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Page 1: Entrevista A-Ha

A-Ha toca hoje no GigantinhoUm dos maiores nomes da música

pop dos anos 80 está de volta aospalcos mundiais. Após sete anos dereclusão, o já quarentão gruponorueguês A-Ha retomou suacarreira em 2000 e apresenta-se hojeem Porto Alegre, às 21h, noGigantinho.

Ídolos de nove entre 10adolescentes oitentistas, MagneFuruholmen (teclados), PalWaaktaar-Savoy (guitarra) e MortenHarket (vocais) trazem novamente asbaladas pop para Porto Alegre. Oúnico show realizado na Capital foiem 1991, quando 15 mil pessoasestiveram no Gigantinho, mesmopalco de hoje. Naquele ano, os fãsvaleram ao A-Ha um lugar noGuinness Book, já que eles tocarampara 198 mil pessoas no Brasil.

A banda se apresentou em SãoPaulo nas últimas quarta e quinta-feira, no Credicard Hall, e dia 16 noATL Hall, no Rio. Cerca de 4 milpessoas estiveram no Credicard Hallpara relembrar os hits do grupo eouvir as novas composições, em umtotal de 14 músicas apresentadas. Norepertório de hoje, o público deveconferir a mesma fórmula do showpaulista: uma mistura de antigossucessos (Take on Me, Cry Wolf,Hunting High and Low e Stay onThese Roads) com canções do recém-lançado CD Lifelines, como YouWanted More e Forever not Yours.

Da França, um dia antes deembarcar para o Brasil, no início dasemana passada, o guitarristanorueguês Pal Waaktaar-Savoyconcedeu entrevista por telefone aZero Hora, na qual falou sobre operíodo longe da fama e os novostrabalhos do grupo. (CamilaSaccomori)

Pal, Morten e Magne, destaques nos anos 80, mostrarão faixas do CD “Lifelines” e sucessos como “Take on Me” e “Hunting High and Low”

Segundo CadernoZ E R O H O R A – T E R Ç A - F E I R A , 2 0 D E A G O S T O D E 2 0 0 2

PREMIADOSNA MOENDADA CANÇÃO

Páginacentral

Zero Hora – O que o trio esteve fazen-do durante o período de sete anos longedos palcos? Vocês continuaram se encon-trando e conversando?

Pal Waaktaar-Savoy – Foi um períodoprodutivo para todos. Eu comecei uma novabanda em Nova York, chamada Savoy, e jálançamos quatro álbuns. Ainda continuo, naverdade, fazendo isso. Quanto aos nossosencontros, na verdade não ocorrerammuitos. Nos ligávamos em alguns Natais, àsvezes. (Morten seguiu carreira-solo e lan-çou três CDs. Magne dedicou-se à pintura ea uma nova banda, Timbersound.)

ZH – Como é cantar com sua mulher,Lauren, nessa sua nova banda, Savoy?

Pal – É muito bom. As pessoas pensamque eu estou louco quando digo isso, mas éuma troca legal: ela me ajuda com coisas demúsica, eu a ajudo com coisas de filmes(ela é produtora de vídeo). Isso contribuimuito para o relacionamento.

ZH – O que mudou dentro do grupodepois desse afastamento?

Pal – Eu acho que cada um de nós trouxenovas coisas para a banda após as diferentesexperiências.

ZH – Por que a banda decidiu traba-lhar com tantos produtores no últimoCD, Lifelines?

Pal – Quanto mais, melhor (risos). Nóssempre trabalhamos com apenas um, masdesta vez pretendíamos testar outras pessoas.Era um problema escolher o produtor certo.Resolvemos então ver o que acontecia es-colhendo vários deles. Assim como se fazem um projeto científico, em que simples-mente se observa as diferentes reações. (Onovo álbum foi produzido por nomes consa-grados como Clive Langer e Alan Winstan-ley – os mesmos de Madness e Morrissey –,Ian Caple, Tore Johansson e Stephen Ha-gue, de New Order, Pet Shop Boys e Blur,entre outros.)

ZH – O A-Ha sempre foi consideradoum grupo para adolescentes. Esse públicomudou ou apenas envelheceu?

Pal – Ambas as coisas. A maioria dosnossos fãs tinha 15, 16 anos quando estáva-mos no auge. Eles agora estão apenas seteanos mais velhos. É engraçado encontrar to-das essas pessoas agora. Temos novos fãs naEuropa, que nos descobriram agora, mas vá-rias gerações se reúnem nos shows.

ZH – O que vocês esperam dos showsno Brasil, 11 anos após a última visita?

Pal – Todos os shows que fizemos aí fo-ram fantásticos, nós simplesmente amamos.Estamos ansiosos e queremos mostrar o quesomos agora. Já estivemos em diferentes ci-dades brasileiras e, em algumas delas, o lu-gar não era grande o bastante para tanta gen-te. Não lembro exatamente onde nem quan-do, mas uma vez não havia nem eletricidadesuficiente para ligar a minha guitarra, entãoeu simplesmente desapareci do show (risos).

O QUE: show do grupo norueguês A-Ha.Duração: 100 min.QUANDO: hoje, às 21hONDE: Gigantinho (Av. Padre Cacique,981), em Porto Alegre. Inf: 3230-4600QUANTO: R$ 30 (arquibancada e pista) eR$ 50 (cadeiras locadas). As bilheteriasabrem-se às 14h. Ingressos à venda naslojas AM/PM dos Postos Ipiranga. Ingres-sos de cadeiras pela telentrega (3228-0576) ou nas lojas Nilo Peçanha, 95 e Far-rapos, 361

Entrevista: Pal Waaktaar-Savoy

DIVULGAÇÃO/ZH