Este suplemento faz parte da edição do jornal Correio do Minho, de 1 de Junho de 2012 e não pode ser vendido separadamente.
MATIL
DE A
LVES
SA
NTO
S
josé paulo silva
“A criança não tem voz. A es-cola e a sociedade não tem ca-pacidade para dar voz às cri-anças. São os adultos quedeterminam tudo”.
A sentença, na passagem demais um Dia Mundial da Cri-ança, é proferida por FernandoIlídio Ferreira, docente do Insti-tuto de Educação da Universi-dade do Minho, coordenador dogrupo de investigação ‘Contex-tos e práticas sociais dascrianças’.
No dia em que, das mais va-riadas formas, se promovem osdireitos das crianças, fomos ou-vir alguém que tem dedicado es-forço académico a compreenderde que maneira os princípiosinscritos, em 1959, pelas NaçõesUnidas, na Declaração Univer-sal dos Direitos das Crianças,são cumpridos em Portugal, so-bretudo em contexto escolar.
De acordo com este investi-gador em Estudos da Criança, osdireitos de participação “têm si-do os mais ignorados”.
Fernando Ilídio Ferreira colocano mesmo nível de importânciaos direitos de não discriminação,de protecção, de provisão e departicipação das crianças, desta-cando que “têm de estar todosassegurados”, mas enfatiza a ne-cessidade de “a criança ter vozna tomada de decisão” naquiloque lhe diz directamente res-peito.
Por outras palavras, este do-cente e investigador univer-sitário defende que “as criançasnão podem ser apenas marione-tas nas mãos dos adultos”, antespelo contrário, “são seres hu-manos e cidadãos desde quenascem”.
Fernando Ilídio Ferreira pro-põe em mais uma celebração doDia Mundial da Criança que seultrapasse “o conceito de me-noridade que está ainda muitoenraizado” e que se passe a en-carar “a criança como um ci-dadão desde que nasce”.
Argumenta que é “completa-mente errado” o conceito deeducação para a cidadania apli-cado às crianças, porque “a
criança tem de viver a cidadaniana escola, já é cidadão na escola,não apenas no futuro”.
Recado para os educadores edecisores políticos do coorde-nador de um dos cinco gruposdo Centro de Investigação emEstudos da Criança(CIEC), oúnico em Portugal nesta área dosaber.
Aqui os investigadores tentamperceber “como é que as crian-ças se relacionam com o saber,
como é que aprendem”.
NINGUÉM SABE NADASOBRE AS CRIANÇAS
Fernando Ilídio Ferreira, a tra-balhar na área de Estudos daCriança, na Universidade doMinho, desde 1992, constata que“temos estado muito centradosnas políticas, nos currículos, nosprofessores, mas ninguém sabenada sobre as crianças”.
Através do CIEC, tenta-se
perceber o ensino-aprendizagem“a partir do olhar das crianças”.
“É preciso perceber o seu pon-to de vista, porque não há outraalternativa para mudarmos o sis-tema de ensino e as nossas men-talidades”, declara Fernando Ilí-dio Ferreira.
Este ex-professor do 1ºciclo doEnsino Básico insiste que “aindasabemos pouco sobre o modocomo as crianças aprendem equal é o sentido que elas dão ao
trabalho escolar”, sendo que esta“é uma questão fundamental” aresolver.
Ao Correio do Minho, o do-cente e investigador univer-sitário, adepto do MovimentoEscola Moderna, deseja “repen-sar a educação na perspectivadas crianças”, considerando acelebração de mais um DiaMundial da Criança “uma boaoportunidade” para essa re-flexão. �
A criança não tem voz
FLÁVIO FREITAS
AS CRIANÇAS NÃO PODEM SER MARIONETAS NASMÃOS DOS ADULTOS, SÃO SERES HUMANOS ECIDADÃOS DESDE QUE NASCEM. AS CRIANÇAS TÊMDE VIVER A CIDADANIA NAS ESCOLAS.
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DIA MUNDIALDA CRIANÇA
2Correio do Minho
Ainda sabemos pouco sobre o modo como as cr ianças aprendem
1 JUNHO 2012DIA MUNDIALDA CRIANÇA 3
Correio do Minho
josé paulo silva
�Nas últimas três décadas, aUniversidade do Minho tem as-su-mido a dianteira em Portugalno que respeita aos Estudos daCriança. O Instituto de Educa-ção, criado em 2009 pela junção
do Instituto de Estudos da Crian-ça (IEC) e do Instituto de Edu-cação e Psicologia (IEP), na suacomponente de Educação, alber-ga o único centro português deinvestigação nesta área.
O CIEC é uma estrutura de na-tureza multidisciplinar e inter-
disciplinar que visa a promoçãoe a coordenação da investigaçãocientífica no domínio dos Estu-dos da Criança. É a unidade 317da Fundação para a Ciência eTecnologia (FCT).
Estudos Artísticos; LiteraturaInfantil e Matemática Elemen-
tar; Contextos e Processos deDesenvolvimento e Aprendiza-gem; Saúde, Ambiente e Edu-cação Física; e Contextos e Prá-ticas Sociais das Crianças são ascinco grandes áreas de inter-venção do CIEC.
Este último grupo de estudo écoordenado por Fernando IlídioFerreira, crítico da adopção pe-las escolas de “modelos mili-tares e policiais” quando as-sumem, nos regulamentos in-ternos e em projectos educa-tivos, uma “linguagem bélica ede luta”.
PROMOVER EM VEZ DE COMBATER
Segundo Fernando Ilídio Fer-reira, “as políticas e os profes-sores têm-se colocado muitoneste registo” de “combate aoinsucesso, ao abandono, à indis-ciplina, à violência e ao bul-lying”, pelo que propõe um dis-curso alternativo.
“Promover a aprendizagem emvez de combater o insucesso” e“promover a convivência emvez de combater a violência” éum novo discurso que, garante,“conduz-nos a uma prática dife-
rente”, já que “as crianças e osjovens identificam-se mais coma promoção da convivência doque com o combate da violên-cia”.
Trata-se de “uma provocaçãoséria”, adianta o docente doInstituto de Educação da Uni-versidade do Minho, segundo oqual “há palavras mais sensatasque outras, pelo que um ministroou alguém com responsabili-dades deve pesar bem as pala-vras que utiliza”.
NÃO BASTA ENUMERAR PROBLEMAS
Na análise que propõe a algunsprojectos educativos de escolas,Fernando Ilídio critica a falta deutilidade da “enumeração deproblemas e de carências”
“Qual é a utilidade desta carac-terização da escola e do meioonde está inserida que apenasdiz o que não existe? Nós sópodemos trabalhar com o queexiste”, argumenta. Nesta linhade reflexão, Fernando Ilídio ob-serva “a tendência dominante deuma certa desresponsabiliza-ção”, quando a escola está nummeio desfavorecido ou conside-rado problemático. Assim, a Es-cola atribui, muitas vezes aoscontextos sociais os problemasde segurança que tem dentro desi. “A escola tem um papel fun-damental para contrariar os pro-blemas que as crianças vivemem casa, não tem que reproduziro meio onde essas criançasvivem, tem que lhes criar con-dições alternativas”, sugere Fer-nando Ilídio Ferreira, que temvindo a defender uma ideia deescola como “comunidade de-mocrática de trabalho e con-vivência”.
Inspirando-se em autores comoJohn Dewey, Celestin Freinet ouPaulo Freire, o investigador daUniversidade do Minho sugere“caminhos alternativos basea-dos em valores de democracia,liberdade, cooperação, trabalhoe convivência”. Recusando ro-mantismos pedagógicos, Fer-nando Idílio escreveu recente-mente que “enquanto institui-ção/organização educativa, a es-cola é (ou deveria ser) um es-paço de paz e tranquilidade pro-pício ao trabalho e à convivênciaentre alunos, professores e de-mais intervenientes no quotidi-ano escolar”.
Ou seja, a melhoria das escolasdas nossas crianças não se fazcom mais reformas, antes comuma verdadeira revolução. �
Contra modelo policiale militar nas escolas
PROMOVER A APRENDIZAGEM EM VEZ DE COMBATER OINSUCESSO E PROMOVER A CONVIVÊNCIA EM VEZ DECOMBATER A VIOLÊNCIA.AS CRIANÇAS E OS JOVENSIDENTIFICAM-SE MAIS COM A PROMOÇÃO DA CON-VIVÊNCIA DO QUE COM O COMBATE DA VIOLÊNCIA.
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DIA MUNDIALDA CRIANÇA
4Correio do Minho
FLÁVIO FREITAS
Escolas assumem l inguagem bél ica e de luta
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Correio do Minho
josé paulo silva
�Aos alunos das licenciaturas
em Educação Básica e Educação
da Universidade do Minho é in-
cutida “a importância das apren-
dizagens ao nível dos planos
cívico, estético e da autonomia
da pesquisa” desde as idades
mais precoces.
Fernando Ilídio Ferreira de-
fende que “a autonomia deve ser
incrementada desde o jardim de
infância sem o constrangimento
dos programas e dos manuais”.
Para que isso aconteça, “é im-
portante que os professores esta-
beleçam uma relação de con-
fiança com os pais, uma vez que
ela não existe com o poder po-
lítico”.
Essa relação escola-pais é ac-
tualmente prejudicada pela pres-
são dos resultados escolares a
que muitas crianças são sujeitas.
“Desde muito cedo, os pais
fazem comparações com os fi-
lhos dos outros. Muitos pais pro-
gramam os seus filhos desde o
jardim de infância para entrarem
em Medicina e noutros cursos.
Há autênticas obsessões que, em
alguns casos, traumatizam as
crianças”, refere Fernando Ilídio
Ferreira.
O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE
O que se verifica cada vez mais
frequentemente é que às crian-
ças já não se faz a clássica per-
gunta: “O que queres quando
fores grande?”. Muitas são con-
frontadas com a decisão fami-
liar: “Quando fores grande vais
ser médico ou advogado”.
O que compete então aos pais
fazer na orientação vocacional
dos seus filhos?
Fernando Ilídio Ferreira en-
tende que “devem fazer o que
lhes compete, que é amar os fi-
lhos”. Explicando melhor, “po-
dem dar indicações, mas não
pressionar. Se amam os filhos, é
fazer com que eles sejam livres.
Se um filho quer um curso pro-
fissional e não a universidade,
por que não? Na Alemanha é tão
digno ter um curso universitário
como um curso profissional, no
Canadá um mecânico ganha
mais do que um médico”.
O docente do Instituto da Edu-
cação acrescenta que, no que
respeita à autonomia da criança,
“faz-se na escola o contrário
daquilo que é exigido a um tra-
balhador numa empresa avança-
da”, isto é, “na escola a educa-
ção não é tanto para a criativi-
dade, mas para o aprender a obe-
decer”.
“Há actualmente uma tendên-
cia para o aprender a obedecer,
em oposição ao aprender a ser, o
que é muito estranho porque o
trabalho exige autonomia, ca-
pacidade de tomar decisões e
iniciativa”.
Daí a importância que, no
Instituto de Educação, se dá ao
desenvolvimento das competên-
cias das crianças nos planos cí-
vico, estético e da autonomia da
pesquisa, enquadradas num mo-
delo integrado de aprendizagem.
“A criança aprende globalmen-
te” e, por isso, “é importante um
olhar transversal e não discipli-
nar”.
“A grande questão que se colo-
ca hoje” - acrescenta Fernando
Ilídio Ferreira - é saber o sentido
que o conhecimento tem para a
criança”.
Este especialista defende que
“o conhecimento não tem sen-
tido para a criança enquan-
to conhecimento disciplinar”,
pelo que “a via é articular dos
saberes com os contextos das
crianças”.
Esta “perspectiva ampla da edu-
cação” parece esbarrar em op-
ções políticas que, segundo Fer-
nando Ilídio Ferreira, são con-
sequência da pressão dos resul-
tados de relatórios internacio-
nais “que colocam Portugal em
posições não muito favoráveis”
no que repeita ao aproveitamen-
to escolar em Matemática e a
Língua materna.
“Se se dá prioridade à Língua
Portuguesa e à Matemática sem
perder as outras componentes
não há mal nenhum, o que não
se pode pensar é que mais horas
de Matemática e Língua Por-
tuguesa vão resolver o proble-
ma”, alerta o investigador do
Centro de Investigação em Es-
tudos da Criança, insistindo que
contar, ler e escrever devem
estar ao mesmo nível do brin-
car, da actividade física e das
artes.
Autonomia desde o jardim de infânciaDR
Exemplo de texto para legenda
FLÁVIO FREITAS
Para a cr iança o conhecimento discipl inar não tem sent ido
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A GRANDE QUESTÃO QUE SE COLOCA HOJE ÉSABER O SENTIDO QUE O CONHECIMENTO TEMPARA A CRIANÇA. O CONHECIMENTO NÃO TEM SEN-TIDO PARA A CRIANÇA ENQUANTO CONHECIMENTODISCIPLINAR.
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
6Correio do Minho
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1 JUNHO 2012DIA MUNDIALDA CRIANÇA 7
Correio do Minho
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josé paulo silva
�Para assinalar o Dia Mun-
dial da Criança, docentes do De-
partamento de Teoria de Edu-
cação e Educação Artística e
Física do Instituto da Educação
organizam hoje, no pavilhão
gimnodesportivo do ‘campus’ de
Gualtar, um programa de activi-
dades de cariz lúdico - desporti-
vo, nomeadamente jogos, perí-
cia e manipulação, deslocamen-
tos e equilíbrios, habilidades de
perícia e dança.
As actividades são dirigidas às
crianças que frequentam jardins
de infância e escolas do 1º e 2º
ciclos do Ensino Básico.
Saúde, ambiente e educação é
uma das linhas de actuação
prioritárias definidas no Centro
de Investigação em Estudos da
Criança do Instituto de Educa-
ção.
Investigadores nesta área
destacam o papel da actividade
física “enquanto promotora de
saúde e de desenvolvimento pes-
soal e social”.
Em contexto escolar, as práti-
cas de educação física formais, a
par dos jogos e brincadeiras
vividos em recreio contrariam o
surgimento de violência (bully-
ing) entre as crianças.
Nos currículos do Instituto de
Educação da Universidade do
Minho, a actividade física é en-
tendida como um contributo
essencial para o processo de
crescimento e de aprendizagem
das crianças.
Quando se generaliza o con-
ceito de ‘escola a tempo inteiro’,
os especialistas na área da edu-
cação física defendem a criação
de condições efectivas para o jo-
go e a brincadeira nos estabele-
cimentos de ensino.
“A actividade física promotora
do bem estar e do desenvolvi-
mento da criança é formalmente
reconhecida, mas tem vindo a
ser prejudicada com um discurso
público mais preocupado com as
chamadas disciplinas nucleares
do currículo”, adverte Fernando
Ilídio Ferreira, docente do Insti-
tuto de Educação.
“A escola a tempo inteiro tem
coisas interessantes, mas a ideia
em si é muito estranha, porque é
prender a criança todo o dia à es-
cola”, considera este investi-
gador.
A brincar também se aprendeDR
Exemplo de texto para legenda
DR
Escola tem de cr iar condições para a br incadeira
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AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA FORMAIS, A PAR DOS JOGOS E BRINCADEIRAS VIVIDOS EMCONTEXTO DE RECREIO CONTRARIAM O SURGI-MENTO DE VIOLÊNCIA ENTRE AS CRIANÇAS.
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
8Correio do Minho
O RELATÓRIO ANUAL DE AVALIAÇÃO DAS COMISSÕES DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS VAI SER ELABORADO TRIMESTRALMENTE, A PARTIR DE 2013,PARA QUE OS PROBLEMAS POSSAM TER RESOLUÇÃO EM TEMPO ÚTIL.
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
9Correio do Minho
Para hoje estão agendadas inú-meras actividades para celebraro Dia Mundial da Criança. O Parque de Exposições de
Braga (PEB) abre hoje as portasao ‘Family Party 2012’, umevento que pretende ser o maiorespaço de diversão ‘indoor’ e‘outdoor’ do norte do país. Estefestival de animação infantil irácontar com insufláveis gigantes,carros elétricos, rampas ‘in-door’, campo de Minigolfe,karts a pe- dal, camas elásticas,‘Bumper Cars’, circuito de pisci-na com barcos ‘Play Bus’ e mui-tos outros pontos de animação.Entretanto, o Theatro Circo
também abre as portas aos maisnovos. A CTB – Companhia deTeatro de Braga vai festejar oDia Mundial da Criança comdois grandes espectáculos que
estarão em cena até amanhã: ‘OEscaravelho Contador’ e ‘FalarVerdade a Mentir’. Para os maispequenos a CTB sugere ‘O Es-caravelho Contador’. Para hojeestão previstas sessões escolaresàs 11 horas. A outra sugestão é‘Falar Verdade a Mentir’ deAlmeida Garrett. A sessão é às15 horas.O Serviço de Pediatria do Hos-
pital de Braga também se asso-ciou a este dia. Entre as 10 e as12 horas, a sala de espera daconsulta de Pediatria vai vivermomentos centrados no futebole no Euro 2012, oferecidos peloBraga Retail Center, com a pre-sença de dois animadores vesti-dos com o equipamento da Se-lecção Nacional. Além de ofere-cerem cadernetas e cromos doEuro 2012, os animadores vão
brincar com as crianças. De tar-de, a partir das 14.30 horas, oBanco Local de Voluntariadodesloca-se ao Serviço de Neona-tologia para oferecer peças devestuário produzido por elemen-tos da Associação de Reforma-dos do Centro Histórico da Sé.De seguida, pelas 15 horas, o in-ternamento de Pediatria enche--se de dança, com bailarinos daArte Total. Às 16 horas, o presi-dente da Associação Famílias,Carlos Aguiar Gomes, visita,também, o internamento com oobjectivo de oferecer um livrode histórias a cada uma das cri-anças internadas. Ao final datarde, pelas 18.30 horas, a Asso-ciação Ágora Bracarense con-tribui, também, para fazer destedia especial, dinamizando o in-ternamento.
Uma mão cheia de actividadesDR
Exemplo de texto para legenda
DR
Hoje há mui tas act iv idades para as cr ianças
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“Direitos e deveres das crianças são para cumprir todos os dias”O ‘Correio do Minho’ faloutambém com Maria IreneSilva e Mariana Carneiro,que já completaram oitoanos, e frequentam o 3.º ano na EB1 de Gualtar.“Este dia é para lembrarque temos direitos e deveres e que todos osdias devem ser cumpridos”,começaram por evidenciaras pequenas, admitindo queé fundamental “serrespeitado, ter carinho, terdireito a alimentos, ir à escola”.Para comemorar o Dia Mundial daCriança, as alunas do 3.º ano, costumam “brincar muito com os amigos, partilhar alegrias e receber algumas prendas de familiares e amigos”. Brincar nos insufláveis é a ‘tarefa’ mais animadora para as meninas, que adoram ainda “jogar aoamigo secreto e fazer desenhos”. Na escola já tiveram que fazer um desenho alusivo ao dia e Mariana optou por desenhar criançasde vários países. “Sou brasileira e acho que é importante todos os meninos saberem que somostodos iguais”, confidenciou. Já no desenho de Maria Irene podem ver-se crianças a brincaremcom adultos, simbolizando assim “a importância de brincar e da família”.
O TRÁFICO E EXPLORAÇÃO DE CRIANÇAS É ACTUAL-MENTE “MAIS BARATO, RENTÁVEL E SEGURO” QUE ODE DROGAS E ARMAS, ALERTOU MARGARIDA DURÃOBARROSO, VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO POR-TUGUESA DE CRIANÇAS DESAPARECIDAS.
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“É o dia em que somos livres para fazer o que mais gostamos”No Dia Mundial da Criança nada melhordo que ouvir o que ascrianças têm a dizersobre o seu dia porexcelência. O jornal ‘Correio do Minho’ esteve à conversa com aspequenas Joana Azevedo,de oito anos, e MariaRodrigues, que já feznove anos, quefrequentam o 3.º ano da EB1 de Gualtar.Para as duas pequenas o Dia
Mundial da Criança tem um significado muito especial. “É o dia que somos livres parafazermos as coisas que mais gostamos”. Ajudar, respeitar, brincar, saltar à corda foram apenasalguns sinónimos avançados por aquelas pequenas para descrever o Dia Mundial da Criança.No desenho que tiveram que fazer para celebrar o dia na escola, Maria desenhou duas crianças.“Um dos meninos diz ‘ser criança é ser livre’ e o outro menino lembra ‘mas também temosdeveres”, revelou a menina. Já a pequena Joana desenhou, como não podia deixar de ser, umparque de diversões com muitas crianças a brincar. “Brincar é o que todas as crianças gostammais de fazer”, justificou.
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
10Correio do Minho
BRUNO PEREIRAMaria Irene e Mariana Carneiro BRUNO PEREIRAJoana Azevedo e Maria Rodrigues
Rua do Raio, 305, 1.º4710-923 BRAGATelef. 253 252 026
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INFANTÁRIO BEBÉ LARMeninos muito queridos
a todos queremos abraçarpor nós nunca serão esquecidos
passe o tempo que passar.
Com a nossa ajudaaprenderam a crescer
e com todos vósnós adoramos aprender.
Esperamos que na vossa vidatodos tenham grandes progressos
desejamos a estes meninosum futuro cheio de sucesso.
Há momentos que não se esquecemHá pessoas que nos marcam
Há lugares que para sempre ficam no coração.É assim o BEBÉ LAR.
“É um dia muito especial para todas as crianças”Com os direitos e osdeveres das crianças na ‘ponta da língua’, MariaFerreira, de oito anos, e Mariana Bahia, de noveanos, deixariam algunsadultos “corar de vergonha”. “Ser livre, divertir, ajudar osoutros, não pisar os outrospsicologicamente e brincarsempre com muita alegria”foram apenas alguns dosdeveres e direitos que asalunas do 3.º anoenunciaram como “muitoimportantes”. Mas “dar alimentos, dar roupa e acarinhar” também foram outros dos pontosreferidos pelas pequenas.Questionadas se no Dia Mundial da Criança recebem algumas prendas, as amigas lá foramconfessando que “às vezes” recebem alguns mimos. No desenho que tiveram que fazer na escolapara celebrar o Dia Mundial da Criança, Maria lá desenhou duas crianças a brincarem nosinsufláveis, simbolizando “a brincadeira, a alegria e a liberdade”. Entretanto, Mariana optou pordesenhar uma menina na sala de aula com uma nuvem em cima com os direitos e deveres dascrianças “para lembrar que são mesmo muito importantes”.
“As crianças merecem ser felizes e divertirem-se muito”Também Tiago Rodrigues,de nove anos, e AnaMachado, de oito anos,sabiam os direitos edeveres das crianças decor e salteado. “As crianças merecemser felizes e divertirem-semuito”, começaram pordefender os maispequenos.“Ser livre, ser respeitado,ser amado e ser tratadocom carinho” foram algunsdos deveres e direitos queaqueles amigos fizeram questão de mencionar. No Dia Mundial da Criança vão sempre com os colegas da turma brincar para os insufláveis.Além disso, já fizeram, entretanto, um desenho na sala de aula alusivo à data. “Ana desenhoucrianças de várias raças, deixando o recado aos adultos que “se deve respeitar todas aspessoas, porque são todas diferentes, mas ao mesmo tempo todas iguais”, justificou.Entretanto, Tiago desenhou “um insuflável com crianças a brincar, porque ser criança é issomesmo: “brincar, brincar, brincar”.
O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E O INSTITUTO DE APOIO ÀCRIANÇA ( IAC) ASSINARAM UM PROTOCOLO DE COOPE-RAÇÃO QUE PREVÊ QUE OS JOVENS A CUMPRIR PENASEM CENTROS EDUCATIVOS POSSAM PARTICIPAR EMPROGRAMAS DE ACTIVIDADES PROMOVIDAS PELO IAC.
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1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
11Correio do Minho
Mariana Bahia e Maria Ferre iraBRUNO PEREIRA
Ana Machado e Tiago Rodrigues BRUNO PEREIRA
“É um dia muito feliz para todos nós”, desabafaramNuno Correia e Tiago Silva, de nove anos. Os amigossublinharam que o Dia Mundial da Criança é “o dia quedão ainda mais carinho, amor e respeito às crianças”.Os alunos do 3.º ano aproveitaram a oportunidade paralançar um apelo “a quem tem poder, porque devia fazermuito mais pelas crianças”. E justificaram: “enquantonós recebemos amor, carinho, amizade e brincamosmuito mesmo durante todo o ano, há crianças quesofrem muito e não têm nada”.
Nos tempos livres, estas crianças preferem jogaràs escondidas e à caçadinha, mas os jogos decomputador também já estão no topo das preferênciasdos amigos.Tiago lembrou ainda as brincadeiras com o pai no tempoque andou no infantário. “O meu pai comprava doces edepois colocava os doces misturados com farinha numabacia. Para conseguir os doces tinha que encontrá-loscom a boca entre a farinha sem a ajuda das mãos. Eramuito divertido”, confessou o menino.
“Antigamente os meninos eram muitomaltratados”
O Dia Mundial da Criança foiinstituído porque “antigamente os meninos e meninas eram muitomaltratados e depois conseguiu-secomemorar este dia para lembrarque as crianças têm direitos e deveres”, contaram FranciscaVilas Boas e Inês Pereira, de noveanos. “Respeitar os outros, obedecer,porta-se bem, não ignorar os outros,aprender, brincar com os amigos”são os direitos e deveres “maisimportantes” que aquelas amigasapontaram.Para além de brincar nos insufláveisdurante o dia de hoje, Francisca,que frequenta um agrupamento deescuteiros, também vai celebrar oDia Mundial da Criança com outrasactividades promovidas no fim desemana.Na escola, as pequenas tambémtiveram que fazer um desenhoalusivo à data que hoje secomemora. Francisca optou pordesenhar crianças a brincar e aajudar os outros meninos, algo que“é fundamental enquanto se é pequeno”, defendeu. Já Inêspreferiu desenhar uma criança a tentar perceber o que era o DiaMundial da Criança.
A NEGLIGÊNCIA, A EXPOSIÇÃO A MODELOS DE COM-PORTAMENTO DESVIANTE, O ABANDONO ESCOLAR E OS MAUS-TRATOS FORAM AS PRINCIPAIS SITUAÇÕESDE PERIGO ACOMPANHADAS PELAS COMISSÕES DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM 2011.
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
12Correio do Minho
“Quem tem poder devia fazer mais pelas crianças”
Tiago Silva e Nuno Corre ia
Francisca e Inês
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BRUNO PEREIRA
BRUNO
PEREIRA
UM ESTUDO DA UMINHO SOBRE O IMPACTO DAS LEISANTITABÁGICAS NA PROTECÇÃO DAS CRIANÇAS AO FUMOAMBIENTAL DO TABACO EM CASA CONCLUIU QUE A PREVALÊNCIA DAS CRIANÇAS EXPOSTAS DIMINUIU23,3 POR CENTO ENTRE 2007 E 2011.
Matilde Santos, que tem oitoanos e frequenta o 3.º ano, é aautora do desenho da capa destesuplemento do jornal ‘Correiodo Minho’ dedicado ao DiaMundial da Criança.
A inspiração não lhe faltou eMatilde optou por descrever odia a dia das crianças, com des-taque muito especial para asbrincadeiras. “No desenho tenhocrianças a darem as mãos parasimbolizar a amizade, outras es-tão a saltar à corda, que é a mi-nha brincadeira preferida e tam-bém dos meus amigos”, expli-cou a pequena Matilde.
Mas a pequena não se ficou poraqui. “Os livros simbolizam odireito a aprender a ler e a escre-ver. No desenho, a aluna do 3.ºano, não se esqueceu também delembrar os direitos e os deveresdas crianças. A menina fez refe-rência ainda à “cor e energia”que queria transmitir com a for-ma como decidiu pintar as ima-gens. “As crianças são sinónimode alegria, por isso, tinha que tersempre muitas cores e muitosmovimentos”, justificou.
Sobre os direitos e deveres dascrianças, Matilde lá foi realçan-do alguns dos mais importantes.“Temos que respeitar todas aspessoas, portar-nos muito bem eser amigos de todos”, frisou apequena, apontando o dedo a to-dos aqueles que “podiam fazermuito mais para ajudar as crian-ças que passam fome e não têmcom que brincar em tantos paí-ses do mundo”.
Matilde admitiu que adora sercriança. “Ser criança é ser e sen-tir-me muito especial e ser ami-ga de todos”.
No Dia Mundial da Criança, amenina também comemora sem-pre com muita brincadeira. “To-dos os anos vou com os amigosda escola brincar e saltar nos in-sufláveis. É mesmo muito fixe”,confessou a autora do desenhoda capa deste suplemento dedi-cado à criança.
“Ser criança é ser e sentir-se muito especial”
Matilde Santos é a autora do desenho da capa deste suplemento
1 JUNHO 2012
DIA MUNDIALDA CRIANÇA
13Correio do Minho
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EXTERNATO PAULO VI
Rua de S. Gonçalo, 24-30 – 4710-310 BRAGA • Telef. 253 208 361 – Fax. 253 208362E-mail: [email protected] • www.externatopaulovi.org
ESCRAVAS DA SANTÍSSIMA EUCARISTIAE DA MÃE DE DEUS
O Externato Paulo VI é um Estabelecimento de EnsinoParticular com 42 anos de existência ao serviço da educação afuncionar em regime de Autonomia Pedagógica para todos osníveis de ensino. Aberto desde as 7.30 h da manhã até às 19 h, acolhe criançasdo Pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico.O Externato, como escola católica, em colaboração com ospais/encarregados de educação e em serviço à sociedade e àpessoa humana tem como missão:
• Fomentar o desenvolvimento intelectual dos seus alunoscom um trabalho sério e exigente para que cada umchegue ao máximo das suas potencialidades;
• Formar uma personalidade criadora e crítica, coope-radora, aberta e livre;
• Proporcionar o reto sentido da liberdade, fazendo-aradicar no domínio de si mesmo;
• Promover as exigências da justiça, do respeito, dafraternidade e da solidariedade.
Na sua Missão educativa, para além dos conteúdos acadé-micos, o Externato proporciona aos seus alunos um vastoleque de atividades assim como visitas de estudo e parti-cipação nas festas locais, o contacto com a natureza e a vivên-cia e celebração da fé e da sua relação com Deus.Como atividades de enriquecimento curriculares proporcionaBallet, Karaté, Basquete, Orquestra de percussão, Clube desalto à corda, Clube de Teatro, Clube de jornalismo, Clube deCiências e Grupo coral.
BRUNO PEREIRA
Três em cada dez crianças em Portugalsão carenciadas, segundo um relatório daUNICEF sobre pobreza infantil que colo-ca o país quase no final da tabela dos 29países europeus estudados.O estudo do Gabinete de Investigaçãoda UNICEF analisou a pobreza e privaçãoinfantis no mundo industrializado, uti-lizando o Índice de Privação Infantil, ba-seado em dados estatísticos da União Eu-ropeia relativos a 2009, antes da actualcrise. O estudo avaliou a situação finan-ceira, habitacional, a alimentação, o ves-tuário, a educação, tempos livres, a “co-munidade” e o “social”, que engloba fes-tas, amigos e viagens escolares, das crian-ças.Segundo os investigadores, é considera-da “carenciada” uma criança que não temacesso a duas ou mais das 14 variáveis debase, tais como três refeições por dia, umlocal tranquilo para fazer trabalhos decasa, livros educativos em casa, ou umaligação à ‘internet’.
Os casos mais problemáticos registam--se na Roménia e na Bulgária, que apre-sentam as taxas de privação mais eleva-das (70%, 50% respectivamente) segui-dos por Portugal (27%).Contudo, alguns países mais ricos comoa França e a Itália também têm taxas deprivação superiores a 10%. Os países nór-dicos são os que apresentam níveis de pri-vação mais baixos (inferiores a 3%).O relatório ‘Medir a pobreza infantil’,que coloca Portugal na 25.ª posição noquadro que avalia as crianças com carên-cias em mais de dois indicadores, refereque 1,2% dos menores portugueses care-cem de 11 ou mais destes itens. Em Portu-gal, o maior problema é ao nível financei-ro, atingindo 43,3% das crianças, seguin-do-se os tempos livres (29,4%), “social”(26,4%) e educação (25,8%).Em contrapartida, apenas 6,4% sãoatingidos por problemas de alimentação:3,3% não comem carne, 3% estão priva-dos de fruta e 1,5% não faz três refeições.
Três em cada 10 criançasem Portugal são carenciadas
Investigadores na área da nutrição admiti-ram que, no actual contexto de crise, ascrianças, os idosos e as famílias mais des-favorecidas são “grupos de risco para adesnutrição”, mas descortinaram também“um lado positivo” nesta “situação difí-cil”. “Há que ter a consciência de que épossível fazer uma alimentação relativa-mente barata e mais saudável”, referiuAna Rito, referindo-se à dieta mediter-rânica. A investigadora do Instituto Na-cional de Saúde (INSA) falava no XICongresso de Nutrição e Alimentação,que decorre até hoje, no Porto.Também a presidente do congresso e daAssociação Portuguesa dos Nutricio-nistas, Helena Ávila, considerou que,“nestas alturas mais difíceis, as pessoassabem ir buscar as respostas para as situa-ções” e, no que respeita à alimentação,“talvez reequacionem o regresso à dietamediterrânica, um tipo de alimentaçãoque, com poucos recursos, nos permitirámanter uma boa saúde”.
EXCESSO DE PESO E DESNUTRIÇÃO: DUAS FACES DA MESMA MOEDAAna Rito, que no encontro abordou as“Necessidades Energéticas das Crianças”,disse que Portugal se depara actualmentecom “os dois lados da mesma moeda:temos crianças com excesso de peso eobesidade, mas estamos a começar a tercrianças com desnutrição”.“Isto preocupa, porque estamos a falarde dois tipos de má nutrição que, em esta-do de constrangimentos económicos co-mo o que o país atravessa, naturalmente,vão ser ainda mais destacados e aindamais visíveis”, sublinhou.A investigadora apela “aos pais e mãesque se preocupam com o desenvolvimen-to dos seus filhos”, para que apostem naaquisição de alimentos, “com um bomaporte hortofrutícola que, além de terempreços acessíveis, ajudarão a prevenir al-gumas doenças”.
Investigadores alertampara riscos de desnutrição
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O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS OU JOVENS EM PERIGO FOI A TERCEIRA MEDIDA MAIS APLICADA, EM 2011, PELAS 305 COMISSÕES DE PROTECÇÃO ESPALHADAS PELO PAÍS, SEGUNDO UM RELATÓRIO OFICIAL.
A Associação Portuguesa de
Crianças Desaparecidas (APCD)
vai lançar este ano um sistema
de localização de crianças em
espaços públicos, que pretende
alargar posteriormente às praias,
anunciou a presidente da insti-
tuição.
“A aplicação consiste num sis-
tema de localização de crianças
desaparecidas em espaços públi-
cos”, nomeadamente em está-
dios de futebol, disse Patrícia
Cipriano a propósito do Dia In-
ternacional das Crianças Desa-
parecidas, assinalado a 25 de
Maio. A responsável explicou
que os pais que tiverem um sis-
tema ‘iphone’ ou ‘smartphone
android’ podem colocar a foto-
grafia dos filhos, acompanhada
da descrição física do menor e
de outras informações que con-
siderem importantes. “Se ocor-
rer uma situação de desapareci-
mento, os pais carregam num
botão de alarme e a imagem da
criança aparece no ecrã gigante
do estádio e simultaneamente é
dado o alerta na polícia”, adian-
tou.
Com este sistema, “em ques-
tões de segundos, todas as pes-
soas, não só no estádio, vão ficar
alerta para seguir aquela crian-
ça”, disse, defendendo que a
polícia também deve “intervir de
imediato” na procura do menor.
A associação pretende alargar
este sistema às praias: o criador
do equipamento (uma empresa
inglesa) “já está a sensibilizar al-
guns autarcas para a necessidade
de adopção deste sistema para a
vigilância nas praias”.
A ideia de utilização de um dis-
positivo para localizar menores
tem sido defendida pelo director
da Unidade de Informação e In-
vestigação criminal da Polícia
Judiciária. “Porque é que as
crianças que fazem percursos
sozinhas, principalmente em
zonas suburbanas ou rurais, não
podem ter um dispositivo na
mochila ou no relógio que dê a
sua localização através de GPS
da criança”, questionou Ramos
Caniço.
Patrícia Cipriano adiantou que,
em 2011, foram contabilizados
só pela PJ cerca de 1.500 desa-
parecimentos, “um número que
aumentou cerca de 50 casos”
relativamente ao ano anterior.
Crianças desaparecidas:
Associação vai lançar
sistema de localização
em espaços públicosPJ registou 1500 desaparecimentos
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