Nº51 – MAI./JUN. DE 2015
MÃOS À OBRA: POR UM HCPA
CADA VEZ MELHOR
P.16 Confira as diversas obras em andamento e os seus benefícios
P.20 Veja como estamos todos contribuindo para um crescimento sustentável
CULTURA
ESPAÇO ABERTO EM DESTAQUEExposição interativa comemora 50ª edição
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REPORTAGEM ESPECIAL
Campanha estimula a economia de recursos
SUA IDEIA VALE OURO
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ÍNDICE
4 UM OLHAR SOBRE O HORIZONTE
6 PARA VOCÊ
8 PESQUISA
10 INOVAÇÃO
12 ENSINO
14 QUALIDADE E SEGURANÇA
23 SEGURANÇA NO TRABALHO
24 ASSISTÊNCIA
26 CURTAS
29 DESTAQUES
30 MEMÓRIA INSTITUCIONAL 31 MURAL DE RECADOS
ASSISTÊNCIA
Hospital de Clínicas coordena rede nacional de câncer familial
ONCOGENÉTICA EM DESTAQUE
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)Rua Ramiro Barcelos, 2.350 - CEP 90035-903 Porto Alegre/RS - www.hcpa.edu.br
ADMINISTRAÇÃO CENTRALPresidente: Amarilio Vieira de Macedo NetoVice-presidente Médica: Nadine ClausellVice-presidente Administrativa: Tanira Torelly PintoCoordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de MagalhãesCoordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos
ESPAÇO ABERTOPublicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPACoordenadora Responsável: Elisa Kopplin Ferraretto Reg. prof. 6784/ RSJornalistas: Camila Schäfer e Raquel SchneiderFotógrafo: Clóvis PratesProjeto Gráfico e Diagramação: Guilherme Mendes Pereira
EXPEDIENTE
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REPORTAGEM ESPECIAL
Confira os trabalhos que estão em andamento no hospital e seus benefícios futuros
ESTAMOS EM OBRAS
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As metodologias atuais utilizadas para as definições es-
tratégicas das organizações preveem, obrigatoriamente,
revisões sistemáticas. Isto decorre, fundamentalmente, da
dinamicidade do cenário empresarial. Mudanças econô-
micas, políticas, sociais, tecnológicas, entre outras, devem
ser permanentemente monitoradas e analisadas no senti-
do de embasar redefinições estratégicas.
A partir deste contexto, o Hospital de Clínicas revisou
e renovou seu Planejamento Estratégico, atualizando Mis-
são, Visão e Valores, além de aprovar um novo Mapa Estra-
tégico. A intenção é que todos se comprometam na busca
pela concretização destes objetivos. A Missão da institui-
ção, sua razão de ser, permanece, mas passou a incorporar
um conceito que, até então, estava presente na Visão: “Ser
um referencial púbico em saúde, prestando assistência de
excelência, gerando conhecimento, formando e agregan-
do pessoas de alta qualificação”. Já a atualização da Visão
representa o norte da instituição, o que se deseja alcançar:
“transformar a realidade com inovação em saúde”.
Uma novidade está na inclusão da “transparên-
cia” entre os valores fundamentais, em uma ação que
se alinha às políticas de acesso à informação. A palavra
soma-se aos valores de respeito à pessoa, competência
técnica, trabalho em equipe, comprometimento institu-
cional, austeridade e responsabilidade social.
O mapa foi elaborado considerando a análise do
cenário em que a instituição está inserida, suas forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças, e deve servir como
ponto de partida para desdobramentos no planejamento
das áreas, alinhados às diretrizes institucionais.
PERSPECTIVASSeguindo a metodologia do Balanced Scored Card (BSC),
o Mapa Estratégico é dividido em quatro perspectivas:
Inovação e Crescimento, Processos Internos, Sustentabi-
UM OLHAR SOBRE O HORIZONTE
RENOVAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TRAÇA CAMINHOS PARA O FUTURO
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lidade e Clientes. Essa construção tem o objetivo de ga-
rantir que a instituição seja avaliada de forma abrangen-
te, considerando todas as dimensões necessárias para
que o planejamento a longo prazo seja possível.
Perseguir e atingir metas é mais do que um obje-
tivo gerencial: é através deste processo de definição e
busca de objetivos cada vez mais desafiadores que se
mantém a melhoria contínua, garantindo que o hos-
pital se aprimore e que se mantenha como referência
– afinal, essa é a missão! Vale lembrar que definir os
objetivos e metas de um período é apenas o come-
ço do processo. Agora inicia-se todo o trabalho de
acompanhamento de desempenho, de entendimento
e correção das possíveis falhas, bem como padroniza-
ção das ações que já deram certo. Dessa forma, com
a contribuição de todos, alinhados em uma mesma
direção, o Clínicas conseguirá transformar a realidade
com inovação em saúde.
RENOVAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TRAÇA CAMINHOS PARA O FUTURO
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Cada vez mais, a comunicação é vista nas empresas
como um assunto estratégico e no HCPA não é diferen-
te. Para qualificar essa área, o hospital tem implantado
novas formas e canais de comunicação e medido como
as informações chegam até os funcionários.
A comunicação dos benefícios e das ações de
gestão de pessoas, a partir de agora, também será di-
ferenciada, para facilitar o entendimento e a visuali-
zação de cada programa oferecido. Para Evoluir, para
Valorizar e para Qualificar serão as três linhas utili-
zadas. Cada uma delas tem um selo específico, que
será anexado nos materiais de comunicação, para
que o funcionário identifique o assunto de que se
trata. O Para Evoluir vai marcar materiais que abor-
dam a trajetória do colaborador dentro do HCPA; o
Para Valorizar será utilizado para falar de benefícios;
e o Para Qualificar terá foco na qualificação de pro-
fissionais e estudantes.
PARA VOCÊ
AÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS SERÃO INFORMADAS ATRAVÉS DE TRÊS LINHAS DIFERENTES
UM NOVO JEITO DE SE COMUNICAR COM OS COLABORADORES
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AÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS SERÃO INFORMADAS ATRAVÉS DE TRÊS LINHAS DIFERENTES
UM NOVO JEITO DE SE COMUNICAR COM OS COLABORADORES
NOVO INDICADOR
Para saber se as informações divulgadas são lembra-
das, o HCPA passou a medir seu grau de retenção. Este
indicador, que compõe o Planejamento Estratégico, ajuda a
medir a eficácia da comunicação sobre temas estratégicos,
benefícios e valorização das pessoas. A meta é chegar a
75% de retenção dessas informações.
O levantamento do primeiro bimestre teve 1.020 res-
postas e mostrou que 77,56% dos funcionários retiveram
as informações divulgadas, como dicas de prevenção no
Carnaval e novidades da Gerência de Risco. No bimestre se-
guinte, aumentou tanto o número de respondentes (1.119)
quanto o resultado, que chegou a 90,04% de retenção
de temas como a campanha Sua Ideia Vale Ouro, esclare-
cimentos sobre a Remuneração Variável e migração para o
domínio hcpa.edu. Nas duas ocasiões, a comunidade apon-
tou que os canais mais utilizados para obter informações
são a intranet e o e-mail.
| 8 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
A história das pesquisas científicas está recheada de
descobertas feitas por acaso. O medicamento Viagra
é um exemplo. Testado inicialmente como opção para
tratar a angina, o fármaco acabou se mostrando eficaz
no tratamento de disfunção erétil.
No HCPA, uma descoberta que vem chamando
a atenção é a utilização do peptídeo GRP para o trata-
mento de alguns sintomas do autismo. Em curso há dez
anos, a pesquisa do professor Gilberto Schwartsmann,
chefe do Serviço de Oncologia, e de Rafael Roesler,
responsável pelo Laboratório de Pesquisas em Câncer,
inicialmente trabalhava com um inibidor do GRP em
câncer. Porém, na observação de roedores, os pesquisa-
dores perceberam mudanças no comportamento social
desses animais. “Eles passaram a agir de forma muito se-
melhante aos autistas. Então surgiu a ideia de fazermos
o contrário: estimular o efeito do peptídeo, verificando
as doses, para possivelmente beneficiar pacientes com
sintomas de isolamento social”, explica Schwartsmann.
A partir daí, a equipe da Unidade de Neuropedia-
tria, que tem o professor Rudimar Riesgo como chefe,
entrou em cena. Nos últimos três anos, eles aplicaram o
PESQUISA
DESCOBERTA DE PESQUISADORES DO HCPA PODE AJUDAR A AMENIZAR ALGUNS SINTOMAS DA DOENÇA
ESPERANÇA NO TRATAMENTO DO AUTISMO
| 9 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
GRP em 23 pacientes com autismo de graus mo-
derado e grave. Na primeira fase, foram analisa-
das três crianças; na segunda e na terceira, foram
dez pacientes em cada. Eles receberam a proteína
GRP em doses injetáveis durante quatro dias e o efeito
da substância prolongou-se por até duas semanas. Nesse
período, os pesquisadores verificaram grande melhora na
interação social, na comunicação, na irritabilidade e na
hiperatividade da maioria das crianças. “Um dos pacien-
tes tinha compulsão por banho. Ele chegava a tomar sete
banhos por dia. Depois de utilizar a substância, ele parou
com a compulsão”, conta o professor Riesgo.
Já patenteada, a pesquisa agora segue para a indús-
tria farmacêutica, que deverá realizar estudos mais robustos
e, possivelmente, produzir um medicamento de administra-
ção mais fácil. Os pesquisadores estimam que o remédio de-
verá chegar às prateleiras das farmácias daqui cinco ou dez
anos. “É importante lembrar que não se trata da cura para o
autismo, pois o transtorno não tem cura. Trata-se de ameni-
zar alguns dos sintomas do autista. Já é um grande avanço,
visto que hoje só temos dois medicamentos disponíveis no
mercado para tratar sintomas, a risperidona e o aripiprazol,
atenuantes da irritabilidade”, diz Riesgo.
É importante lembrar que não se trata da cura para o autismo, pois o transtorno
não tem cura. Trata-se de amenizar alguns
dos sintomasRudimar Riesgo – chefe da Unidade de Neuropediatria
| 10 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
Em dezembro de 2014, o Clínicas realizou um procedi-
mento inovador: o transplante hepático para tratamento
da Doença da Urina do Xarope do Bordo (DXB), também
conhecida como leucinose, uma desordem genética rara.
Este é o primeiro caso da doença tratado com sucesso
por meio de transplante hepático na região Sul do Brasil.
O paciente, que tinha um ano e nove meses na
época, teve a DXB diagnosticada ainda no primeiro mês
de vida. Caracterizada pelo acúmulo de alguns aminoá-
cidos, a doença afeta principalmente o sistema nervoso
central. No Brasil, não há dados na literatura sobre a
prevalência da leucinose mas, no mundo, estima-se um
caso em cada 185 mil nascidos.
As manifestações clínicas são variadas, tendo
como sintomas mais comuns letargia, odor adocicado
na urina ou no cerúmen (cera do ouvido) - lembrando
o cheiro do xarope de bordo, planta usada na culinária
-, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e/ou cri-
ses metabólicas agudas. O paciente também pode ter
convulsões, entrar em coma ou até mesmo ir a óbito.
Geralmente, o tratamento é feito por meio de die-
ta e uso de fórmula durante toda a vida. Outra opção
terapêutica é o transplante hepático, que é curativo.
Porém, devido aos riscos associados, ele costuma ser in-
dicado nos casos onde o controle da doença, por meio
de dieta e uso de fórmula, não está sendo eficaz. Se o
INOVAÇÃO
PACIENTE COM DOENÇA GENÉTICA RARA RECEBE PARTE DO FÍGADO DO PAI
CLÍNICAS REALIZA PROCEDIMENTO INÉDITO NO SUL DO PAÍS
Mesmo quando estava em coma, com apenas 15 dias, o bebê demonstrou que queria viver, agarrando o dedo da mãe
| 11 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
CLÍNICAS REALIZA PROCEDIMENTO INÉDITO NO SUL DO PAÍS
transplante dá certo, o paciente pode ter alimentação
normal, pois o fígado transplantado é capaz de produzir
a enzima que naturalmente falta no paciente com DXB.
O bebê transplantado em dezembro recebeu parte do
fígado de seu pai e passa bem.
O ambulatório de Tratamento de Distúrbios Meta-
bólicos do Serviço de Genética Médica do HCPA, coor-
denado pela professora Ida Vanessa D. Schwartz, atende
regularmente dez pacientes com DXB, ou seja, todos os
casos conhecidos do Rio Grande do Sul. A maioria dos
pacientes não foi diagnosticada pelo Teste do Pezinho (o
Programa Nacional de Triagem Neonatal, do SUS, não
inclui a DXB entre as doenças pesquisadas), e sim depois
de ter apresentado manifestação clínica da doença. Des-
sa forma, a maioria das pessoas com leucinose apresen-
ta alguma sequela. O bebê já citado é o único paciente
com DXB do RS que foi transplantado. Os demais são
tratados com fórmula metabólica e dieta. O resultado
positivo foi uma ação conjunta entre os serviços de Ge-
nética Médica, Hepatopediatria e Cirurgia Pediátrica e o
Programa de Transplante Hepático Infantil do HCPA, co-
ordenado pela professora Sandra Maria G. Vieira, com o
apoio da Rede DXB (www.redexaropedobordo.com.br).
VONTADE DE VIVER
Quem vê o menino, agora com dois anos, atiran-
do beijos, em uma sala do Hospital-dia, não imagina os
momentos difíceis pelos quais passou. Com apenas 15
dias, teve que enfrentar um coma e uma parada cardí-
aca e perdeu muito peso, chegando a 900g. Mas, com
apenas 15 dias, ele também decidiu que queria viver.
Depois de passar por uma UTI Neonatal em Alegrete, o
bebê foi encaminhado ao Serviço de Genética Médica
do Clínicas, que descobriu a leucinose. “A partir daí,
tivemos que adotar a dieta especial, só que uma lata de
leite, que durava uma semana, custa R$ 1,5 mil. Sem
condições de bancar esse custo, entramos na Justiça e
conseguimos que o governo nos ajudasse”, explica a
mãe do paciente.
Moradores de Santiago, os pais precisavam per-
correr, com frequência, cerca de 450km até Porto Ale-
gre para as consultas do filho. Antes do transplante, a
criança falava muito pouco, quase não se movia e mal
conseguia agarrar as coisas com as mãos. “Até os dois
anos, ele não sabia o que era uma festa de aniversário.
Eu não podia deixar ele ter contato com pessoas doentes
e a alimentação era muito restrita”, conta a mãe.
Depois do transplante, os movimentos do me-
nino melhoraram e ele já consegue pegar os talheres
para comer sozinho. E, pela primeira vez, o pequeno
teve uma festa de aniversário, quando comemorou
seus dois anos.
Todas as fotos e entrevistas desta reportagem fo-ram devidamente autorizadas pelos responsáveis legais da criança.
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AS BOAS-VINDAS DOS ACOLHIMENTOSEles iniciam uma nova etapa em suas vidas profissionais e chegam para aprender e auxiliar no cotidiano da
assistência do Hospital de Clínicas. O mês de março foi marcado pelas cerimônias do Programa de Acolhimentos,
que recepciona os alunos e fornece instruções indispensáveis às suas atividades na instituição em áreas como
controle de infecção hospitalar, privacidade e sigilo, NR 32, prontuário eletrônico e biossegurança.
Os primeiros meses do ano são característicos no HCPA, com uma série de acolhimentos, aulas inaugurais e formaturas.
Enquanto alguns estudantes finalizam seus estudos na instituição, cheios de expectativas quanto à carreira, outros
ingressam ávidos por conhecimento e com muitas expectativas. Na edição passada, o Espaço Aberto mostrou a formatura
dos médicos residentes, realizada em 10 de fevereiro. Confira agora como foram os eventos que ocorreram na sequência.
CHEGADAS E PARTIDAS
ENSINO
ENQUANTO ALGUNS ESTUDANTES E RESIDENTES SE FORMAM, OUTROS INGRESSAM NA INSTITUIÇÃO
Programas de Residência Médica e MultiprofissionalOs integrantes dos Programas de Residência Médica e Multiprofissional foram recebidos em evento realizado no dia 2 de março.
Alunos do 1º semestre da FamedO ato que marca o início da jornada acadêmica dos futuros médicos foi realizado em 11 de março, direcionado aos mais novos alunos de graduação da Faculdade de Medicina.
Acadêmicos do 4º semestre de MedicinaOs acadêmicos do quarto semestre da Famed/Ufrgs receberam em 4 de março os jalecos brancos que marcam o início do ciclo clínico do curso de Medicina.
Graduandos dos cursos da área da saúde da Ufrgs Foi realizada em 18 de março a cerimônia direcionada a acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde que realizam estágio curricular no HCPA.
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FORMATURA DA RIMS
A noite do dia 27 de fevereiro foi marcada pelo clima
de festa da 4ª Formatura da Residência Integrada
Multiprofissional em Saúde. A cerimônia contou com a
presença da diretora da Escola de Enfermagem da Ufrgs,
professora Regina Rigatto Witt, e da vice-presidente
Médica do Hospital de Clínicas, professora Nadine
Clausell. Formaram-se alunos das áreas de concentração
Adulto Crítico, Controle de Infecção Hospitalar, Saúde da
Criança, Onco-hematologia e Saúde Mental.
AULA INAUGURAL DO MESTRADO PROFISSIONAL
O titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas do Ministério da Justiça (Senad), Vitore André
Zílio Maximiano, proferiu no dia 23 de março aula
inaugural da segunda turma do Mestrado Profissional
em Prevenção e Assistência a Usuários de Álcool e
Outras Drogas. O pioneirismo do curso foi ressaltado por
Maximiano. “É uma formação única no país e se trata
de uma experiência que pretendemos levar a outros
locais. Queremos poder disseminar a outras regiões o
atendimento, tratamento e políticas com a excelência
que observamos aqui no Hospital de Clínicas”, afirmou.
Durante a apresentação, ele trouxe dados sobre a
política de drogas no Brasil, assim como sobre o contexto
internacional - em especial da União Europeia.
AULA MAGNA DA RIMSRessignificar o cuidado com o paciente: essa foi uma
das propostas feitas pelo professor da Universidade
de São Paulo (USP) José Ricardo de Carvalho Mesquita
Ayres, durante a aula magna alusiva aos cinco anos da
Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (Rims).
Utilizando como exemplo uma paciente com o nome
fictício de Dona Violeta, Ayres explicou aos presentes
que as necessidades dos pacientes são mais amplas do
que apenas evitar e tratar doenças. “Quando eu sugeri
que Dona Violeta me contasse sua história de vida, a
relação médico-paciente mudou totalmente e eu já
enxergava uma nova forma de tratar a hipertensão
dela. Enxerguei porque as outras formas não estavam
funcionando: eu estava só tratando, não estava
observando e ouvindo melhor a paciente”, contou.
Como ex-coordenador da Comissão de Residência
Multiprofissional em Saúde da USP, o professor disse
que tem uma simpatia muito grande pela Rims do
HCPA, por ser uma iniciativa da maior relevância.
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A Norma Regulamentadora 32 (NR 32) define as medi-
das de proteção à segurança dos trabalhadores da área
da saúde e se aplica não apenas a médicos, enfermeiros
ou técnicos de enfermagem, mas a qualquer profissio-
nal, inclusive administrativo e prestador de serviço, que
tenha contato com riscos biológicos de contaminação.
Além da obrigação legal, que todos têm, de
cumprir a norma, as ações reguladas pela NR 32 têm
implicações reais no cotidiano. Você já pensou que o
simples fato de não descartar uma seringa de forma
adequada pode significar que determinado colega, ao
fazer a higienização do local, por exemplo, acidental-
mente possa se ferir com o material? E se a seringa
estiver contaminada com o vírus HIV? E se for uma
colega grávida? Esta reflexão e todos os seus desdo-
bramentos possíveis ilustram como um ato que pode
parecer apenas um descuido ou distração é capaz de
gerar impactos relevantes em outras vidas.
RESPONSABILIDADE DE TODOSReduzir o risco de infecções e acidentes no local de
trabalho é responsabilidade de todos. Levantamentos
demonstram como pequenas modificações com foco
em aderir às normas apresentam resultados efetivos.
De acordo com um estudo realizado pelo Serviço de
Medicina Ocupacional do HCPA, em 2013, quando
foram introduzidos materiais com dispositivo de segu-
rança, o percentual de acidentes por descarte inade-
quado foi de 22,3%, uma queda de 55,2% em rela-
ção ao ano de 2008. Gradativamente, vem ocorrendo
uma redução das ocorrências com exposição a material
biológico: em 2012 foram 232; em 2013, 213 e, em
2014, 192. O número, contudo, ainda é considerado
elevado. Os acidentes com perfurocortantes, que apre-
sentam maior risco, seguem como os mais frequentes:
23% são relacionados a descarte inadequado. Por se-
rem completamente preveníveis, é preciso identificar
as situações de risco e intensificar os cuidados. Para
saber mais sobre as recomendações previstas, confira
o EAD sobre material biológico.
UMA SIGLA, MUITOS BENEFÍCIOS
QUALIDADE E SEGURANÇA
NR 32: PROTEÇÃO QUE GERA RESULTADOS
| 15 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
UMA SIGLA, MUITOS BENEFÍCIOS
| 16 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
CONFIRA OS TRABALHOS QUE ESTÃO EM ANDAMENTO NO HOSPITAL E SEUS BENEFÍCIOS FUTUROS
Para oferecer melhores condições de trabalho e uma
boa estrutura para pacientes e comunidade interna,
diversas obras estão sendo realizadas no hospital.
Confira algumas delas e seu andamento:
ESTAMOS EM OBRAS
REPORTAGEM ESPECIAL
| 17 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
CITIO Centro Integrado de Tecnologia da Informação
(Citi), que vai unificar as estruturas de TI do HCPA e
da Ufrgs, já está na fase das instalações. O prédio
possui seis andares e adota o conceito de “prédio
verde”, com reaproveitamento de água da chuva e
menor consumo de energia.
ÁREA DE PRODUÇÃO/COZINHANessa área, as preparações já foram retomadas e as me-
lhorias incluem também a copa e a higienização de louças.
A área de recebimento ficou maior e o setor de armazena-
mento e produção está com espaços mais otimizados. O
caminho percorrido pelo lixo, por exemplo, passará por fora
da cozinha, para que não haja contato dos resíduos com os
alimentos que estão sendo preparados ou armazenados.
BLOCO CIRÚRGICOEstão sendo realizadas diversas melhorias na Unidade do
Bloco Cirúrgico (UBC). Algumas foram concluídas e outras
seguem em andamento. As áreas que foram incluídas nas
obras são: recepção e espera para pacientes e acompanhan-
tes, área de descanso dos funcionários, área administrativa,
farmácia-satélite, sala de biópsia de congelação, vestiários
(climatização), sala de entrevista, preparo pré-cirúrgico (am-
pliação), sala de recuperação pós-anestésica, adequações na
sala do raio x digital e sala de material esterilizado e Órteses,
Próteses e Materiais (OPME).
| 18 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
REPORTAGEM ESPECIAL
CMENo Centro de Material Esterilizado (CME) foi con-
cluída a reforma dos vestiários, com o objetivo de
possibilitar mais conforto aos funcionários, bem
como implantar barreira sanitária. Também está in-
cluída na obra a construção da sala de desinfecção
química, visando à centralização do processo.
REFEITÓRIOA reforma de ampliação do refeitório vai possibilitar
o acréscimo de 76 novos lugares.
DEPÓSITO HUMAITÁForam concluídas as obras no depósito do
bairro Humaitá. São 2.568m² de área coberta
para a guarda de arquivos e bens patrimoniais.
O Samis já está enviando arquivos para o
local, que deverá abrigar também materiais do
financeiro, da pesquisa e administrativos.
O objetivo, com o depósito, é liberar espaço
na sede do HCPA.
| 19 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
REFORMA NOS AMBIENTES DE EVENTOSAtualmente, está sendo realizada a modernização do Anfi-
teatro Carlos César de Albuquerque e Auditório José Baldi.
Os ambientes passarão por reforma geral, incluindo me-
lhorias de climatização, sonorização, iluminação, forração
e mobiliário, criação de novas áreas de apoio e adaptação
a questões de acessibilidade para pessoas com deficiência
ou necessidades especiais.
AMPLIAÇÃO DO EDIFÍCIO GARAGEMAs primeiras atividades são o desmonte do depósito
denominado “iglu” e o bloqueio de 80 vagas (área
de interferência da obra). O projeto prevê 381 novas
vagas, sendo oito para pessoas com necessidades
especiais, totalizando uma área de 13.326m².
TORRE DE ELEVADORESAs obras da torre de elevadores estão na fase de
fundações. Serão quatro novos elevadores, com
dimensão de 1,6m x 3m, tamanho 60% maior do
que os atuais. Isso tornará a assistência ainda mais
ágil e segura, com redução do risco de infecções e
mais conforto e privacidade para pacientes e equi-
pes. Além disso, os novos elevadores não poluem
o ambiente, pois não utilizam óleo lubrificante, têm
baixos índices de ruído e vibração e consomem
menos energia devido ao sistema de frenagem
regenerativa, que armazena energia e a redistribui
para uso nos elevadores e na rede do HCPA.
| 20 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
REPORTAGEM ESPECIAL
SUA IDEIA VALE OURO
Para participar: faça uma foto sua ou de sua equipe de trabalho, com um recado sugerindo boas práticas, e envie para [email protected]. O material vai integrar uma galeria de fotos no Facebook do hospital.
Para crescer de forma sustentável e alcançar os resultados desejados, o Hospital de Clínicas conta com a
soma do esforço particular de cada um dos profissionais presentes na instituição. No cotidiano, é possível
adotar posturas com foco no uso racional dos recursos que podem ter grandes impactos. Pensando nisso, o
HCPA lançou no início de abril uma campanha no Facebook, internet e outros meios digitais para estimular
a economia de itens como energia elétrica, água e papel. Intitulada Sua ideia vale ouro, a campanha incentivou os
colaboradores a contribuírem com dicas para a economia de recursos, contagiando e estimulando também seus colegas.
Durante uma semana, um totem interativo permaneceu no saguão do hospital. Nele, as pessoas podiam conferir
dicas, informações e as fotos com dicas enviadas pela comunidade interna. Na semana seguinte, o totem foi levado
à Unidade Álvaro Alvim, onde os colegas puderam intensificar a participação na campanha. Somente nas duas
primeiras semanas de campanha, foram mais de 80 mensagens, com atitudes como imprimir dos dois lados do
papel, apagar as luzes das salas não utilizadas ou aproveitar a luz natural durante o dia.
CAMPANHA ESTIMULA A ECONOMIA DE RECURSOS
| 21 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
CONSUMO DO HOSPITAL
ENERGIA ELÉTRICA
Março/2014: R$ 98.442,00
Março/2015: R$ 121.917,28
PAPEL A4ÁGUA
Março/2014: 1.423.500 folhas
Março/2015: 1.434.000 folhas
Março/2014: R$ 756.241,16
Março/2015: R$ 1.096.937,78
Utilizar caneca ou garrafa no lugar
de copos descartáveis.
Solicitar manutenção quando verificado
algum vazamento de água.
Não deixar a torneira aberta
enquanto escovar os dentes.
Reduzir o consumo de papel A4,
guardanapos, lencinhos, papel higiênico
ou outros produtos de papel.
Utilizar, sempre que possível, iluminação natural.
Desligar as luzes e a tela do
computador quando estiver fora da sala.
Usar escada se tiver que subir
ou descer poucos andares.
Reduzir o uso do ar-condicionado.
Utilizar os dois lados do papel
(para impressão ou como rascunho).
Reutilizar embalagens, caixas etc.
No refeitório, evitar desperdiçar alimentos
e utilizar apenas um copo plástico.
Desligar o computador no fim do expediente.
Quando possível, ler os documentos na tela
do computador, para reduzir as impressões.
Utilizar garrafa térmica para o café
e desligar a cafeteira.
Usar o telefone de maneira consciente.
Usar sacolas retornáveis no
lugar de sacolas descartáveis.
Usar a roupa hospitalar de forma consciente.
Se possível, pensar em novas formas
de deslocamento (ônibus, a pé, de
bicicleta) ou oferecer carona.
CONFIRA AS PRINCIPAIS DICAS ENVIADAS PELOS COLABORADORES
| 22 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre / 51 / Maio - Junho / 2015
CULTURA
MEMORIAL EM DESTAQUE EXPOSIÇÃO INTERATIVA COMEMORA 50ª EDIÇÃO DA REVISTA ESPAÇO ABERTO
Em uma exposição que mesclou modernidade e história,
foi inaugurada, em 16 de março, no Memorial, a exposição
Espaço Aberto: uma história escrita por (e para) você, que
celebrou as 50 edições da publicação. Além dos originais
expostos, foi possível acompanhar uma retrospectiva e
registros no formato digital em dois totens interativos.
No dia da inauguração, Marcia Lara estava no saguão
do hospital, acompanhada de seu filho, Luis, de
9 anos. “Achei nota dez essa iniciativa de ter um
informativo que mostra o que está acontecendo no
hospital e ficou linda a exposição”, comentou ela. O
menino concorda: “eu achei muito legal”, disse.
Já a auxiliar administrativa Clarice Neves da Silva, que
trabalha na Recepção, teve a oportunidade de “se ver”
na mostra: ela é um dos rostos retratados na capa
da edição 22, que tratou dos resultados da Pesquisa
de Satisfação. Segundo ela, foi gratificante perceber,
através da exposição, que ela faz parte da história
do hospital tanto quanto a instituição integra a sua
própria vida. “Adorei me ver ali!”, exclamou, destacando
o que considera a principal vantagem da revista:
“ficamos sabendo o que acontece nas outras áreas,
mesmo que estejamos distantes do cotidiano delas”.
Para quem está acostumada a lidar com páginas
todos os dias e há mais de três décadas observa
o cotidiano do hospital, a exposição foi uma grata
surpresa. Elisabeth Espinola, conhecida por todos
como “Beth Livros”, divertiu-se ao recordar de diversos
acontecimentos que acompanhou como vendedora de
livros dentro das dependências do Clínicas. “Foi como
encontrar um álbum de fotos antigas e rever tantas
coisas bacanas que já aconteceram”, destaca.
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Por meio de levantamentos realizados pela Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), em parceria
com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina
do Trabalho (Sesmt), chegou-se à conclusão de que
aproximadamente 48% dos acidentes típicos ocorridos
no hospital poderiam ter sido evitados com a utilização
dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). O
EPI é um dispositivo utilizado pelo trabalhador para
neutralizar ou minimizar os riscos de acidentes e danos
à saúde e faz parte de um conjunto de ações que as
empresas devem promover para a proteção contra
riscos advindos do trabalho. O Sesmt anualmente
elabora o Programa de Prevenção de Risco Ambiental
(PPRA), para reconhecer os riscos ambientais existentes
e propor medidas de controle, que podem ser de ordem
administrativa, coletiva ou individual.
Quando a medida de controle mais indicada for o uso de
EPI, as empresas devem fornecê-lo, gratuitamente, aos
empregados, mas os funcionários também são obrigados
por lei a utilizá-los. Em caso de recusa injustificada, o
empregado pode ser advertido, suspenso e até mesmo
demitido por justa causa. “Além da questão legal, os
funcionários precisam estar conscientes de que o EPI
assegura sua proteção física”, reforça Cecília Lobato Cravo,
engenheira de Segurança do Trabalho do Sesmt.
Só em 2014, o investimento do HCPA nesses equipamentos
foi de quase R$ 230 mil. Para escolher os melhores
EPI’s, são pesquisados produtos com o Certificado de
Aprovação emitido pelo Ministério do Trabalho. “O conforto
do equipamento, além da eficiência, também é um fator
importante na escolha e aquisição do EPI. O Sesmt e o
Parecer Técnico trabalham fornecendo amostras aos
usuários para determinar a melhor forma de proteger os
funcionários”, explica Cecília.
Para mais informações e esclarecimento de dúvidas,
os ramais do Sesmt são 8958 e 8745.
SUA PROTEÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR
SEGURANÇA NO TRABALHO
USO DO EPI, ALÉM DE SER OBRIGAÇÃO DA EMPRESA, É TAMBÉM DEVER DO FUNCIONÁRIO
Só em 2014, o HCPA investiu quase R$ 230 mil em EPI’s
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A incidência e a mortalidade por tuberculose vêm diminuindo nos
últimos anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2013 o Brasil
diagnosticou 71.123 novos casos, com cerca de 35 a cada 100 mil
habitantes - o que significa uma redução de 20% em relação a 2003.
No entanto, a doença ainda é um sério problema da saúde pública.
O Brasil ocupa o 16º lugar entre os 22 países responsáveis por 80%
do total de casos de tuberculose no mundo. O Rio Grande do Sul está
entre os cinco estados e Porto Alegre, entre as três capitais com a
maior incidência no país.
Causada pelo bacilo de Koch, a tuberculose afeta vários órgãos do
corpo, principalmente os pulmões. É transmitida pelo ar, quando o
paciente tosse, fala ou espirra, e é curável, desde que devidamente
diagnosticada e tratada. O tratamento é fornecido gratuitamente na
rede pública de saúde. Além de desempenhar papel fundamental no
combate à doença na assistência aos pacientes, o Clínicas realiza
ações destinadas aos que trabalham cotidianamente com o problema.
O hospital conta com um Programa de Controle Ocupacional da
Tuberculose. Conforme explica o chefe do Serviço de Medicina
Ocupacional (SMO), Francisco Arsego de Oliveira, desde 2013 foram
identificados e acompanhados mais de 700 casos de funcionários com
exposição de risco a pacientes com tuberculose. “Entre as ações de
combate, temos um fluxo de comunicação entre as equipes expostas
aos riscos e o SMO, que dedica atenção especial a estes casos”, afirma.
A prova tuberculínica antes e após o contato é importante, pois permite
que a infecção seja detectada e tratada antes do surgimento da doença.
No momento, porém, em função de um problema no fornecimento por
parte dos laboratórios responsáveis, não há previsão de recebimento do
material necessário para o teste. Ainda assim, através de uma avaliação
clínica apurada e do acompanhamento de sintomas, é possível alcançar
resultados satisfatórios no controle e prevenção do problema.
Uma das principais medidas
de prevenção para os
profissionais é a máscara N
95, que deve ser utilizada nas
áreas mais propensas ao risco
e na presença de pacientes
com suspeita ou diagnóstico
confirmado. Além disso,
é preciso estar atento aos
sintomas e procurar o SMO:
o principal é a tosse por mais
de três semanas, que pode
estar acompanhada de outros
problemas, como falta de
apetite, perda de peso, cansaço,
dor no peito, febre no fim do
dia e suor noturno.
PREVENÇÃO
ASSISTÊNCIA
TUBERCULOSE EXIGE ATENÇÃO DOS PROFISSIONAIS MÁSCARA ADEQUADA E CUIDADO COM SINTOMAS AUXILIAM NO COMBATE À DOENÇA
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cirurgias redutoras de risco para cânceres específicos.
A oncogenética é uma área de atuação do Serviço de Gené-
tica Médica do HCPA desde 2006. A atividade tem interface
com múltiplos serviços clínicos e cirúrgicos. Em cinco agen-
das semanais, são atendidos pacientes pediátricos e adultos
de todo o estado do Rio Grande do Sul, encaminhados para
avaliar risco hereditário para câncer.
Desde 2014, o Hospital de Clínicas coordena a Rede Nacio-
nal de Câncer Familial, que é composta por dez centros de
referência de todo o Brasil em oncogenética, incluindo centros
assistenciais especializados com profissionais capacitados a
oferecer aconselhamento genético e laboratórios focados na
análise molecular dos genes relacionados às principais sín-
dromes de predisposição hereditária ao câncer. Uma de suas
metas é dar suporte para implementação de pesquisa clínica
e sócio-epidemiológica e, do ponto de vista assistencial, tra-
balhar ativamente junto ao Ministério da Saúde para garantir
a implementação dos testes de DNA no SUS, hoje disponíveis
apenas para pacientes com convênios ou, de uma forma muito
restrita, através de projetos de pesquisa.
Em uma decisão de repercussão mundial, a atriz Angelina
Jolie anunciou, em março, a realização de cirurgia para a
remoção de ovários e trompas de Falópio. Em 2013, a atriz
já havia retirado as mamas com objetivo de prevenir a
incidência de câncer - doença responsável pela morte de
sua mãe, avó e tia. Angelina apresenta uma mutação no
gene BRCA1. Conforme a professora do Hospital de Clínicas
de Porto Alegre e coordenadora da Rede Nacional de Câncer
Familial, Patricia Ashton-Prolla, a decisão da estrela norte-
-americana é uma conduta agressiva, mas necessária e
baseada em uma indicação formal nestes casos.
O fato colocou em evidência o campo da oncogenética, que
atua no sentido de identificar indivíduos com risco muito au-
mentado para diversos tipos de câncer. Mediante avaliação da
história pessoal e familiar de câncer é identificado o risco ge-
nético e a confirmação dessa suspeita muitas vezes necessita
da realização de um teste para análise de mutações em genes
de alta predisposição ao câncer. No caso da atriz Angelina
Jolie, que nunca foi diagnosticada com câncer, a identificação
da mutação confirmou o alto risco e direcionou as condutas de
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS)
Instituto Nacional de Câncer (RJ)
Hospital de Câncer de Barretos (SP)
Instituto Fernandes Figueira (RJ)
Hospital das Clínicas da USP Ribeirão Preto (SP)
Hospital Infatil Nossa Senhora da Glória (ES)
A.C. Camargo Cancer Center (SP)
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (SP)
Universidade Federal do Pará (PA)
Universidade Federal da Bahia (BA)
INSTITUIÇÕES QUE COMPÕEM A REDE
HOSPITAL DE CLÍNICAS COORDENA REDE NACIONAL DE CÂNCER FAMILIAL
ONCOGENÉTICA EM DESTAQUE
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CURTAS
Enfocar os aspectos do nascimento e seguimento pós-alta dos bebês prematuros e gravemente doentes: este foi o objetivo do IV Encontro Internacional de Neonatologia e do II Simpósio Interdisciplinar de Atenção ao Prematuro, realizados entre os dias 9 e 11 de abril e promovidos pelo Serviço de Neonatologia e Ambulatório de Seguimento de Prematuros do HCPA. Os eventos foram realizados no Centro de Eventos Plaza São Rafael e contaram com a presença de cinco palestrantes internacionais, que vieram pela primeira vez ao Brasil. “No primeiro encontro tivemos apenas um convidado internacional. Neste ano, temos cinco e todos especialistas em suas áreas”, disse a chefe do Serviço de Neonatologia do Clínicas, Rita de Cássia Silveira. Com mais de 500 inscritos, o evento teve representantes de praticamente todos os estados brasileiros, de acordo com o chefe do Centro de Pesquisa Clínica (CPC) do HCPA, Renato Procianoy. Para a vice-presidente Médica do HCPA, Nadine Clausell, o encontro e seu sucesso a cada ano é a expressão perfeita de uma parceria ideal entre um hospital e uma universidade fortes.
ENCONTRO TROUXE ESPECIALISTAS EM PREMATURIDADE
DIRETORES DA UNICAMP BUSCAM SOLUÇÕES DE TI NO HCPA
Representantes do Hospital das Clínicas da Unicamp (SP) visitaram o HCPA nos dias 9 e 10 de março com o objetivo de conhecer melhor as soluções desenvolvidas e utilizadas na área de Tecnologia da Informação. De parte da instituição de Campinas, estiveram presentes o coordenador de Administração, professor Jose Roberto Matos Souza, o diretor de Tecnologia da Informação (TI), Edson Kitaka e o analista de TI, Jefferson de Almeida Inácio. A reunião inicial contemplou a apresentação geral do Projeto AGHU. Na sequência, os visitantes conheceram diferentes áreas do hospital, em que puderam entrar em contato com o funcionamento das soluções na prática, dentro do cotidiano da assistência.
A edição do mês de março da revista Clinical & Biomedical Research trouxe novidades: todos os artigos publicados passaram a contar com o recurso do Digital Object Identifier, o que aumenta a credibilidade e garante a autenticidade das informações, além de facilitar a localização e citações dos artigos publicados. Outra melhoria foi o fato de os artigos passarem a ser indexados na CrossRef, cujos serviços são utilizados pelas principais editoras científicas, sociedades científicas e universidades do mundo.
NOVIDADES NA CLINICAL & BIOMEDICAL RESEARCH
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Nos meses de março, abril e maio, o Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência
promoveu o ciclo de palestras Conversando Sobre Dependência Química com a Comunidade – Foco na Infância e Adolescência. Os
encontros foram quinzenais, gratuitos à comunidade e trataram de assuntos como
álcool e drogas na gravidez e amamentação, possíveis motivos para os adolescentes usarem drogas, recursos disponíveis na rede pública, aspectos legais/jurídicos, tratamentos que funcionam para dependência química em jovens e prevenção.
CONVERSANDO SOBRE DEPENDÊNCIA QUÍMICA COM A COMUNIDADE
O Hospital de Clínicas é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como Instituto Federal de Ensino Superior (Ifes), o que possibilita ter um nome de domínio próprio na internet e conexões com alta disponibilidade de acesso à rede. Assim, desde o dia 25 de abril, o domínio do site e dos aplicativos Google (e-mail, agenda, drive, grupos) passou a ser hcpa.edu.br, e não mais hcpa.ufrgs.br. Os novos e-mails estão chegando somente na conta hcpa.edu.br e as contas hcpa.ufrgs.br estão disponíveis apenas para consulta e migração dos dados. Para
quem ainda não migrou, no site do projeto HCPA Conecta (link na intranet) estão disponíveis todos os tutoriais aos usuários, para orientação nas migrações. Os usuários devem lembrar também de alterar suas contas nos dispositivos móveis (tablet e celular).
Cinco novas lavadoras com secadores de piso começaram a ser utilizadas nas diferentes dependências do HCPA, em março. Além de serem mais eficientes e
econômicas em consumo de água e energia, as máquinas possibilitam lavar e secar o chão ao mesmo tempo, proporcionando mais segurança para quem transita pelos ambientes. A principal vantagem, contudo, reside nas melhorias para quem trabalha diretamente na área, conforme ressalta a chefe do Serviço de Governança e Higienização, Ana Lucia Kern Thomas.
“Há uma significativa redução do esforço físico dos funcionários. Mesmo quem tem restrições físicas pode operar com facilidade”, explica.
EAD SOBRE AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE
Desde o início de abril, está disponível em EAD o curso Ações de Sustentabilidade, que tem como objetivo orientar os colaboradores do hospital sobre as ações básicas de sustentabilidade ambiental, apresentando novos conceitos de reciclagem de resíduos, mudanças no descarte de alguns materiais e a forma como cada um deve contribuir para o alcance das metas institucionais de sustentabilidade. O curso está na Matriz de Capacitação e é obrigatório a todos os funcionários do hospital.
NOVAS MÁQUINAS DE LIMPEZA
UM NOVO ENDEREÇO NA REDE
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CURTAS
As obras dos Anexos I e II, que vão aumentar a área construída do hospital em 70%, estão a todo o vapor. As escavações já foram concluídas, bem como os tirantes. Agora, a próxima etapa é a fase de supraestrutura, que envolve pilares, vigas e lajes. Quase 700 estacas são colocadas na base dos anexos. Posteriormente, elas recebem os blocos de concreto, de onde subirão os pilares. Nesta fase, a equipe contará também com uma grua, equipamento que auxilia na movimentação dos materiais, hoje feita com um guindaste. De acordo com o engenheiro responsável pela obra e assessor de Planejamento do Clínicas, Fernando Martins Pereira, as obras estão seguindo o cronograma planejado.
OBRAS DE EXPANSÃO DO HCPA CHEGAM À FASE DE SUPRAESTRUTURA
PARCERIA COM A MEDICONE EM BUSCA DA INOVAÇÃO
No dia 20 de março, foi firmado acordo entre o hospital e a Medicone, segunda empresa brasileira em
produção de próteses de silicone. A parceria prevê cooperações técnico-científicas que envolvam pesquisa, desenvolvimento e avaliação clínica de tecnologias para a produção nacional de produtos, dispositivos e equipamentos médico-hospitalares. Participaram do ato o presidente do hospital, Amarilio Vieira de Macedo Neto, e o diretor executivo da Medicone, Rodrigo Perillo Cardoso, além de representantes do Escritório de Inovação do HCPA, Paulo Sanchez e Fernanda de Oliveira.
Já está disponível no Portal EAD o curso Proteção Radiológica para a Área Assistencial, obrigatório a todos da referida área. O treinamento tem como objetivo capacitar os profissionais para noções básicas referentes às radiações ionizantes, como a física das radiações e o uso de EPI.
CURSO PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PARA A ÁREA ASSISTENCIAL
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DESTAQUES
O trabalho intitulado Teleducación en
salud: la experiencia del proyecto TelessaúdeRS/Ufrgs en Brasil, de autoria dos professores
Erno Harzheim e Roberto Umpierre,
conjuntamente com a equipe do Projeto TelessaúdeRS/Ufrgs, recebeu o prêmio de melhor trabalho na categoria “apresentação oral” nos temas Ensino/Aprendizagem, Investigação, Divulgação e Ensino à Distância, no 4º Congresso Iberoamericano de Medicina de Família e Comunidade, ocorrido em Montevidéu (Uruguai), de 18 a 21 de março.
Os professores do HCPA, Roberto
Manfro (Serviço de Nefrologia) e Roberto Giugliani (Serviço de Genética Médica)
foram eleitos acadêmicos titulares
da Academia Sul-Riograndense de Medicina. A
cerimônia aconteceu no dia 28 de março, no Anfiteatro do Conselho Regional de Medicina (Cremers). Para concorrer, os candidatos devem ser diplomados há mais de 15 anos, registrados no Cremers e não devem ter condenação por processo ético-profissional.
A chefe da Unidade de Criobiologia do Banco
de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) do
Hospital de Clínicas, Liane Marise Röhsig,
participou, de 5 a 8 de março, do evento World Cord
Blood Congress V & Innovative Cell Therapies, em Mônaco, em que apresentou dados sobre o projeto de cooperação entre o BSCUP do HCPA com o Serviço de Referência de Triagem Neonatal do Rio Grande do Sul e o impacto sobre a qualidade das unidades produzidas. O congresso foi coordenado por Eliane Gluckman, responsável pelo primeiro transplante com sangue de cordão umbilical no mundo. O BSCUP do HCPA foi o único da rede Brasilcord a apresentar resultados na ocasião.
O professor Apio Antunes,
neurocirurgião do Serviço de Neurologia, proferiu duas palestras
em Lucknow (Índia), durante o
Curso de Educação em Neurocirurgia, organizado pela Sociedade Indiana de Neurocirurgia, em colaboração com a Federação Mundial de Neurocirurgia. Os tópicos foram: Como eu opero um schwanoma vestibular-observações técnicas; e Resultados operatórios e complicações pós-operatórias na cirurgia dos meningiomas parasagitais.
CONGRESSO IBEROAMERICANO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
PROFESSORES DO HCPA NA ACADEMIA SUL-RIO- GRANDENSE DE MEDICINA
RESULTADOS DO BSCUP EM MÔNACO
PALESTRAS NA ÍNDIA
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MEMÓRIA INSTITUCIONAL
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
Cada número, um rosto: assim, Sérgio dos Santos Castro (Serginho) memorizou os cartões-ponto dos funcionários do Clínicas durante os 11 anos em que trabalhou, ao lado de outros três colegas, acompanhando as entradas e saídas de todos na instituição. As pessoas se aproximavam para buscar ou entregar seus cartões e ele já sabia de cor o número de cada um dos cerca de 4,6 mil funcionários na época. “Quando foi implantado o ponto eletrônico, em 1998, a numeração já estava em torno de 16 mil. Às vezes eu olhava para a pessoa e não lembrava ao certo o nome, mas o número do cartão eu sabia”, comenta ele, que atualmente trabalha no Almoxarifado e até hoje sabe identificar os colegas - recordando até mesmo daqueles que já não estão mais no hospital. A habilidade não ficou apenas no passado: ele, agora, sabe de cor todos os códigos dos materiais do setor onde atua. “Seringas, soro fisiológico… Volta e meia me perguntam e eu já passo direto o número!”, conta.
Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail [email protected], com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.
PARTICIPE!
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MURAL DE RECADOS
Parabéns pelo atendimento, carinho, atenção, responsabilidade e dedicação nestes momentos tão difíceis que passamos. Todos falam mal do SUS, mas fiquei encantada
com o atendimento que recebemos!
ROSANA MOURA
Agradeço a toda equipe do Clínicas, que atendeu minha mãe por mais de dois anos, enquanto ela enfrentava um câncer de mama. Ela recebeu
todo o atendimento até os últimos momentos de vida.
ROSILÉIA CUNHA
Gostaria muito de agradecer à equipe maravilhosa que atendeu meu marido
durante os oito dias em que ficou internado na Unidade Álvaro Alvim.
Atendimento nota mil da médica Mirella, que foi muito atenciosa, da
equipe de Enfermagem do 3º andar e das moças da higienização. Parabéns!
Muito obrigada, vocês realmente atendem com dedicação e amor
todos os pacientes.
ELIZETE SARDI
Parabéns. Vocês são demais. Sem palavras para agradecer o atendimento recebido por um
familiar. Só posso dizer OBRIGADO.
IVAN FARIAS DA ROSA
Tenho a satisfação de transmitir, em nome do Consulado Geral da República Argentina, meu sincero agradecimento pelo atendimento dispensado ao menor de nacionalidade argentina T.B.C durante sua passagem pelo HCPA. Durante os dias que meu compatriota esteve aos
cuidados da UTI pediátrica, pude comprovar na prática a responsabilidade, o profissionalismo e o alto nível de sentido humano que são dispensados aos pacientes. Neste sentido, apraz-me saber que Porto Alegre conta com uma instituição médica de excelência, cujo lugar de
destaque em atendimento ao público é absolutamente merecido.
LISANDRO C. PARRA Cônsul adjunto do Consulado General de La República Argentina
Em primeiro lugar, gostaria muito de agradecer em nome da família do paciente Neiro Antonio Frizon, que realizou uma cirurgia no dia 10 de janeiro. Agradecemos muito à
médica Nanci pela excelente cirurgia e pelo carinho dedicado ao paciente e familiares, à médica Lidia pela excelente acolhida e a todos enfermeiros e enfermeiras que prestaram
atendimento no quarto 323. A todos vocês, o nosso muito obrigado de coração.
LIANE RIBEIRO
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