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Ensaios FO - FTTH

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Introdução

Antes de se proceder à instalação do cabo de fibra óptica, devem ser feitos

ensaios às fibras, para verificarmos se são respeitadas as especificações do

fabricante. Deve ser verificado o comprimento do cabo, o numero de fibras, a

atenuação, os diâmetros do núcleo e da bainha, etc.

O cabo de fibra óptica pode ser danificado durante o transporte. É por isso

importante fazer uma inspecção visual, para verificar o estado do cabo antes

de se proceder à sua instalação.

Durante a instalação, o cabo de fibra óptica deverá ser desenrolado

correctamente, evitando torções. Curvas muito apertadas devem ser evitadas

na instalação dos cabos. A tracção aplicada, no caso da passagem do cabo

em conduta, não deverá exceder o limite máximo indicado pelo fabricante.

No final da instalação do cabo de fibra óptica, é obrigatório proceder à

realização de ensaios às fibras ópticas. Regra geral é feita a caracterização

da fibra, para evidenciar os pontos de fusão, os conectores, o comprimento

da fibra, etc. São executados ensaios específicos de acordo com a tecnologia

que a fibra óptica vai ter de suportar. Os ensaios mais frequentemente

realizados são os seguintes:

• Nível de potência óptica

• Atenuação

• Perda de retorno (ORL - Optical Return Loss)

• Reflectância

• Continuidade

Para a realização dos ensaios às fibras ópticas é obrigatório que os

técnicos possuam os cadastros de rede devidamente actualizados.

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Recomenda-se a realização de ensaios de manutenção preventiva, onde

periodicamente são feitas medições às fibras ópticas, procedendo-se depois à

comparação com ensaios anteriores.

Os ensaios podem também ser realizados nas acções de manutenção

correctiva, para detectar e localizar avarias.

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Eventos reflectidos

Aparecem quando há descontinuidades na fibra óptica, causando uma

mudança abrupta no índice de refracção (n).

Eventos reflectivos podem acontecer em cortes, junções de conectores,

junções mecânicas, ou no fim de fibra.

Figura 1 – Trace característico de um conector

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Se 2 eventos estiverem muito próximos, o OTDR tem problemas em medir

atenuação de cada um dos eventos, apresentando a atenuação de ambos.

Isso acontece normalmente quando estamos a medir um patchcord.

Figura 2 – Trace característico de um patchcord

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No caso do fim de fibra o evento reflectivo é seguido de ruído e a medida de

atenuação não é possível ser feita.

Figura 3 – Trace característico do fim de fibra

O fim de fibra pode também causar um evento não reflectivo.

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Eventos não reflectidos

Ocorrem quando não há descontinuidades na fibra óptica, ou seja nas

junções por fusão e nas macro curvaturas.

Figura 4 – Trace característico de uma junção por fusão

Nos eventos não reflectivos, por vezes a atenuação aparece com ganho,

surgindo a subir no trace. Isso é fruto da junção de fibras com núcleos de

dimensões diferentes.

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Figura 5 – Junta normal

Figura 6 – Junta com ganho

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Nível de potência óptica

O nível de potência óptica é expresso em dBm. Esta medição é feita

sobretudo para determinar se o sinal óptico que chega ao receptor é

suficiente.

Para fazer este ensaio é necessário um equipamento medidor de potência

óptica e um patchcord.

O patchcord utilizado nas medições deverá estar limpo, para evitar erros nos

ensaios efectuados.

Os conectores do patchcord devem ser iguais aos do equipamento ou fibra

óptica que vamos ensaiar.

Figura 7 – Medição do nível de potência óptica

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Atenuação

A atenuação é a perda que o sinal óptico sofre ao percorrer a fibra óptica e

os materiais associados (conectores, patchcords, junções por fusão, etc.). É

expressa em dB.

Material Atenuação (dB)

Conector 0,5

Junção mecânica 0,1 a 0,3

Junção fusão 0,02 a 0,1

Fibra monomodo (1310nm) km 0,35

Fibra monomodo (1490nm) km 0,21

Fibra monomodo (1550nm) km 0,2

Fibra multimodo (850nm) km 3

Fibra multimodo (1300nm) km 1

Tabela 1 – Atenuação típica das fibras ópticas e materiais

associados

Exemplos:

1 2 3

Distancia (km) 30 80 200

Atenuação aos 1550 nm (dB/km) 0,25 0,22 0,19

Atenuação total da fibra (dB/km) 7,5 17,6 38

Numero de fusões 15 40 50

Atenuação média da fusão 0,1 0,1 0,05

Atenuação total das fusões 1,5 4 2,5

Numero de conectores 2 2 2

Atenuação média dos conectores 0,5 0,5 0,5

Atenuação total dos conectores 1 1 1

Atenuação total 10 22,6 41,5

Tabela 2 – Exemplos de calculo da atenuação

A atenuação pode ser medida em todo o traçado da fibra óptica ou em cada

evento.

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Medição da atenuação num evento

Para executar a medição da atenuação num evento é necessário um OTDR.

Na execução do ensaio da atenuação com um OTDR, deverá ser utilizado o

método dos 5 pontos, para uma medição mais precisa.

Figura 8 – Método dos 5 pontos

O 5º ponto deverá ser colocado onde há a viragem abrupta.

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando

uma fonte de luz e um medidor de potência óptica

O medidor de potência óptica, em conjunto com uma fonte de luz, podem ser

utilizados para medir a atenuação de uma fibra óptica, seguindo as normas

ITU-T G650.1 e IEC 61350. Cada um dos equipamentos deverá estar numa

das extremidades da fibra óptica a ensaiar.

Material necessário:

• Fonte de luz

• Medidor de potência óptica (a funcionar no modo dBm)

• 2 patchcords (com o tipo de fibra e conectores adequados)

• União óptica (com os conectores adequados)

Configuramos a fonte óptica para injectar luz no comprimento de onda que

pretendemos medir. A fonte de luz deverá estar devidamente calibrada. O

medidor deverá ser programado para ler o nível de potência óptica no

mesmo comprimento de onda seleccionado na fonte de luz.

Ligamos um patchcord a cada um dos equipamentos. Os patchcords devem

ser do mesmo tipo de fibra e ter o mesmo tipo de conectores que a fibra

óptica que vamos ensaiar. Interligamos os 2 patchcords através de uma

união óptica. O conjunto medidor mais fonte devem, se possível, estabilizar

electronicamente durante alguns minutos (pelo menos 10 a 15 minutos).

Os patchcords e a união óptica utilizados nas medições devem estar limpos,

para evitar erros nos ensaios efectuados.

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Fazemos a leitura do nível de potência P0, no medidor de potência óptica

(em dBm).

Figura 9 – Medição do nível de potência óptica P0

Retiramos a união óptica e ligamos os patchcords em cada uma das

extremidades da fibra óptica a ensaiar.

Efectuamos a leitura do nível de potência P1, no medidor de potência óptica

(em dBm).

Calculamos a diferença entre P0 e P1, obtendo assim o valor da atenuação.

Figura 10 – Medição do nível de potência óptica P1

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando 2

equipamentos multifunções (OLTS - Optical Loss Test Set)

Os equipamentos multifunções ou OLTS combinam fonte de luz e medidor de

potência óptica no mesmo equipamento. As medições feitas por este

equipamentos são as mais fiáveis e precisas no que diz respeito à medição

da atenuação de uma fibra óptica. Os testes são feitos nos 2 sentidos da fibra

óptica, sendo colocado um equipamento deste tipo em cada uma das

extremidades da fibra óptica.

Os ensaios são feitos de forma automática, não sendo necessário os técnicos

possuírem grandes conhecimentos técnicos.

Figura 11 – Medição da atenuação com 2 equipamentos multifunções

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O sinal ao atravessar os splitter’s provoca atenuações diferentes em cada um

dos sentidos da fibra óptica. Diferenças nos diâmetros do núcleo da fibra

óptica, produzem atenuações diferentes, conforme o sentido do sinal na fibra

óptica.

Há vantagens claras na execução do ensaios de atenuação nos dois sentidos

da fibra óptica, pelo que recomendamos a execução dos ensaios feitos por 2

OLTS.

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando

um OTDR, num só sentido

O ensaio feito por medição directa com um OTDR não permite ensaiar os

conectores do início nem do fim da fibra óptica.

Figura 12 – Medição directa

Para evitar este problema é colocado no início e no fim da fibra óptica a

ensaiar uma bobine de carga.

Figura 13 – Medição com bobines de carga

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O comprimento da bobine de carga é de 300 a 500 metros para fibras ópticas

multimodo e de 1.000 a 2.000 metros para fibras monomodo.

É importante que a fibra óptica utilizada na bobine de carga seja igual à que

está a ser ensaiada. Se tal não for possível, devemos pelo menos garantir

que as duas fibras ópticas possuem o mesmo índice de refracção (n) e o

mesmo tamanho do núcleo.

A medição feita usando as bobines de carga possui as seguintes vantagens:

• Permite fazer uma medição correcta da atenuação dos conectores do

início e do final da fibra óptica;

• Desloca a zona cega, por forma a ficar visível no trace, toda a fibra

óptica que se pretende ensaiar;

• As medições são mais precisas;

• Permite aos técnicos controlar o nível de injecção (injection level) do

OTDR;

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando

OTDR, nos 2 sentidos (medição bidireccional)

O problema das falsas medidas das junções de fusão com ganho, pode ser

resolvido se for feita uma medição bidireccional da fibra óptica com um

OTDR.

O ensaio tem início colocando o OTDR numa das pontas da fibra óptica.

Depois o OTDR é colocado na outra ponta da fibra óptica, sendo repetido o

ensaio à fibra óptica, agora na direcção oposta.

O ensaio pode ser feito com o mesmo OTDR ou com 2 OTDR’s. Através de

software são comparados os traces dos 2 ensaios.

A caracterização da fibra óptica feita através da medição bidireccional é mais

precisa do que a efectuada num só sentido da fibra.

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando

OTDR, com um loopback

Na medição com loopback, é necessário apenas um OTDR mas são precisos 2

técnicos para fazerem o ensaio. O ensaio é feito de forma bidireccional,

sendo ensaiadas duas fibras ópticas em simultâneo.

Figura 14 – Medição com loopback

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Medição da atenuação de todo o traçado de fibra óptica, utilizando 2

OTDR’s em modo automático (medição bidireccional)

As vantagens da utilização desta medição são as seguintes:

• Permite fazer teste de continuidade às fibras ópticas;

• Previne erros de configuração dos OTDR’s;

• A informação é enviada do equipamento remoto para o principal ou

vice-versa;

• Guarda os resultados num ou nos dois aparelhos;

Figura 15 – Medição bidireccional automática usando 2 OTDR’s

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Reflectância

A reflectância é a potência reflectida de um elemento em concreto, em

relação à potência incidente nesse elemento. É expressa em dB. É definida

como:

Reflectância = P reflectida (Pr) / P incidente (Pi)

Figura 16 – Reflectância

Quando medimos eventos reflectivos, a luz reflectiva é chamada de

reflectância. A reflectância refere-se a um único evento, por definição o valor

é sempre negativo.

É necessário um OTDR para fazer o ensaio da reflectância.

Os valores medidos são sempre negativos. Quanto mais negativos forem

melhor (-55 dB é melhor do que -40 dB).

Uma reflectância maior aparece com pico mais alto no trace do OTDR.

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O tipo de conector utilizado interfere no valor da reflectância, os melhores

conectores são os APC.

Tipo de conector Reflexão típica (dB)

PC (multimodo) -20 dB

UPC (monomodo) -50 até -55

APC (monomodo) -65 até -70

Tabela 3 – Reflexão típica dos conectores

Figura 17 – Conector UPC e APC

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Perda de retorno (ORL – Optical return loss)

A perda de retorno é a relação entre a potência incidente em toda a ligação e

a potência reflectida de toda a ligação.

ORL= P incidente (Pi) / P reflectida (Pr)

ITU-T G983.3 e G984.2 indica um valor mínimo de ORL de 32 dB, para os

sistemas FTTH.

ITU Rec. Min. ORL (dB) para o link

G.983.3 32

G.984.2 32

Tabela 4 – Valores mínimos de ORL

Medição da perda de retorno utilizando um OTDR

É enviado um pulso de luz, sendo que o OTDR mede o sinal de retorno. O

ORL é sempre positivo, e quanto mais positivo melhor, ou seja, quanto maior

o valor menor é a reflexão.

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Medição da perda de retorno utilizando um OLTS

À semelhança do que é feito na medição da atenuação, ligamos os 2

equipamentos OLTS costas com costas, com os respectivos patchcords

utilizados nos ensaios e através, através de uma união óptica.

Depois calibramos cada um dos equipamentos para o ORL mínimo que cada

um é capaz de ler.

Por ultimo ligamos cada os OLTS em cada um das extremidades da fibra

óptica a ensaiar.

A medição do ORL utilizando 2 equipamentos multifunções (OLTS), através

do método bidireccional é aquela em que se obtém os resultados mais

precisos.

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Fantasmas

São resultado de fortes eventos reflectidos. O fantasma pode ser identificado

porque não provoca atenuação. A distancia do fantasma é múltipla da

distancia em que ocorre o forte evento reflectido.

Figura 18 – Fantasma

O fantasma pode aparecer em cima do ruído ou no próprio trace. Se o

fantasma aparece perto do fim de fibra, deverá ser utilizado uma “mandrel

wrap” para o eliminar.

Figura 19 – Fantasmas

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Continuidade

Pretende com este ensaio determinar se a fibra óptica está inteira ou partida

entre dois pontos.

Medição da continuidade da fibra óptica utilizando um par de OLTS

A medição da continuidade da fibra óptica é um ensaio muito simples de se

realizar. Como vimos anteriormente, basta ligar as extremidades da fibra

óptica uma fonte de luz e a um medidor de potência óptica, ou a um par de

OLTS.

Se for detectada potência óptica no receptor, significa que a fibra está

inteira, se não a fibra óptica está partida.

Medição da continuidade da fibra óptica utilizando um OTDR

Para se verificar a continuidade da fibra numa só direcção é necessário

determinar com o OTDR o comprimento da fibra óptica. Acontece que o

comprimento das fibras ópticas dentro do mesmo cabo, não é todo igual,

devido à forma do enrolamento dos tubos, há sempre diferenças de alguns

metros.

É muito difícil distinguir entre uma fibra mais curta, ou uma partida perto do

seu final.

Para não termos de fazer o teste bidireccional, poderemos testar a

continuidade da fibra óptica, colocando o OTDR no modo real-time e observar

o trace. Se o comprimento da fibra for claramente inferior, então a fibra está

partida.

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Se o comprimento for aproximadamente o previsto então deverá fazer-se o

seguinte:

• Se o evento de reflexão de fim de fibra não for visível, o técnico

deverá cortar a fibra com cortador de fibra. O evento de reflexão do

fim de fibra, deverá ficar visível, caso contrário, o técnico não está a

segurar o fim se fibra, a fibra está partida um pouco antes;

• Se o evento de fim de fibra é visível, aparecendo um pico largo, o

técnico deverá enrolar a fibra numa “mandrel wrap”. Ao fazer isso o

pico é atenuado, se isso não acontecer, o técnico não está a segurar o

fim se fibra, a fibra está partida antes;

Page 28: Ensaios FO

Localizar o corte de fibra óptica

O OTDR é um equipamento excelente para localizar o corte de uma fibra

óptica. Para melhores resultados, o técnico deverá ter consigo o cadastro da

rede.

Quando acontecem cortes de cabo de fibra óptica, o mais comum é ser uma

maquina que ao escavar danifica o cabo. Nesse caso não é necessária grande

precisão, porque rapidamente se localiza o corte de cabo, procurando perto

do local das obras.

No caso do cabo ter sido ferido devido à acção de um roedor, ou por alguém

que disparou tiros sobre os cabos, é necessária uma localização precisa.

Quando o cabo é danificado, o corte pode provocar eventos reflectidos ou

não reflectivos.

É mais fácil fazer uma localização mais precisa através de um evento

reflectido, do que um não reflectido.

Por isso quando há muitas fibras cortadas, devemos ir ligando o OTDR nas

fibras ópticas, até encontrarmos uma, onde apareça um evento reflectido.

No caso de aparecer um evento não reflectido, o melhor é deixar o software

do OTDR fazer a localização automaticamente. Como alternativa podemos

colocar o OTDR em cada uma das extremidades da fibra, para desta forma

fazermos melhor a localização do corte.

É importante que o cadastro estejam registadas todas as folgas de cabo,

caso contrário, a localização do OTDR por muito precisa que seja, não

resultará em nada.

Page 29: Ensaios FO

Não esquecer que o cabo de fibra óptica aéreo tem sempre uma flecha, pelo

que o comprimento do cabo de fibra óptica é sempre maior do que a

distancia directa.

Por ultimo, devido ao enrolamento das fibras ópticas dentro do cabo, o

comprimento da fibra óptica é sempre maior do que a distancia directa.

Page 30: Ensaios FO

Ensaio sem perturbação do serviço FTTH

Utilizando um OTDR, no comprimento de onda dos 1625 nm.

No caso da redes PON, se existirem saídas livres do splitter, colocando o

OTDR na extremidade, utilizando o comprimento de onda dos 1625 nm,

podemos ensaiar a fibra óptica, sem perturbar os comprimentos de onda dos

1310, 1490 e 1550 nm.

Figura 20 – Teste sem perturbação do serviço

Page 31: Ensaios FO

Anexo 1

Ensaios nas redes GPON da Portugal Telecom

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Medição da atenuação

As medições da atenuação, na tecnologia GPON da Portugal Telecom, devem

ser feitas em todas as fibras ópticas, nos seguintes comprimentos de onda:

• Voz e dados 1490 nm;

• Vídeo 1550 nm;

• Retorno (subida) 1310 nm;

Figura 1 – Rede GPON da Portugal Telecom

A realização do ensaio de atenuação é feita no sentido:

• C.O. � Armário de rua (SRO)

• Armário de rua (SRO) � PDO

• C.O. � PDO (Ligando o splitter 1:32 do SRO para chegar a todos os

PDO´s)

Page 33: Ensaios FO

Atenuação nó de ligação (dB) = Pot. receptor(dBm) - Pot. emissor(dBm)

A(dB) = (L x AT) + (NE x AE) + (NC x AC) + (AS)

A = Atenuação teórica máxima

AT = Atenuação cabo por Km

L = Comprimento do cabo

NE = Número junções

AE = Atenuação média junção

NC = Número de dispositivos de ligação

AC = Atenuação dispositivo de ligação

AS = Atenuação spliters

As atenuações dos equipamentos passivos da rede FTTH da Portugal Telecom

são os seguintes:

Equipamento Atenuação máxima (dB)

Splitter 1:32 16,7

Splitter 1:8 10,4

Splitter 1:4 7

Splitter 1:2 3,5

Conector SC / APC 0,5

Fusão 0,13

Tabela 1 – Atenuação dos equipamentos passivos FTTH da Portugal

Telecom

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Arquitectura A

Medir todas as fibras que terminam no dispositivo de ligação desde o C.O.

(fonte) até ao armário (receptor). Anotar o valor da atenuação em dB a

1310, 1490 e 1550 nm.

Figura 2 - Medição da atenuação (arquitectura A)

Medir todas as fibras que terminam no dispositivo de ligação desde o armário

(fonte) até ao PDO (receptor). Anotar o valor da atenuação em dB a 1310,

1490 e 1550 nm. Pela analise das tabelas de apresentação das

medições, este ensaio já não é necessário.

Figura 3 - Medição da atenuação (arquitectura A)

Page 35: Ensaios FO

Medir todas as fibras que terminam no dispositivo de ligação desde o C.O.

(fonte) até ao PDO (receptor). Anotar o valor da atenuação em dB a 1310,

1490 e 1550 nm. Utilizar o splitter 1:32 do SRO para poder medir todas as

fibras.

Figura 4 - Medição da atenuação (arquitectura A)

Ensaiar o splitter no SRO, no sentido de verificar a atenuação em cada

comprimento de onda: 1310, 1490 e 1550 nm.

Page 36: Ensaios FO

Arquitectura B

Medir todas as fibras que terminam no dispositivo de ligação desde o C.O.

(fonte) até ao PDO (receptor). Anotar o valor da atenuação em dB a 1310,

1490 e 1550 nm.

Figura 5 - Medição da atenuação (arquitectura B)

Page 37: Ensaios FO

Arquitectura C

Medir todas as fibras que terminam no dispositivo de ligação desde o C.O.

(fonte) até ao PDO (receptor). Anotar o valor da atenuação em dB a 1310,

1490 e 1550 nm.

Figura 6 - Medição da atenuação (arquitectura C)

Page 38: Ensaios FO

A gama dinâmica dos equipamentos de medida a utilizar nas medições, da

atenuação deverá ser maior que 10db da atenuação a medir. Os

equipamentos devem estar calibrados antes da medição. A limpeza dos

dispositivos de ligação é muito importante e afecta muito o resultado da

medida.

O medidor deve permitir seleccionar o comprimento de onda 1490 nm.

Recomenda-se a realização da medição da atenuação com equipamentos

multifunções (OLTS), que medem a potência óptica nos dois sentidos,

simultaneamente nos três comprimentos de onda: 1310 nm, 1490 nm e

1550 nm

Page 39: Ensaios FO

Medição do ORL e da reflectância

As medições (para a PT) serão efectuadas numa só direcção, sempre a partir

do cliente para a C.O., unicamente sobre uma fibra óptica de cada PDO.

Arquitectura A

OTDR em 1310 e 1550 nm. Medir as perdas de retorno (ORL) e a reflectância

dos elementos.

Figura 7 – Medição com o OTDR (arquitectura A)

Page 40: Ensaios FO

OTDR em 1310 e 1550 nm (unicamente sobre uma fibra óptica de cada

PDO). Medir as perdas de retorno (ORL) e a reflectância dos elementos.

Figura 8 – Medição com OTDR (arquitectura A)

Pela analise das tabelas de apresentação das medições, este ensaio

já não é necessário, sendo substituído por um mais alargado, que vai

do PDO até ao CO.

Page 41: Ensaios FO

Arquitectura B

OTDR em 1310 e 1550 nm (unicamente sobre uma fibra óptica de cada

PDO). Medir as perdas de retorno (ORL) e a reflectância dos elementos.

Figura 9 – Medição com OTDR (arquitectura B)

Page 42: Ensaios FO

Arquitectura C

OTDR em 1310 e 1550 nm (unicamente sobre uma fibra óptica de cada

PDO). Medir as perdas de retorno (ORL) e a reflectância dos elementos.

Figura 10 – Medição com o OTDR (arquitectura C)

Page 43: Ensaios FO

O OTDR a utilizar nos ensaios da reflectância deverá:

• Permitir a execução de medidas automáticas e manuais;

• Ser capaz de recolher dados depois de um episódio de elevada perda e

não considerar esse episódio como fim de fibra;

• Laser classe 1: (1625 nm ± 20 nm) ou 1650 nm ± 20 nm (O

equipamento pode dispor no mesmo módulo 1310 nm/1550 nm) ;

• Larguras de pulsação desde ≤5 ns e até ≥10 µs.

• Gama dinâmica ≥ 30 dB sendo recomendável ≥ 37 dB em 1625 nm ou

1650 nm.

• Zona cega de episódios melhor ou igual a 0,8 m e zona cega de

atenuação melhor ou igual a 5 m.

• Armazenamento com formato compatível com Bellcore/Telcordia

versão 1.1 e versão 2.0

A configuração do equipamento será manual com uma largura de pulsação

de ≤≤≤≤ 1 µµµµs, e a média suficiente para visualizar o flanco de subida da reflexão

final da fibra, onde será medida a distância de origem D(m) mediante um

cursor.

O índice de refracção que deve ser utilizado é o habitual n=1,465.

É necessário entregar a linha de medida em formato Bellcore (*.sor).

Page 44: Ensaios FO

Figura 11 – Trace de um OTDR

A figura mostra um exemplo de um trace obtido por um OTDR numa das

fibras ópticas de saída de um divisor 1x16 de uma PDO a 1625 nm.

O nível de injecção (injection level) do equipamento é muito baixo, dado que

o divisor óptico de 1X16 está no início da fibra óptica a medir (zona cega).

É possível medir a perda do divisor óptico 1X4 (episódio 2). A distância em

metros do episódio 3 (final da fibra) é o valor da distância da PDO à CO.

Page 45: Ensaios FO

Figura 12 – OTDR 1310nm/1550 nm/1625nm

Se o OTDR não tiver filtro, é necessário utilizar um externo que recuse o

comprimento de onda dos 1550 nm, para que o equipamento possa fazer a

medição do sinal que provem da OLT nos 1490 nm.

Figura 13 – Filtro externo

Filtro óptico embutido num adaptador (dispositivo de ligação SC/APC) que

permite a passagem da 4ª janela (1625/1650 nm) e não permite a

comprimentos iguais e/ou menores que 1550 nm (1310 nm/1490 nm/1550

nm).

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Características do filtro:

• Perdas de inserção em 1625 nm ≤ 2,3 dB.

• Perdas de retorno em 1625 nm ≥ 40 dB.

• Isolamento nos comprimentos de onda de 1310 nm e 1550 nm ≥ 15

dB.

• Recomendável que o filtro esteja embutido no adaptador ou dispositivo

de ligação SC/APC, para ligar a cordões de fibra óptica monomodo

terminados em dispositivos de ligação SC/APC.

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Quadro resumo das medições

Medida Medida da atenuação a 1310,

1490 e 1550 nm (dBm)

Medida de reflectrometria a 1310 e 1550 nm.

Perdas de retorno (ORL) e reflectância.

Equipamento Fonte e medidor de potência para

redes PON OTDR para redes PON + Filtro de 1625 nm

Quantidade Todas as fibras ópticas Uma fibra por PDO

A

CO � SRO

SRO � PDO

CO � PDO

SRO � CO

PDO � SRO

B CO � PDO PDO � CO

Arquitectura

C CO � PDO PDO � CO

Observações

Fonte é colocada no CO e o medidor

no PDO.

No caso do ensaio SRO � PDO, a

fonte fica no SRO e o medidor no

PDO.

Numa só direcção. O OTDR é colocado no PDO.

No caso do ensaio SRO � CO, o OTDR é colocado no SRO.

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