espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
pessoas a sentirem pessoas
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1€
Obra em 3D
dignidade,determinaçãoe dinamismo
Obra Diocesana de Promoção Social2
Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Dra., Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555
04 - Editorial Manuel Amial
05 - Mensagem do Bispo do Porto Sua Revª. D. Manuel Clemente
06 - Serviço e Afectos Américo Ribeiro
08 - Silêncio e Palavra Confhic
09 - Envelhecer Sonhando Padre Lino Maia
10 - A Ecologia da Afectividade Professor Daniel Serrão
12 - Me Despertas para uma Vida Mais!... Confhic
13 - O Rosto da Humanidade D. Pio Alves - Bispo Auxiliar do Porto
14 - Discernir os Sinais do Tempo – Uma proposta à ODPS Professor Eugénio da Fonseca – Presidente Caritas Portugal
16 - Pensamento, Razão e Coração Professor João Alves Dias
17 - Padre José Maia
18 - Peregrinação ao Santuário de Fátima João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
19 - Esperança Renascida Cónego Rui Osório
20 - Aspectos Negativos do Nosso Tempo Frei Bernardo Domingues, O.P.
24 - Férias com Obra – Páscoa 2012 João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
28 - Caminhando Maria Teresa Souza-Cardoso
31 - Louvor e Reconhecimento Conselho de Administração
32 - A acção Faz a Obra Emanuel Cunha
34 - Dia do Idoso João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho
37 - Centro Social do Lagarteiro Luísa Preto
38 - Mensagens do Espaço Solidário
39 - Amigos em crescendo!
Sumário
3Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
EditorialO povo saiu à rua no passado dia 15 de Setembro, de forma massiva, indig-
nado com as últimas medidas anunciadas pelo Governo, que penalizam de forma
brutal a classe trabalhadora e ultrapassam o limite aceitável para os sacrifícios.
Sem se ver uma luz ao fundo do tunel, sem uma ideia motivadora para os
têm vindo a dar o resultado esperado e têm contribuido para aumentar ainda mais
o fosso do desemprego e o empobrecimento dos cidadadãos, especialmente os
de menores recursos.
Precisamos urgentemente de medidas que visem o desenvolvimento, que
valorizem o trabalho e a produção, que criem emprego e que retirem o país de uma
miséria anunciada.
Nós que vivemos no seio da sociedade, que conhecemos as suas neces-
sidades mais básicas e que sentimos que as instituições estão a esgotar as suas
capacidades de resposta a cada vez mais pedidos de ajuda, sentimos que a paci-
ência do povo está a esgotar-se.
Que se tirem as necessárias conclusões antes que seja tarde, que a paz
social volte à nossa vida coletiva, que se acenda nas pessoas a luz da esperança e
que se tomem medidas motivadoras, exemplares, justas e equitativas que galvani-
zem os cidadadãos deste País para um objetivo claro de defesa de Portugal e dos
Portugueses!
Manuel Amial
Os sacrifícios estão a sofucar a sociedade
portuguesa!
Obra Diocesana de Promoção Social4
Com Setembro voltam as actividades nor-
mais, no ritmo geral da sociedade.
Também assim na nossa Obra Diocesa-
na, tão presente que está na cidade e na vida de
muitos dos seus habitantes, de todas as idades e
condições, com especial atenção a quem mais dela
precisa: e são tantos!
Para o “Espaço Solidário”, seguem dois votos,
ligados ao seu bonito nome:
Que seja “Espaço”, isto é, ocasião literá-
ria de encontro vivo, testemunhos concretos,
mensagens mobilizadoras. Precisamos muito
de “espaços” onde nos revejamos no melhor
que transportamos, de ideal cristão e vontade
de servir!
Um “espaço” assim, aberto em cada número da publi-
cação, é muito estimulante para todos os membros e amigos
da Obra Diocesana de Promoção Social.
Depois, que seja “Solidário”, como sempre procura ser.
podemos viver sozinhos e só em conjunto poderemos
prosseguir.
Assim é sempre e muito particularmente ago-
ra, nas presentes condições sociais.
+ Manuel Clemente
Mensagem D. Manuel ClementeBispo do Porto
Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012 5
Serviço e afectos
Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS
Serviço e afectos, na minha
perspectiva, constituem uma dupla in-
dissociável, integrando-se de modo
transversal e completando-se recipro-
camente.
O serviço, isto é, a acção de
-
-
Pensando na nossa instituição,
Obra Diocesana de Promoção Social,
o sector do serviço inscreve uma enor-
que o caracterizam e lhe colocam a
-
-
ram a proposição do bem-estar, onde
se interligam e interagem várias par-
tes, nas quais estão os colaboradores
e as diferentes posições, que ocupam
-
tes. Estes recebem o serviço e, quase
que involuntariamente, destacam-no
pelo campo dos afectos;
, entendendo esta como
o conjunto dos seus aspectos valora-
tivos,
presentes num determi-
nado momento,
Então, ambas as partes são
contagiadas pela afectividade, saindo
Na afectividade envolve-se a so-
lidariedade e na solidariedade envolve-
-se a afectividade. A mente funciona
-
do diversos aspectos e processos inter-
-relacionados; existe uma visível relação
de interdependência entre processos
cognitivos e processos emocionais.
É muito importante pensarmos
nesta matéria
progressivamente,
correcta e sadia de vida pessoal e
de conhecimento social e hu-
mano
que tudo consegue, que tudo supera,
sabendo que a nossa sobrevivência
psicológica se fundamenta nas relações
interpessoais.
Nesta conjuntura, todos os
-
con-
tribuindo para esse valor qualitativo gru-
Momento do Presidente
Quanto mais afectividade for atribuída à a
maior será o índice de c
Obra Diocesana de Promoção Social6
pal ou colectivo, que se deseja alcançar
e sustentar. Esta visão -
-
mas sim prescreve progresso,
desenvolve. A experiência, aliada à von-
-
cação de afectos e estes, por sua vez,
actuam como factores motivacionais.
Os afectos, tais como o cari-
-
-
-
-
-
Estou certo de que todos os
colaboradores/trabalhadores enten-
dem bem esta máxima, se situam em
sintonia com ela e que tudo fazem para
a conquistar e perpetuar. É assim que
pensam e actuam as pessoas de bem!
Por outro lado, -
-
dão-nos quadro sublime de afectos e
-
ção, o quanto são importantes.
-
ção: determinado benfeitor, -
pelo serviço que
presta à comunidade e demonstrar que
tal não lhe passa despercebido, pois
acompanha de perto o seu percurso,
-
Serviço e afectos fazem -
servi-
ço e afectos
serviço e afectos -
-
e do coração!
à actividade ou actividades,
e contentamento, de alegria, que provoca.
7Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição
Silêncio e palavra: caminho de evangelização
Silêncio e palavra são dois
momentos da comunicação que se
devem equilibrar, alternar e integrar
entre si, para se obter um diálogo au-
têntico e uma união profunda entre as
pessoas. Quando palavra e silêncio se
excluem mutuamente, a comunicação
deteriora-se ou cria um clima de indi-
ferença; quando, porém, se integram
reciprocamente, a comunicação ga-
O silêncio é parte integrante da
comunicação e, sem ele, não há pala-
vras densas de conteúdo. No silêncio,
escutamo-nos e conhecemo-nos me-
lhor a nós mesmos.
-
cam os momentos mais autênticos
da comunicação entre aqueles que se
amam: o gesto, a expressão do rosto,
o corpo, enquanto sinais que manifes-
tam a pessoa. No silêncio, falam a ale-
gria, as preocupações…
É necessário criar um ambien-
te propício, quase uma espécie de
«ecossistema», capaz de equilibrar si-
lêncio, palavra, imagens e sons.
O silêncio é precioso para
favorecer o necessário discernimen-
to entre os inúmeros estímulos e as
muitas respostas que recebemos, jus-
verdadeiramente importantes.
Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar?
Fala-se e escreve-se muito sobre o ministério da escuta. De facto, esta
é a grande procura das pessoas: encontrar alguém que acolha, escute e…em
tom menor.
Estamos cansados do ruído e da futilidade das palavras.
Escutar e dizer, silenciar e falar é particularmente importante para os
evangelizadores que o nosso tempo precisa.
grandioso património do silêncio é um dos grandes contributos que a experiên-
cia religiosa poderá oferecer à cultura de hoje.
A arte do silêncio é uma aprendizagem de primeira necessidade. Místi-
cos e pensadores provocam-nos com poucas palavras:
Àquele que conhece Deus faltam-lhe as palavras. ( Rumi- persa do sec..XIII)
Não é bastante ter ouvidos para ouvir…é preciso também que haja silên-
cio dentro da alma. (A.Caeiro)
O silêncio é o único amigo que não nos atraiçoa. (Confucio)
Na sua contínua busca de caminhos novos para uma evangelização re-
novada, quis o Papa, sábio e vigilante aos tempos e aos seus sinais, questionar-
-nos para o retorno da pedagogia sempre nova da Palavra.
silêncios de Deus e de Jesus. Basta recordar o grande silêncio de Jesus, diante
da pergunta de Pilatos: O que é a verdade?
Parafraseando Rubem Alves: Para mim Deus é isto:
-
Obra Diocesana de Promoção Social8
Envelhecer Sonhando
dos avós que vêem nascer e crescer um
neto: repentinamente as suas experiên-
cias são potencializadas, os afectos re-
nascidos, os espaços redimensionados,
os projectos de vida retomados e os so-
nhos alimentados com novos cambian-
porém, quando esses idosos, depois,
se vêem coagidos a procurar um novo
lar que lhes é absolutamente estranho e
que, enquanto casa de idosos, é perma-
nente evocação da sua decrepitude. È a
frustração de quem muito deu e por tro-
ca recebeu a “carta de despedimento”
porque já não fazia falta, foi “descartado”
e não mereceu ser “reciclado”. Doravan-
te, para esses idosos não sobra mais
tempo para o sonho ou para o gosto de
viver.
Dizem alguns estudos que os
residentes em lares de idosos são mais
propensos para a tristeza, para o desâ-
nimo, para o desinteresse pela vida ou
-
te a dureza da solidão num turbilhão de
“muita” gente. E alguns, em alguma vez,
já pensaram que melhor seria a sua sorte
se mais breves fossem os seus dias.
Nesses estudos, com conclu-
sões nem sempre ajustadas e numa lei-
tura apressada, conclui-se que os lares
são um mal, quando, efectivamente, mal
será fazer dos lares a solução para fugir
a soluções que, por acomodação, não
se quer procurar. Eles são um serviço
quando outros serviços não são pos-
síveis ou as circunstâncias os aconse-
lham.
Ninguém ousa duvidar: o ideal
seria que os idosos pudessem manter-
-se com gosto naquilo que com gosto
a companhia daqueles que geraram, sa-
boreando afectos a que se devotaram,
apreciando frutos das causas a que se
dedicaram, calcorreando caminhos que
abriram, alimentando relações que de-
senvolveram.
Ter um idoso em casa era uma preciosi-
dade. Era o apreço pelos idosos, pelas
suas experiências, pela sua serenidade,
pela inestimável capacidade de transmi-
tir valores que constituíam o fabuloso pa-
trimónio imaterial de uma comunidade.
Alguns poderão pensar que es-
ses eram os idos tempos da sociedade
patriarcal e que os tempos de hoje são
tempos de desenfreada correria e de
implacável concorrência. É evidente que
os tempos avançam e não recuam e a
realidade de hoje não é a realidade de
ontem.
-
-
-
Padre Lino Maia
E enquanto há tempo para o
sonho, para a fruição e para a partilha
é bom, agradável e salutar viver. E por
isso, é tarefa de todos fazer da vida o
gosto de viver.
Algumas experiências vêm sen-
do desenvolvidas.
E uma boa proposta a aprofun-
dar poderá ser a de mobilizar voluntários,
também jovens, que dêem tempo aos
idosos. Nas suas casas ou nos centros
e lares. É importante a dádiva de tempo
para fazer companhia: não são raros os
carecidos de quem seja eco da sua voz.
-
-
Para que eles possam perpetuar de uma
forma ágil conhecimentos adquiridos,
experiências vividas, pensamentos ali-
mentados. E para que possam entrar
neste fabuloso mundo da comunicação:
com outros idosos, com outras institui-
ções, com o mundo que também é seu
e que ajudaram a construir. A dádiva de
tempo, também dos jovens, aliada a pro-
gramas elaborados e apoiados, poderia
fazer verdadeiros milagres.
9Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
A Ecologia da Afectividade
Professor Daniel Serrão
1. Não quero ser pretensio-
so mas a palavra ecologia, vem da
raiz grega oikos
casa, morada, habitação.
Então o nosso tema para este
artigo é este: onde mora a afectivi-
dade? Onde a poderemos encontrar
para a reconhecer e estudar (logos)?
A afectividade humana sus-
cita nos tempos modernos o maior
interesse porque neurobiologistas
de topo, como Damásio, dedicam ao
estudo e investigação dos afectos a
máxima atenção.
Porquê?
Porque pensam que a maior
parte das nossas decisões é condi-
cionada pela avaliação afectiva das
percepções e pelas emoções que
dessa avaliação nascem na consci-
ência perceptiva.. A inteligência emo-
cional, como se chama a este 34xer-
cício mental, e, então, usada para
decidir em muitas situações da nossa
vida diária e, por isso, pode escapar
ao controle da parte do cérebro pela
qual se exerce o pensamento crítico
racional e as decisões são quase só
condicionadas pelos afectos.
Têm alguma razão os neuro-
cientistas e reconhecer-lha decorre
de análises empíricas que até são
simples se estamos atentos.
Por exemplo, quando nos co-
movemos e ajudamos o jovem senta-
do na rua, a quem foram amputados
os braços, a nossa decisão é essen-
cialmente afectiva e não gastamos
tempo a raciocinar sobre o que esta-
mos a ver. Decidimos imediatamente,
pelo movimento interior afectivo que
o que estamos a ver logo nos pro-
voca. Como o samaritano que viu o
almocreve ferido e caído na beira da
estrada e logo o socorreu. Os que
passaram antes usaram o raciocínio
-
cionalmente a afectividade, se é que a
chegaram a sentir em si.
Então o primeiro lugar ou a
primeira morada da afectividade é o
cérebro do Homem pois é nele que
se forma a resposta afectiva às cir-
cunstâncias que nos envolvem. Parti-
cularmente as que se relacionam com
a vida humana; mas também com as
que estão ligadas à vida animal e ve-
getal.
2. Mas a afectividade é, tam-
bém, um elemento importante do
viver social, num aspecto ao qual o
Papa Bento XVI chamou de Ecologia
e saber o
Neste campo todos temos bons ecologistas
Obra Diocesana de Promoção Social10
humana. A insistência na ecologia
protectora da natureza e dos seres
vivos animais e vegetais parece que
relegou para segundo plano a eco-
logia dos seres humanos como tais
e como membros vivos do sistema
natural. Também os seres vivos hu-
manos têm de ser protegidos do que
pode ameaçar a sua sobrevivência
e bem-estar, como o abortamento e
a eutanásia. A vida humana é tanto
ou mais sagrada que a vida animal
e vegetal. Desviamos o traçado de
uma autoestrada para não perturbar
o local onde uma estirpe de aves faz
-
lhos e não ajudamos a mulher que vai
abortar porque não tem meios para
“crime” contra a ecologia humana, da
qual se excluiu a afectividade.
A afectividde social também
tem de ter o seu lugar, a sua ecologia.
A palavra de ordem para o exercício
desta afectividade social foi dita por
Cristo: amai-vos uns aos outros como
Eu vos amei. A nós cabe-nos fazer
desta palavra uma regra social por via
da prática de uma afectividade cons-
tante dada aos outros, estejam eles
perto ou longe de nós.
3. Organizações de apoio
social como a ODPS, que além de
apoiar também promove, são uma
expressão perfeita de uma ecologia
da afectividade, porque no seu tra-
balho, esforçado e diário, são oikos,
são lugar, onde a afectividade está
bem instalada e pode ser sempre en-
contrada. Cada presença, cada ges-
to, cada serviço que acontece nesta
grande instituição, a Obra Diocesana
de Promoção Social que o Porto bem
conhece e respeita e que se dirige
aos que vivem nos vários equipamen-
tos sociais camarários, tem a marca
serena dos que a dirigem e pela ale-
gria dos que distribuem benefícios
com sorrisos, e prestam apoios físi-
cos com carinho. E pela forma como
é respeitada a autonomia dos idosos,
dando-lhes informações com afectivi-
dade, na qual não cabe nem a arro-
gância nem o descuido.
Neste campo todos temos de
ser bons ecologistas e saber onde
encontrar a afectividade.
r onde encontrar a afectividade.
s de ser
11Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
CONFHICCongregação das Irmãs FranciscanasHospitaleiras Imaculada Conceição
Me despertas para uma vida mais!
Dou-te graças Senhor
Porque me despertas para uma vida +!
+ + simples,
+ sóbria ,+ coerente.
Graças ao teu Espírito
Tenho razões para me abrir
À conversão e à abertura
A horizontes novos
Cuja novidade és tu mesmo.
Graças, porque me dás razões
Para vencer a tentação da rotina,
Do isolamento e da omissão.
Tu és ó Deus a minha retaguarda
Me corriges como um pai
E me queres como uma mãe!
Sinto-te a meu lado,
Nas minhas dores e medos
E isto me basta!
Graças Senhor pelos amigos que me dás,
Amigos seguros que me escutam
da compreensão recíproca.
Faz da vida uma obra de arte.
Cultiva a paz
Vive com audácia
Cuida a vida,
a tua vida e a vida de quantos cruzam teu caminho .
Vive com paixão
Fala com serenidade
E deixa o impossível para Mim!.
Obra Diocesana de Promoção Social12
D. Pio AlvesBispo Auxiliar do Porto
Num tempo em que vai fazendo caminho a expressão
rosto” pedem-me para falar do . São muitas as expres-
sões, acumuladas ao longo dos tempos, que põem de manifesto a importância,
a centralidade, do rosto, da cara nas relações entre as pessoas: “ter cara”, “dar a
cara”, “boa cara” …
De tal modo
isto é assim que, fora as situações esporádicas trabalhadas, não é fácil esconder,
no dia-a-dia da vida, o que enche ou perturba ou esvazia a nossa interioridade. Por
isso, a solução mais segura para “ter boa cara” é estar preenchido: de bondade,
de beleza, de perdão, de compreensão, em suma, de virtude cristã e, portanto,
humana. A “boa cara” por mais que se pinte não se inventa: em última instância, ou
se é ou não se tem!
cuidar da cara, Os
outros, por mais compreensivos que devam ser, à partida, não têm culpa das su-
postas razões do nosso mau humor. E, se têm, não será por aí que os vamos curar.
como são, em geral, os utentes das instituições de apoio social, as pessoas an-
seiam descobrir nos outros razões ou, pelo menos, sinais para a esperança.
Recordo umas palavras do Santo Padre Bento XVI no recente Encontro
Mundial das Famílias, em Milão: -
. Esta ir-
radiação passa pelo nosso rosto e chega às pessoas, uma a uma e, pela sua soma,
à Humanidade. É o caminho inverso da Sociedade sem rosto (das sociedades sem
-
alismo, o salve-se quem puder.
Convencidos da importância da qualidade do rosto, da imagem, não nos
resta verdadeira alternativa que não seja a da permanente reconstrução pessoal. E,
para um crente cristão, a referência mais acabada e, ao mesmo tempo, mais à mão
é Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
E, para os nossos iguais, nós somos o Seu rosto.
Convencidos da importância da qualidade do rosto, da imagem, não nos resta verdadeira alternativa que não seja a da permanente reconstrução pessoal.
O Rosto da Humanidade
13Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Discernir os Sinais dos Tempos – uma proposta à ODPS
Professor Eugénio da Fonseca
O tempo é um dos parado-
xos da atual civilização. Há gente que
gasta todo o tempo de que dispõe –
e mais se houvesse – para conseguir
condições de bem-estar e nem sem-
pre chega a ter tempo para usufruir
delas. Também é frequente encontrar
quem nunca tenha tempo para seja o
que for por estar demasiado centrado
sem si. A propósito destes sempre
indisponíveis até se costuma dizer:
“Quando for precisa a colaboração
de alguém, procure-se quem já tem
muitas ocupações, pois quem não as
tem é por falta de tempo”.
Não é esta a desculpa dos
muitos e muitas que, como assalaria-
dos ou graciosamente, estão sempre
prontos a responder aos contínuos
-
cados à Obra Diocesana de Promo-
ção Social do Porto (ODPS), sendo
o maior de todos a conjugação das
respostas a dar-lhes com o tempo
disponível. Quando a coesão social
está mais enfraquecida, como é a si-
tuação atual da sociedade portugue-
-
rem a forma de pressão, dado que as
ações a realizar se apresentam como
necessidades urgentes.
Mesmo que determinadas ne-
cessidades exijam reações rápidas,
é necessário acautelar alguma pon-
deração sobre as medidas a tomar
para que as “receitas aplicadas resul-
não agravem a enfermidade”. Uma
instituição como a ODPS não pode
dispensar-se de cuidar de tempos de
pena de perder a sua identidade, au-
-
de económica. Estes riscos são reais
e não se podem considerar “males
menores”, tendo em contam que se
possa pensar ser mais grave uma
postura de indiferença perante pro-
blemas sociais que estão a gerar in-
justiças e sofrimentos. Para se evitar
este tipo de questões ou irreparáveis
precipitações não se deve menospre-
lançados à instituição. A falta de tem-
po não deverá se óbice, porque até
há meios tecnológicos que permitem
colocar as pessoas, mesmo à distân-
cia, a dialogar.
pode concluir-se que a instituição não
reúne condições para aceitar alguns
-
gos que lhe são apresentados. Bas-
ta que a ação a desenvolver ponha
em causa a preservação dos valores
identitários da instituição, levando-a a
desviar-se da sua matriz fundacional.
Para a ODPS, assim como para todas
as outras suas congéneres, o respei-
to pela dignidade de cada pessoa
tem que ser um dos valores matri-
ciais irrenunciáveis. No cumprimento
incondicional deste princípio está a
valorização de todas as componen-
tes humanas, sociais e espirituais que
concorrem para a promoção de cada
pessoa, de modo a que se sinta, de
fato, respeitada como tal. Foi muito
inteligente a ideia de colocar na de-
signação desta instituição a referên-
cia à promoção social, não deixando,
assim, qualquer margem para dúvi-
das, sobre a sua matriz fundamental.
Uma IPSS católica deve estar permanentemente a
pois Deus não é um ser distante que s a nível da sua consciência e cultura, m
Obra Diocesana de Promoção Social14
Para que os princípios estruturantes
de cada instituição não possam ser
beliscados, é fundamental defender a
autonomia. Esta defesa nada tem que
ver com o fechamento sobre si mes-
ma, como há instituições que teimam
em estar, mas numa total abertura a
ação em rede, numa estreita coopera-
ção com todas as entidades sem sub-
serviências de qualquer ordem. Outro
dos aspetos que impõe ponderação
é saber se está reunido o mínimo de
condições para que seja alcançada al-
-
tísticos ou propagandísticos, mas para
que sejam encontradas soluções con-
sistentes e não paliativas para o que se
quer resolver. Também porque se deve
cuidar da utilização racional dos dife-
rentes meios de que dispõem as IPSS.
Daqui para a frente esta é uma das per-
tinentes preocupações. Não é que se
cimeira dos critérios sempre que está
em causa a pessoa humana e a defe-
sa dos seus mais elementares direitos.
Sempre que tal acontece, confunde-se
racionalidade económica e sustentabi-
Sem dúvida que não se pode descui-
dar a devida gestão dos bens - tanto
mais que eles não são património dos
dirigentes - na assunção de novos
compromissos, porque se não corre-
-se o risco, por um lado, de criar fal-
sas expetativas aos destinatários das
respostas sociais criadas, proporcio-
nando condições de bem – estar que
poderão durar pouco; por outro, de
colocar em perigo a continuidade das
ações já em curso. A sustentabilidade
-
tes da ODPS sabem bem o que isso é.
O tempo para uma instituição
como a ODPS não pode ser apenas,
como era para a civilização grega, uma
“sucessão de momentos” sem lhes dar
tempo está habitado por Deus e cada
momento é uma revelação nova dessa
presença”, no pensar de teólogo espa-
nhol Jesús Espeja. Uma IPSS católica
deve estar permanentemente atenta
aos “sinais dos tempos”, pois Deus
não é um ser distante que se revela
no âmago dos seres humanos a nível
da sua consciência e cultura, median-
te as pessoas e acontecimentos. Esta
descoberta exige discernimento dos
diferentes sinais feito a partir do co-
nhecimento do que vai acontecendo. A
partir de encontros periódicos com a
participação de todos os colabores e,
se possível mesmo com os destinatá-
rios e suas famílias, é o melhor cami-
-
nimento.
A celebração dos 50 anos do
Concílio Vaticano II poderá ser uma ex-
celente motivação para prosseguir este
caminho e conhecer melhor o pensa-
mento social da Igreja, imprescindível
para que seja realizada, em cada tem-
po, a sua missão pastoral de levar o
anúncio da Boa Nova a toda a gente,
em particular aos mais pobres dos po-
bres.
e atenta aos “sinais dos tempos”,
e se revela no âmago dos seres humanos a, mediante as pessoas e acontecimentos.
15Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Pensamento, Razão e Coração
“Sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança como bola colo-
rida nas mãos de uma criança”. (António
Gedeão)
A Obra Diocesana nasceu no
coração de um bispo que muito se pre-
ocupava com os mais desfavorecidos.
Ainda ressoavam as palavras do bom
Papa João na abertura do Concílio Va-
ticano II: “A Igreja (…) abre a fonte da
homens, iluminados pela luz de Cristo,
compreender bem aquilo que eles são
na realidade;
estende ainda a toda a parte a plenitude
da caridade cristã, que é o melhor auxílio
para eliminar as sementes da discórdia.”
E que ganhariam corpo na Gaudium et
Spes: “As alegrias e as esperanças, as
tristezas e as angústias dos homens de
hoje, sobretudo dos pobres e de todos
aqueles que sofrem, são também as
alegrias e as esperanças, as tristezas e
as angústias dos discípulos de Cristo.
(…) Por esse motivo, a Igreja sente-se
real e intimamente ligada ao género hu-
mano e à sua história”.
D. Florentino sabia que podia
contar com os novos padres saídos do
Seminário onde, imbuídos pela espiritu-
alidade de Charles de Foucauld, se ti-
nham aberto à pastoral sócio-caritativa
junto dos pobres do bairro da Sé.
Sabia que podia contar com
o entusiasmo e competência de mui-
tos leigos dos Cursos de Cristandade,
conscientes do seu .
Sabia que podia contar com o
saber do Instituto de Serviço Social que
desejava realizar trabalho social em fa-
vor do homem integral como agente da
sua promoção pessoal e comunitária.
Sabia que podia contar com o
humanismo cristão do presidente da
Câmara, Dr. Nuno Pinheiro Torres, que
era apoiado pelo diretor dos serviços
culturais e centrais da Câmara, Dr. Car-
los Lobo, e pelo empenho apostólico da
vereadora da ação social, D. Maria José
Novais.
, que favorece a cria-
tividade do pensamento divergente,
levou D. Florentino a aventurar-se por
novos caminhos pastorais.
, que possibilita a aná-
lise do pensamento convergente, ilumi-
nou-o na procura dos meios necessá-
rios à concretização do seu sonho.
O coração animou-o e deu-lhe
forças para vencer resistências e con-
gregar boas vontades. Esta matriz foi
assimilada, desde o início, por quantos
nela colaboraram seja como voluntários
ou funcionários:
Ao ver o entusiasmo com que,
-
sidente do Conselho de Administração
apresentou a maqueta da desejada Re-
ao
ler no “Espaço Solidário” as muitas rea-
lizações da Obra; ao sentir o empenho
dos seus funcionários e Amigos, con-
que revela a Igreja como sacramento do
Deus-Amor, o “Abbá de Jesus”.
-
tas originais perante novas e impre-
visíveis situações, enquanto a razão a
ajuda a adequar as atitudes às exigên-
dos projetos, na gestão e utilização dos
bens disponíveis. Mas é o coração que
humaniza as relações de convivência e
faz do cliente um irmão ou seja um “alter
Christus”.
-
Professor João Alves Dias
Obra Diocesana de Promoção Social16
Conflitualidade e Discernimento
Se há coisa que todos sabemos, por experiência própria, é que não é nada
fácil conviver em comunidades plurais, democráticas, abertas à diferença de opini-
nossa própria família, na empresa/instituição em que trabalhamos, na cidade ou no
país onde exercemos a nossa cidadania!
sempre que falta a capacidade e a inteligência de discernir, em cada momento, as
Por isso, uma boa forma de discernimento em relação a sintomas ou já ex-
das suas verdadeiras “motivações” para depois, com recurso a uma apurada inte-
ligência emocional e a uma imensa abertura de mente e coração, procurar, através
de um diálogo ativo, transformar em oportunidades o que, numa primeira análise,
de agressiva e muitas vezes indutora de comportamentos violentos, nas palavras e
destaque na forma como se pode abordar a homogeneidade e a heterogeneidade,
a crítica que destrói e a crítica que faz crescer, como fatores a ter em consideração
no justo equilíbrio das relações entre diferentes modos de pensar e agir!
Todos sabemos, por experiência, que muitas vezes é preferível “dar um
uma “paz podre” que só enfraquece toda e qualquer relação interpessoal, aconteça
ela a que níveis acontecer!
deverá ser a ponderação do que melhor possa interpretar o “bem comum”. Toda a
fracos, sem lhes garantir o direito de legítima defesa, perde a sua legitimidade ética,
por mais justa e socialmente argumentativa que possa parecer a sua razão de ser!
É sobejamente conhecida a expressão que aqui se reproduz:
-
so” ao cofre da gestão de recursos humanos onde muitas vezes se encontram
soluções inimagináveis para problemas aparentemente insolúveis!
Padre José Maia
“nunca a razão da força se poderá sobrepor à força da razão”
17Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Cerca de 100 idosos da Obra Diocesana de Promoção Social viveram o
passado dia 13 de Setembro de uma forma muito especial. Nesse dia realizaram
uma peregrinação ao Santuário de Fátima para assistir às cerimónias religiosas.
A Missa da Peregrinação Aniversária foi presidida por Sua Excelência
Reverendíssima D. Pio Alves, Bispo Auxiliar da Diocese do Porto.
Ao longo das celebrações, D. Pio Alves reforçou a necessidade de os cris-
tãos se comprometerem com a prática efetiva da solidariedade.
-
-
-
necessitados deve passar das palavras ao atos, sugerindo uma maior atenção às
-
João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista
Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada
Peregrinação ao Santuário de Fátimano dia-a-dia responde, com obras, à
fome, à sede, ao frio”, por via do tra-
D. Pio Alves lamentou a po-
breza mas realçou que é ainda mais
“lamentável” a existência de pesso-
as e organismos que “sub-repticia-
mente” vivem “à custa da pobreza
alheia”, dado que “a dádiva verda-
deira nunca pode ser nem parecer
negócio”.
este dia com muita alegria e devoção.
Depois da celebração eucarística, se-
guiu-se um almoço-convívio e um agra-
dável passeio pelos locais mais emble-
Obra Diocesana de Promoção Social18
Já não vale a pena pormos o ramo num lado e vendermos o vinho no
outro. Sabemos muito bem que é grave a crise económica, mais dura ainda pela
incompetência dos políticos, e de todos e de cada um de nós, para a resolver.
-
A raiz do problema, se calhar, é mais funda do que a simples mudança do
sistema político. De pouco valerá a mudança das normas ou a alternância demo-
crática dos responsáveis políticos, por muito legitimados que estejam ou assim se
julguem até para não cumprir o que tanto prometeram nas campanhas eleitorais.
Deve ser preciso muito mais e bem mais a fundo, como concordam alguns
analistas que não se limitam a ver tudo apenas pelo lado político. Sugerem uma
reforma mais radical, ou seja, a mudança das pessoas.
Na verdade, enquanto não chegarmos à mudança da nossa mentalidade
e ao modo como vemos e valorizamos a vida, tendo em conta as relações com
os outros, então não sairemos tão cedo, se é que alguma vez somos capazes de
sair, da crise, cuja solução, como desejamos, tarda cada dia que passa e mais
nos sentimos incapazes de a resolver.
Essa mudança, que me parece mais estrutural do que conjuntural, pode
parecer a muitos demasiado ingénua, por mais bem intencionada que seja, e, por
isso, a julguem condenada ao fracasso.
Não penso assim. Sei que precisamos de leis justas e de governantes
sabemos todos. O que talvez nos custe saber é que o problema maior está no
coração de cada pessoa.
humana, lugar privilegiado onde se escuta a lei do amor, como Deus a quer e os
homens e as mulheres tanto precisam.
Deu-me para sonhar naquela
mudança estrutural de que andamos
todos carecidos nesta crise que nos
desalenta e põe tantos dos nossos
irmãos e das nossas irmãs à procura
da sopa dos pobres nas instituições
caritativas da Igreja.
Deus queira que ainda não
estejamos junto ao portal do inferno
-
denação fatal: “Deixai toda a esperan-
ça, ó vós que entrais”.
Com a mudança de menta-
lidades e com os laços de solidarie-
dade, na justiça e na paz, para tecer
com os outros redes de estima mútua,
é possível que encontremos razões
para manter a esperança, sem perda
do sentido crítico das realidades, por
mais duras que sejam e que precisa-
mos de inverter, em nome da defesa
intransigente da dignidade de cada
pessoa, aberta aos outros com leal-
dade e cuidados solidários de sama-
ritanos que não passam adiante sem
socorrer os feridos caídos nas valetas
da vida.
Esperança renascida
Cónego Rui OsórioJornalista e pároco da Foz do Douro
Não sou adivinho para imaginar
que acabaríamos com tanto mal-estar se mudássemos o sistema político. Talvez.
19Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Frei Bernardo Domingues
Aspectos Negativos do nosso tempo
Muito rapidamente pretendemos
enumerar alguns aspectos marcadamen-
te negativos, em forma de diagnóstico
provisório, sobre a fenomenologia mais
saliente deste tempo:
-
mente, na segunda década, no dealbar
de um novo milénio, com promessas,
ameaças e riscos. Alguns receios estão
baseados em hipóteses e mitos, tradicio-
nalmente ligados à viragem milenar. De
facto o tempo é neutro na medida das
realidades criadas; são as pessoas que
podem orientar, melhor ou pior, o possível
futuro a viver pela qualidade de vida pre-
sente e pelos projectos viáveis e assumi-
dos a curto, médio e longo prazo, pessoal
e colectivamente.
Sem pretender inventariar ou fa-
zer balanços sobre toda a problemática
da pós-modernidade, indicaremos alguns
dos aspectos que os analistas apontam
como suporte dalguns mitos e falácias
que nos envolvem:
-
fundamentais e fundamentadas
como suporte duma coerente escala de
valores orientadores da vida pessoal e so-
cial;
e morais realistas, correctamente
estruturadas, com objectividade e estabi-
lidade, capazes de darem sentido e co-
erência aos comportamentos pessoais e
sociais;
no domínio gnoseológico, sem cla-
ros critérios de verdade, de erro e de cer-
teza;
-
para informar e formar
a consciência ética, pessoal e social, de
modo a poder assumir, lucidamente, a
corresponsabilidade complementar de
todos os componentes das comunidades
humanas;
que vem da fome, das guerras, do
racismo, dos totalitarismos, da opressão
e exclusão social, traduzido em aborto,
eutanásia e genocídio.
As pessoas, em geral, sofrem
dum real vazio ético e asfalta de sentido,
mesmo que desfrutem de real poder ma-
-
so.
As situações de frustração são
frequentes, necessitando de apoio social
e psiquiátrico sistemático, par aguentar o
peso da solidão e o medo da vida a viver.
Cada vez há mais formas de marginali-
dade e de evasão, recorrendo a todo o
tipo de drogas e contraindo e difundindo
doenças mortais. É frequente e denso o
sentimento de abandono e solidão, pro-
vocando situações de medo ou revolta,
que inibem uma correcta forma de pen-
samento e coordenação de sentimentos e
relacionamento recíproco, a começar pela
fundamental instituição familiar.
O pessimismo, a falta de autocon-
enfrentar o futuro, tendem a desencadear
o recurso ao hedonismo, ao consumismo
sistemático e aos prazeres imediatos e
fortes. Efectivamente alimenta-se e de-
senvolve-se o relativismo total, sem prin-
cípios metafísicos e éticos consistentes
e coerentes. Torna-se corrente a atitude
uma antropologia materialista e desgar-
rada.
E, como é sabido, só haverá au-
têntico progresso e integrado desenvolvi-
mento humano na medida em que cada
pessoa for efectivamente reconhecida,
estimada, estimulada e aceite na respec-
tiva diferença em que todos assumem os
respectivos papeis, funções e estatutos
sociais. Na realidade todos somos generi-
camente semelhantes e pessoalmente di-
ferentes nos modos de ser, pensar, sentir
e reagir aos problemas envolventes com
que nos confrontamos.
Torna-se pois, urgente recolher,
séria e consistente documentação sobre
a antropologia libertada e libertadora, pela
aplicação numa praxis coerente entre
pensar, programar, discernir, ponderar,
decidir e agir correctamente, de modo
consistente.
A liberdade, enquanto capaci-
dade actual, objectiva e subjectiva de se
autodeterminar, exige ponderada e fun-
damentada capacidade de discernir, ver,
ponderar, decidir e agir bem e a tempo e
horas. É preciso que a todos seja propor-
cionada a situação avaliativa e cautelosa
Vazio ético e alternativa possível
Obra Diocesana de Promoção Social20
fazer agulha para servir os outros como
eles precisarem e nós formos capazes.
Na sociedade e nos grupos inter-
médios, é urgente que todos tenham voz,
vez e capacidade de emitir opinião fun-
damentada. A participação na promoção
do Bem Comum, exige que se viva, pelo
menos, o espírito de fraternidade afectiva
A política e a dinâmica actual ten-
dem a valorizar e a apreciar desmedida-
mente o que é “pequeno”, “leve”, “provi-
sório” e “descomprometido”, perdendo
de vista as grandes questões: quem sou?
donde venho? para onde vou? como ser
com, por e para os outros de modo cor-
recto?
-
de, no pragmatismo e até no provisório,
trivial, inútil, fútil e permissivo, no “tanto
vale” ou “como lhe apetecer”, sem objec-
tivo interesse pelo “porquê” das opções
que deveriam resultar do ver, discernir,
horas. É que a nossa vocação fundamen-
tal é de felicidade, de desvendar enigmas
e confrontar-se com os “mistérios” que
-
a “chave” do possível dês velamento ou
“aleteia”.
As conquistas tecnológicas e as
nos domínios da informática e da biologia,
fornecem informações de quase impossí-
vel avaliação crítica e selectiva, porque se
torna impossível a síntese e a referência
a uma escala de valores: a informação é
superior a nossa capacidade assimilativa
mesmas.
O ambiente social estimula o ma-
terialismo do lucro fácil e o hedonismo
permissivo de experimentar e desfrutar
tudo e já, sem medir as consequências
para si e para os outros, a médio e lon-
go prazo, em estilo de aventura inconse-
quente.
O relativismo moral é evidente: o
único absoluto tornou-se o relativo, a pura
subjectividade, o imediatismo e o consu-
mismo: ter tudo, o melhor e já, como se
fosse uma inevitável epidemia. Olha-se
para o que parece interessante e menos
o “porquê” e o “para quê”.
O indiferentismo penetra por toda
a parte, e aceita-se o abuso das drogas,
leves e pesadas, a marginalidade e o “vi-
ver de noite” e evadir-se de dia. Desta
posição resvala-se para o pragmatismo e
o relativismo insensato, evitando os com-
promissos, rejeitam-se normas e obriga-
ções estáveis.
A neutralidade apresenta-se até
como uma conduta moral inteligente e
indulgente, levando à abstenção de emitir
juízos e convicções fundamentadas em
valores objectivos. Deixa-se a cada um
as suas opiniões e opções, independen-
temente dos “porquês” das escolhas. A
cultura ambiental resvala para a “moral”
de: sem gorduras, sem calorias, sem co-
lesterol, sem açúcar… por causa de uma
certa concepção estética. A nova utopia
tornou-se uma apatia, sem transcendên-
cia, pouca solidariedade, fuga à dor, muito
enjoada e adiada, tentando fugir à respon-
sabilidade.
Com efeito, a população
mundial aproxima-se rapidamente dos
seis mil milhões de pessoas e de modo
desequilibrado entre continentes desen-
volvidos e os em eventual processo de
desenvolvimento. Por isso mesmo quase
um bilião de pessoas é considerada gente
pobre, estando em expansão, visto que
aumenta anualmente em cerca de vinte
e cinco milhões. Na distribuição da geo-
mais de metade dos pobres. Mas, com
o movimento de deslocamento massivo
para as cidades, a pobreza urbana tende-
rá a aumentar e a sua forma é efectiva-
mente mais agressiva. Mais ainda: cons-
tata-se que uns noventa e cinco milhões
de crianças, com menos de quinze anos,
estão submetidas a duro trabalho manual
para sobreviverem e auxiliarem a minorar
a pobreza da própria família. E número
idêntico de crianças desfavorecidas so-
brevivem, vegetam como “crianças de
rua”, sem eira nem beira, nem família, nem
referências familiares, afectivas ou éticas.
As estatísticas indicam que mais
de cento e vinte e cinco milhões estão de-
sempregados e outros tantos em subem-
prego. Entre nós, o desemprego, símbolo
da falência da política social, já anda pelos
dez ou onze por cento.
a pobreza aumenta, a
marginalidade, a violência e a droga são
21Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
fruto da exclusão social. Nisto tudo o ca-
pitalismo selvagem concorre para a desu-
manização do relacionamento humano e
impede a auto-actualização integrada e
sadia.
e
sem referências tornou-se um modo de
A situação que estamos a passar
ou a sofrer, segundo alguns analistas, é
fruto do pós-modernismo, do pós-indus-
trial, uma certa retoma do positivismo
balofo e num contexto de queda dos re-
gimes totalitários.
A ciência, a técnica e a arte ec-
lética desenvolvem-se num contexto he-
donista, materialista e permissivo. Sem
valores e códigos de referências bem
requintadas de prazer. A vida parece ter
profundidade e estabilidade dos prazeres
sensoriais e narcísicos.
entra na dinâmi-
ca hedonista de gastar e consumir, como
se fosse a nova expressão de liberdade. O
-
ção da liberdade e do apetecer.
Esta atitude adormece a inteligên-
cia crítica, mata a metafísica e desagua
no nada, no vazio, do ingénuo relativismo
ético que indevidamente se denomina to-
lerância e ética dos consensos, ou seja, a
consumação da incoerência como norma
de vida.
A pessoa só se realiza se for des-
perta para a totalidade de ser animal ra-
cional, social, ético e estético, capaz de
descobrir os porquês da vida, ou seja,
como ser capaz de verdade, liberdade e
sentido.
A pessoa normal e sadia busca a
verdade objectiva da lógica e vive a liber-
dade responsável, recorrendo a critérios
razoáveis e testados com garantia de ver-
dade. Na experiência da vida pode depa-
rar com o imprevisto, hesitar, enganar-se e
até desorientar-se provisoriamente.
Mas é pois uma situação provisó-
ria, visto que a necessidade de certezas
fundamentadas, é uma exigência ética
constante que brota do mais fundo da es-
trutura humana, sempre inquieta na busca
das origens, do destino e os “porquês” da
vida.
Presentemente sofre-se uma si-
tuação de desorientação, refugiando-se
ilusoriamente nas várias formas de drogas
químicas, psíquicas e sensoriais.
É urgente encaminhar a inteligên-
cia para o desenvolvimento integral do ser
e da vida humana para, com certeza e ri-
nos caminhos da vida.
É urgente decifrar a verdade do
próprio ser pessoal, a autenticidade da
realidade envolvente e a coerência nas
circunstâncias. Só assim nos vamos tor-
nando livres e felizes, com atitude realis-
violência, às cadeias e ao policiamento
repressivo.
pragmatismo tende a tornar-se pois, uma
-
zir ao mínimo, a angustiante neurose de
vazio intelectual, moral e estético. É que
a verdade ontológica, lógica e moral, é
substituída pela perspectiva utilitária, os
valores tornam-se mutáveis combinações
com os possíveis, relativos e provisórios
consensos democráticos, cuja funda-
mentação são as opiniões circunstanciais,
conduzidas pela publicidade massiva e a
manipulação insistente e depuradora. A
permissividade, o hedonismo, o consu-
mismo, a frivolidade, a marginalização
dos mais frágeis e o vazio moral resultam,
nada.
Não vemos hipótese dum huma-
nismo sadio, coerente e promotor de vida
realista da transcendência, com efeitos
ordenadores na imanência pessoal e so-
cial, enquanto objectivamente fundamen-
ta a verdade, o sentido e a vida democrá-
tica. Todos devem ter voz e vez, liberdade
e a possível responsabilidade e com reais
-
nhamentos sociais e políticos, na prática
da solidariedade, própria das sociedades
abertas e consistentes porque conduzi-
das com referências a valores estáveis: a
verdade, a justiça e o amor. Nela propor-
ciona-se a cada um o que for conveniente
e possível para se realizar e deve exigir-se
a participação no Bem Comum, segundo
as capacidades de cada um. Ninguém
deve ser preferido ou preterido, ultrapas-
sa-se o inútil e fútil e desenvolve-se a soli-
dariedade festiva.
Obra Diocesana de Promoção Social22
pelo menos, interrogante.
Depois de mais de trinta décadas
de mudança de regime, as promessas
estão por cumprir em muitas das suas
perspectivas.
Apontaria alguns dos problemas
Mediocridade generalizada
como modo de estar na vida social e, es-
pecialmente, mas não só, no funcionalis-
mo estatal, tentando sacar o máximo de
proventos com o mínimo de esforço, com
frequentes “baixas” mentirosas e fugindo
aos impostos, sobrecarregando injusta-
mente os cidadãos honestos.
tendo o País
vivido mais duma década com saldo bio-
lógico negativo, visto que o número de
-
com a média de três seria possível renovar
a comunidade.
com
frequentes separações, divórcios e se-
gundas núpcias, de que resulta o fenó-
e respectivas funestas consequências
meio-irmãos e respectivo contexto familiar
uma autêntica família porque estão com
os “namorados” da mãe ou do pai.
nome-
adamente nos domínios do ensino em
que frequentemente prevalece a mediocri-
dade e incompetência docente e por bai-
xa motivação dos discentes, envolvidos
protegido pelas “falsas notas” distribuídas
pelo Ministério.
envolvendo roubo, vio-
lência, abuso de drogas pesadas e a mor-
te violenta, mesmo entre familiares e em
aceleração.
-
faltando habitação adequada, em-
prego, assistência social e sanitária com
aumenta a falta de respeito pela liberda-
de e diferença recíprocas. A vida torna-se
agressiva, sofre-se de insegurança afec-
tiva e social e vivemos envolvidos pelo
medo.
-
sobre os processos
de desenvolver a comunidade nacional
com tensões entre tradição e inovação,
caindo-se no espontaneísmo, nomeada-
mente nos domínios da educação em que
parece que se vive uma crise mortal.
Nota-se recuo nas convicções
-
rios, designadamente na fenomenologia
a emergência de seitas agressivas e ex-
ploradoras da ignorância e insegurança
popular.
A alternativa saudável deveria
induzir uma ética e esperança funda-
mentadas na esclarecida aceitação do
Transcendente. Efectivamente a clarivi-
dente decisão racional exigiria que fosse
ultrapassado o difundido imanentismo an-
tropológico de Nietzsche, assim como o
fatalismo de Shopenhauer.
Precisamos de sensata imagina-
ção criadora e o exercício efectivo do livre
arbítrio para esclarecidamente ver, enten-
der, discernir, ponderar, escolher, optar e
ser coerente e persistente nos modos de
viver segundo a recta razão, aberta ao ab-
soluto e criticamente avaliativa do relativo,
de modo a bem distinguir o que é evidente
e urgente, o que é da ordem do opinável,
de modo a descobrir e estabelecer uma
escala de valores promotora da feliz rea-
lização das pessoas de modo solidário e
complementar.
Havia que:
Descobrir que a autêntica auto-
-realização exige uma perspectiva de eter-
nidade na vivência dos valores culturais,
A consciência do permanente es-
coamento do tempo deve despertar-nos
a solidariedade atenta e persistente, evi-
tando a marginalização.
Há que descobrir a ligação entre
tradição e projecto e a fundamentação e
ordem dos valores, orientadores da vida
pessoal e social.
A relação entre direitos e deveres,
e a respectiva ordenação, deve partir do
conceito e exercício da liberdade e da
responsabilidade, fundamentadas numa
-
tica e ética que inclui o conhecimento do
“porquê” e o “para quê” da vida e respec-
tivas consequências para a vida a viver
solidariamente.
23Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Pelo terceiro ano, a Obra Diocesana de Promoção Social promoveu, em
parceria com a Múltipla Escolha, a atividade “Férias com Obra”. Foi um mês muito
-
dãos bem formados e conscienciosos.
Mais uma vez este sucesso só foi possível devido ao enorme empenho e
experiência de toda a equipa envolvida – monitores, educadoras de infância e aju-
dantes de ação educativa.
Este campo de férias contou com a presença de cerca de 1000 crianças,
João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista
Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada
Férias com Obra 2012que iniciaram o seu período de férias
com uma divertida e salutar camarada-
gem, repleta de animação e exercício
físico.
Ao longo do mês de Julho, as
iniciativas foram imensas. As compo-
nentes lúdicas, recreativas e desporti-
vas conjugaram-se em dias que incluí-
Obra Diocesana de Promoção Social24
ram, entre outros:
em comprimento, estafetas.
futebol de praia.
frisbee.
slide, zarabatana e tiro com arco.
dança.
novas e inovadoras atividades desporti-
25Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Para as crianças da creche, as atividades foram devidamente adaptadas à sua faixa etária, merecendo destaque as
seguintes:
As Férias com Obra proporcionaram a estas crianças dias plenos de contacto com a natureza, com muito convívio e
alegria.
Obra Diocesana de Promoção Social26
-
Fábio Rodrigues (9 anos)
...............-
-
Érica Teixeira (4 anos)
-
João Maria Vasconcelos (10 anos)
...............-
Luana Pinto (6 anos)
-
Constança Figueiredo (8 anos)
...............
-
Luís Miguel Costa (5 anos)
Depoimentos
27Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância
CaminhandoO Ano da Fé
-
O seu logótipo apresenta uma barca, “a imagem da Igreja”, cujo mastro é uma
cruz com as velas enfunadas e o trigrama IHS, símbolo do nome de Jesus.
O Santo Padre, Bento XVI, convida toda a humanidade “para uma autêntica
e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo, para que todos possam
redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria
e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Teremos oportunidade de confes-
sar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro,
nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente
a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre”.
Como nos refere o presidente
do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização o Arcebispo D. Rino Fisichella “ a
crise de fé é expressão dramática de uma crise antropológica que deixou o homem
entregue a si mesmo. O Ano da Fé quer ser um caminho que a comunidade cristã
oferece aos que vivem com nostalgia de Deus e com o desejo de O encontrar de
novo. Sente necessidade vital
delas porque procura coerência e lealdade”.
No mundo imbuído pela cultura pós-moderna, os cristãos terão oportunida-
No mundo actual, onde grassa o desemprego e escasseiam os recursos
para uma vida digna, nota-se claramente a crescente crise da família. Muitos casa-
situações frequentes quando Deus e a fé não existem no seio das famílias. A crise
-
A OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL com plena consciên-
cia destes factos e da importância que o seu papel representa, junto das famí-
lias, das crianças, dos idosos e da comunidade em geral, apresenta para este
ano lectivo de 2012/2013, para o Ano da Fé, como seu Projecto Educativo:
Atenta a que na sociedade actual não é permitido ter tempo, verdadeiro
tempo livre, para parar, para pensar, para meditar, acredita que é cada vez mais
importante dar tempo ao tempo, reiniciando toda uma aprendizagem de valores,
Obra Diocesana de Promoção Social28
de valores verdadeiros e bem desenvolvidos, que os conduzam à vivencia de uma
cidadania plena, para a consciencialização da relação recíproca entre direitos e
deveres. Este conjunto de valores, não sendo inatos, são antes adquiridos propor-
cionando o desenvolvimento ético e moral das crianças que interiorizam de forma
clara, as noções de certo e errado, de bem e de mal.
-
-
-
-
-
-
E nada mais oportuno do que
ter a enquadrar todo este projecto, que
é de importância fundamental, pois
constitui o primeiro passo para uma ca-
minhada enquadrada pela família e pela
comunidade, o Ano da Fé.
Testemunhos da vida dos Santos,
particularmente dos Santos portugueses,
autênticas escolas de verdadeiros valo-
res e testemunhas de fé inabalável, serão
apresentados, pois são verdadeiras pon-
tes entre os homens e Deus. E ainda há
bem pouco tempo a Igreja passou a con-
tar com mais um Santo, Nuno Alvares Pe-
reira, canonizado pelo Santo Padre Bento
XVI, como que
pela fé consagrou a sua vida a Cristo,
tudo distribuindo pelos pobres para viver
em simplicidade evangélica, aguardando
a chegada do Senhor.
29Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Cada uma das vidas concretas dos nossos Santos mostra a vitória de Deus,
que a todos oferece a Santidade.
Serão também de realçar as inúmeras relações entre Fé e Arte, a que o
mundo contemporâneo é tão sensível – está já anunciada a edição de um CD de
Joao Gil e Luis Represas, “ Missa brevis” com textos em latim, iniciativa musical que
marcará também o nosso Ano da Fé.
Será também um instrumento precioso o “Compendio do Catecismo da
tornando o Catecismo mais acessível para todos, que será devidamente partilhado
com as famílias, “Sendo a primeira vivência comunitária que geralmente temos,
a família pode e deve ser também a primeira experiência eclesial, ou ‘ Igreja do-
méstica’, porque nela cada membro, a seu modo, exerce o sacerdócio baptismal,
contribuindo para fazer da família uma comunidade de graça e de oração, escola
-
pendio, 350). A família é, sem dúvida, o primeiro lugar onde se vê e se ensina a fé,
a responsabilidade e o amor para com os outros.
Responsáveis pela educação das crianças, pais e educadores deverão
desde cedo realizar um conjunto de actividades que promovam o conceito de fé,
de paz e de amor junto dos mais pequenos.
-
-
, tendo em
vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo e solidário.
O católico tocado pela fé é uma das provas e evidências mais fortes da
existência de Deus, vivendo a sua fé com toda a sua alma, com todo o seu coração,
com todo o seu entendimento.
-
-
Obra Diocesana de Promoção Social30
À
Direcção da Obra Diocesana
testemunho do esmero e dedicação inexcedível, na prestação de serviços que a Obra Diocesana, neste caso do Centro Social
Rainha D. Leonor, com a notável orientação da Dra. Isabel Cristina, soube prestar durante os últimos anos a minha Mãe, hoje
com 90 anos, portadora da doença de Alzheimer e agora acamada desde o início do ano.
Vivi no Porto, com meus Pais, desde 1949 e desde 1953 em Lordelo. Hoje, habito em Paço de Arcos, e ia ver minha
Mãe todos os meses durante os dias que me era possível.
ao que se passa à sua volta. Cá, tenho a garantia de uma assistência de toda a espécie, que em casa, no Porto, era impossível
de conseguir, mesmo com a assistência que a Obra Diocesana proporcionava e um sistema que consegui montar à volta de
minha Mãe.
Ainda são só passados quinze dias e já tenho saudades de quem ia a nossa casa dar o apoio, que minha Mãe carecia.
Não vou nomear, especialmente ninguém da Obra, com receio de falhar alguém, o que seria imperdoável, mas posso dizer que
todas as meninas, directa ou indirectamente, o senhor enfermeiro e o Mário (que me é fácil na medida em que são os únicos
de que
minha Mãe foi alvo em todo o tempo que dependeu da Obra.
É pela existência de um Instituição como esta, já tão rara nos tempos que passam, que nos permite acreditar que ainda
vale a pena viver no País que somos.
Bem haja à Obra Diocesana de Promoção Social, Centro Social Rainha D. Leonor, quem lá trabalha e à Doutora Isabel
Cristina que sempre tão bem nos atendeu.
Reconhecido, respeitosamente
Exmo. Senhor
JOÃO CABRERA
Bom dia!
Em resposta ao email recebido, Quinta-feira, 12 de Julho, e dirigido à Direcção da Obra Diocesana de Promoção So-
cial, em meu nome, como Presidente do Conselho de Administração (CA), e em nome dos outros elementos que o compõem,
o nosso obrigado pelas palavras proferidas. Elas traduzem reconhecimento e elogio ao serviço prestado à sua mãe, Exma.
Senhora D. Filomena Cabrera.
inculcamos nos nossos Colaboradores.
A qualidade que queremos evidenciar, pelas práticas efectivadas, envolve os principais substratos a uma dinâmica
vocacionada para proporcionar o bem-estar, nos diferentes aspectos, dos clientes que nos procuram.
Ficamos felizes pelo Exmo. Senhor João Cabrera ter encontrado a solução mais adequada e desejada ao caso de sua
Exma. mãe e formulamos votos para que continue a encarar a provação com realismo, conformismo e esperança.
Aceite com amizade, os nossos cordiais e respeitosos cumprimentos
Louvor e Reconhecimento
Conselho de Administração
31Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Emanuel CunhaCoodenador do Centro Social São João de Deus
A acção faz a obra
Valorizando todo o trabalho
desenvolvido, desde o nascimen-
Infância do Centro Social de São
clientes, Sérgio Manuel Ferreira da
-
Prontamente, a Educadora de
Infância transmitiu ao Coordenador de
Centro a admirável disponibilidade des-
te Pai para uma iniciativa, que poderia
ajudar a melhorar o aspecto exterior
do Centro, bastante deteriorado e com
sinais evidentes dos problemas passa-
dos durante os anos de existência do
Bairro de São João de Deus, como os
todo o Centro.
A exposição foi reencaminhada,
no imediato, para o Director de Econo-
mato, Logística e Manutenção da Obra
Diocesana, que a apresentou superior-
mente, junto do Conselho de Administra-
ção. Este órgão recebeu com exaltação
e entusiasmo a pretensão apresentada
sobre a proposta dos trabalhos voluntá-
rios de remodelação exterior do Centro
Social de São João de Deus.
O Conselho de Administração,
bastante satisfeito e encantado, per-
mitiu ainda a disponibilização de tudo
o que fosse necessário para que esta
remodelação se concretizasse, de for-
ma a valorizar e optimizar o voluntariado
Obra Diocesana de Promoção Social32
humano manifestado.
As capacidades de mobilização
acrescentar ofertas, tais como tintas,
materiais adstritos à pintura, disponibili-
zação temporária gratuita de andaimes,
máquina de pressão para lavagem de
pelo Núcleo da G.N.R. do Carmo).
Ainda mais importante, este En-
carregado de Educação conseguiu sen-
sibilizar e mobilizar outras pessoas, bem
como amigos, que abraçaram esta ad-
mirável actividade com responsabilida-
de e, sem comprometimento monetário,
efectivaram o desejado, convergindo
esforços e vontades num envolvimento
cooperativo.
Sérgio Manuel Ferreira da
-
ra, Carlos Manuel Rodrigues Rocha
foram
os voluntários, que estiveram presentes,
praticamente todos os dias, conseguin-
do em muito pouco tempo devolver ao
Centro um novo aspecto, alargado aos
-
ram questão de intervir para que toda a
zona envolvente do Centro possa ser um
complemento à remodelação efectuada.
A oportunidade e a determina-
ção dos voluntários permitem retirar
a de ensinar
-
-
-
Da mesma forma e evocando os
valores da Obra Diocesana de Promo-
ção Social, diariamente presentes nos
doze Centros, assistiu-se durante esta
remodelação à evidencia-
da por todos os elementos partícipes,
que quiseram contribuir com -
nhamento e , as-
sumindo o de renovar
um espaço, onde a de
cada interveniente contribuiu para a Ino-
. A execução do trabalho, tão im-
portante e bem elaborado aludiu Qua-
lidade e todas as pessoas, que directa
ou mesmo indirectamente e de forma
concorreram para que
o Centro Social de São João de Deus
apresente hoje uma nova Identidade.
Neste momento os trabalhos
encontram-se em fase de conclusão e o
Porém, o Centro Social de São
João de Deus agradecerá, diariamen-
dos seus colaboradores, sabendo e
, que existem muitas
descobertas a serem feitas e, principal-
mente muitos objectivos, que queremos
cumprir e superar, sabendo que depois
deste grande passo, nos sentimos com
o dever e ainda com muito mais ener-
gia para todas e quaisquer acções que
possamos levar a efeito. MÃOS – À –
OBRA!
33Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Dia do Idoso
No dia 1 de Outubro comemora-
-se o Dia Internacional do Idoso. Naque-
la que é já uma tradição assumida pelo
Conselho de Administração, neste dia
toda a Obra se reúne para homenagear
os mais idosos. Como já vem sendo há-
bito, Sua Excelência Reverendíssima D.
Manuel Clemente, Bispo do Porto, pre-
sidiu a uma Eucaristia na Sé Catedral da
nossa cidade, que se encontrava reple-
ta de utentes dos Centros Sociais da Instituição, bem como dos colaboradores que
diariamente zelam pelo seu bem-estar.
Os cânticos da celebração foram entoados pelo Grupo Coral da Obra Dio-
cesana, constituído por sessenta seniores da Instituição e dirigido pelo Senhor Diá-
cono Freitas Soares.
Numa cerimónia pautada pela devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus,
concelebraram os Cónegos Amadeu Ferreira da Silva e Fernando Milheiro Leite, o
Monsenhor Virgílio Resende, o Frei César Pereira Pinto e o Padre Artur Jorge Soares.
Após a celebração, foi possível testemunhar a satisfação no rosto dos mais
de 400 idosos, que entretanto se dirigiram aos respectivos Centros Sociais para
João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista
Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada
Obra Diocesana de Promoção Social34
usufruírem de um almoço-convívio.
D. Manuel Clemente e os restantes convidados almoçaram no Centro Social
de Rainha D. Leonor, que, este ano, foi escolhido para acolher o nosso Patrono.
O almoço, que decorreu sempre num clima de alegria e partilha, iniciou-
-se com a leitura de uma oração dedicada aos idosos. Uma intervenção musical a
cargo das crianças da sala dos 5 anos permitiu valorizar e apreciar o convívio inter-
-geracional.
Neste momento, o Diácono Freitas Soares foi homenageado pelo Conselho
de Administração através da oferta de uma imagem de Nossa Senhora em cristal
– ex-libris da Instituição – num gesto de reconhecimento por toda a dedicação,
gratuidade e empenho demonstrado na
preparação do Grupo Coral.
Na sua intervenção, o Presi-
dente do Conselho de Administração,
Senhor Américo Ribeiro, enalteceu a
vivacidade daqueles para quem a Obra
Diocesana é a razão da sua existência
e agradeceu a presença de D. Manuel
Clemente.
Este convívio terminou com
35Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
outros dois momentos marcantes – a
oferta de uma lembrança elaborada pe-
los idosos ao Senhor Bispo do Porto e
a declamação do poema “Velhinhos”.
Esta poesia foi escrita propositadamen-
te para este dia pelo Senhor Fernando
Campos de Castro, amigo da Instituição
de Rainha D. Leonor.
De vós nos veio o prazer
do presente que hoje somos
De vós nos vem o saber e o quanto falta aprender
do passado que já fomos
Desse passado que a vida não esquece na distância
Passado que foi meu berço e cama da minha infância
Falai do tempo da guerra, do suor, trabalho e fome
da raiva surda que encerra o fazer nascer da terra
o pão que nunca se come
Falai-me das vossas fugas, da alegria e do desgosto
que foi a mãe dessas rugas cavadas no vosso rosto
onde inventais numa sesta
todo o tempo que vos resta sobre um banco de jardim
Mostrai a quem vos desdenha
a esses montes de ingratos que só amam coisas fúteis
que os velhos não se desprezam
como se fossem farrapos, como se fossem inúteis
Dizei que não vos merece
nem vos prendem ilusões ao País que vos esquece
e que se lembra de vós apenas nas eleições
Sei que viveis de lembranças
e que prezais a verdade
Sei que vos sobram esperanças
pois sois de novo crianças apenas com mais idade
Vós sois o livro, a memória
Vós sois com toda a certeza, o alicerce da história
o mar, a terra, a glória desta Pátria Portuguesa
Por tudo isto vos canto
Por todos vós sou feliz
Por isso vos quero tanto, velhinhos do meu País
Obra Diocesana de Promoção Social36
Vítor Baía visitou a Obra Diocesana
Luísa Maria Lhano PretoCoordenadora do Centro Social do Lagarteiro
No dia 28 de Setembro, a Obra
Diocesana de Promoção Social, concre-
tamente o seu Centro Social do Lagar-
teiro, recebeu a visita da Fundação Vítor
Baía, na pessoa do seu Presidente, o ex-
-futebolista Vítor Baía.
entrega de um donativo às crianças dos
5 anos e CATL, como incentivo e apoio
ao seu desenvolvimento pessoal e es-
colar. O antigo guarda-redes da Seleção
Portuguesa e do Futebol Clube do Porto
distribuiu 45 conjuntos constituídos por
uma mochila Adidas, vários livros esco-
lares e diverso material didático.
As crianças de todas as respos-
tas sociais – creche, pré-escolar e CATL
– participaram nesta receção com a canção “Os Abraços” e com um pequeno apon-
tamento de dança. Como gesto de agradecimento, todos participaram na realização
de uma tela, que posteriormente oferecerão à Fundação Vítor Baía.
Esta iniciativa veio ao encontro do projeto educativo da Obra Diocesana para
o presente ano letivo, cujo tema é .
É de louvar que, nos tempos que correm, em que o país atravessa bastantes
-
cial com populações carenciadas.
A Obra Diocesana, representada pelo Senhor Américo Ribeiro, Presidente
do Conselho de Administração, retribuiu o gesto com um sincero agradecimento.
Acarinhou esta parceira, que se desenvolve já há vários anos, e abriu portas para a
sua continuação, materializada em iniciativas futuras.
Foi uma tarde diferente, que fez sorrir as nossas crianças. Para a história,
“Vamos jogar futebol para o ringue.” – Verónica
“És o melhor guarda-redes do mundo.” – José Pedro
37Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo
Caríssimos Amigos,
Faço seguir hoje, 23-VII-2012 o cheque da CGD com a minha partilha, um pouquinho mais reduzida por razões que já expus à Exma. Direcção.
Ora colunas acrescidas e vida mais difícil…
Muito agradecida pela Revista Espaço Solidário.
Muito me ajuda na solidão em que vivo.
Minhas saudações para todos.
Desejo tudo de Bom!
Com consideração, meus respeitosos cum-primentos
Exmo. Senhor
AMÉRICO JOAQUIM COSTA RIBEIRO
Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social
Tenho a honra de acusar a recepção da car-ta de V.Exa., data de 16 de Julho de 2012, dirigida a Sua Excelência O Presidente da República, enviando o exemplar do nº. 27, ANO VII, da Revista “Espaço Siolidário”, que se agradece.
Cumpre-me informar que o assunto mereceu a melhor atenção.
Com os melhores cumprimentos
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social
Os melhores cumprimentos.
Quero agradecer a presença da Obra Dioce-sana nas instalações da nossa Paróquia.
foi para nós um elemento muito positivo pela presença das crianças, trabalhadores e familia-res, e pelo sinal de que a Paróquia e a Obra são dois braços de um mesmo serviço è pessoa humana na linha do Evangelho de Jesus.
Nenhum discurso poderia dizer isto melhor do que a vossa presença, que conteve a visita do Bispo D. Pio.
Agradeço ainda a contribuição económica para os serviços pastorais da Paróquia: de Se-
foram… Muito obrigado, estamos dispostos a dar o apoio que precisarem. Disponham.
Exmo. Senhor
Américo Joaquim Costa Ribeiro e Exma. Se-nhora Dra. Mónica Taipa de Carvalho, Dig-níssimos Directores da Obra Diocesana de Promoção Social
ASSUNTO: AGRADECIMENTO.
Digníssimos e Prestigiados Directores,
Venho por este meio, muito reconhecidamen-te, prestar uma grande homenagem, a quem por intuição e por ser seu timbre, faz bem a quem precisa da vossa prestigiada ajuda e solidariedade social.
Agradeço, desde já, todo o apoio que me de-ram no acompanhamento da minha doença e no apoio também ao meu lar familiar.
Também aproveito desde já, para agradecer a todo o pessoal da Obra, que Vexas dirigem muito bem e, em especial ao Senhor Dr. Le-andro, da forma como me recebe e me apoia.
Desde já, mais uma vez, agradeço do fundo do coração, todo o apoio da Nossa Obra Dio-cesana, da qual, o nosso Presidente Américo Ribeiro é o grande obreiro. BEM HAJA!!!
Estou sempre ao dispor da Nossa Obra Dio-cesana para tudo o que for preciso.
BEM HAJAM PELO BEM QUE FAZEM EM PROL DA SOLIDARIEDADE SOCIAL.
Muito Atentamente, apresento os meus cum-primentos
Exmo. Senhor
Américo Joaquim Costa Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social
Encarrega-me o Senhor Primeiro-Ministro de acusar a recepção da carta dessa Instituição, data de 16 de Julho, e de agradecer a V. Exª. A Revista “Espaço Solidário” – Ano VII, nº. 27 da Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS), que amavelmente lhe fez chegar e que mereceu a melhor atenção.
Com os melhores cumprimentos
TORNA-TE FELIZ, SERVINDO!
Com um sorriso aberto, acolhedor e discreto para todos e sempre segundo a sua situação.
Pela saudação empática e delicada a todos os que vais encontrando na roda da vida.
Com uma palavra de simpatia para os desola-dos, tristes sós e marginalizados.
-ção para com os que necessitam da ajuda imediata.
Por uma atenção discreta e acolhedora para os desgarrados e descrentes da amizade sincera.
Pela disponibilidade sensata para escutar, ouvir e entender os que não se entendem a si mesmos.
Com um claro gesto de perdão e reconciliação para quem te ofendeu, com ou sem razão.
de tudo e de todos, desespera do Pai.
Desperta a alegria de viver em paz a quem
Ensina a escutar a Deus e os outros pela re-
os que choram e alegrando-te com os alegres.
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social
Agradeço a gentileza do envio da publicação “Espaço Solidário” – Edição nº. 27 – e venho deste modo felicitar V.Exªs. pelo excelente trabalho desenvolvido.
Aproveito a oportunidade para enviar os meus melhores cumprimentos
Amigo Senhor Américo,
Um abraço grande e continue a dar-se na ela-boração do Espaço Solidário. Vale a pena. Precisamos dele e de toda a imprensa escrita neste mundo virtual.
Há muita gente que gosta de ler e pensar diante do escrito quando revelador de tanta aposta pelos outros.
E os conteúdos são de qualidade e revelam por um lado esforços invisíveis para os man-ter e, por outro. uma resistência e luta cheias de esperança.
Como diz um pensador: “o esforço chama os melhores” e estamos vivendo tempos que pedem este sereno, forte e persistente esfor-ço pelo Bem comum.
Um abraço grande e coragem neste caminho em que estamos todos juntos sabendo e sen-tindo que este é o segredo da fecundidade dos nossos empreendimentos.
Obra Diocesana de Promoção Social38
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social
Encarrega-me Sua Excelência o Ministro da Solidariedade e da Segurança Social de acu-sar a recepção da carta datada de 16.07.2012 e agradecer a V.Exª. o envio da Revista “Es-paço Solidário”.
Com os melhores cumprimentos
O Padre Ramiro Ferreira Pinto cumprimenta,
Dá os parabéns pela actuação da Obra Dio-cesana de Promoção Social e junta uma pe-quena ajuda de 50,00 €.
É pouco porque são muitos os pedidos de ajuda.
Respeitosamente
Poucas palavras gastam para dizer tudo:
Não posso mais…!!!
Aceitem, por favor… a pequena partilha com amor.
Toda a minha consideração pela Obra Dioce-sana de Promoção Social.
Agradeço a Revista de Julho.
Fraternalmente,
39Ano VII . n.º28 . Trimestral . Setembro 2012
Amigos em crescendo!
Casa Agrícola António Santos Lopes Herds., Lda. 96,00 €DAMC 120,00 €EMMSB 25,00 €GROSB 25,00 €José Santos e Laura, Lda. 250,00 €Junta de Freguesia de Paranhos 1.000,00 €Maria dos Anjos Pereira Pacheco, Enf.ª 20,00 €
Maria Fátima F D S Proença Padez, Dra. 100,00 €MBA - Marketing e Brindes, Lda. 322,48 €MMSC 150,00 €MTDTM 130,00 €Ramiro Ferreira Pinto, Pe. 50,00 €Rufino Marques Ribeiro 125,00 €
Descrição Contribuição Descrição Contribuição
Liga dos Amigos da Obra Diocesana
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Pode ser Mensal, Anual ou ÚnicoEnvie por cheque à ordem de
OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118
Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)
Obrigado!
Donativos de 10. Julho a 30. Setembro . 2012
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