Epidemiologia e Prevenção da
Doença Cardiovascular em
Campinas ANDRÉ RICARDO RIBAS FREITAS
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DEVISA/SMS/CAMPINAS
Epidemiologia das DCVs
Transição demográfica
Transição epidemiológica
Determinantes (fatores de risco e proteção)
Impactos na saúde da população
Reflexos no Sistema de Saúde
Enfrentamento
Proporção de Menores de 5 anos na
População (CENSO 2010)
= população de menores de 5 anos/ população
geral
Índice de Envelhecimento
(CENSO 2010)
=população de maiores de 60 anos/ população de menores de 15
anos * 100
Transição epidemiológica
(mortalidade proporcional)
Fonte Barbosa da Silva e cols. In: Rouquairol & Almeida Filho: Epidemiologia & Saúde, 2003 pp.
293.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1930 1940 1950 1960 1970 1980 1985 1990 1995 2000 2003
Infecciosas e parasitárias Neoplasias Causas externas
Aparelho circulatório Outras doenças
NÃO INFORMA SOBRE O
RISCO DE MORRER
Mortalidade Proporcional por Cap CID10
(Campinas, 1996 – 2012)
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
IX. Doenças do aparelho
circulatório
II. Neoplasias (tumores)
X. Doenças do aparelho
respiratório
XX. Causas externas de
morbidade e mortalidade
XI. Doenças do aparelho
digestivo
I. Algumas doenças
infecciosas e parasitárias
IV. Doenças endócrinas
nutricionais e metabólicas
Outras causas
Fonte: SIM Municipal (CII) Elaboração: DEVISA
Mortalidade por DCNTs no Brasil entre
1996 e 2007
Fonte: The Lancet,
9 de maio de 2011
DOI:10.1016/S0140-6736(11)60135-9
OBS: Taxa padronizada por faixa etária, corrigida por subnotificação com distribuição
das causas mal definidas entre as não violentas
INFORMA SOBRE O RISCO
DE MORRER
SUPONDO QUE AS
POPULAÇÕES TIVESSEM AS
MESMA COMPOSIÇÔES
ETÁRIAS
Mortalidade precoce pelas DCNTs (óbitos por
100.000 hab entre 30 e 69 anos), Campinas
1996-2012
y = 700,34e-0,024x
y = 231,37e-0,03x
y = 134,33e-0,006x
y = 413,13e-0,02x
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
800,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Causas externas
Todas as causas
DCV
Resp Crôn
DM
Câncer
Todas DCNTs
Exponencial (Todas as
causas) Exponencial (DCV)
Exponencial (Câncer)
Fonte: SIM Municipal (CII), SIM Nacional (DATASUS) e IBGE OBS: Dados padronizados por faixa etária (Brasil-2010) e com distribuição das causas mal
definidas pelas causas não violentas. Elaboração: DEVISA
Mortalidade precoce DVC (óbitos por 100.000
hab entre 30 e 69 anos), Campinas, Estado de
São Paulo, Brasil 1996-2012
Fonte: SIM Municipal (CII), SIM Nacional (DATASUS) e IBGE OBS: Dados corrigidos pela subnotificação estimada pelo IBGE, padronizados por faixa etária (Brasil-2010) e com
distribuição das causas mal definidas pelas causas não violentas. Elaboração: DEVISA
135,0
155,0
175,0
195,0
215,0
235,0
255,0
275,0
295,0
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Mortalidade precoce por Doenças do Aparelho Circulatório
Brasil
Est São Paulo
Campinas
Mortalidade por Doença do Aparelho Circulatório entre
30 a 69 anos em Campinas por área de cobertura de
Centro de Saúde de moradia (óbitos por 100.000
habitantes, média 2009-2013)
$ 0,00
$ 1.000.000.000,00
$ 2.000.000.000,00
$ 3.000.000.000,00
$ 4.000.000.000,00
$ 5.000.000.000,00
$ 6.000.000.000,00
$ 7.000.000.000,00
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Hospitalizações Custos
Nº
de
ho
sp
ita
liza
çõ
es
C
us
tos
* 2011- Dados sujeitos à alteração
Número de hospitalizações por DCNT e valor total da AIH, Brasil, 2000 a 2011
Total de internações por ano entre
moradores de Campinas no SUS por Cap
CID-10, 1998-2012
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
I. Algumas doenças infecciosas e
parasitárias
II. Neoplasias (tumores)
V. Transtornos mentais e
comportamentais
IX. Doenças do aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho respiratório
XI. Doenças do aparelho digestivo
XIV. Doenças do aparelho geniturinário
XV. Gravidez parto e puerpério
XIX. Lesões enven e alg out conseq
causas externas
Tendência (IX Dç Ap Circulatório)
Fonte: SIH Municipal (TABNET) Elaboração: DEVISA
Principais fatores de risco para as DCNTs
(modificáveis e não modificáveis)
Fatores de Risco Não Modificáveis
Idade
Sexo
Hereditariedade
Fatores de Risco Modificáveis
Sedentarismo (↔)
Obesidade e sobrepeso (↑)
Aumento da circunferência
abdominal (↑)
Tabagismo (↓)
Dieta inadequada (↔)
HAS e DM mal controlados (↓)
Tendência:
(↑) aumento
(↓) diminuição
(↔) sem tendência clara
Medidas farmacológicas que podem
ser necessárias
Controle da hipertensão
Controle do diabete
Controle das dislipidemias
AAS (ácido acetil-salicílico) nos casos recomendados para a prevenção
primária das doenças do aparelho circulatório.
Aspirin for the Prevention of Cardiovascular Disease. Ann Intern Med.2009; 150: 396-404. U.S. Preventive
Services Task Force. Disponível em: www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf09/aspirincvd/aspcvdrs.pdf
18,8 15,9
24,0
17,4
37,3
51,8
10,1
17,2
35,1
20,0
33,5
44
10,3
20,1
42,2
29,7 27,5
47,1
0
10
20
30
40
50
60
Tabagismo Álcool abusivo Atividade física no lazer
Consumo recomendado
de frutas e hortaliças
Consumo de carne com
gordura
Excesso de peso
0 a 8 9 a 11 12 e mais
Prevalência de fatores de risco e proteção para
DCNT nas capitais do Brasil, segundo
escolaridade em anos. (Fonte: VIGITEL 2011)
14,8
20,5
25,1 27,6
Elaboração: Patricia Constante Jaime (CGAN/DAB/SAS)
Fonte: Brasil: Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009
Demais países: Dados 2010, OMS
Obesidade no Brasil e outros países
Excesso de peso: aumento populacional médio de 1,05% ao ano Obesidade: aumento populacional médio de 0,76% ao ano
47,2
38,5 42,7
11,4 11,4 11,4
52,6
44,7 49,0
15,6 16,0 16,0
masculino feminino total masculino feminino total
2006 2007 2008 2009 2010 2011
Adultos (18 ou mais anos) com excesso
de peso e obesidade, Vigitel 2006 a 2011
Elaboração: Patricia Constante Jaime (CGAN/DAB/SAS)
Fonte: Vigitel (2006-2011)
47,252,1
14,411,4
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
2022
2024
2026
2028
2030
%
27.1
64.2
Obesidade e excesso de peso em homens adultos nas 26
capitais de estados e DF Quantos anos para alcançar os EUA?
Elaboração: Carlos Monteiro (Fonte: VIGITEL para Brazil e BRFSS para EUA)
Prevalência de doenças crônicas não
transmissíveis, auto-referidas, segundo renda
familiar per capita. (ISACAMP 2008/09).
Doença crônica Renda familiar per capita (em SM) Total p
n <1 1 – 3 3 ou mais
mais
Masculino
Hipertensão 345 11,5 13,0 20,6 13,7 0,0086
Diabetes 141 5,5 3,8 3,7 4,5 0,3815
Feminino
Hipertensão 622 21,2 20,3 17,2 20,2 0,4999
Diabetes 231 6,8 7,2 4,6 6,6 0,3666
Total de entrevistados 5655
Hipertensão 967 16,8 16,6 18,9 17,1 0,5915
Diabetes 372 6,2 5,5 4,1 5,6 0,2397
Fonte: ISACAMP 2008/9.
SM=Salários Mínimos, p= probabilidade de significância.
Prevalência de obesidade + sobrepeso
segundo renda familiar per capita, idade e
sexo (ISACAMP 2008/09).
Variável Renda familiar per capita (em
SM)
RP ajustada
por sexo e/ou
idade <1 1 – 3 3 ou
mais
p
Sexo
Masculino 41,0 45,5 55,8 0,0136 1,06 (0,99-1,13)
Feminino 46,8 44,5 39,8 0,4277 0,92 (0,84-1,00)
Idade
10-19 26,1 14,6 17,7 0,0089
20-39 42,4 39,2 39,9 0,7785
40-59 59,1 59,8 57,7 0,9466
60 e + 55,9 56,8 58,6 0,7569
Total 44,2 45,0 47,6 0,6388 0,98 (0,93-1,03)
Fonte: ISACAMP 2008/9. SM=Salários Mínimos, p= probabilidade de significância, RP=Razão de Prevalência.
Prevalência de tabagismo, segundo renda
familiar per capita, idade e sexo (ISACAMP
2008/09)
Variável Renda familiar per capita (em SM) RP ajustada por
sexo e/ou
idade
<1 1 – 3 3 ou mais p
Sexo
Masculino 20,5 20,5 15,5 0,4472 0,92 (0,86-0,98)
Feminino 15,2 9,8 15,3 0,1397 0,98 (0,91-1,04)
Idade
10-19 3,0 1,1 2,8 0,2227
20-39 23,8 13,9 12,1 0,0325
40-59 24,6 24,9 24,3 0,9925
60 e + 13,8 10,8 7,9 0,0371
Total 17,6 15,3 15,4 0,6063 0,95 (0,90-1,00)
Fonte: ISACAMP 2008/9. SM=Salários Mínimos, p= probabilidade de significância, RP=Razão de Prevalência.
Vigitel
0
5
10
15
20
25
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Pre
valê
nci
a d
e f
um
ante
Ano
Célula (Censo 2000) Rake (população ano)
Prevalência de fumantes no Brasil
segundo método de ponderação
(fonte: Vigitel)
Em 1989, a prevalência de fumantes era de 34,8% (INAN, 1990)
Elaboração: Regina Tomie
Ivata Bernal (NUPENS/USP)
Prevalência de sedentarismo, segundo renda
familiar per capita, idade e sexo (ISACAMP
2008/2009).
Variável Renda familiar per capita (em SM) RP ajustada por sexo
e/ou idade <1 1 – 3 3 ou mais p
Sexo
Masculino 49,8 57,9 41,0 0,0187 0,69 (0,51-0,93)
Feminino 70,4 73,9 56,1 0,0008 0,75 (0,64-0,87)
Idade
10-19 29,9 33,7 27,0 0,4616
20-39 67,0 70,9 45,4 0,0009
40-59 75,0 71,7 55,1 0,0323
60 e + 77,8 65,7 53,0 0,0000
Total 61,0 65,7 48,7 0,0006 0,72 (0,62-0,85)
Fonte: ISACAMP 2008/9. SM=Salários Mínimos, p= probabilidade de significância, RP=Razão de Prevalência.
Bibliografia recomendada
1. Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Cadernos
de Atenção Básicanº 14. Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília,
2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad14.pdf
2. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Cadernos
de Atenção Básica, nº 36. Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília,
2013. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf
3. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial
sistêmica. Cadernos de Atenção Básica, nº 37. Ministério da Saúde, Departamento de
Atenção Básica. Brasília, 2013.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_37.pdf
4. Aspirin for the Prevention of Cardiovascular Disease. Ann Intern Med.2009; 150: 396-
404. U.S. Preventive Services Task Force. Disponível em:
www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf09/aspirincvd/aspcvdrs.pdf
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