo período de tempo e fornece ambiente escuro e aeração para a base da
estaca, que certamente irá influir sobre a porcentagem de enraizamento, bem como
sobre o tipo de raízes formadas (HOFFMANN et. al., 1996).
A utilização de níveis do AIB não promoveram respostas para o número de
estacas vivas, tendo como valor médio de 76,25 % (Figura 10A). O substrato com
Terra promoveu o maior valor de estacas vivas (94%), entretanto, foi
estatisticamente igual ao substrato Tropstrato®, com 89% das estacas vivas; com a
utilização do substrato Pole Fértil®, foi observado o menor valor de estacas vivas
(45,75%), o qual diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais
substratos utilizados (Figura 10B). Os dados relativos à estacas vivas evidenciam
que a ação do fitohormônio proporcionou incremento na porcentagem de
enraizamento das estacas, conforme observado por outros autores (BEZERRA et.
al., 1991; BEZERRA et. al., 1992; ANTUNES et. al., 1996; NACHTIGAL et. al.,
1999; SCARPARE FILHO et. al., 1999; TONIETTO et. al., 2001). Além disso, os
substratos utilizados devem ser adequados para a formação das raízes. Isto é, além
de servir de suporte para as plantas, devem exercer as funções básicas de fornecer
nutrientes, apresentar porosidade para permitir a entrada de oxigênio e saída de gás
carbônico e etileno oriundos da respiração das raízes e propiciar alguma retenção
ou reserva de água para as plantas. O desenvolvimento do sistema radicular para
manutenção da planta viva depende da espécie a ser cultivada e das características
físicas e químicas do substrato, devendo o mesmo ser livre de patógenos e pragas
(SOUZA, 1983; KÄMPF, 1999; SOUZA, 2002).
41
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 10. Estacas vivas (EV) de cajaraneira sob doses de ácido indolbutírico – AIB
(10A) e substratos (10B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
A utilização das dosagens de 600 e 2400 mg dm -3
promoveu os maiores
valores absolutos da porcentagem de estacas brotadas (79,6% e 80%,
respectivamente) (Figura 11A). Com o aumento de dosagens de AIB teve uma
tendência de incremento na porcentagem de estacas brotadas com raízes, tendo
como valor médio de 19,67% (Figura 12A) e uma redução da porcentagem de
estacas brotadas e sem raízes com valor médio de 57,08% (Figura 13A), mas não
foi verificada uma diferença estatística entre os níveis de AIB utilizados nestas
variáveis.
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 11. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
42
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si
pelo teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 12. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si
pelo teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 13. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Em geral, as estacas de cajaraneira apresentaram bom percentual de
brotação, fato que nem sempre indica que a estaca irá sobreviver, já que a
sobrevivência depende da emissão do sistema radicular. Souza e Lima (2005) que
avaliando estacas de cajazeira afirmaram que as brotações são formadas à partir de
reservas orgânicas contidas nas estacas, contudo só ocorre formação de folhas se
houver emissão de raízes adventícias para que haja suprimento nutricional e
hídrico. Caso não ocorra enraizamento, as estacas murcham e morrem. Os
resultados com a aplicação de AIB têm sido bastante variáveis em função da
espécie, das cultivares, da dosagem utilizada, do tempo de imersão das estacas e da
43
idade dos ramos. Coelho (2001) verificou que a aplicação de AIB na base das
estacas influenciou significativamente na porcentagem de enraizamento de
Spondias sp., sendo o melhor resultado (80% de enraizamento) obtido quando as
estacas foram tratadas com esse regulador de crescimento a 2.000 mg.L-1. Souza e
Araújo (1999) obtiveram até 22,5% de enraizamento em estacas lenhosas de umbu-
cajá submetidas a diferentes tempos de enraizamento e doses de AIB, mas em
estacas lenhosas de cajá (Spondias mombin L.) tratadas com AIB, não obtiveram
enraizamento. Pasinato et. al. (1998), trabalhando com ameixeira, concluíram que
não houve aumento significativamente do enraizamento com o uso do AIB.
A utilização do substrato com Terra promoveu a maior porcentagem de
estacas brotadas (94%), entretanto, não diferiu estatisticamente do substrato
Tropstrato® (90,75%); mas estes diferiram estatisticamente, pelo teste Scott-Knott,
do substrato Pole Fértil®, cujo valor observado foi de 45,50% (Figura 11B). A
utilização do substrato Tropstrato® promoveu o maior valor da porcentagem de
estacas brotadas com raiz (34%), diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott,
dos demais substratos utilizados; a utilização do substrato com Pole Fértil®
promoveu o menor valor desta variável (3,5%) e diferiu estatisticamente dos
demais substratos utilizados; a utilização do substrato com Terra promoveu valor
intermediário, de 21,5% (Figura 12B). A utilização do substrato com Terra
promoveu o maior valor para as estacas brotadas sem raiz (72,5%), mas não diferiu
estatisticamente, pelo teste Scott-Knott do substrato Tropstrato® (56,75%); mas
diferiram estatisticamente do substrato Pole Fértil®, assim, este promoveu o menor
valor (42%) de estacas brotadas (Figura 13B).
Os maiores valores da massa seca do folíolo, da folha e do broto (272 mg
estaca-1
, 366,40 mg estaca-1
e 369,86 mg estaca-1
) foi observado com a utilização de
2.000 mg dm-3
, 1.800 mg dm-3
e 1.800 mg dm-3
de AIB, respectivamente.
Entretanto, não foi observado uma significância estatística para as dosagens
utilizadas, o qual foi observado um valor médio de 194,87 mg estaca-1
, 253,83
mg estaca-1
e 261,19 mg estaca-1
(Figuras 14A, 15A e 16A). Entretanto, para os
substratos utilizados, o substrato Terra promoveu os maiores valores da massa seca
do folíolo, da folha e do broto (305,12 mg estaca-1
, 401,89 mg estaca-1
e 408,01 mg
44
estaca-1
), mas não diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do Tropstrato®
(203,5 mg estaca-1
, 263,73 mg estaca-1
e 270,19 mg estaca-1
); entretanto, diferiram
do substrato Pole Fértil®, com 75,98 mg estaca
-1, 95,88 mg estaca
-1 e 105,27 mg
estaca-1
, respectivamente (Figuras 14B, 15B e 16B).
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Foli) de estacas de cajaraneira sob doses de
ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si
pelo teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
45
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Resultados diferentes foram obtidos por Tosta et. al. (2012) em estudos
realizados com cajaraneira (Spondias sp.) nas mesmas condições do presente
trabalho, onde o aumento das concentrações de AIB promoveu um incremento na
massa seca das folhas de estacas de cajarana, tendo um valor máximo estimado de
306,5 mg estaca-1 com a utilização da concentração máxima estimada de 4464
ppm de AIB, contudo, concentrações superiores a esta promoveram redução da
massa seca de folhas. E o maior acúmulo da massa seca do broto estimado, 457,1
mg, foi observado com a aplicação da concentração máxima estimada 4238,5 ppm
de AIB, concentrações superiores promoveram decréscimo da sua massa.
Com o aumento das dosagens de AIB foi observado uma tendência de
incremento da massa seca da raiz até a utilização de 1.200 mg dm-3
de AIB e com
doses superiores promoveram detrimentos desta variável, entretanto não foi
observado efeito destes níveis utilizados, sendo observado um valor médio de
90,01 mg estaca-1
(Figura 17A). O substrato com Terra promoveu o maior valor da
massa seca da raiz (183,25 mg estaca-1
) e diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-
Knott, dos demais substratos utilizados; o Tropstrato promoveu valores
intermediários (71,35 mg estaca-1
), o qual diferiu estatisticamente do substrato
Pole Fértil®, com 15,43 mg estaca
-1 (Figura 17B). Resultados semelhantes foram
obtidos por Paula et. al. (2007) em estudos realizados com umbuzeiro (Spondias
tuberosa L), onde não houve influência das diferentes doses de AIB testadas sobre
46
o acumulo de massa seca das raízes. Resultados diferentes foram obtidos por Peña
et. al. (2012), onde a dose de 8000 ppm de AIB promoveu maior acúmulo de massa
seca de raízes em estacas de mitilo. Dutra et. al. (1998) pesquisaram a influência do
AIB, e observaram maior valor de massa seca de raiz para a ameixeira ‘Frontier’ na
concentração de 3000 mg L-1
de AIB.
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
A utilização de dosagens de AIB não promoveu resposta para a massa seca
total de estacas de cajarana, sendo observado um valor médio de 351 mg estaca-1
(Figura 18A). O substrato com Terra promoveu o maior valor para a massa seca
total (591,34 mg estaca-1
) e diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos
demais substratos utilizados; o Pole Fértil® promoveu o menor valor (120,741
mg estaca-1
) e diferiu estatisticamente dos demais substratos utilizados, assim o
Tropstrato® promoveu valores intermediários, sendo observado uma massa seca de
341,55 mg estaca-1
(Figura 18B).
47
* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05).
Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Os resultados aqui apresentados mostram que a utilização de AIB, diluído
em água, em estacas de cajaraneira não influenciaram as variáveis analisadas,
exceto o número de brotos. Isso pode estar relacionado a diversos fatores, dentre
eles o grau de lignificação da estaca, a concentração do regulador de crescimento, e
ao próprio potencial genético da espécie para formação de raízes adventícias. Outro
fator de importância é a liberação de compostos fenólicos que provocam oxidação
dos tecidos. Segundo Fachinello et. al. (1995), em algumas espécies, como as
pertencentes à família das Anacardiaceae, ocorre oxidação de compostos fenólicos
no local onde é feito o corte na estaca. Essa oxidação é observada pelo
escurecimento do tecido e dificulta a formação de raízes, tendo ocorrido em grande
intensidade na base das estacas de cajaraneira, no presente trabalho.
Dentre os diferentes substratos utilizados, a Terra e o Tropstrato®
induziram um maior número de folhas, número de folíolos, comprimento das
folhas, número de brotos, número de raízes, comprimento da raiz, estacas vivas,
estacas brotadas e estacas brotadas sem raiz. Além disso, o Tropstrato®
proporcionou maiores valores de diâmetro do broto, comprimento do broto, estacas
calejadas e estacas brotadas com raiz, fazendo este substrato se destacar perante os
demais. Isso se deve, em parte, o Tropstrato® ser composto por material humificado
oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, na qual mantém uma
48
proporção adequada entre a disponibilidade hídrica e aeração, possibilitando um
ambiente ideal para o desenvolvimento das raízes. O substrato Pole Fértil®
inferiu
os menores valores para as variáveis analisadas, tornando-o inadequado para a
produção de mudas de cajaraneira propagadas por estaquia.
4 CONCLUSÕES
O regulador de crescimento, ácido indolbutírico (AIB), não influenciou o
enraizamento de estacas lenhosas de cajaraneira.
O substrato comercial Tropstrato®
proporcionou maior enraizamento de
estacas de cajaraneira, seguido da proporção terra+esterco (1v:1v).
O substrato PoliFértil®
mostrou-se inadequado para a produção de mudas
de cajaraneira propagadas por estaquia.
49
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54
CAPÍTULO 2
ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SERIGUELEIRA SOB
CONCENTRAÇÕES DE AIB EM DIFERENTES SUBSTRATOS
RESUMO
A propagação assexuada das Spondias pelo método de estaquia apresenta fortes
limitações, entre as quais a escassez de conhecimento sobre a aplicação de técnicas
adequadas, não dispondo-se de tecnologias para a produção comercial de mudas.
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas de
serigueleira (Spondia purpurea L.) sob doses de AIB, em diferentes substratos, em
casa de vegetação localizada no campo leste da Universidade Federal Rural do
Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O
delineamento experimental foi o de blocos casualizados completos, em esquema
fatorial 2X5, dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v] e Tropstrato®,) com cinco
concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro
repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem
do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do
broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;
porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e
sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,
brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados observou-se que o regulador de
crescimento, AIB, influenciou positivamente no enraizamento de estacas de
serigueleira. E o susbtrato comercial Tropstrato® proporcionou maior enraizamento
de estacas de serigueleira.
Palavras chaves: Spondias purpurea L., estacas, auxinas
55
ABSTRACT
EFFECT OF SUBSTRATE, INDOLEBUTYRIC ACID ON THE ROOTING
OF SERIGUELEIRA CULTIVAR BY CUTTINGS
The asexual propagation of Spondias obtained from cuttings has strong limitations,
including the lack of knowledge about the application of appropriate techniques,
lacking are technologies for the commercial production of seedlings. Thus, the aim
of this study was to evaluate the rooting of hog plum tree (Spondia purpurea L.)
under IBA levels on different substrates in a greenhouse located in the countryside
east of the Universidade Federal do Semi Árido, Mossoró, RN, the period from
August to December 2011. The experimental design was a randomized complete
block in factorial 2X5, two substrates (soil + manure [1v : 1v ] and Tropstrato®)
with five IBA concentrations (0 , 600 , 1200 , 1800 and 2400 mg.L-1
) and using
four replications and 10 cuttings per plot. At 115 days after assembly experiment
was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter, number and
length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting percentage and
root, sprouting percentage and rootless, sprouting percentage, dry leaves, leaflets,
buds, petioles and roots. Given the results showed that the plant growth regulator,
IBA, positively influenced the rooting of serigueleira. And substrate commercial
Tropstrato® provided greater rooting of serigueleira.
Keyswords: Spondias purpurea L., cuttings, auxin, substrate.
56
1 INTRODUÇÃO
A serigueleira (Spondias purpurea L.), também chamada siriguela, ameixa-
da-Espanha, cajá vermelho, ciroela, jocote, ciruela mexicana, etc, é uma das
espécies mais cultivadas e a que produz frutos de melhor qualidade do gênero
Spondias (MARTINS e MELO, 2013). É originária da América Central (LEON e
SHAW, 1990), mas encontra-se distribuída no México, Caribe e vários países da
região Norte da América do Sul, provavelmente dispersa pelo homem.
A forma de propagação das Spondias, como a maioria das frutíferas
tropicais, ocorre pelos métodos sexual e vegetativo. A propagação da serigueleira
por sementes é praticamente inviável, em virtude dos seus endocarpos raramente
conterem sementes, sendo essa espécie, tradicionalmente, propagada pelo método
vegetativo, através de estaquia (SOUZA e ARAÚJO, 1999), que na maioria das
vezes, emitem brotações, mas não enraízam (SOUZA, 2005).
O enraizamento de estacas é influenciado por diversos fatores, dentre eles,
o potencial genético da espécie, as condições fisiológicas e nutricionais da planta-
matriz, o balanço entre os fitorreguladores (auxinas, citocininas e giberelinas) nas
células do tecido vegetativo, a presença de indutores e inibidores de enraizamento,
o tipo de estaca, a juvenilidade dos brotos, a presença de gemas e/ou folhas,
período de coleta da estaca e ambiente de enraizamento (SMALLEY et. al., 1991;
MESÉN; et. al., 1997; RIECKERMANN et al., 1999; HARTMANN et al., 2002).
A propagação de espécies de difícil enraizamento pode ser realizada com
sucesso se forem fornecidas condições ambientais favoráveis e usados reguladores
vegetais (MAYER, 2001), principalmente as auxinas, como o ácido indolbutírico,
que é frequentemente utilizado para fazer o balanceamento hormonal para o
enraizamento, pois o aumento da concentração endógena de auxinas nos tecidos
contribui para a formação de raízes (PASQUAL et. al., 2001), induzindo o
alongamento celular e alterando as atividades fisiológicas da planta (TAIZ e ZEIG,
2004).
Vários trabalhos evidenciam a resposta positivas a produção de estacas de
espécies de Spondias à aplicação de AIB (LIMA et. al., 2002; GOMES et. al.,
57
2005; RIOS et. al., 2012), no entanto ainda há divergência em relação a dose ideal
de fitohormônio a ser utilizada.
No processo de propagação de plantas, os substratos a serem utilizados
devem servir de suporte para as plantas, exercer as funções básicas de fornecer
nutrientes, apresentar porosidade para permitir a entrada de oxigênio e saída de gás
carbônico e etileno oriundos da respiração das raízes e propiciar alguma retenção
ou reserva de água para as plantas. O desenvolvimento do sistema radicular
depende da espécie a ser cultivada e das características físicas e químicas do
substrato, devendo o mesmo ser livre de patógenos e pragas (SOUZA, 2002).
Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar
enraizamento de estacas de serigueleira sob dosagens de ácido indolbutírico em
diferentes substratos.
58
2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi instalado e conduzido em casa de vegetação, com tela
de 50% de sombreamento, localizada no campo leste da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido (UFERSA), na cidade de Mossoró que está situado na região
semiárida do Nordeste brasileiro, no Estado do Rio Grande do Norte, localizado
pelas coordenadas geográficas 5o11' de latitude sul, 37°20' de longitude oeste e 18
m de altitude, com uma temperatura média anual em torno de 27,5 °C, umidade
relativa de 68,9%, nebulosidade média anual de 4,4 décimos e precipitação média
anual de 673,9 mm. Segundo classificação climática de Köppen, o clima de
Mossoró-RN é do tipo BSwh', ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação
chuvosa no verão atrasando-se para o outono (CARMO FILHO, et. al., 1987).
As estacas foram coletadas, nas primeiras horas do dia 29 de agosto de
2011, de plantas adultas com bom desenvolvimento vegetativo, estando ao término
do repouso vegetativo da planta, ou seja, desfolhadas e com gemas intumescidas,
isenta de pragas e doenças, oriundas de um sitio no Alto da Pelônia, na região de
Mossoró, com o auxílio de tesoura de poda as estacas foram padronizadas com
15cm de tamanho, com diâmetro médio entre 7 e 9 mm, isenta de folhas, sendo
armazenadas imersas em água até a instalação do experimento, para retardar a
desidratação do material e oxidação dos tecidos no local do corte.
O delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em
esquema fatorial 2 x 5, dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®) e com
cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1
) usando quatro
repetições e 10 estacas por unidade experimental.
As concentrações do ácido indolbutírico (Tabela 1) foram preparadas
conforme recomendado por Fachinello et. al., (1995) com algumas modificações,
pois o AIB, marca Vetec, foram diluídos em água, com preparo feito no mesmo
dia da coleta das estacas e armazenada em geladeira.
59
Tabela 1 - Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico, empregados
para preparar 200 ml de solução de AIB.
Concentração
(mg.dm-³)
Zero 600 1200 1800 2400
AIB*(mg) 0 120 240 360 480
*Ácido 4-(3-Indolil) Butírico P. S.(C12H13NO2), produzido pela VETEC QUÍMICA FINA LTDA,
com 98% de pureza.
Logo após o término da coleta das estacas, as mesmas foram imersas em
soluções de AIB a 5 cm de profundidade durante 5 segundos, sendo
posteriormente, acondicionadas nos substratos comercial Tropstrato®
(Tabela 2) e
composto por terra + esterco bovino (1v:1v), utilizando-se bandejas de plástico de
50 células, com volume de 94mm3 por célula.
Para a formação de um microclima, colocou-se um saco de plástico
transparente (5x19cm) em cada estaca, retirando-o quando as estacas começaram a
emitir brotações. Foram feitas irrigações diárias por nebulização intermitente,
durante todo o experimento, no período de agosto a dezembro de 2011.
Aos 115 dias após a estaquia, período em que as estacas são transplantadas
no campo, foi avaliado: o número de folhas (unidade/estaca), folíolos
(unidade/estaca) e brotos (unidade/estaca) pela metodologia da contagem;
comprimento do broto (cm) com auxilio de régua graduada; diâmetro do broto
(mm) utilizando um paquímetro digital; número de raízes (unidade/estaca) por
contagem; comprimento da raiz (cm) com auxilio de régua graduada; porcentagem
de estacas calejadas, vivas; porcentagem de estacas brotadas com raiz;
Tabela 2 - Caracterização química de amostra do substrato comercial avaliado
para enraizamento de estacas de Spondias purpúrea L., quanto a Condutividade
Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica (MO), nitrogênio (N), fósforo (P),
potássio (K+), cálcio (Ca
+), magnésio (Mg
2+). Mossoró – RN, UFERSA, 2012.
SUBSTRATO C.E. pH MO N P K
+ Ca
2+ Mg
2+
(H2O) (g.kg-1
) (mg.dm-3
) (cmol.dm-3
)
Tropstrato1 4,61 3,68 4,03 7,9 11,0 13,5 2,30 1,8
1Substrato comercial Tropstrato composto por material humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus,
da Empresa Vida Verde na base de volume de 1:2
60
porcentagem de estacas brotadas sem raiz, por meio de contagem e transformado
para porcentagem (%); massa seca do folíolo (g), das folhas (g), dos brotos (g) e
das raízes (g); massa seca total (g) com o somatório de todas as variáveis de massa
seca, obtidas a partir da lavagem dos materiais colocados em sacos de papel e
levados a estufa a 65 ºC até o peso constante sendo posteriormente retiradas e
pesadas em balança de precisão para obtenção da massa seca em gramas.
Antes de submeter à análise de variância os dados foram submetidos ao
teste de Shapiro-Wilk, os significativos pelo teste W (p < 0,05), foram
transformados em “(y +0,5)1 / 2
”. Os dados foram submetidos à análise de variância
pelo teste F (p < 0,05), as médias qualitativas foram comparadas pelo teste de
Scott-Knott (p < 0,05), enquanto as quantitativas através equação de regressão,
cujos parâmetros foram significativos pelo teste t (p < 0,05), segundo
recomendações de Banzatto e Kronka (1989). As análises estatísticas foram
realizadas através do software Sistema de Análise de Variância - SISVAR
(FERREIRA, 2011).
61
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A utilização de doses de AIB associado com os substratos promoveu um
efeito significativo, pelo teste F, para o número de raízes a probabilidade 5%; ao
observar o efeito dos níveis de AIB foi verificado um efeito significativo (p<0,05)
para o número de folhas, enquanto, para o número de folíolos, comprimento da
folha e diâmetro do broto foi verificado um efeito ao nível de 1% de probabilidade;
no tocante dos substratos utilizados, para o diâmetro do broto foi verificado efeito
significativo (p < 0,05), entretanto, para as demais variáveis analisadas foi
verificado um efeito não significativo (Tabela 3).
Tabela 3: Resumo da análise de variância do crescimento de estacas
de serigueleira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de
substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró - RN,
UFERSA, 2012.
F. V. G. L.
Quadrado médio
NF NFo NB¹ CB¹ CF DB NR¹ CR¹
S 1 2,61ns 797,80ns 0,07ns 0,08ns 0,40ns 1,95* 0,09ns 0,10ns
AIB 4 12,28* 1.029,49** 0,06ns 0,20ns 29,96** 1,17** 0,07ns 0,04ns
S x AIB 4 10,01ns 527,58ns 0,09ns 0,14ns 0,28ns 0,37ns 0,12* 0,52ns
Erro 27 4,06 292,53 0,08 0,09 4,67 0,26 0,03 0,23
C. V. (%) - 35,38 43,27 18,5 16,79 30,39 20,25 12,82 15,51
¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.
**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo, pelo teste F, ao
nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.
Nota: NF – número de folha; NFo – número de folíolo; NB – número de broto; CB – comprimento do broto;
CF – comprimento da folha; DB - diâmetro do broto; NR – número de raízes; CR – comprimento da raiz.
A utilização de doses de AIB associado com os substratos e doses de AIB
isoladamente não promoveram um efeito significativo, pelo teste F, para nenhum
parâmetro; ao observar o efeito dos substratos foi verificado um efeito significativo
(p<0,05) para estacas calejadas, estacas brotadas com raízes e de estacas brotadas
sem raiz (Tabela 4)
62
Tabela 4 - Resumo da análise de variância em função do
efeito de substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB)
no enraizamento de estacas de serigueleira (Spondias
purpurea L.). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
F.V. GL Quadrado médio
EC¹ EV¹ EBCR¹ EBSR¹ EB¹
S 1 10,11*
0,67ns
13,30*
16,91*
0,97ns
AIB 4 2,27ns
0,69ns
3,17ns
5,15ns
0,63ns
SxAIB 4 0,74ns
0,21ns
1,82ns
2,59ns
0,32ns
Erro 27 1,58 0,39ns
2,49 2,78 0,41
C.V.(%) - 14,58 6,56 31,24 21,45 6,70 ¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.
**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo,
pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.
Nota: EC - porcentagem estacas calejadas; EV – porcentagem de estacas vivas; EBCR –
porcentagem estaca brotada com raiz; EBSR – estaca brotada sem raiz; EB – estaca brotada.
A utilização de doses de AIB associado com os substratos e o substrato
isoladamente não promoveram um efeito significativo, pelo teste F, para nenhum
parâmetro; ao observar o efeito dos níveis de AIB foi verificado um efeito
significativo (p<0,01) para massas secas do folíolo e da folha. Para massa seca da
brotação e total foi verificado um efeito ao nível de 5% de probabilidade (Tabela
5).
Tabela 5 - Resumo da análise de variância da massa seca de
estacas de serigueira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito
de substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -
RN, UFERSA, 2012.
F.V. GL Quadrado médio
MSFo¹ MSF¹ MSB¹ MSR¹
MST¹
S 1 6,33ns
6,59ns
132,06ns
0,06ns
128,76ns
AIB 4 129,69**
173,42**
656,94*
4,83ns
654,04*
SxAIB 4 45,93ns
61,53ns
163,43ns
3,34ns
166,86ns
Erro 27 34,01 53,39 185,19 4,31 186,30
C.V.(%) - 16,14 38,66 46,77 44,98 46,26 ¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.
**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo, pelo teste
F, ao nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.
Nota: MSFo – massa seca de folíolos; MSF – massa seca da folha; MSB – massa seca da brotação;
MSR – massa seca da raiz; MST – massa seca total.
A dose máxima estimada de 369,80 mg dm-3
de AIB promoveu o maior
63
valor para o número de folhas (7,01 unidades estaca-1
), mas, com o aumento dos
níveis ocorreu um detrimento desta variável (Figura 1A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de serigueleira a sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Comportamento semelhante foi observado para o número de folíolos,
comprimento das folhas e comprimento do broto. O maior valor para o número de
folíolos (57,10 unidades estaca-1
) foi observado com a dose máxima estimada de
1.100 mg dm-3
de AIB, apresentando uma redução de 44,42% com a maior dose
estudada (Figura 2A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05)
Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Já para número de brotações, embora a utilização de 1.200 mg dm-3
tenha
promovido uma maior quantidade de brotos (2,3 brotos estaca-1
) e com a aplicação
de 1.800 mg dm-3
tenha promovido uma menor quantidade (1,5 brotos estaca-1
),
obteve-se o valor médio de 1,98 brotos estaca-1
(Figura 3A).
64
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 3. Número de brotos (NB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
O mesmo comportamento foi observado para comprimento do broto de
estacas de serigueleira, na qual não foi verificado efeito significativo para as
dosagens de AIB, obtendo valor médio de 2,70 unidades estaca-1
(Figura 4A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 4. Comprimento do broto (CB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
A utilização do substrato Tropstrato® apresentou 5,95 folhas estaca
-1
(Figura 1B), 44 folíolos estaca-1
(Figura 2B), 2,13 brotações.estaca-1
(Figura 3B),
2,89 cm para o comprimento do broto (Figura 4B), mas não diferiu estatisticamente
do substrato Terra:esterco(1v:1v), 5,44 unidade estaca-1
(Figura 1B), 35,07 folíolos
estaca-1
(Figura 2B), 1,84 de brotações.estaca-1
(Figura 3B), 2,50 cm de
comprimento do broto (Figura 4B).
Verificou-se um número reduzido de brotações, folíolos e folhas e
comprimento da brotação, possivelmente devido à utilização das reservas presentes
65
nas estacas para o favorecimento do enraizamento, semelhante ao trabalho de
Souza (2007), que estudou a propagação da cajazeira e do umbuzeiro por meio de
estaquia. Essa ausência de significância observada com o uso de AIB difere dos
resultados obtidos por outros autores, como Gomes et. al., (2005) pesquisando a
influencia do AIB sobre o número de brotações de estacas de umbu-cajazeira
(Spondias spp.) verificaram que o AIB aumentou significativamente o número de
brotações. Tosta et. al., (2012) observaram um incremento no número de folhas
(7,5 folhas por muda) até a aplicação da dose máxima de 4139 ppm de AIB e no
número de folíolos (38,4 folíolos) até a dose máxima de 4218 ppm de AIB, tendo
uma redução do número de folhas e folíolos à medida em que se aumentou as
concentrações de AIB. Portanto, a ausência de efeito na aplicação de AIB sobre o
número de brotações, folhas e folíolos pode esta relacionada à diferença nas
concentrações utilizadas, bem como no estádio fenológico das plantas no momento
da retirada das estacas.
O mesmo foi observado na utilização de diferentes substratos, a exemplo
do que observaram Pio et. al., (2005), para as estacas de figueiras, o maior número
de folhas foi detectado quando se utilizou os substratos solo + esterco bovino (1:1
v/v) e Tropstrato®, resultados estes semelhantes aos obtidos neste trabalho.
Com o aumento das dosagens de AIB ocorreu um incremento no
comprimento das folhas de estacas de seriguela até a dose máxima estimada de
429,24 mg dm-3
de AIB, verificando 8,87 cm para o comprimento das folhas; doses
superiores a esta, promoveram detrimento dos seu valores (Figura 5A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 5. Comprimento da folha (CF) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
66
Houve um aumento do diâmetro do broto até a dose máxima estimada de
367,07 mg dm-3
de AIB, atingindo um diâmetro do broto de 2,85 mm; doses
superior a esta promoveu decréscimo deste diâmetro (Figura 6A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Sabendo que diferentes teores hormonais são capazes de levar à mudança
de indução foliar, no que se refere ao número, tamanho e comprimento de folhas
por estaca, como o que aconteceu nas estacas propagadas de cajaraneira, em que
Lima (2002) verificou maiores estimativas para o número de folhas de cajaraneira
no intervalo de 100 a 900 mg L-1
de AIB. E Gomes et. al., (2005) verificaram
influência significativa de AIB sobre o diâmetro das brotações de umbu-cajazeira.
A utilização da Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor para o
comprimento da folha (7,21 cm) e para o diâmetro do broto (2,76 mm), entretanto,
não diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato Tropstrato®, no
qual foi observado um valor de 7,01 cm (Figura 5B) e 2,32 mm (Figura 6B),
respectivamente. Os resultados sobre substrato foram semelhantes aos verificados
por Oliveira et. al., (2002), com a cultura da cajazeira. Entretanto, em estudo de
aclimatização de figueira, Fráguas et. al., (2002), verificaram que o substrato
Plantmax® propiciou maior desenvolvimento da parte aérea na cultura, que pode
estar relacionada com o potencial de emissão de brotações de cada espécie, em
função do substrato utilizado.
67
Doses de AIB associado ao substrato com Terra:esterco(1v:1v) não
promoveu resposta para o número de raízes, tendo como valor médio de 1,45 raízes
estaca-1
; enquanto, a utilização como substrato o Tropstrato® promoveu um
incremento no número de raízes até a aplicação da dose máxima estimada de
553,62 mg dm-3
de AIB, tendo como valor estimado de 2,12 raízes estaca-1
; com
doses superiores a esta, foi observado um detrimento dessa variável (Figura 7A).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
As diferentes concentrações de AIB não promoveram respostas para o
comprimento da raiz de estacas de serigueleira, assim como os substratos
utilizados, sendo observado um valor médio de 9,47 cm no comprimento das raízes
(Figura 8A e 8B).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
68
Com o aumento da concentração de auxinas, Villa et. al.,(2003) verificou-
se um decréscimo na porcentagem de enraizamento e no comprimento das raízes.
Em vários trabalhos, verifica-se que a aplicação exógena de auxina promove o
enraizamento de estacas em muitas espécies; no entanto, sabe-se que isso acontece
até um valor máximo, ou seja, qualquer valor acima poderá ter efeito inibitório ou
fitotóxico.
Com a dose de 600 mg dm-3
de AIB o substrato Tropstrato® promoveu o
maior número de raiz (2,30 unidades estaca-1
), diferindo estatisticamente, pelo teste
Scott-Knott, do substrato Terra:esterco(1v:1v), (1,00 raízes estaca-1
); embora ao
aplicar 1.800 mg dm-3
de AIB o substrato Tropstrato® tenha sido observado
maiores valores não diferiu estatisticamente, assim como a utilização de 0, 1.200 e
2.400 mg dm-3
de AIB o substrato com Terra:esterco(1v:1v) tenha promovido
maiores valores, não foi observada diferença estatística; os valores médios
observados foram de 1,51 e 1,82 raízes estaca-1
do substrato com
Terra:esterco(1v:1v) e Tropstrato®, respectivamente (Figura 7B).
Entretanto, segundo alguns autores (HARTMANN et. al., 2002;
PIZZATTO et. al., 2011), existe um nível ótimo de concentração da auxina, para
estimular o máximo crescimento e diferenciação dos tecidos radiculares. Segundo
Ohland et. al., (2009), dentre as principais funções biológicas das auxinas, pode-se
citar o crescimento de órgãos, especialmente as raízes. Comportamento semelhante
foi observado por Rios et. al., (2012), no enraizamento de estacas de umbu. Souza
(2007) constatou não haver efeito das diferentes concentrações deste fitohormônio
no comprimento e número de raízes, em alporques do umbu. Porém, Pasqual et. al.,
(2001) afirmam que o substrato é um dos fatores de maior importância no
enraizamento de estacas.
A formação de estacas calejadas de serigueleira não foi influenciada pelas
dosagens de AIB utilizadas, tendo como valor médio de 75,50% (Figura 9A). O
substrato Tropstrato® promoveu o maior valor de estacas calejadas, com 84,50%, e
diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com
Terra:esterco(1v:1v), com 66,50% das estacas calejadas (Figura 9B). Os autores
Souza e Araújo (1999) afirmam a importância do calejamento para a formação de
69
raízes, pois, observaram a emissão de uma raiz por estaca e que esta raiz surgiu a
partir do calo que se formava na base da estaca. Esses autores verificaram a
formação de calo (55 a 92,5%) em estacas lenhosas de umbu-cajá aos 70 dias após
estaquia. Contudo, de acordo com Hartmann e Kester (1978), a formação de calo
na base de estacas é um fato independente da indução radicular. Em alguns casos,
segundo MARTINS (1998), as raízes podem ser originadas desses tecidos embora
seja raro, pois, na maioria das vezes, elas se originam de células do câmbio, de
modo que o calo não é essencial ao enraizamento.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
A utilização de doses do AIB não proveu resposta para o número de estacas
vivas, tendo como valor médio de 91,50% (Figura 10A). Entretanto, com o
aumento de dosagens de AIB teve uma tendência de incremento na porcentagem de
estacas brotadas com raízes, contudo, não foi observado efeito com os níveis de
hormônio utilizados, tendo como valor médio de 28% (Figura 11A). Semelhante
aos resultados encontrados por Souza (2007), em que avaliando os efeitos do ácido
indolbutírico (AIB) e da planta matriz no enraizamento de estacas de cajazeira
(Spondias mombin L.), constatando que o ácido indolbutírico influencia
positivamente o aumento do número de estacas brotadas, enraizadas e de mudas
aptas para o plantio, atingindo um máximo em concentrações entre 1.000 mg L-1
e
1.500 mg L-1
de AIB.
70
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05)
Figura 10. Estacas vivas (EV) de serigueleira sob doses de ácido indolbutírico – AIB (10A)
e substratos (10B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 11. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Embora a utilização do substrato com Terra:esterco(1v:1v) tenha
demonstrado uma superioridade de 15%, em relação ao Tropstrato®, não foi
observada diferença estatística (Figura 10B). A utilização do substrato Tropstrato®
promoveu o maior valor da porcentagem de estacas brotadas com raiz (34%)
diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com terra, onde
promoveu um valor de 22% (Figura 11B). Souza et. al., (2001), trabalhando com a
mesma espécie, obtiveram, em média, 75% e 35% de enraizamento, utilizando
como substrato a vermiculita e substrato comercial, respectivamente. Lima et. al.,
(2002) trabalhando com diferentes estacas lenhosas de cajaraneira e serigueleira,
obtiveram de 14 a 47% de enraizamento aos 160 dias após estaquia.
71
O substrato no enraizamento de estacas desempenha importante função,
principalmente para as espécies que possuem dificuldades em emitirem raízes. Um
substrato ideal é aquele que, além de servir de suporte para a sustentação da estaca,
retém água fornecida via irrigação por um longo período de tempo e fornece
ambiente escuro e aeração para a base da estaca, que certamente irá influir sobre a
porcentagem de enraizamento, bem como sobre o tipo de raízes formadas
(HOFFMANN et. al., 1996).
O aumento de dosagens de AIB promoveu uma tendência de redução da
porcentagem de estacas brotadas e sem raízes, mas, as dosagens não promoveram
respostas, tendo como valor médio de 63,50% (Figura 12A). O substrato com
Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor para as estacas brotadas sem raiz
(72,50%), diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato
Tropstrato®, com 54,50% de estacas brotadas sem raiz (Figura 12B).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05)
Figura 12. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
A utilização das dosagens de AIB não obteve efeito na porcentagem de
estacas brotadas, sendo observado um valor médio de 91,50% (Figura 13A). A
utilização do substrato com Terra:esterco(1v:1v) promoveu a maior porcentagem
de estacas brotadas, com valor médio de 94,50%, entretanto, não diferiu
estatisticamente do substrato Tropstrato®, com 88,50% (Figura 13B).
72
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 13. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Como as estacas eram lenhosas, Souza (2007) afirma que tecidos mais
lignificados funcionam como barreira física para a emissão de raízes,
principalmente quando são utilizadas a parte mediana e basal dessas estacas,
também incorre em redução da taxa de enraizamento. Estacas basais apresentam
maior grau de lignificação o que está relacionado negativamente com o nível de
auxina, pois a peroxidase, enzima responsável pela síntese de lignina, sintetiza a
lignina e degrada a auxina que é o hormônio responsável para induzir o
enraizamento (Bastos, 2006).
O aumento de doses de AIB promoveu um incremento na massa seca do
folíolo, da folha e do broto de estacas de seriguela até a dosagem de 434,69 mg dm-
3, tendo como valor 496,08 mg estaca
-1(
Figura 14A) ,
a aplicação de 454,95
mg dm-3
de AIB, onde foi promovido o maior valor estimado (677,19 mg folha-1
)
(Figura 15A), até a utilização de 363,81 mg dm-3
(Figura 16A), respectivamente;
doses superiores promoveram detrimento de sua massa.
Resultados semelhantes foram obtidos em estudos realizados com
cajaraneira (Spondias sp.), por Tosta et. al., (2012) onde o aumento das
concentrações de AIB promoveu um incremento na massa seca das folhas de
estacas de cajarana, tendo um valor máximo estimado de 306,5 mg estaca-1
com a
utilização da concentração máxima estimada de 4464 ppm de AIB, contudo,
73
concentrações superiores a esta promoveram redução da massa seca de folhas. E o
maior acúmulo da massa seca do broto estimado, 457,1 mg, foi observado com a
aplicação da concentração máxima estimada 4238,5 ppm de AIB, concentrações
superiores promoveram decréscimo da sua massa.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 14. Massa seca do folíolo (MSFo) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 15. Massa seca da folha (MSF) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 16. Massa seca do broto (MSB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
74
indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
O substrato Tropstrato® promoveu o maior valor da massa seca do folíolo e
do broto, de 318,18 mg estaca-1
(Figura 14B) e 1211,58 mg estaca-1
(Figura 15B),
respectivamente ; entretanto, não diferiu estatisticamente do substrato com
Terra:esterco(1v:1v), com valor médio de 283,69 mg estaca-1
(Figura 14B) e
910,50 mg estaca-1
(Figura 16B). Já o substrato com Terra:esterco(1v:1v)
promoveu o maior valor da massa seca da folha quando comparado ao Tropstrato®,
mas não diferiram estatisticamente entre si, tendo como valores médios de 423,33
mg estaca-1
e de 410,34 mg estaca-1
, respectivamente (Figura 15B).
Com o aumento das dosagens de AIB ocorreu uma tendência de redução da
massa seca da raiz, no entanto, não foi observado efeito ao aumento dos níveis de
AIB, sendo observado uma valor médio de 24,56 mg estaca-1
(Figura 17A). O
substrato com Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor da massa seca da raiz
(25,72 mg estaca-1
), enquanto o Tropstrato® promoveu um valor de 23,39
mg estaca-1
, mas, não diferiram estatisticamente entre si (Figura 17B).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 17. Massa seca da raiz (MSR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Semelhante aos resultados obtido por Peña et. al., (2012), onde a dose de
8000 ppm de AIB promoveu maior acúmulo de massa seca de raízes em estacas de
mirtilo. Dutra et. al., (1998) pesquisaram a influência do AIB, e observaram maior
valor de massa seca de raiz para a ameixeira ‘Frontier’ na concentração de 3000
75
mg L-1
de AIB. Diferentemente dos resultados obtidos em estudos realizados com
umbuzeiro (Spondias tuberosa L), por Paula et. al., (2007) onde não houve
influência das diferentes doses de AIB testadas sobre o acúmulo de massa seca das
raízes.
Com o aumento das doses de AIB é observado um incremento na massa
seca total até a dose máxima estimada de 252,39 mg dm-3
, onde é observado um
valor de 1606,25 mg estaca-1
; doses superiores promoveram redução dos valores de
sua massa (Figura 18A). A utilização do Tropstrato® promoveu o maior valor da
massa seca total (1234,97 mg estaca-1
) em relação a utilização do substrato com
Terra:esterco(1v:1v), (936,84 mg estaca-1
), mas, não diferiram estatisticamente
entre si (Figura 18B).
* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo
teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de serigueleira sob doses de ácido
indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.
Os resultados aqui apresentados mostram que a utilização de AIB, diluído
em água, em estacas de serigueleira influenciaram as variáveis analisadas, como
número de folhas, o número de folíolos, comprimento da folha, diâmetro do broto e
massas secas do folíolo, da folha e total.
Isso pode estar relacionado a diversos fatores, dentre eles o grau de
lignificação da estaca, a concentração do regulador de crescimento, e ao próprio
potencial genético da espécie para formação de raízes adventícias. Outro fator de
importância é a liberação de compostos fenólicos que provocam oxidação dos
tecidos. Segundo Fachinello et. al. (1995), em algumas espécies, como as
76
pertencentes à família das Anacardiaceae, ocorre oxidação de compostos fenólicos
no local onde é feito o corte na estaca. Essa oxidação, que dificulta a formação de
raízes e é observada pelo escurecimento do tecido, ocorreu em grande intensidade
na base das estacas de serigueleira, no presente trabalho.
Dentre os diferentes substratos utilizados, a Terra:esterco(1v:1v) e o
Tropstrato® induziram um maior desenvolvimento do diâmetro do broto,
porcentagem de estacas calejadas, de estaca brotada com raízes e de estacas
brotadas sem raiz. Além disso, o Tropstrato® proporcionou maiores valores de
diâmetro do broto, comprimento do broto, estacas calejadas e estacas brotadas com
raiz, fazendo este substrato se destacar perante os demais. Quando utilizado
associado com o AIB, na concentração de 600mg.dm-3
obteve melhores resultados
para número de raiz por estaca. Isso devido Tropstrato® ser composto por material
humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, na qual
mantém uma proporção adequada entre a disponibilidade hídrica e aeração,
possibilitando um ambiente ideal para o desenvolvimento das raízes.
77
4 CONCLUSÕES
O regulador de crescimento, ácido indolbutírico (AIB), influenciou o
enraizamento de estacas lenhosas de serigueleira, obtendo maior enraizamento com
a concentração de 600mg.dm-3
.
O substrato comercial Tropstrato®
proporcionou maior enraizamento de
estacas de serigueleira, seguido da proporção terra+esterco (1v:1v).
78
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