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1. INTRODUO
A protenso definida como um esforo aplicado a uma pea de concreto, que
tem como objetivo anular ou reduzir as foras de trao da mesma.Para que o sistema
tenha bons resultados, devem ser previstas correes dos esforos com o tempo
(reativao da protenso, a chamada reprotenso.
! processo mais comum de aplicao de protenso , no entanto, por meio de
cabos de ao, esticado e presos a uma "ncora no concreto.! esticamento dos cabos se d#
por meios mec"nicos ($uinchos, talhas, macacos, etc., sendo mais usuais os macacos
hidr#ulicos. !utras possibilidades para esse esticamento esto sendo estudadas, como
por e%emplo, o aquecimento da armadura, depois se ancora no concreto ou em pinos
provis&rios, ap&s o resfriamento, o ao tende a encolher, ficando tracionado.
'm resumo, quando se fala em concreto protendido, referese ) protenso feita
com cabos de ao, esticados com macacos hidr#ulicos.
2. CONCEITO DE PROTENSO
A protenso pode ser definida como o artif*cio de introduzir, numa estrutura, umestado prvio de tenses, de modo a melhorar sua resist+ncia ou seu comportamento,
sob ao de diversas solicitaes.
realizada por meio de cabos de ao de alta resist+ncia, tracionados e ancorados
no pr&prio concreto. ! artif*cio da protenso desloca a fai%a de trabalho do concreto
para o "mbito das compresses, onde o material mais eficiente.
! peso da car$a e%erce uma alterao na compresso aplicada previamente.
-om a retirada da car$a a vi$a volta ) sua posio ori$inal e as tenses prviasso restabelecidas.
e as tenses provocadas forem inferiores as prvias a seco continuar#
comprimida, no sofrendo rachadura.
-aso seja mais elevada as tenses ultrapassaram as tenses prvias e o concreto
ficar# tracionado e com rachadura. /etirando a car$a a protenso provoca o fechamento
delas.
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0raas ao artif*cio de protenso poss*vel empre$ar $rande variedade de
sistemas estruturais com processos construtivos no so poss*veis com o concreto
armado. 'sses sistemas estruturais so descritos em tr+s cate$orias de protenso1 linear,
circular e espacial.
As lajes protendidas so encontradas em in2meras aplicaes nas estruturas, e
em $eral t+m pequena espessura (cerca de 34 a 56cm, utilizamse cabos de protenso
de pequena capacidade colocados a espaos re$ulares. o utilizadas em edif*cios,
tabuleiro de pontes e vi$amento principal de pontes em vo simples ou cont*nuos.
Figura 1:-onstruo de lajes protendidas com nivelamento a laser.
A protenso tambm utilizada em estacas, tubulaes, mastros e torres de
concreto com $rande altura.
2.1.Protenso api!a"a ao !on!reto
! concreto protendido utilizado com maior frequ+ncia na construo de vi$as
para pontes, edif*cios, telhados, construes mar*timas de e%plorao de $#s e petr&leo,
torres de concreto e pontes estaiadas.
Aplicaes com armaduras prtracionadas1 As armaduras prtracionadas
foram criadas com o objetivo de padronizar os tipos construtivos, para economia de
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formas. 'sse tipo de peas no tem bloco de ancora$em, e podem ter qualquer
comprimento sem alterar suas laterais.
! artif*cio da protenso aplicado ao concreto consiste em introduzir na pea,
esforos prvios de compresso que reduzam ou anulem as tenses de trao no
concreto devidas )s solicitaes de servio. 7essa forma minimizase a import"ncia da
fissurao como condio limitante do uso de aos de alta resist+ncia em peas fletidas.
'%istem v#rias maneiras de se introduzir uma fora de protenso em uma pea
de concreto. Podese concretar uma vi$a, por e%emplo, dei%ando no seu interior um
tubo atravs do qual passa um cabo de ao de uma e%tremidade ) outra. ! cabo de ao
ento tracionado e ancorado contra a pea de concreto nas duas e%tremidades. 0raas )
propriedade da elasticidade do ao ele tende a voltar ao comprimento inicial (antes de
ser tracionado, mas impedido parcialmente pelo concreto, assim, o ao se mantm
com al$um alon$amento e portanto tracionado. ! concreto fica comprimido pela mesma
fora (ao e reao.
#. PROCESSOS CONSTRUTI$OS
!s critrios estabelecidos para concreto armado relativo a dimenses m*nimas,
cobrimento de concreto, diretrizes para a e%ecuo das armaduras, etc., valem tambm
para as estruturas de concreto protendido.
#.1.Con"i%&es gerais
7e modo $eral, entendese que um projeto consistente no se limita a um
c#lculo preciso das solicitaes e das dimenses dos elementos estruturais. Alm disso,
devem ser tomadas al$umas medidas que facilitem a e%ecuo, possibilitando uma
maior uniformidade na concreta$em da estrutura.
8esse sentido, devemse especificar dimenses m*nimas para as sees
transversais dos elementos estruturais, bem como limitar a ta%a de armadura a um valor
m#%imo compat*vel com a boa concreta$em, se$undo a 89/ :33;.
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#.2.Di'ens&es '(ni'as "as se%&es
A dimenso m*nima da seo i$ual a 3
n ? 3,
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#.,.Co-ri'ento "a ar'a"ura
'spessura de camada de concreto sobre o ao de pilares, vi$as e lajes varia de
acordo com o ambiente em que a obra constru*da.
Buando no esto bemprote$idas pelo concreto, as barras de ao ficam sujeitas
)s a$resses do meio ambiente que podem corro+las e, em casos mais severos,
comprometer a estabilidade da construo. 7a* a import"ncia de se $arantir adequada
proteo das armaduras.
! concreto, alm de sua capacidade de suporte de car$as verticais, tambm tem o
importante papel de prote$er as armaduras, cobrindo o ao de modo a evitar seu contato
direto com a$entes a$ressivos, como atmosferas polu*das e a #$ua.
7e forma $eral, quanto maior for a espessura da camada de concreto sobre o ao,
maior ser# a sua proteo contra a corroso. CBuando o cobrimento muito fino em relao
) a$ressividade de um ambiente, defeitos na estrutura ocorrem em poucos anos, levando ao
desplacamento do concreto, ) fissurao intensa e, finalmente, ao desaparecimento dasarmaduras, ) ruptura, deformao e at queda da estruturaD, alerta o en$enheiro '$Edio
Ferv 8eto, diretor tcnico da Gentuscore e especialista em estruturas de concreto.
Para evitar esse tipo de situao to peri$osa, a norma tcnica brasileira 89/
:33;1544H CProjeto de 'struturas de -oncreto I ProcedimentoD estabelece requisitos de
qualidade para o concreto empre$ado nas estruturas, bem como o cobrimento m*nimo das
armaduras em funo da a$ressividade do ambiente onde ela foi constru*da
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#..Prote%o !ontra a /a'-age' "as -arras
empre que houver possibilidade de flamba$em das barras da armadura,
situadas junto ) superf*cie do elemento estrutural, devem ser tomadas precaues para
evit#la.
!s estribos poli$onais $arantem contra a flamba$em as barras lon$itudinais
situadas em seus cantos e as por eles abran$idas, situadas no m#%imo ) dist"ncia de 54Jt
do canto, se nesse trecho de comprimento 54Jtno houver mais de duas barras, no
contando a decanto. Buando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele,
deve haver estribos suplementares.
e o estribo suplementar for constitu*do por uma barra reta, terminada em
$anchos, ele deve atravessar a seo do elemento estrutural e os seus $anchos devem
envolver a barra lon$itudinal. e houver mais de uma barra lon$itudinal a ser prote$ida
junto ) mesma e%tremidade do estribo suplementar, seu $ancho deve envolver um
estribo principal em ponto junto a uma das barras, o que deve ser indicado no projeto de
modo bem destacado.
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Figura 2:Proteo contra flamba$em das barras
8o caso de estribos curvil*neos cuja concavidade esteja voltada para o interior
do concreto (por e%emplo, colunas com seo transversal circular, no h# necessidade
de estribos suplementares.
e as sees das barras lon$itudinais se situarem em uma curva de concavidade
voltada para fora do concreto, cada barra lon$itudinal deve ser ancorada pelo $ancho de
um estribo reto ou pelo canto de um estribo poli$onal.
#.0.E'en"as "as -arras
As emendas das barras da armadura devem ser evitadas sempre que poss*vel.Buando necess#rio, as emendas podem ser feitas por traspasse, atravs de solda, com
luvas rosqueadas ou com outros dispositivos devidamente justificados. As emendas com
solda ou luvas rosqueadas e%i$em um controle especial para $arantir a resist+ncia da
emenda.
A emenda por traspasse mais barata, por ser de f#cil e%ecuo, e faz uso da
pr&pria ader+ncia entre o ao e o concreto 7e acordo com a 89/:33;, esse tipo de
emenda no permitido para barras de bitola superior a K5 (K5Lmm, nem para
tirantes e pendurais (peas lineares de seo inteiramente tracionada.
8o caso de fei%es, o di"metro do c*rculo de mesma #rea, para cada fei%e, no
pode ser superior a =6mm. Alm disso, as barras constituintes do fei%e devem ser
emendadas uma de cada vezsem que, em qualquer seo do fei%e emendado, resultem
maisde quatro barras.
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8as emendas por traspasse, a transfer+ncia da fora de uma barra para outra se
faz atravs de bielas comprimidas inclinadas, como indicado na fi$ura abai%o. A
dist"ncia entre as barras emendadas deve ser no m#%imo i$ual a =.
Figura #1 'menda por Mraspasse
! comprimento do traspasse, lot, das barras tracionadas dado por
onde lnecb, o comprimento de ancora$em, dado na e%presso , e Not 3
um coeficiente que leva em conta as piores condies na re$io da emenda, em relao) ancora$em de uma barra isolada.
e$undo a 89/:33;, o comprimento m*nimo da emenda de barras
tracionadas dado por1
!ndelb, o comprimento b#sico de ancora$em.
$aores "o !oe/i!ienteNot
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-onsiderase como na mesma seo transversal, as emendas que se superpem
ou cujas e%tremidades mais pr&%imas estejam afastadas de menos que 54O do
comprimento do trecho de traspasse. Assim, para reduzir o comprimento das emendas,
elas devem ser distribu*das de maneira defasada ao lon$odo ei%o da pea.
Figura *1 'mendas da mesma seo
Ta-ea: Propor%o 'i'a "e -arras tra!iona"as e'en"a"as
! comprimento do trecho de traspasse das barras compridas, loc dado por1
-om o valor m*nimo dado por1
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*. 3)TERI)IS
*.1.)r'a"ura "e protenso
8as peas protendidas utilizamse dois tipos de armadura1
a Armadura ativa1 -onstitu*da pelos cabos de protenso. 'm cada caso estudase o
n2mero de cabos necess#rios
b Armadura passiva, frou%a ou de concreto armado
b.3 Armaduras lon$itudinais, $eralmente denominadas suplementares
de fle%o, de pele, porta estribos
b.5 Armadura transversal de cisalhamento (estribos
b.K Armadura de freta$em
armaduras locais, nos pontos de ancora$em dos cabos de protenso, destinadas a evitar
ruptura local do concreto nos pontos sujeitos a tenses muito elevadas
b.= Armadura de distribuio de tenses
armaduras re$ionais destinadas a $arantir o espalhamento das tenses, aplicadas quase
pontualmente, para a seo toda da pea.
*.2 Ci'ento
7eve ser obedecido o disposto na 89/ :33;.
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*.# )"iti+os
Podese utilizar aditivos para melhorar a trabalhabilidade, reduzir a relao
#$uaQcimento ou aumentar a compacidade e impermeabilidade do concreto. o
ri$orosamente proibidos aditivos que contenham cloreto de c#lcio ou quaisquer outros
halo$enetos.
*.*.)grega"os
7eve ser obedecido o disposto na 89/ :33; e 89/ H533.
*.,.4gua
Alm do disposto na 89/ :33;, ri$orosamente proibido o empre$o de #$ua do
mar, ou que contenha sens*vel teor de cloretos.
*..Con!reto
Alm do disposto na 89/ :33;, no se permite relao #$uaQcimento maior que
4,66 nem f cRmenor que 53 Spa.
*.0.5u-ri/i!antes e isoantes
!s lubrificantes e isolantes, eventualmente empre$ados para evitar ader+ncia,
no podem provocar corroso da armadura de protenso.
*.6.Co-ri'ento "e ar'a"ura "e protenso
-obrimento m*nimo da armadura de protenso
Galores b#sicos para peas estruturais em$eral
Ambiente noa$ressivo K,4Ambiente pouco a$ressivo =,4Ambiente muito a$ressivo 6,4
/edues permitidas em relao aos Tajes e cascas 4,6 cm
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valores b#sicos -oncreto com f cR L K4 Spa 4,6 cmPrfabricao em usina 4,6 cm
Galores m*nimos absolutos
A$re$ado com d$U K,5 cm d$
A$re$ado com d$U K,K cm d$V 4,6 cm
-aso de p&strao com
B e%tU =,4 cm Be%t
-aso de p&strao com
B e%tL =,4 cm =,4 cm
-aso de prtrao 5B 5,4 cm
Nota1 8os cabos com bainhas esses cobrimentos referemse ) pr&pria bainha.
,. CONC5USO
A aplicao do concreto protendido, principalmente em peas prfabricadas
apresenta v#rias vanta$ens como podemos observar. Sas como foi visto antes, preciso
de um intenso controle de todo o sistema para que nada de errado venha a acontecer.
Wm dos pontos que nos chamou a ateno, mas que no muito falado nos
livros so os problemas apresentados na hora da e%ecuo da protenso referentes a
se$urana do local.
A protenso um trabalho que apresenta um alto risco de acidentes se no for
e%ecutado com os devidos cuidados. As cordoalhas so protendidas quase na sua tenso
m#%ima e se houver al$um descuido ou as condies de se$urana forem prec#rias
podem acontecer $raves acidentes.
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11. REFER7NCI)S 8I85IO9R4FIC)
PX'YT, Zalter. -oncreto protendido1 processos construtivos. 7ispon*vel em1
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W8'P. 7ispon*vel em1http1QQ[[[p.feb.unesp.brQluttQ-oncretoO54ProtendidoQ-P
vol3.pdfL Acesso em 133Q4:Q36.
'-YGYT, 7escomplicando a 'n$enharia. 7ispon*vel em
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P!/MAT 7! -!8-/'M!.
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L. Acesso em 33Q4:Q36.
-'8M/! 7' 'MW7! 7A '80'8FA/YA -YGT. 7ispon*vel em
Uhttp1QQ[[[.cesec.ufpr.brQdisciplinasQpontesQArquivosQApostilaO54-oncreto
O54ProtendidoQ-ap3\-onceitos\9asicos.pdfL Acesso em 133Q4:Q36.
'7YM!/A 7W8A. 7ispon*vel em 1 Uhttp1QQ[[[.editoradunas.com.brQdunasQGK.pdfL
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http://www.secult.ce.gov.br/http://www.ecivilnet.com/artigos/concreto_protendido.htmhttp://www.editoradunas.com.br/dunas/V3.pdfhttp://www.ecivilnet.com/artigos/concreto_protendido.htmhttp://www.editoradunas.com.br/dunas/V3.pdfhttp://www.secult.ce.gov.br/Top Related